Í ndice
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba
IFPB
Auxiliar de Biblioteca
EDITAL Nº 63/2015, DE 04 DE MAIO DE 2015, RETIFICADO PELO EDITAL 64/2015, DE 06 DE MAIO DE 2015
ARTIGO DO WILLIAM DOUGLAS
LÍNGUA PORTUGUESA
1. Compreensão e interpretação de textos; ........................................................................................................................01
2. Gêneros textuais; ..............................................................................................................................................................05
3. Fatores de textualidade; ..................................................................................................................................................06
4. Ortograia oicial; .............................................................................................................................................................13
5. Acentuação gráica; ..........................................................................................................................................................16
6. Emprego da crase;............................................................................................................................................................19
7. Pontuação; ........................................................................................................................................................................20
8. Concordância nominal e verbal; .....................................................................................................................................32
9. Regência nominal e verbal; .............................................................................................................................................29
10. Relações sintático-semântico-discursivas no processo argumentativo. .....................................................................32
LEGISLAÇÃO DO SERVIÇO/SERVIDOR PÚBLICO FEDERAL
1. Direito Constitucional: Direito e Garantias Fundamentais (art. 5º ao 17 da C.F.); ...................................................01
Da Administração Pública (art. 37 ao 41 da C.F.);............................................................................................................07
Da Ordem Social (art. 205 ao 216, 218, 219, 225 ao 232 da C.F.); ..................................................................................15
2. Dos Crimes contra a Administração Pública (art. 312 ao 327 do Código Penal);......................................................20
3. Improbidade Administrativa: Lei nº 8.429/92; ..............................................................................................................22
4. Lei nº 8.112 e alterações posteriores: Do Provimento, Vacância, Remoção, Redistribuição e Substituição (art. 5º ao
39 da Lei nº 8.112/90); Dos Direitos e Vantagens (art. 40 ao 115 da Lei 8.112/90); Do Regime Disciplinar (art. 116 ao 142
da Lei nº 8.112/90);......................................................................................................................................................................26
5. Código de Ética Proissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal: Decreto nº 1.171, deb 22 de
junho de 1994, e suas atualizações. ............................................................................................................................................43
Didatismo e Conhecimento
Í ndice
INFORMÁTICA
Fundamentos de microinformática: hardware e software; ..............................................................................................01
Sistemas operacionais: conceito, interface de janelas, funções, acessórios e utilitários (Linux e MS Windows 7
e 8); ........................................................................................................................................................................ 16
Criação e edição de textos, planilhas eletrônicas e apresentações: Ambientes Microsoft Ofice e LibreOfice; .........36
Serviços de internet: conceitos, correio eletrônico, listas de e-mail; grupos de discussão, navegação, busca e
pesquisa. ..................................................................................................................................................................................... 119
Noções de Redes: arquitetura cliente/servidor, equipamentos de rede (roteador, switch, access point) ....................125
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
1. Organização e funcionamento de bibliotecas ................................................................................................................01
Ética, organismos de classe e legislação; ...........................................................................................................................03
2. Acervo: organização e tratamento técnico, representação descritiva da informação (catalogação), representação
temática da informação (classiicação e indexação), Classiicação Decimal Universal (CDU);........................................... 11
3. Armazenagem e reposição do material no acervo, conservação e preservação do acervo; .......................................16
4. Catálogos;..........................................................................................................................................................................16
5. Serviços aos usuários: orientação e consulta, referência, pesquisas e levantamentos bibliográicos, circulação do
acervo, noções de normalização de documentos (ABNT)........................................................................................................19
Didatismo e Conhecimento
SAC
At e nç ã o
SAC
Dúvida s de M at é ria
A NOVA APOSTILA oferece aos candidatos um serviço diferenciado - SAC (Serviço de Apoio ao Candidato).
O SAC possui o objetivo de auxiliar os candidatos que possuem dúvidas relacionadas ao conteúdo do edital.
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matéria/página). Por exemplo: Apostila Professor do Estado de São Paulo / Comum à todos os cargos - Disciplina:.
Português - paginas 82,86,90.
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Didatismo e Conhecimento
Artigo
O conteúdo do artigo abaixo é de responsabilidade do autor William Douglas, autorizado gentilmente e sem cláusula
de exclusividade, para uso do Grupo Nova.
O conteúdo das demais informações desta apostila é de total responsabilidade da equipe do Grupo Nova.
A ETERNA COMPETIÇÃO ENTRE O LAZER E O ESTUDO
Por William Douglas, professor, escritor e juiz federal.
Todo mundo já se pegou estudando sem a menor concentração, pensando nos momentos de lazer, como também já deixou de
aproveitar as horas de descanso por causa de um sentimento de culpa ou mesmo remorso, porque deveria estar estudando.
Fazer uma coisa e pensar em outra causa desconcentração, estresse e perda de rendimento no estudo ou trabalho. Além da
perda de prazer nas horas de descanso.
Em diversas pesquisas que realizei durante palestras e seminários pelo país, constatei que os três problemas mais comuns de
quem quer vencer na vida são:
• medo do insucesso (gerando ansiedade, insegurança),
• falta de tempo e
• “competição” entre o estudo ou trabalho e o lazer.
E então, você já teve estes problemas?
Todo mundo sabe que para vencer e estar preparado para o dia-a-dia é preciso muito conhecimento, estudo e dedicação, mas
como conciliar o tempo com as preciosas horas de lazer ou descanso?
Este e outros problemas atormentavam-me quando era estudante de Direito e depois, quando passei à preparação para concursos
públicos. Não é à toa que fui reprovado em 5 concursos diferentes!
Outros problemas? Falta de dinheiro, diiculdade dos concursos (que pagam salários de até R$ 6.000,00/mês, com status e
estabilidade, gerando enorme concorrência), problemas de cobrança dos familiares, memória, concentração etc.
Contudo, depois de aprender a estudar, acabei sendo 1º colocado em outros 7 concursos, entre os quais os de Juiz de Direito,
Defensor Público e Delegado de Polícia. Isso prova que passar em concurso não é impossível e que quem é reprovado pode “dar a
volta por cima”.
É possível, com organização, disciplina e força de vontade, conciliar um estudo eiciente com uma vida onde haja espaço para
lazer, diversão e pouco ou nenhum estresse. A qualidade de vida associada às técnicas de estudo são muito mais produtivas do que a
tradicional imagem da pessoa trancaiada, estudando 14 horas por dia.
O sucesso no estudo e em provas (escritas, concursos, entrevistas etc.) depende basicamente de três aspectos, em geral,
desprezados por quem está querendo passar numa prova ou conseguir um emprego:
1º) clara deinição dos objetivos e técnicas de planejamento e organização;
2º) técnicas para aumentar o rendimento do estudo, do cérebro e da memória;
3º) técnicas especíicas sobre como fazer provas e entrevistas, abordando dicas e macetes que a experiência fornece, mas que
podem ser aprendidos.
O conjunto destas técnicas resulta em um aprendizado melhor e em mais sucesso nas provas escritas e orais (inclusive entrevistas).
Aos poucos, pretendemos ir abordando estes assuntos, mas já podemos anotar aqui alguns cuidados e providências que irão
aumentar seu desempenho.
Para melhorar a “briga” entre estudo e lazer, sugiro que você aprenda a administrar seu tempo. Para isto, como já disse, basta
um pouco de disciplina e organização.
O primeiro passo é fazer o tradicional quadro horário, colocando nele todas as tarefas a serem realizadas. Ao invés de servir
como uma “prisão”, este procedimento facilitará as coisas para você. Pra começar, porque vai levá-lo a escolher as coisas que não são
imediatas e a estabelecer suas prioridades. Experimente. Em pouco tempo, você vai ver que isto funciona.
Também é recomendável que você separe tempo suiciente para dormir, fazer algum exercício físico e dar atenção à família ou
ao namoro. Sem isso, o estresse será uma mera questão de tempo. Por incrível que pareça, o fato é que com uma vida equilibrada o
seu rendimento inal no estudo aumenta.
Outra dica simples é a seguinte: depois de escolher quantas horas você vai gastar com cada tarefa ou atividade, evite pensar em
uma enquanto está realizando a outra. Quando o cérebro mandar “mensagens” sobre outras tarefas, é só lembrar que cada uma tem
seu tempo deinido. Isto aumentará a concentração no estudo, o rendimento e o prazer e relaxamento das horas de lazer.
Aprender a separar o tempo é um excelente meio de diminuir o estresse e aumentar o rendimento, não só no estudo, como em
tudo que fazemos.
*William Douglas é juiz federal, professor universitário, palestrante e autor de mais de 30 obras, dentre elas o best-seller
“Como passar em provas e concursos” . Passou em 9 concursos, sendo 5 em 1º Lugar
www.williamdouglas.com.br
Conteúdo cedido gratuitamente, pelo autor, com inalidade de auxiliar os candidatos.
Didatismo e Conhecimento
LÍNGUA PORTUGUESA
LÍ NGUA PORTUGUESA
Interpretar X compreender
1. COMPREENSÃO
E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS;
Interpretar signiica
- Explicar, comentar, julgar, tirar conclusões, deduzir.
- Através do texto, infere-se que...
- É possível deduzir que...
- O autor permite concluir que...
- Qual é a intenção do autor ao airmar que...
É muito comum, entre os candidatos a um cargo público, a
preocupação com a interpretação de textos. Por isso, vão aqui alguns detalhes que poderão ajudar no momento de responder às
questões relacionadas a textos.
Compreender signiica
- intelecção, entendimento, atenção ao que realmente está escrito.
- o texto diz que...
- é sugerido pelo autor que...
- de acordo com o texto, é correta ou errada a airmação...
- o narrador airma...
Texto – é um conjunto de ideias organizadas e relacionadas
entre si, formando um todo signiicativo capaz de produzir interação comunicativa (capacidade de codiicar e decodiicar ).
Contexto – um texto é constituído por diversas frases. Em
cada uma delas, há uma certa informação que a faz ligar-se com
a anterior e/ou com a posterior, criando condições para a estruturação do conteúdo a ser transmitido. A essa interligação dá-se o
nome de contexto. Nota-se que o relacionamento entre as frases é
tão grande que, se uma frase for retirada de seu contexto original
e analisada separadamente, poderá ter um signiicado diferente daquele inicial.
Erros de interpretação
É muito comum, mais do que se imagina, a ocorrência de erros de interpretação. Os mais frequentes são:
- Extrapolação (viagem): Ocorre quando se sai do contexto,
acrescentado ideias que não estão no texto, quer por conhecimento
prévio do tema quer pela imaginação.
Intertexto - comumente, os textos apresentam referências diretas ou indiretas a outros autores através de citações. Esse tipo de
recurso denomina-se intertexto.
- Redução: É o oposto da extrapolação. Dá-se atenção apenas
a um aspecto, esquecendo que um texto é um conjunto de ideias,
o que pode ser insuiciente para o total do entendimento do tema
desenvolvido.
Interpretação de texto - o primeiro objetivo de uma interpretação de um texto é a identiicação de sua ideia principal. A partir daí, localizam-se as ideias secundárias, ou fundamentações, as
argumentações, ou explicações, que levem ao esclarecimento das
questões apresentadas na prova.
- Contradição: Não raro, o texto apresenta ideias contrárias
às do candidato, fazendo-o tirar conclusões equivocadas e, consequentemente, errando a questão.
Observação - Muitos pensam que há a ótica do escritor e a
ótica do leitor. Pode ser que existam, mas numa prova de concurso,
o que deve ser levado em consideração é o que o autor diz e nada
mais.
Coesão - é o emprego de mecanismo de sintaxe que relaciona palavras, orações, frases e/ou parágrafos entre si. Em outras
palavras, a coesão dá-se quando, através de um pronome relativo,
uma conjunção (NEXOS), ou um pronome oblíquo átono, há uma
relação correta entre o que se vai dizer e o que já foi dito.
Normalmente, numa prova, o candidato é convidado a:
- Identiicar – é reconhecer os elementos fundamentais de
uma argumentação, de um processo, de uma época (neste caso,
procuram-se os verbos e os advérbios, os quais deinem o tempo).
- Comparar – é descobrir as relações de semelhança ou de
diferenças entre as situações do texto.
- Comentar - é relacionar o conteúdo apresentado com uma
realidade, opinando a respeito.
- Resumir – é concentrar as ideias centrais e/ou secundárias
em um só parágrafo.
- Parafrasear – é reescrever o texto com outras palavras.
OBSERVAÇÃO – São muitos os erros de coesão no dia-a-dia
e, entre eles, está o mau uso do pronome relativo e do pronome
oblíquo átono. Este depende da regência do verbo; aquele do seu
antecedente. Não se pode esquecer também de que os pronomes
relativos têm, cada um, valor semântico, por isso a necessidade de
adequação ao antecedente.
Os pronomes relativos são muito importantes na interpretação
de texto, pois seu uso incorreto traz erros de coesão. Assim sendo, deve-se levar em consideração que existe um pronome relativo
adequado a cada circunstância, a saber:
- que (neutro) - relaciona-se com qualquer antecedente, mas
depende das condições da frase.
- qual (neutro) idem ao anterior.
- quem (pessoa)
- cujo (posse) - antes dele aparece o possuidor e depois o objeto possuído.
Condições básicas para interpretar
Fazem-se necessários:
- Conhecimento histórico–literário (escolas e gêneros literários, estrutura do texto), leitura e prática;
- Conhecimento gramatical, estilístico (qualidades do texto)
e semântico;
Observação – na semântica (signiicado das palavras) incluem--se: homônimos e parônimos, denotação e conotação, sinonímia e antonímia, polissemia, iguras de linguagem, entre outros.
- Capacidade de observação e de síntese e
- Capacidade de raciocínio.
Didatismo e Conhecimento
1
LÍ NGUA PORTUGUESA
- como (modo)
- onde (lugar)
quando (tempo)
quanto (montante)
Os trabalhadores que imigraram para os Estados Unidos
levaram com eles a instituição do “lector”. Uma ilustração da
revista Practical Magazine mostra um desses leitores sentado de
pernas cruzadas, óculos e chapéu de abas largas, um livro nas
mãos, enquanto uma ileira de trabalhadores enrolam charutos
com o que parece ser uma atenção enlevada.
O material dessas leituras em voz alta, decidido de antemão
pelos operários (que pagavam o “lector” do próprio salário), ia
de histórias e tratados políticos a romances e coleções de poesia.
Tinham seus prediletos: O conde de Monte Cristo, de Alexandre
Dumas, por exemplo, tornou-se uma escolha tão popular que um
grupo de trabalhadores escreveu ao autor pouco antes da morte
dele, em 1870, pedindo-lhe que cedesse o nome de seu herói para
um charuto; Dumas consentiu.
Segundo Mário Sanchez, um pintor de Key West, as leituras
decorriam em silêncio concentrado e não eram permitidos comentários ou questões antes do inal da sessão.
(Adaptado de: MANGUEL, Alberto. Uma história da leitura.
Trad. Pedro Maia Soares. São Paulo, Cia das Letras, 1996, Maia
Soares. São Paulo, Cia das Letras, 1996, p. 134-136)
Depreende-se do texto que
(A) a atividade de ler em voz alta, conduzida pelo “lector”,
permitia que os operários produzissem mais, pois trabalhavam
com maior concentração.
(B) o hábito de ler em voz alta, levado originalmente de Cuba
para os Estados Unidos, relaciona-se ao valor atribuído à leitura,
que é determinado culturalmente.
(C) os operários cubanos homenagearam Alexandre Dumas
ao atribuírem a um charuto o nome de um dos personagens do
escritor.
(D) ao contratar um leitor, os operários cubanos podiam superar, em parte, a condição de analfabetismo a que estavam submetidos.
(E) os charuteiros cubanos, organizados coletivamente, compartilhavam a ideia de que a fruição de um texto deveria ser comunitária, não individual.
Exemplo:
Falou tudo QUANTO queria (correto)
Falou tudo QUE queria (errado - antes do QUE, deveria aparecer o demonstrativo O ).
Dicas para melhorar a interpretação de textos
- Ler todo o texto, procurando ter uma visão geral do assunto;
- Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa a leitura;
- Ler, ler bem, ler profundamente, ou seja, ler o texto pelo
menos duas vezes;
- Inferir;
- Voltar ao texto quantas vezes precisar;
- Não permitir que prevaleçam suas ideias sobre as do autor;
- Fragmentar o texto (parágrafos, partes) para melhor compreensão;
- Veriicar, com atenção e cuidado, o enunciado de cada questão;
- O autor defende ideias e você deve percebê-las.
Fonte:
http://www.tudosobreconcursos.com/materiais/portugues/
como-interpretar-textos
QUESTÕES
1-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARANÁ
– ADMINISTRADOR - UFPR/2013) Assinale a alternativa que
apresenta um dito popular que parafraseia o conteúdo expresso no
excerto: “Se você está em casa, não pode sair. Se você está na rua,
não pode entrar”.
a) “Se correr o bicho pega, se icar, o bicho come”.
b) “Quando o gato sai, os ratos fazem a festa”.
c) “Um dia da caça, o outro do caçador”.
d) “Manda quem pode, obedece quem precisa”.
Dentre as alternativas apresentadas, a que reairma a ideia do
excerto (não há muita saída, não há escolhas) é: “Se você está em
casa, não pode sair. Se você está na rua, não pode entrar”.
RESPOSTA: “A”.
Interpretação textual. As alternativas estão relacionadas ao
tema, mas a que foi abordada explicitamente no texto é: “os operários cubanos homenagearam Alexandre Dumas ao atribuírem a um
charuto o nome de um dos personagens do escritor”.
RESPOSTA: “C”.
(TRF - 3ª REGIÃO - ANALISTA JUDICIÁRIO - FCC/2014
- ADAPTADO) Atenção: Para responder à questão de número 2,
considere o texto abaixo.
A guerra dos dez anos começou quando um fazendeiro cubano, Carlos Manuel de Céspedes, e duzentos homens mal armados
tomaram a cidade de Santiago e proclamaram a independência do
país em relação à metrópole espanhola. Mas a Espanha reagiu.
Quatro anos depois, Céspedes foi deposto por um tribunal cubano e, em março de 1874, foi capturado e fuzilado por soldados
espanhóis.
Entrementes, ansioso por derrubar medidas espanholas de
restrição ao comércio, o governo americano apoiara abertamente
os revolucionários e Nova York, Nova Orleans e Key West tinham
aberto seus portos a milhares de cubanos em fuga. Em poucos
anos Key West transformou-se de uma pequena vila de pescadores
numa importante comunidade produtora de charutos. Despontava
a nova capital mundial do Havana.
Didatismo e Conhecimento
3-) (TRF - 3ª REGIÃO - ANALISTA JUDICIÁRIO FCC/2014 - ADAPTADO) Atenção: Para responder à questão,
considere o texto abaixo.
Foi por me sentir genuinamente desidentiicado com qualquer
espécie de regionalismo que escrevi coisas como: “Não sou brasileiro, não sou estrangeiro / Não sou de nenhum lugar, sou de lugar
nenhum”/ “Riquezas são diferenças”.
Ao mesmo tempo, creio só terem sido possíveis tais formulações pessoais pelo fato de eu haver nascido e vivido em São Paulo.
Por essa ser uma cidade que permite, ou mesmo propicia, esse desapego para com raízes geográicas, raciais, culturais. Por eu ver
São Paulo como um gigante liquidiicador onde as informações
diversas se misturam, gerando novas interpretações, exceções.
2
LÍ NGUA PORTUGUESA
Por sua multiplicidade de referências étnicas, linguísticas,
culturais, religiosas, arquitetônicas, culinárias...
São Paulo não tem símbolos que deem conta de sua diversidade. Nada aqui é típico daqui. Não temos um corcovado, uma
arara, um cartão postal. São Paulo são muitas cidades em uma.
Sempre me pareceram sem sentido as guerras, os fundamentalismos, a intolerância ante a diversidade.
Assim, fui me sentindo cada vez mais um cidadão do planeta.
Acabei atribuindo parte desse sentimento à formação miscigenada
do Brasil.
Acontece que a miscigenação brasileira parece ter se multiplicado em São Paulo, num ambiente urbano que foi crescendo
para todos os lados, sem limites.
Até a instabilidade climática daqui parece haver contribuído para essa formação aberta ao acaso, à imprevisibilidade das
misturas.
Ao mesmo tempo, temos preservados inúmeros nomes indígenas designando lugares, como Ibirapuera, Anhangabaú, Butantã
etc. Primitivismo em contexto cosmopolita, como soube vislumbrar Oswald de Andrade.
Não é à toa que partiram daqui várias manifestações culturais.
São Paulo fragmentária, com sua paisagem recortada entre
praças e prédios; com o ruído dos carros entrando pelas janelas
dos apartamentos como se fosse o ruído longínquo do mar; com
seus crepúsculos intensiicados pela poluição; seus problemas de
trânsito, miséria e violência convivendo com suas múltiplas ofertas de lazer e cultura; com seu crescimento indiscriminado, sem
nenhum planejamento urbano; com suas belas alamedas arborizadas e avenidas de feiura ininita.
(Adaptado de: ANTUNES, Arnaldo. Alma paulista. Disponível em http://www.arnaldoantunes.com.br).
No texto, o autor
(A) descreve São Paulo como uma cidade marcada por contrastes de diversas ordens.
(B) assinala a relevância da análise de Oswald de Andrade a
respeito do provincianismo da antiga São Paulo.
(C) critica o fato de nomes indígenas, ininteligíveis, designarem, ainda hoje, lugares comuns da cidade de São Paulo.
(D) sugere que o trânsito, com seus ruídos longínquos, é o
principal problema da cidade de São Paulo.
(E) utiliza-se da ironia ao elogiar a instabilidade climática e a
paisagem recortada da cidade de São Paulo.
domésticas. Mas eles ignoram o impacto econômico que isso teria
nas contas públicas. A deputada Alice Portugal (PT-SC), defensora da criação dessa espécie de bolsa-cor-de-rosa, airma que
“muitas vezes, após 35 anos de casamento, o marido vai embora,
e ela (a mulher), que prestou serviços a vida inteira, não tem amparo”.
Caso a bondade seja aprovada, haverá custo adicional de 5,4
bilhões de reais por ano.
(Exame, edição 988, ano 45, n.º 5, 23.03.2011)
4-) (PREFEITURA DE SÃO CARLOS/SP – ENGENHEIRO
– ÁREA CIVIL – VUNESP/2011) O tema desse texto é
(A) o uso de bolsas cor-de-rosa pelas donas de casa brasileiras.
(B) o desamparo das mulheres abandonadas pelos maridos.
(C) a falta de dinheiro para pagar salários a mulheres de baixa
renda no Brasil.
(D) o alto custo das contas públicas brasileiras.
(E) o impacto econômico da aposentadoria de donas de casa
nas contas públicas.
Pela leitura do texto, ica evidente que ele aponta o impacto
econômico que o pagamento de aposentadoria às donas de casa
causará às contas públicas.
