Rotunda3
Outubro 2004
CEPAB-IA UNICAMP
Rotunda
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©Centro de Pesquisa em História das Artes no Brasil (CE PAB), Instituto de Artes, UNICAMP, 2003-2004
ISSN – 1678–7692
E ditores responsáveis: Lygia A. E luf e Paulo M. Kühl
Capa: Lygia A. E luf
Conselho Científico:
Ana M. T. Cavalcanti
Jorge Coli
Maria Cecília França Lourenço
Maria de Fátima M. Couto
Mônica Zielinsky
Paulo Mugayar Kühl
Ricardo N. Fabbrini
Universidade E stadual de Campinas – Reitor: Prof. Dr. Carlos Henrique de Brito Cruz
Instituto de Artes – Diretor: Prof. Dr. José Roberto Zan
CEPAB – Coordenador: Prof. Dr. Paulo M. Kühl
Artigos, textos (com fontes e documentos) e resenhas para publicação devem ser enviados ao CE PAB e serão
submetidos ao Conselho Científico; se aceitos, serão publicados nos próximos números. E ndereço para correspondência:
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Cidade Universitária “Zeferino Vaz”
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Os textos aqui publicados são propriedade intelectual de seus autores. A impressão
da revista e sua distribuição, para fins acadêmicos, estão autorizadas e devem ser gratuitas;
citações para fins acadêmicos estão autorizadas, desde que mencionada a fonte.
Fontes para o estudo da história das artes no Brasil parecem inesgotáveis aos
pesquisadores. Os artigos reunidos neste terceiro número lidam basicamente com fontes:
revelam algumas facetas desconhecidas de alguns artistas, disponibilizam textos que, de
algum modo, foram esquecidos, apresentam traduções e referências. Parte do trabalho do
historiador é certamente investigar as fontes e torná-las públicas, para que surjam os
problemas a serem discutidos. Anunciamos igualmente, neste número, duas propostas que
já vêm sendo desenvolvidas em conjunto por dois centros de pesquisa do Instituto de
Artes da UNICAMP (Centro de Pesquisa em Gravura e CE PAB): a primeira é a do
levantamento e análise de textos de crítica de arte no Brasil, especialmente na virada do
século XIX para o XX, dentro do acervo do Arquivo E dgard Leuenroth (IFCHUNICAMP) e do Centro de Documentação Alexandre E ulálio (CE DAE -IE L-UNICAMP);
a segunda, ligada a estudos sobre as ilustrações da literatura brasileira no século XX.
Lygia A. E luf
Paulo M. Kühl
Rotunda, n. 3, outubro de 2004
Artigos
PAULA VERMEERSCH . Pedro A mérico romancista: O Holocausto
5
F ontes e Documentos
ANDRÉ T AVARE S. Marques Rebelo, E milio Pettorutti e a exposição de artistas brasileiros
em L a Plata, 1945.
13
MARIA LUCIA B RESSAN PINHEIRO. William Morris e a SPA B
22
PAULO M. K ÜHL. L uiz V icente De-Simoni e uma pequena poética da ópera em português
36
PAULO CASTAGNA. Documentação musical catedralícia na Coleção E clesiástica do
A rquivo Nacional (Rio de Janeiro - RJ)
49
Pedro A mérico romancista: O Holocausto.
Paula F. Vermeersch *
Gonzaga Duque, em A A rte Brasileira, ao retratar o pintor Pedro Américo de
Figueiredo e Melo1, afirma que, para conhecer o famoso autor da Batalha do A vaí, era
necessário freqüentá-lo na intimidade de seu ateliê, longe dos olhares do público. Afastado
das pressões políticas e dos títulos altissonantes conquistados na E uropa, Américo, aos
olhos do jovem Duque, tornava-se simpático, querido, em seu sentimentalismo exacerbado
e seu amor sincero pela Itália e por sua terra natal, a Paraíba.
Ironicamente, na página seguinte, Gonzaga Duque empresta de É mile Zola uma
expressão para definir o caráter de Pedro Américo: o pintor seria um “idealista histérico”2.
A prova estaria, segundo Duque, no romance O Holocausto, segundo o crítico uma espécie
de auto-biografia romanceada, em que os elementos essenciais do temperamento de Pedro
Américo estariam dispostos à apreciação do seu leitor.
Pedro Américo, de fato, havia publicado o romance O Holocausto em 1882, em
Florença.3 A Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro possui o exemplar que foi oferecido
pelo autor ao crítico Félix Ferreira, que também o assinou4. O Holocausto não encontrou
uma segunda edição; para além da curiosidade bibliográfica, seria interessante retirar o livro
do esquecimento, já que é o centro da discussão do jovem Gonzaga Duque com Américo,
além de auxiliar num panorama mais preciso da vida e da obra de quem, lado a lado de
Vítor Meirelles, tornou-se expoente máximo da Academia Imperial de Belas-Artes.
O romance inicia com a história de um bebê enjeitado, nascido em Areias, Paraíba
(terra natal de Pedro Américo). Uma escrava boa e corajosa, Bárbara, o adota; o autor diz
Doutoranda em Teoria e História Literária (IE L-UNICAMP), pesquisadora do CE PAB e do Projeto
Temático Cicognara, Mestre em História da Arte e da Cultura e em Sociologia (IFCH-UNICAMP).
1 Luiz G ONZAGA D UQUE , A A rte Brasileira, Campinas, Mercado de Letras, 1995, p. 139.
2 Op. cit., p. 140.
3 Pedro Américo de Figueiredo e MELO , O H olocausto, Florença, Typographia Cenniniana, 1882.
4 Ferreira não deixou nenhuma anotação no exemplar, e não há outras marcas ou indicações. Tombo II-216,
3, 20/ B 869.3, Fundação Biblioteca Nacional, Rio de Janeiro .
*
Rotunda, Campinas, n. 3, outubro 2004, pp 5-12
5
Paula F. Vermeersch – Pedro Américo romancista: O Holocausto
que, apesar do “intelecto humilde”, Bárbara era uma “heroína”. Bárbara dá ao menino o
nome de Miguel e enfrenta uma série de dificuldades para amamentá-lo e dele cuidar.
A dona de Bárbara, ciumenta da beleza e graça do pequeno (seus três filhos não
podiam competir com ele nesses quesitos), vende-o como escravo. Anos depois, o menino
reaparece, é comprado pela mesma família, mas respondendo pelo nome de Agavino.
Bárbara, com a ajuda de um médico, consegue libertá-lo. Agavino vai para a casa de Malme-queres, uma mulher sofrida, separada do marido. Agavino demonstra uma inteligência e
talento excepcionais: aluno aplicado, ganha uma Bíblia como prêmio na escola e começa a
desenhar, nas paredes da casa de Mal-me-queres, cenas da vida sagrada. Reconcilia sua
protetora com o marido, e o casal liberta Bárbara. Num acidente, Agavino salva a vida de
Ruines Gama, um dos três filhos da ex-proprietária de Bárbara e dele próprio, mas não
consegue fazer o mesmo por Mal-me-queres, que falece. Logo depois, o esposo de Mal-mequeres também morre, e Agavino, ao receber a herança do casal, faz uma doação.
A cigana Rachel apaixona-se por Agavino, que delicadamente a rejeita. Rachel
planeja uma vingança; alega que o rapaz a seduziu, mas ele, utilizando-se de sua erudição,
prova-se inocente: “Para que serve a ciência?” – e, pensando nos conhecimentos médicolegais do doutor Aurélio, o médico local, resolve o caso.5 Rhadamina, mãe de Rachel, prevê
um futuro de desgraças para Agavino: “Finalmente, a própria ciência humana, em que crês,
e com que acabas de ameaçar-me, há-de mutilar-te o cadáver para provar aos curiosos que
tinhas o interior de um malvado! E is o prêmio da tua virtude!”6
Ruines Gama apaixona-se por Palmyra, a moça mais rica da cidade, bela e de bom
coração. Mas Palmyra apaixona-se por Agavino e é correspondida; ao lado da formação do
triângulo amoroso, “a guerra civil” chega a Areias; no caso, uma insurreição local contra o
governo imperial. Agavino luta por Pedro II, e é dado como morto. Palmyra torna-se noiva
de Ruines Gama. Tempos depois, Agavino reaparece, e auxilia a expedição de um
naturalista francês, de passagem pela região.
Agavino cuida de Bárbara em seus últimos momentos. As ciganas retornam a
Areias, e Ruines Gama, a pedido de sua terrível amante, d. Cláudia, escreve uma carta à
mãe de Palmyra, d. Amélia, relatando que Agavino vive com Rachel. Palmyra tenta avisar
Agavino, que a julga “criança”. Os dois tentam fugir, mas não conseguem, e Agavino
dirige-se sozinho ao Rio de Janeiro.
5
6
Pedro Américo de Figueiredo e MELO , op. cit., p. 42.
Idem, p. 43.
6
Rotunda, Campinas, n. 3, outubro 2004, pp. 5-12
Paula F. Vermeersch – Pedro Américo romancista: O Holocausto
Mal chegando, pede uma audiência ao Imperador e solicita clemência pelo suposto
rapto de Palmyra. Caminha errante pela cidade e liga-se aos círculos intelectuais e artísticos.
Escreve uma carta à dona Amélia, procurando explicar a tentativa de fuga e pedindo
notícias de Palmyra. Ruines Gama intercepta a carta, e envia-lhe uma falsa, dizendo que
Palmyra morreu. Agavino fica inconsolável e parte para a E uropa.
E ncontra reconhecimento por seus múltiplos talentos onde passa: Inglaterra,
França, Itália, Portugal ... Reflete sobre os brasileiros que encontra pelo caminho, sempre
preferindo Paris a Roma (mal que, observa, afeta todos os brasileiros na E uropa, inclusive
os artistas). Na capital francesa, Agavino faz uma bela estátua de Palmyra e deposita-a no
cemitério de Père-Lachaise. Resolve retornar à pátria depois que narra sua saga a uma
nobre francesa que o protegia. Na viagem, salva ingleses de um naufrágio com grande
bravura e é condecorado.
E m Areias, sua amada Palmyra, que havia se tornado freira, morre em seus braços.
Rachel insinua que ela nunca o amou, e Ruines Gama consegue que Agavino seja preso e
decapitado; sua cabeça é doada para estudos, e os cientistas anunciam sua loucura.
Gonzaga Duque trata Agavino, herói de O Holocausto, humoristicamente: por que,
escreve o jovem crítico, um homem tão brilhante, tão genial, morre de um jeito tão
estúpido no interior da Paraíba? O jovem crítico não perdoa: “Américo é um idealista
histérico. Como prova desta asserção basta folhear o Holocausto, essa obra vacilante e
postiça, remendada simultaneamente, com pedaços de romantismo e de cepticismo.
Agavino, o protagonista do romance, é um grande pulha, criado pela fantasia do romancista
para simbolizar uma classe (?) ou antes: um indivíduo – o autor. E como é profundamente
banal esse simbólico personagem! [...] É esta obra a que o autor chama, no prefácio, fora do
comum. Deveria dizer – fora do tempo.”7
Mas seria a identificação de Agavino como alter-ego de Pedro Américo, como quer
Gonzaga Duque, apenas um deboche contra o pintor da Batalha do A vaí? Ou uma hipótese
interessante para decifrar algumas pistas deixadas pelo romance?
Gonzaga Duque rejeita o enredo de O Holocausto pelo seu ultra-romantismo, pelo
sentimentalismo exacerbado que enxerga tanto no livro quanto em algumas telas do pintor.
Para o crítico, é compreensível que Américo desejasse composições bíblicas, mais do que as
históricas: a imaginação exagerada cria os espaços imponentes e fantásticos para as histórias
7
Luiz G ONZAGA D UQUE , op. cit., p. 142, grifos do autor.
Rotunda, Campinas, n. 3, outubro 2004, pp. 5-12
7
Paula F. Vermeersch – Pedro Américo romancista: O Holocausto
que Duque denomina “lendas da igreja”.8 O irônico, aponta Gonzaga Duque, é o pintor ter
encontrado a consagração a partir das batalhas, encomendas do governo. Mesmo assim, o
crítico aponta que o pintor paraibano se saiu melhor nessa função do que seu rival Vítor
Meirelles: suas batalhas seriam batalhas de verdade, com sangue, pessoas morrendo e tudo
o mais.
A narração de Pedro Américo, em O Holocausto, não é uniforme. A trama principal é
um verdadeiro compêndio das fórmulas tradicionais do romântico: o herói bom e corajoso
que sofre todas as injustiças do mundo, a mocinha fiel e dedicada, o triângulo amoroso
com o vilão desonesto e ingrato. A profusão de personagens e o gosto pelo trágico
recordam os libretos de ópera; mas o gosto pela descrição e as idéias cientificistas, que,
apesar de contrabalançadas por uma previsão de cigana, norteiam a ação dos personagens,
apresentam uma literatura de transição entre estilos. O meio determina os hábitos dos
sertanejos, bem como a raça (o caso de Bárbara, boa apesar de negra, é o mais
significativo), mas há espaço para uma trama no tom de José de Alencar.
A cidade de Areias é descrita exaustivamente, bem como os sertanejos e os líderes
religiosos nordestinos, que Pedro Américo trata caricaturalmente, prefigurando algumas
discussões de E uclides da Cunha em Os Sertões. Quando o herói chega ao Rio de Janeiro,
Américo descreve minuciosamente os bairros e ruas da capital fluminense e denuncia os
desmatamentos abusivos ao redor da malha urbana e seus malefícios. Num certo sentido,
os detalhes descritivos, tanto das cidades, quanto dos personagens e as discussões paralelas
são mais interessantes do que a história do desafortunado Agavino e remetem o leitor às
discussões da literatura do naturalismo francês.
É importante estabelecer um paralelo do romance com algumas telas do pintor. Se,
na Batalha do A vaí , Pedro Américo causou sensação pelo suposto realismo com que retratou
a batalha (não se esquivando de mostrar a violência do embate, os soldados negros do
E xército brasileiro, e muitos detalhes tirados de testemunhos oculares9), e no Tiradentes
Idem, p. 144. Para corroborar tal afirmação, Gonzaga Duque cita uma carta de Pedro Américo a Vítor
Meirelles, datada de 1864: “Minha natureza é outra: não creio dobrar-me com facilidade às exigências
passageiras dos costumes de cada época, que também são uma das fontes em que um talento como o seu
pode achar pérolas. A minha paixão só a história sagrada sacia-a”. In Luiz GONZAGA D UQUE , op. cit., p. 144.
Logo depois, Gonzaga Duque alfineta Pedro Américo: a fama do pintor veio de encomendas ... uma
alfinetada em cima da que Américo deu em Vítor Meirelles, simplesmente.
9 Cláudia Valladão de Mattos afirma: “A frieza com que a Academia recebeu A Batalha do A vaí polarizou o
apoio da crítica anti-acadêmica a Pedro Américo [...]. Desta forma, Pedro Américo, um dos artistas mais
8
8
Rotunda, Campinas, n. 3, outubro 2004, pp. 5-12
Paula F. Vermeersch – Pedro Américo romancista: O Holocausto
esquartejado o estudo da anatomia mostra o martírio analiticamente, outras telas do pintor
ligam-se a um imaginário orientalista, a uma abordagem do exótico refinado, a figuras
como as ciganas do livro. Um exemplo é a Jocabed: a jovem e linda mãe de Moisés é
apresentada sensualmente, no momento em que coloca seu filho no cesto (a tela também
foi executada em Florença, em 1884).
Outro exercício interessante é comparar O Holocausto com o romance que o próprio
Gonzaga Duque escreve anos mais tarde, Mocidade Morta , ambos exercícios de homens de
letras e das artes plásticas que, afinal de contas, não eram romancistas, nas duas décadas
cruciais para o desenvolvimento do romance no Brasil.10 Tanto Duque quanto Américo
não se encontravam no centro dos debates literários brasileiros, mas seus escritos devem
ser entendidos como reflexos de alguns desses debates, que reverberavam no âmbito das
artes plásticas.
Mocidade Morta, assim como O Holocausto, também é uma espécie de colcha de
retalhos narrativos; o romance de Gonzaga Duque leva a experimentação entre os estilos
romântico, naturalista e simbolista muito mais longe do que no texto de Pedro Américo,
porém. Alexandre E ulálio, em seu ensaio de apresentação ao romance11, afirma, que
Gonzaga Duque opera com “justaposições de tecidos estilísticos diversos, que se sucedem
no texto quase sem transição, não vacilando no emprego, lado a lado, de procedimentos
composicionais de teor divergente.”12
próximos do imperador e um dos maiores defensores de sua concepção utilitária de pintura, viu-se,
paradoxalmente, usado nos ataques ferozes dos críticos republicanos à Academia e seu patrono. Nesse
contexto, A Batalha do A vaí foi recebida, antes de tudo, como um quadro de realismo brutal”. Cláudia
Valladão de MATTOS, Imagem e Palavra. In Cláudia Valladão de MATTOS e Cecíilia Helena de Salles
O LIVEIRA (orgs.), O Brado do Ipiranga, São Paulo, E dusp, 1999, pp. 107 -108.
10 Ver o clássico balanço de Alfredo BOSI, O Realismo. In História Concisa da L iteratura Brasileira, São Paulo,
Cultrix, 1994. Na opinião de Otto Maria Carpeaux, Gonzaga Duque, “notável como crítico das artes
plásticas” escreveu o “romance representativo” do Simbolismo brasileiro . Pequena Bibliografia Crítica da
L iteratura Brasileira, Rio de Janeiro, Serviço de Documentação do Ministério da E ducação e Cultura, 1955, p.
207. Recordando: Memórias Póstumas de Brás Cubras, de Machado de Assis, foi publicado em 1881, O A teneu, de
Raul Pompéia, em 1888, e O Cortiço, de Aluísio Azevedo, em 1890.
11 Alexandre E ULÁLIO , E strutura narrativa de Mocidade Morta. In Luiz G ONZAGA D UQUE , Mocidade Morta, Rio
de Janeiro, Fundação Casa de Rui Barbosa, 1995.
12 Alexandre E ULÁLIO , op. cit., p. 278.
Rotunda, Campinas, n. 3, outubro 2004, pp. 5-12
9
Paula F. Vermeersch – Pedro Américo romancista: O Holocausto
Mocidade Morta também conta as desventuras de um herói do tipo romântico, no
caso o jovem crítico de arte e jornalista Camilo Prado. Liderando um pequeno grupo de
amigos, alunos da Academia, Camilo quer quebrar as tradições estéticas da instituição. No
início da trama, o grupo de Camilo vai à recepção oferecida em homenagem ao pintor
Telésforo de Andrade, medalhão acadêmico, que está expondo uma grande tela de batalha,
A Rendição de Uruguaiana.
E ulálio sintetiza: “O romance tem como cenário o ambiente fluminense dos
artistas-pintores ao final dos anos 1880, figurado num impiedoso retrato coletivo. O tema
profundo da obra, no entanto, acompanha antes o inevitável isolamento do introspectivo
que busca sem concessão o ‘Ideal’. Um indivíduo cuja exigência de forma coerente afasta
de si, no mesmo repúdio, tanto o pedantismo conformista da auto-suficiência, como
inconsistências e espontaneísmos veleitários”.13
O triângulo amoroso surge entre Camilo, seu melhor amigo Agrário de Miranda
(que Camilo, entusiasmado, denomina “o Manet indígena”) e a amante deste, a francesinha
Henriette (no melhor estilo boêmio parisiense). Reza a interpretação iniciada pelo genro de
Gonzaga Duque, Murilo Araújo, que Camilo Prado seria a representação literária de
Gonzaga Duque, Agrário esconderia Belmiro de Almeida e Telésforo de Andrade, nada
mais nada menos do que Pedro Américo, entre outros.
No final de Mocidade Morta, assim como em O Holocausto, o personagem central
encontra a total destruição. Não há solução para esses dois artistas talentosos, sensíveis,
vivendo fora de esquadro, buscando o Belo ideal, num país escravocrata, com uma política
loteada pelos proprietários de terra e homens. Não há lugar social para Agavino e Camilo,
um enjeitado, criado por uma escrava; outro, bastardo, morando com a pobre mãe e uma
agregada órfã no subúrbio. Não há casamento, carreira, conciliação, nada é possível para os
dois admiradores dos gregos antigos e de Baudelaire, isolados e incompreendidos em sua
erudição burguesa num lugar onde os ricos não são amantes da cultura e das letras, e a
maior parte da população vive embrutecida e superexplorada.
Diferentemente de Brás Cubas ou de Bentinho, personagens que sempre tiveram
posição, prestígio, herança, e por isso podem se dar ao luxo de pensar a prestações (mesmo
depois de morto, no caso de Brás), tanto Camilo quanto Agavino rumam para o nada, no
qual caem também outros personagens da ficção brasileira oitocentista. Alexandre E ulálio
13
Idem, ibidem.
10
Rotunda, Campinas, n. 3, outubro 2004, pp. 5-12
Paula F. Vermeersch – Pedro Américo romancista: O Holocausto
chama a atenção, por exemplo, para a semelhança do acadêmico Telésforo de Andrade, em
seus delírios humanistas oficialescos, com o diretor Aristarco, do A teneu de Raul Pompéia14;
mas um paralelo possível é o embate, no colégio, entre os realmente sensíveis, como
Sérgio, e a maioria, sem o mínimo dom para os estudos: mesmo os que possuem acesso à
educação clássica, no Brasil, não sabem o que realmente essa educação significa, num país
onde os bacharéis guardam seus diplomas e o importante é impressionar pelo belo
palavreado.
E m O Cortiço, de Aluísio Azevedo (1890), o romance naturalista brasileiro por
excelência, a destruição dos personagens liga-se a idéias sobre a formação racial e social da
nacionalidade, o que aparece em Pedro Américo em escala diminuta (o romantismo ainda
dá o tom do experimento literário do pintor) e espaçadamente, mas de maneira firme, no
simbolista Duque (como nota E ulálio). Bertoleza, a companheira de João Romão, é
destroçada pela ascensão social de seu amante e patrão; Jerônimo abrasileira-se e vira
praticamente um gigolô, e por fim a pura e letrada Pombinha vira cortesã. Conseqüências
do mesmo paradoxo: não há lugares para cidadãos livres na sociedade brasileira no
Império. Não há possibilidade de relações igualitárias, tanto na esfera pública quanto na
privada; assim, é inviável a construção de um ideal estético moderno, no pleno sentido do
termo.
É importante assinalar que Gonzaga Duque, em 1888, termina seu A A rte Brasileira
afirmando que os dois males do Brasil seriam a escravidão e a política de favores (ou seja, a
falta de um E stado moderno) e que essa constituição social impedia o surgimento de uma
arte verdadeiramente comprometida com uma esfera pública moderna.
Tal opinião, no meu ponto de vista, deveria ser a de muitos dos jovens artistas
acadêmicos; nas discussões dos personagens de Mocidade Morta, cuja ação inicia-se às
vésperas da Abolição, Gonzaga Duque reconstrói o ambiente político dos jovens artistas,
que surge, por exemplo, no testemunho de E liseu Visconti, jovem aluno em 1888, a
Frederico Barata15. A nova geração da Academia podia não ser republicana (sendo que
Interessante registrar que Raul Pompéia foi contemporâneo, ainda que brevemente, de Gonzaga Duque no
Colégio Abílio, de Petropólis, lugar que inspirou seu romance, também construído em torno de
reminiscências literariamente traduzidas. Pompéia foi, em vida, igualmente marcado pelo impasse de possuir
um alto padrão estético e uma hiper-sensibilidade, e, como Duque, foi militante ativo do abolicionismo.
Infelizmente, como se sabe, teve um fim trágico, suicidando-se no Natal de 1895.
15 Frederico B ARATA, E liseu V isconti e seu tempo , Rio de Janeiro, Livraria E ditora Zelio Valverde, 1954.
14
Rotunda, Campinas, n. 3, outubro 2004, pp. 5-12
11
Paula F. Vermeersch – Pedro Américo romancista: O Holocausto
muitos continuavam bolsistas do Imperador, como no caso do futuro retratista da elite
republicana paulista, Almeida Júnior), mas era abolicionista e ansiava por reformas radicais
na instituição.
E xilado em Florença, Pedro Américo constrói sua obra: pinta seus quadros, escreve
um romance. A metodologia utilizada pelo pintor paraibano para a construção de um
discurso histórico já foi desvendada por Cláudia Valladão de Mattos e Liana Rosemberg16.
Talvez, O Holocausto ajude na compreensão das telas bíblicas e alegóricas, como supôs
Gonzaga Duque; a aposta seria ir além: o livro auxiliaria a entender os ideais estéticos do
pintor, mas também o porquê de, durante certo período, os jovens acadêmicos da geração
seguinte terem escolhido sua obra como ponto de partida da virada para uma modernidade
estética, durante o final do Segundo Reinado.
Liana ROSE MBE RG, Da imagem retórica: a questão da visualidade na pintura de Pedro A mérico no Brasil oitocentista,
tese de doutorado, FAU-USP, 1998.
16
12
Rotunda, Campinas, n. 3, outubro 2004, pp. 5-12
Marques Rebelo, E mílio Pettorutti
e a exposição de artistas brasileiros em L a Plata, 1945.
