Academia.edu no longer supports Internet Explorer.
To browse Academia.edu and the wider internet faster and more securely, please take a few seconds to upgrade your browser.
1994, O DESENVOLVIMENTO HISTÓRICO DA LÍNGUA ZO'É
…
69 pages
1 file
Este trabalho, redigido em 1994 e arquivado na Biblioteca Nacional no dia 27 de janeiro de 1997, propôs apresentar resultado de pesquisa e descrição diacrônica da língua Zo’é (Poturu). Esta língua era falada, na época, por aproximadamente 145 pessoas, habitantes de uma terra indígena, situada entre os rios Cuminapanema e Erepecuru, Noroeste do Estado do Pará, até então ainda não demarcada. A análise e descrição comparativa de dados fonológicos, morfossintáticos, históricos, geográficos e estruturais em relação protolíngua Tupi-Guarani, do tronco Tupi e com outras línguas dessa mesma família linguística, resultou-se em uma INÉDITA sugestão de sua classificação nessa família linguística, conforme proposto por Rodrigues (1984/1985). Aspectos do seu desenvolvimento léxico-fonológico e morfossintático, são compatíveis com as demais línguas, pertencentes aos 08 subgrupos linguísticos proposto por Rodrigues, reforçando a proposta de sua inclusão na família Tupí-Guarani. Sendo os Zo’é, juntamente, com os Wayampi e Emerillon do subgrupo VIII os únicos falantes tradicionais de línguas Tupi-Guarani nessa região e com maior similaridade linguística com Wayampi, sugere-se também a sua inclusão nesse subgrupo. O corpus de dados aqui apresentados, foram coletados junto aos falantes nativos dessa língua, no período compreendido entre os anos de 1987 a 1991, por uma equipe de pesquisadores/aprendizes, razão de sua confiabilidade quanto ao registro fonético e sua interpretação semântica, como base segura de sua análise e descrição. Embora esse material já tenha sido disponibilizado anteriormente, mediante arquivamento na Biblioteca Nacional, aproveita-se agora os recursos da internet para dar maior visibilidade à comunidade acadêmica e ao público em geral, desta pioneira descrição diacrônica nessa língua indígena, com apenas algumas correções ortográficas necessárias e pertinentes ao momento acadêmico.
DESCRIÇÃO MORFOLÓGICA DA LÍNGUA ZO'É, 2020
RESUMO Este trabalho apresenta o resultado de uma análise morfológica preliminar da língua Zo’é, falada por cerca de 300 pessoas e residentes no noroeste do estado do Pará. Os dados apresentados fazem parte de um corpus de textos gravados, transcritos e traduzidos para o português, bem como de inúmeros registros de campo, anotados foneticamente durante um período de 04 anos de convivência direta com os falantes nativos (1987-1991), com posterior análise fonológica e morfológica arquivada na Biblioteca Nacional em 23 de fevereiro de 1994 (registro N° 8.123 – Protocolo 260/94). Não obstante ser ainda um trabalho em andamento e sem maiores detalhes dos dados apresentados, configura-se hoje como a mais ampla apresentação de fatos gramaticais, publicados nesse idioma. Constitui uma plataforma de dados suficientes para conhecimento geral dessa língua e para novos estudos morfossintáticos desse idioma, ainda pouco explorado linguisticamente. Ao mesmo tempo, servirá também como ferramenta de apoio à Educação Escolar Indígena nessa etnia. O trabalho é apresentado em 15 tópicos principais, levando em conta as categorias gramaticais percebidas nessa língua, tais como: nome, pronome, verbo, posposição, numerais, advérbios, partículas e conjunções. Além disso, descreve também outros critérios gramaticais existentes, de maneira simplificada, mas suficiente para a compreensão básica de seu funcionamento, sendo: classe de temas e marcação pessoal, negação, interrogação e adjetivação. E, como como estrutura morfológica, a reduplicação, locução e estrutura e formação das palavras. Embora, algumas dessas categorizações e conceituações estejam ainda em processo de análise e aguardando uma definição mais concreta a partir de novos estudos junto a essa comunidade indígena, optou-se pelo registro desses dados até que novas pesquisas confirmem ou rejeitem algumas hipóteses ainda pendentes, para a conclusão da descrição morfossintática desse idioma. Palavra-chave: Língua Zo’é; Gramática; Descrição; População indígena.