RESPOSTA: “E”.
5-) (PREFEITURA DE SÃO CARLOS/SP – ENGENHEIRO
– ÁREA CIVIL – VUNESP/2011) A frase do texto – “Caso a bondade seja aprovada, haverá custo adicional de 5,4 bilhões de reais
por ano.” – indica
(A) ironia.
(B) respeito.
(C) indignação.
(D) frustração.
(E) aprovação.
O termo que facilita a resposta à questão é: Caso a bondade
seja aprovada = ironia.
RESPOSTA: “A”.
6-) (TRF – 4ª REGIÃO – TAQUIGRAFIA – FCC/2010) Considere:
Chama-se “situação de discurso” o conjunto das circunstâncias no meio das quais se desenrola um ato de enunciação (seja
ele escrito ou oral). É preciso entender com isso ao mesmo tempo
o ambiente físico e social em que este ato se dá, a imagem que dele
têm os interlocutores, a identidade desses, a ideia que cada um faz
do outro (inclusive a representação que cada um possui daquilo
que o outro pensa sobre ele), os acontecimentos que precederam
o ato de enunciação (especialmente as relações que tiveram antes
os interlocutores, e principalmente as trocas de palavras em que
se insere a enunciação em questão).
(Ducrot, O.; Todorov, T. Dicionário enciclopédico das ciências da linguagem. São Paulo: Perspectiva, 2001, p. 297-8)
Segundo o texto, é correto airmar:
a) A análise discursiva deve se ater ao estudo dos enunciados.
b) Os enunciados produzem a enunciação.
c) A descrição da enunciação é determinada pela identidade
dos interlocutores.
d) Dados exteriores aos enunciados são apendiculares à compreensão.
Questão fácil! Ao ler o texto e analisar as alternativas, a única
que está evidente no texto é: “descreve São Paulo como uma cidade marcada por contrastes de diversas ordens”.
RESPOSTA: “A”.
(PREFEITURA DE SÃO CARLOS/SP – ENGENHEIRO –
ÁREA CIVIL – VUNESP/2011 - ADAPTADA) Leia o texto para
responder às questões de números 4 e 5.
Bolsa rosa, contas no vermelho
Não fosse por um detalhe crucial – de onde tirar o dinheiro –,
a criação de um regime de aposentadoria para milhões de donas
de casa brasileiras de baixa renda até poderia fazer sentido. Há
diversos projetos de lei em tramitação na Câmara para reconhecer os direitos das mulheres dedicadas integralmente às tarefas
Didatismo e Conhecimento
3
LÍ NGUA PORTUGUESA
Está correto o que se airma APENAS em
(A) I e II.
(B) I e III.
(C) II.
(D) II e III.
(E) III.
e) O conceito de situação de discurso engloba a enunciação e
seu entorno.
Utilizemos trechos do texto para que consigamos responder à
questão (não se esqueça: você pode – deve – fazer isso em seu concurso também!): ...conjunto das circunstâncias no meio das quais
se desenrola um ato de enunciação (...) É preciso entender com
isso ao mesmo tempo o ambiente físico e social em que este ato se
dá. = enunciação e seu contexto, ambiente no qual a situação de
discurso ocorre.
RESPOSTA: “E”.
I. O poema se desenvolve em forma de mandamentos, especialmente em razão do emprego de formas verbais de ininitivo.
II. Percebe-se corretamente uma atmosfera onírica nos versos
que delui / Silencioso dentro da noite, em oposição à realidade
mostrada em E se os céus se pejam de nuvens = não há descrição
da realidade, são suposições
III. O verso Como o rio as nuvens são água introduz comparação que corrobora a visão exposta no poema. = correta
RESPOSTA: “B”.
(MPE/AM – AGENTE TÉCNICO COMUNICÓLOGO –
FCC/2013 - ADAPTADA) Atenção: Considere o poema abaixo
para responder às questões de números 7 a 9.
O rio
Ser como o rio que delui
Silencioso dentro da noite.
Não temer as trevas da noite.
Se há estrelas nos céus, releti-las.
E se os céus se pejam de nuvens,
Como o rio as nuvens são água,
Releti-las também sem mágoa
Nas profundidades tranquilas.
(Manuel Bandeira. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro.
Nova Aguilar: 1993. p. 285)
9-) (MPE/AM – AGENTE TÉCNICO COMUNICÓLOGO –
FCC/2013) O emprego de ser no 1º verso indica
(A) aproximação do sentido do ininitivo histórico ou narrativo.
(B) suavização de uma ordem imprescindível.
(C) substituição do imperativo, mantendo-se a noção de ordem.
(D) intenção de evidenciar o sujeito oculto da ação verbal.
(E) destaque do agente da ação verbal, para evitar ambiguidade.
7-) (MPE/AM – AGENTE TÉCNICO COMUNICÓLOGO –
FCC/2013) O poeta
(A) considera a participação dos seres humanos na natureza,
por estarem submetidos a uma série ininterrupta de acontecimentos rotineiros.
(B) se volta para o necessário respeito aos elementos da natureza, como garantia de uma vida tranquila, sem sobressaltos inesperados.
(C) demonstra desencanto em relação aos problemas cotidianos, por sua habitual ocorrência a exemplo da natureza, sem qualquer solução possível.
(D) alude à fatalidade do destino humano sujeito a contínuas
alterações, semelhantes às impostas pela natureza a um rio, que
lui incessantemente.
(E) propõe adaptação às circunstâncias da vida, sejam elas favoráveis ou não, as quais devem ser analisadas e, principalmente,
aceitas.
O poeta não utiliza o verbo “seja” (imperativo), mas através
do poema ele nos “aconselha” a que assumamos as posturas por
ele descritas usando os verbos no ininitivo (ordem de uma maneira mais sutil).
RESPOSTA: “C”.
10-) (INSS – CIÊNCIAS CONTÁBEIS – FUNRIO/2013)
Conhecido comercial da tevê fala de uma “cerveja que desce redondo”. O sentido atribuído à palavra “redondo” refere-se
A) à mesa do bar que aparece no cenário dos comerciais de
cerveja.
B) à própria cerveja que pode ser assim considerada em sentido denotativo.
C) ao ato de descer facilmente, que, nesse caso, signiica escorrer pela garganta.
D) ao líquido da bebida, que toma o formato arredondado da
garrafa que o contém.
E) ao pronome relativo empregado na frase, para substituir o
termo cerveja.
Com palavras do texto podemos responder à questão: Ser
como o rio ... Não temer as trevas da noite ... Releti-las também
sem mágoa.
RESPOSTA: “E”.
Questão de interpretação da linguagem publicitária: “descer
redondo” signiica que a cerveja desce facilmente, de maneira
agradável.
RESPOSTA: “C”.
8-) (MPE/AM – AGENTE TÉCNICO COMUNICÓLOGO –
FCC/2013) Considere as airmativas abaixo:
I. O poema se desenvolve em forma de mandamentos, especialmente em razão do emprego de formas verbais de ininitivo.
II. Percebe-se corretamente uma atmosfera onírica nos versos
que delui / Silencioso dentro da noite, em oposição à realidade
mostrada em E se os céus se pejam de nuvens.
III. O verso Como o rio as nuvens são água introduz comparação que corrobora a visão exposta no poema.
Didatismo e Conhecimento
11-) (INSS – CIÊNCIAS CONTÁBEIS – FUNRIO/2013) O
jornal O Globo de 25/10/2011 deu a seguinte notícia: “A vitória
avassaladora da Presidente argentina pode abrir caminho para
que Cristina Kirchner avance com projetos cada vez mais polêmicos, entre eles o de uma reforma constitucional que incluiria a
possibilidade de reeleição indeinida, atitude negada por ela durante a campanha.” Considerando apenas os dados disponíveis no
texto, pode-se fazer a seguinte interpretação da notícia:
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LÍ NGUA PORTUGUESA
A) A maneira pela qual se deu a vitória de Cristina Kirchner
talvez sirva como argumento para uma possível reforma constitucional.
B) Cristina Kirchner pretende aprovar a possibilidade de reeleição indeinida, embora essa atitude contrarie o que foi dito durante a sua campanha eleitoral.
C) Para dar sequência a projetos de reforma, impõe-se que
Cristina Kirchner abra os caminhos criados por sua vitória nas urnas.
D) Depois de eleita, Cristina Kirchner ameaça a sociedade
argentina com uma polêmica reforma constitucional que vai de
encontro com a liberdade de imprensa.
E) Por conta do procedimento autoritário de Cristina Kirchner, a reeleição presidencial pode ser colocada em discussão após
sua vitória.
Com base nos dados apresentados no enunciado, a alternativa
que condiz com as informações presentes no texto é: “A maneira
pela qual se deu a vitória de Cristina Kirchner talvez sirva como
argumento para uma possível reforma constitucional”.
RESPOSTA: “A”.
E) o infanticídio contra meninas.
Recorramos ao texto: em nenhum outro lugar da Índia se investiu tanto na educação das mulheres. Uma ação que... O termo
retoma “investiu tanto na educação das mulheres”.
RESPOSTA: “D”.
12-) (METRÔ/SP – ENGENHEIRO JÚNIOR CIVIL –
FCC/2012) Sobre a frase “As minhocas, que não conhecem civilização, queixam-se quando as arrancamos da terra” é correto
airmar que
(A) a supressão das vírgulas alteraria o sentido do que se diz,
restringindo o alcance do termo minhocas.
(B) o pronome “as” deverá ser substituído por lhes, caso venhamos a empregar desenterramos, em vez de arrancamos da terra.
(C) o segmento que não conhecem civilização expressa um
efeito da ação indicada em quando as arrancamos da terra.
(D) a construção quando as arrancamos resultará, na transposição para a voz passiva, em quando as temos arrancado.
(E) As minhocas (...) queixam-se é construção que exempliica um caso de voz passiva, equivalente a Vendem-se casas.
(A) é data marcada pela OIT para a comemoração da existência do trabalho infantil;
(B) pretende ser identiicado como o diam em que se começou a combater o Trabalho Infantil;
(C) assinala a preocupação brasileira com a existência do trabalho infantil em suas piores formas;
(D) indica uma data simbólica para que os povos despertem
para os problemas decorrentes do trabalho infantil;
(E) foi criado pela legislação brasileira, com o apoio da OIT,
para que se combatam os males do trabalho infantil.
14-) (MPE/RJ – ANALISTA PROCESSUAL – FUJB/2011)
TEXTO 1
“O dia 12 de junho é reservado ao combate ao Trabalho
Infantil. A data, designada pela Organização Internacional do
Trabalho (OIT), em 2002, e endossada pela legislação nacional,
Lei n. 11.542, em 2007, visa chamar a atenção das diferentes sociedades para a existência do trabalho infantil, sensibilizando
todos os povos para a necessidade do cumprimento das normas
internacionais sobre o tema, em especial as Convenções da OIT
188, de 1973, e 182, de 1999, que tratam, respectivamente, da idade mínima para o trabalho e as piores formas de trabalho infantil.
(Trabalho infantil, Marcelo Uchôa)
Depreende-se do texto 1 que o dia 12 de junho:
Resposta no texto: A data, designada (...) visa chamar a atenção das diferentes sociedades para a existência do trabalho infantil.
RESPOSTA: “D”.
“As minhocas, que não conhecem civilização, queixam-se
quando as arrancamos da terra
A oração destacada é adjetiva explicativa, ou seja, generaliza,
explica que TODAS as minhocas não conhecem a civilização. Se
retirarmos a vírgula, a oração passará a ser classiicada como adjetiva restritiva, alterando, também, seu sentido, já que restringirá o
“quadro” de minhocas que se queixam quando arrancadas da terra:
“somente as que não conhecem a civilização”.
RESPOSTA: “A”.
2. GÊNEROS TEXTUAIS;
A todo o momento nos deparamos com vários textos, sejam
eles verbais ou não verbais. Em todos há a presença do discurso,
isto é, a ideia intrínseca, a essência daquilo que está sendo transmitido entre os interlocutores. Esses interlocutores são as peças
principais em um diálogo ou em um texto escrito, pois nunca escrevemos para nós mesmos, nem mesmo falamos sozinhos.
É de fundamental importância sabermos classiicar os textos
com os quais travamos convivência no nosso dia a dia. Para isso,
precisamos saber que existem tipos textuais e gêneros textuais.
Comumente relatamos sobre um acontecimento, um fato presenciado ou ocorrido conosco, expomos nossa opinião sobre determinado assunto, ou descrevemos algum lugar que visitamos, ou
fazemos um retrato verbal sobre alguém que acabamos de conhecer ou ver. É exatamente nessas situações corriqueiras que classiicamos os nossos textos naquela tradicional tipologia: Narração,
Descrição e Dissertação.
13-) (MPE/RO – ANALISTA – AUDITORIA – FUNCAB/2012 - ADAPTADA)
(...) As pesquisas indicam, em essência, um caminho: graças
à vontade política dos governantes locais, em nenhum outro lugar
da Índia se investiu tanto na educação das mulheres. Uma ação
que enfrentou a rotina da marginalização. Na Índia, por questões
culturais, se propagou o infanticídio contra meninas, praticado
pelos próprios pais.(...)
A que se refere a expressão UMA AÇÃO?
A) vontade política.
B) governantes locais.
C) pesquisas feitas em Kerala.
D) investimento na educação das mulheres.
Didatismo e Conhecimento
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LÍ NGUA PORTUGUESA
2. Descrição
Um texto em que se faz um retrato por escrito de um lugar, uma
pessoa, um animal ou um objeto. A classe de palavras mais utilizada
nessa produção é o adjetivo, pela sua função caracterizadora.
Numa abordagem mais abstrata, pode-se até descrever sensações
ou sentimentos. Não há relação de anterioridade e posterioridade.
Signiica “criar” com palavras a imagem do objeto descrito. É
fazer uma descrição minuciosa do objeto ou da personagem a que
o texto se Pega. É um tipo textual que se agrega facilmente aos
outros tipos em diversos gêneros textuais. Tem predominância em
gêneros como: cardápio, folheto turístico, anúncio classiicado,
etc.
3. Dissertação
Dissertar é o mesmo que desenvolver ou explicar um assunto,
discorrer sobre ele. Dependendo do objetivo do autor, pode ter
caráter expositivo ou argumentativo.
As tipologias textuais caracterizam-se pelos aspectos de ordem linguística
- Textos narrativos – constituem-se de verbos de ação demarcados no tempo do universo narrado, como também de advérbios,
como é o caso de antes, agora, depois, entre outros:
Ela entrava em seu carro quando ele apareceu. Depois de
muita conversa, resolveram...
- Textos descritivos – como o próprio nome indica, descrevem características tanto físicas quanto psicológicas acerca de um
determinado indivíduo ou objeto. Os tempos verbais aparecem demarcados no presente ou no pretérito imperfeito:
“Tinha os cabelos mais negros como a asa da graúna...”
- Textos expositivos – Têm por inalidade explicar um assunto
ou uma determinada situação que se almeje desenvolvê-la, enfatizando acerca das razões de ela acontecer, como em:
O cadastramento irá se prorrogar até o dia 02 de dezembro,
portanto, não se esqueça de fazê-lo, sob pena de perder o benefício.
3.1 Dissertação-Exposição
Apresenta um saber já construído e legitimado, ou um saber
teórico. Apresenta informações sobre assuntos, expõe, relete,
explica e avalia idéias de modo objetivo. O texto expositivo apenas
expõe ideias sobre um determinado assunto. A intenção é informar,
esclarecer. Ex: aula, resumo, textos cientíicos, enciclopédia,
textos expositivos de revistas e jornais, etc.
- Textos injuntivos (instrucional) – Trata-se de uma modalidade na qual as ações são prescritas de forma sequencial, utilizando-se de verbos expressos no imperativo, ininitivo ou futuro
do presente.
Misture todos os ingrediente e bata no liquidiicador até criar
uma massa homogênea.
3.1 Dissertação-Argumentação
Um texto dissertativo-argumentativo faz a defesa de ideias ou
um ponto de vista do autor. O texto, além de explicar, também
persuade o interlocutor, objetivando convencê-lo de algo.
Caracteriza-se pela progressão lógica de ideias. Geralmente utiliza
linguagem denotativa. É tipo predominante em: sermão, ensaio,
monograia, dissertação, tese, ensaio, manifesto, crítica, editorial
de jornais e revistas.
- Textos argumentativos (dissertativo) – Demarcam-se pelo
predomínio de operadores argumentativos, revelados por uma carga ideológica constituída de argumentos e contra-argumentos que
justiicam a posição assumida acerca de um determinado assunto.
A mulher do mundo contemporâneo luta cada vez mais para
conquistar seu espaço no mercado de trabalho, o que signiica que
os gêneros estão em complementação, não em disputa.
4. Injunção/Instrucional
Indica como realizar uma ação. Utiliza linguagem objetiva
e simples. Os verbos são, na sua maioria, empregados no modo
imperativo, porém nota-se também o uso do ininitivo e o uso
do futuro do presente do modo indicativo. Ex: ordens; pedidos;
súplica; desejo; manuais e instruções para montagem ou uso de
aparelhos e instrumentos; textos com regras de comportamento;
textos de orientação (ex: recomendações de trânsito); receitas,
cartões com votos e desejos (de natal, aniversário, etc.).
OBS: Os tipos listados acima são um consenso entre os
gramáticos. Muitos consideram também que o tipo Predição
possui características suicientes para ser deinido como tipo
textual, e alguns outros possuem o mesmo entendimento para o
tipo Dialogal.
Em se tratando de gêneros textuais, a situação não é diferente,
pois se conceituam como gêneros textuais as diversas situações
sociocomunicativas que participam da nossa vida em sociedade.
Como exemplo, temos: uma receita culinária, um e-mail, uma reportagem, uma monograia, um poema, um editorial, e assim por
diante.
3. FATORES DE TEXTUALIDADE;
Tipologia Textual
5. Predição
Caracterizado por predizer algo ou levar o interlocutor
a crer em alguma coisa, a qual ainda está por ocorrer. É o tipo
predominante nos gêneros: previsões astrológicas, previsões
meteorológicas, previsões escatológicas/apocalípticas.
1. Narração
Modalidade em que se conta um fato, ictício ou não, que
ocorreu num determinado tempo e lugar, envolvendo certos
personagens. Refere-se a objetos do mundo real. Há uma relação
de anterioridade e posterioridade. O tempo verbal predominante é
o passado. Estamos cercados de narrações desde as que nos contam
histórias infantis até às piadas do cotidiano. É o tipo predominante
nos gêneros: conto, fábula, crônica, romance, novela, depoimento,
piada, relato, etc.
Didatismo e Conhecimento
6. Dialogal / Conversacional
Caracteriza-se pelo diálogo entre os interlocutores. É o tipo
predominante nos gêneros: entrevista, conversa telefônica, chat,
etc.
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LÍ NGUA PORTUGUESA
Gêneros textuais
História em quadrinhos: é um gênero narrativo que consiste
em enredos contados em pequenos quadros através de diálogos
diretos entre seus personagens, gerando uma espécie de conversação.
Os Gêneros textuais são as estruturas com que se compõem os
textos, sejam eles orais ou escritos. Essas estruturas são socialmente
reconhecidas, pois se mantêm sempre muito parecidas, com
características comuns, procuram atingir intenções comunicativas
semelhantes e ocorrem em situações especíicas. Pode-se dizer
que se tratam das variadas formas de linguagem que circulam em
nossa sociedade, sejam eles formais ou informais. Cada gênero
textual tem seu estilo próprio, podendo então, ser identiicado e
diferenciado dos demais através de suas características. Exemplos:
Carta: quando se trata de “carta aberta” ou “carta ao
leitor”, tende a ser do tipo dissertativo-argumentativo com uma
linguagem formal, em que se escreve à sociedade ou a leitores.
Quando se trata de “carta pessoal”, a presença de aspectos
narrativos ou descritivos e uma linguagem pessoal é mais comum.
Charge: é um gênero textual narrativo onde se faz uma espécie de ilustração cômica, através de caricaturas, com o objetivo de
realizar uma sátira, crítica ou comentário sobre algum acontecimento atual, em sua grande maioria.
Poema: trabalho elaborado e estruturado em versos. Além dos
versos, pode ser estruturado em estrofes. Rimas e métrica também
podem fazer parte de sua composição. Pode ou não ser poético.
Dependendo de sua estrutura, pode receber classiicações especíicas, como haicai, soneto, epopeia, poema igurado, dramático, etc.
Em geral, a presença de aspectos narrativos e descritivos são mais
frequentes neste gênero.
Propaganda: é um gênero textual dissertativo-expositivo onde
há a o intuito de propagar informações sobre algo, buscando
sempre atingir e inluenciar o leitor apresentando, na maioria das
vezes, mensagens que despertam as emoções e a sensibilidade do
mesmo.
Poesia: é o conteúdo capaz de transmitir emoções por meio de
uma linguagem , ou seja, tudo o que toca e comove pode ser considerado como poético (até mesmo uma peça ou um ilme podem
ser assim considerados). Um subgênero é a prosa poética, marcada
pela tipologia dialogal.
Bula de remédio: é um gênero textual descritivo, dissertativoexpositivo e injuntivo que tem por obrigação fornecer as
informações necessárias para o correto uso do medicamento.
Gêneros literários:
· Gênero Narrativo:
Na Antiguidade Clássica, os padrões literários reconhecidos
eram apenas o épico, o lírico e o dramático. Com o passar dos anos,
o gênero épico passou a ser considerado apenas uma variante do
gênero literário narrativo, devido ao surgimento de concepções de
prosa com características diferentes: o romance, a novela, o conto,
a crônica, a fábula. Porém, praticamente todas as obras narrativas
possuem elementos estruturais e estilísticos em comum e devem
responder a questionamentos, como: quem? o que? quando? onde?
por quê? Vejamos a seguir:
Receita: é um gênero textual descritivo e injuntivo que
tem por objetivo informar a fórmula para preparar tal comida,
descrevendo os ingredientes e o preparo destes, além disso, com
verbos no imperativo, dado o sentido de ordem, para que o leitor
siga corretamente as instruções.
Tutorial: é um gênero injuntivo que consiste num guia que
tem por inalidade explicar ao leitor, passo a passo e de maneira
simpliicada, como fazer algo.
Editorial: é um gênero textual dissertativo-argumentativo que expressa o posicionamento da empresa sobre determinado
assunto, sem a obrigação da presença da objetividade.
Épico (ou Epopeia): os textos épicos são geralmente longos
e narram histórias de um povo ou de uma nação, envolvem
aventuras, guerras, viagens, gestos heroicos, etc. Normalmente
apresentam um tom de exaltação, isto é, de valorização de seus
heróis e seus feitos. Dois exemplos são Os Lusíadas, de Luís de
Camões, e Odisséia, de Homero.
