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EMENTA MINICURSO I

Minicurso I - 8h45 – 10h30 E o Império Romano, que fim levou? A historiografia entre permanências, ruptura e conceitos Gabriel Freitas Reis - Mestrando PPGH – UFSM

1 LABORATÓRIO DE ESTUDOS SOBRE A CERÂMICA ANTIGA Universidade Federal de Pelotas - UFPel XVIII JORNADA DISCENTE DE HISTÓRIA ANTIGA Pesquisas Clássicas na Graduação e na Pós-Graduação MINICURSO I Dia 13 de novembro, terça-feira, 8h45 – 10h30, no Auditório da FAE E o Império Romano, que fim levou? A historiografia entre permanências, ruptura e conceitos Gabriel Freitas Reis Mestrando PPGH - UFSM A historiografia tem apresentado diversas formas de interpretar a passagem da Antiguidade para o Medievo, sendo que cada contexto histórico e as diferentes correntes historiográficas têm lido aspectos deste momento histórico de acordo com os questionamentos e anseios vigentes em seu presente. Diante deste longo debate, a proposta deste minicurso é apresentar e refletir sobre as principais ideias a respeito da transição do Império Romano para o Mundo Medieval, bem como sobre o surgimento de denominações para este período, tais como Baixo Império Romano, Antiguidade Tardia e Primeira Idade Média. Primeiramente, apresentaremos elementos da clássica obra do historiador iluminista Edward Gibbon, Declínio e queda do Império Romano (1776). Na sequência apresentaremos alguns dos principais contestadores da ideia de queda de Roma, como Peter Brown, em The World of Late Antiquity (1971), quando o conceito de Antiguidade Tardia se populariza. Traremos à discussão outros historiadores estrangeiros, bem como brasileiros, como Margarida Maria de Carvalho e Renan Frighetto. Por fim, abordaremos o que chamamos de “a volta da queda de Roma”, dentro da proposta de Bryan Ward-Perkins em The Fall of Rome And the End of Civilization (2006). Finalizaremos com nossa posição sobre o assunto a partir do estudo da documentação que trabalhamos, o corpus documental de Sidônio Apolinário (século V EC). PROGRAMA 1. Edward Gibbon e sua “queda do Império Romano”; 2. Peter Brown e o conceito de Antiguidade Tardia; 3. Jean-Michel Carrié e o “Império Romano em mutação”; 4. O conceito de Antiguidade Tardia na historiografia brasileira; 5. A volta da queda de Roma: a leitura de Bryan Ward-Perkins; 6. O conceito de Primeira Idade Média; 7. Considerações sobre a documentação de Sidônio Apolinário e o debate sobre a “queda do Império Romano”. 2 BIBLIOGRAFIA FRIGHETTO, R. Introdução. In:_____. Antiguidade tardia: Roma e as monarquias romano-bárbaras numa época de transformações (séculos II – VIII). Curitiba: Juruá, p. 19-33, 2012. LE GOFF, Jacques. A civilização do Ocidente medieval. Lisboa: Editorial Estampa, 1983. MACHADO, C. A. R. A Antiguidade tardia, a queda do Império Romano e o debate sobre o “fim do mundo antigo”. Revista de História, São Paulo, n. 173, p. 81-114, jul.-dez., 2015 OLIVEIRA, J. C. M. O conceito de Antiguidade Tardia e as transformações da cidade antiga: o caso da África do Norte. Revista de E. F. e H. da Antiguidade, Campinas, n. 24, p. 123-135, jul. 2007/ jun. 2008. SILVA, P. D. O debate historiográfico sobre a passagem da Antiguidade à Idade Média: considerações sobre as noções de Antiguidade Tardia e Primeira Idade Média. Revista Signum, Rio de Janeiro, v. 14, n. 1, p. 73-91, 2013. SILVA, U. G. O novo século V. Anais do XVIII Encontro Regional de História – O historiador e seu tempo. ANPUH/SP – UNESP/Assis, 24 a 28 de julho de 2006. REALIZAÇÃO APOIO