André Tavares*
A compreensão da história das artes no Brasil está, sempre, na dependência dos
progressos que se operam no caminho da descoberta de novas fontes. Sem o escrutínio
continuado e a identificação de novas relações e filiações entre artistas, críticos e
historiadores, veremos prevalecer análises que, a despeito da sua qualidade, nem sempre
respondem de modo satisfatório ao sem número de questões que se colocam aos
pesquisadores e interessados no passado artístico nacional. Trazer à tona textos nem
sempre lembrados ou que, sem edições continuadas, permanecem num “limbo” pouco
proveitoso, é um dos objetivos desta revista e, muito particularmente, do autor deste
pequeno texto. O panfleto que, dentro desse espírito, apresentamos agora aos leitores é de
autoria do escritor Marques Rebelo (1907-1973), alias E di Dias da Cruz, escritor conhecido
por romances de grande sucesso como A E strela Sobe (1939), Marafa ( prêmio Machado de
Assis de 1935, dividido com Dionélio Machado e É rico Veríssimo) ou do ciclo O E spelho
Partido, em três tomos, roman fleuve, painel vasto do era Vargas. Rebelo foi, ainda, jornalista e
crítico de arte, consagrando-se como cronista dos costumes e da vida urbana carioca, numa
linhagem que poderia ser rastreada até Manuel Antônio de Almeida a quem, revelando
predileção e prestando devido tributo, Rebelo dedicou uma biografia crítica (V ida e obra de
Manuel A tônio de A lmeida , 1951) e uma bibliografia (Bibliografia de Manuel A ntônio de A lmeida,
1951). Legou-nos, também, variada obra de contista e de cronista, ocupando-se não só do
subúrbio carioca, como em Oscarina (1931, seu primeiro livro) ou Três Caminhos (1933), mas,
também das cidades do interior do Brasil, que retratou nas Cenas da vida brasileira (1943).
Ainda fica por esclarecer de que modo articula-se a trajetória de Rebelo com a organização
da exposição do Museu de La Plata e com a figura capital nesse processo que parece ter
sido E mílio Pettorutti. O processo de seleção dos trabalhos expostos é outro ponto que
mereceria uma investigação cuidada, bem como a participação dos curadores e do próprio
*
Doutorando em História Social e Mestre em História da Arte e da Cultura (IFCH-UNICAMP).
Rotunda, Campinas, n. 3, outubro 2004, pp. 13-21
13
André Tavares – M. Rebelo, E.Pettorutti e a exposição de artistas brasileiros em La Plata, 1945
Marques Rebelo – identificado por Pettorutti como o único responsável pela escolha das
78 obras enviadas à Argentina – nesse âmbito. Rebelo destaca os papéis da Semana de Arte
Moderna e de Portinari na caracterização do panorama artístico brasileiro da primeira
metade do século XX, além de revelar um entendimento bastante peculiar do papel e das
origens da arte abstrata, que associa à desagregação provocada pelo impacto da segunda
grande guerra.
E mílio Pettoruti, por seu turno, é lembrado, de um modo geral, como o introdutor
do cubismo na Argentina. Na E uropa desde 1913, freqüenta os futuristas estabelecendo
contato com Marinetti e com os pintores que irão fazer a fama da vanguarda italiana, como
Carlo Carrà, Russolo, ou Boccioni. E m 1917, em Roma, aproxima-se do círculo de De
Chirico e Giacomo Balla. E m Paris, em 1924, estreitará laços com Juan Gris. Após a volta à
Argentina, realizará inúmeras exposições, incluindo a célebre e escandalosa mostra da
Galeria Walton, em 1926, um dos marcos da introdução da arte moderna na capital
argentina. Na coleção Mário de Andrade (IEB/USP), conserva-se um desenho de Emílio
Pettoruti, Composição com palhaço (lápis e guache sobre papelão, 13,1x9 cm) de 1917. Um
prenúncio, é provável, dos grandes arlequins cubistas que farão sua fama. A dedicatória, “A
Mário de Andrade, Cariño”, revela a amizade alimentada e cultivada através das cartas
trocadas entre 1926 e 1942. Vem ao Brasil em 1929 e, no ano seguinte, assume a direção do
Museu de La Plata, sua cidade natal, cargo que ocupou até 1947. A exposição de artistas
brasileiros veio em 1945 e, em 1949, é a vez de trazer obras suas ao Brasil para uma
exposição organizada pelo Museu de Arte Moderna de São Paulo. A organização dessa
mostra de artistas modernos assim como a exposição de Pettoruti em São Paulo
representam um momento especialmente importante para os que se interessem pela
investigação dos intercâmbios culturais e artísticos entre o Brasil e a Argentina, campo
ainda amplo para investigações. E speramos estimular os interessados através da tradução
do texto de Rebelo e da apresentação das obras então selecionadas para a exposição.
O texto de Marques Rebelo que transcrevemos a seguir é o que introduz o catálogo
da exposição 20 A rtistas Brasileños organizada pelo Museu Provincial de Bellas Artes de La
Plata em 1945. E milio Pettoruti abre o catálogo com suas Palabras L iminares, texto que nos
ajuda a compreender em que contexto foi organizada essa mostra de artistas brasileiros. O
volume utilizado para esta transcrição encontra-se depositado na Biblioteca Cornélio
Penna, no IE L-UNICAMP e faz parte do projeto de valorização, por nós coordenado, do
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Rotunda, Campinas, n. 3, outubro 2004, pp. 13-21
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acervo bibliográfico do autor de Fronteira . É , também, estímulo aos investigadores que se
interessem pelas relações entre o ambiente artístico do Brasil e aquele dos países do Prata,
campo ainda vasto de possibilidades investigativas.
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Marques Rebelo. 20 ARTISTAS BRASILE IROS 1
PALAVRAS PRELIMINARE S
A exposição que hoje é apresentada nas salas do Museu Provincial de Belas-Artes é
a primeira de uma série de exposições de artistas das Américas programada pela Direção
Geral de Belas-Artes da Província para o ano em curso e para os seguintes. É propósito da
Direção contribuir para fazer efetivo o conhecimento das inquietações artísticas do Norte,
Centro e Sul do nosso continente e a essa louvável iniciativa vai o nosso apoio, por
entendermos que ela encarna uma necessidade de caráter cultural profundamente sentida,
como é a de procurarmos um enfrentamento real, de espírito a espírito, com os artistas
plásticos da América.
Coube ao Brasil inaugurar este promissor ciclo de exposições de conjunto que nos
há de dar um panorama completo da arte americana contemporânea. Com efeito, a que
hoje se apresenta nosso Museu permitirá apreciarmos globalmente o movimento plástico
de nossos irmãos brasileiros.É formada por vinte artistas, quase em sua totalidade jovens
nascidos no século que vai em curso e admiravelmente inspirados. E les representam o que
há de mais vivo, novo, cheio de espírito e de esperança que há na arte do Brasil.
De forma isolada, conhecíamos alguns pintores por haver exibido suas telas em
exposições individuais ou em uma e outra mostra coletiva, mas nunca tínhamos tido a
oportunidade de apreciar uma exposição, em conjunto, tão orgânica e harmônica quanto a
que ora se oferece ao público.
A exposição, que compreende 78 obras representativas, foi selecionada e
organizada totalmente pelo escritor e crítico de arte carioca, senhor Marques Rebelo, que
foi convidado pela Direção Geral de Belas-Artes a tomar como encargo esta delicada
tarefa.
E milio Pettoruti.
1
RE BE LO, Marques, 20 artistas brasileños, del 2 al 19 de agosto, Museo Provincial de Bellas Artes, La Plata,
Argentina – Dirección General de Bellas Artes de la província de Buenos Aires, 1945. Tradução de André
Tavares.
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INTRODUÇÃO
O ambiente artístico brasileiro era difícil e ser artista no Brasil era uma forma de
heroísmo, pois faltavam todos os elementos indispensáveis à formação do conhecimento e
do bom gosto.
Não tínhamos senão deploráveis imitações de escolas de belas-artes e de museus;
não tínhamos galerias de exposições nem coleções particulares que estimulassem pelo
contato e divulgação das obras, o interesse pelas artes. E como tampouco possuíamos
publicações especializadas, faltava-nos orientação, crítica.
Num ambiente destes, o esforço teve de ser sempre individual, o que deu lugar a
um autodidatismo coletivo, fonte de ignorância de problemas fundamentais das artes e de
seu conteúdo estético.
A arte moderna, que surgiu no Brasil em 1922, pelo esforço de escritores, trouxe
um novo ambiente para as artes, traçando-lhes, também, um caminho seguro.
Reuniu o movimento uma minoria interessada e sensível em torno a problemas
plásticos comuns e ligada ao sentido geral da arte. E sses escritores, músicos e arquitetos e
artistas se aproximaram. Aportou assim o modernismo, pela primeira vez na história da arte
no Brasil, uma grande inquietação, a percepção da necessidade de pesquisas e uma ligação
mais íntima entre o artista e o povo, o que equivale a dizer que foram os modernistas
aqueles que descobriram, artisticamente, a sua terra.
A volta de Portinari da E uropa, em 1930, é o acontecimento que determina um
impulso jamais experimentado pela arte brasileira. E xercendo de imediato uma enorme
influência sobre os jovens, combatido violentamente pelo academicismo e pela ignorância
local, vence a dificuldade em exposições sucessivas, afronta a mediocridade e o
conservadorismo, respondendo com o trabalho a todas as manifestações gratuitas de
opinião.
Portinari exemplifica a dignidade do trabalho artístico. Funda, na Universidade do
Distrito Federal, um ateliê nos moldes do “quatrocentos” e, seis meses mais tarde,
apresentava ao Brasil um numeroso grupo de jovens pintores formados dentro dos mais
sólidos princípios.
Apesar desse êxito, não calaram as vozes contrárias. O momento mundial era o do
Nazismo. também no Brasil repercutiu o grito de “Arte Degenerada”. Todos os artistas
modernos foram condenados. A escola de Portinari foi fechada. Os E stados Unidos o
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receberam em uma consagração continental. Como conseqüência do estado de coisas, as
novas vocações foram sufocadas. E os artistas já feitos refugiaram-se no mundo das formas
abstratas.
Felizmente, um novo vento soprou sobre a face do mundo .Voltaram os artistas
brasileiros ao encontro das fontes de uma verdade plástica, que é ao que aspiram todos os
artistas do mundo.
A exposição que ora apresentamos ao povo argentino é uma seleção representativa
das tendências da arte no Brasil. Seu conjunto revela as preocupações dominantes no
campo plástico, fruto de um esforço cujo mérito é tratar de alcançar as grandes formas da
arte universal. O que pode ter de incompleta esta mostra é resultado da dificuldade de
comunicação em que vive o artista brasileiro; nela, sem dúvida, deve-se sentir a mensagem
espiritual que quer ligar os artistas argentinos e brasileiros.
Marques Rebelo.
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LISTA DAS OBRAS INCLUÍDAS NA E XPOSIÇÃO DE LA PLATA / 45
Alberto da Veiga Guignard:
1 – Paquetá, desenho, 40x50.
2 – Uma família na praça, óleo, 48x61.
Alcides da Rocha Miranda:
3
4
5
6
7
Aldari Henriques Toledo:
8 – Pescador, ponta seca, 29x38.
9 – Marilinha Thirré, desenho, 35x46.
10 – Jaime Martins de Almeida, desenho, 35x46.
11 – O servente Joaquim, óleo, 46x56.
Cândido Portinari:
12
13
14
15
16
17
Carlos Leão:
18 – Mulheres, desenho, 26x35.
19 – Mulheres, desenho, 21x31.
20 – Mulheres sentadas, desenho, 24x32.
Clóvis Graciano
21
22
23
24
25
26
27
28
–
–
–
–
–
Mestiça, desenho, 18x26
Índios, desenho, 18x26.
Sertanejo, desenho, 21x30.
Mulher com menino, desenho, 13x21.
Figura, desenho, 14x18.
–
–
–
–
–
–
Mulher chorando, óleo, 80x100.
Meninos brincando I, óleo, 80x100.
Meninos brincando II, óleo 80x100.
A barca, ponta seca, 41x52.
Figura, ponta seca, 29x32.
Figuras, ponta seca, 21x28.
– Cabeça, óleo, 46x54.
– Família, óleo, 37x44.
– Gouache, 24x31.
– Gouache, 19x28.
– Gouache, 19x25.
– Desenho, 15x22.
– Desenho, 22x29.
– Desenho, 18x25.
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–
–
–
–
–
–
–
–
Desenho, 16x21.
Desenho, 19x26.
Desenho, 15x23.
Desenho, 20x29.
Desenho, 20x29.
Ponta seca, 9x12.
Ponta seca, 9x12.
Ponta seca, 13x14.
Djanira Gomes Pereira
37 – Meninos da V izinhança, óleo, 70x100.
Emiliano Di Cavalcanti
38 – Carnaval, óleo, 46x65.
39 – Mulheres, desenho 33x44.
Hilda Campofiorito
40 – E stivadores, óleo, 46x55.
Iberê Camargo
41 – Mulher de branco, óleo, 60x70.
42 – A uto-retrato, óleo, 37x46.
43 – Negra sentada, ponta seca, 20x29.
José Alves Pedrosa
44
45
46
47
José B. Cardos Júnior
48 – Horas de ócio, óleo, 53x57.
José Pancetti
49
50
51
52
53
Milton Dacosta
54 – Cena de atelier, óleo, 23x26.
20
– Dança, ponta seca, 23 x 25.
– Esboço , desenho, 22x33.
– Aquarela, 33x43.
– Sangüínea, desenho, 33x43.
–
–
–
–
–
Paisagem, óleo, 60x80.
A uto-retrato, óleo, 39x55.
Menina, óleo, 47x62.
A telier do artista, óleo.
Paisagem de São João Del Rei, óleo, 37x45.
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55 – A uto-retrato, óleo, 40x50.
Orlando Teruz
56 – Morro, óleo, 65x80.
57 – Favela, óleo, 65x80.
Percy Melo Deane
58 – Retrato de E lsa Proença, óleo, 45x54.
59 – Clementina de V asconcelos, óleo, 40x42.
60 – Mãe e filha, desenho, 16x20.
Quirino Campofiorito
61 – Trabalhadores da estrada de ferro, 55x65.
62 – Garrafão verde, óleo, 44x55.
63 – Quarto de estudante, 55x44.
Roberto Burle Marx
64 – Mulheres, óleo, 80x100.
65 – Natureza-morta, óleo, 80x100.
Tarsila do Amaral
66 – Favela, desenho, 16x22.
67 – Favela I, óleo, 38x46.
68 – Favela II , óleo, 40x50.
Tomas Santa Rosa Júnior
69
70
71
72
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74
75
76
77
–
–
–
–
–
–
–
–
–
Carnaval, óleo, 50x60.
O homem da cuíca, óleo, 55x60.
Serenata, aquarela, 24x32.
Pescadores, aquarela, 24x32.
Catadores de papel, aquarela, 29x40.
E spumas flutuantes, ponta seca, 24x32.
A hasverus, ponta seca, 24x32.
II H.C., ponta seca, 24x32.
No circo, desenho, 24x32.
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William Morris e a SPA B.
Maria Lucia Bressan Pinheiro *
O constante revolucionar da produção, a ininterrupta perturbação
de todas as relações sociais, a interminável incerteza e agitação
distinguem a época burguesa de todas as épocas anteriores. Todas as
relações fixas, imobilizadas, com sua aura de idéias e opiniões
veneráveis, são descartadas; todas as novas relações, recém-formadas,
se tornam obsoletas antes que se ossifiquem. Tudo o que é sólido
desmancha no ar, tudo o que é sagrado é profanado, e os homens são
finalmente forçados a enfrentar com sentidos mais sóbrios suas reais
condições de vida e sua relação com outros homens.
Karl MARX , Manifesto Comunista.
Para falar de William Morris, não é fora de propósito começar citando Karl Marx –
afinal, uma das mais conhecidas facetas do intelectual inglês é justamente sua filiação ao
movimento socialista do século XIX. No entanto, esta citação do Manifesto Comunista é
também muito adequada para nos dar uma idéia – certamente, bastante pálida – das
profundas transformações culturais ocasionadas pela Revolução Industrial e o avanço do
capitalismo ao longo do século X IX : transformações em cujo bojo desenvolvem-se as
primeiras teorias e ações sistemáticas relativas à preservação do patrimônio.
Uma das mudanças mais imediatas e diretas, no que diz respeito ao surgimento das
primeiras atitudes preservacionistas, é a gradativa dissociação entre o edifício e o solo onde
foi construído, mormente em áreas urbanas, conseqüência do explosivo crescimento das
cidades e de sua transformação diante das novas necessidades – habitação, escolas,
hospitais, fábricas, mercados, estações ferroviárias, etc. – a serem atendidas numa escala
sem precedentes, que já prefigura a sociedade de massa do século XX.
*
Professora de História da Arquitetura da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, USP. Doutora e Mestre
em Arquitetura (FAU-USP).
22
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Maria Lucia Bressan Pinheiro – William Morris e a SPAB
Os edifícios de épocas passadas, carregados do peso da tradição e costumeiramente
encarados quase como uma “segunda natureza”, são subitamente despojados de sua carga
simbólica e encarados como uma mercadoria igual a qualquer outra.
E sta é, certamente, a causa primeira do interesse pela preservação do patrimônio: o
risco de perdê-lo. Mas o conjunto de mudanças que levaram ao surgimento das primeiras
iniciativas visando à preservação do patrimônio cultural é muito mais amplo, e diz respeito
à maneira de “fazer” e “pensar” a arquitetura durante o século XIX, de uma forma geral.
Ora, a esse respeito, o que caracteriza o panorama oitocentista é o gradativo
colapso do sistema cultural baseado no Classicismo, o que abre espaço para a valorização
de tendências arquitetônicas muito diversas.1 A superação da hegemonia clássica – que
demonstraria ainda grande longevidade no âmbito das academias – foi impulsionada por
diversos fatores. Além daqueles mais gerais, magistralmente referidos por Karl Marx na
citação acima, podem-se mencionar os novos horizontes culturais descortinados pelo
incipiente imperialismo europeu e pelo incremento do comércio internacional, que
possibilitaram o contato com civilizações exóticas: Índia, China, E gito, Arábia, etc.; ou o
desenvolvimento da arqueologia, isto é, o estudo das civilizações antigas em bases
científicas, a partir de seus remanescentes materiais, que se dá concomitantemente à
redescoberta do passado clássico possibilitado pelo aumento da acessibilidade a regiões até
então pouco exploradas, como a Grécia e as ex-províncias romanas. Assim, torna-se pouco
a pouco notório que a Antigüidade Clássica, longe de ser uma idade de ouro mítica, ahistórica, é – tanto quanto outros sistemas arquitetônicos – um período histórico passível
1
Prenúncios do colapso do Classicismo podem ser situados muito antes; basta pensar na discussão
introduzida por Claude Perrault já na segunda metade do século X VII, distinguindo a beleza positiva
(imutável, absoluta - clássica, enfim) da beleza arbitrária (em que intervém o “gosto” individual do arquiteto).
V. a respeito Joseph RYKWERT , The First Moderns, Cambridge (MA), Londres, The MIT Press, 1983. Na
Inglaterra, tais prenúncios estão ligados ao surgimento das noções de Sublime e Pitoresco , definidas por
E dmund Burke em sua obra A Philosophical Inquiry into the Origin of our Ideas of the Sublime and Beautiful (1756).
Tal como comparece na obra de Burke, “o Belo é um valor que não se refere ao intelecto e sim à esfera dos
sentimentos; as proporções e a perfeição geométrica e matemática das formas não são qualidades estéticas
como afirma a tradição clássica, sendo pertinentes somente à esfera lógico -intelectual. A arte, ao contrário,
deve suscitar emoções, e sobretudo inspirar estupor com a variedad e e a novidade”. In Luciano PATE TTA,
Historia de la A rquitectura – A ntologia Critica, Madri, Celeste, 1997, p. 309. E sta, entretanto, é uma discussão que
não cabe nos limites do presente trabalho.
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Maria Lucia Bressan Pinheiro – William Morris e a SPAB
de ser estudado cientificamente, colocando-se em dúvida, portanto, o valor normativo
universal que é atribuído a seus modelos. Aqui, deve-se chamar a atenção para o fato de
que os procedimentos típicos da arqueologia – estudos e medições precisos – unidos aos
avanços nas técnicas de representação gráfica verificados no período viabilizam a
reprodução de obras arquitetônicas em moldes fidedignos, o que terá implicações diretas na
idéia de restauro – a “estranha idéia de restauro”, como diz William Morris em seu
Manifesto.
Finalmente, deve-se mencionar o gradativo fortalecimento de uma idéia de nação
(diferente de país, unidade geográfica) – implicando em um conjunto de valores e
princípios compartilhados, isto é, uma identidade própria. E ssa idéia, que se desenvolve
paralelamente à gradual abolição das monarquias e ao fortalecimento do indivíduo
enquanto sujeito histórico e político, traz em seu bojo a idéia de uma arquitetura específica,
própria de cada país. E , para praticamente todos os países europeus, essa arquitetura
genuinamente nacional não seria outra senão a gótica.2 Assim, configurou-se aos poucos
um antagonismo entre as formas clássicas, universalizantes, e as formas góticas, nacionais –
encampadas de início por escritores e literatos, autores de romances de forte apelo à
valorização de um sentimento de identidade nacional.
E ssa situação adquiriu contornos específicos na Inglaterra, onde o estilo gótico –
entendendo-se por isto a arquitetura da Idade Média – nunca fora verdadeiramente
abandonado; sobrevivera ao longo dos séculos nas construções universitárias de Cambridge
e Oxford e nas construções domésticas e rurais, além de igrejas.3
E is, em poucas linhas, o contexto em que começam a ser realizadas as primeiras
intervenções de cunho restaurativo em monumentos medievais na Inglaterra – atividade
em que se destacou James Wyatt (1747-1830), um dos mais famosos arquitetos ingleses de
seu tempo. E ncarregado da restauração de monumentos ingleses de primeira grandeza,
como as catedrais de Lichfield (1788), Hereford (1789), Salisbury (1789), e Durham (1791),
Wyatt era considerado por alguns o Palladio da Inglaterra , sendo chamado por outros de
Wyatt o destruidor.
2
V. a respeito Françoise CHOAY, A A legoria do Patrimônio, São Paulo, E stação Liberdade/UNE SP, 2001,
especialmente o Capítulo II.
3
E ste aspecto é abordado em detalhe por: L. PATE TTA, L ’A rchitettura dell’E clet tismo: fonti, teorie, modelli 17501900, Milão, Mazzota, 1975, especialmente no Cap. 5.
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Maria Lucia Bressan Pinheiro – William Morris e a SPAB
Tais epítetos tinham sua razão de ser, pois sua atuação nesses edifícios pautou-se
pelos princípios arquitetônicos classicizantes nos quais fora formado; daí seu afã em
submeter a arquitetura gótica às disciplinas da ordem e da proporção clássicas. Para
conferir unidade espacial e clareza de leitura ao monumento através da abertura de
perspectivas ininterruptas, Wyatt – à maneira do seu tempo – não hesitava em remover
divisórias, altares, túmulos, órgãos e quaisquer outros obstáculos adicionados aos edifícios
ao longo de sua história.4 Tais procedimentos eram acompanhados da raspagem de
quaisquer pinturas murais pré-existentes – procedimento denominado em inglês scraping.
As intervenções de Wyatt e de seus numerosos seguidores – como Sir George
Gilbert Scott, um dos mais ativos arquitetos do século XIX e autor, entre centenas de
outros projetos, da E stação Ferroviária de St. Pancras, em Londres – inauguraram o debate
na Inglaterra sobre a restauração de monumentos, debate esse que se radicalizou na
segunda metade do século X IX , com o surgimento do Movimento Anti-Restauração (A ntiRestoration Movement, também chamado de A nti-Scrape Movement) – como ficou conhecida a
proposta conservativa de John Ruskin, levada adiante por William Morris. Aliás, Scott está
certamente entre aqueles “homens de talento” que tanto têm contribuído para “a
destruição dos antigos monumentos de arte nos últimos cinqüenta anos”, citados no
Manifesto.
As teorias e proposições que caracterizam a postura desses dois pensadores
vitorianos – quase indissociáveis entre si – estão fundadas na crítica romântica da sociedade
industrial colocada inicialmente por A. W. N. Pugin, impiedoso crítico das intervenções de
Wyatt, porém mais conhecido por sua participação no projeto para o Palácio de
4
Na Catedral de Salisbury, por exemplo, a intervenção de Wyatt foi dura e coerentemente criticada – em
termos eminentemente arquitetônicos – pelo líder religioso John Milner, que não só condenou a violação dos
túmulos removidos da nave principal, como reclamou da “destruição das proporções e da devida relação
entre as diferentes partes da catedral”. No trabalho de Wyatt em geral, Milner criticava a “introdução de
uniformidade no edifício sagrado...reduzindo cada catedral a um único ambiente, em conformidade com o
gosto atual”. Cit. in Janet A. NULL, Restorers, villains, and vandals. In Bulletin of the A ssociation for Preservation
Technology, 1985, vol. X VII, n. 3-4, pp. 27-8.
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Maria Lucia Bressan Pinheiro – William Morris e a SPAB
Westminster (1836-68), juntamente com Charles Barry .5
Pugin associou a perda da harmonia estética, da religiosidade e do equilíbrio social
vigentes – em sua visão – durante a Idade Média ao advento da civilização industrial.
Profundamente católico, advogava a adoção da arquitetura gótica por considerá-la a única
verdadeira, uma vez que era a expressão da verdadeira religião.
Diante da má qualidade generalizada da arte e da arquitetura oitocentistas, Pugin
procurou estabelecer os verdadeiros princípios do estilo gótico – que constituiriam como
que a sua alma – para nortear a produção artística do período. E m sua opinião, a única
maneira de garantir o respeito a tais princípios seria a RE STAURAÇÃO dos antigos
sentimentos de religiosidade católica:
Apenas [os antigos sentimentos] podem restaurar a arquitetura ogival ao seu estado glorioso
anterior; sem isso, tudo o que for feito será uma cópia insípida e sem coração, verdadeira até
onde vai o mecanismo do estilo, mas totalmente desprovida daquele sentimento e emoção que
6
distinguem o desenho antigo.
Sua crítica moralista se estendia, portanto, até os detalhes construtivos das obras
arquitetônicas, que deveriam ser a verdadeira expressão de uma necessidade – no caso, a
exaltação da fé católica. Pugin estabeleceu, assim, uma primeira aproximação entre beleza
arquitetônica e sinceridade construtiva – tanto em termos estruturais como de materiais
construtivos propriamente ditos –, que tantas conseqüências teria para o posterior advento
da arquitetura moderna. Afirmava que “não deve haver nenhuma característica num
edifício que não seja necessária para conveniência, construção, ou propriedade”. E
5
Augustus Welby Northmore Pugin (1812-52) era escritor, erudito, antiquário, arquiteto. Filho do desenhista
francês Auguste Charles Pugin, emigrado para a Inglaterra durante a revolução e profundo conhecedor da
arquitetura gótica, parece ter herdado estes gostos e talentos de seu pai. Pugin converteu-se ao catolicismo em
1834, chegando às raias do fanatismo. V. a respeito Kenneth CLARK , Gothic Revival, Londres, John Murray,
1988; também Robin MIDDELTON & David WATKIN, N eoclassical and 19th Century A rchitecture , Nova York,
Rizzoli, 1993.