Notícia: podemos perfeitamente identiicar características narrativas, o fato ocorrido que se deu em um determinado
momento e em um determinado lugar, envolvendo determinadas
personagens. Características do lugar, bem como dos personagens
envolvidos são, muitas vezes, minuciosamente descritos.
Romance: é um texto completo, com tempo, espaço e
personagens bem deinidos e de caráter mais verossímil. Também
conta as façanhas de um herói, mas principalmente uma história
de amor vivida por ele e uma mulher, muitas vezes, “proibida”
para ele. Apesar dos obstáculos que o separam, o casal vive sua
paixão proibida, física, adúltera, pecaminosa e, por isso, costuma
ser punido no inal. É o tipo de narrativa mais comum na Idade
Média. Ex: Tristão e Isolda.
Reportagem: é um gênero textual jornalístico de caráter dissertativo-expositivo. A reportagem tem, por objetivo, informar e
levar os fatos ao leitor de uma maneira clara, com linguagem direta.
Entrevista: é um gênero textual fundamentalmente dialogal, representado pela conversação de duas ou mais pessoas, o entrevistador e o(s) entrevistado(s), para obter informações sobre ou
do entrevistado, ou de algum outro assunto. Geralmente envolve
também aspectos dissertativo-expositivos, especialmente quando
se trata de entrevista a imprensa ou entrevista jornalística. Mas
pode também envolver aspectosnarrativos, como na entrevista de
emprego, ou aspectos descritivos, como na entrevista médica.
Didatismo e Conhecimento
Novela: é um texto caracterizado por ser intermediário entre a
longevidade do romance e a brevidade do conto. Como exemplos
de novelas, podem ser citadas as obras O Alienista, de Machado de
Assis, e A Metamorfose, de Kafka.
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LÍ NGUA PORTUGUESA
Conto: é um texto narrativo breve, e de icção, geralmente
em prosa, que conta situações rotineiras, anedotas e até folclores.
Inicialmente, fazia parte da literatura oral. Boccacio foi o primeiro
a reproduzi-lo de forma escrita com a publicação de Decamerão.
Diversos tipos do gênero textual conto surgiram na tipologia textual narrativa: conto de fadas, que envolve personagens do mundo
da fantasia; contos de aventura, que envolvem personagens em um
contexto mais próximo da realidade; contos folclóricos (conto popular); contos de terror ou assombração, que se desenrolam em um
contexto sombrio e objetivam causar medo no expectador; contos
de mistério, que envolvem o suspense e a solução de um mistério.
Fábula: é um texto de caráter fantástico que busca ser
inverossímil. As personagens principais são não humanos e a
inalidade é transmitir alguma lição de moral.
Poesia de cordel: texto tipicamente brasileiro em que se
retrata, com forte apelo linguístico e cultural nordestinos, fatos
diversos da sociedade e da realidade vivida por este povo.
· Gênero Lírico:
É certo tipo de texto no qual um eu lírico (a voz que fala
no poema e que nem sempre corresponde à do autor) exprime
suas emoções, ideias e impressões em face do mundo exterior.
Normalmente os pronomes e os verbos estão em 1ª pessoa e há o
predomínio da função emotiva da linguagem.
Elegia: é um texto de exaltação à morte de alguém, sendo
que a morte é elevada como o ponto máximo do texto. O emissor
expressa tristeza, saudade, ciúme, decepção, desejo de morte. É
um poema melancólico. Um bom exemplo é a peça Roan e yufa,
de william shakespeare.
Crônica: é uma narrativa informal, breve, ligada à vida cotidiana, com linguagem coloquial. Pode ter um tom humorístico
ou um toque de crítica indireta, especialmente, quando aparece em
seção ou artigo de jornal, revistas e programas da TV..
Epitalâmia: é um texto relativo às noites nupciais líricas, ou
seja, noites românticas com poemas e cantigas. Um bom exemplo
de epitalâmia é a peça Romeu e Julieta nas noites nupciais.
Crônica narrativo-descritiva: Apresenta alternância entre os
momentos narrativos e manifestos descritivos.
Ode (ou hino): é o poema lírico em que o emissor faz uma
homenagem à pátria (e aos seus símbolos), às divindades, à mulher
amada, ou a alguém ou algo importante para ele. O hino é uma ode
com acompanhamento musical;
Ensaio: é um texto literário breve, situado entre o poético e
o didático, expondo ideias, críticas e relexões morais e ilosóicas
a respeito de certo tema. É menos formal e mais lexível que o
tratado. Consiste também na defesa de um ponto de vista pessoal
e subjetivo sobre um tema (humanístico, ilosóico, político,
social, cultural, moral, comportamental, etc.), sem que se paute em
formalidades como documentos ou provas empíricas ou dedutivas
de caráter cientíico. Exemplo: Ensaio sobre a cegueira, de José
Saramago e Ensaio sobre a tolerância, de John Locke.
Idílio (ou écloga): é o poema lírico em que o emissor expressa
uma homenagem à natureza, às belezas e às riquezas que ela dá
ao homem. É o poema bucólico, ou seja, que expressa o desejo de
desfrutar de tais belezas e riquezas ao lado da amada (pastora),
que enriquece ainda mais a paisagem, espaço ideal para a paixão.
A écloga é um idílio com diálogos (muito rara);
Sátira: é o poema lírico em que o emissor faz uma crítica a
alguém ou a algo, em tom sério ou irônico.
· Gênero Dramático:
Trata-se do texto escrito para ser encenado no teatro. Nesse
tipo de texto, não há um narrador contando a história. Ela “acontece” no palco, ou seja, é representada por atores, que assumem os
papéis das personagens nas cenas.
Acalanto: ou canção de ninar;
Acróstico: (akros = extremidade; stikos = linha), composição
lírica na qual as letras iniciais de cada verso formam uma palavra
ou frase;
Tragédia: é a representação de um fato trágico, suscetível de
provocar compaixão e terror. Aristóteles airmava que a tragédia
era «uma representação duma ação grave, de alguma extensão e
completa, em linguagem igurada, com atores agindo, não narrando, inspirando dó e terror”. Ex: Romeu e Julieta, de Shakespeare.
Balada: uma das mais primitivas manifestações poéticas, são
cantigas de amigo (elegias) com ritmo característico e refrão vocal
que se destinam à dança;
Farsa: é uma pequena peça teatral, de caráter ridículo e
caricatural, que critica a sociedade e seus costumes; baseiase no lema latino ridendo castigat mores (rindo, castigam-se
os costumes). A farsa consiste no exagero do cômico, graças
ao emprego de processos grosseiros, como o absurdo, as
incongruências, os equívocos, os enganos, a caricatura, o humor
primário, as situações ridículas.
Canção (ou Cantiga,
acompanhamento musical;
Trova):
poema
oral
com
Gazal (ou Gazel): poesia amorosa dos persas e árabes; odes
do oriente médio;
Comédia: é a representação de um fato inspirado na vida e no
sentimento comum, de riso fácil. Sua origem grega está ligada às
festas populares.
Haicai: expressão japonesa que signiica “versos cômicos”
(=sátira). E o poema japonês formado de três versos que somam
17 sílabas assim distribuídas: 1° verso= 5 sílabas; 2° verso = 7
sílabas; 3° verso 5 sílabas;
Tragicomédia: modalidade em que se misturam elementos
trágicos e cômicos. Originalmente, signiicava a mistura do real
com o imaginário.
Soneto: é um texto em poesia com 14 versos, dividido em dois
quartetos e dois tercetos, com rima geralmente em a-ba-b a-b-b-a
c-d-c d-c-d.
Didatismo e Conhecimento
8
LÍ NGUA PORTUGUESA
Vilancete: são as cantigas de autoria dos poetas vilões
(cantigas de escárnio e de maldizer); satíricas, portanto.
7. No segmento: “Ela deverá voltar a trabalhar...”. O elemento
sublinhado é classiicado morfologicamente por:
a) artigo
b) preposição
c) pronome
d) advérbio
e) substantivo
Exercícios
1. Sobre o texto narrativo, pode-se airmar:
a) A estrutura textual é semelhante ao texto descritivo
b) A postura do autor é de argumentador
c) Há, exaustivamente, o uso de presente do indicativo.
d) Não apresenta clímax em sua estrutura
e) O enredo é prioritário
2. O predomínio de adjetivações é comumente encontrado
no texto:
a) Narrativo
b) Informativo
c) Descritivo
d) Dissertativo
e) Epistolar
8. “Ela deverá voltar a trabalhar com Denise...” O segmento
destacado é classiicado sintaticamente como:
a) Adjunto adverbial de modo
b) Adjunto adverbial de companhia
c) Adjunto adverbial de lugar
d) Adjunto adverbial de negação
e) Adjunto adverbial de pessoa
9. “Ela deverá voltar...”. A locução verbal pode ser substituída,
sem alteração semântica, por um verbo simples, assinale-o:
a) volta
b) voltaria
c) voltará
d) poderá voltar
e) voltou
3. Duas características são representativas do modo de
organização dissertativa, assinale-as:
a) Introdução e clímax
b) Argumentação e sensação
c) Sequência de fatos e de aspectos
d) Verbos de ação e objetividade
e) Convencimento e descrição
10. “Viviane Pasmanter estreou na TV...”. Nesse período o
verbo “estreou” concorda com seu sujeito “ Viviane Pasmanter”,
marque a alternativa em que tal concordância NÃO ocorre:
4. Leia o texto a seguir:
Parceria Reeditada
“Viviane Pasmanter estreou na TV em 91, na novela
“Felicidade”, de Manoel Calos, dirigida por Denise Saraceni. Ela
deverá voltar a trabalhar com Denise em “Ciranda de pedra”, nova
novela das 18h”.
O Globo 08/02/08
A opção que melhor justiica o título do texto é:
a) o fato de Viviane Pasmanter ter estreado na TV em 1991.
b) de a atriz ter sido dirigida por Denise Saraceni.
c) por ter trabalhado com Denise Saraceni na novela
“Felicidade”
d) por ter trabalhado com Denise Saraceni em “Felicidade” e
trabalhar novamente com ela em “Ciranda de pedra”.
e) Viviane Pasmanter trabalhar em uma novela de Manoel
Carlos.
a) A atriz se atrasou para a peça.
b) Roberto Carlos cantou no Canecão.
c) Dá-se aulas de Língua portuguesa.
d) Edson Celulari ainda é iel a Claudia Raia.
e) Suzana Vieira desilou no carnaval.
11. Leia o texto a seguir:
Para fazer uma boa compra no ramo imobiliário, não basta
ter dinheiro na mão. É imprescindível que o comprador seja frio,
calculista e bem informado. Na hora de comprar um imóvel, a
emoção é um dos maiores inimigos de um bom negócio. Assim,
por mais que se goste de uma casa, convém manter sempre um
certo ar de contrariedade. Se o vendedor perceber qualquer sinal de
emoção, isso poderá custar dinheiro ao comprador. Não é por outra
razão que quem compra para especular ou apenas para investir
costuma conseguir um melhor negócio do que quem está à procura
de um lugar para morar.
5. O verbo estrear aparece conjugado no texto (estreou).
Indique o modo e o tempo a que pertence este verbo.
a) indicativo / presente
b) subjuntivo / pretérito imperfeito
c) indicativo / pretérito imperfeito
d) indicativo / pretérito perfeito
e) imperativo / airmativo
Segundo o texto:
a) Os vendedores, via de regra, buscam ludibriar os
compradores, e vice-versa.
b) O vendedor costuma aumentar o preço do imóvel quando
o comprador não está bem informado sobre o mercado de valores.
c) O mercado imobiliário oferece bons investimentos apenas
para quem pretende especular.
d) No ramo imobiliário, uma atitude que aparente indiferença
pode propiciar negócio mais vantajoso para o comprador.
e) No mercado imobiliário, o comprador realiza melhor
negócio adquirindo uma propriedade de que não tenha gostado
muito.
6. O uso das aspas em alguns vocábulos do texto é justiicado
por/pela:
a) sempre se usa com os substantivos.
b) participação de Viviane em novelas da TV Globo.
c) não estar empregada em seu sentido original
d) participar duas vezes de novelas dirigidas por Denise
Saraceni.
e) ser o nome da novela, por isso o uso das aspas.
Didatismo e Conhecimento
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LÍ NGUA PORTUGUESA
12. Segundo o mesmo texto:
a) Quanto maior a disponibilidade inanceira do comprador,
maior a probabilidade de sucesso no negócio imobiliário.
b) Disponibilidade econômica não é o único fator que
possibilita a realização de um bom negócio.
c) O vendedor, por preferir negociar com investidores,
desfavorece o comprador da casa própria.
d) Gostar de uma casa é psicologicamente importante
em qualquer tipo de compra, seja ela para residência ou para
investimento.
e) O mercado imobiliário oferece oportunidades mais seguras
para o investidor que para o especulador.
Outro aspecto que merece especial atenção são os elementos relacionadores, isto é, os conectores ou conetivos. Eles são
responsáveis pela coesão do texto e tornam a leitura mais luente;
visam a estabelecer um encadeamento lógico entre as ideias e
servem de “elo” entre o parágrafo, ou no interior do período, e o
tópico que o antecede. Saber usá-los com precisão, tanto no interior
da frase, quanto ao passar de um enunciado para outro, é uma
exigência também para a clareza do texto. Sem esses conectores –
pronomes relativos, conjunções, advérbios, preposições , palavras
denotativas – as ideias não luem, muitas vezes o pensamento não
se completa, e o texto torna-se obscuro, sem coerência.
Os elementos relacionadores não são, todavia, obrigatórios;
geralmente estão presentes a partir do segundo parágrafo. No
exemplo a seguir, o parágrafo demonstrativo certamente não constitui o 1º parágrafo de uma redação.
Respostas: 1. E 2. C 3. D 4. D 5. D 6. E 7. B 8. B 9. C 10. C
11. D12. B
Exemplo de um parágrafo e suas divisões
“Nesse contexto, é um grave erro a liberação da maconha. Provocará de imediato violenta elevação do consumo. O Estado perderá
o precário controle que ainda exerce sobre as drogas psicotrópicas
e nossas instituições de recuperação de viciados não terão estrutura suiciente para atender à demanda. Enim, viveremos o caos.”
(Alberto Corazza, Isto É, com adaptações)
Elemento relacionador : Nesse contexto.
Tópico frasal: é um grave erro a liberação da maconha.
Desenvolvimento: Provocará de imediato violenta elevação
do consumo. O Estado perderá o precário controle que ainda exerce
sobre as drogas psicotrópicas e nossas instituições de recuperação
de viciados não terão estrutura suiciente para atender à demanda.
Conclusão: Enim, viveremos o caos.
Estruturação do texto e dos parágrafos.
O parágrafo é organizado em torno de uma ideia núcleo,
que é desenvolvida por ideias secundárias. O parágrafo pode ser
formado por uma ou mais frases, sendo seu tamanho variável. No
texto dissertativo-argumentativo, os parágrafos devem estar todos
relacionados com a tese ou ideia principal do texto, geralmente
apresentada na introdução.
Embora existam diferentes formas de organização de parágrafos, os textos dissertativo-argumentativos e alguns gêneros jornalísticos apresentam uma estrutura-padrão. Essa estrutura consiste em três partes: a ideia núcleo, as ideias secundárias (que
desenvolvem a ideia núcleo) e a conclusão ( que reairma a ideia
básica). Em parágrafos curtos, é raro haver conclusão.
Conheça a estrutura-padrão a seguir, observando sua organização interna.
(ideia núcleo) A poluição que se veriica principalmente nas capitais do país é um problema relevante, para cuja solução é necessária uma ação conjunta de toda a sociedade.
(ideia secundária) O governo, por exemplo, deve rever sua legislação de proteção ao meio ambiente, ou fazer valer as leis em
vigor; o empresário pode dar sua contribuição, instalando iltro de
controle dos gases e líquidos expelidos, e a população, utilizando
menos o transporte individual e aderindo aos programas de rodízio de automóveis e caminhões, como já ocorre em São Paulo.
(conclusão) Medidas que venham a excluir qualquer um desses
três setores da sociedade tendem a ser inócuas no combate à poluição e apenas onerar as contas públicas.
Observe que a ideia núcleo apresentou palavras-chave ( poluição / solução / ação conjunta / sociedade)que vão nortear o
restante do parágrafo. O período subsequente – ideia secundária
– vai desenvolver o que foi citado anteriormente: ação conjunta
– do governo, do empresário e da população. O último período
retoma as ideias anteriores, posicionando-se frente ao tema.
Em suma, note que todo o parágrafo se organiza em torno do
primeiro período, que expõe o ponto de vista do autor sobre como
combater a poluição. O segundo período desenvolve e fundamenta a ideia núcleo, apontando como cada um dos setores envolvidos
pode contribuir. O último período conclui o parágrafo, reforçando
a ideia núcleo.
Didatismo e Conhecimento
Exercícios
Leia o texto a seguir para responder à próxima questão.
Em 2008, Nicholas Carr assinou, na revista The Atlantic, o
polêmico artigo “Estará o Google nos tornando estúpidos?” O
texto ganhou a capa da revista e, desde sua publicação, encontra-se entre os mais lidos de seu website. O autor nos brinda agora
com The Shallows: What the internet is doing with our brains, um
livro instrutivo e provocativo, que dosa linguagem luida com a
melhor tradição dos livros de disseminação cientíica.
Novas tecnologias costumam provocar incerteza e medo. As
reações mais estridentes nem sempre têm fundamentos cientíicos.
Curiosamente, no caso da internet, os verdadeiros fundamentos
cientíicos deveriam, sim, provocar reações muito estridentes.
Carr mergulha em dezenas de estudos cientíicos sobre o funcionamento do cérebro humano. Conclui que a internet está provocando danos em partes do cérebro que constituem a base do que
entendemos como inteligência, além de nos tornar menos sensíveis
a sentimentos como compaixão e piedade.
O frenesi hipertextual da internet, com seus múltiplos e incessantes estímulos, adestra nossa habilidade de tomar pequenas decisões. Saltamos textos e imagens, traçando um caminho errático
pelas páginas eletrônicas. No entanto, esse ganho se dá à custa da
perda da capacidade de alimentar nossa memória de longa duração e estabelecer raciocínios mais soisticados. Carr menciona a
diiculdade que muitos de nós, depois de anos de exposição à internet, agora experimentam diante de textos mais longos e elabo-
10
LÍ NGUA PORTUGUESA
(MP/RS – 2010 – FCC) 2 - Não por acaso oito Estados já
registram mais mortes por acidentes no trânsito do que por homicídios. A airmativa inal do texto surge como
rados: as sensações de impaciência e de sonolência, com base em
estudos cientíicos sobre o impacto da internet no cérebro humano.
Segundo o autor, quando navegamos na rede, “entramos em um
ambiente que promove uma leitura apressada, rasa e distraída, e
um aprendizado supericial.”
A internet converteu-se em uma ferramenta poderosa para a
transformação do nosso cérebro e, quanto mais a utilizamos, estimulados pela carga gigantesca de informações, imersos no mundo
virtual, mais nossas mentes são afetadas. E não se trata apenas
de pequenas alterações, mas de mudanças substanciais físicas e
funcionais. Essa dispersão da atenção vem à custa da capacidade
de concentração e de relexão.
(Thomaz Wood Jr. Carta capital, 27 de outubro de 2010, p.
72, com adaptações)
(MP/RS – 2010 – FCC) 1 - Em relação à estrutura textual, está
correta a airmativa:
(A) constatação baseada no fato de que os brasileiros desejam
possuir um carro, mas perdem muito tempo em congestionamentos.
(B) observação irônica quanto aos problemas decorrentes do
aumento na utilização de carros, com danos provocados ao meio
ambiente.
(C) comprovação de que a compra de um carro é sinônimo
de status e, por isso, constitui o maior sonho de consumo do brasileiro.
(D) hipótese de que a vida nas cidades menores tem perdido
qualidade, pois os brasileiros desses municípios passaram a utilizar seus carros até para percorrercurtas distâncias.
(E) conclusão coerente com todo o desenvolvimento, a partir
de um título que poderia ser: Carro, problema que se agrava.
(A) Os quatro parágrafos do texto são independentes, tendo
em vista que cada um deles trata, isoladamente, de uma situação
diferente sobre a internet.
(B) O 1o parágrafo, especialmente, está isolado dos demais,
por conter uma informação, dispensável no contexto, a respeito
das publicações de um especialista.
(C) Identiica-se uma incoerência no desenvolvimento do
texto, comprometendo a airmativa de que as novas tecnologias
provocam incerteza e medo, embora os sites sejam os mais lidos.
(D) No 3o parágrafo há comprometimento da clareza quanto
aos reais prejuízos causados ao funcionamento do cérebro pelo uso
intensivo da internet.
(E) A sequência de parágrafos é feita com coerência, por haver
progressão articulada do assunto que vem sendo desenvolvido.
Leia o texto a seguir para responder à próxima questão.
CIDADE MARAVILHOSA?
Os camelôs são pais de famílias bem pobres, e, então, merecem nossa simpatia e nosso carinho; logo eles se multiplicam
por 1000. Aqui em frente à minha casa, na Praça General Osório,
existe há muito tempo a feira hippie. Artistas e artesãos expõem ali
aos domingos e vendem suas coisas. Uma feira um tanto organizada demais: sempre os mesmos artistas mostrando coisas quase
sempre sem interesse. Sempre achei que deveria haver um canto
em que qualquer artista pudesse vender um quadro; qualquer artista ou mesmo qualquer pessoa, sem alvarás nem licenças. Enim,
o fato é que a feira funcionava, muita gente comprava coisas –
tudo bem. Pois de repente, de um lado e outro, na Rua Visconde de
Pirajá, apareceram barracas atravancando as calçadas, vendendo de tudo - roupas, louças, frutas, miudezas, brinquedos, objetos
usados, ampolas de óleo de bronzear, passarinhos, pipocas, aspirinas, sorvetes, canivetes. E as praias foram invadidas por 1000
vendedores. Na rua e na areia, uma orgia de cães. Nunca vi tantos
cães no Rio, e presumo que muita gente anda com eles para se
defender de assaltantes. O resultado é uma sujeira múltipla, que
exige cuidado do pedestre para não pisar naquelas coisas. E aquelas coisas secam, viram poeira, unem-se a cascas de frutas podres
e dejetos de toda ordem, e restos de peixes da feira das terças, e
folhas, e cusparadas, e jornais velhos; uma poeira dos três reinos
da natureza e de todas as servidões humanas.
Ah, se venta um pouco o noroeste, logo ela vai-se elevar, essa
poeira, girando no ar, entrar em nosso pulmão numa lufada de ar
quente. Antigamente a gente fugia para a praia, para o mar. Agora há gente demais, a praia está excessivamente cheia. Está bem,
está bem, o mar, o mar é do povo, como a praça é do condor – mas
podia haver menos cães e bolas e pranchas e barcos e camelôs e
ratos de praia e assaltantes que trabalham até dentro d’água, com
um canivete na barriga alheia, e sujeitos que carregam caixas de
isopor e anunciam sorvetes e quando o inocente cidadão pede picolé de manga, eis que ele abre a caixa e de lá puxa a arma. Cada
dia inventam um golpe novo: a juventude é muito criativa, e os
assaltantes são quase sempre muito jovens.