QUESTÃO ZO'É: A HISTÓRIA QUE NÃO É CONTADA, 2011
“QUESTÃO ZO’É: A HISTÓRIA QUE NÃO É CONTADA” propõe mostrar aos leitores de bom senso a verdadeira história dos primeiros anos de contato da população Zo’é com a sociedade nacional e os efeitos positivos desse contato formal, que os autores da maioria dos artigos publicados sobre eles procuram ocultar. De fato, os Zo’é estavam em um sério processo de extinção devido à malária contraída em encontros informais com caçadores e seringueiros, bem antes do contato oficial. Graças a essa iniciativa e à dedicação dos que ali aturam tratando a saúde do povo, essa etnia voltou a crescer de 119 pessoas no primeiro censo para 136 em um período de apenas quatro anos (1987-1991).
Onésimo Martins de astro, 2018
Este trabalho apresenta uma análise diacrônica da língua Zo'é, falada aproximadamente 270 pessoas habitantes do Estado do Pará e contatadas em 1987. Demonstra as semelhanças e as transformações fonológicas e morfofonêmicas ocorridas em relação à protolíngua Tupi-Guarani e às outras línguas da mesma família linguística. As mudanças ocorridas e os dados conservados confirmam sua inclusão na família Tupi-Guarani, subgrupo VIII, proposto por Rodrigues (1984/1985). Embora algumas mudanças e semelhanças coincidam também com as das línguas de outros subgrupos, sua inclusão no subgrupo VIII, proposto por Cabral (1996) e referendado por Souza (2013), parece coerente, pois é maior o índice de ocorrência em comum com as línguas deste subgrupo. PALAVRAS-CHAVE: Proto-língua; Família linguística; Semelhanças; Mudanças. 1. Introdução O presente artigo propõe apresentar os resultados de uma análise diacrônica sobre a língua Zo'é, falada por aproximadamente 270 pessoas, que vivem na região compreendida entre os rios Cuminapanema e Erepecuru, no município de Óbidos e Oriximiá (PA). Embora, historicamente, esses indígenas tenham mantido contatos esporádicos com caçadores e exploradores de riquezas vegetais e minerais na sua região, só foram contatados oficialmente em 1987. A partir de então, essa língua, ainda desconhecida da comunidade acadêmica, passou a ser estudada e analisada em seus vários aspectos. E, por se tratar de uma língua falada por um povo considerado de recente contato e ainda pouco explorada, essa análise histórico-comparativa propõe contribuir com a comunidade científica quanto ao registro de dados linguísticos das línguas indígenas brasileiras. ___________________________
v. 10 n. 2 (2022): Dossiê "EmDependênciasSeculares" , 2022
A história da educação de surdos e a língua de sinais estão muito entrelaçadas. Parece que esta última não existiria sem a primeira. Nas discussões sobre filosofias educacionais, os surdos e sua língua tornam-se completamente invisíveis. Por isso, o objetivo deste artigo é destacar reflexões e estudos sobre as línguas de sinais, e não apenas sobre a história da educação de surdos. Dessa forma, esta revisão da literatura fornece um panorama da história da língua de sinais com base em fontes primárias e secundárias, o que permite recompor fatos importantes, como as considerações linguísticas de pesquisadores surdos. Além disso, amplia as ideias sobre a origem das línguas sinalizadas.
O livro resulta de seminário interdisciplinar realizado na Fundação Casa de Rui Barbosa em 2007.
Introdução Do ponto de vista da história do conhecimento sobre a natureza da linguagem, ninguém negaria que o contato do homem europeu com a diversidade linguística ao longo dos séculos XVI, XVII, XVIII e XIX trouxe uma contribuição considerável ao alargamento — quantitativo e qualitativo — do conhecimento empírico sobre as línguas (cf. Swiggers 1997, Law 2003). Ao longo de quatro séculos, franciscanos, dominicanos, agostinianos e, principalmente, jesuítas participaram da empresa colonial americana com o objetivo de exercer a dupla função do trabalho missionário: catequese e ensino da leitura e escrita. Não por acaso, já que a condição, ofi cial ao menos, para que tanto Portugal quanto Espanha pudessem expandir seus domínios territoriais era ampliar a fé católica, o que signifi cava granjear fi éis em cada canto do mundo e, por suposto, em cada língua. A missão de conversão religiosa passava, pois, pela tarefa prévia de fazer a mensagem religiosa ser compreendida pela população 'infi el', fosse através da tradução da bíblia e do auxílio de intérpretes — estratégia preferida pelos protestantes — fosse através da aprendizagem e utilização da língua nativa — estratégia preferida do missionário católico. Em consequência, e diferentemente do Budismo e do Islamismo, que também enfrentaram em outros séculos o desafi o de propagarem sua fé (v. Ostler 2003), as missões cristãs, principalmente as católicas, se tornaram bastante sofi sticadas na tarefa de elaborar instrumentos pedagógicos para o estudo das línguas dos territórios a serem colonizados,