6
“Tis they alone that can restore pointed architecture to its former glorious state; without it all that is done
will be a tame and heartless copy, true as far as the mechanism of the style goes, but utterly wanting in that
sentiment and feeling that distinguishes ancient design.” Cit. in Jukka J OKILEHTO , A History of A rchitectural
Conservation, Oxford, Butterworth-Heinemann, 2002, p. 111.
26
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Maria Lucia Bressan Pinheiro – William Morris e a SPAB
também: “na arquitetura pura o menor detalhe deve ter um sentido ou servir a um
objetivo”.7
A questão da ressurreição da religiosidade católica como condição imprescindível
para a ressurreição da própria arquitetura gótica encontra evidentes paralelos no Manifesto,
quando Morris menciona o “espírito vivo” dos edifícios, que é “inseparável da religião, do
pensamento e dos costumes passados”. Mas, entre Pugin e Morris, situa-se a indispensável
contribuição teórica de John Ruskin (1819-1900), parte significativa da qual – ainda que
nem sempre reconhecida – dirige-se à problemática da preservação arquitetônica. As raízes
do pensamento de Ruskin encontram-se indiscutivelmente nas idéias de Pugin, embora as
tenham superado largamente em profundidade e amplitude.
De fato, Ruskin afigura-se um verdadeiro humanista, no sentido de que seu interesse
se dirigia a toda a realidade; dizia que “não há outra riqueza que não a vida”; o capital tem
valor quando serve à vida, assim como o arado só tem valor quando trabalha a terra; uma
nação é rica quando o povo é sadio e feliz.8
E m sua concepção, a verdadeira riqueza à disposição dos homens é constituída pelo
patrimônio da arte e da natureza e, de forma geral, pela beleza, e não por bens meramente
materiais. Segue-se, portanto, que proteger a beleza, presente seja na natureza, seja na obra
humana, é uma ação necessária para garantir a melhor qualidade da nossa vida. E ssa é a
razão essencial da preservação, para Ruskin. Sua definição de restauro, tal como comparece
em uma das Sete L âmpadas da A rquitetura – a Lâmpada da Memória – é incisiva:
Nem pelo público, nem por aqueles que são responsáveis por monumentos públicos, o
verdadeiro sentido da palavra restauração é entendido. Significa a mais total destruição que um
edifício pode sofrer; uma destruição após a qual nenhum remanescente pode ser reunido; uma
destruição acompanhada de uma falsa descrição do objeto construído. Não nos deixemos
enganar nesse assunto importante; é impossível, tão impossível quanto ressuscitar os mortos,
9
restaurar qualquer coisa que tenha sido grande ou bela em arquitetura.
7
W.N. P. PUGIN, True Principles of Pointed or Christian A rchitecture , Londres, Bohn, 1853, p. 1.
8
V. a respeito Roberto D I STEFANO , John Rusk in. Interprete dell’A rchitettura e del Restauro, Nápoles, E dizione
Scientifiche Italiane, 1983.
9
John R USKIN, , The Seven L amps of A rchitecture, Nova York, Dover, 1989, p. 194.
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27
Maria Lucia Bressan Pinheiro – William Morris e a SPAB
Outras passagens de The Seven L amps of A rchitecture (1849) evidenciam proposições
bastante inovadoras para a época quanto à noção de bem cultural – como o profundo
respeito pelo seu caráter único, bem como por sua materialidade intrínseca, a ser
preservada a todo custo; enfim, uma postura de auto-renúncia diante da obra de arte e de
história. Ruskin está entre os primeiros a valorizar a arquitetura dita “menor” – uma
postura que será sucessivamente retomada, a começar pelo próprio Morris, que atribui a
“decadência da Arquitetura” ao seu “desaparecimento como arte popular”, no Manifesto.
A seu ver, a manutenção da pátina – para Ruskin, a própria evidência, a
materialização mesmo da passagem do tempo pelo edifício – constituía um dos principais
aspectos a serem preservados num monumento.
De sua abordagem decorrem certos princípios eminentemente conservativos para a
intervenção em edifícios históricos, como a preservação a todo custo da matéria original do
monumento e manutenção de suas modificações e ampliações, bem como da pátina – a
“mancha dourada do tempo”, em suas palavras.10 Coloca-se assim em primeiro plano a
importância da manutenção e estabilização dos edifícios antigos, até mesmo em detrimento
de sua configuração formal; pois o valor mais importante a ser preservado – as marcas de
sua idade – é intrinsecamente auto-destrutivo; portanto, os edifícios estão fadados ao
desaparecimento. Cabe, porém, através de manutenção e cuidados constantes, prolongar ao
máximo sua existência.
Assim, Ruskin configura-se como o mentor intelectual do Movimento Antirestauração (Anti-scrape movement), que advogava a conservação dos monumentos, em vez de
sua restauração. É por sua causa que, na língua inglesa, a palavra “restauração” assumiu
uma conotação fortemente negativa, sendo substituída por “conservação”.
Por volta de 1870, as idéias de John Ruskin começam a estabelecer-se como
alternativa efetiva à prática então corrente da restauração. Não por acaso, a fundação da
SPAB11 dá-se nesta mesma década, em 1877 – por iniciativa de William Morris (1834-96),
cujo papel na história da arte e da arquitetura parece por vezes configurar-se como a
contrapartida prática de Ruskin. Morris foi um homem polivalente: dedicou-se
10
Idem, p. 187.
11
Sigla em inglês para Society for the Protection of Ancient Buildings (Sociedade para a Proteção de E difícios
Antigos).
28
Rotunda, Campinas, n. 3, outubro 2004, pp. 22-35
Maria Lucia Bressan Pinheiro – William Morris e a SPAB
intensamente às artes decorativas de alto nível em sua firma Morris, Marshall, Faulkner &
Co., sem descuidar de uma significativa produção teórica e literária e de um ativismo
político radical. São esses aspectos, aliás – muito mais do que sua defesa apaixonada dos
edifícios antigos – aqueles normalmente destacados em estudos a seu respeito.
De fato, toda a linha de interpretação do surgimento da arquitetura moderna,
desenvolvida por Nikolaus Pevsner, tem seu ponto de partida diretamente vinculado à
contribuição de Morris, interpretação que foi retomada por vários outros estudiosos do
assunto, como Leonardo Benevolo, para quem uma possível data simbólica para marcar o
início da arquitetura moderna poderia ser justamente o ano de 1862, devido à fundação da
firma Morris, Faulkner, Marshall & Co.12
Bastante conhecidas são suas idéias relativas à arte, que ele considera “a expressão,
pelo homem, de seu prazer no trabalho” e também “uma alegria para quem faz e para
quem dela desfruta”. A arte deve ser realizada não apenas “pelo povo” mas também “para
o povo”.13 Para ele, a decadência da arte e da arquitetura no século XIX é uma
conseqüência da civilização industrial, que rompeu o equilíbrio do trabalho artesanal,
ocasionando a perda de identidade entre o homem e o produto de seu trabalho pela
separação das diversas etapas de produção de um objeto. De uma forma geral, sua
contribuição caracteriza-se pela apologia da domesticidade e do prazer no trabalho, pela
valorização da atividade artesanal, pela rejeição do convencionalismo acadêmico (em geral
associado ao classicismo) e pela desmistificação da atividade artística – prerrogativa de todo
e qualquer indivíduo -, e conseqüente equiparação entre as belas-artes e as chamadas “artes
menores”; pela defesa da integração das artes e pela busca de inspiração ornamental na
natureza, à maneira dos pré-rafaelitas, com quem aliás Morris mantinha estreitos vínculos
ideológicos e de amizade.
E ssas noções, concretizadas na produção artística de sua firma, são recorrentes
também em sua obra literária – algumas vezes sob a forma de ecos diretos de várias idéias
expostas anteriormente por Ruskin, como ocorre no próprio Manifesto. E ste documento,
suscitado pela notícia de que a Abadia de Tewkesbury seria em breve restaurada por Sir
12
V. a respeito: Nikolaus PEVSNER, Os Pioneiros do Desenho Moderno , São Paulo, Martins Fontes, 1980, pp. 4243; Leonardo B ENEVOLO , História da A rquitetura Moderna, São Paulo, Perspectiva, 1976, p. 13.
13
William MORRIS , Collected Work s of William Morris, xxii, pp. 42 e 46.
Rotunda, Campinas, n. 3, outubro 2004, pp. 22-35
29
Maria Lucia Bressan Pinheiro – William Morris e a SPAB
George Gilbert Scott, constitui de fato uma versão objetiva e direta – como convém a um
manifesto – de algumas das idéias expostas, de forma muito mais alongada e lírica, na
L âmpada da Memória. Morris deixa de lado a postura predominantemente moralista de
Ruskin, para centrar-se na importância dos monumentos como documento histórico, cuja
autenticidade é um dos principais valores a serem respeitados. Porém, todo o texto é
orientado pelo Aforisma 31, de Ruskin: A Restauração, assim chamada, é a pior forma de
Destruição. Morris também compartilha integralmente do apreço de Ruskin pela pátina –
isto é, a mancha dourada do tempo -, à qual ele se refere, mais prosaicamente, como “aparência
de antigüidade”.
Mas é certamente ao enfatizar a necessidade de manutenção dos edifícios – em
oposição à restauração – que Morris praticamente faz suas as palavras de Ruskin: “Cuide
adequadamente de seus monumentos, e você não precisará restaurá-los”14; inclusive
valendo-se de alguns dos exemplos por ele mencionados – o telhado com goteiras, a escora
na parede inclinada.
É fácil identificar também a evidente crítica de Morris às idéias de Viollet-le-Duc,
isto é, “aqueles que fazem as mudanças forjadas em nossos dias sob o nome de restauração
[...] imaginando o que os primeiros construtores deveriam ou poderiam ter feito”.15
Diante de uma contraposição tão radical às intervenções de restauração então
correntes, não é de admirar que a primeira comissão da SPAB tenha sido constituída por
um grupo de colaboradores muito próximos de Morris, como Philip Webb, Richard
Holman Hunt e E dward Burne-Jones, aos quais logo se juntariam o próprio Ruskin e
Thomas Carlyle. Porém, em um ano e meio a SPAB já contava com 300 membros, o que
demonstra a disseminação relativamente rápida de suas propostas.
A atuação da sociedade em seus primórdios era eminentemente preventiva: ao ser
informada, pela imprensa ou por denúncias, sobre algum edifício ameaçado de demolição
ou restauração – o que, como vimos, era praticamente um sinônimo de descaracterização
para seus membros – a SPAB entrava em contato com os responsáveis pela obra, expondo
os objetivos da Sociedade, sua opinião a respeito da intervenção proposta, pedindo mais
14
RUSKIN, op. cit ., p. 196.
15
Viollet-le-Duc aconselhava àqueles que fossem intervir em edifícios históricos a “colocar-se no lugar do
arquiteto primitivo e supor aquilo que ele faria se, voltando ao mundo, fossem a ele colocados os programas
que nos são propostos”. In E . E . V IOLLET -LE -D UC, Restauração , São Paulo, Ateliê, 2000, p. 65.
30
Rotunda, Campinas, n. 3, outubro 2004, pp. 22-35
Maria Lucia Bressan Pinheiro – William Morris e a SPAB
informações e eventualmente colocando-se à disposição para fornecer gratuitamente
orientação técnica. Uma má recepção a esses pedidos implicaria em uma vistoria e seu
respectivo relatório, cartas para a imprensa local e nacional, organização de petições locais,
e outras medidas do gênero.16
A atuação da sociedade concentrou-se inicialmente nas igrejas da Idade Média, mas
deve-se contar entre os méritos de Morris a primeira iniciativa pela preservação de
monumentos não medievais – as igrejas de Wren em Londres. E m pouco tempo, mansões
senhoriais, prefeituras, castelos e muralhas também passaram a fazer parte do patrimônio
de que se ocupava a SPAB. E m 1878, passaram a ser incluídos edifícios no exterior, e o
Manifesto logo foi traduzido para o italiano, francês, alemão e flamengo. O tão
eminentemente inglês A nti-Scrape Movement passava a constituir uma alternativa às práticas
intervencionistas também no continente.
Hoje, a sociedade é parte formal do sistema inglês de planejamento territorial, e de
acordo com o Town and Country Planning Act deve ser notificada a respeito de todas as
intervenções a serem realizadas em edifícios listados como de interesse para preservação.17
Na esteira das atividades desenvolvidas em âmbito estritamente privado pela SPAB, foi
fundado em 1896 o National Trust, o primeiro órgão preservacionista oficial da Inglaterra.
Mas a longa tradição inglesa de constituição de entidades particulares de livre associação
não parece ter sido interrompida: em 1936 foi criado dentro da SPAB o Georgian Group,
hoje independente; mais recentemente, em 1958, foi constituída a Victorian Society – com
a participação, entre outros, do já citado historiador Nikolaus Pevsner.
16
V. a respeito Jenny WEST , William Morris and the E arly Years of the SPAB. In SPA B News, 1994, v. 15, n.
3, p. 14.
17
Atuante até os dias de hoje, a SPAB - de acordo com informações disponíveis em seu site www.spab.org.uk
– é uma entidade de utilidade pública, cujo corpo de funcionários é predominantemente voluntário, tendo por
objetivo – como não poderia deixar de ser – a conservação dos bens culturais, antes que sua restauração. A
SPAB fornece suporte técnico àqueles que pretendem reparar edifícios antigos e oferece estágios de
treinamento técnico para arquitetos recém-formados, construtores e engenheiros civis, bem como cursos de
especialização para os vários artífices de construções históricas através da William Morris Craft Fellowship.
Promove também os prêmios Philip Webb, para projetos em edifícios históricos, e John Betjeman, para
intervenções de conservação efetivamente realizadas – além de publicar obras técnicas e patrocinar palestras,
visitas e eventos em geral.
Rotunda, Campinas, n. 3, outubro 2004, pp. 22-35
31
Maria Lucia Bressan Pinheiro – William Morris e a SPAB
Para finalizar, cabe destacar a grande atualidade do Manifesto de William Morris.
Qualquer pessoa que tenha tido a oportunidade de examinar intervenções – recentes ou
não – em edifícios de interesse para preservação não deve ficar surpreso ao se deparar com
passagens do texto que parecem ter sido escritas tendo em vista as experiências em questão.
E ste alerta permanente será talvez o principal mérito de Morris – sua maior contribuição
“`aqueles que vierem depois de nós”.
32
Rotunda, Campinas, n. 3, outubro 2004, pp. 22-35
Maria Lucia Bressan Pinheiro – William Morris e a SPAB
W. MORRIS. Sociedade para a Proteção de E difícios Antigos – Manifesto [1877]18
Uma Sociedade que vem a público com um nome como aquele acima escrito
precisa necessariamente explicar como e por que ela se propõe a proteger aqueles edifícios
antigos que, para a maioria das pessoas, sem dúvida, parecem possuir tantos e tão
excelentes protetores. E sta, então, é a explicação que nós oferecemos.
Indubitavelmente, nos últimos cinqüenta anos um novo interesse, quase como uma
outra consciência, manifestou-se quanto aos antigos monumentos de arte; e eles tornaramse o assunto de um dos mais interessantes estudos, e de um entusiasmo religioso, histórico,
artístico, que constitui um dos indiscutíveis avanços de nosso tempo; entretanto, nós
pensamos que, se o presente tratamento a eles dispensado continuar, nossos descendentes
encontrá-los-ão inúteis para estudo e desencorajadores para o entusiasmo. Nós pensamos
que estes últimos cinqüenta anos de conhecimento e atenção contribuíram mais para a sua
destruição do que todos os séculos anteriores de revolução, violência e desrespeito.
Pois a Arquitetura, há muito decadente, desapareceu, ao menos como uma arte
popular, assim que o conhecimento da arte medieval nasceu. De forma que o mundo
civilizado do século XIX não possui estilo próprio entre o seu amplo conhecimento dos
estilos de outros séculos. Desta carência e deste ganho surgiu nas mentes dos homens a
estranha idéia da Restauração de edifícios antigos; e uma estranha e muitíssimo fatal idéia, a
qual pelo seu próprio nome implica na possibilidade de remover de um edifício isto, aquilo,
e aquela outra parte da sua história – isto é, de sua vida – e então suster a mão em algum
ponto arbitrário, e deixá-lo ainda histórico, vivo, e até mesmo como ele foi um dia.
Antigamente este tipo de falsificação era impossível, pois faltava conhecimento aos
construtores, ou talvez porque seu instinto os impedisse. Se reparos eram necessários, se a
ambição ou a piedade estimulavam a mudança, tal mudança era necessariamente forjada à
inconfundível maneira da época; uma igreja do século XI poderia ser aumentada ou
alterada nos séculos XII, XIII, XIV, XV, XVI, ou mesmo XVII e XVIII; mas cada
mudança, qualquer que fosse a história que destruísse, deixava história no lugar, e estava
viva com o espírito das obras realizadas para a sua conformação. O resultado de tudo isso
18
Tradução: Maria Lucia Bressan Pinheiro. E xtraído de Repair, not Restoration, Londres, The Society for the
Protection of Ancient Buildings, 1977. E ste texto, assim como vários outros de difícil acesso constantes da
bibliografia consultada, foram gentilmente cedidos pela Prof.ª Dr.ª Beatriz Mugayar K ühl.
Rotunda, Campinas, n. 3, outubro 2004, pp. 22-35
33
Maria Lucia Bressan Pinheiro – William Morris e a SPAB
era freqüentemente um edifício no qual as muitas alterações, embora rudes e visíveis, eram,
pelo seu próprio contraste, interessantes e instrutivas e não poderiam jamais induzir ao
erro. Mas aqueles que fazem as mudanças forjadas em nossos dias sob o nome de
Restauração, enquanto afirmam trazer um edifício de volta à melhor época de sua história,
só tem como guia seu próprio capricho individual para mostrar-lhes o que é admirável e o
que é desprezível; enquanto a própria natureza das suas tarefas os compele a destruir algo e
a preencher a lacuna imaginando o que os primeiros construtores deveriam ou poderiam
ter feito. Ademais, durante este duplo processo de destruição e adição, toda a superfície do
edifício é necessariamente alterada; de modo que a aparência de antigüidade é retirada
daquelas partes velhas da construção que permanecem, e não há caiação que acalme no
espectador a suspeita daquilo que pode ter sido perdido; em resumo, uma falsificação débil
e sem vida é o resultado final de todo o trabalho desperdiçado.
É triste dizer que, dessa maneira, a maioria das grandes abadias, e um grande
número de edifícios mais humildes, tanto na Inglaterra como no Continente, foram objeto
da ocupação de, muitos deles, homens de talento e merecedores de melhor emprego, mas
surdos às súplicas da poesia e da história no sentido mais alto destas palavras.
Pelos remanescentes é que nós rogamos ante nossos próprios arquitetos, ante os
guardiães oficiais de edifícios, e ante o público em geral, e nós lhes suplicamos que se
lembrem de quanto já se foi da religião, pensamento e costumes de tempos passados, que
não serão jamais, por um consenso quase universal, RESTAURADOS; e que considerem se
seria possível RESTAURAR estes edifícios, cujo espírito vivo – não será demais repetir – era
uma parte inseparável daquela religião e pensamento e daqueles costumes passados. De
nossa parte, nós lhes asseguramos sem medo, que de todas as RESTAURAÇÕES já realizadas,
as piores significaram a retirada precipitada de algumas das mais interessantes características
materiais de um edifício; enquanto as melhores encontram sua exata analogia na
restauração de um quadro velho, no qual o trabalho parcialmente estragado de um antigo
mestre artesão foi posto em ordem e banalizado pela mão enganosa de algum mercenário
leviano e pouco original de hoje em dia. Se, para o restante, nos for solicitado que
especifiquemos que espécie de quantidade de arte, estilo, ou outro interesse torna um
edifício merecedor de proteção, nós respondemos, qualquer coisa que possa ser
contemplada como artística, pitoresca, histórica, antiga, ou substancial: qualquer trabalho,
em resumo, que pessoas educadas e sensíveis considerem digno de discussão.
34
Rotunda, Campinas, n. 3, outubro 2004, pp. 22-35
Maria Lucia Bressan Pinheiro – William Morris e a SPAB
É por todos esses edifícios, portanto, de todos os tempos e estilos, que nós
imploramos e exortamos aqueles a quem eles estão confiados que coloquem a PROTEÇÃO
no lugar da RESTAURAÇÃO, que adiem a deterioração pelo cuidado diário, que amparem
uma parede perigosa ou consertem uma goteira por meios tão obviamente destinados a
apoio ou cobertura, que não possam ser confundidos com qualquer outra arte, e que, sob
outros aspectos, resistam a qualquer alteração tanto na estrutura quanto na ornamentação
do edifício tal como ele se encontra; se ele se tornou inconveniente para seu uso presente,
que erijam outro edifício em vez de mudar ou aumentar o antigo; em suma, que tratem
nossos edifícios antigos como monumentos de uma arte passada, criada por costumes
passados, nos quais a arte moderna não pode interferir sem destruir. Assim, e somente
assim, nós escaparemos da desgraça de que a nossa erudição se transforme numa armadilha
para nós; assim, e somente assim, nós poderemos proteger nossos edifícios antigos e
transmiti-los instrutivos e veneráveis àqueles que vierem depois de nós.
Rotunda, Campinas, n. 3, outubro 2004, pp. 22-35
35
L uiz V icente De-Simoni e uma pequena
poética da ópera em português.
*
Paulo Mugayar Kühl**
Luiz Vicente De-Simoni (1782-1881) é uma figura ainda pouco estudada, talvez
devido à diversidade de sua atuação e à sua extensa produção literária. Nasceu em Novi
(província de Gênova) em 24 de setembro de 1792 e morreu no Rio de Janeiro em 9 de
setembro de 1881. E ra médico e chegou ao Brasil em 1817, trabalhando na Santa Casa de
Misericórdia carioca. E m 1819 foi a Moçambique, como físico-mor e retornou ao Brasil em
1822. Foi professor de língua e literatura italiana no Colégio Pedro II, secretário da
Imperial Academia de Medicina, acadêmico Concorde (Gênova), com o nome de Dermino
Lubeo, membro do Conservatório Dramático do Rio de Janeiro, entre outras atuações.1 É
autor de numerosas e cuidadas traduções de libretos de ópera, de traduções diversas, de
poemas variados, de Poesias em L ouvor de Cantores e Cantoras insignes e notáveis, de pareceres de
*
E ste trabalho é fruto de uma pesquisa mais ampla sobre ópera no Brasil, financiada pela FAPE SP (proc. n.
99/06621-8)
** Professor de História da Arte do Instituto de Artes, UNICAMP. Doutor em História Social da Cultura
(FFLCH-USP), Mestre em História da Arte e da Cultura (IFCH-UNICAMP).
1
As informações sobre a vida de De-Simoni podem ser encontradas no verbete sobre o autor em A. V. A.
SACRAMENTO B LAKE , Diccionario Bibliographico Brazileiro, Rio de Janeiro, Imprensa Nacional, 1899, vol. V, pp.
473-481. O verbete também apresenta uma lista com obras de De-Simoni. O Visconde de T AUNAY
(E strangeiros illustres e prestimosos ..., Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, Tomo LVIII, 1895, p.
243) afirma que a morte do autor italiano aconteceu em julho 1881. Autores posteriores que mencionam DeSimoni parecem apenas repetir as informações de Sacramento Blake. Cf. J. G ALANTE DE SOUZA, Teatro no
Brasil, Rio de Janeiro, INL, 1960, t. II, pp. 514-516; Ayres de ANDRADE , Francisco Manuel da Silva e seu tempo.
1808-1865 – Uma fase do passado musical do Rio de Janeiro à luz de novos documentos, Rio de Janeiro, Coleção Sala
Cecília Meireles, 1967; e Carlos WEHRS, Neukomm e A. Maersch, músicos e De Simoni, libretista,
precursores do nacionalismo musical brasileiro. In Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, 154 (380),
jul./set. 1993, pp. 104-117.
36
Rotunda, Campinas, n. 3, dezembro 2003, pp. 36-48
Paulo M. Kühl – L. V. De-Simoni e uma pequena poética da ópera em português
censura do Conservatório Dramático, entre outros.2 O conjunto de sua produção revela o
grande interesse que o autor tinha pela literatura em geral e por libretos de ópera em
particular. Neste artigo pretendemos apenas destacar sua atividade como libretista e
tradutor (de libretos, mas também de poesias variadas), para compreendermos alguns
elementos contidos no prefácio ao libreto de Marília de Itamaracá (1854), o qual pode ser
encarado como uma pequena poética da ópera em português.
Il Gran Califfo di Bagdad é sua primeira obra publicada e baseada, segundo o autor, em
um original espanhol.3 A música é de Pablo Rosquellas e a ópera começou a ser
apresentada em 1819. É importante ressaltar que, além da escolha do tema da peça, a
proposta era escrever uma obra em italiano, não em português, nem em espanhol,
indicando assim o gosto predominante pelas óperas italianas no Brasil do início do século
XIX. Do mesmo modo, o libretista não se contentou com uma simples tradução,
transformando o original em um ato em um drama em dois atos, desejando assim conferir
mais dignidade ao novo texto escrito. 4 Na tradição operística, a referência mais imediata é a
ópera L e Calife de Bagdad, de A. Boieldieu, com texto de Saint-Just, apresentada pela
primeira vez em Paris em setembro de 1800 com grande sucesso. 5 A ópera já havia sido
usada como fonte por Manuel Garcia para compor seu Il Califfo di Bagdad, com texto de
Andrea Leone Tottola, em dois atos, que estreou em Nápoles em 1813, permanecendo no
2
Os manuscritos encontram-se na Divisão de Manuscritos da Fundação Biblioteca Nacional, Rio de Janeiro.