Rubem Braga
Leia o texto a seguir para responder à próxima questão.
Também nas cidades de porte médio, localizadas nas vizinhanças das regiões metropolitanas do Sudeste e do Sul do país,
as pessoas tendem cada vez mais a optar pelo carro para seus
deslocamentos diários, como mostram dados do Departamento
Nacional de Trânsito. Em consequência, congestionamentos, acidentes, poluição e altos custos de manutenção da malha viária
passaram a fazer parte da lista dos principais problemas desses
municípios.
Cidades menores, com custo de vida menos elevado que o
das capitais, baixo índice de desemprego e poder aquisitivo mais
alto, tiveram suas frotas aumentadas em progressão geométrica
nos últimos anos. A facilidade de crédito e a isenção de impostos
são alguns dos elementos que têm colaborado para a realização
do sonho de ter um carro. E os brasileiros desses municípios passaram a utilizar seus carros até para percorrer curtas distâncias,
mesmo perdendo tempo em congestionamentos e apesar dos alertas das autoridades sobre os danos provocados ao meio ambiente
pelo aumento da frota.
Além disso, carro continua a ser sinônimo de status para milhões de brasileiros de todas as regiões. A sua necessidade vem
muitas vezes em segundo lugar. Há 35,3 milhões de veículos em
todo o país, um crescimento de 66% nos últimos nove anos. Não
por acaso oito Estados já registram mais mortes por acidentes no
trânsito do que por homicídios.
(O Estado de S. Paulo, Notas e Informações, A3, 11 de setembro de 2010, com adaptações)
Didatismo e Conhecimento
11
LÍ NGUA PORTUGUESA
(UFRJ – 2010 – NCE/UFRJ) 3 - Em vários momentos do texto, Rubem Braga utiliza longas enumerações cujos termos aparecem ligados pela conjunção E. Esse recurso tem a seguinte inalidade textual:
e material que os Estados Unidos, Canadá e China ofereceram
à equipe chilena de salvamento, num gesto humanitário que só
enobrece esses países. E, também, dos dois médicos e dois “socorristas” que, demonstrando coragem e desprendimento, desceram
na mina para ajudar no salvamento.
(A) trazer a ideia de riqueza da cidade, em sua ampla variedade;
(B) mostrar desagrado do autor diante da confusão reinante;
(C) indicar o motivo de a cidade ser ainda considerada “maravilhosa”;
(D) demonstrar simpatia pelo comércio popular;
(E) procurar dar maior dinamismo e vivacidade ao texto.
Leia o texto a seguir para responder às próximas 2 questões.
A Carta de Pero Vaz de Caminha
De ponta a ponta é toda praia rasa, muito plana e bem formosa. Pelo sertão, pareceu nos do mar muito grande, porque a estender a vista não podíamos ver senão terra e arvoredos, parecendo-nos terra muito longa. Nela, até agora, não pudemos saber que
haja ouro nem prata, nem nenhuma coisa de metal, nem de ferro;
nem as vimos. Mas, a terra em si é muito boa de ares, tão frios e
temperados, como os de Entre-Douro e Minho, porque, neste tempo de agora, assim os achávamos como os de lá. Águas são muitas
e inindas. De tal maneira é graciosa que, querendo aproveitá-la
dar-se-á nela tudo por bem das águas que tem.
(Douglas Jorge; São Paulo, SP; www.folha.com.br – painel
do leitor – 17/10/2010)
(DETRAN/RN – 2010 – FGV) 6 - Considerando o tipo textual
apresentado, algumas expressões demonstram o posicionamento
pessoal do leitor diante do fato por ele narrado. Tais marcas textuais podem ser encontradas nos trechos a seguir, EXCETO:
A) “Assisti ao maior espetáculo da Terra...”
B) “... após 69 dias de permanência no fundo de uma mina de
cobre e ouro no Chile.”
C) “Não se pode esquecer a ajuda técnica e material...”
D) “... gesto humanitário que só enobrece esses países.”
E) “... demonstrando coragem e desprendimento, desceram
na mina...”
Leia o texto a seguir para responder à próxima questão.
Os dicionários de meu pai
Pouco antes de morrer, meu pai me chamou ao escritório e me
entregou um livro de capa preta que eu nunca havia visto. Era o
dicionário analógico de Francisco Ferreira dos Santos Azevedo.
Ficava quase escondido, perto dos cinco grandes volumes do dicionário Caldas Aulete, entre outros livros de consulta que papai
mantinha ao alcance da mão numa estante giratória. Isso pode te
servir, foi mais ou menos o que ele então me disse, no seu falar
meio grunhido. Era como se ele, cansado, me passasse um bastão
que de alguma forma eu deveria levar adiante. E por um tempo
aquele livro me ajudou no acabamento de romances e letras de
canções, sem falar das horas em que eu o folheava à toa; o amor
aos dicionários, para o sérvio Milorad Pavic, autor de romances-enciclopédias, é um traço infantil de caráter de um homem adulto.
Palavra puxa palavra, e escarafunchar o dicionário analógico foi virando para mim um passatempo. O resultado é que o livro,
herdado já em estado precário, começou a se esfarelar nos meus
dedos. Encostei-o na estante das relíquias ao descobrir, num sebo
atrás da sala Cecília Meireles, o mesmo dicionário em encadernação de percalina. Por dentro estava em boas condições, apesar
de algumas manchas amareladas, e de trazer na folha de rosto a
palavra anauê, escrita a caneta-tinteiro.
Com esse livro escrevi novas canções e romances, decifrei
enigmas, fechei muitas palavras cruzadas. E ao vê-lo dar sinais
de fadiga, saí de sebo em sebo pelo Rio de Janeiro para me garantir um dicionário analógico de reserva. Encontrei dois, mas
não me dei por satisfeito, iquei viciado no negócio. Dei de vasculhar livrarias país afora, só em São Paulo adquiri meia dúzia
de exemplares, e ainda arrematei o último à venda a Amazom.
com antes que algum aventureiro o izesse. Eu já imaginava deter o monopólio (açambarcamento, exclusividade, hegemonia, senhorio, império) de dicionários analógicos da língua portuguesa,
não fosse pelo senhor João Ubaldo Ribeiro, que ao que me consta
também tem um quiçá carcomido pelas traças (brocas, carunchos,
gusanos, cupins, térmitas, cáries, lagartas-rosadas, gafanhotos,
bichos-carpinteiros).
(In: Cronistas e viajantes. São Paulo: Abril Educação, 1982. p.
12-23. Literatura Comentada. Com adaptações)
(DETRAN/RN – 2010 – FGV) 4 - A respeito do trecho da
Carta de Caminha e de suas características textuais, é correto airmar que:
A) No texto, predominam características argumentativas e
descritivas.
B) O principal objetivo do texto é ilustrar experiências vividas
através de uma narrativa ictícia.
C) O relato das experiências vividas é feito com aspectos descritivos.
D) A intenção principal do autor é fazer oposição aos fatos
mencionados.
E) O texto procura despertar a atenção do leitor para a mensagem através do uso predominante de uma linguagem igurada.
(DETRAN/RN – 2010 – FGV) 5 - Em todos os trechos a
seguir podemos comprovar a participação do narrador nos fatos
mencionados, EXCETO:
A) “Pelo sertão, pareceu-nos do mar muito grande,...”
B) “... Porque a estender a vista não podíamos ver senão terra e arvoredos,...”
C) “... Parecendo-nos terra muito longa.”
D) “Nela, até agora, não pudemos saber que haja ouro...”
E) “Mas, a terra em si é muito boa de ares,...”
Leia o texto a seguir para responder à próxima questão.
Painel do leitor (Carta do leitor)
Resgate no Chile
Assisti ao maior espetáculo da Terra numa operação de salvamento de vidas, após 69 dias de permanência no fundo de uma
mina de cobre e ouro no Chile.
Um a um os mineiros soterrados foram içados com sucesso,
mostrando muita calma, saúde, sorrindo e cumprimentando seus
companheiros de trabalho. Não se pode esquecer a ajuda técnica
Didatismo e Conhecimento
12
LÍ NGUA PORTUGUESA
A horas mortas eu corria os olhos pela minha prateleira repleta de livros gêmeos, escolhia um a esmo e o abria a bel-prazer.
Então anotava num Moleskine as palavras mais preciosas, a im
de esmerar o vocabulário com que embasbacaria as moças e esmagaria meus rivais.
Hoje sou surpreendido pelo anúncio desta nova edição do
dicionário analógico de Francisco Ferreira dos Santos Azevedo.
Sinto como se invadissem minha propriedade, revirassem meus
baús, espalhassem ao vento meu tesouro. Trata-se para mim de
uma terrível (funesta, nefasta, macabra, atroz, abominável, dilacerante, miseranda) notícia.
(Francisco Buarque de Hollanda, Revista Piauí, junho de
2010)
4. ORTOGRAFIA OFICIAL;
A ortograia é a parte da língua responsável pela graia correta
das palavras. Essa graia baseia-se no padrão culto da língua.
As palavras podem apresentar igualdade total ou parcial no
que se refere a sua graia e pronúncia, mesmo tendo signiicados
diferentes. Essas palavras são chamadas de homônimas (canto, do
grego, signiica ângulo / canto, do latim, signiica música vocal).
As palavras homônimas dividem-se em homógrafas, quando têm
a mesma graia (gosto, substantivo e gosto, 1ª pessoa do singular
do verbo gostar) e homófonas, quando têm o mesmo som (paço,
palácio ou passo, movimento durante o andar).
Quanto à graia correta em língua portuguesa, devem-se observar as seguintes regras:
(FAETEC/RJ – 2010 – CEPERJ) 7 - O modo predominante de
organização textual é:
A) descritivo
B) narrativo
C) argumentativo
D) dissertativo
E) injuntivo
O fonema s:
Escreve-se com S e não com C/Ç as palavras substantivadas
derivadas de verbos com radicais em nd, rg, rt, pel, corr e sent.
pretender - pretensão / expandir - expansão / ascender ascensão / inverter - inversão / aspergir aspersão / submergir
- submersão / divertir - diversão / impelir - impulsivo / compelir
- compulsório / repelir - repulsa / recorrer - recurso / discorrer discurso / sentir - sensível / consentir - consensual
Leia o texto a seguir para responder à próxima questão.
Olhar o vizinho é o primeiro passo
Não é preciso ser ilósofo na atualidade, para perceber que o
“bom” e o “bem” não prevalecem tanto quanto desejamos. Sob
a égide de uma moral individualista, o consumo e a concentração
de renda despontam como metas pessoais e fazem muitos de nós
nos esquecermos do outro, do irmão, do próximo. Passamos muito
tempo olhando para nossos próprios umbigos ou mergulhados em
nossas crises existenciais e não reparamos nos pedidos de ajuda de quem está ao nosso lado. É difícil tirar os óculos escuros da
indiferença e estender a mão, não para dar uma esmola à criança
que faz malabarismo no sinal, para ganhar um trocado simpático,
mas para tentar mudar uma situação adversa, fazer a diferença. O
que as pessoas que ajudam outras nos mostram é que basta querer,
para mudar o mundo. Não é preciso ser milionário, para fazer
uma doação. Se não há dinheiro, o trabalho também é bem-vindo.
Doar um pouco de conhecimento ou expertise, para fazer o bem
a outros que não têm acesso a esses serviços, é mais que caridade: é senso de responsabilidade. Basta ter disposição e sentimento
e fazer um trabalho de formiguinha, pois,como diz o ditado, é a
união que faz a força! Graças a esses ilósofos da prática, ainda
podemos colocar fé na humanidade. Eles nos mostram que fazer
o bem é bom e seguem esse caminho por puro amor, vocação e
humanismo.
Escreve-se com SS e não com C e Ç os nomes derivados dos
verbos cujos radicais terminem em gred, ced, prim ou com verbos
terminados por tir ou meter
agredir - agressivo / imprimir - impressão / admitir - admissão / ceder - cessão / exceder - excesso / percutir - percussão /
regredir - regressão / oprimir - opressão / comprometer - compromisso / submeter - submissão
*quando o preixo termina com vogal que se junta com a
palavra iniciada por “s”
Exemplos: a + simétrico - assimétrico / re + surgir - ressurgir
*no pretérito imperfeito simples do subjuntivo
Exemplos: icasse, falasse
Escreve-se com C ou Ç e não com S e SS os vocábulos de
origem árabe:
cetim, açucena, açúcar
*os vocábulos de origem tupi, africana ou exótica
cipó, Juçara, caçula, cachaça, cacique
*os suixos aça, aço, ação, çar, ecer, iça, nça, uça, uçu.
barcaça, ricaço, aguçar, empalidecer, carniça, caniço, esperança, carapuça, dentuço
*nomes derivados do verbo ter.
abster - abstenção / deter - detenção / ater - atenção / reter retenção
*após ditongos
foice, coice, traição
*palavras derivadas de outras terminadas em te, to(r)
marte - marciano / infrator - infração / absorto - absorção
(Diário do Nordeste. 28 abr. 2008)
(AGENTE MUNICIPAL DE TRÂNSITO – 2009 – IEPRO/
UECE) 8 – Com relação ao gênero, o texto
A) é uma dissertação
B) mistura descrição com narração, com predomínio da descrição.
C) mistura descrição com narração, com predomínio da narração.
D) mistura descrição, narração e dissertação, com predomínio
da narração e da dissertação.
E) mistura descrição, narração e dissertação, com predomínio
da descrição e da dissertação.
Respostas: (1 E) (2 E) (3 B) (4 C) (5 E) (6 B) (7 B) (8 A)
Didatismo e Conhecimento
13
LÍ NGUA PORTUGUESA
O fonema ch:
Escreve-se com X e não com CH:
*as palavras de origem tupi, africana ou exótica.
abacaxi, muxoxo, xucro.
*as palavras de origem inglesa (sh) e espanhola (J).
xampu, lagartixa.
*depois de ditongo.
frouxo, feixe.
*depois de “en”.
enxurrada, enxoval
O fonema z:
Escreve-se com S e não com Z:
*os suixos: ês, esa, esia, e isa, quando o radical é substantivo, ou em gentílicos e títulos nobiliárquicos.
freguês, freguesa, freguesia, poetisa, baronesa, princesa, etc.
*os suixos gregos: ase, ese, ise e ose.
catequese, metamorfose.
*as formas verbais pôr e querer.
pôs, pus, quisera, quis, quiseste.
*nomes derivados de verbos com radicais terminados em “d”.
aludir - alusão / decidir - decisão / empreender - empresa /
difundir - difusão
*os diminutivos cujos radicais terminam com “s”
Luís - Luisinho / Rosa - Rosinha / lápis - lapisinho
*após ditongos
coisa, pausa, pouso
*em verbos derivados de nomes cujo radical termina com “s”.
anális(e) + ar - analisar / pesquis(a) + ar - pesquisar
Escreve-se com Z e não com S:
*os suixos “ez” e “eza” das palavras derivadas de adjetivo
macio - maciez / rico - riqueza
*os suixos “izar” (desde que o radical da palavra de origem
não termine com s)
inal - inalizar / concreto - concretizar
*como consoante de ligação se o radical não terminar com
s.
pé + inho - pezinho / café + al - cafezal ≠ lápis + inho - lapisinho
Observação: Exceção: quando a palavra de origem não derive de outra iniciada com ch - Cheio - (enchente)
Escreve-se com CH e não com X:
*as palavras de origem estrangeira
chave, chumbo, chassi, mochila, espadachim, chope, sanduíche, salsicha.
As letras e e i:
*os ditongos nasais são escritos com “e”: mãe, põem. Com
“i”, só o ditongo interno cãibra.
*os verbos que apresentam ininitivo em -oar, -uar são escritos com “e”: caçoe, tumultue. Escrevemos com “i”, os verbos
com ininitivo em -air, -oer e -uir: trai, dói, possui.
- atenção para as palavras que mudam de sentido quando
substituímos a graia “e” pela graia “i”: área (superfície), ária
(melodia) / delatar (denunciar), dilatar (expandir) / emergir (vir
à tona), imergir (mergulhar) / peão (de estância, que anda a pé),
pião (brinquedo).
O fonema j:
Escreve-se com G e não com J:
*as palavras de origem grega ou árabe
tigela, girafa, gesso.
*estrangeirismo, cuja letra G é originária.
sargento, gim.
*as terminações: agem, igem, ugem, ege, oge (com poucas
exceções)
imagem, vertigem, penugem, bege, foge.
Observação: Exceção: pajem
*as terminações: ágio, égio, ígio, ógio, ugio.
sortilégio, litígio, relógio, refúgio.
*os verbos terminados em ger e gir.
eleger, mugir.
*depois da letra “r” com poucas exceções.
emergir, surgir.
*depois da letra “a”, desde que não seja radical terminado
com j.
ágil, agente.
Fonte: http://www.pciconcursos.com.br/aulas/portugues/ortograia
Questões
01. (Escrevente TJ SP – Vunesp/2013) Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas do trecho
a seguir, de acordo com a norma-padrão.
Além disso, ___certamente ____entre nós ____do fenômeno
da corrupção e das fraudes.
(A) a … concenso … acerca
(B) há … consenso … acerca
(C) a … concenso … a cerca
(D) a … consenso … há cerca
(E) há … consenço … a cerca
02. (Escrevente TJ SP – Vunesp/2013). Assinale a alternativa cujas palavras se apresentam lexionadas de acordo com a
norma-padrão.
(A) Os tabeliãos devem preparar o documento.
(B) Esses cidadões tinham autorização para portar fuzis.
(C) Para autenticar as certidãos, procure o cartório local.
(D) Ao descer e subir escadas, segure-se nos corrimãos.
(E) Cuidado com os degrais, que são perigosos!
Escreve-se com J e não com G:
*as palavras de origem latinas
jeito, majestade, hoje.
*as palavras de origem árabe, africana ou exótica.
alforje, jibóia, manjerona.
*as palavras terminada com aje.
aje, ultraje
Didatismo e Conhecimento
03. (Agente de Vigilância e Recepção – VUNESP – 2013).
Suponha-se que o cartaz a seguir seja utilizado para informar os
usuários sobre o festival Sounderground.
14
LÍ NGUA PORTUGUESA
Prezado Usuário
________ de oferecer lazer e cultura aos passageiros do
metrô, ________ desta segunda-feira (25/02), ________ 17h30,
começa o Sounderground, festival internacional que prestigia os
músicos que tocam em estações do metrô.
Conira o dia e a estação em que os artistas se apresentarão
e divirta-se!
10. Assinale a alternativa cuja frase esteja incorreta:
A) Porque essa cara?
B) Não vou porque não quero.
C) Mas por quê?
D) Você saiu por quê?
GABARITO
1-B 2-D 3-C 4-C 5-B 6-D 7-A 8-D 9-A 10-A
Para que o texto atenda à norma-padrão, devem-se preencher
as lacunas, correta e respectivamente, com as expressões
A) A im ...a partir ... as
B) A im ...à partir ... às
C) A im ...a partir ... às
D) Aim ...a partir ... às
E) Aim ...à partir ... as
ia:
COMENTÁRIOS
1-) Além disso, há (existe) certamente consenso entre nós
acerca (de + o) (sobre o ) do fenômeno da corrupção e das fraudes.
2-)
(A) Os tabeliãos devem preparar o documento. = tabeliães
(B) Esses cidadões tinham autorização para portar fuzis. =
cidadãos
(C) Para autenticar as certidãos, procure o cartório local. =
certidões
(E) Cuidado com os degrais, que são perigosos = degraus
04. Assinale a alternativa que não apresenta erro de ortograA) Ela interrompeu a reunião derrepente.
B) O governador poderá ter seu mandato caçado.
C) Os espectadores aplaudiram o ministro.
D) Saiu com descrição da sala.
3-) Prezado Usuário
A im de oferecer lazer e cultura aos passageiros do metrô, a
partir desta segunda-feira (25/02), às 17h30, começa o Sounderground, festival internacional que prestigia os músicos que tocam
em estações do metrô.
Conira o dia e a estação em que os artistas se apresentarão e
divirta-se!
05.Em qual das alternativas a frase está corretamente escrita?
A) O mindingo não depositou na cardeneta de poupansa.
B) O mendigo não depositou na caderneta de poupança.
C) O mindigo não depozitou na cardeneta de poupanssa.
D) O mendingo não depozitou na carderneta de poupansa.
Aim = ainidade; a partir: sempre separado; antes de horas:
há crase
06. Qual das alternativas abaixo apresenta pelo menos uma
palavra que deveria ser grafada com S no lugar do X?
A) Exumar – Exultar.
B) Exteriorizar – Êxtase.
C) Expectador – Excursão.
D) Expontâneo – Extrepitar.
4-)
A) Ela interrompeu a reunião derrepente. =de repente
B) O governador poderá ter seu mandato caçado. = cassado
D) Saiu com descrição da sala. = discrição
07. Está separada corretamente:
A) Sus-sur-rar.
B) Ra-dio-gra-far.
C) Tin-ho-rão.
D) So-bre-ssa-len-te.
E) Li-gni-ta.
5-)
A) O mindingo não depositou na cardeneta de poupansa. =
mendigo/caderneta/poupança
C) O mindigo não depozitou na cardeneta de poupanssa. =
mendigo/caderneta/poupança
D) O mendingo não depozitou na carderneta de poupansa.
=mendigo/depositou/caderneta/poupança
08. Assinale a alternativa incorreta quanto ao uso de “a” e
“há”:
A) Daqui a dois meses iremos à Europa.
B) Isto foi há muito tempo.
C) Há meses que não a vejo.
D) A dois meses fomos na casa de sua mãe.
E) Há tempos atrás éramos muito felizes.
6-) Espontâneo – Estrepitar
7-)
B) Ra-dio-gra-far = Ra - di - o - gra - far
C) Tin-ho-rão. = ti - nho - rão
D) So-bre-ssa-len-te. = so - bres - sa - len - te
E) Li-gni-ta. = lig - ni - ta
09. Marque a alternativa em que a palavra NÃO está corretamente empregada de acordo com sua ortograia.
A) Serei eu um ____________ colega? (mal)
B) Sei ____________ você guardou meus presentes. (onde)
C) Os alunos estão de ____________ com o diretor. (mal)
D) ____________ vocês estão indo com tanta pressa? (aonde)
E) Jonas ____________ sempre seus livros sempre encapados. (traz)
Didatismo e Conhecimento
8-) Há dois meses fomos na casa de sua mãe. (= há no sentido
de tempo passado)
9-) Serei eu um mau colega? (mal)
- mau=adjetivo
10-) Por que essa cara? = é uma pergunta e o pronome está
longe do ponto de interrogação.