Nós temos sempre necessidade de pertencer a alguma coisa; e parece que a liberdade plena seria a de não pertencer a coisa nenhuma. Mas, como é que se pode não pertencer à língua que se aprendeu, à língua com que se comunica e com que se escreve? José Saramago Resumo: Este estudo parte do pressuposto principal de que a língua é construtora da identidade do sujeito e dos processos discursivos e não mero instrumento de mediação/comunicação com o mundo externo. Desse modo, quando discorro a respeito da questão da identidade e da subjetividade, remeto-me a uma visão de sujeito essencialmente histórico, ideológico e heterogêneo, constituído na e pela linguagem. O objetivo deste trabalho é analisar a luz de teóricos da identidade, como ), Ciampa (1984, 1990, 2004 e Goffman (1988), recortes discursivos de sujeitos bilíngues falantes de inglês e português a fim de mostrar a irrupção de discursos em torno da identidade. Esses recortes denunciam recalques, inibições, invenções e imagens que constituem o imaginário desses sujeitos -como eles se veem e acreditam serem vistos -construindo, como afirma Ciampa (1984), as personagens de sua própria história. Metodologicamente, este trabalho foi realizado a partir do que Courtine (1981), ao trabalhar com corpus de pesquisa na Análise de Discurso, define como corpus experimental. Para o autor, corpus experimental é aquele produzido a partir de enquetes empíricas. Neste trabalho foi utilizado um questionário contendo três perguntas abertas: (1) Você se preocupa com seu sotaque? Por quê? (2) Como você se relaciona com os dois grupos sociais referentes às línguas que utiliza? (3) Como você acha que é visto por estes grupos sociais? Em alguns casos, foram realizadas entrevistas semiestruturadas quando algum ponto do questionário necessitava de esclarecimento. O questionário foi formulado com o intuito de fazer surgir saberes e estereótipos sobre as línguas que constituem os participantes da pesquisa e sobre as relações sociais estabelecidas com os dois grupos sociais referentes às línguas utilizadas. A seleção dos participantes foi definida obedecendo a quatro critérios: (i) ser brasileiro, (ii) ser falantes de português e inglês, (iii) utilizar ambas as línguas em alguma esfera de suas vidas, por exemplo, profissional, familiar, entre outras; e (iv) ser escolarizados, uma vez que responderiam o questionário por escrito. A análise dos dados sugere que há diversas maneiras de se viver entre línguas, mas que é impossível negar que saber mais de uma língua imprime, como afirma Coracini (2007), marcas indeléveis a subjetividade que se (re)constrói a todo momento. Além disso, há evidências da existência de estigma, que segundo Goffman (1988) ocorre como consequência da discrepância entre a identidade social virtual e a identidade social real do sujeito. Este trabalho encontrou evidencias do terceiro tipo de estigma proposto pelo autor -estigmas tribais de raça, nação e religião, uma vez que ao se compararem com falantes oriundos de países de língua inglesa, falantes bilíngues brasileiros se colocam em uma posição estigmatizada seja (a) por sua condição de latino e de ideias preconcebidas acerca de ser brasileiro, ou (b) por um sentimento de inferioridade pela percepção de seu sotaque, o que ocasiona um processo de vitimização a fim de corrigir diretamente o que consideram a base objetiva de seu defeito -o sotaque.
Ponta de Lança (UFS), 2018
Em História e narrativa: a ciência e a arte na escrita histórica, Jurandir Malerba, professor da UFRGS, reúne textos de importantes pesquisadores, filiados a diferentes áreas das Ciências Humanas, cuja temática nos convida a refletir em que medida a história se aproxima de um discurso científico e/ou artístico. Resultado de uma disciplina ofertada no
Loading Preview
Sorry, preview is currently unavailable. You can download the paper by clicking the button above.
Academia Environmental Sciences and Sustainability, 2024
European Journal of Economics and Economic Policies: Intervention, 2020
Routledge Companion to Environmental Ethics
Phenomenology and Mind, 2021
EAA 2024 28–31 Aug Rome: Persisting with change. Abstract Book, 2024
arXiv (Cornell University), 2017
Revista Tecné, Episteme y Didaxis: ted, 47, XX-161., 2020
Asian Pacific Journal of Cancer Care, 2021
Eos, Transactions American Geophysical Union, 2007
Philosophical Transactions of the Royal Society A: Mathematical, Physical and Engineering Sciences, 2012
Bitácora Arquitectura, 2024