(Documentos do Conservatório Dramático Brasileiro, Papéis diversos de L. V. De-Simoni).
3
Il Grand Califfo di Bagdad, dramma semi-giocoso, Rio de Janeiro, Impressão Régia, s/d. Na p. 5, lê-se:
“Desejando Paulo Rosquellas, no dia do seu benefício, oferecer ao público no teatro desta corte do Brasil
uma peça em música de sua composição, e, conhecendo a aceitação que tem havido na França e na E spanha a
pequena farsa intitulada O Grande Califa de Bagdad, pediu-me para esse fim que eu lhe vertesse em italiano a
dita farsa, que ele tinha em prosa espanhola, misturada com poucos versos em um só ato.” O original
espanhol não foi localizado até o momento.
4
Na mesma p. 5, De-Simoni escreve: “Considerando eu que o trabalhar sobre peças já publicadas não seria
glória nem para o poeta, nem para o músico, aconselhei-o, para dar uma novidade tanto à poesia como à
música, a reduzir a farsa em drama formal de dous atos, não tirando do livro espanhol senão o puro
argumento. Anuindo ele às minhas idéias, formei o presente drama absolutamente diferente de todos os
outros já representados e novo no seu encadeamento como nas expressões.”
5
L e Calife de Bagdad, opéra en un acte. In C. G. d'Aucourt de SAINT -J UST , E ssais littéraires de Saint-Just , Paris, Le
Normant Père, 1826, t. II, pp. 225-292.
Rotunda, Campinas, n. 3, outubro 2004, pp. 36-48
37
Paulo M. Kühl – L. V. De-Simoni e uma pequena poética da ópera em português
repertório até 1814.6 É importante notar que já em 1819, De-Simoni procurava criar um
libreto em italiano, demonstrando algum conhecimento das tradições próprias do gênero,
uma vez que procede a uma adaptação de um original francês, que seguia um modelo
completamente diferente, ao gosto italiano. A tradução para o português é toda em prosa, o
que destoa daquelas “homeométricas” realizadas posteriormente em diversos libretos de
ópera.
A lista de traduções e adaptações de autoria de De-Simoni é demasiado extensa para
ser transcrita aqui, e, ao percorrer o índice de textos de sua autoria na Biblioteca Nacional,
tem-se a impressão de que ele se dedicava incansavelmente à tradução de libretos. As
principais óperas, dos mais diversos compositores e libretistas italianos passaram por suas
mãos no momento da tradução do libreto, o que indica seu interesse inesgotável pela tarefa.
O conjunto de sua produção, enquanto tradutor, revela igualmente uma preocupação em
preservar a métrica dos originais italianos, respeitando uma importante convenção do
teatro de ópera italiano, a saber, a escrita do libreto em versos. Certamente o ofício de
libretista lhe era caro, mesmo reconhecendo as dificuldades próprias do trabalho. E m um
trecho de um texto inserido em Marília de Itamaracá , o autor faz suas considerações sobre o
a escrita de libretos e as dificuldades advindas de tal tarefa:
[...] E m geral é difícil e quase impossível, nas óperas líricas, principalmente segundo o sistema
musical moderno, que mal tolera e quase exclui os recitativos, o desenvolver bem os caracteres;
porque o escritor poético acha-se dentro de uma estacada tão limitada e em tal aperto, que
quase não tem espaço onde mover-se e desenvolver o seu plano. Todos os dramas líricos
ressentem-se deste aperto e neles, portanto, os caracteres são, em geral, quase esboçados. Nós,
apesar de nos ter [sic] afastado um pouco da vereda geralmente seguida a tal respeito, não
podemos forrar-nos inteiramente de tal aperto e de todos os seus inconvenientes. Contudo
julgamos ter feito quanto nos era possível na nossa situação e, dado prova de quanto sentimos
a necessidade de libertar o drama lírico da vergonhosa sujeição a que o tem reduzido o
despotismo e capricho dos mestres compositores de música, dos cantores e do mesmo público,
esforçando-nos para levantá-lo do acanhamento e objeção a que ele está reduzido,
principalmente no país que, possuindo para ele a melhor das línguas, sofre que esta e suas
belezas sejam o que menos e até nada brilhem no grande aparato dos seus espetáculos teatrais,
sendo nestes, às vezes, a música mais bela e sublime assentada sobre libretos os mais
6
Cf. J. RADOMSKI, Manuel García (1775-1832). Chronicle of the L ife of a bel canto Tenor at the Dawn of Romanticism,
Oxford Univ. Press, 2000, pp. 107-110 e 140-141. Não se sabe se De-Simoni conhecia esta obra; o libreto
brasileiro é, de fato, muito próximo do texto de Saint-Just.
Rotunda, Campinas, n. 3, outubro 2004, pp. 36-48
38
Paulo M. Kühl – L. V. De-Simoni e uma pequena poética da ópera em português
miseráveis e com enredos tão absurdos, que não têm senso comum e fazem a vergonha do seu
7
teatro lírico. [...]
Queixar-se da subserviência do texto com relação à música ou ao espetáculo não é
uma novidade na tradição de escritos teóricos sobre ópera. Trata-se, de fato, de uma queixa
perene e constante em toda a história da reflexão sobre espetáculos musicados. De-Simoni
é, assim, um partidário do valor fundamental do texto, e seu empenho na criação e na
tradução de libretos pode ser entendido como uma tomada de posição contra a
desvalorização da importância do texto.
A ópera Marília de Itamaracá estava pronta já em 1854, com música de Adolfo
Maersch, mas nunca foi apresentada em sua íntegra. Ayres de Andrade informa que uma
apresentação da abertura aconteceu em 3 de agosto de 1855, no Teatro Lírico Fluminense.8
A ópera é considerada como a pioneira em idioma nacional, com tema brasileiro, ainda que
Correa de Azevedo a desqualifique como ópera “nacional”, pelo fato de o libretista ser
italiano e o compositor, alemão.9 O prefácio da Marília de Itamaracá traz algumas reflexões
sobre libretos de ópera. Não se trata, obviamente, de uma discussão longa, mas é possível
destacar algumas idéias caras ao autor: 1) a importância da escolha do tema, no caso,
histórico e brasileiro; 2) a relação estreita com o compositor, indicando a proposta de uma
criação que satisfizesse as aspirações artísticas de ambos. É a partir dessa preocupação que
devemos entender a necessidade de publicação do libreto, mesmo contendo trechos que
não foram musicados; 3) daí surgem também os problemas específicos da escrita de textos
para música e as necessidades de transformação do conjunto da ação, para que a música
possa cumprir seu papel; 4) a duração do espetáculo seria muito longa e o autor chega a
7
Marília de Itamaracá, Rio de Janeiro, E mp. Typ. Dous de Dezembro, 1854, pp. 210-211.
8
Op. Cit., vol. II, p. 86. O autor também informa que existe uma redução para canto e piano, “com os
principais trechos”. A E scola Nacional de Música possui provavelmente o original da ópera.
9
“Durante esse período fizeram-se, é verdade, algumas tentativas de ópera brasileira; brasileiros não eram,
porém, os seus autores. E m 1854, no Teatro Lírico Fluminense, subia à cena a ópera Marília de Itamaracá ou a
Donzela da mangueira, libreto de Luiz Vicente De Simoni (italiano), música de Adolfo Maersch (Alemão),
ambos fixados no Brasil.” L. H. CORREA DE AZEVEDO , Relação das óperas de autores brasileiros, Rio de Janeiro,
Serviço Gráfico do Ministério da E ducação e Saúde, 1938, p. 16.
Rotunda, Campinas, n. 3, outubro 2004, pp. 36-48
39
Paulo M. Kühl – L. V. De-Simoni e uma pequena poética da ópera em português
sugerir a divisão da apresentação em duas noites, além de propor igualmente a utilização de
dois grupos de cantores, de modo a garantir a verossimilhança de um espetáculo cuja ação
abrangia um intervalo de 22 anos10; 5) o autor procura apontar as diferenças do uso de
versos em português e italiano. O libreto é bilíngüe e De-Simoni afirma que escreveu os
diversos trechos ora em uma língua, ora em outra, procedendo em seguida à tradução.
Indica ainda algumas ousadias no uso de determinados versos; 6) o texto termina com
algumas reflexões sobre o que seria “nacional” na obra e o autor tece algumas reflexões
patrióticas sobre o país.
Como poderá ser depreendido a partir da leitura, o prefácio tenta sistematizar, ainda
que timidamente, algumas reflexões do autor sobre a ópera. Trata-se, contudo, do primeiro
texto no Brasil que aborda tais questões. Reflexões sobre ópera na tradição luso-brasileira
são raras, mesmo se pensarmos em Portugal no século XVIII. 11 No Brasil, a polêmica em
torno do Juramento dos N umes é um caso que destoa do desinteresse teórica pela ópera.
Para o leitor moderno, a disputa em torno do Juramento dos Numes pode parecer um
tanto supérflua, lembrando mais uma rixa pessoal que se processa através de um debate
teórico. Ayres de Andrade não deu grande atenção ao episódio, lembrando apenas o
alvoroço na época das publicações.12 A polêmica gira em torno do libreto de O Juramento dos
N umes (texto de Gastão Fausto da Câmara Coutinho, música de Bernardo José de Souza e
Queirós), espetáculo apresentado na inauguração do Teatro São João em 12 de outubro de
1813, antes da peça O combate do V imeiro. O texto apresenta um pequeno prólogo, que será
criticado pelo redator do Patriota13; Câmara Coutinho responderá às acusações e críticas
através de uma publicação intitulada Resposta defensiva e analítica à censura que o redator do
Patriota fez ao drama intitulado O Juramento dos Numes.14 O redator do Patriota , M. F. de
10
Vale lembrar que o autor não é um defensor do naturalismo nas representações artísticas, como pode ser
lido na p. 200 do libreto.
11
E xceção é o texto de Bernardo Francisco de Lima: Il Trascurato, dramma giocoso per musica [...] E xtracto desta
opera com reflexoens sobre os Dramas em musica. In Gazeta L itteraria, Julho de 1762, pp. 96-109., transcrito em
Manuel Carlos de B RITO , Opera in Portugal in the E ighteenth-Century, Cambridge, Cambridge Univ. Press, 1989,
pp. 183-190.
12
“Por uns dias O Juramento dos N umes agitou os meios intelectuais da cidade, suscitando uma discussão
meramente platônica sobre a sua forma poética.” Vol. I, p. 112.
13
Segunda subscrição, n° 4, outubro de 1813, pp. 93 -94.
14
Rio de Janeiro, Impressão Régia, 1813.
Rotunda, Campinas, n. 3, outubro 2004, pp. 36-48
40
Paulo M. Kühl – L. V. De-Simoni e uma pequena poética da ópera em português
Araújo Guimarães, volta à carga com um E xame da resposta defensiva e analítica à censura que o
redator do Patriota fez ao drama intititulado o Juramento dos Numes, & c.15, que por sua vez será
respondido com mais uma publicação de Câmara Coutinho, em 1814.16 A última
informação de que temos notícia é uma resposta indireta do redator do Patriota que se
limitou a fazer uma irônica citação de Pope.17
O exame do conteúdo de toda a polêmica revela que, na verdade, a preocupação de
ambos os envolvidos era muito menos a discussão da ópera, enquanto espetáculo, do que a
troca de acusações mútuas, pessoais ou poéticas. Isso não constitui uma exceção no
pensamento sobre ópera: o fio condutor da maior parte da crítica é sempre pautado nas
poética tradicionais, advindo daí a dificuldade em se pensar a ópera (o texto para música e
o espetáculo).
Desse modo, o prefácio de De-Simoni surge como uma primeira tentativa de pensarse o libreto, na qual o autor aponta problemas, dificuldades e algumas soluções. O texto
torna-se mais interessante, justamente por vir de alguém intimamente ligado aos libretos,
realizando uma ligação entre os procedimentos italianos e aqueles em português.
***
Na transcrição, uniformizamos a ortografia e a pontuação segundo as regras atuais.
Palavras que não estão mais em uso, ou mesmo que não têm registro em dicionários, como
espartito, foram mantidas. Os nomes próprios estão grafados segundo o uso corrente; os
prenomes foram mantidos como aparecem nos originais. As notas do editor estão
indicadas como N. do E .
15
Terceira subscrição, n° 1, janeiro e fevereiro de 1814, p. 63-92.
16
Recenseamento ao pseudo-exame que o redator do Patriota fez à Resposta defensiva e analítica do autor do Juramento dos
Numes [...], Rio de Janeiro, Impressão Régia, 1814.
17
“There is a woman’s war declar’d against me by a certain Lord: his weapons are the same, which women
and children use, a pin to scratch, and a squirt to bespatter, &c.” Pope’s Letters, vol. 3, Letter 70. Patriota,
Terceira subscrição, n° 5, setembro -outubro de 1814, p. 110.
Rotunda, Campinas, n. 3, outubro 2004, pp. 36-48
41
Paulo M. Kühl – L. V. De-Simoni e uma pequena poética da ópera em português
Marília de Itamaracá ou A Donzela da Mangueira
Drama lírico em 4 atos pelo Dr. Luiz Vicente De-Simoni
Posto em Música pelo Sr. Adolpho Maersch
Para ser representado no Teatro Provisório do Rio de Janeiro.
Com aditamento de um ato intermédio, por ora, só destinado para ser lido.
Rio de Janeiro, E mp. Typ. Dous de Dezembro – de P. Brito, impressor da Casa Imperial, 1854
[...]
AOS LE ITORE S
O assunto deste drama é tirado de uma legenda em que vem referido um fato
tradicional, acontecido no século XVII em uma das ilhas da costa da província de
Pernambuco, e cuja memória é ligada à existência, também tradicional, de uma antiga
mangueira monumental, que, na dita ilha, por muitos anos, o recordou à posteridade
daquela época com o seu velho tronco e copados ramos, e depois com o seu nome, que até
os nossos dias ficou à localidade aonde ela existiu. E ssa legenda manuscrita nos foi
remetida, por cópia, no ano próximo passado, pelo empresário, que nessa época tinha a seu
cargo o Teatro Provisório, e os espetáculos da Companhia Lírica Italiana, que ali
funcionava18: e esta remessa nos foi feita convidando-nos a compormos sobre esse fato
uma peça lírica, para a cena do dito teatro, e a entregarmos o nosso trabalho ao hábil
mestre compositor de música, que desta se encarregava. Prestando-nos a esse convite,
escrevemos o presente libreto; no qual, em um drama lírico, abrangemos todos os fatos
mencionados na dita legenda, ornando e aumentando a ação cênica deste [II] com outros
de nossa imaginação e lembrança, que nos pareceram apropriados ou convinháveis para a
tornar mais interessante e aceita. Neste trabalho, sempre andamos de combinação e acordo
com o dito mestre, afim de oferecermos ao público teatral desta capital um espetáculo lírico
que pudesse agradar-lhe ou merecer ao menos sua benigna indulgência. Prestamo-nos,
portanto, muitas vezes às exigências do Sr. Maersch, e sempre que elas não prejudicavam
ao nosso plano e aos nossos fitos poéticos, conservando porém sempre a nossa
independência de escritor poético em tudo aquilo em que nos pareceu não dever nem
poder sacrificá-la. Pelos mesmos princípios por que quisemos conservar a nossa, não
18
O Ilmo. Sr. Comendador João Caetano dos Santos.
Rotunda, Campinas, n. 3, outubro 2004, pp. 36-48
42
Paulo M. Kühl – L. V. De-Simoni e uma pequena poética da ópera em português
quisemos tolher a independência do escritor musical, ao qual deixamos a plena liberdade de
omitir e cortar na execução do seu trabalho o que bem lhe parecesse, com a condição de o
libreto ser publicado tal e qual nós o compusemos, ou consentíssemos que se publicasse;
marcando-se com aspas ou vírgulas à margem os versos e trechos que não fossem
compreendidos no seu espartito [sic].
Valendo-se desta concessão, o referido Mestre, com o fito de satisfazer às
exigências da brevidade e a várias considerações, deixou de abranger no seu trabalho
musical vários versos e trechos que lhe não pareceram essenciais à ação cênica, ou que ele
julgou não convinham ao seu plano de música, ou poderiam prejudicar ao efeito geral e
parcial da peça lírica, por circunstâncias especiais do nosso teatro; mas que, apesar disso,
nós, julgando-os necessários ou convenientes para a peça poética, conservamos e
publicamos neste libreto, com as ditas aspas ou vírgulas marginais, pelas quais o leitor ficará
sabendo que eles não foram postos em música, nem se cantam na peça lírica da atualidade.
Uma das exigências do Mestre compositor musical foi a [III] de escrevermos o
drama em quatro atos, e a ela nos prestamos e satisfizemos, compreendendo em quatro
atos todos os fatos da legenda que nos forneceu o assunto do drama, ficando assim neles a
ação cênica suficientemente desenvolvida e completa para um espetáculo lírico, com um
enredo simples e natural; não obrigando-o assim a estender o seu trabalho musical além
dos ditos quatro atos. Mas, com isto, não renunciamos ao direito e faculdade que tínhamos,
como escritor poético, de ampliarmos depois o nosso trabalho e oferecê-lo neste estado a
um círculo de leitores ainda mais amplo que o da sala do espetáculo lírico; e como, nos
ditos quatro atos, não podemos expor inteiramente o plano todo do nosso drama, tal qual
o havíamos ideado em nossa imaginação, nem desenvolver neles plenamente os caracteres
e idéias que a este respeito nos haviam ocorrido à lembrança, resolvemo-nos a compor um
ato intermédio, por ora unicamente destinado e reservado para os leitores, fora do tempo da
representação cênica.
E sse ato intermédio, que inserimos neste libreto no seu lugar competente, poderá para
o futuro ser posto em música e representado com os outros, sem inconveniente algum;
quando se adote o expediente de dividir a representação do drama em duas noites, uma
para cada uma das duas épocas em que ele se acha dividido; ou quando, querendo o nosso
público teatral ter suficiente paciência, como muitas vezes tem tido, de prestar-se a assistir
espetáculos que excedam à meia-noite, se adote outro expediente: o de fazer representar o
drama por um pessoal de atores e cantores duplicado; sendo então os papéis nos atos da
Rotunda, Campinas, n. 3, outubro 2004, pp. 36-48
43
Paulo M. Kühl – L. V. De-Simoni e uma pequena poética da ópera em português
segunda época desempenhados por atores e cantores diferentes dos da primeira, no que
haveria a vantagem de uma diferença notável e real, que naturalmente deve existir entre o
aspecto das personagens das duas épocas, separadas pelo grande intervalo de [IV] 22 anos;
e principalmente quando se encarregassem os papéis das da primeira época aos atores e
cantores de mais baixa estatura, que melhor poderiam representar os dois amantes na sua
idade de 15 para 16 anos. Todos facilmente convirão acerca da quase absoluta
impossibilidade de obter-se isso ao ponto de causar suficiente ilusão só com a unidade de
atores para ambas as épocas; sendo este um dos grandes inconvenientes a que vão expostas
as peças teatrais, cuja ação tem tão grandes intervalos de tempo decorrido entre os vários
fatos que nela se passam, inconveniente este que não pudemos evitar neste drama, cujo
assunto, que não foi de nossa escolha, é tal de per si mesmo que não é possível tratá-lo sem
esse grande intervalo; e poderia alegar-se como uma das provas favoráveis à nova escola
ultra-romântica e contrária aos restritos e rigorosos princípios da velha escola clássica.
As diferentes cenas e trechos deste drama foram por nós compostos primeiramente
ora em italiano, ora em português, fazendo depois a versão para a outra língua. Deixamos à
perspicácia dos leitores o adivinharem em qual das duas línguas foi cada um deles
primeiramente escrito.
Julgamos que o grande parentesco e a quase perfeita igualdade nas vantagens
respectivas que cada uma destas duas línguas tem, considerada comparativamente com a
outra a respeito da metrificação, não poderá ser melhor demonstrada com o fato do que ela
o ficará pelo presente drama, em que ambas estão postas a par e andam lutando com igual
facilidade, fluência e sucesso em todos os metros desde o verso quinário até o
hendecassílabo, nas três espécies de cada verso determinadas pela terminação; e guardando
sempre a regularidade da mesma acentuação predominante em cada verso da mesma
estrofe, tão conveniente e necessária para o comum acordo do ritmo musical com o [V]
ritmo métrico, como têm reconhecido e guardam geralmente os versificadores italianos nas
peças propriamente líricas e destinadas para o canto.
No 1o coro do 3o ato19, verão as pessoas do país e de Portugal a facilidade com que
a sua língua nacional se presta para o verso novenário20 tão usado pelos franceses, mas
19
N . do E.: “Signor, che del cielo / Senhor, que do céu”, um senário. O autor refere-se ao coro do ato
intermediário (coro religioso interno): “La nostra fè, Signor, proteggi / A nossa fé, Senhor, protege”.
20
E stamos persuadido [sic] de que toda nomenclatura a respeito das várias espécies de verso em português,
espanhol, italiano e francês, que não esteja baseada no número das sílabas, é anti-sistemática e viciosa, por ser
Rotunda, Campinas, n. 3, outubro 2004, pp. 36-48
44
Paulo M. Kühl – L. V. De-Simoni e uma pequena poética da ópera em português
quase desconhecido entre os escritores de versos brasileiros e portugueses, e tão pouco
usado entre os mesmos italianos, que, em tantas peças líricas teatrais por nós traduzidas
neste país, só o encontramos empregado em um dos coros do Bravo de V eneza , que
traduzimos então no mesmo metro, sendo portanto esta a segunda vez que nós o
apresentamos na língua deste país aos nossos leitores.
[VI] Os italianos, nossos patrícios, acharão também neste drama, no seu idioma
natal, uma pequena novidade, a respeito de uma qualidade de versos otonários de que eles
não usam e de que muito usam os brasileiros e portugueses; falamos dos versos de oito
sílabas, que têm o acento predominante sobre a 4a sílaba. Os italianos, extremamente
sensíveis à perturbação que estes versos causam na cadência rítmica, quando eles
concorrem na mesma estrofe com os versos otonários, que têm o acento predominante na
3 a e que são mais cadentes e melhor se prestam para a música, os baniram inteiramente das
suas poesias líricas, a ponto tal que o célebre Orlandini, na sua Dottrina musicale21, falando de
todas as qualidades de versos que se usam no drama lírico e da sua acentuação, e admitindo
várias acentuações a respeito de cada uma das outras espécies de verso, só admite para o
otonário a acentuação sobre a 3a sílaba. O espírito de justiça e imparcialidade, que em tudo
nos guia, nos leva neste caso a declarar-nos francamente contra esta exclusão absoluta e
mesquinha limitação a uma só espécie deste verso otonário; pois que os versos otonários
acentuados sobre a 4 a não deixam de ser harmoniosos, cadentes e cantáveis, e têm
falta de clareza, difícil de aprender-se e conservar-se na memória e sujeita a confusão. Portanto abrimos mão
dela, deixando-a entre as antigualhas sem uso, e adotando a este respeito a nomenclatura italiana e francesa,
plenamente aplicável ao português e espanhol, por terem todas estas quatro línguas meridionais da E uropa
um sistema de metrificação semelhante, baseado no mesmo princípio, que é o do número das sílabas e da
acentuação predominante. Para esta nomenclatura pode-se empregar com igual vantagem denominações
tiradas da língua grega ou da latina. Os italianos servem-se das primeiras unicamente para os versos de 2, 3, 10
e 11 sílabas denominando-os portanto, dissílabos, trissílabos, decassílabos e hendecassílabos; para os outros servem-se
das denominações latinas, e chamam aos versos quaternários ou quadrissílabos, quinários, senários, setenários,
otonários e novenários, segundo o número de suas sílabas. O mesmo fazem os franceses, exceto a respeito do seu
verso heróico ou alexandrino, que os italianos chamam também martelliano, por haver sido usado pelo Martelli.
E ste, propriamente falando, não é senão a reunião de dois setenários, inteiros ou truncados, assim como o
verso de 12 sílabas português e italiano, que era denominado de I, outra coisa não é senão a reunião de dois
versos senários. A estas qualidades de versos conviria dar mais propriamente o nome de biversos ou bicarmes,
com o competente adjetivo relativo ao número das sílabas.
21
N. do E .: Cesare ORLANDINI, Dottrina musicale, Bolonha, Jacopo Marsigli, 1844.
Rotunda, Campinas, n. 3, outubro 2004, pp. 36-48
45
Paulo M. Kühl – L. V. De-Simoni e uma pequena poética da ópera em português
realmente certa graça, principalmente para o romance, quando empregados com a cautela
de não os misturar, como fazem os portugueses e brasileiros, com outros de acentuação
diferente, cautela de per si só bastante para evitar o inconveniente que os italianos quiseram
prevenir com a sua exclusão absoluta, caindo assim eles em um defeito, para evitar o outro.
A História da Mangueira do A mor, que vem no 4o ato deste drama22, provará evidentemente,
pelo fato, aos nossos patrícios na sua língua, a verdade do que asseveramos; e ao mesmo
tempo lhes exibirá um exemplo de versificação lírica perfeitamente igual à outra de cunho
português e brasileiro, [VII] menos a tal mistura que, para ouvidos italianos e perfeitamente
musicais, seria horrível e insuportável. Por eles e pelo que acabamos de dizer verão os
brasileiros e portugueses que os princípios que nos levam a ousarmos lhes propor e
inculcar alguma mudança e novidade são os mesmos que nos animam para com os nossos
mesmos patrícios; e que nisto seguimos a máxima: que o bom e verdadeiro patriotismo não
consiste em viver cega e obstinadamente aferrado aos usos e costumes de seu país,
repelindo como o selvagem toda inovação, melhoramento e progresso, mas sim, em
respeitar e conservar do seu país o que é bom e realmente útil e em aproveitar dos outros o
que realmente também o é.