15
LÍ NGUA PORTUGUESA
acento circunlexo (^) – colocado sobre as letras “a”, “e” e
“o” indica, além da tonicidade, timbre fechado:
Ex.: tâmara – Atlântico – pêssego – supôs
5. ACENTUAÇÃO GRÁFICA;
acento grave (`) – indica a fusão da preposição “a” com artigos e pronomes.
Ex.: à – às – àquelas – àqueles
A acentuação é um dos requisitos que perfazem as regras estabelecidas pela Gramática Normativa. Esta se compõe de algumas particularidades, às quais devemos estar atentos, procurando
estabelecer uma relação de familiaridade e, consequentemente,
colocando-as em prática na linguagem escrita. À medida que
desenvolvemos o hábito da leitura e a prática de redigir, automaticamente aprimoramos essas competências, e tão logo nos
adequamos à forma padrão.
trema (¨) – De acordo com a nova regra, foi totalmente abolido das palavras. Há uma exceção: é utilizado em palavras derivadas de nomes próprios estrangeiros.
Ex.: mülleriano (de Müller)
til (~) – indica que as letras “a” e “o” representam vogais na-
Regras básicas – Acentuação tônica
sais.
A acentuação tônica implica na intensidade com que são
pronunciadas as sílabas das palavras. Aquela que se dá de forma mais acentuada, conceitua-se como sílaba tônica. As demais,
como são pronunciadas com menos intensidade, são denominadas de átonas.
De acordo com a tonicidade, as palavras são classiicadas
como:
Palavras oxítonas:
Acentuam-se todas as oxítonas terminadas em: “a”, “e”,
“o”, “em”, seguidas ou não do plural(s):
Pará – café(s) – cipó(s) – armazém(s)
Essa regra também é aplicada aos seguintes casos:
Monossílabos tônicos terminados em “a”, “e”, “o”, seguidos ou não de “s”.
Ex.: pá – pé – dó – há
Oxítonas – São aquelas cuja sílaba tônica recai sobre a última
sílaba.
Ex.: café – coração – cajá – atum – caju – papel
Formas verbais terminadas em “a”, “e”, “o” tônicos, seguidas de lo, la, los, las.
respeitá-lo – percebê-lo – compô-lo
Paroxítonas – São aquelas em que a sílaba tônica se evidencia na penúltima sílaba.
Ex.: útil – tórax – táxi – leque – retrato – passível
Paroxítonas:
Acentuam-se as palavras paroxítonas terminadas em:
- i, is
táxi – lápis – júri
- us, um, uns
vírus – álbuns – fórum
- l, n, r, x, ps
automóvel – elétron - cadáver – tórax – fórceps
- ã, ãs, ão, ãos
ímã – ímãs – órfão – órgãos
Proparoxítonas - São aquelas em que a sílaba tônica se evidencia na antepenúltima sílaba.
Ex.: lâmpada – câmara – tímpano – médico – ônibus
Como podemos observar, mediante todos os exemplos mencionados, os vocábulos possuem mais de uma sílaba, mas em nossa língua existem aqueles com uma sílaba somente: são os chamados monossílabos, que, quando pronunciados, apresentam certa
diferenciação quanto à intensidade.
Tal diferenciação só é percebida quando os pronunciamos em
uma dada sequência de palavras. Assim como podemos observar
no exemplo a seguir:
“Sei que não vai dar em nada,
Seus segredos sei de cor”.
-- Dica: Memorize a palavra LINURXÃO. Para quê? Repare
que essa palavra apresenta as terminações das paroxítonas que são
acentuadas: L, I N, U (aqui inclua UM =fórum), R, X, Ã, ÃO. Assim icará mais fácil a memorização!
-ditongo oral, crescente ou decrescente, seguido ou não de
“s”. água – pônei – mágoa – jóquei
Os monossílabos em destaque classiicam-se como tônicos;
os demais, como átonos (que, em, de).
Regras especiais:
Os ditongos de pronúncia aberta “ei”, “oi” ( ditongos abertos),
que antes eram acentuados, perderam o acento de acordo com a
nova regra, mas desde que estejam em palavras paroxítonas.
Os acentos
acento agudo (´) – Colocado sobre as letras “a”, “i”, “u” e
sobre o “e” do grupo “em” - indica que estas letras representam as
vogais tônicas de palavras como Amapá, caí, público, parabéns.
Sobre as letras “e” e “o” indica, além da tonicidade, timbre aberto.
Ex.: herói – médico – céu (ditongos abertos)
Didatismo e Conhecimento
Ex.: coração – melão – órgão – ímã
Regras fundamentais:
Cuidado: Se os ditongos abertos estiverem em uma palavra
oxítona (herói) ou monossílaba (céu) ainda são acentuados. Ex.:
16
LÍ NGUA PORTUGUESA
Antes
assembléia
idéia
geléia
jibóia
apóia (verbo apoiar)
paranóico
Antes
apazigúe (apaziguar)
averigúe (averiguar)
argúi (arguir)
Agora
assembleia
ideia
geleia
jiboia
apoia
paranoico
Acentuam-se os verbos pertencentes à terceira pessoa do plural de:
ele tem – eles têm
ele vem – eles vêm (verbo vir)
Quando a vogal do hiato for “i” ou “u” tônicos, acompanhados ou não de “s”, haverá acento:
Ex.: saída – faísca – baú – país – Luís
A regra prevalece também para os verbos conter, obter,
reter, deter, abster.
ele contém – eles contêm
ele obtém – eles obtêm
ele retém – eles retêm
ele convém – eles convêm
Observação importante:
Não serão mais acentuados “i” e “u” tônicos, formando hiato
quando vierem depois de ditongo: Ex.:
Antes
Agora
bocaiúva
bocaiuva
feiúra
feiura
Sauípe
Sauipe
Não se acentuam mais as palavras homógrafas que antes eram
acentuadas para diferenciá-las de outras semelhantes (regra do
acento diferencial). Apenas em algumas exceções, como:
A forma verbal pôde (terceira pessoa do singular do pretérito perfeito do modo indicativo) ainda continua sendo acentuada para diferenciar-se de pode (terceira pessoa do singular do
presente do indicativo). Ex:
Ela pode fazer isso agora.
Elvis não pôde participar porque sua mão não deixou...
O mesmo ocorreu com o verbo pôr para diferenciar da preposição por.
- Quando, na frase, der para substituir o “por” por “colocar”,
então estaremos trabalhando com um verbo, portanto: “pôr”; nos
outros casos, “por” preposição. Ex:
O acento pertencente aos encontros “oo” e “ee” foi abolido. Ex.:
Antes
Agora
crêem
creem
lêem
leem
vôo
voo
enjôo
enjoo
- Agora memorize a palavra CREDELEVÊ. São os verbos
que, no plural, dobram o “e”, mas que não recebem mais acento
como antes: CRER, DAR, LER e VER.
Repare:
1-) O menino crê em você
Os meninos creem em você.
2-) Elza lê bem!
Todas leem bem!
3-) Espero que ele dê o recado à sala.
Esperamos que os dados deem efeito!
4-) Rubens vê tudo!
Eles veem tudo!
Faço isso por você.
Posso pôr (colocar) meus livros aqui?
Questões sobre Acentuação Gráica
01. “Cadáver” é paroxítona, pois:
A) Tem a última sílaba como tônica.
B) Tem a penúltima sílaba como tônica.
C) Tem a antepenúltima sílaba como tônica.
D) Não tem sílaba tônica.
- Cuidado! Há o verbo vir:
Ele vem à tarde!
Eles vêm à tarde!
02. Assinale a alternativa correta.
A palavra faliu contém um:
A) hiato
B) dígrafo
C) ditongo decrescente
D) ditongo crescente
Não se acentuam o “i” e o “u” que formam hiato quando seguidos, na mesma sílaba, de l, m, n, r ou z:
Ra-ul, ru-im, con-tri-bu-in-te, sa-ir, ju-iz
Não se acentuam as letras “i” e “u” dos hiatos se estiverem
seguidas do dígrafo nh:
ra-i-nha, ven-to-i-nha.
03. Em “O resultado da experiência foi, literalmente, aterrador.” a palavra destacada encontra-se acentuada pelo mesmo motivo que:
A) túnel
B) voluntário
C) até
D) insólito
E) rótulos
Não se acentuam as letras “i” e “u” dos hiatos se vierem precedidas de vogal idêntica:
xi-i-ta, pa-ra-cu-u-ba
As formas verbais que possuíam o acento tônico na raiz, com
“u” tônico precedido de “g” ou “q” e seguido de “e” ou “i” não
serão mais acentuadas. Ex.:
Didatismo e Conhecimento
Depois
apazigue
averigue
argui
17
LÍ NGUA PORTUGUESA
C) Hiato;
D) Dígrafo;
E) Ditongo fechado.
04. Assinale a alternativa correta.
A) “Contrário” e “prévias” são acentuadas por serem paroxítonas terminadas em ditongo.
B) Em “interruptor” e “testaria” temos, respectivamente, encontro consonantal e hiato.
C) Em “erros derivam do mesmo recurso mental” as palavras
grifadas são paroxítonas.
D) Nas palavras “seguida”, “aquele” e “quando” as partes destacadas são dígrafos.
E) A divisão silábica está correta em “co-gni-ti-va”, “p-si-có-lo-ga” e “a-ci-o-na”.
GABARITO
1-B
3-B
4-A 5-E
6-A 7-A 8-B
9-D
10-D
COMENTÁRIOS
1-) Separando as sílabas: Ca – dá – ver: a penúltima sílaba é a
tônica (mais forte; nesse caso, acentuada). Penúltima sílaba tônica
= paroxítona
05. Todas as palavras abaixo são hiatos, EXCETO:
A) saúde
B) cooperar
C) ruim
D) creem
E) pouco
2-) fa - liu - temos aqui duas vogais na mesma sílaba, portanto: ditongo. É decrescente porque apresenta uma semivogal e uma
vogal. Na classiicação, ambas são semivogais, mas quando juntas,
a que “aparecer” mais na pronúncia será considerada “vogal”.
3-) ex – pe - ri – ên - cia : paroxítona terminada em ditongo
crescente (semivogal + vogal)
a-) Tú –nel: paroxítona terminada em L
b-) vo – lun - tá – rio : paroxítona terminada em ditongo crescente
c-) A - té – oxítona
d-) in – só – li – to : proparoxítona
e-) ró – tu los – proparoxítona
4-)
a-) correta
b-) inteRRuptor: não é encontro consonantal, mas sim DÍGRAFO
c-) todas são, exceto MENTAL, que é oxítona
d-) são dígrafos, exceto QUANDO, que “ouço” o som do U,
portanto não é caso de dígrafo
e-) cog – ni - ti – va / psi – có- lo- ga
06. “O episódio aconteceu em plena via pública de Assis. Dez
mulheres começaram a cantar músicas pela paz mundial. A partir daquele momento outras pessoas que passavam por ali decidiram integrar ao grupo. Rapidamente, uma multidão aderiu à ideia.
Assim começou a formação do maior coral popular de Assis”. O
vocábulo sublinhado tem sua acentuação gráica justiicada pelo
mesmo motivo das palavras:
A) eminência, ímpio, vácuo, espécie, sério
B) aluá, cárie, pátio, aéreo, ínvio
C) chinês, varíola, rubéola, período, prêmio
D) sábio, sábia, sabiá, curió, sério
07. Assinale a opção CORRETA em que todas as palavras estão acentuadas na mesma posição silábica.
A) Nazaré - além - até - está - também.
B) Água - início - além - oásis - religião.
C) Município - início - água - século - oásis
D) Século - símbolo - água - histórias - missionário
E) Missionário - símbolo - histórias - século – município
5-) sa - ú - de / co - o - pe – rar / ru – im / crê - em
/ pou - co (ditongo)
6-) e - pi - só - dio - paroxítona terminada em ditongo
08. Considerando as palavras: também / revólver / lâmpada
/ lápis. Assinale a única alternativa cuja justiicativa de acentuação
gráica não se refere a uma delas:
A) palavra paroxítona terminada em - is
B) palavra proparoxítona terminada em - em
C) palavra paroxítona terminada em - r
D) palavra proparoxítona - todas devem ser acentuadas
a-) ok
b-) a – lu –á :oxítona, então descarte esse item
c-) chi – nês : oxítona, idem
d-) sa – bi – á : idem
7-)
a-) oxítona – TODAS
b-) paroxítona – paroxítona – oxítona – paroxítona – não acentuada
c-) paroxítona – idem – idem – proparoxítona – paroxítona
d-) proparoxítona – idem – paroxítona – idem – idem
e-) paroxítona – proparoxítona – paroxítona – proparoxítona
– paroxítona
09. Assinale a alternativa incorreta:
A) Os vocábulos sábio, régua e decência são paroxítonos terminadas em ditongos crescentes.
B) O vocábulo armazém é acentuado por ser um oxítono terminado em em.
C) Os vocábulos baú e cafeína são hiatos.
D) O vocábulo véu é acentuado por ser um oxítono terminado
em u.
8-) tam – bém: oxítona / re – vól – ver: paroxítona / lâm – pa
– da: proparoxítona / lá – pis :paroxítona
a-) é a regra do LÁPIS
b-) todas as proparoxítonas são acentuadas, independente de
sua terminação
10. Em quilo, há:
A) Ditongo aberto;
B) Tritongo;
Didatismo e Conhecimento
2-C
18
LÍ NGUA PORTUGUESA
3) Resposta “D”
___A_____ pouco mais de um mês -> Tempo futuro (a),Tempo
passado (há)
Não____há____que estranhar a diiculdade -> Verbo haver
sentido existir exercer___à_____queima-roupa -> Expressão adverbial feminina
__A___preparar-se muito melhor-> Nunca haverá crase antes
de verbo
4) Resposta “A”
c-) regra para REVÓLVER
d-) ok
9-) As alternativas A, B e C contêm airmativas corretas. Na
D, há erro, pois véu é monossílabo acentuado por terminar em ditongo aberto.
10-) Qui – lo – Quanto ao fonema, não ouço o som do U : /
kilo/. Duas letras, um fonema: dígrafo
A palavra crase é de origem grega e signiica “fusão”, “mistura”. Na língua portuguesa, é o nome que se dá à “junção” de duas
vogais idênticas. É de grande importância a crase da preposição
“a” com o artigo feminino “a” (s), com o pronome demonstrativo
“a” (s), com o “a” inicial dos pronomes aquele (s), aquela (s), aquilo e com o “a” do relativo a qual (as quais). Na escrita, utilizamos o
acento grave ( ` ) para indicar a crase. O uso apropriado do acento
grave, depende da compreensão da fusão das duas vogais. É fundamental também, para o entendimento da crase, dominar a regência
dos verbos e nomes que exigem a preposição “a”. Aprender a usar
a crase, portanto, consiste em aprender a veriicar a ocorrência simultânea de uma preposição e um artigo ou pronome.
6. EMPREGO DA CRASE;
Emprego da Crase:
1) Na indicação de LUGAR:
> Se vou “a” e volto “da”, crase no à. > Se vou “a” e volto
“de”, crase pra que ? (a).
Ex: Cheguei a São Paulo.
Fomos à Itália.
2) Na indicação de HORAS: > Se der para trocar as horas
por “ao meio-dia” = À
> Se der para trocar as horas por “ o meio-dia” = A
Ex: Voltamos às duas horas da madrugada. (Voltamos ao
meio-dia)
Estou aqui desde as cinco da manhã. (Estou aqui desde o
meio-dia)
5) Resposta “D”
Na alternativa D foi usada corretamente a crase por isso é a
alternativa correta.
3) Antes das locuções verbais femininas: >Indicam tempo,
modo, lugar, dúvida. Ex: Virei à esquerda da rua.
Gosto de
andar a pé. > (pronome masculino)
Comprei à vista.
7) Resposta “C”
À frente – acento grave obrigatório por se tratar de uma locução adverbial feminina.
Há – idéia de passado.
Têm – no plural, pois concorda com o sujeito (brasileiros),
que também está no plural.
A – sem acento grave, pois antes de numerais não há o encontro vocálico, salvo uma regra de exceção, que aqui não se encaixa.
(o número tem de representar ou se referir a uma palavra feminina.
Veja um exemplo em que há crase: “Eu li o texto da página 3 à
12”. No exemplo, o número 12 signiica “a página 12”, portanto
há crase.)
6) Resposta “D”
II incorreto, a frase certa é: sempre consigo o que quero. III
incorreto, a frase certa é: a espinhos (sem crase) V incorreto, a
frase certa é: à cidadezinha (a com crase)
4)Nas expressões que indicam “A MODA DE”: Ex: Fez um
gol à Ronaldinho.
Bife à cavalo.
OBS.: Só se usa crase antes da palavra “Casa”, se estiver
especiicando.
Ex: Volto a casa desanimado.
Fomos à casa de Pedro ontem.
8) Resposta “D”
Antes dos pronomes demonstrativos “este” e “esse” – e
suas variantes – nunca haverá crase. A crase é a fusão de duas
letras “a”, logo só existe com a preposição “a” junto à partícula
“a” – artigo ou pronome demonstrativo – ou junto ao demonstrativo “aquele”, ou suas variantes – as, aquela, aqueles, aquelas.
Nas frases das opções “A”, “B” e “E”, a crase é obrigatória. Na
frase da opção “C”, a crase é opcional, pois é opcional a presença
do artigo antes de pronomes possessivos em função adjetiva.
CASOS EM QUE NÃO OCORRE A CRASE NA FRASE:
1) Antes de verbo: Ex: Comecei a chorar, quando cheguei.
Voltamos a caminhar, ontem à noite.
2) Entre palavras repetidas:
Ex: Face a face.
Boca a boca.
Dia a dia.
9) Resposta: “B”
A alternativa “B” é a correta, pois não é facultativo o uso da
crase nesta situação e sim obrigatório, pois há acento indicativo
de crase em: a maneira semelhante à (vida) de seus “primos” modernos.
3) Antes de palavras no plural, mantendo-se no singular.
Ex: Adoro assistir a comédias.
(Se o “a” fosse colocado no plural, receberia crase. Ficando
assim > “às”)
Didatismo e Conhecimento
19
LÍ NGUA PORTUGUESA
2- Depois de interjeições ou vocativos
- Ai! Que susto!
- João! Há quanto tempo!
7. PONTUAÇÃO;
Ponto de Interrogação
Usa-se nas interrogações diretas e indiretas livres.
“- Então? Que é isso? Desertaram ambos?” (Artur Azevedo)
Os sinais de pontuação são marcações gráicas que servem
para compor a coesão e a coerência textual além de ressaltar especiicidades semânticas e pragmáticas. Vejamos as principais
funções dos sinais de pontuação conhecidos pelo uso da língua
portuguesa.
Reticências
1- Indica que palavras foram suprimidas.
- Comprei lápis, canetas, cadernos...
Ponto
1- Indica o término do discurso ou de parte dele.
- Façamos o que for preciso para tirá-la da situação em que
se encontra.
- Gostaria de comprar pão, queijo, manteiga e leite.
- Acordei. Olhei em volta. Não reconheci onde estava.
2- Usa-se nas abreviações - V. Exª.
2- Indica interrupção violenta da frase.
“- Não... quero dizer... é verdad... Ah!”
3- Indica interrupções de hesitação ou dúvida
- Este mal... pega doutor?
4- Indica que o sentido vai além do que foi dito
- Deixa, depois, o coração falar...
Vírgula
- Sr.
Ponto e Vírgula ( ; )
Não se usa vírgula
*separando termos que, do ponto de vista sintático, ligam-se
diretamente entre si:
1- Separa várias partes do discurso, que têm a mesma importância.
- “Os pobres dão pelo pão o trabalho; os ricos dão pelo pão
a fazenda; os de espíritos generosos dão pelo pão a vida; os de
nenhum espírito dão pelo pão a alma...” (VIEIRA)
a) entre sujeito e predicado.
Todos os alunos da sala foram advertidos.
Sujeito
predicado
2- Separa partes de frases que já estão separadas por vírgulas.
- Alguns quiseram verão, praia e calor; outros montanhas,
frio e cobertor.
b) entre o verbo e seus objetos.
O trabalho custou
sacrifício
V.T.D.I.
O.D.
3- Separa itens de uma enumeração, exposição de motivos,
decreto de lei, etc.
- Ir ao supermercado;
- Pegar as crianças na escola;
- Caminhada na praia;
- Reunião com amigos.
c) entre nome e complemento nominal; entre nome e adjunto
adnominal.
A surpreendente reação do governo contra os sonegadores
despertou reações entre os empresários.
adj. adnominal nome
adj. adn.
complemento nominal
Dois pontos
1- Antes de uma citação
- Vejamos como Afrânio Coutinho trata este assunto:
Usa-se a vírgula:
- Para marcar intercalação:
a) do adjunto adverbial: O café, em razão da sua abundância, vem caindo de preço.
b) da conjunção: Os cerrados são secos e áridos. Estão produzindo, todavia, altas quantidades de alimentos.
c) das expressões explicativas ou corretivas: As indústrias não
querem abrir mão de suas vantagens, isto é, não querem abrir mão
dos lucros altos.
2- Antes de um aposto
- Três coisas não me agradam: chuva pela manhã, frio à tarde
e calor à noite.
3- Antes de uma explicação ou esclarecimento
- Lá estava a deplorável família: triste, cabisbaixa, vivendo a
rotina de sempre.
4- Em frases de estilo direto
Maria perguntou:
- Por que você não toma uma decisão?
- Para marcar inversão:
a) do adjunto adverbial (colocado no início da oração): Depois
das sete horas, todo o comércio está de portas fechadas.
b) dos objetos pleonásticos antepostos ao verbo: Aos pesquisadores, não lhes destinaram verba alguma.
c) do nome de lugar anteposto às datas: Recife, 15 de maio
de 1982.
Ponto de Exclamação
1- Usa-se para indicar entonação de surpresa, cólera, susto,
súplica, etc.
- Sim! Claro que eu quero me casar com você!
Didatismo e Conhecimento
aos realizadores.
O.I.
20
LÍ NGUA PORTUGUESA
A) Duas explicações, do treinamento para consultores iniciantes receberam destaque, o conceito de PPD e a construção de
tabelas Price; mas por outro lado, faltou falar das metas de vendas
associadas aos dois temas.
B) Duas explicações do treinamento para consultores iniciantes receberam destaque: o conceito de PPD e a construção de tabelas Price; mas, por outro lado, faltou falar das metas de vendas
associadas aos dois temas.
C) Duas explicações do treinamento para consultores iniciantes receberam destaque; o conceito de PPD e a construção de tabelas Price, mas por outro lado, faltou falar das metas de vendas
associadas aos dois temas.
D) Duas explicações do treinamento para consultores iniciantes, receberam destaque: o conceito de PPD e a construção de tabelas Price, mas, por outro lado, faltou falar das metas de vendas
associadas aos dois temas.
E) Duas explicações, do treinamento para consultores iniciantes, receberam destaque; o conceito de PPD e a construção de tabelas Price, mas por outro lado, faltou falar das metas, de vendas
associadas aos dois temas.
- Para separar entre si elementos coordenados (dispostos em
enumeração):
Era um garoto de 15 anos, alto, magro.
A ventania levou árvores, e telhados, e pontes, e animais.
- Para marcar elipse (omissão) do verbo:
Nós queremos comer pizza; e vocês, churrasco.
- Para isolar:
- o aposto:
São Paulo, considerada a metrópole brasileira, possui um
trânsito caótico.
- o vocativo:
Ora, Thiago, não diga bobagem.
Fontes:
http://www.infoescola.com/portugues/pontuacao/
http://www.brasilescola.com/gramatica/uso-da-virgula.htm
Questões
01. (Agente Policial – Vunesp – 2013). Assinale a alternativa
em que a pontuação está corretamente empregada, de acordo com
a norma-padrão da língua portuguesa.
(A) Diante da testemunha, o homem abriu a bolsa e, embora,
experimentasse, a sensação de violar uma intimidade, procurou a
esmo entre as coisinhas, tentando encontrar algo que pudesse ajudar a revelar quem era a sua dona.
(B) Diante, da testemunha o homem abriu a bolsa e, embora
experimentasse a sensação, de violar uma intimidade, procurou a
esmo entre as coisinhas, tentando encontrar algo que pudesse ajudar a revelar quem era a sua dona.
(C) Diante da testemunha, o homem abriu a bolsa e, embora
experimentasse a sensação de violar uma intimidade, procurou a
esmo entre as coisinhas, tentando encontrar algo que pudesse ajudar a revelar quem era a sua dona.
(D) Diante da testemunha, o homem, abriu a bolsa e, embora
experimentasse a sensação de violar uma intimidade, procurou a
esmo entre as coisinhas, tentando, encontrar algo que pudesse ajudar a revelar quem era a sua dona.
(E) Diante da testemunha, o homem abriu a bolsa e, embora,
experimentasse a sensação de violar uma intimidade, procurou a
esmo entre as coisinhas, tentando, encontrar algo que pudesse ajudar a revelar quem era a sua dona.
04.(Escrevente TJ SP – Vunesp 2012). Assinale a alternativa
em que o período, adaptado da revista Pesquisa Fapesp de junho de
2012, está correto quanto à regência nominal e à pontuação.
(A) Não há dúvida que as mulheres ampliam, rapidamente, seu
espaço na carreira cientíica ainda que o avanço seja mais notável
em alguns países, o Brasil é um exemplo, do que em outros.
(B) Não há dúvida de que, as mulheres, ampliam rapidamente
seu espaço na carreira cientíica; ainda que o avanço seja mais notável, em alguns países, o Brasil é um exemplo!, do que em outros.
(C) Não há dúvida de que as mulheres, ampliam rapidamente
seu espaço, na carreira cientíica, ainda que o avanço seja mais notável, em alguns países: o Brasil é um exemplo, do que em outros.
(D) Não há dúvida de que as mulheres ampliam rapidamente
seu espaço na carreira cientíica, ainda que o avanço seja mais notável em alguns países – o Brasil é um exemplo – do que em outros.
(E) Não há dúvida que as mulheres ampliam rapidamente, seu
espaço na carreira cientíica, ainda que, o avanço seja mais notável
em alguns países (o Brasil é um exemplo) do que em outros.
05. (Papiloscopista Policial – Vunesp – 2013 – adap.). Assinale a alternativa em que a frase mantém-se correta após o acréscimo das vírgulas.
(A) Se a criança se perder, quem encontrá-la, verá na pulseira
instruções para que envie, uma mensagem eletrônica ao grupo ou
acione o código na internet.
(B) Um geolocalizador também, avisará, os pais de onde o código foi acionado.
(C) Assim que o código é digitado, familiares cadastrados, recebem automaticamente, uma mensagem dizendo que a criança foi
encontrada.
(D) De fabricação chinesa, a nova pulseirinha, chega primeiro
às, areias do Guarujá.
(E) O sistema permite, ainda, cadastrar o nome e o telefone de
quem a encontrou e informar um ponto de referência
02. Assinale a opção em que está corretamente indicada a
ordem dos sinais de pontuação que devem preencher as lacunas
da frase abaixo:
“Quando se trata de trabalho cientíico ___ duas coisas devem
ser consideradas ____ uma é a contribuição teórica que o trabalho oferece ___ a outra é o valor prático que possa ter.
A) dois pontos, ponto e vírgula, ponto e vírgula
B) dois pontos, vírgula, ponto e vírgula;
C) vírgula, dois pontos, ponto e vírgula;
D) pontos vírgula, dois pontos, ponto e vírgula;
E) ponto e vírgula, vírgula, vírgula.
03. (Agente de Apoio Administrativo – FCC – 2013). Os
sinais de pontuação estão empregados corretamente em:
Didatismo e Conhecimento
21
LÍ NGUA PORTUGUESA
GABARITO
06. Assinale a série de sinais cujo emprego corresponde, na
mesma ordem, aos parênteses indicados no texto: “Pergunta-se (
) qual é a ideia principal desse parágrafo ( ) A chegada de reforços ( ) a condecoração ( ) o escândalo da opinião pública ou
a renúncia do presidente ( ) Se é a chegada de reforços ( ) que
relação há ( ) ou mostrou seu autor haver ( ) entre esse fato e os
restantes ( )”.
A) vírgula, vírgula, interrogação, interrogação, interrogação,
vírgula, vírgula, vírgula, ponto inal
B) dois pontos, interrogação, vírgula, vírgula, interrogação,
vírgula, travessão, travessão, interrogação
C) travessão, interrogação, vírgula, vírgula, ponto inal, travessão, travessão, ponto inal, ponto inal
D) dois pontos, interrogação, vírgula, ponto inal, travessão,
vírgula, vírgula, vírgula, interrogação
E) dois pontos, ponto inal, vírgula, vírgula, interrogação, vírgula, vírgula, travessão, interrogação.
1-C 2-C 3-B 4-D 5-E 6-B
COMENTÁRIOS
1- Assinalei com um (X) as pontuações inadequadas
(A) Diante da testemunha, o homem abriu a bolsa e, embora,
(X) experimentasse, (X) a sensação de violar uma intimidade, procurou a esmo entre as coisinhas, tentando encontrar algo que pudesse
ajudar a revelar quem era a sua dona.
(B) Diante, (X) da testemunha o homem abriu a bolsa e, embora
experimentasse a sensação, (X) de violar uma intimidade, procurou a
esmo entre as coisinhas, tentando encontrar algo que pudesse ajudar
a revelar quem era a sua dona.
(D) Diante da testemunha, o homem, (X) abriu a bolsa e, embora experimentasse a sensação de violar uma intimidade, procurou
a esmo entre as coisinhas, tentando, (X) encontrar algo que pudesse
ajudar a revelar quem era a sua dona.
(E) Diante da testemunha, o homem abriu a bolsa e, embora,
(X) experimentasse a sensação de violar uma intimidade, procurou a
esmo entre as coisinhas, tentando, (X) encontrar algo que pudesse
ajudar a revelar quem era a sua dona.
2-) Quando se trata de trabalho cientíico, duas coisas devem
ser consideradas: uma é a contribuição teórica que o trabalho
oferece; a outra é o valor prático que possa ter vírgula, dois pontos, ponto e vírgula
07. (SRF) Das redações abaixo, assinale a que não está pontuada corretamente:
A) Os candidatos, em ila, aguardavam ansiosos o resultado
do concurso.
B) Em ila, os candidatos, aguardavam, ansiosos, o resultado
do concurso.
C) Ansiosos, os candidatos aguardavam, em ila, o resultado
do concurso.
D) Os candidatos ansiosos aguardavam o resultado do concurso, em ila.
E) Os candidatos aguardavam ansiosos, em ila, o resultado do
concurso.
3-) Assinalei com (X) onde estão as pontuações inadequadas
A) Duas explicações, (X) do treinamento para consultores iniciantes receberam destaque, (X) o conceito de PPD e a construção
de tabelas Price; mas por outro lado, faltou falar das metas de vendas associadas aos dois temas.
C) Duas explicações do treinamento para consultores iniciantes receberam destaque; (X) o conceito de PPD e a construção de
tabelas Price, (X) mas por outro lado, faltou falar das metas de
vendas associadas aos dois temas.
D) Duas explicações do treinamento para consultores iniciantes, (X) receberam destaque: o conceito de PPD e a construção de
tabelas Price, (X) mas, por outro lado, faltou falar das metas de
vendas associadas aos dois temas.
E) Duas explicações, (X) do treinamento para consultores iniciantes, (X) receberam destaque; (X) o conceito de PPD e a construção de tabelas Price, (X) mas por outro lado, faltou falar das
metas , (X) de vendas associadas aos dois temas.
08. A frase em que deveria haver uma vírgula é:
A) Comi uma fruta pela manhã e outra à tarde.
B) Eu usei um vestido vermelho na festa e minha irmã usou um
vestido azul.
C) Ela tem lábios e nariz vermelhos.
D) Não limparam a sala nem a cozinha.
09. (Cefet-PR) Assinale o item em que o texto está corretamente pontuado:
A) Não nego, que ao avistar a cidade natal tive uma sensação nova.
B) Não nego que ao avistar, a cidade natal, tive uma sensação nova.
C) Não nego que, ao avistar, a cidade natal, tive uma sensação nova.
D) Não nego que ao avistar a cidade natal tive uma sensação
nova.
E) Não nego que, ao avistar a cidade natal, tive uma sensação nova.
4-)
(A) Não há dúvida de que as mulheres ampliam, (X) rapidamente, (X) seu espaço na carreira cientíica (, ) ainda que o avanço
seja mais notável em alguns países, o Brasil é um exemplo, do que
em outros.
(B) Não há dúvida de que, (X) as mulheres, (X) ampliam rapidamente seu espaço na carreira cientíica; (X) ainda que o avanço
seja mais notável, (X) em alguns países, o Brasil é um exemplo!
(X), do que em outros.
(C) Não há dúvida de que as mulheres, (X) ampliam rapidamente seu espaço, (X) na carreira cientíica, (X) ainda que o avanço seja mais notável, em alguns países: (X) o Brasil é um exemplo,
do que em outros.
10. (Agente de Apoio Operacional – VUNESP – 2013). Assinale a alternativa em que a pontuação está de acordo com a norma
culta da língua.
A) Atualmente, não se pode, fabricar apenas um produto.
B) Os índices de produção devem, acompanhar, o mercado.
C) A responsabilidade, socioambiental, é de extrema importância.
D) Acreditar, no consumo, consciente é necessário.
E) O marketing, como se sabe, induz ao consumo desnecessário.
Didatismo e Conhecimento
7-E 8-B 9-E 10-E
22
LÍ NGUA PORTUGUESA
(E) Não há dúvida de que as mulheres ampliam rapidamente,
(X) seu espaço na carreira cientíica, ainda que, (X) o avanço seja
mais notável em alguns países (o Brasil é um exemplo) do que em
outros.
8. CONCORDÂNCIA NOMINAL E VERBAL;
5-)
(A) Se a criança se perder, quem encontrá-la, (X) verá na
pulseira instruções para que envie, (X) uma mensagem eletrônica
ao grupo ou acione o código na internet.
(B) Um geolocalizador também, (X) avisará, (X) os pais de
onde o código foi acionado.
(C) Assim que o código é digitado, familiares cadastrados,
(X) recebem ( , ) automaticamente, uma mensagem dizendo que a
criança foi encontrada.
(D) De fabricação chinesa, a nova pulseirinha, (X) chega primeiro às, (X) areias do Guarujá.
CONCORDÂNCIA VERBAL
Ao falarmos sobre a concordância verbal, estamos nos referindo à relação de dependência estabelecida entre um termo
e outro mediante um contexto oracional. Desta feita, os agentes
principais desse processo são representados pelo sujeito, que no
caso funciona como subordinante; e o verbo, o qual desempenha a
função de subordinado.
Dessa forma, temos que a concordância verbal caracteriza-se
pela adaptação do verbo, tendo em vista os quesitos “número e
pessoa” em relação ao sujeito. Exempliicando, temos: O aluno
chegou
Temos que o verbo apresenta-se na terceira pessoa do singular, pois faz referência a um sujeito, assim também expresso (ele). Como poderíamos também dizer: os alunos chegaram
atrasados.
Temos aí o que podemos chamar de princípio básico. Contudo, a intenção a que se presta o artigo em evidência é eleger
as principais ocorrências voltadas para os casos de sujeito simples e para os de sujeito composto. Dessa forma, vejamos:
6-) Pergunta-se ( : ) qual é a ideia principal desse parágrafo
( ? ) A chegada de reforços ( , ) a condecoração ( , ) o escândalo
da opinião pública ou a renúncia do presidente (? ) Se é a chegada de reforços ( , ) que relação há ( - ) ou mostrou seu autor
haver ( - ) entre esse fato e os restantes ( ? )
7-) Em ila, os candidatos, (X) aguardavam, ansiosos, o resultado do concurso.
8-) Eu usei um vestido vermelho na festa, e minha irmã usou
um vestido azul. Há situações em que é possível usar a vírgula
antes do “e”. Isso ocorre quando a conjunção aditiva coordena
orações de sujeitos diferentes nas quais a leitura luente pode ser
prejudicada pela ausência da pontuação.
Casos referentes a sujeito simples
1) Em caso de sujeito simples, o verbo concorda com o núcleo em número e pessoa: O aluno chegou atrasado.
2) Nos casos referentes a sujeito representado por substantivo coletivo, o verbo permanece na terceira pessoa do singular:
A multidão, apavorada, saiu aos gritos.
Observação:
- No caso de o coletivo aparecer seguido de adjunto adnominal no plural, o verbo permanecerá no singular ou poderá ir para o plural: Uma multidão de pessoas saiu aos gritos.
Uma multidão de pessoas saíram aos gritos.
3) Quando o sujeito é representado por expressões partitivas, representadas por “a maioria de, a maior parte de, a metade
de, uma porção de, entre outras”, o verbo tanto pode concordar
com o núcleo dessas expressões quanto com o substantivo que a
segue: A maioria dos alunos resolveu icar. A maioria dos alunos resolveram icar.
9-)
A) Não nego, (X) que ao avistar a cidade natal tive uma sensação nova.
B) Não nego que ao avistar, (X) a cidade natal, tive uma sensação nova.
C) Não nego que, ao avistar, (X) a cidade natal, tive uma
sensação nova.
D) Não nego que ( , ) ao avistar a cidade natal ( , ) tive uma
sensação nova.
10-)
A) Atualmente, não se pode, (X) fabricar apenas um produto.
B) Os índices de produção devem, (X) acompanhar, (X) o
mercado.
C) A responsabilidade, (X) socioambiental, (X) é de extrema
importância.
D) Acreditar, (X) no consumo, (X) consciente é necessário.
Didatismo e Conhecimento
4) No caso de o sujeito ser representado por expressões
aproximativas, representadas por “cerca de, perto de”, o verbo
concorda com o substantivo determinado por elas: Cerca de vinte candidatos se inscreveram no concurso de piadas.
5) Em casos em que o sujeito é representado pela expressão
“mais de um”, o verbo permanece no singular: Mais de um candidato se inscreveu no concurso de piadas.
Observação:
- No caso da referida expressão aparecer repetida ou associada a um verbo que exprime reciprocidade, o verbo, necessariamente, deverá permanecer no plural: Mais de um aluno,
mais de um professor contribuíram na campanha de doação de
alimentos.
23
LÍ NGUA PORTUGUESA
Casos referentes a sujeito composto
1) Nos casos relativos a sujeito composto de pessoas gramaticais
diferentes, o verbo deverá ir para o plural, estando relacionado a dois
pressupostos básicos:
- Quando houver a 1ª pessoa, esta prevalecerá sobre as demais: Eu,
tu e ele faremos um lindo passeio.
- Quando houver a 2ª pessoa, o verbo poderá lexionar na 2ª ou na
3ª pessoa: Tu e ele sois primos.
Tu e ele são primos.
2) Nos casos em que o sujeito composto aparecer anteposto ao
verbo, este permanecerá no plural: O pai e seus dois ilhos compareceram ao evento.
Mais de um formando se abraçaram durante as solenidades
de formatura.
6) Quando o sujeito for composto da expressão “um dos
que”, o verbo permanecerá no plural: Esse jogador foi um dos
que atuaram na Copa América.
7) Em casos relativos à concordância com locuções pronominais, representadas por “algum de nós, qual de vós, quais de
vós, alguns de nós”, entre outras, faz-se necessário nos atermos
a duas questões básicas:
- No caso de o primeiro pronome estar expresso no plural, o verbo poderá com ele concordar, como poderá também concordar com o
pronome pessoal: Alguns de nós o receberemos. / Alguns de nós o receberão.
- Quando o primeiro pronome da locução estiver expresso no singular, o verbo permanecerá, também, no singular: Algum de nós o receberá.
3) No caso em que o sujeito aparecer posposto ao verbo, este poderá
concordar com o núcleo mais próximo ou permanecer no plural: Compareceram ao evento o pai e seus dois ilhos. Compareceu ao evento o
pai e seus dois ilhos.
4) Nos casos relacionados a sujeito simples, porém com mais de
um núcleo, o verbo deverá permanecer no singular: Meu esposo e grande companheiro merece toda a felicidade do mundo.
8) No caso de o sujeito aparecer representado pelo pronome “quem”,
o verbo permanecerá na terceira pessoa do singular ou poderá concordar
com o antecedente desse pronome: Fomos nós quem contou toda a
verdade para ela. / Fomos nós quem contamos toda a verdade para ela.
5) Casos relativos a sujeito composto de palavras sinônimas ou ordenado por elementos em gradação, o verbo poderá permanecer no singular ou ir para o plural: Minha vitória, minha conquista, minha premiação são frutos de meu esforço. / Minha vitória, minha conquista, minha
premiação é fruto de meu esforço.
9) Em casos nos quais o sujeito aparece realçado pela palavra “que”,
o verbo deverá concordar com o termo que antecede essa palavra: Nesta
empresa somos nós que tomamos as decisões. / Em casa sou eu que decido tudo.
Fonte: http://www.brasilescola.com/gramatica/concordancia-verbal.htm
10) No caso de o sujeito aparecer representado por expressões
que indicam porcentagens, o verbo concordará com o numeral ou com
o substantivo a que se refere essa porcentagem: 50% dos funcionários aprovaram a decisão da diretoria. / 50% do eleitorado apoiou a decisão.
Observações:
- Caso o verbo aparecer anteposto à expressão de porcentagem, esse
deverá concordar com o numeral: Aprovaram a decisão da diretoria 50%
dos funcionários.
- Em casos relativos a 1%, o verbo permanecerá no singular: 1% dos
funcionários não aprovou a decisão da diretoria.
- Em casos em que o numeral estiver acompanhado de determinantes no plural, o verbo permanecerá no plural: Os 50% dos funcionários apoiaram a decisão da diretoria.
CONCORDÂNCIA NOMINAL
Concordância nominal é que o ajuste que fazemos aos demais
termos da oração para que concordem em gênero e número com o substantivo. Teremos que alterar, portanto, o artigo, o adjetivo, o numeral e
o pronome. Além disso, temos também o verbo, que se lexionará à sua
maneira.
Regra geral: O artigo, o adjetivo, o numeral e o pronome concordam em gênero e número com o substantivo.
- A pequena criança é uma gracinha.
- O garoto que encontrei era muito gentil e simpático.
11) Nos casos em que o sujeito estiver representado por pronomes
de tratamento, o verbo deverá ser empregado na terceira pessoa do singular ou do plural: Vossas Majestades gostaram das homenagens. Vossa
Majestade agradeceu o convite.
Casos especiais: Veremos alguns casos que fogem à regra geral
mostrada acima.
a) Um adjetivo após vários substantivos
1 - Substantivos de mesmo gênero: adjetivo vai para o plural ou
concorda com o substantivo mais próximo.
- Irmão e primo recém-chegado estiveram aqui.
- Irmão e primo recém-chegados estiveram aqui.
2 - Substantivos de gêneros diferentes: vai para o plural masculino ou concorda com o substantivo mais próximo.
- Ela tem pai e mãe louros.
- Ela tem pai e mãe loura.
3 - Adjetivo funciona como predicativo: vai obrigatoriamente para
o plural.
- O homem e o menino estavam perdidos.
- O homem e sua esposa estiveram hospedados aqui.
12) Casos relativos a sujeito representado por substantivo próprio
no plural se encontram relacionados a alguns aspectos que os determinam:
- Diante de nomes de obras no plural, seguidos do verbo ser, este
permanece no singular, contanto que o predicativo também esteja no singular: Memórias póstumas de Brás Cubas é uma criação de Machado
de Assis.
- Nos casos de artigo expresso no plural, o verbo também permanece no plural: Os Estados Unidos são uma potência mundial.
- Casos em que o artigo igura no singular ou em que ele nem aparece, o verbo permanece no singular: Estados Unidos é uma potência
mundial.
Didatismo e Conhecimento
24
LÍ NGUA PORTUGUESA
b) Um adjetivo anteposto a vários substantivos
1 - Adjetivo anteposto normalmente concorda com o mais próximo.
Comi delicioso almoço e sobremesa.
Provei deliciosa fruta e suco.
2 - Adjetivo anteposto funcionando como predicativo: concorda
com o mais próximo ou vai para o plural.
Estavam feridos o pai e os ilhos.
Estava ferido o pai e os ilhos.
c) Um substantivo e mais de um adjetivo
1- antecede todos os adjetivos com um artigo.
Falava luentemente a língua inglesa e a espanhola.
2- coloca o substantivo no plural.
Falava luentemente as línguas inglesa e espanhola.
k) Tal Qual
1- “Tal” concorda com o antecedente, “qual” concorda com o
consequente.
As garotas são vaidosas tais qual a tia.
Os pais vieram fantasiados tais quais os ilhos.
l) Possível
1- Quando vem acompanhado de “mais”, “menos”, “melhor” ou “pior”, acompanha o artigo que precede as expressões.
A mais possível das alternativas é a que você expôs.
Os melhores cargos possíveis estão neste setor da empresa.
As piores situações possíveis são encontradas nas favelas da
cidade.
m) Meio
1- Como advérbio: invariável.
Estou meio (um pouco) insegura.
2- Como numeral: segue a regra geral.
Comi meia (metade) laranja pela manhã.
d) Pronomes de tratamento
1 - sempre concordam com a 3ª pessoa.
Vossa Santidade esteve no Brasil.
e) Anexo, incluso, próprio, obrigado
1 - Concordam com o substantivo a que se referem.
As cartas estão anexas.
A bebida está inclusa.
Precisamos de nomes próprios.