Para que o nosso trabalho (ainda que mui longe da perfeição possível, e
especialmente daquela a que poderia chegar quando saísse de talentos mais jovens e
vigorosos que o de um sexagenário, e principalmente dos que chuparam com o leite a
língua nacional do país desde o berço em que nasceram) possa melhor aproveitar aos
nossos leitores, adotamos o costume francês de indicar no libreto as diferentes peças
musicais, como sejam árias, duetos, tercetos, quartetos, romances, etc.; o que não só
facilitará a compreensão do espetáculo lírico, senão também poderá servir-lhes de exemplar
para a composição das melhores peças líricas dessas diferentes espécies na sua língua
materna; pois que nós, escrevendo, não somos levados só pelo amor próprio e pelo desejo
de adquirirmos glória, mas sim, pelo de sermos úteis e de ver os nossos esforços para este
fim coroados de algum feliz resultado; pois que nisi utile est quod facimus, stulta est gloria.
22
Cantada por Marília, em quatro estrofes de seis versos (“Trent’anni or son che piantammo / Trint’anos há
que plantamos”), pp. 164-165 do libreto.
Rotunda, Campinas, n. 3, outubro 2004, pp. 36-48
46
Paulo M. Kühl – L. V. De-Simoni e uma pequena poética da ópera em português
É esta a segunda vez, que nos cabe a ocasião e honra de escrevermos um libreto de ópera
para o teatro lírico [VIII] desta capital23; aonde, há 34 anos, (em 1820)24 sob o reinado de
E l-Rei D. João VI, representou-se no Real Teatro de S. João (hoje de S. Pedro) um drama
jocoso em dois atos intitulado O Califa de Bagdá, com música de Paulo Rosquellas, ator
espanhol e tenor da companhia lírica italiana do mesmo teatro naquele tempo; drama cujo
libreto, a instâncias do mesmo Rosquellas, foi por nós escrito e foi publicado depois na
ocasião da representação, com uma tradução em prosa ao lado, na tipografia nacional. Dele
existe ainda um exemplar na Biblioteca Nacional, e se acha registrado no catálogo desta, na
classe da letra L, sob o nosso nome de Acadêmico Concorde de Dermino L ubéo. E sse drama
cuja representação não tivemos o gosto de ver, por ter ele ido à cena estando nós
exercendo o cargo de Físico-Mor na cidade e província de Moçambique, foi aqui muito
aceito e teve muitas representações; e também as teve em Montevidéu, para onde o autor
da música levou e fez executar a sua partitura.
E ssa ópera nada tinha de nacional brasileiro senão o lugar aonde ela nascia, porque,
além de ambos os autores, poeta e músico, serem estrangeiros, também o eram o assunto e
as personagens; e não apresentava portanto à idéia e coração dos brasileiros e portugueses
um interesse especial que falasse aos seus sentimentos nacionais e patrióticos. A presente
porém, se, quanto aos seus autores, se acha nas mesmas circunstâncias daquela, assim não é
quanto ao seu assunto e às suas personagens, que todas são brasileiras e portuguesas; e
sobretudo quanto ao fato tradicional sobre que ele versa, e aos sentimentos e entusiasmo
patriótico que nela jogam em cena.
[IX] Lisonjeamo-nos portanto de que, se não outras, ao menos estas qualidades, e a
circunstância de ser obra feita no país, a recomendem à atenção e benignidade dos leitores
e espectadores cordatos, dos quais tão somente, e não do mais, ambicionamos o conceito e
23
Não compreendemos neste gênero de peças a cantata da Harmonia Celeste no Brasil, posta em música pelo Sr.
Gianini [sic], e representada em 2 de dezembro de 1851 no Teatro da Praia de D. Manoel, apesar de ela
constituir um longo ato.
24
N. do E .: Trata-se, provavelmente, de um equívoco do autor. O libreto de Il Gran Califfo di Bagdad não traz a
data de publicação, mas Ludwig von Rango, na carta nº 21, do Rio de Janeiro, datada de 21/12/1819, afirma:
“Tancredo , um fragmento da Caça de Henrique IV , o Califa de Bagdad e outras óperas conhecidas são exibidas,
mas mutiladas e desfiguradas” (Rango chegou ao Brasil em 07/10/1819). L. von Cf. RANGO , Diário de Minha
V iagem até o Rio de Janeiro no Brasil e volta, nos anos de 1819 e 1820 , Leipzig, Baumberger, 1821. In Rio de janeiro
visto por dois prussianos em 1819, São Paulo, Nacional, 1966, p. 145.
Rotunda, Campinas, n. 3, outubro 2004, pp. 36-48
47
Paulo M. Kühl – L. V. De-Simoni e uma pequena poética da ópera em português
a indulgência. Contamos com a fortuna de que esta gente, única digna e capaz de julgar sem
prevenção e com justiça, pondo-se ao uníssono com a Constituição do Império, que
considera como nacionais e brasileiros os indivíduos nascidos no território do Brasil,
qualquer que seja a sua origem e casta, só pelo simples fato de terem o seu nascimento no
país, não deixará de olhar e haver como nacional e brasileiro o que, nesta ocasião, é feito
aqui no país, por um desejo sincero de agradar e ser útil a este, e de concorrer por algum
modo para os progressos e glória dele, do seu teatro lírico, e da sua língua, à qual, por todos
os esforços possíveis à nossa mui limitada capacidade, diligenciamos pôr e mostrar, pelo
fato, evidentemente ao nível da que, por juízo geral incontroverso, é havida como a mais
apta e prestável para o canto.
Rio de Janeiro, 29 de março de 1854. Dr. L . V . De-Simoni.
Rotunda, Campinas, n. 3, outubro 2004, pp. 36-48
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Documentação musical catedralícia na Coleção E clesiástica
do A rquivo Nacional (Rio de Janeiro - RJ).
Paulo Castagna*
A. Introdução.
A Coleção E clesiástica, do Arquivo Nacional, é constituída de vários fundos, que
possuem em comum a característica de conterem documentação sobre a atividade
eclesiástica brasileira. E ssa coleção começou a ser catalogada na década de 1910 e o
trabalho estendeu-se pelas décadas seguintes, envolvendo várias equipes. O catálogo foi
elaborado a partir do critério onomástico, registrando-se em uma ficha cada nome
mencionado em cada documento, com a indicação de seu código. A evolução da caligrafia
e mesmo dos tipos datilográficos utilizados em tais fichas sugere que o trabalho estendeuse até por volta da década de 1960.
Infelizmente, muitos dos códigos originalmente atribuídos aos documentos da
Coleção E clesiástica foram alterados e às vezes sua localização não é uma tarefa simples.
Por essa razão, é importante considerar que nem todos os códigos aqui citados podem ser
atuais, necessitando serem conferidos nas tabelas de equivalência e mesmo diretamente nos
pacotes do Arquivo Nacional para sua localização.
Nesta pesquisa foram integralmente consultadas as cerca de 30.000 fichas, dispostas
em oito gavetas do fichário F-73, com duas fileiras de fichas para cada gaveta, totalizando
cerca de 11 metros lineares de fichas consultadas. O trabalho foi realizado com recursos
próprios e sem financiamento específico em três visitas, nos meses de abril, maio e julho de
2004, totalizando cerca de 80 horas de trabalho em 10 dias. Foram registradas, de forma
resumida, somente as informações ligadas à prática musical referentes a cada nome
registrado nas fichas, não sendo incluídas outras informações que não aquelas diretamente
relacionadas à prática musical. Os códigos transcritos são exclusivamente aqueles que
*
Professor de História da Música do Instituto de Artes do Planalto (UNE SP). Doutor em História Social da
Cultura (USP) e Mestre em Artes (USP).
Rotunda, Campinas, n. 3, outubro 2004 , pp. 49-74
49
Paulo Castagna – Documentação musical catedralícia na Coleção Eclesiástica
do Arquivo Nacional (Rio de Janeiro - RJ)
constam nas fichas, os quais necessitam ser previamente conferidos antes da consulta, pelas
razões acima expostas.
Terminada a transcrição, as informações foram digitadas e dispostas por catedral,
em ordem alfabética de prenome. E stão aqui apresentadas, em forma de tabela, o assunto
resumido de cada documento, seu código e as datas que constam na respectiva ficha. Tais
datas ora referem-se especificamente ao documento em questão, ora ao grupo ao qual
pertence o respectivo documento, sendo necessário sua consulta para se conhecer a data
precisa. Não sendo este o objetivo do presente trabalho, as datas foram transcritas tal como
encontradas nas fichas da Coleção E clesiástica.
A documentação contém grande quantidade de registros ligados à prática musical
catedralícia brasileira, como petições ou nomeações de pessoas para cargos com funções
musicais (chantres, mestres da capela, capelães, moços do coro, organistas e músicos), em
um total de 586 itens, sendo 61% referentes à Catedral e Capela Imperial do Rio de Janeiro
e 23% referentes à Catedral de São Paulo. Os restantes 16% referem-se às catedrais de
Salvador, Olinda, São Luís, Belém, Mariana, Cuiabá e Goiás.
Relacionando-se os dados obtidos às datas de criação das dioceses brasileiras que
existiram até o final do século XIX, percebe-se que somente foi contemplada, na Coleção
E clesiástica, a prática musical referente às dioceses criadas até 1826 (item B). A grande
maioria das informações presentes nessa coleção foi registrada no período imperial (18221889) e um único códice (n.455) contém registros do século XVIII (mais precisamente
1746 e 1747) referentes à prática musical.
Não é totalmente clara a desproporção que existe na origem geográfica das
informações, mas é preciso considerar que o Arquivo Nacional recebeu documentação
principalmente ministerial, contendo informações sobre a atividade eclesiástica
principalmente registradas em códices ou documentos enviados ao governo. São, portanto,
incomuns, no Arquivo Nacional, os códices ou documentos estritamente eclesiásticos, já
que estes são normalmente arquivados nas cúrias das respectivas dioceses.
Assim, a pequena quantidade de informações encontradas na Coleção E clesiástica
sobre a prática musical em catedrais como as de São Luís, Belém, Mariana e Cuiabá não
significa que a documentação arquivada nas cúrias de suas atuais arquidioceses não
contenha um número bem mais expressivo de dados do que aquele que consta no Arquivo
Nacional. E spera-se, portanto, que este trabalho possa estimular o desenvolvimento da
pesquisa sobre a prática musical catedralícia brasileira, que até agora não foi
50
Rotunda, Campinas, n. 3, outubro 2004 , pp. 49-74
Paulo Castagna – Documentação musical catedralícia na Coleção Eclesiástica
do Arquivo Nacional (Rio de Janeiro - RJ)
suficientemente explorada, apesar de sua importância nos estudos sobre a música religiosa
brasileira.
Finalmente, é importante destacar que esta pesquisa foi estimulada pela tese
de doutorado de André Cardoso (A Capela Imperial do Rio de Janeiro: 1808-1889, Rio de
Janeiro, Uni-Rio, 2001, 329p.), principalmente baseada na documentação da Coleção
E clesiástica, mas também no próprio incentivo desse autor para o exame do fichário F-73
do Arquivo Nacional.
Rotunda, Campinas, n. 3, outubro 2004 , pp. 49-74
51
Paulo Castagna – Documentação musical catedralícia na Coleção Eclesiástica do Arquivo Nacional (Rio de Janeiro - RJ)
B. Dioceses brasileiras instituídas entre 1551-1900 e número de documentos relacionados à sua prática musical catedralícia na Coleção
E clesiástica do Arquivo Nacional
Data
25/02/1551
16/11/1676
16/11/1676
30/08/1677
04/03/1719
06/12/1745
06/12/1745
15/07/1826
15/07/1826
07/05/1848
06/06/1854
06/06/1854
27/04/1892
27/04/1892
27/04/1892
27/04/1892
15/11/1895
02/07/1900
04/08/1900
Diocese
São Salvador (Bahia)
Olinda (Pernambuco)
S. Sebastião do Rio de Janeiro
São Luís do Maranhão
Belém do Grão Pará
Mariana
São Paulo
Cuiabá
Goiás
São Pedro do Rio Grande do Sul
Diamantina
Fortaleza
Curitiba
Niterói
Amazonas
Paraíba
Espírito Santo
Alagoas
Pouso Alegre
Bula
Super specula militantes Ecclesiæ
Ad sacram Beati Petri sedem
Romani Pontificis Pastoralis sollicitudo
Super universas orbis Ecclesias
Copiosus in misericordia
Candor Lucis æternæ
Candor Lucis æternæ
Sollicita Catholici gregis cura
Sollicita Catholici gregis cura
Ad oves Dominicas
Gravissimum solicitudinem
Pro Animarum Salute
Ad universas orbis Ecclesias
Ad universas orbis Ecclesias
Ad universas orbis Ecclesias
Ad universas orbis Ecclesias
Sanctissimo Domino Nostro
Postremis hisce temporibus
Regio Latissime Patens
Papa
Júlio III
Inocêncio XI
Inocêncio XI
Inocêncio XI
Celemente XI
Bento XIV
Bento XIV
Leão XIII
Leão XIII
Pio XI
Pio IX
Pio IX
Leão XIII
Leão XIII
Leão XIII
Leão XIII
Leão XIII
Leão XIII
Leão XIII
C. Ordem de apresentação dos documentos
1. Catedral de Belém (PA)
2. Catedral de Cuiabá (MT)
3. Catedral de Goiás (GO)
4. Catedral de Mariana (MG)
52
Rotunda, Campinas, n. 3, outubro 2004 , pp. 49-74
Número de documentos
Período
26
17
356
5
6
7
133
8
28
-
1818-1888
1845-1885
1821-1890
1871-1884
1813-1874
1857-1870
1746-1877
1872-1879
1874-1880
-
Paulo Castagna – Documentação musical catedralícia na Coleção Eclesiástica do Arquivo Nacional (Rio de Janeiro - RJ)
5. Catedral de Olinda (PE )
6. Catedral e Capela Real/Imperial do Rio de Janeiro (RJ)
7. Catedral Metropolitana de Salvador (BA)
8. Catedral de São Luís (MA)
9. Catedral de São Paulo (SP)
1. Catedral de Belém (PA)
Nomes
Ismael de Sena Ribeiro
João Batista Ferreira Góis
João Tolentino Guedelha Mourão
João Tolentino Guedelha Mourão
João Tolentino Guedelha Mourão
Severino Eusébio de Matos Cardoso
Assuntos
Ofício do Bispo ao Ministro da Justiça, pedindo o seu pagamento como
organista, que embora ausente de seu posto, deixou substituto
Cópia de carta de D. Manoel ao conde de Aguiar sobre sua missão como
organista do coro
Ofício do Bispo do Pará, comunicando sua apresentação como candidato à
vaga de chantre
Processo de oposição à dignidade de chantre
Remete documentos para sua nomeação como chantre
Pede o lugar de mestre de música vocal
Códigos
Cx. 941 Pac. 2 Doc. 10
Cx. 24
Datas
20/11/1852
1/1/1813
Cx. 25 Pac. 8 Doc. 3
18/12/1871
Cx. 25 Pac. 8 Doc. 4
Cx. 25 Pac. 8 Doc. 6
Cx. 939 Pac. 125 Doc. 19
18/12/1871
22/12/1871
1843-1874
2. Catedral de Cuiabá (MT)
Nomes
Anastácio Franco da Silva
Bento Severino da Luz
Carlos Herber
Carlos Herber
Felipe Liberato de Oliveira
Januário da Silva Romão
João Vieira Nery
Assuntos
Provido moço do coro
Provido moço do coro
Provido organista
Provido organista em 30/11/1875
Provido mestre da capela
Provido moço do coro
Provido moço do coro
Rotunda, Campinas, n. 3, outubro 2004 , pp. 49-74
Códigos
Cx. 885 Pac. 6 Doc. 105 f.4
Cx. 885 Pac. 6 Doc. 105 f.4
Cx. 885 Pac. 6 Doc. 105 f.4
Cx. 885 Pac. 6 Doc. 83
Cx. 885 Pac. 6 Doc. 105 f.4
Cx. 885 Pac. 6 Doc. 105 f.4
Cx. 885 Pac. 6 Doc. 105 f.4
Datas
28/11/1879
28/11/1878
28/11/1879
23/2/1878
28/11/1878
28/11/1879
28/11/1878
53
Paulo Castagna – Documentação musical catedralícia na Coleção Eclesiástica do Arquivo Nacional (Rio de Janeiro - RJ)
Nomes
Pedro Tito do Espírito Santo
Assuntos
Provido moço do coro em 31/3/1872
Códigos
Cx. 885 Pac. 6 Doc. 50
Datas
31/3/1872
3. Catedral de Goiás (GO)
Nomes
Antônio de Santana Azevedo
Bento Severino da Luz
Francisco Leite de Sousa
Francisco Xavier da Silva
Galdino Correia da Silva
Galdino Correia da Silva
Guilherme Nunes de Oliveira
Gustavo Leite de Sousa
Inocêncio Antônio da Silva
João Batista de Almeida
João Honório Ferreira
João Luís Xavier Brandão
João Marques de Oliveira
Joaquim Manoel Ildefonso de Almeida
José Geraldo de Andrade
José Joaquim de Miranda
José Joaquim de Miranda
Luís Cornélio Brom
Luís Cornélio Brom
Manoel Batista da Veiga Jardim
Manoel Batista da Veiga Jardim
Manoel Feliciano de Arruda
Manoel Sebastião da Silva Bailão
Manoel Xavier da Silva
Mário Francisco da Visitação Barreto
Pedro Gomes de Oliveira Junior
Pedro Gomes de Oliveira Junior
54
Assuntos
Pede para ser exonerado do emprego de capelão cantor
Nomeado capelão cantor
Nomeado capelão cantor interino
Exonerado do emprego de capelão cantor
Nomeado capelão cantor em provisão de 1/12/1874
Nomeado capelão cantor em provisão de 1/12/1879
Nomeado capelão cantor
Nomeado capelão cantor interino
Nomeado capelão cantor em provisão de 1/12/1879
Nomeação para moço do coro
Nomeado capelão cantor
Nomeado capelão interino
Nomeado capelão cantor interino
Nomeado capelão cantor
Nomeado moço do coro
Nomeado capelão cantor
Exonerado do emprego de capelão cantor
Exonerado do emprego de capelão cantor
Nomeado interinamente capelão cantor
Nomeado capelão cantor
Exonerado do emprego de capelão cantor
Provisão para moço do coro
Nomeado capelão cantor
Exonerado do emprego de capelão cantor
Nomeado capelão cantor
Provisão nomeando-o interinamente capelão cantor
Exonerado do emprego de capelão cantor
Rotunda, Campinas, n. 3, outubro 2004 , pp. 49-74
Códigos
Datas
Cx. 886 Pac. 1 Doc. 113 f.4v
Cx. 886 Pac. 1 Doc. 94
Cx. 886 Pac. 1 Doc. 113
Cx. 886 Pac. 1 Doc. 113
Cx. 886 Pac. 1 Doc. 102
Cx. 886 Fla. 4 Doc. 102
Cx. 886 Pac. 1 Doc. 71
Cx. 886 Pac. 1 Doc. 71
Cx. 886 Fla. 4 Doc. 102
Cx. 886 Pac. 1 Doc. 143
Cx. 886 Pac. 1 Doc. 71
Cx. 886 Pac. 1 Doc. 113
Cx. 886 Pac. 1 Doc. 113 f.4
Cx. 886 Pac. 1 Doc. 94
Cx. 886 Pac. 1 Doc. 113 f.4r
Cx. 886 Pac. 1 Doc. 71
Cx. 886 Pac. 1 Fla. 4 Doc. 102
Cx. 886 Pac. 1 Doc. 113
Cx. 886 Pac. 1 Doc. 113
Cx. 886 Pac. 1 Fla. 4 Doc. 102
Cx. 886 Pac. 1 Doc. 113 f.4
Cx. 885 Pac. 6 Doc. 83
Cx. 886 Pac. 1 Doc. 71
Cx. 886 Pac. 1 Doc. 113
Cx. 886 Pac. 1 Doc. 71
Cx. 886 Pac. 1 Doc. 113 f.4
Cx. 886 Pac. 1 Doc. 113 f.4
12/6/1880
14/7/1875
12/6/1880
12/6/1880
9/1/1880
9/1/1880
22/1/1874
22/1/1874
9/1/1880
16/1/1885
22/1/1874
12/6/1880
12/6/1880
14/7/1875
12/6/1880
22/1/1874
9/1/1880
12/6/1880
12/6/1880
9/1/1880
12/6/1880
1/8/1877
22/1/1874
12/6/1880
22/1/1874
12/6/1880
12/6/1880
Paulo Castagna – Documentação musical catedralícia na Coleção Eclesiástica do Arquivo Nacional (Rio de Janeiro - RJ)
Nomes
Teodósio Manoel Soares de Sousa
Assuntos
Pede licença para constituir patrimônio no lugar que ocupa de capelão cantor
Códigos
Cx. 939 Pac. 130 Doc. 38
Datas
1889
4. Catedral de Mariana (MG)
Nomes
Francisco Porfírio do Rosário
Francisco Porfírio do Rosário
Francisco Porfírio do Rosário
Francisco Porfírio do Rosário
Joaquim Antônio de Andrade Benfica
José de Sousa Telles Guimarães
José de Sousa Telles Guimarães
Assuntos
Decreto imperial apresentando-o na dignidade de chantre
Decreto imperial confirmando sua renúncia da cadeira de chantre
Carta apresentando-o na dignidade de chantre
Decreto apresentando-o na dignidade de chantre
Decreto imperial apresentando-o na dignidade de chantre
Carta apresentando-o na dignidade de chantre da Catedral de Mariana
Decreto imperial apresentando-o a na cadeira de chantre da Catedral de
Mariana
Códigos
Cx. 23 Pac. 16 Doc. 152
Cx. 23 Pac. 16 Doc. 64
Cód. 505 f.67r
Cód. 505 f.76v
Cx. 23
Cód. 505 f.79v
Cx. 23 Pac. 16 Doc. 66
Datas
16/10/1867
14/9/1870
9/11/1867
16/10/1867
25/2/1857
7/2/1870
30/11/1870
5. Catedral de Olinda (PE )
Nomes
Agostinho Lodolfos da Costa Ramos
Antônio José de Sousa Gomes
João Batista de Albuquerque
João dos Santos Fragoso
Joaquim Ferreira dos Santos
José de Jesus Menezes
José de Jesus Menezes
José Joaquim Camelo de Andrada
José Joaquim Camelo de Andrada
José Joaquim Camelo de Andrada
José Marques de Castilha
José Marques de Castilha
Assuntos
Pede o lugar de chantre
Processo de oposição da cadeira de prebenda inteira da dignidade de chantre
Processo de oposição da dignidade de chantre
Proposto em segundo lugar na dignidade de chantre pelo Bispo de
Pernambuco, em Ofício ao Imperador
Processo de oposição da cadeira de prebenda inteira da dignidade de chantre
Processo de oposição da cadeira da dignidade de chantre
Ofício do Bispo de Pernambuco ao Imperador, propondo-o em primeiro lugar
para a dignidade de chantre
Decreto nomeando-o chantre
Processo de oposição da cadeira de chantre
Ofício do Bispo de Pernambuco ao Imperador propondo-o em primeiro lugar,
para a cadeira de chantre
Processo de oposição à dignidade de chantre
Processo de oposição à dignidade de chantre
Rotunda, Campinas, n. 3, outubro 2004 , pp. 49-74
Códigos
Datas
Cx. 915 Pac. 96 Doc. 9
Cx. 31
Cx. 105 Pac. 3 Doc. 105
Cx. 31
1814-1845
26/2/1864
26/2/1864
29/9/1857
Cx. 31 Pac. 3 Doc. 99
Cx. 39 Pac. 3 Doc. 89
Cx. 31 Pac. 3 Doc. 88
26/2/1864
29/9/1857
29/9/1857
Cód. 507, f.46v
Cx. 31
Cx. 31
13/8/1864
26/2/1864
26/2/1864
Cx. 34
Cx. 34
1885
1885
55
Paulo Castagna – Documentação musical catedralícia na Coleção Eclesiástica do Arquivo Nacional (Rio de Janeiro - RJ)
Nomes
Assuntos
Códigos
José Marques de Castilha
Ofício do Bispo de Pernambuco ao Imperador, propondo-o em terceiro lugar Cx. 31
para a dignidade de chantre
Manoel Cavalcante de Assis Bezerra de Processo de oposição à dignidade de chantre
Cx. 34 Pac. 6 Doc. 138
Menezes
Trajano Felipe Mendes de Barcelos
Pede ser confirmado no lugar de mestre
Cx. 939 Pac. 130 Doc. 26
Tranqüilino Cabral Tavares de Vasconcelos
Processo de oposição da cadeira de meia prebenda da dignidade de chantre
Cx. 31 Pac. 3 Doc.108
Tranqüilino Cabral Tavares de Vasconcelos
Ofício do bispo de Pernambuco apresentando-o em primeiro lugar para a Cx. 31 Pac. 3 Doc.107
cadeira de chantre
Datas
26/2/1864
1885
1852-1861
26/2/1864
26/2/1864
6. Catedral e Capela Imperial do Rio de Janeiro (RJ)
Nomes
Achille de Malavazzi
Adolfo Desjardin i
Agostinho Francisco Paraíso
Aleixo Bosch
Alexandre Baret
Alexandre Labré
Alexandre Labré
Alexandre Marques
Alexandre Marques
Amaro Ferreira de Melo
Amaro Ferreira de Melo
Ângelo Tinelli
Aníbal Helena
Antônio Alves de Mesquita
Antônio Crespo Queirós Peçanha
Antônio Crespo Queirós Peçanha
Antônio de Jesus Colares
56
Assuntos
Pede diploma de flautista
Deixou vago o lugar de organista, agora solicitado por José Benício de Castro
Pede ser admitido como capelão cantor
Pede ser reintegrado no lugar de músico
Pede pagamento e aumento de seu vencimento como músico
Pede pagamento de seus vencimentos como músico instrumentista
Pede pagamento de seus vencimentos como músico instrumentista
Pretendente ao lugar de capelão cantor
Pede o lugar de capelão cantor
Pede aumento de vencimentos, com outros professores de música, cantores e
instrumentistas
Pede pagamento e aumento de seu vencimento como músico
Despacho de José Clemente Pereira ao Tesoureiro, para que fique ciente de
que o músico deve perceber do dia 6/11/1829 em diante, como jubilado, a
quarta parte do ordenado que percebia.