Obrigado, disse o rapaz.
n) Só
1- apenas, somente (advérbio): invariável.
Só consegui comprar uma passagem.
2- sozinho (adjetivo): variável.
Estiveram sós durante horas.
f) Um(a) e outro(a), num(a) e noutro(a)
1 - Após essas expressões o substantivo ica sempre no singular e o adjetivo no plural.
Renato advogou um e outro caso fáceis.
Pusemos numa e noutra bandeja rasas o peixe.
Questões sobre Concordância Nominal e Verbal
01. (Administrador – FCC – 2013). Leia o texto a seguir.
Os governos e os parlamentos devem achar que a astronomia
é uma das ciências que custam mais caro: o menor instrumento custa centenas de milhares de francos; o menor observatório
custa milhões; cada eclipse acarreta depois de si despesas suplementares. E tudo isso para astros que icam tão distantes, que são
completamente estranhos às nossas lutas eleitorais, e provavelmente jamais desempenharão qualquer papel nelas. É impossível
que nossos homens políticos não tenham conservado um resto
de idealismo, um vago instinto daquilo que é grande; realmente, creio que eles foram caluniados; convém encorajá-los, e lhes
mostrar que esse instinto não os engana, e que não são logrados
por esse idealismo.
Bem poderíamos lhes falar da navegação, cuja importância
ninguém ignora, e que tem necessidade da astronomia. Mas isso
seria abordar a questão por seu lado menos importante.
A astronomia é útil porque nos eleva acima de nós mesmos;
é útil porque é grande; é útil porque é bela; é isso que se precisa
dizer. É ela que nos mostra o quanto o homem é pequeno no corpo
e o quanto é grande no espírito, já que essa imensidão resplandecente, onde seu corpo não passa de um ponto obscuro, sua inteligência pode abarcar inteira, e dela fruíra silenciosa harmonia.
Atingimos assim a consciência de nossa força, e isso é uma coisa
pela qual jamais pagaríamos caro demais, porque essa consciência nos torna mais fortes.
Mas o que eu gostaria de mostrar, antes de tudo, é a que
ponto a astronomia facilitou a obra das outras ciências, mais diretamente úteis, porque foi ela que nos proporcionou um espírito
capaz de compreender a natureza.
[Adaptado de Henri Poincaré (1854-1912). O valor da
ciência. Tradução Maria Helena Franco Martins. Rio de Janeiro:
Contraponto, 1995, p.101]
g) É bom, é necessário, é proibido
1- Essas expressões não variam se o sujeito não vier precedido
de artigo ou outro determinante.
Canja é bom. / A canja é boa.
É necessário sua presença. / É necessária a sua presença.
É proibido entrada de pessoas não autorizadas. / A entrada
é proibida.
h) Muito, pouco, caro
1- Como adjetivos: seguem a regra geral.
Comi muitas frutas durante a viagem.
Pouco arroz é suiciente para mim.
Os sapatos estavam caros.
2- Como advérbios: são invariáveis.
Comi muito durante a viagem.
Pouco lutei, por isso perdi a batalha.
Comprei caro os sapatos.
i) Mesmo, bastante
1- Como advérbios: invariáveis
Preciso mesmo da sua ajuda.
Fiquei bastante contente com a proposta de emprego.
2- Como pronomes: seguem a regra geral.
Seus argumentos foram bastantes para me convencer.
Os mesmos argumentos que eu usei, você copiou.
j) Menos, alerta
1- Em todas as ocasiões são invariáveis.
Preciso de menos comida para perder peso.
Estamos alerta para com suas chamadas.
Didatismo e Conhecimento
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LÍ NGUA PORTUGUESA
04 (Escrevente TJ SP – Vunesp/2012) Assinale a alternativa
em que o trecho – Ainda assim, ninguém encontrou até agora uma
maneira de quantiicar adequadamente os insumos básicos. – está
corretamente reescrito, de acordo com a norma-padrão da língua
portuguesa.
(A) Ainda assim, temos certeza que ninguém encontrou até
agora uma maneira adequada de se quantiicar os insumos básicos.
(B) Ainda assim, temos certeza de que ninguém encontrou até
agora uma maneira adequada de os insumos básicos ser quantiicados.
(C) Ainda assim, temos certeza que ninguém encontrou até
agora uma maneira adequada para que os insumos básicos sejam
quantiicado.
(D) Ainda assim, temos certeza de que ninguém encontrou até
agora uma maneira adequada para que os insumos básicos seja
quantiicado.
(E) Ainda assim, temos certeza de que ninguém encontrou até
agora uma maneira adequada de se quantiicarem os insumos básicos.
Mantém-se o respeito às normas de concordância verbal
caso a forma do verbo grifado seja substituída pela que está entre
parênteses ao inal da frase:
A) Os governos e os parlamentos devem achar que... (deve)
B) ...porque essa consciência nos torna mais fortes.(tornam)
C) ...a astronomia é uma das ciências que custam mais caro
... (custa)
D) E tudo isso para astros que [...] jamais desempenharão
qualquer papel nelas. (desempenhará)
E) ...é isso que se precisa dizer. (precisam)
02. (Agente Técnico – FCC – 2013). As normas de concordância verbal e nominal estão inteiramente respeitadas em:
A) Alguns dos aspectos mais desejáveis de uma boa leitura,
que satisfaça aos leitores e seja veículo de aprimoramento intelectual, estão na capacidade de criação do autor, mediante palavras,
sua matéria-prima.
B) Obras que se considera clássicas na literatura sempre delineia novos caminhos, pois é capaz de encantar o leitor ao ultrapassar os limites da época em que vivem seus autores, gênios no
domínio das palavras, sua matéria-prima.
C) A palavra, matéria-prima de poetas e romancistas, lhe
permitem criar todo um mundo de icção, em que personagens se
transformam em seres vivos a acompanhar os leitores, numa verdadeira interação com a realidade.
D) As possibilidades de comunicação entre autor e leitor somente se realiza plenamente caso haja ainidade de ideias entre
ambos, o que permite, ao mesmo tempo, o crescimento intelectual
deste último e o prazer da leitura.
E) Consta, na literatura mundial, obras-primas que constitui
leitura obrigatória e se tornam referências por seu conteúdo que
ultrapassa os limites de tempo e de época.
05. (Agente de Apoio Operacional – VUNESP – 2013). Assinale a alternativa em que a concordância da palavra destacada
está de acordo com a norma culta da língua.
A) Ela mesmo reclamou com o gerente do mercado.
B) A vendedora icou meia atrapalhada com o excesso de
clientes na loja.
C) É proibido a entrada de animais no estabelecimento.
D) Ela voltou para dizer obrigada ao vendedor.
E) Anexo aos comprovantes de pagamento, vão duas amostras grátis.
06. (Agente de Apoio Socioeducativo – VUNESP – 2013).
Assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, de
acordo com a norma-padrão da língua, as lacunas das frases, quanto à concordância verbal e à colocação pronominal.
______muitos lares destroçados, mas______ pessoas boas
prontas para ajudar.
Inteligente e informativa a reportagem que_____________ a
transformar aborrecimentos em aprendizagem.
A) Havia ...existiam ... nos ensina
B) Haviam ... existia ... ensina-nos
C) Havia ...existia ... nos ensina
D) Haviam ... existiam ... ensina-nos
E) Havia ...existiam ... ensina-nos
03. (Escrevente Tj SP – Vunesp/2012) Leia o texto para responder à questão.
_________dúvidas sobre o crescimento verde. Primeiro, não
está claro até onde pode realmente chegar uma política baseada em
melhorar a eiciência sem preços adequados para o carbono, a água
e (na maioria dos países pobres) a terra. É verdade que mesmo que
a ameaça dos preços do carbono e da água em si ___________diferença, as companhias não podem suportar ter de pagar, de repente, digamos, 40 dólares por tonelada de carbono, sem qualquer
preparação. Portanto, elas começam a usar preços-sombra. Ainda
assim, ninguém encontrou até agora uma maneira de quantiicar
adequadamente os insumos básicos. E sem eles a maioria das políticas de crescimento verde sempre ___________ a segunda opção.
(Carta
Capital, 27.06.2012. Adaptado)
De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, as lacunas do texto devem ser preenchidas, correta e respectivamente,
com:
(A) Restam… faça… será
(B) Resta… faz… será
(C) Restam… faz... serão
(D) Restam… façam… serão
(E) Resta… fazem… será
Didatismo e Conhecimento
07. (Agente de Vigilância e Recepção – VUNESP – 2013).
Assinale a alternativa em que o verbo foi empregado corretamente.
A) Se a proprietária manter o valor do aluguel, poderemos
permanecer no apartamento.
B) Se os operários fazerem o acordo, a greve terminará.
C) Se a empresa propuser um estágio no exterior, ele não
recusará.
D) Se estas caixas caberem no armário, a sala icará organizada.
E) Se o microempresário querer, poderá fazer futuros investimentos.
26
LÍ NGUA PORTUGUESA
08. (Agente de Vigilância e Recepção – VUNESP – 2013).
Assinale a frase correta quanto à concordância verbal e nominal.
A) Com os shows da banda, os músicos propõem um momento de descontração para os passageiros.
B) Por causa da paralisação, as férias dos alunos terminou
mais cedo.
C) Na cidade, já se esgotou as vagas nos hotéis para o período
de Carnaval.
D) Ela próprio passou o uniforme de trabalho.
E) Seguem anexadas ao e-mail o cronograma do curso e o
currículo dos inscritos.
Quase sempre, as coisas que o chato diz fazem um tremendo
sentido. Nada pode ser mais devastador para seus críticos do que a
constatação de que o chato, feitas as contas, tem razão.
Pobre do chefe que não reconhece, não escuta e não tolera
os chatos que cruzam seu caminho. Ele acredita que está seguro
num mundo de certezas próprias, de verdades absolutas. Ora, o
controle total de um negócio é uma miragem. Coisas boas e ruins
acontecem o tempo todo nas empresas sem que ele se dê conta.
Pensar que é possível estar no comando de tudo, o tempo todo, só
vai torná-lo mais vulnerável como líder. E vai, mais dia ou menos
dia, afastar deinitivamente os chatos, os questionadores, aqueles
que fazem as perguntas incômodas e necessárias.
Por isso, só existem chatos em lugares onde há alguma perspectiva de futuro. Esse espécime de proissional só prolifera em
ambientes onde a liberdade de pensamento e expressão é respeitada, onde a dúvida não é um mal em si, onde existe disposição,
coragem e humildade para mudar de trajetória quando essa parece
ser a melhor opção.
(Cláudia Vassallo, http://exame.abril.com.br, 07.07.2013.
Adaptado)
09. (Agente Educacional – VUNESP – 2013). Assinale a alternativa correta quanto à concordância, de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa.
A) Estudos recente demonstram a necessidade de se investir
no ensino de matemática nos níveis fundamentais de aprendizagem.
B) Muito concorrida, carreiras como as de advogado e de jornalista também requerem conhecimento matemático.
C) A cultura cientíica, apesar de fundamental para muitas carreiras, ainda é visto com certo desprezo entre alguns estudantes.
D) Conhecimentos básicos de estatística é de fundamental importância para a compreensão de algumas informações do nosso
cotidiano.
E) A matemática pode ser considerada a base para algumas
das mais intrigantes especulações cientíicas da atualidade.
10. (Agente de Apoio – Microinformática – VUNESP –
2013). Leia o texto a seguir.
Considere as frases:
- Kass foi o chato escolhido para alertá-lo sobre eventuais erros que ninguém havia enxergado.
- Por isso, só existem chatos em lugares onde há alguma perspectiva de futuro.
As expressões destacadas podem ser substituídas, correta e
respectivamente, seguindo as regras de concordância da norma-padrão da língua portuguesa, por:
A) não havia sido enxergado ...pode haver
B) não havia sido enxergados ...podem haver
C) não haviam sido enxergado ...pode haver
D) não havia sido enxergado ...podem haver
E) não haviam sido enxergados ...pode haver
O chato é um chato, mas é essencial nos negócios
O chato é um chato. Não é o tipo de companhia que se quer
para tomar um vinho ou ir ao cinema. O chato tem a insuportável
mania de apontar o dedo para as coisas, enxergar os problemas que
não queremos ver, fazer comentários desconcertantes.
Por isso, é pouco recomendável ter um deles por perto nos
momentos nos quais tudo o que você não quer fazer é tomar decisões. Para todos os outros – e isso envolve o dia a dia dos negócios
– é bom ter um desses cada vez mais raros e discriminados exemplares da fauna empresarial por perto.
Conselho dado por alguém que entende muito de ganhar dinheiro, Warren Buffett, um dos homens mais ricos do mundo:
“Ouça alguém que discorda de você”. No início de maio, Buffett
convidou um sujeito chamado Doug Kass para participar de um
dos painéis que compuseram a reunião anual de investidores de
sua empresa, a Berkshire Hathaway.
Como executivo de um fundo de investimento, Kass havia
apostado contra as ações da Berkshire. Buffett queria entender o
porquê. Kass foi o chato escolhido para alertá-lo sobre eventuais
erros que ninguém havia enxergado.
Buffett conhece o valor desse tipo de pessoa. O chato é o sujeito que ainda acha que as perguntas simples são o melhor caminho para chegar às melhores respostas, é alguém que não tem
medo. Não se importa de ser tachado de inábil no trato com as pessoas ou de ser politicamente incorreto. Questiona. Coloca o dedo
na ferida. Insiste em ser um animal pensante, quando todo mundo
sabe que dá menos trabalho deixar tudo como está.
Didatismo e Conhecimento
Respostas
1-C
2-A
3-A
4-E
5-D
6-A
7-C
8-A
9-E
10-E
Comentários
1-) a astronomia é uma das ciências que custam mais caro.
Nas gramáticas aborda-se sempre a expressão UM DOS QUE
como determinante de duas concordâncias. O verbo ica no singular só nas poucas vezes em que a ação se refere a um só agente:
O Sol é um dos astros que dá luz e calor à Terra.
2-)
A) Alguns dos aspectos mais desejáveis de uma boa leitura,
que satisfaça aos leitores e seja veículo de aprimoramento intelectual, estão na capacidade de criação do autor, mediante palavras,
sua matéria-prima. = correta
27
LÍ NGUA PORTUGUESA
B) Obras que se considera clássicas na literatura sempre delineiam novos caminhos, pois são capazes de encantar o leitor ao
ultrapassarem os limites da época em que vivem seus autores, gênios no domínio das palavras, sua matéria-prima.
C) A palavra, matéria-prima de poetas e romancistas, lhes
permite criar todo um mundo de icção, em que personagens se
transformam em seres vivos a acompanhar os leitores, numa verdadeira interação com a realidade.
D) As possibilidades de comunicação entre autor e leitor somente se realizam plenamente caso haja ainidade de ideias entre
ambos, o que permite, ao mesmo tempo, o crescimento intelectual
deste último e o prazer da leitura.
E) Constam, na literatura mundial, obras-primas que constituem leitura obrigatória e se tornam referências por seu conteúdo
que ultrapassa os limites de tempo e de época.
Verbo haver usado no sentido de existir = impessoal, invariável (não sofre lexão); já o verbo existir concorda com o sujeito.
Quanto à colocação pronominal: a presença do pronome relativo (que) “atrai” o pronome oblíquo, ocorrendo, então, próclise
(pronome antes do verbo).
7-)
A) Se a proprietária mantiver o valor do aluguel, poderemos
permanecer no apartamento.
B) Se os operários izerem o acordo, a greve terminará.
C) Se a empresa propuser um estágio no exterior, ele não recusará. =correta
D) Se estas caixas couberem no armário, a sala icará organizada.
E) Se o microempresário quiser, poderá fazer futuros investimentos.
8-)
A) Com os shows da banda, os músicos propõem um momento
de descontração para os passageiros. = correta
B) Por causa da paralisação, as férias dos alunos terminaram
mais cedo.
C) Na cidade, já se esgotaram as vagas nos hotéis para o período de Carnaval.
D) Ela própria passou o uniforme de trabalho.
E) Seguem anexados ao e-mail o cronograma do curso e o currículo dos inscritos.
9-)
A) Estudos recentes demonstram a necessidade de se investir
no ensino de matemática nos níveis fundamentais de aprendizagem.
B) Muito concorridas, carreiras como as de advogado e de jornalista também requerem conhecimento matemático.
C) A cultura cientíica, apesar de fundamental para muitas carreiras, ainda é vista com certo desprezo entre alguns estudantes.
D) Conhecimentos básicos de estatística são de fundamental
importância para a compreensão de algumas informações do nosso
cotidiano.
E) A matemática pode ser considerada a base para algumas das
mais intrigantes especulações cientíicas da atualidade. = correta
3-)
_Restam___dúvidas
mesmo que a ameaça dos preços do carbono e da água em
si __faça __diferença
a maioria das políticas de crescimento verde sempre ____
será_____ a segunda opção.
Em “a maioria de”, a concordância pode ser dupla: tanto no
plural quanto no singular. Nas alternativas não há “restam/faça/
serão”, portanto a A é que apresenta as opções adequadas.
4-).
(A) Ainda assim, temos certeza de que ninguém encontrou
até agora uma maneira adequada de se quantiicar os insumos básicos.
(B) Ainda assim, temos certeza de que ninguém encontrou
até agora uma maneira adequada de os insumos básicos serem
quantiicados.
(C) Ainda assim, temos certeza de que ninguém encontrou
até agora uma maneira adequada para que os insumos básicos sejam quantiicados.
(D) Ainda assim, temos certeza de que ninguém encontrou
até agora uma maneira adequada para que os insumos básicos sejam quantiicados.
(E) Ainda assim, temos certeza de que ninguém encontrou
até agora uma maneira adequada de se quantiicarem os insumos
básicos. = correta
10-)
- Kass foi o chato escolhido para alertá-lo sobre eventuais erros
que não haviam sido enxergados.
- Por isso, só pode haver chatos em lugares onde há alguma
perspectiva de futuro.
5-)
A) Ela mesma reclamou com o gerente do mercado.
B) A vendedora icou meio atrapalhada com o excesso de
clientes na loja.
C) É proibida a entrada de animais no estabelecimento.
D) Ela voltou para dizer obrigada ao vendedor. = correta
E) Anexas aos comprovantes de pagamento, vão duas amostras grátis.
No primeiro caso, havia empregado com sentido de ter: sofre
lexão (vai para o plural concordando com o termo que o antecede
(erros); já no caso do haver com sentido de existir: invariável - ele e
seu auxiliar (poder).
6-)
__Havia _muitos lares destroçados, mas__existiam__ pessoas boas prontas para ajudar.
Inteligente e informativa a reportagem que _nos ensina_ a
transformar aborrecimentos em aprendizagem.
Didatismo e Conhecimento
28
LÍ NGUA PORTUGUESA
- horror a, de: Tinha horror a quiabo refogado.
hostil: a, para com.
- impróprio para: O ilme era impróprio para menores.
inerente: a.
- junto a, com, de: Junto com o material, encontrei este documento.
- lento: em.
- necessárío a, para: A medida foi necessária para acabar com
tanta dúvida.
- passível de: As regras são passíveis de mudanças.
- preferível a: Tudo era preferível à sua queixa.
- próximo: a, de.
- rente: a.
- residente: em.
- respeito a, com, de, entre, para com, por: É necessário o
respeito às leis.
- satisfeito: com, de, em, por.
- semelhante: a.
sensível: a.
- sito em: O apartamento sito em Brasília foi vendido.
- situado em: Minha casa está situada na Avenida Internacional.
suspeito: de.
útil: a, para.
vazio: de.
versado: em.
vizinho: a, de.
9. REGÊNCIA NOMINAL E VERBAL;
Regência Nominal
Regência nominal é a relação de dependência que se estabelece entre o nome (substantivo, adjetivo ou advérbio) e o termo por
ele regido. Certos substantivos e adjetivos admitem mais de uma
regência. Na regência nominal o principal papel é desempenhado
pela preposição.
No estudo da regência nominal, é preciso levar em conta que
vários nomes apresentam exatamente o mesmo regime dos verbos
de que derivam. Conhecer o regime de um verbo signiica, nesses
casos, conhecer o regime dos nomes cognatos. Observe o exemplo:
Verbo obedecer e os nomes correspondentes: todos regem
complementos introduzidos pela preposição “a”.
Obedecer a algo/ a alguém.
Obediente a algo/ a alguém.
Apresentamos a seguir vários nomes acompanhados da preposição ou preposições que os regem. Observe-os atentamente e
procure, sempre que possível, associar esses nomes entre si ou a
algum verbo cuja regência você conhece.
Questões
- acessível a: Este cargo não é acessível a todos.
- acesso a, para: O acesso para a região icou impossível.
- acostumado a, com: Todos estavam acostumados a ouvílo.
- adaptado a: Foi difícil adaptarme a esse clima.
- afável com, para com: Tinha um jeito afável para com os
turistas.
- alito: com, por.
- agradável a, de: Sua saída não foi agradável à equipe.
- alheio: a, de.
- aliado: a, com.
- alusão a: O professor fez alusão à prova inal.
- amor a, por: Ele demonstrava grande amor à namorada.
- análogo: a.
- antipatia a, por: Sentia antipatia por ela.
- apto a, para: Estava apto para ocupar o cargo.
- atenção a, com, para com: Nunca deu atenção a ninguém.
- aversão a, por: Sempre tive aversão à política.
- benéico a, para: A reforma foi benéica a todos.
- certeza de, em: A certeza de encontrálo novamente a animou.
- coerente: com.
- compatível: com.
- contíguo: a.
desprezo: a, de, por.
- dúvida em, sobre: Anotou todas as dúvidas sobre a questão
dada.
empenho: de, em, por.
equivalente: a.
- favorável a: Sou favorável à sua candidatura.
fértil: de, em.
- gosto de, em: Tenho muito gosto em participar desta brincadeira.
- grato a: Grata a todos que me ensinaram a ensinar.
Didatismo e Conhecimento
01. O projeto.....estão dando andamento é incompatível.....tradições da irma.
a) de que, com as
b) a que, com as
c) que, as
d) à que, às
e) que, com as
02. Quanto a amigos, preiro João.....Paulo,.....quem sinto......
simpatia.
a) a, por, menos
b) do que, por, menos
c) a, para, menos
d) do que, com, menos
e) do que, para, menos
03. Assinale a opção em que todos adjetivos podem ser seguidos pela mesma preposição:
a) ávido, bom, inconsequente
b) indigno, odioso, perito
c) leal, limpo, oneroso
d) orgulhoso, rico, sedento
e) oposto, pálido, sábio
04. “As mulheres da noite,......o poeta faz alusão a colorir Aracaju,........coração bate de noite, no silêncio”. A opção que completa corretamente as lacunas da frase acima é:
a) as quais, de cujo
b) a que, no qual
c) de que, o qual
d) às quais, cujo
e) que, em cujo
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LÍ NGUA PORTUGUESA
05. Assinale a alternativa correta quanto à regência:
a) A peça que assistimos foi muito boa.
b) Estes são os livros que precisamos.
c) Esse foi um ponto que todos se esqueceram.
d) Guimarães Rosa é o escritor que mais aprecio.
e) O ideal que aspiramos é conhecido por todos.