Pede ser nomeado organista
Pede aumento de vencimentos, com outros professores de música, cantores e
instrumentistas
Pede ser nomeado capelão cantor
Candidato a uma das vagas de capelão cantor
Pede o lugar de capelão cantor
Rotunda, Campinas, n. 3, outubro 2004 , pp. 49-74
Códigos
Datas
Cx. 915 Pac. 135 Doc. 10
Cx. 928 Pac. 74 Doc. 123
Cx. 914 Pac. 5 Doc. 126
Cx. ? Pac. 2 Doc. 31
Cx. 935 Pac. 106 Doc. 65
Cx. 923 Pac. 46 Doc. 59
Cx. 915 Pac. 9 Doc. 102
Cx. 938 Pac. 123 Doc. 2
Cx. 915 Pac. 10 Doc. 136
Cx. 938 Pac. 122 Doc. 126r
21/4/1853
1849-1852
1/6/1854
1841-1842
1840-1882
1882
29/9/1821
1856-1880
1854-1869
1873
Cx. 935 Pac. 106 Doc. 65
Cx. 39 Pac. 5 Doc. 3
1840-1882
31/10/1829
Cx. 914 Pac. 4 Doc. 94
Cx. 938 Pac. 122 Doc. 126r
Cx. 914 Pac. 3 Doc. 75
Cx. 918 Pac. 20 Doc. 27
Cx. 915 Pac. 7 Doc. 32
1866
1873
7/10/1863
1864
1870-1878
Paulo Castagna – Documentação musical catedralícia na Coleção Eclesiástica do Arquivo Nacional (Rio de Janeiro - RJ)
Nomes
Antônio de Pádua e Silva
Antônio de Pádua e Silva
Antônio de Pádua e Silva
Antônio de Proença Quintanilha
Antônio Dias Lopes
Antônio Domingos Valiengo
Antônio Esteves Coimbra
Antônio Gomes Xavier
Antônio Gomes Xavier
Antônio Joaquim da Conceição e Silva
Antônio Joaquim da Conceição e Silva
Antônio Joaquim Soares
Antônio José da Silva Sarmento
Antônio José da Silva Sarmento
Antônio José de Sousa
Antônio José Gonçalves Ferro Castro
Antônio José Muniz de Almeida
Antônio Luís dos Santos
Antônio Romualdo Oliveira Taques
Arcângelo Fiorito
Arcângelo Fiorito
Arcângelo Fiorito
Arcângelo Fiorito
Arcângelo Fiorito
Augusto Baguet
Aureliano Bernardino de Vasconcelos
Basílio Luís dos Santos
Bento Antônio de Sousa Almeida
Assuntos
Candidato a capelão cantor
Pede o lugar de capelão cantor
Pede o lugar de capelão cantor
Pede para ser capelão cantor
Pede aumento de vencimentos, com outros professores de música, cantores e
instrumentistas
Pretendente ao cargo de capelão cantor
Pede ser nomeado capelão cantor
Pede o lugar de capelão cantor
Pede o lugar de capelão cantor
Pede o lugar de capelão cantor
Carta imperial concedendo sua exoneração que pediu do lugar de capelão
cantor
Pede ser admitido como cantor
Concorreu ao lugar de capelão cantor
Pede o lugar de capelão cantor
Pede um lugar de capelão cantor e de regente do coro
Pede admissão no coro
Após o falecimento, pede seu lugar de capelão cantor que pertenceu a Rufino
Augusto Lomelino de Carvalho
Pede o lugar de capelão cantor
Pede para ser capelão cantor e regente da Capela Imperial
Pede ser nomeado mestre da Capela Imperial
Decreto [imperial] nomeando-o mestre e compositor da Capela Imperial
Pede o lugar de mestre de música da Capela Imperial
Decreto imperial exonerando-o do lugar de mestre e compositor da Capela
Imperial
Documento
Pede o lugar de músico instrumentista
Pede o lugar vago de capelão cantor
Pede aumento de vencimentos, com outros professores de música, cantores e
instrumentistas
Pede ser nomeado cantor
Rotunda, Campinas, n. 3, outubro 2004 , pp. 49-74
Códigos
Datas
Cx. 918 Pac. 21 Doc. 59
Cx. 40 Pac. 7 Doc. 29
Cx. 916 Pac. 11 Doc. 12
Cx. 916 Pac. 11 Doc. ?
Cx. 938 Pac. 122 Doc. 126r
1876
29/12/1876
1855-1890
15/10/1842
1873
Cx. 938 Pac. 123 Doc. 2
Cx. 914 Pac. 4 Doc. 98
Cx. 915 Pac. 6 Doc. 14
Cx. 935 Pac. 105 Doc. 11
Cx. 915 Pac. 7 Doc. 34
Cx. 40 Pac. 7 Doc. 25
1856-1880
1844
1866-1875
1865-1868
1862-1872
3/5/1871
Cx. 915 Pac. 57 Doc. 8
Cx. 925 Pac. 59 Doc. 100
Cx. 915 Pac. 8 Doc. 63
Cx. 915 Pac. 8 Doc. 9
Cx. 915 Pac. 7 Doc. 51
Cx. 933 Pac. 99 Doc. 134
1849-1869
1856-1882
1860-1861
1888-1889
2/10/1848
1851-1860
Cx. 915 Pac. 88 Doc. 9
Cx. 916 Pac. 12 Doc. 44
Cx. 914 Pac. 5
Cód. 507 f.22r
Cx. 923 Pac. 48 Doc. 108
Cx. 39
25/11/1865
1861-1868
1860-1886
15/1/1861
1860
30/1/1875
Cx. 934 Pac. 104 Doc. 7
Cx. 914 Pac. 2 Doc. 33
Cx. 923 Pac. 46 Doc. 43
Cx. 938 Pac. 122 Doc. 126r
1840-1877
16/9/1847
1853
1873
Cx. 917 Pac. 15 Doc. 9
1859-1877
57
Paulo Castagna – Documentação musical catedralícia na Coleção Eclesiástica do Arquivo Nacional (Rio de Janeiro - RJ)
Nomes
Bento Fernandes das Mercês
Bento Fernandes das Mercês
Bento Fernandes das Mercês
Bento Pereira do Rego
Bernardino de Santa Eufrosina
Bernardino Jorge
Bernardo Lira da Silva
Bernardo Teixeira de Magalhães Leite
Boaventura Couto
Braz Fernandes da Silva
Caetano Araújo Pereira de Miranda
Caetano Araújo Pereira de Miranda
Caetano Araújo Pereira de Miranda
Caetano Araújo Pereira de Miranda
Cândido Miguel Pamplona de Carvalho
Carlos Alexandre Guilmette
Carlos Augusto de Carvalho
Carlos Augusto de Novais
Carlos Augusto de Santa Eugênia e Silva
Carlos Gonçalves de Matos
Carlos Gonçalves de Matos
Carlos Gonçalves de Matos
Carlos José Couto
Carlos Mazziotti
Carlos Mazziotti
Carlos Rodrigues Veríssimo César
Carlos Rodrigues Veríssimo César
Carlos Severiano Cavalier Darbilly
Carlos Severiano Cavalier Darbilly
58
Assuntos
Empregado da Capela Imperial
Pede pagamento e aumento de seu vencimento como músico
Pede para ser nomeado mestre da Capela Imperial
Pede o lugar de capelão cantor
Pede o lugar de capelão cantor
Pede nomeações de cônego e capelão cantor
Pede o lugar de capelão cantor
Pede ser nomeado capelão cantor
Pede aumento de vencimentos, com outros professores de música, cantores e
instrumentistas
Pede ser admitido como segundo pistom
Pede nomeação como capelão cantor
Carta Imperial concedendo-lhe exo neração do cargo de capelão cantor
Candidato a capelão cantor
Pede aumento de sua remuneração como capelão cantor
Pede a nomeação como capelão cantor
Pede ser admitido como cantor (baixo)
Despacho de Honório Hermeto Carneiro Leão em nome do Imperador,
aprovando o ajuste com o inspetor, para servir como primeiro clarim
Pede nomeação como capelão cantor
Candidato a capelão cantor
Pede aumento de vencimentos, com outros professores de música, cantores e
instrumentistas
Pede o lugar de cantor
Pede o pagamento e o aumento de seu vencimento como músico
Pede o pagamento de seu ordenado como organista
Pede, como herdeiro de seu falecido irmão Fortunato Mazziotti, que foi
músico cantor, os meses de ordenado que lhe ficam a dever
Pede aumento e pagamento de seu vencimento como músico
Pede a nomeação de capelão cantor
Candidato ao lugar de capelão cantor
Pede a nomeação de mestre da capela
Pede a nomeação de mestre da capela e organista
Rotunda, Campinas, n. 3, outubro 2004 , pp. 49-74
Códigos
Datas
Cx. 934 Pac. 104 Doc. 7
Cx. 935 Pac. 106 Doc. 65
Cx. 917 Pac. 16 Doc. 34
Cx. 918 Pac. 19 Doc. 10
Cx. 918 Pac. 20 Doc. 25
Cx. 917 Pac. 16 Doc. 50
Cx. 929 Pac. 79 Doc. 99
Cx. 935 Pac. 107 Doc. 76
Cx. 938 Pac. 122 Doc. 126r
1840-1877
1840-1882
1840-1880
1859-1867
1857-1862
1867
10/10/1851
1853
1873
Cx. 917 Pac. 16 Doc. 38
Cx. 918 Pac. 21 Doc. 53
Cx. 40 Pac. 7 Doc. 56
Cx. 918 Pac. 21 Doc. 59
Cx. 919 Pac. 29 Doc. 110
Cx. 919 Pac. 25 Doc. 13
Cx. 918 Pac. 21 Doc. 46
Cx. 39
1847-1848
1859-1884
27/12/1884
1875
1877-1886
1861-1862
1851
19/5/1843
Cx. 918 Pac. 47 Doc. 21
Cx. 918 Pac. 21 Doc. 59
Cx. 938 Pac. 122 Doc. 126r
1852-1859
1876
1873
Cx. 918 Pac. 22 Doc. 72
Cx. 935 Pac. 106 Doc. 65
Cx. 918 Pac. 23 Doc. 84
Cx. 923 Pac. 49 Doc. 128
1866
1840-1882
1852
1850
Cx. 935 Pac. 106 Doc. 65
Cx. 919 Pac. 26 Doc. 27
Cx. 918 Pac. 21 Doc. 50
Cx. 917 Pac. 16 Doc. 58
Cx. 919 Pac. 26 Doc. 38
1840-1882
1860
1860
27/12/1880
1874-1887
Paulo Castagna – Documentação musical catedralícia na Coleção Eclesiástica do Arquivo Nacional (Rio de Janeiro - RJ)
Nomes
Casemiro Lúcio de Souza Pitanga
Cassiano Augusto de Oliveira Junior
Cassiano Augusto de Oliveira Junior
Cassiano Coriolano Colonia
Cesário Fernandes da Torre
Cristiano Lomelino de Carvalho
Cristiano Lomelino de Carvalho
Cristiano Lomelino de Carvalho
Cristiano Lomelino de Carvalho
Cristino Lumelino de Carvalho
D. Pedro II
Dâmaso do Rego Barros
Delfino Antônio da Silva
Demétrio João Vieira Falcão
Diogo Eustáquio Cabral
Diogo Eustáquio Cabral
Dionísio Pereira Machado
Dionísio Pereira Machado
Dionísio Vega
Dionísio Vega
Dionísio Vega
Domingos Alves da Silva
Domingos Miguel Rodrigues
Edmond Alexandre Mulot
Eduardo Frutuoso da Costa
Eduardo Frutuoso da Costa
Assuntos
Pede o lugar de músico
Três ofícios de seu procurador, Eugênio Carlos Tavares, pedindo o
pagamento de seus vencimentos após o seu falecimento
Pede o lugar de capelão cantor
Pede o lugar de capelão cantor
Pede continuar a receber o ordenado de capelão cantor, não obstante ter as
honras de cônego
Pede os lugares de capelão cantor e regente do coro
Carta imperial concedendo-lhe exoneração do lugar de capelão cantor e
regente do coro
Requere o lugar de capelão cantor
Pretendente a uma vaga de capelão cantor
Pede o lugar de capelão cantor
Decreto Imperial n.697 de 10/9/1850 que reforma os estatutos da Capela
Imperial e Catedral do Bispado do Rio de Janeiro
Pede o lugar de capelão cantor
Pede aumento de vencimentos, com outros professores de música, cantores e
instrumentistas
Pretendente ao lugar de capelão cantor
Pede a nomeação como capelão cantor
Pede a nomeação como capelão cantor
Pede o lugar de capelão cantor
Pede sua efetivação no lugar de músico tenor
Pede pagamento e aumento de seus vencimentos como músico
Pede o lugar vago de mestre de música
Pede ser nomeado mestre efetivo e cantor, sendo já mestre honorário
Pede aumento de vencimentos, com outros professores de música, cantores e
instrumentistas
Pede aumento de vencimentos, com outros professores de música, cantores e
instrumentistas
Dois ofícios pedindo aumento do ordenado como músico cantor
Pede ser nomeado capelão cantor
Exoneração do lugar de capelão cantor
Rotunda, Campinas, n. 3, outubro 2004 , pp. 49-74
Códigos
Datas
Cx. 919 Pac. 24 Doc. 3
Cx. 922 Pac. 40 Doc. 18
1854
1850-1851
Cx. 885 Pac. 21 Doc. 45
Cx. 918 Pac. 21 Doc. 56
Cx. 918 Pac. 22 Doc. 65
1849
1868-1872
1841
Cx. 919 Pac. 24 Doc. 5
Cx. 21
1853-1877
4/7/1879
Cx. 932 Pac. 94 Doc. 119
Cx. 933 Pac. 99 Doc. 143
Cx. 933 Pac. 99 Doc. 142
Cx. 39
1858-1865
1854-1867
1854-1867
10/9/1850
Cx. 921 Pac. 39 Doc. 87
Cx. 938 Pac. 122 Doc. 126r
1862-1889
1873
Cx. 939 Pac. 125 Doc. 60
Cx. 921 Pac. 37 Doc. 43
Cx. 923 Pac. 49 Doc. 131
Cx. 939 Pac. 125 Doc. 2
Cx. 921 Pac. 38 Doc. 58
Cx. 935 Pac. 106 Doc. 65
Cx. 923 Pac. 48 Doc. 108
Cx. 921 Pac. 39 Doc. 69
Cx. 938 Pac. 122 Doc. 126r
s.d.
1852
1852
23/6/1848
1848
1840-1882
?
1841-1860
1873
Cx. 938 Pac. 122 Doc. 126r
1873
Cx. 922 Pac. 40 Doc. 7
Cx. 922 Pac. 41 Doc. 3
Cx. 40
1849-1850
1864-1881
25/2/1882
59
Paulo Castagna – Documentação musical catedralícia na Coleção Eclesiástica do Arquivo Nacional (Rio de Janeiro - RJ)
Nomes
Eleutério José Ferrão
Elias Duarte Rego
Emílio Bernardino dos Santos
Emílio Galdi
Emílio Galdi Sobrinho
Felipe Portel
Fernando Augusto de Melo
Fernando Pagani
Firmino Rodrigues da Silva
Florentino da Silva Ramalho
Fortunato Gomes de Andrada
Fortunato Gomes de Andrada
Fortunato Gomes de Andrada
Fortunato Gomes de Andrade
Fortunato Manoel de Matos
Fortunato Mazziotti
Fortunato Mazziotti
Fortunato Mazziotti
Francisco Antônio Corsino
Francisco Antônio Matte
Francisco Antônio Nunes
Francisco Antunes de Figueiras
Francisco Antunes de Siqueira
Francisco Batalha Ribeiro
Francisco Batalha Ribeiro
Francisco da Luz Pinto
60
Assuntos
Pede dispensa de residência no coro enquanto estiver doente
Ofício pedindo ser admitido em um dos lugares de capelão cantor
Ofício pedindo ser admitido como músico cantor
Pede ser nomeado capelão cantor
Pede ser nomeado capelão cantor
Propôs o conserto do órgão
Ofício para ser capelão cantor
Pede aumento de vencimentos, com outros professores de música, cantores e
instrumentistas
Pede o lugar de capelão cantor
Pede as honras de músico
Pede aumento de vencimentos, com outros professores de música, cantores e
instrumentistas
Pede a gratificação que lhe é devida como músico cantor
Pede sua como cantor
Pede aumento de vencimentos, com outros professores de música, cantores e
instrumentistas
Pede o lugar vago de capelão cantor
Representa a necessidade de conservar os músicos instrumentistas e pede
dispensa-lo devido à sua avançada idade, a comparecer assiduamente
Capela Imperial como seu mestre
Ofício sobre seu requerimento, que pede dispensa de seus serviços ordinários
como mestre da Capela Imperial
Ao falecer, seu herdeiro e irmão Carlos Mazziotti pede os meses de ordenado
como músico cantor que lhe ficam a dever
Pede o cargo de capelão do número
Pede o lugar de organista
Pede ser nomeado capelão cantor
Pede o lugar de capelão cantor
Pretendente a vaga de capelão cantor
Pede ser admitido no lugar de capelão cantor
Carta imperial demitindo-o do cargo de capelão cantor
Pede o lugar vago de mestre de música
Rotunda, Campinas, n. 3, outubro 2004 , pp. 49-74
Códigos
Datas
Cx. 922 Pac. 41 Doc. 12
Cx. 922 Pac. 41 Doc. 1
Cx. 922 Pac. 40 Doc. 13
Cx. 922 Pac. 41 Doc. 6
Cx. 922 Pac. 41 Doc. 7
Cx. 924 Pac. 51 Doc. 32
Cx. 922 Pac. 43 Doc. 15
Cx. 938 Pac. 122 Doc. 126r
1842-1844
29/1/1872
1862
1878-1882
1888-1889
1866
1858-1861
1873
Cx. 924 Pac. 52 Doc. 56
Cx. 924 Pac. 52 Doc. 83
Cx. 938 Pac. 122 Doc. 126r
1851-1852
1873
1873
Cx. 923 Pac. 46 Doc. 57
Cx. 925 Pac. 58 Doc. 63
Cx. 938 Pac. 122 Doc. 126r
1871
1871-1879
1873
Cx. 923 Pac. 49 Doc. 131
Cx. 923 Pac. 49 Doc. 121
1852
1842-1848
Cx. 49 Pac. 19 Doc. 47
18/9/1834
Cx. 923 Pac. 49 Doc. 128
1850
Cx. 922 Pac. 43 Doc. 8
Cx. 938 Pac. 120 Doc. 66
Cx. 922 Pac. 43 Doc. 20
Cx. 933 Pac. 99 Doc. 142
Cx. 933 Pac. 99 Doc. 142
Cx. 922 Pac. 44 Doc. 22
Cx. 40 Pac. 7 Doc. 55
Cx. 923 Pac. 48 Doc. 108
1859
1856-1862
1854-1876
1854-1867
1854-1867
1864-1884
4/7/1884
1860
Paulo Castagna – Documentação musical catedralícia na Coleção Eclesiástica do Arquivo Nacional (Rio de Janeiro - RJ)
Nomes
Francisco da Luz Pinto
Francisco da Luz Pinto
Francisco da Luz Pinto
Francisco da Mota
Francisco da Paixão Lima e Silva
Francisco Gomes de Carvalho
Francisco Gomes de Carvalho
Francisco Inácio de Cristo
Francisco João Costa Lima
Francisco João da Costa Lima
Francisco Joaquim de Santana Matos
Francisco José de Andrade
Francisco José Lopes
Francisco José Martins
Francisco José Martins
Francisco José Martins
Francisco José Ribeiro
Francisco Manoel Chaves
Francisco Manuel da Silva
Francisco Manuel da Silva
Francisco Maria Pereira da Cunha
Francisco Pamplona de Ave Maria
Francisco Realli
Francisco Rodrigues Ramalho
Frederico Guigon
Assuntos
Pede ser nomeado mestre de música e aumento de ordenado
Pede o pagamento e aumento do seu vencimento como músico
Decreto imperial concedendo-lhe as honras de mestre e compositor
Pede pagamento e aumento de seus vencimentos como músico
Pede o lugar de músico instrumentista
Pede aumento de vencimentos, com outros professores de música, cantores e
instrumentistas
Pede pagamento de seus vencimentos como músico instrumentista
Pede ser nomeado capelão cantor
Pede aumento de vencimentos, com outros professores de música, cantores e
instrumentistas
Pede ser novamente contratado para o lugar de cantor
Pede ser admitido como músico cantor
Pede o lugar vago de capelão cantor
Pede para ser reintegrado no lugar de músico cantor
Pede o lugar de contrabaixo na orquestra
Carta Imperial demit indo-o do lugar de músico instrumentista
Pede pagamento e aumento de seu vencimento como músico
Pede aumento de vencimentos, com outros professores de música, cantores e
instrumentistas
Pede ser reintegrado no lugar e obrigação de copista das músicas
Determinação de João Rodrigues de Araújo para que se pague pelo que
venceu até sua morte, a quantia de 50$000 pela qual se obrigou por uma
letra
Representa a necessidade de conservar os músicos instrumentistas
Pede o lugar de capelão cantor, além de uma cadeira no coro da Irmandade de
São Pedro
Pede um lugar de músico cantor
Despacho de José Clemente Pereira ao Tesoureiro, para que fique ciente de
que o músico deve perceber do dia 6/11/1829 em diante, como jubilado, a
quarta parte do ordenado que percebia.
Pede o lugar de capelão cantor
Pede o lugar de organista e cantor
Rotunda, Campinas, n. 3, outubro 2004 , pp. 49-74
Códigos
Datas
Cx. 923 Pac. 48 Doc. 96
Cx. 935 Pac. 106 Doc. 65
Cx. 931 Pac. 87 Doc. 30
Cx. 935 Pac. 106 Doc. 65
Cx. 924 Pac. 51 Doc. 15
Cx. 938 Pac. 122 Doc. 126r
1842-1860
1840-1882
15/1/1861
1840-1882
1847
1873
Cx. 923 Pac. 46 Doc. 59
Cx. 923 Pac. 46 Doc. 55
Cx. 938 Pac. 122 Doc. 126r
1882
1868-1870
1873
Cx. 923 Pac. 47 Doc. 91
Cx. 923 Pac. 48 Doc. 95
Cx. 923 Pac. 46 Doc. 43
Cx. 923 Pac. 47 Doc. 73
Cx. 923 Pac. 47 Doc. 74
Cx. 40 Pac. 7 Doc. 16
Cx. 935 Pac. 106 Doc. 65
Cx. 938 Pac. 122 Doc. 126r
1875-1878
1842-1843
1853
1848-1850
1848-1865
23/6/1865
1840-1882
1873
Cx. 923 Pac. 49 Doc. 125
Cx. 923 Pac. 49 Doc. 130
1846
1850-1855
Cx. 923 Pac. 49 Doc. 121
Cx. 923 Pac. 49 Doc. 132
1842-1848
1852-1861
Cx. 924 Pac.51 Doc. 12
Cx. 39 Pac. 5 Doc. 3
1842-1848
31/10/1829
Cx. 924 Pac. 52 Doc. 71
Cx. 938 Pac. 120 Doc. 64
1861
1846
61
Paulo Castagna – Documentação musical catedralícia na Coleção Eclesiástica do Arquivo Nacional (Rio de Janeiro - RJ)
Nomes
Frederico Guigon
Frederico Guigon
Frederico Guigon
Gabriel Fernandes da Trindade
Generoso Cirimeli
Geraldo Juario Pereira
Giovanni Tronconi
Guilherme Teixeira de Castro
Guilherme Teixeira de Castro
Heliodoro Maria da Trindade
Heliodoro Maria da Trindade
Henrique da Silva e Oliveira
Henrique da Silva e Oliveira
Henrique de Sousa Borges Acioli
Henrique de Sousa Borges Acioli
Henrique Maciel Ferreira Guimarães
Henrique Maciel Ferreira Guimarães
Henrique Maciel Ferreira Guimarães
Henrique Silva Oliveira
Hugo Bussmeyer
Inácio Ferreira Campelo
Inácio Ferreira Campelo
Januário José Oliveira Rosa
Januário José Oliveira Rosa
João Alves Carneiro
João Antônio Campelo
João Antônio da Silva Campelo
João Batista Martini
62
Assuntos
Pede o lugar de organista
Pede o lugar de organista
Nomeado organista
Pede ser admitido como cantor
Nomeação para capelão cantor
Pede pagamento e aumento de seu vencimento como músico
Pede ser nomeado harpista
Concorre ao lugar de capelão cantor
Pede o lugar de capelão cantor
Pede aumento de vencimentos, com outros professores de música, cantores e
instrumentistas
Pede pagamento de sua gratificação de cantor solista
Contratado para cantor e rabequista
Pede ser admitido como músico cantor efetivo
Pede o lugar de cantor
Pede nomeação e sua exoneração do cargo de capelão cantor
Pede o lugar de capelão cantor
Carta Imperial demitindo-o
Carta Imperial demitindo-o
Pede aumento de vencimentos, com outros professores de música, cantores e
instrumentistas
Pede que se lhe continue a pagar os vencimentos que recebia antes de sua
nomeação como mestre e compositor
Pede aumento de remuneração como capelão cantor
Pede o lugar de capelão cantor
Pede sua nomeação e exoneração do cargo de capelão cantor
Candidato a uma das vagas de capelão cantor
Pede o lugar de capelão cantor
Após o falecimento no cargo de capelão cantor, Luís Antônio da Cunha
Ferreira pediu para ocupar sua vaga
Pede pagamento do ordenado de seu falecido pai, J. A. Campelo, capelão
cantor
Pede aumento de vencimentos, com outros professores de música, cantores e
Rotunda, Campinas, n. 3, outubro 2004 , pp. 49-74
Códigos
Datas
Cx. 938 Pac. 120 Doc. 66
Cx. 923 Pac. 46 Doc. 53
Cx. 923 Pac. 46 Doc. 45
Cx. 925 Pac. 56 Doc. 1
Cx. 49 Pac. 2 Doc. 55
Cx. 935 Pac. 106 Doc. 65
Cx. 925 Pac. 57 Doc. 26
Cx. 925 Pac. 59 Doc. 100
Cx. 925 Pac. ? Doc. 23
Cx. 938 Pac. 122 Doc. 126r
1856-1862
1864-1876
1855
1840
18/1/1873
1840-1882
1865
1856-1882
1859-1876
1873
Cx. 925 Pac. 58 Doc. 63
Cx. 925 Pac. 58 Doc. 57
Cx. 925 Pac. 58 Doc. 47
Cx. 925 Pac. 58 Doc. 45
Cx. 932 Pac. 94 Doc. 119
Cx. 925 Pac. 58 Doc. 55
Cx. 40 Pac. 7 Doc. 17
Cx. 40 Pac. 7 Doc. 18
Cx. 938 Pac. 122 Doc. 126r
1871-1879
1868
1860-1882
1857
1858-1865
1865
12/6/1866
12/6/1866
1873
Cx. 925 Pac. 58 Doc. 68
1878-1885
Cx. 919 Pac. 29 Doc. 110
Cx. 925 Pac. 59 Doc. 100
Cx. 930 Pac. 85 Doc. 151
Cx. 918 Pac. 20 Doc. 27
Cx. 928 Pac. 71 Doc. 18
Cx. 933 Pac. 99 Doc. 134
1877-1886
1856-1882
1863-1889
1864
1855-1864
1849-1876
Cx. 928 Pac. 73 Doc. 90
1849
Cx. 938 Pac. 122 Doc. 126r
1873
Paulo Castagna – Documentação musical catedralícia na Coleção Eclesiástica do Arquivo Nacional (Rio de Janeiro - RJ)
Nomes
João Capistrano Gomes
João da Mata Taley
João da Mata Tarlé
João da Mata Tarlé
João Francisco da Silva
João Joaquim Lopes de Figueiredo Brasil
João Jorge Bruzi
João Jorge Bruzi
João José Tavares
João Manoel Alves Ribas
João Maria da Silveira
João Matos da Cunha
João Matos da Cunha
João Máximo do Prado
João Máximo do Prado
João Nunes de Andrade
João Nunes de Andrade
João Nunes de Andrade
João Nunes de Andrade
João Nunes Fernandes Caneca
João Nunes Fernandes Correca
João Paulo Carneiro Pinto
João Pereira da Silva
João Perrone
João Pires de Amorim
João Rodrigues Cortes
João Rodrigues Cortes
João Rodrigues de Araújo
Assuntos
instrumentistas
Pede lugar de capelão cantor
Concorreu ao lugar de capelão cantor
Pede ser nomeado capelão cantor
Pede ser nomeado capelão cantor
Pede o lugar de capelão cantor
Pede o lugar vago de capelão cantor
Pede o lugar de capelão cantor
Pede o lugar de capelão cantor
Pede aumento de vencimentos, com outros professores de música, cantores e
instrumentistas
Pede ser nomeado capelão cantor
Pede o lugar de organista
Pede ser admitido como capelão cantor
Candidato a uma das vagas de capelão cantor
Pede conceder-lhe o lugar de capelão cantor
Decreto imperial, apresentando-o como capelão cantor e regente do coro
Pede o lugar de cantor
Pretendente ao lugar de capelão cantor
Requereu o lugar de capelão cantor
Candidato ao lugar de capelão cantor
Pede nomeação como capelão cantor e regente
Pede aumento de sua remuneração como capelão cantor
Substituiu o professor de violeta José Leandro Martins Filgueiras em sua
ausência
Pede o lugar de músico e mestre da capela
Pede o pagamento e aumento de seus vencimentos como músico
Pede ser nomeado capelão cantor
Pede aumento de vencimentos, com outros professores de música, cantores e
instrumentistas
Reclama sobre um engano no pagamento de seus vencimentos como músico
cantor e pede providências
Pede aumento de seu salário de músico cantor
Rotunda, Campinas, n. 3, outubro 2004 , pp. 49-74
Códigos
Datas
Cx. 929 Pac. 77 Doc. 32
Cx. 925 Pac. 59 Doc. 100
Cx. 931 Pac. 88 Doc. 30
Cx. 931 Pac. 89 Doc. 40
Cx. 930 Pac. 81 Doc. 19
Cx. 923 Pac. 46 Doc. 43
Cx. 930 Pac. 84 Doc. 106
Cx. 932 Pac. 49 Doc. 131
Cx. 938 Pac. 122 Doc. 126r
6/6/1861
1856-1882
14/9/1860
1860-1889
1847
1853
1852
1852
1873
Cx. 88 Pac. 931 Doc. 9
Cx. 928 Pac. 74 Doc. 123
Cx. 931 Pac. 88 Doc. 27
Cx. 918 Pac. 20 Doc. 27
Cx. 931 Pac. 89 Doc. 27
Cx. 40 Pac. 7 Doc. 15
Cx. 931 Pac. 90 Doc. 6
Cx. 938 Pac. 123 Doc. 2
Cx. 932 Pac. 94 Doc. 119
Cx. 918 Pac. 21 Doc. 50
Cx. 931 Pac. 90 Doc. 11
Cx. 919 Pac. 29 Doc. 110
Cx. 931 Pac. 87 Doc. 30
16/11/1862
1849-1852
1861-1864
1864
1840
27/11/1854
1856-1860
1856-1880
1858-1865
1860
1873-1889
1877-1886
21/9/1881
Cx. 932 Pac. 32 Doc. 45
Cx. 935 Pac. 106 Doc. 65
Cx. 932 Pac. 91 Doc. 7
Cx. 938 Pac. 122 Doc. 126r
1848-1887
1840-1882
1868-1885
1873
Cx. 932 Pac. 93 Doc. 65
1882
Cx. 932 Pac. 93 Doc. 55
1846
63
Paulo Castagna – Documentação musical catedralícia na Coleção Eclesiástica do Arquivo Nacional (Rio de Janeiro - RJ)
Nomes
João Rodrigues de Araújo
João Teodoro de Aguiar
Joaquim Afonso Pedroso
Joaquim Antônio de Carvalho
Joaquim Cintra
Joaquim Coutinho Fonseca
Joaquim Coutinho Fonseca
Joaquim da Santíssima Trindade Quintanilha
Joaquim da Santíssima Trindade Quintanilha
Joaquim da Santíssima Trindade Quintanilha
Joaquim de Araújo Cintra
Joaquim de Jesus Lima
Joaquim Guedes Alcoforado
Joaquim José Agostinho de Almeida
Joaquim José de Mendanha
Joaquim Manoel
Joaquim Maria Costa Ferreira
Joaquim Maria da Costa Ferreira
Jorge Miranda
José [de São João] Evangelista Cezimbra
José Antônio Machado
José Benício de Castro
José Benício de Castro Lobo
José Bonifácio de Brito
José Bonifácio de Brito
José Caetano de Sousa Franco
José Carlos de Moura Teles
64
Assuntos
Determinação para que se pague a Francisco Manuel da Silva pelo que
venceu até sua morte, a quantia de 50$000 pela qual se obrigou por uma
letra
Pede verba de 700$000 para pagamento da orquestra na execução do novo Te
Deum
Pede o lugar de capelão cantor
Pede o lugar de capelão cantor
Pede aumento de vencimentos, com outros professores de música, cantores e
instrumentistas
Requereu o lugar de capelão cantor
Pede o lugar de capelão cantor
Pede o lugar de capelão cantor
Pede o lugar de capelão cantor
Pretendente ao cargo de capelão cantor
Pede o lugar de cantor efetivo
Pede um lugar de capelão cantor
Pede um lugar de capelão cantor
Pede nomeação como músico
Pede ser reintegrado no seu lugar de músico cantor e o pagamento de seu
ordenado durante o tempo em que esteve prisioneiro
Pede para ser admitido como músico
Pede aumento de vencimentos, com outros professores de música, cantores e
instrumentistas
Pede para ser dispensado do lugar de músico instrumentista
Pede ser admitido como capelão cantor
Pede um dos lugares vagos no coro
Pede sua nomeação como músico honorário
Pede o lugar de organista que pertenceu a Adolfo Desjardini
Pede o lugar de organista
Pede o lugar de capelão cantor
Pretendente ao lugar de capelão cantor
Candidato a uma das vagas de capelão cantor
Pede ser nomeado cantor
Rotunda, Campinas, n. 3, outubro 2004 , pp. 49-74
Códigos
Cx. 923 Pac. 49 Doc. 130
Cx. 933 Pac. 97 Doc. 75
Datas
1850-1855
5/4/1866
Cx. 928 Pac. 73 Doc. 73
Cx. 928 Pac. 71 Doc. 14
Cx. 938 Pac. 122 Doc. 126r
1840-1850
1841
1873
Cx. 932 Pac. 94 Doc. 119
Cx. 929 Pac. 77 Doc. 46
Cx. 938 Pac. 121 Doc. ?
Cx. 933 Pac. 96 Doc. 66
Cx. 939 Pac. 121 Doc. 96
Cx. 928 Pac. 71 Doc. 28
Cx. 930 Pac. 85 Doc. 139
Cx. 930 Pac. 82 Doc. 41
Cx. 930 Pac. 84 Doc. 94
Cx. 930 Pac. 85 Doc. 143
1858-1865
1854-1885
1848-1867
1848-1857
1848-1867
1872-1877
1865-1869
1887
1870
1841-1842
Cx. 931 Pac. 88 Doc. 2
Cx. 938 Pac. 122 Doc. 126r
Cx. 931 Pac. 88 Doc. 32
Cx. 931 Pac. 88 Doc. 4
Cx. 929 Pac. 78 Doc. 95
Cx. 928 Pac. 72 Doc. 64
Cx. 928 Pac. 74 Doc. 123
Cx. 928 Pac. 74 Doc. 123
Cx. 928 Pac. 74 Doc. 116
Cx. 938 Pac. 123 Doc. 2
Cx. 918 Pac. 20 Doc. 27
Cx. 929 Pac. 77 Doc. 41
8/8/1848
1873
10/11/1876
1876
3/9/1842
13/5/1869
1849-1852
1849-1852
1854-1856
1864
28/11/1860
Paulo Castagna – Documentação musical catedralícia na Coleção Eclesiástica do Arquivo Nacional (Rio de Janeiro - RJ)
Nomes
José de Araújo Saragoça
José de Araújo Saragoça
José de Araújo Saragoça
José de Santa Teresa Brito
José de São João Evangelista
José de São João Evangelista Cezimbra
José Domingues Nogueira da Silva
José Eutychio de Freitas Gouvêia
José Fernandes da Costa
José Ferreira Wanzeller
José Hipólito Cassiano de Lacé
José Honório da Costa Ramos
José Jacinto Fernandes da Trindade
José Jacinto Fernandes da Trindade
José Joaquim da Costa Mairink
José Joaquim da Costa Mairink
José Joaquim de Araújo Braga
José Joaquim dos Reis
José Joaquim Goyano
José Joaquim Goyano
José Leandro Martins Filgueiras
José Leandro Martins Filgueiras
José Levrero
[José?] Luís de Melo
José Luís de Melo
José Maria da Costa Rabelo
José Maria da Costa Rabelo
José Maria da Costa Rabelo
José Maria da Costa Rabelo
José Martins de Araújo Lima
Assuntos
Pretendente ao lugar de capelão cantor
Pede o lugar de capelão cantor
Pede o lugar de capelão cantor
Requereu o lugar de capelão cantor
Pede o lugar de cantor
Pede um lugar de cantor
Pede o lugar de capelão cantor
Pede o lugar de capelão cantor
Pede o lugar de capelão cantor
Pede o lugar de capelão cantor
Pede o lugar de oboé
Contratado como cantor e rabequista
Pede um lugar de músico
Pede pagamento de seu ordenado como músico
Pede sua aposentadoria com ordenado de capelão cantor
Decreto Imperial apresentando-o como capelão cantor
Pede aumento de vencimentos, com outros professores de música, cantores e
instrumentistas
Pede pagamento da côngrua como músico
Pede um lugar de músico. Anexo: uma relação nominal dos músicos da
Capela Imperial
Pede o lugar vago de mestre de música da Capela Imperial
Professor de violeta, pede licença para ausentar-se, deixado substituto João
Paulo Carneiro Pinto
Professor de violeta, pede licença para ausentar-se, deixando substituto
Pede para ser promovido do lugar de violinista para o de corista
Pede ser nomado capelão cantor
Pretendente ao lugar de capelão cantor
Pede ser nomeado capelão cantor
Candidato ao lugar de capelão cantor
Concorreu ao lugar de capelão cantor
Pede ser nomeado capelão cantor
Pede para ser nomeado capelão cantor
Rotunda, Campinas, n. 3, outubro 2004 , pp. 49-74
Códigos
Datas
Cx. 939 Pac. 125 Doc. 60
Cx. 923 Pac. 49 Doc. 131
Cx. 928 Pac. 73 Doc. 91
Cx. 932 Pac. 94 Doc. 119
?
?
Cx. 929 Pac. 78 Doc. 80
Cx. 929 Pac. 79 Doc. 99
Cx. 929 Pac. 80 Doc. 129
Cx. 929 Pac. 80 Doc. 143
Cx. 930 Pac. 83 Doc. 70
Cx. 925 Pac. 58 Doc. 57
Cx. 930 Pac. 85 Doc. 125
Cx. 935 Pac. 106 Doc. 65
Cx. 930 Pac. 84 Doc. 111
Cx. 40 Pac. 7 Doc. 14
Cx. 938 Pac. 122 Doc. 126r
?
1852
1851-1852
1858-1865
1832-1847
1832-1847
1853-1882
10/10/1851
s.d.
1862
1850
1868
1842
1840-1882
1852-1854
20/4/1854
1873
Cx. 86 Pac. 931 Doc. 11
Cx. 930 Pac. 85 Doc. 131
8/10/1862
1846-1865
Cx. 923 Pac. 48 Doc. 108
Cx. 931 Pac. 87 Doc. 30
1860
21/9/1881
Cx. 931 Pac. 87 Doc. 30
Cx. 931 Pac. 87 Doc. 1
Cx. 931 Pac. 87 Doc. 31
Cx. 939 Pac. 125 Doc. 61
Cx. 931 Pac. 88 Doc. 29
Cx. 918 Pac. 21 Doc. 50
Cx. 925 Pac. 59 Doc. 100
Cx. 931 Pac. 88 Doc. 29
Cx. 931 Pac. 88 Doc. 13
21/9/1881
7/6/1882
1857-1869
s.d.
1856-1877
1860
1856-1882
1856-1877
17/5/1857
65
Paulo Castagna – Documentação musical catedralícia na Coleção Eclesiástica do Arquivo Nacional (Rio de Janeiro - RJ)
Nomes
José Nicolau Martini
José Pereira Moreira
José Rodrigues de Oliveira Veneza Junior
José Rodrigues Leite Pereira
José Sebastião Moreira Maia
Júlio José Nunes
Justino Albano de Sá
Lucas Antônio Monteiro de Barros
Lúcio Antônio Fluminense
Lúcio Antônio Fluminense
Luigi Vento
Luís Antônio da Cunha Ferreira
Luís Antônio da Cunha Ferreira
Luís Cremona
Luís Gabriel Ferreira Lemo s
Luís Júlio Paulo de Sousa
Luís Pinto de Almeida
Luís Pinto de Almeida
Macário César de Alexandria e Sousa
Macário César de Alexandria e Sousa
Manoel Antônio da Câmara Barreto
Manoel Caetano de Almeida Reis
Manoel Caetano dos Reis
Manoel Caetano dos Reis e Almeida
Manoel da Silva Santos
Manoel das Dores
Manoel Francisco de Andrade
Manoel Inácio da Silva
Manoel Inácio da Silva
66
Assuntos
Pede aumento de vencimentos, com outros professores de música, cantores e
instrumentistas
Pede pagamento e aumento de seus vencimentos como músico
Pede um lugar de capelão cantor
Pede o lugar de capelão cantor
Requereu o lugar de capelão cantor
Pede ser nomeado organista
Pede o lugar de capelão cantor
Pede o lugar de capelão cantor
Pede pagamento e aumento de seu vencimento como músico e professor
Pede aumento de ordenado como músico cantor
Solicita admissão ao número dos músicos da Câmara e Capela Imperial
Pede o lugar de capelão cantor que vagou por falecimento de João Antônio
Campelo
Pede o lugar de capelão cantor que vagou por falecimento de João Antônio
Campelo
Pede nomeação como capelão cantor
Pede readmissão como músico cantor
Pede aumento de vencimentos, com outros professores de música, cantores e
instrumentistas
Requere o lugar de capelão cantor
Requere o lugar de capelão cantor
Pede o lugar de capelão cantor
Pede o lugar de capelão
Pede o lugar de capelão cantor
Pede um lugar de capelão cantor
Pede o lugar vago de capelão cantor
Pede o lugar de capelão cantor
Pede pagamento e aumento de seu vencimento como músico
Pede ser nomeado capelão cantor
Pede um ano de licença como capelão cantor
Pretendente ao lugar de capelão cantor
Pede o lugar de capelão cantor
Rotunda, Campinas, n. 3, outubro 2004 , pp. 49-74
Códigos
Cx. 938 Pac. 122 Doc. 126r
Datas
1873
Cx. 935 Pac. 106 Doc. 65
Cx. 932 Pac. 93 Doc. 76
Cx. 932 Pac. 93 Doc. 70
Cx. 932 Pac. 94 Doc. 119
Cx. 930 Pac. 85 Doc. 150
Cx. 928 Pac. 73 Doc. 101
Cx. 933 Pac. 99 Doc. 142
Cx. 935 Pac. 106 Doc. 65
Cx. 933 Pac. 99 Doc. 137
Cx. 934 Pac. 104 Doc. 11
Cx. 933 Pac. 99 Doc. 134
1840-1882
1862-1872
1841
1858-1865
1872
24/5/1865
1854-1867
1840-1882
s.d.
1853
1849-1876
Cx. 933 Pac. 99 Doc. 134
1849-1879
Cx. 934Pac. 100 Doc. 17
Cx. 934 Pac. 101 Doc. 1
Cx. 938 Pac. 122 Doc. 126r
1880-1884
1840
1873
Cx. 932 Pac. 94 Doc. 119
Cx. 934 Pac. 104 Doc. 13
Cx. 935 Pac. 106 Doc. 52
Cx. 935 Pac. 106 Doc. 52
Cx. 935 Pac. 105 Doc. 11
Cx. 935 Pac. 106 Doc. 54
Cx. 923 Pac. 46 Doc. 43
Cx. 935 Pac. 107 Doc. 75
Cx. 935 Pac. 106 Doc. 65
Cx. 935 Pac. 108 Doc. 81
Cx. 935 Pac. 108 Doc. 94
Cx. 938 Pac. 123 Doc. 2
Cx. 936 Pac. 110 Doc. 37
1858-1865
1858-1870
1847-1870
1847-1870
1865-1868
1854
1853
1853
1840-1882
1849-1851
1843
1856-1880
1851-1862
Paulo Castagna – Documentação musical catedralícia na Coleção Eclesiástica do Arquivo Nacional (Rio de Janeiro - RJ)
Nomes
Manoel Inácio da Silva
Manoel João Taumaturgo
Manoel Joaquim Barbosa Coutinho
Manoel Joaquim de Azevedo Feio
Manoel Joaquim de Macedo
Manoel Joaquim de Macedo
Manoel José Fernandes de Azevedo
Manoel José Gomes
Manoel Leite Sampaio e Melo
Manoel Leite Sampaio e Melo
Manoel Maria de Matos Pinto
Manoel Vieira da Maia Prado
Manoel Vieira da Maia Prado
Martiniano Nunes Pereira
Matias José Teixeira
Matias Lopes Alves da Silva
Matias Lopes Alves da Silva
Miguel Ângelo Pereira
Miguel Ângelo Pereira
Miguel Antônio de Araújo
Miguel Antônio Ferreira
Miguel Augusto Pinto
Miguel Cardoso
Miguel Pereira da Normandia
Mizardo Gil Álvares Veludo
Mons. Fidalgo
Mons. Fidalgo
Músicos contratados da Casa Imperial
Assuntos
Concorreu ao lugar de capelão cantor
Pede ser apresentado como capelão cantor
Pede o lugar de capelão cantor
Pede o lugar de capelão cantor
Decreto Imperial declarando sem efeito sua nomeação para mestre e
compositor
Pede ser nomeado mestre e compositor
Pede o lugar de capelão cantor
Pede ser nomeado mestre da Capela Imperial
Pede ser nomeado capelão cantor
Candidato ao lugar de capelão cantor
Pede o lugar de capelão cantor
Pede o lugar de capelão cantor
Pretendente à vaga de capelão cantor
Pede aumento de vencimentos, com outros professores de música, cantores e
instrumentistas
Pede o lugar de cantor e instrumentista
Pede o lugar de capelão cantor
Concorreu ao lugar de capelão cantor
Requereu o lugar de organista
Pede o lugar de organista
Pede um lugar de organista
Apresentado na dignidade de chantre
Pede ser admitido como músico
Pede ser nomeado maestro
Pede aumento de vencimentos, com outros professores de música, cantores e
instrumentistas
Requereu lugar de capelão cantor
Ofício ao Ministro da Justiça remetendo a relação de instrumentos e o preço
da música para o Te Deum pela Restauração da Bahia
Ofício ao Ministro da Justiça sobre as providências tomadas para as
soleidades da Semaa Santa e o Te Deum pela Restauração da Bahia
Pedem o pagamento de seus vencimentos dos meses de maio e junho
Rotunda, Campinas, n. 3, outubro 2004 , pp. 49-74
Códigos
Datas
Cx. 925 Pac. 59 Doc. 100
Cx. 936 Pac. 111 Doc. 112
Cx. 986 Pac. 110 Doc. 51
Cx. 936 Pac. 110 Doc. 42
Cx. 39 Pac. ? Doc. 18
1856-1882
1852
1865
1853
7/1/1881
Cx. 936 Pac. 110 Doc. 82
Cx. 936 Pac. 110 Doc. 62
Cx. 936 Pac. 110 Doc. 69
Cx. 936 Pac. 112 Doc. 132
Cx. 918 Pac. 21 Doc. 50
Cx. 936 Pac. 112 Doc. 149
Cx. 933 Pac. 99 Doc. 142
Cx. 933 Pac. 99 Doc. 142
Cx. 938 Pac. 122 Doc. 126r
1879
1841-1848
1862
1860
1860
1854
1854-1867
1854-1867
1873
Cx. 936 Pac. 111 Doc. 113
Cx. 936 Pac. 112 Doc. 119
Cx. 925 Pac. 59 Doc. 100
Cx. 923 Pac. 46 Doc. 51
Cx. 935 Pac. 105 Doc. 27
Cx. 938 Pac. 66 Doc. 120
Cód. 505 f.8v
Cx. 935 Pac. 105 Doc. 25
Cx. 935 Pac. 106 Doc. 50
Cx. 938 Pac. 122 Doc. 126r
1859
1859-1872
1856-1882
1863
1862
1856-1862
28/4/1860
1843
1887
1873
Cx. 932 Pac. 94 Doc. 119
Cx. 940 Pac. 22 Doc. 6
1858-1865
4/4/1838
Cx. 940 Pac. 22 Doc. 3
Cx. 940 Pac. 132 Doc. 121
4/4/1838
1883
67
Paulo Castagna – Documentação musical catedralícia na Coleção Eclesiástica do Arquivo Nacional (Rio de Janeiro - RJ)
Nomes
Nicolau Majoramini
Nicolau Majoramini
Paulo José Gomes Marques e Cunha
Pedro Guigon Junior
Pedro Jorge de Lemos Vidal
Pedro José da Silva
Pedro Nolasco Batista
Pedro Nolasco de Amorim Valadares Junior
Pedro Nolasco de Amorim Valadares Junior
Querino Gonçalves Araújo Recife
Querino Gonçalves Araújo Recife
Rafael Lino da Silva
Romualdo Pagani
Romualdo Pagani
Romualdo Pagani
Rufino Augusto Lomelino de Carvalho
Rufino Augusto Lomelino de Carvalho
Rufino José Ribeiro
Salvador Caruco
Salvador de Carlo
Salvador Salvatori
Salvador Salvatori
Saturnino Teixeira Santos
Sebastião Bento de Oliveira
Sebastião Bento de Oliveira
Tadeus Szule [Sulze?]
Targine Jofé
Telêmaco de Sousa Velho
68
Assuntos
Decreto da Regência concedendo-lhe jubilação do serviço da Câmara,
vencendo a quarta parte do ordenado que percebia
Jubilação como cantor
Pede o lugar de capelão cantor
Pede o lugar de organista
Pede lugar de capelão cantor
Pede o lugar de capelão cantor
Pede um lugar de de músico instrumentista
Pede as honras de capelão cantor e regente do coro, além do pagamento das
côngruas vencidas pelo finado Eleutério José Ferrão
Pede os lugares de capelão cantor e regente do coro
Pede o lugar de capelão cantor
Pede o lugar de capelão cantor
Pede ser nomeado músico
Pede aumento de vencimentos, com outros professores de música, cantores e
instrumentistas
Pede o lugar de mestre efetivo da Capela Imperial
Pede o lugar vago de mestre efetivo da Capela Imperial
Pede o lugar de capelão cantor
Após seu falecimento, Antônio José Muniz de Almeida pede seu lugar de
capelão cantor
Pede o lugar de segundo clarinetista da orquestra
Pede o lugar de capelão cantor
Pede seus vencimentos como músico
Decreto da Regência concedendo-lhe jubilação do serviço da Câmara,
vencendo a quarta parte do ordenado que percebia
Jubilação como cantor
Pede o lugar de capelão cantor
Pede o lugar de capelão cantor
Pede o lugar vago de capelão cantor
Pede o lugar de instrumentista
Pede ser admitido como músico cantor
Candidato a uma das vagas de capelão cantor
Rotunda, Campinas, n. 3, outubro 2004 , pp. 49-74
Códigos
Datas
Cx. 41 Pac. 10 Doc. 6
31/5/1833
Cx. 910 Pac. 10 Doc. 24
Cx. 938 Pac. 71 Doc. 120
Cx. 938 Pac. 120 Doc. 66
Cx. 938 Pac. 120 Doc. 73
Cx. 938 Pac. 120 Doc. 80
Cx. 938 Pac. 121 Doc. 97
Cx. 938 Pac. 121 Doc. 96
31/5/1833
1848-1864
1856-1862
1861-1863
1871
1864
1848-1867
Cx. 939 Pac. 121 Doc. 96
Cx. 939 Pac. 123 Doc. 2
Cx. 939 Pac. 123 Doc. 9
Cx. 938 Pac. 124 Doc. 29
Cx. 938 Pac. 122 Doc. 126r
1848-1867
1856-1880
1856-1880
?
1873
Cx. 938 Pac. 124 Doc. 38
Cx. 923 Pac. 48 Doc. 108
Cx. 938 Pac. 123 Doc. 7
Cx. 933 Pac. 99 Doc. 134
14/9/1860
1860
1851-1860
1851-1860
Cx. 938 Pac. 124 Doc. 27
Cx. 939 Pac. 125 Doc. 8
Cx. 921 Pac. 37 Doc. 40
Cx. 41 Pac. 10 Doc. 6
18/2/1848
21/9/1881
1850
31/5/1833
Cx. 910 Pac. 10 Doc. 24
Cx. 939 Pac. 126 Doc. 42
Cx. 939 Pac. 125 Doc. 7
Cx. 923 Pac. 49 Doc. 131
Cx. 939 Pac. 130 Doc. 48
Cx. 939 Pac. 130 Doc. 31
Cx. 918 Pac. 20 Doc. 27
31/5/1833
1865
s.d.
1852
1885
s.d.
1864
Paulo Castagna – Documentação musical catedralícia na Coleção Eclesiástica do Arquivo Nacional (Rio de Janeiro - RJ)
Nomes
Telêmaco de Sousa Velho
Teotônio Borges Diniz
Timóteo Eleutério da Fonseca
Tomás Antônio de Matos
Vicente Ayala
Vicente Ferreira de Melo
Virgílio Pinto da Silveira
Assuntos
Pede o lugar de capelão cantor
Pede ser admitido como músico cantor e mestre da Capela Imperial
Pede o lugar de músico cantor
Pede a nomeação de capelão cantor
Pede ser admitido como cantor
Pede o lugar de músico cantor
Pede pagamento e aumento de seu vencimento como músico
Códigos
Cx. 940 Pac. 130 Doc. 56
Cx. 939 Pac. 129 Doc. 18
Cx. 939 Pac. 130 Doc. 23
Cx. 939 Pac. 129 Doc. 13
Cx. 939 Pac. 131 Doc. 68
Cx. 939 Pac. 131 Doc. 85
Cx. 935 Pac. 106 Doc. 65
Datas
1862-1871
1854
1846
1843-1849
1842
1861
1840-1882
7. Catedral Metropolitana de Salvador (BA)
Nomes
Antônio Celso Leitão
Antônio Gonçalves Corte Junior
Antônio Moraes da Fonseca
Assuntos
João Nazareno de Campos
Apresentado e empossado moço do coro em 5/7/1879
Apresentado e empossado capelão em 25/6/1878
Breve para que passe a constituir o seu patrimônio no ordenado que percebe
como capelão cantor
Pede licença para constituir o seu patrimônio no ordenado que percebe como
capelão cantor
Capelão
Ofício de D. Joaquim, Arcebispo da Bahia, nomeando-o capelão cantor
Ofício do Deão e Vigário Capitular Antônio Borges Leal ao Ministro e
Secretário de Estado dos Negócios do Reino sobre o requerimento no qual
pede a sobrevivência do emprego de mestre da capela
Nomeação para capelão cantor
Apresentado moço do coro em 11/10/1877 e empossado em 14/10/1877
Apresentado e empossado como moço do coro em 1/5/1879
Apresentado capelão em 1/3/1878 e empossado a 2/3/1878
Concedida sua demissão do cargo de capelão cantor e a nomeação do
minorista José Soares Portela em seu lugar
Apresentado moço do coro em 4/1/1872 e empossado em 6/1/1872
Joaquim Augusto de Cerqueira Sobrinho
José Gregório de Sousa
José Gregório de Sousa
Pede licença para constituir patrimônio como capelão
Pede aposenta-lo com seu ordenado de capelão
Apresentado capelão em 5/7/1836
Antônio Moraes da Fonseca
Arsênio Pereira da Fonseca
Caetano José da Cunha
Damião Barbosa de Araújo
Francisco Inácio de Sousa
Francisco José Rodrigues
Ivo de Sousa Ribeiro
João Barbosa de Moura
João Gualberto de Carvalho
Rotunda, Campinas, n. 3, outubro 2004 , pp. 49-74
Códigos
Datas
Cx. 888 Fla. 12 Doc. 171
Cx. 888 Fla. 13 Doc. 171
Cód. 509 f.51r
25/2/1880
25/2/1880
2/9/1871
Cx. 915 Pac. 117 Doc.10
1871-1888
Cx. 888 Fla. 13 Doc. 171
Cx. 893 Pac. 3 Doc. 218
Cx. 888 Doc. 32
25/2/1880
30/11/1878
24/11/1818
Cx. 893 Pac. 3 Doc. 227
Cx. 888 Fla. 12 Doc. 171
Cx. 888 Fla. 12 Doc. 171
Cx. 888 Fla. 12 Doc. 171
Cx. 893 Pac. 1 Doc. 71
15/3/1879
25/2/1880
25/2/1880
25/2/1880
3/12/1873
Cx. 888 Fla. 12 anexo ao Doc.
171
Cx. 928 Pac. 71 Doc. 25
Cx. 930 Pac. 82 Doc. 62
Cx. 888 Fla. 13 Doc. 171
25/2/1880
9/11/1869
1850
25/2/1880
69
Paulo Castagna – Documentação musical catedralícia na Coleção Eclesiástica do Arquivo Nacional (Rio de Janeiro - RJ)
Nomes
José Soares Portela
Manoel Ferreira Durães
Manoel Joaquim de Almeida
Manoel Jorge Franco
Manoel Jorge Franco
Manoel Jorge Franco
Manoel Jorge Franco
Manoel Severiano de Sousa Alves
Manoel Severiano Oliveira Alves
Vitório João Pinto Neves
Assuntos
Nomeado capelão cantor no lugar de João Gualberto de Carvalho
Pede licença para constituir seu patrimônio na côngrua do lugar de capelão
cantor
Chantre, pede aposentadoria
Apresentado na dignidade de chantre em 27/4/1878 e empossado a 17/5/1878
Apresentado na dignidade de chantre
Apresentado na dignidade de chantre
Apresentado na dignidade de chantre
Apresentado como moço do coro
Moço do Coro, citado na Relação dos Capitulares
Licença para constituir patrimônio como capelão
Códigos
Datas
Cx. 893 Pac. 1 Doc. 71
Cx. 936 Pac. 109 Doc. 3
3/12/1873
1875
Cx. 936 Pac. 110 Doc. 43
Cx. 888 Fla. 13 Doc. 171
Cx. 888 Pac. 2 Doc. 28
Cód. 505 f.30r
Cód. 007 [?] f.43v
Cx. 888 Doc. 171 f.12
Cx. 893 Pac. 3 Doc. 256
Cx. 928 Pac. 71 Doc. 25
1856
25/2/1880
18/5/1864
28/5/1864
18/5/1864
25/2/1880
4/10/1879
9/11/1869
8. Catedral de São Luís (MA)
Nomes
Francisco José dos Reis
Francisco José dos Reis
Francisco José dos Reis
Manoel Tavares da Silva
Raimundo Alves dos Santos
Assuntos
Chantre em 1884
Relatório dos serviços prestados, para oposição à cadeira de chantre
Ofício do Arcediago, admitindo-o para a cadeira vaga de chantre
Informação sobre sua proposta como opositor para a cadeira de chantre
Informação sobre sua proposta como opositor para a cadeira de chantre
Códigos
Cx.
Cx.
Cx.
Cx.
Cx.
16 Pac.
20 Pac.
20 Pac.
20 Pac.
20 Pac.
1 Doc. 169
5 Doc. 38
5 Doc. 37
5 Doc. 25
5 Doc. 25
Datas
12/2/1884
15/11/1873
1/12/1873
12/9/1871
12/9/1871
9. Catedral de São Paulo (SP)
Nomes
Agostinho Pinto de Mendonça
Agostinho Pinto de Mendonça
Álvaro Roberto da Cunha Monteiro
Álvaro Roberto da Cunha Monteiro
Antônio Augusto Muniz
Antônio Augusto Muniz
70
Assuntos
Registro de provisão para capelão
Registro de provisão para capelão
Registro de provisão para capelão
Registro de provisão para capelão
Registro de provisão para capelão
Registro de provisão para capelão
Rotunda, Campinas, n. 3, outubro 2004 , pp. 49-74
Códigos
Cód. 462 v.5 f.102v
Cód. 462 v.6 f.26v
Cód. 462 v.5 f.84v
Cód. 462 v.5 f.154v
Cód. 462 v.2 f.46r
Cód. 462 v.2 f.69r
Datas
5/12/1857
26/12/1863
11/10/1857
11/9/1858
3/3/1848
5/3/1849
Paulo Castagna – Documentação musical catedralícia na Coleção Eclesiástica do Arquivo Nacional (Rio de Janeiro - RJ)
Nomes
Antônio Augusto Muniz
Antônio Augusto Muniz
Antônio Augusto Muniz
Antônio Augusto Muniz
Antônio Augusto Muniz
Antônio Augusto Muniz
Antônio Augusto Muniz
Antônio Cândido de Alvarenga
Antônio Cândido de Alvarenga
Antônio Cândido de Alvarenga
Antônio da Silva Cardoso
Antônio Joaquim de Abreu
Antônio Joaquim de Sant’Ana
Antônio Joaquim de Sant’Ana
Antônio Joaquim de Sant’Ana
Antônio Joaquim de Sant’Ana
Antônio Joaquim Gonçalves
Antônio José
Antônio José de Almeida
Antônio José de Almeida
Antônio José de Almeida
Antônio José de Almeida
Antônio José de Almeida
Antônio José Gonçalves
Antônio José Gonçalves
Antônio José Gonçalves
Antônio José Gonçalves
Antônio Manoel dos Reis
Antônio Manoel dos Reis
Antônio Maria do Espírito Santo
Antônio Maria do Espírito Santo
Antônio Maria do Espírito Santo
Antônio Pinto Carvalho Junior
Assuntos
Registro de provisão para capelão
Registro de provisão para capelão
Registro de provisão para capelão
Registro de provisão para capelão
Registro de provisão para capelão
Registro de provisão para capelão
Registro de provisão para chantre
Registro de provisão para moço do coro
Registro de provisão para moço do coro
Registro de provisão para moço do coro
Registro de provisão para capelão
Registro de provisão para chantre
Registro de provisão para capelão
Registro de provisão para capelão
Registro de provisão para capelão
Registro de provisão para capelão
Registro de provisão para capelão
Registro de provisão para menino do coro
Registro de provisão para mestre da capela
Registro de provisão para mestre da capela por tempo de três anos
Registro de provisão para mestre da capela
Registro de provisão para mestre da capela
Registro de provisão para mestre da capela
Treslado do auto de oposição à cadeira de chantre
Registro de provisão para moço do coro
Registro de provisão para capelão
Registro de provisão para capelão
Registro de provisão para moço do coro
Registro de provisão para moço do coro
Registro de provisão para moço do coro
Registro de provisão para moço do coro
Registro de provisão para moço do coro
Registro de provisão para capelão
Rotunda, Campinas, n. 3, outubro 2004 , pp. 49-74
Códigos
Cód. 462 v.3 f.25r
Cód. 462 v.3 f.92r
Cód. 462 v.3 f.162r
Cód. 462 v.4 f.103r
Cód. 462 v.5 f.51r
Cód. 462 v.5 f.119v
Cód. 462 v.5 f.175r
Cód. 462 v.3 f.126r
Cód. 462 v.4 f.46v
Cód. 462 v.4 f.143r
Cód. 455 v.1 f.36v
Cód. 457 v.2 f.136r
Cód. 462 v.2 f.53r
Cód. 462 v.3 f.51r
Cód. 462 v.3 f.118r
Cód. 462 v.4 f.27v
Cód. 462 v.6 f.56v
Cód. 455 v.1 f.29r
Cód. 462 v.3 f.44r
Cód. 462 v.3 f.44r
Cód. 462 v.4 f.122v
Cód. 462 v.5 f.68r
Cód. 462 v.5 f.137v
Cx. 50 Pac. 1 Doc.128
Cód. 462 v.5 f.33r
Cód. 462 v.5 f.126v
Cód. 462 v.6 f.75r
Cód. 462 v.4 f.12v
Cód. 462 v.4 f.126v
Cód. 462 v.5 f.93v
Cód. 462 v.5 f.165v
Cód. 462 v.6 f.11r
Cód. 462 v.2 f.44r
Datas
4/3/1850
6/3/1851
4/3/1852
8/3/1853
3/3/1857
2/3/1858
10/12/1858
9/8/1851
18/8/1852
20/8/1853
18/3/1747
23/2/1806
7/7/1848
6/7/1850
10/7/1852
13/7/1852
18/4/1857
23/11/1746
5/5/1849
14/5/1850
28/5/1853
15/6/1857
26/6/1858
23/4/1877
21/12/1856
28/4/1858
28/4/1858
15/6/1852
15/6/1853
22/10/1857
27/10/1858
27/11/1863
24/2/1848
71
Paulo Castagna – Documentação musical catedralícia na Coleção Eclesiástica do Arquivo Nacional (Rio de Janeiro - RJ)
Nomes
Antônio Pinto Carvalho Junior
Antônio Pinto Carvalho Junior
Antônio Pinto Carvalho Junior
Artidoro Xavier Pinheiro
Artidoro Xavier Pinheiro
Artidoro Xavier Pinheiro
Artidoro Xavier Pinheiro
Artidoro Xavier Pinheiro
Belmiro Alves Bueno
Belmiro Alves Bueno
Crisóstomo Jacinto Teixeira
Domingos Moreira
Domingos Pinto de Carvalho
Domingos Pinto de Carvalho
Domingos Pinto de Carvalho
Domingos Pinto de Carvalho
Eugênio José da Rocha Pinto
Fernando Antônio de Araújo Muniz
Francisco Antônio das Chagas
Francisco Antônio das Chagas
Francisco Antônio das Chagas
Francisco Antônio das Chagas
Francisco Antônio das Chagas
Francisco da Silva Canão
Francisco da Silva Canão
Francisco de Paula Oliveira
Francisco Inácio de Camargo
Francisco Lopes
Francisco Manoel das Chagas
Francisco Manoel das Chagas
Francisco Manoel das Chagas
Francisco Manoel das Chagas
Guilherme José Cardoso
72
Assuntos
Registro de provisão para capelão
Regis tro de provisão para capelão
Registro de provisão para capelão
Registro de provisão para moço do coro
Registro de provisão para moço do coro
Registro de provisão para moço do coro
Registro de provisão para moço do coro
Registro de provisão para capelão
Registro de provisão para moço do coro
Registro de provisão para moço do coro
Registro de provisão para capelão
Registro de provisão para capelão
Registro de provisão para moço do coro
Registro de provisão para moço do coro
Registro de provisão para moço do coro
Registro de provisão para moço do coro
Registro de provisão para capelão
Registro de provisão para moço do coro
Registro de provisão para moço do coro
Registro de provisão para moço do coro
Registro de provisão para moço do coro
Registro de provisão para moço do coro
Registro de provisão para moço do coro
Registro de provisão para capelão
Registro de provisão para capelão
Registro de provisão de mestre de latim dos moços do coro
Registro de provisão para moço do coro
Registro de provisão para capelão
Registro de provisão para capelão
Registro de provisão para capelão
Registro de provisão para capelão
Registro de provisão para capelão
Registro de provisão para capelão
Rotunda, Campinas, n. 3, outubro 2004 , pp. 49-74
Códigos
Cód. 462 v.2 f.71v
Cód. 462 v.3 f.25v
Cód. 462 v.3 f.92v
Cód. 462 v.2 f.61v
Cód. 462 v.3 f.10v
Cód. 462 v.3 f.78v
Cód. 462 v.3 f.149v
Cód. 462 v.4 f.135r
Cód. 462 v.5 f.73r
Cód. 462 v.5 f.182r
Cód. 455 v. 1 f.23v
Cód. 455 v.1 f.19r
Cód. 462 v.2 f.71v
Cód. 462 v.3 f.26r
Cód. 462 v.3 f.93r
Cód. 462 v.3 f.161v
Cód. 462 v.6 f.79r
Cód. 462 v.2 f.46v
Cód. 462 v.4 f.157r
Cód. 462 v.5 f.16v
Cód. 462 v.5 f.57r
Cód. 462 v.5 f.119r
Cód. 462 v.5 f.128v
Cód. 462 v.4 f.56r
Cód. 462 v.4 f.152v
Cód. 457 v.1 f.161
Cód. 462 v.2 f.29r
Cód. 455 v.1 f.35v
Cód. 462 v.2 f.27v
Cód. 462 v.2 f.63r
Cód. 462 v.2 f.94v
Cód. 462 v.3 f.47r
Cód. 462 v.6 f.12r
Datas
8/3/1849
5/3/1850
7/3/1851
16/12/1848
18/12/1849
20/12/1850
3/1/1852
14/6/1852
7/7/1857
21/5/1858
6/11/1746
30/10/1746
10/3/1849
2/3/1850
7/3/1851
4/3/1852
20/6/1864
8/3/1848
18/10/1853
21/10/1856
20/4/1857
22/2/1858
5/5/1858
24/9/1852
27/9/1853
5/4/1795
6/7/1847
27/1/1747
19/4/1847
28/4/1848
5/7/1849
12/6/1850
5/11/1863
Paulo Castagna – Documentação musical catedralícia na Coleção Eclesiástica do Arquivo Nacional (Rio de Janeiro - RJ)
Nomes
Herculano Gomes de Castro
Ildefonso Xavier Ferreira
Inácio Eduardo da Silva
Ismael José de Araújo
Ismael José de Araújo
João Batista das Chagas
João Batista de Araújo
João Lourenço da Silva Junior
João Rodrigues Paes
João Rodrigues Paes
João Teófilo Pereira Marçal
João Teófilo Pereira Marçal
João Teófilo Pereira Marçal
João Teófilo Pereira Marçal
João Teófilo Pereira Marçal
Joaquim Alves Machado Bueno
Joaquim Alves Machado de Siqueira
Joaquim da Cunha Carvalho
Joaquim Galdino Gomes da Silva
Joaquim Galdino Gomes da Silva
Joaquim Galdino Gomes da Silva
Joaquim Galdino Gomes da Silva
Joaquim Galdino Gomes da Silva
Joaquim Galdino Gomes da Silva
Joaquim José Gomes de Sant’Ana
Joaquim José Gomes de Sant’Ana
Joaquim José Gonçalves
Joaquim José Gonçalves
Joaquim Maria de Seabra
Joaquim Teodoro de Araújo Camargo
José Antônio de Lima Sobral
José Gonçalves de Godoy
José Gregório
Assuntos
Registro de provisão para capelão
Apresentado na dignidade de chantre
Registro de provisão para moço do coro
Registro de provisão para moço do coro
Registro de provisão para moço do coro
Registro de provisão para moço do coro
Registro de provisão para moço do coro
Registro de provisão para moço do coro
Registro de provisão para capelão
Registro de provisão para capelão
Registro de provisão para moço do coro por oito dias
Registro de provisão para moço do coro por oito dias
Registro de provisão para moço do coro
Registro de provisão para moço do coro
Registro de provisão para mo ço do coro
Registro de provisão para moço do coro
Registro de provisão para moço do coro
Registro de provisão para mestre da capela
Registro de provisão para moço do coro
Registro de provisão para moço do coro
Registro de provisão para moço do coro
Registro de provisão para moço do coro
Registro de provisão para moço do coro
Registro de provisão para capelão
Registro de provisão para capelão
Registro de provisão para capelão
Registro de provisão para capelão
Registro de provisão para capelão
Registro de provisão para moço do coro
Registro de provisão para moço do coro
Registro de provisão para moço do coro
Registro de provisão para mestre de latim dos moços do coro
Registro de provisão para moço do coro
Rotunda, Campinas, n. 3, outubro 2004 , pp. 49-74
Códigos
Cód. 462 v.6 f.24
Cx. 50
Cód. 455 v.2 f.131v
Cód. 462 v. 5 f.54v
Cód. 462 v.5 f.123v
Cód. 462 v.5 f.56r
Cód. 462 v.6 f.66r
Cód. 462 v.5 f.138r
Cód. 455 v.1 f.18v
Cód. 455 v.1 f.34v
Cód. 462 v.2 f.27v
Cód. 462 v.2 f.59r
Cód. 462 v.3 f.11r
Cód. 462 v.3 f.79r
Cód. 462 v.3 f.149r
Cód. 462 v.5 f.129r
Cód. 462 v.4 f.12r
Cód. 462 v.6 f.77r
Cód. 462 v.2 f.45v
Cód. 462 v.2 f.79r
Cód. 462 v.3 f.32r
Cód. 462 v.3 f.98v
Cód. 462 v.5 f.166v
Cód. 462 v.4 f.10v
Cód. 462 v.4 f.83v
Cód. 462 v.4 f.182r
Cód. 462 v.3 f.166r
Cód. 462 v.4 f.105r
Cód. 464 v.4 f.45r
Cód. 462 v.5 f.43r
Cód. 462 v.4 f.189r
Cód. 457 v.2 f.65v
Cód. 462 v.4 f.86
Datas
24/12/1863
24/12/1857
18/11/1805
16/4/1857
10/4/1858
17/4/1857
4/5/1864
28/6/1858
29/10/1746
23/1/1747
8/11/1847
4/11/1848
19/12/1849
23/12/1850
29/12/1851
5/7/1853
14/6/1852
2/7/1864
29/2/1848
13/4/1849
4/4/1850
4/4/1851
11/3/1852
15/6/1852
12/1/1853
29/12/1853
11/3/1852
10/3/1853
29/2/1848
5/2/1857
14/1/1854
21/9/1801
13/1/1853
73
Paulo Castagna – Documentação musical catedralícia na Coleção Eclesiástica do Arquivo Nacional (Rio de Janeiro - RJ)
Nomes
José Manoel de Sousa
José Manoel de Sousa
José Manoel de Sousa
José Manoel de Sousa
José Monteiro Monte Carmelo
José Rebouças Palma
Manoel de Jesus
Marcelino de Almeida Ramos
Maximiniano Nestor da Silva e Abreu
Maximiniano Nestor da Silva e Abreu
Maximiniano Nestor da Silva e Abreu
Miguel Ribeiro Mendes de Castro
Pedro Celestino das Dores Franco
Pedro Celestino das Dores Franco
Pedro da Fonseca de Carvalho
Raimundo Marcolino da Luz Targino
Tobias Martins Jardim da Silva
Tomás Molina
Tomás Molina
Tomás Molina
Tomás Molina
Tomás Molina
Tomás Molina
Tomás Molina
Tomás Molina
Tomás Molina
Tomás Molina
Tomás Molina
74
Assuntos
Registro de provisão para capelão
Registro de provisão para capelão
Registro de provisão para capelão
Registro de provisão para capelão
Registro de provisão de organista
Registro de provisão para mestre de gramática latina dos mo ços do coro
Nomeação para chantre
Registro de provisão para capelão cantor
Registro de provisão para moço do coro
Registro de provisão para moço do coro
Registro de provisão para moço do coro
O cabido representa contra sua nomeação para capelão
Registro de provisão para moço do coro
Registro de provisão para moço do coro
Registro de provisão para capelão
Registro de provisão para capelão
Registro de provisão para moço do coro
Portaria autorizando-o a exercer o cargo de capelão por oito dias
Registro de provisão para capelão
Registro de provisão para capelão
Registro de provisão para capelão
Registro de provisão para capelão
Registro de provisão para capelão
Registro de provisão para capelão
Registro de provisão para capelão
Registro de provisão para capelão
Registro de provisão para capelão
Registro de provisão para capelão
Rotunda, Campinas, n. 3, outubro 2004 , pp. 49-74
Códigos
Cód. 462 v.4 f.8v
Cód. 462 v.2 f.49r
Cód. 462 v.2 f.86v
Cód. 462 v.3 f.44v
Cód. 455 v.1 f.35r-35v
Cód. 457 v.1 f.150
Cód. 455 v.1 f.22r, 49r, 51r
Cód. 455 v.1 f.42r
Cód. 462 v.4 f.39v
Cód. 462 v.4 f.145r
Cód. 462 v.5 f.1v
Cx. 919 Pac. 27 Doc.53
Cód. 462 v.5 f.58v
Cód. 462 v.5 f.124v
Cód. 455 v.1 f.38v
Cód. 462 v.3 f.112v
Cód. 462 v.6 f.23r
Cód. 462 v.2 f.39r
Cód. 462 v.2 f.39v
Cód. 462 v.2 f.58v
Cód. 462 v.3 f.3r
Cód. 462 v.3 f.68v
Cód. 462 v.3 f.145r
Cód. 462 v.4 f.58
Cód. 462 v.4 f.166v
Cód. 462 v.5 f.18r
Cód. 462 v.5 f.95r
Cód. 462 v.5 f.165r
Datas
7/6/1852
6/5/1848
12/5/1849
17/5/1850
26/1/1747
1/12/1791
2/11/1746
15/5/1747
11/8/1852
30/8/1853
2/9/1856
1855-1871
24/4/1857
24/4/1858
9/4/1747
11/4/1853
24/12/1863
1848
5/11/1847
31/10/1848
30/10/1849
31/10/1850
20/11/1851
10/11/1852
9/11/1853
18/10/1856
31/10/1857
21/10/1858