Respostas
01-B
02-A
03-D
06. Assinale a alternativa que contém as respostas corretas.
I. Visando apenas os seus próprios interesses, ele, involuntariamente, prejudicou toda uma família.
II. Como era orgulhoso, preferiu declarar falida a irma a aceitar qualquer ajuda do sogro.
III. Desde criança sempre aspirava a uma posição de destaque,
embora fosse tão humilde.
IV. Aspirando o perfume das centenas de lores que enfeitavam a sala, desmaiou.
04-D
05-D
06-A
07-C
08-C
09- Resposta “E”
Quem tem dúvida, tem dúvida “DE” alguma coisa (já elimina
a alternativa A e B) as mulheres ampliam.
Não se separa o sujeito do verbo (elimina a alternativa C e D).
Só sobra alternativa E.
a) II, III, IV
b) I, II, III
e) I, III, IV
d) I, III
e) I, II
07. Assinale o item em que há erro quanto à regência:
a) São essas as atitudes de que discordo.
b) Há muito já lhe perdoei.
c) Informo-lhe de que paguei o colégio.
d) Costumo obedecer a preceitos éticos.
e) A enfermeira assistiu irrepreensivelmente o doente.
Regência Verbal
A regência verbal estuda a relação que se estabelece entre os
verbos e os termos que os complementam (objetos diretos e objetos indiretos) ou caracterizam (adjuntos adverbiais). O estudo da
regência verbal permite-nos ampliar nossa capacidade expressiva,
pois oferece oportunidade de conhecermos as diversas signiicações que um verbo pode assumir com a simples mudança ou retirada de uma preposição.
08. Dentre as frases abaixo, uma apenas apresenta a regência
nominal correta. Assinale-a:
a) Ele não é digno a ser seu amigo.
b) Baseado laudos médicos, concedeu-lhe a licença.
c) A atitude do Juiz é isenta de qualquer restrição.
d) Ele se diz especialista para com computadores eletrônicos.
e) O sol é indispensável da saúde.
A mãe agrada o ilho. (agradar signiica acariciar, contentar)
A mãe agrada ao ilho. (agradar signiica “causar agrado ou
prazer”, satisfazer)
Logo, conclui-se que “agradar alguém” é diferente de “agradar a alguém”.
09. (TJ/SP - Escrevente Técnico Judiciário - Prova versão
1 - VUNESP)
Assinale a alternativa em que o período, adaptado da revista
Pesquisa Fapesp de junho de 2012, está correto quanto à regência
nominal e à pontuação.
O conhecimento do uso adequado das preposições é um dos
aspectos fundamentais do estudo da regência verbal (e também
nominal). As preposições são capazes de modiicar completamente
o sentido do que se está sendo dito.
A) Não há dúvida que as mulheres ampliam, rapidamente, seu
espaço na carreira cientíica ainda que o avanço seja mais notável
em alguns países, o Brasil é um exemplo, do que em outros.
B) Não há dúvida que as mulheres ampliam rapidamente, seu
espaço na carreira cientíica, ainda que, o avanço seja mais notável
em alguns países (o Brasil é um exemplo) do que em outros.
C) Não há dúvida de que, as mulheres, ampliam rapidamente
seu espaço na carreira cientíica; ainda que o avanço seja mais notável, em alguns países, o Brasil é um exemplo!, do que em outros.
D) Não há dúvida de que as mulheres, ampliam rapidamente
seu espaço, na carreira cientíica, ainda que o avanço seja mais notável, em alguns países: o Brasil é um exemplo, do que em outros.
E) Não há dúvida de que as mulheres ampliam rapidamente seu espaço na carreira cientíica, ainda que o avanço seja mais
notável em alguns países – o Brasil é um exemplo – do que em
outros.
Didatismo e Conhecimento
Cheguei ao metrô.
Cheguei no metrô.
No primeiro caso, o metrô é o lugar a que vou; no segundo
caso, é o meio de transporte por mim utilizado. A oração “Cheguei
no metrô”, popularmente usada a im de indicar o lugar a que se
vai, possui, no padrão culto da língua, sentido diferente. Aliás, é
muito comum existirem divergências entre a regência coloquial,
cotidiana de alguns verbos, e a regência culta.
Abdicar: renunciar ao poder, a um cargo, título desistir. Pode
ser intransitivo (VI não exige complemento) / transitivo direto
(TD) ou transitivo indireto (TI + preposição): D. Pedro abdicou em 1831. (VI); A vencedora abdicou o seu direto de rainha.
(VTD); Nunca abdicarei de meus direitos. (VTI)
30
LÍ NGUA PORTUGUESA
Abraçar: empregase sem preposição no sentido de apertar nos
braços: A mãe abraçoua com ternura. (VTD); Abraçouse a mim,
chorando. (VTI)
Casar: Marina casou cedo e pobre. (VI não exige complemento). Você é realmente digno de casar com minha ilha. (VTI
com preposição). Ela casou antes dos vinte anos. (VTD sem preposição). O verbo casar pode vir acompanhado de pronome relexivo: Ela casou com o seu grande amor; ou Ela casouse com seu
grande amor.
Agradar: empregase com preposição no sentido de contentar, satisfazer.(VTI): A banda Legião Urbana agrada aos jovens.
(VTI); Empregase sem preposição no sentido de acariciar, mimar:
Márcio agradou a esposa com um lindo presente. (VTD)
Chamar: empregase sem preposição no sentido de convocar;
O juiz chamou o réu à sua presença. (VTD). Empregase com ou
sem preposição no sentido de denominar, apelidar, construido
com objeto + predicativo: Chamouo covarde. (VTD) / Chamouo
de covarde. (VID); Chamoulhe covarde. (VTI) / Chamoulhe de
covarde. (VTI); Chamava por Deus nos momentos diiceis. (VTI).
Ajudar: empregase sem preposição; objeto direto de pessoa:
Eu ajudavaa no serviço de casa. (VTD)
Aludir: (=fazer alusão, referirse a alguém), empregase com
preposição: Na conversa aludiu vagamente ao seu novo projeto.
(VTI)
Chegar: o verbo chegar exige a preposição a quando indica
lugar: Chegou ao aeroporto meio apressada. Como transitivo direto (VTD) e intransitivo (VI) no sentido de aproximar; Chegueime
a ele.
Ansiar: empregase sem preposição no sentido de causar malestar, angustiar: A emoção ansiavame. (VTD); Empregase com
preposição no sentido de desejar ardentemente por: Ansiava por
vêlo novamente. (VTI)
Contentarse: empregase com as preposições com, de, em:
Contentamse com migalhas. (VTI); Contentome em aplaudir daqui.
Aspirar: empregase sem preposição no sentido de respirar,
cheirar: Aspiramos um ar excelente, no campo. (VTD) Empregase com preposição no sentido de querer muito, ter por objetivo:
Gincizinho aspira ao cargo de diretor da Penitenciária. (VTI)
Custar: é transitivo direto no sentido de ter valor de, ser
caro. Este computador custa muito caro. (VTD). No sentido de ser
difícil é TI. É conjugado como verbo relexivo, na 3ª pessoa do
singular, e seu sujeito é uma oração reduzida de ininitivo: Custoume pegar um táxi; O carro custoume todas as economias. É transitivo direto e indireto (TDI) no sentido de acarretar: A imprudência
custoulhe lágrimas amargas. (VTDI).
Assistir: empregase com preposição no sentido de ver, presenciar: Todos assistíamos à novela Almas Gêmeas. (VTI) Nesse
caso, o verbo não aceita o pronome lhe, mas apenas os pronomes
pessoais retos + preposição: O ilme é ótimo. Todos querem assistir a ele. (VTI). Empregase sem / com preposição no sentido
de socorrer, ajudar: A professora sempre assiste os alunos com
carinho. (VTD); A professora sempre assiste aos alunos com carinho. (VTI). Empregase com preposição no sentido de caber, ter
direito ou razão: O direito de se defender assiste a todos. (VTI).
No sentido de morar, residir é intransitivo e exige a preposição
em: Assiste em Manaus por muito tempo. (VI).
Ensinar: é intransitivo no sentido de doutrinar, pregar: Minha mãe ensina na FAI. (VTI). É transitivo direto no sentido de
educar: Nem todos ensinam as crianças. (VTD). É transitivo direto e indireto no sentido de dar ínstrução sobre: Ensino os exercícios mais diiceis aos meus alunos. (VTDI).
Entreter: empregado como divertirse exige as preposições:
a, com, em: Entretínhamonos em recordar o passado.
Atender: empregado sem preposição no sentido de receber
alguém com atenção: O médico atendeu o cliente pacientemente.
(VTD). No sentido de ouvir, conceder: Deus atendeu minhas preces. (VTD); Atenderemos quaisquer pedido via internet. Empregase com preposição no sentido de dar atenção a alguém: Lamento
não poder atender à solicitação de recursos. (VTI). Empregase
com preposição no sentido de ouvir com atenção o que alguém
diz: Atenda ao telefone, por favor; Atenda o telefone. (preferência
brasileira).
Esquecer / Lembrar: estes verbos admitem as construções:
Esqueci o endereço dele; Lembrei um caso interessante; Esquecime do endereço dele; Lembreime de um caso interessante. Esqueceu me seu endereço; Lembrame um caso interessante. Você
pode observar que no 1º exemplo tanto o verbo esquecer como
lembrar, não são pronominais, isto é, não exigem os pronomes me,
se, lhe, são transitivos diretos (TD). Nos outros exemplos, ambos
os verbos, esquecer e lembrar, exigem o pronome e a preposição
de; são transitivos indiretos e pronominais. No exemplo o verbo
esquecer está empregado no sentido de apagar da memória e o
verbo lembrar está empregado no sentido de vir à memória. Na
língua culta, os verbos esquecer e lembrar quando usados com a
preposição de, exigem os pronomes.
Avisar: avisar alguém de alguma coisa: O chefe avisou os
funcionários de que os documentos estavam prontos. (VTD); Avisaremos os clientes da mudança de endereço. (VTD). Já tem tradição na língua o uso de avisar como OI de pessoa e OD de coisa;
Avisamos aos clientes que vamos atendêlos em novo endereço.
Implicar: empregase com preposição no sentido de ter implicância com alguém: Nunca implico com meus alunos. (VTI).
Empregase sem preposição no sentido de acarretar, envolver: A
queda do dólar implica corrida ao over. (VTD); O desestímulo ao
álcool combustível implica uma volta ao passado. (VTD). Empregase sem preposição no sentido de embaraçar, comprometer: O
vizinho implicouo naquele caso de estupro. (VTD). É inadequada
a regência do verbo implicar em: Implicou em confusão.
Bater: empregase com preposição no sentido de dar pancadas
em alguém: Os irmãos batiam nele (ou batiamlhe) à toa; Nervoso, entrou em casa e bateu a porta; (fechou com força); Foi logo
batendo à porta; (bater junto à porta, para alguém abrir); Para que
ele pudesse ouvir, era preciso bater na porta de seu quarto; (dar
pancadas).
Didatismo e Conhecimento
31
LÍ NGUA PORTUGUESA
Precisar: empregase com preposição no sentido de ter necessidade, é VTI: As crianças carentes precisam de melhor atendimento médico. (VTI). Quando o verbo precisar vier acompanhado
de ininítivo, podese usar a preposição de; a língua moderna tende
a dispensála: Você é rico, não precisa trabalhar muito. Usase, às
vezes na voz passiva, com sujeito indeterminado: Precisase de
funcionários competentes. (sujeito indeterminado). Empregase
sem preposição no sentido de indicar com exatidão: Perdeu muito
dinheiro no jogo, mas não sabe precisar a quantia. (VTD).
Informar: o verbo informar possui duas construções, VTD e
VTI: Informeio que sua aposentaria saiu. (VTD); Informeilhe que
sua aposentaria saiu. (VTI); Informouse das mudanças logo cedo.
(inteirarse, verbo pronominal)
Investir: empregase com preposição (com ou contra) no sentido de atacar, é TI: O touro Bandido investiu contra Tião. Empregado como verbo transitivo direto e índireto, no sentido de dar
posse: O prefeito investiu Renata no cargo de assessora. (VTDI).
Empregase sem preposição no sentido também de empregar dinheiro, é TD: Nós investimos parte dos lucros em pesquisas cientíicas. (VTD).
Preferir: empregase sem preposição no sentido de ter preferência. (sem escolha): Preiro dias mais quentes. (VTD). Preferir
VTDI, no sentido de ter preferência, exige a preposição a: Preiro
dançar a nadar; Preiro chocolate a doce de leite. Na linguagem
formal, culta, é inadequado usar este verbo reforçado pelas palavras ou expressões: antes, mais, muito mais, mil vezes mais, do
que.
Morar: antes de substantivo rua, avenida, usase morar com
a preposição em: D. Marina Falcão mora na Rua Dorival de Barros.
Namorar: a regência correta deste verbo é namorar alguém e
NÃO namorar com alguém: Meu ilho, Paulo César, namora Cristiane. Marcelo namora Raquel.
Presidir: empregase com objeto direto ou objeto indireto,
com a preposição a: O reitor presidiu à sessão; O reitor presidiu
a sessão.
Necessitar: empregase com verbo transitivo direto ou indireto, no sentido de precisar: Necessitávamos o seu apoio; Necessitávamos de seu apoio. (VTDI).
Prevenir: admite as construções: A paciência previne dissabores; Preveni minha turma; Quero prevenilos; Prevenimonos para
o exame inal.
Obedecer / Desobedecer: empregase com verbo transitivo direto e indireto no sentido de cumprir ordens: Obedecia às irmãs e
irmãos; Não desobedecia às leis de trânsito.
Proceder: empregase como verbo intransitivo no sentido de
ter fundamento: Sua tese não procede. (VI). Empregase com a
preposição de no sentido de originarse, vir de: Muitos males da
humanidade procedem da falta de respeito ao próximo. Empregase
como transitivo indireto com a preposição a, no sentido de dar
início: Procederemos a uma investigação rigorosa. (VTI)
Pagar: empregase sem preposição no sentido de saldar coisa, é VTI: Cida pagou o pão; Paguei a costura. Emprega-se com
preposição no sentido de remunerar pessoa, é VTI: Cida pagou
ao padeiro; Paguei à costureira. Empregase como verbo transitivo direto e indireto, pagar alguma coisa a alguém: Cida pagou a
carne ao açougueiro. Por alguma coisa: Quanto pagou pelo carro?
Sem complemento: Assistiu aos jogos sem pagar.
Querer: empregase sem preposição no sentido de desejar:
Quero vêlo ainda hoje. (VTD). Empregase com preposição no
sentido de gostar, ter afeto, amar: Quero muito bem às minhas
cunhadas Vera e Ceiça.
Residir: como o verbo morar, o verbo responder, constróise
com a preposição em: Residimos em Lucélia, na Avenida Internacional. Residente e residência têm a mesma regencia de residir em.
Pedir: somente se usa pedir para, quando, entre pedir e o
para, puder colocar a palavra licença. Caso contrário, dízse pedir
que; A secretária pediu para sair mais cedo. (pediu licença); A direção pediu que todos os funcionários comparecessem à reunião.
Responder: empregase no sentido de responder alguma coisa
a alguém: O senador respondeu ao jornalista que o projeto do rio
São Francisco estava no inal. (VTDI). Empregase no sentido de
responder a uma carta, a uma pergunta: Enrolou, enrolou e não
respondeu à pergunta do professor.
Perdoar: empregase sem preposição no sentido de perdoar
coisa, é TD: Devemos perdoar as ofensas. (VTD). Empregase
com preposição no sentido de conceder o perdão à pessoa, é TI:
Perdoemos aos nossos inimigos. (VTI). Empregase como verbo
transitivo direto e indireto no sentido de ter necessidade: A mãe
perdoou ao ilho a mentira. (VTDI). Admite voz passiva: Todos
serão perdoados pelos pais.
Reverter: empregase no sentido de regressar, voltar ao estado primitivo: Depois de aposentarse reverteu à ativa. Empregase
no sentido de voltar para a posse de alguém: As jóias reverterão
ao seu verdadeiro dono. Empregase no sentido de destinarse: A
renda da festa será revertida em beneicio da Casa da Sopa.
Permitir: empregado com preposição, exige objeto indireto de pessoa: O médico permitiu ao paciente que falasse. (VTI).
Constróise com o pronome lhe e não o: O assistente permitiulhe
que entrasse. Não se usa a preposição de antes de oração ininitiva:
Os pais não lhe permite ir sozinha à festa do Peão. (e não de ir
sozinha).
Simpatizar / Antipatizar: empregamse com a preposição
com: Sempre simpatizei com pessoas negras; Antipatizei com ela
desde o primeiro momento. Estes verbos não são pronominais, isto
é, não exigem os pronomes me, se, nos, etc: Simpatizeime com
você. (inadequado); Simpatizei com você. (adequado)
Pisar: é verbo transitivo direto VTD: Tinha pisado o continente brasileiro. (não exige a preposição no).
Didatismo e Conhecimento
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LÍ NGUA PORTUGUESA
Subir: Subiu ao céu; Subir à cabeça; Subir ao trono; Subir ao
poder. Essas expressões exigem a preposição a.
Questões
01. (IFC - Auxiliar Administrativo - IFC). Todas as alternativas estão corretas quanto ao emprego correto da regência do
verbo, EXCETO:
A) Faço entrega em domicílio.
B) Eles assistem o espetáculo.
C) João gosta de frutas.
D) Ana reside em São Paulo.
E) Pedro aspira ao cargo de chefe.
Suceder: empregase com a preposição a no sentido de substituir, vir depois: O descanso sucede ao trabalho.
Tocar: empregase no sentido de pôr a mão, tocar alguém,
tocar em alguém: Não deixava tocar o / no gato doente. Empregase no sentido de comover, sensibilizar, usase com OD: O nascimento do ilho tocouo profundamente. Empregase no sentido de
caber por sorte, herança, é OI: Tocoulhe, por herança, uma linda
fazenda. Empregase no sentido de ser da competência de, caber:
Ao prefeito é que toca deferir ou indeferir o projeto.
02. Assinale a opção em que o verbo chamar é empregado com
o mesmo sentido que apresenta em __ “No dia em que o chamaram
de Ubirajara, Quaresma icou reservado, taciturno e mudo”:
a) pelos seus feitos, chamaram-lhe o salvador da pátria;
b) bateram à porta, chamando Rodrigo;
c) naquele momento difícil, chamou por Deus e pelo Diabo;
d) o chefe chamou-os para um diálogo franco;
e) mandou chamar o médico com urgência.
Visar: empregase sem preposição, como VTD, no sentido de
apontar ou pôr visto: O garoto visou o inocente passarinho; O gerente visou a correspondência. Empregase com preposição, como
VTI, no sentido de desejar, pretender: Todos visam ao reconhecimento de seus esforços.
03. Assinale a opção em que o verbo assistir é empregado com
o mesmo sentido que apresenta em “não direi que assisti às alvoradas do romantismo”.
a) não assiste a você o direito de me julgar;
b) é dever do médico assistir a todos os enfermos;
c) em sua administração, sempre foi assistido por bons conselheiros;
d) não se pode assistir indiferente a um ato de injustiça;
e) o padre lhe assistiu nos derradeiros momentos.
Casos Especiais
Darse ao trabalho ou darse o trabalho? Ambas as construções
são corretas. A primeira é mais aceita: Davase ao trabalho de responder tudo em Inglês. O mesmo se dá com: darse ao / o incômodo; poupar-se ao /o trabalho; darse ao /o luxo.
Proporse alguma coisa ou proporse a alguma coisa? Proporse, no sentido de ter em vista, disporse a, pode vir com ou sem a
preposição a: Ela se propôs leválo/ a leválo ao circo.
04. Em todas as alternativas, o verbo grifado foi empregado
com regência certa, exceto em:
a) a vista de José Dias lembrou-me o que ele me dissera.
b) estou deserto e noite, e aspiro sociedade e luz.
c) custa-me dizer isto, mas antes peque por excesso;
d) redobrou de intensidade, como se obedecesse a voz do mágico;
e) quando ela morresse, eu lhe perdoaria os defeitos.
Passar revista a ou passar em revista? Ambas estão corretas,
porém a segunda construção é mais frequente: O presidente passou
a tropa em revista.
Em que pese a - expressão concessiva equivalendo a ainda
que custe a, apesar de, não obstante: “Em que pese aos inimigos
do paraense, sinceramente confesso que o admiro.” (Graciliano
Ramos)
05. O verbo chamar está com a regência incorreta em:
a) chamo-o de burguês, pois você legitima a submissão das
mulheres;
b) como ninguém assumia, chamei-lhes de discriminadores;
c) de repente, houve um nervosismo geral e chamaram-nas de
feministas;
d) apesar de a hora ter chegado, o chefe não chamou às feministas a sua seção;
e) as mulheres foram para o local do movimento, que elas
chamaram de maternidade.
Observações Finais
Os verbos transitivos indiretos (exceção ao verbo obedecer),
não admitem voz passiva. Os exemplos citados abaixo são considerados inadequados.
O ilme foi assistido pelos estudantes; O cargo era visado
por todos; Os estudantes assistiram ao ilme; Todos visavam ao
cargo.
Não se deve dar o mesmo complemento a verbos de regências
diferentes, como: Entrou e saiu de casa; Assisti e gostei da peça.
Corrijase para: Entrou na casa e saiu dela; Assisti à peça e gostei
dela.
As formas oblíquas o, a, os, as funcionam como complemento
de verbos transitivos diretos, enquanto as formas lhe, lhes funcionam como transitivos indiretos que exigem a preposição a. Convidei as amigas. Convideias; Obedeço ao mestre. Obedeço lhe.
Didatismo e Conhecimento
06. Assinale o exemplo, em que está bem empregada a construção com o verbo preferir:
a) preferia ir ao cinema do que icar vendo televisão;
b) preferia sair a icar em casa;
c) preferia antes sair a icar em casa;
d) preferia mais sair do que icar em casa;
e) antes preferia sair do que icar em casa.
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LÍ NGUA PORTUGUESA
07. Assinale a opção em que o verbo lembrar está empregado
de maneira inaceitável em relação à norma culta da língua:
a) pediu-me que o lembrasse a meus familiares;
b) é preciso lembrá-lo o compromisso que assumiu conosco;
c) lembrou-se mais tarde que havia deixado as chaves em casa;
d) não me lembrava de ter marcado médico para hoje;
e) na hora das promoções, lembre-se de mim.
10. RELAÇÕES SINTÁTICO-SEMÂNTICO-DISCURSIVAS NO PROCESSO ARGUMENTATIVO.
08. O verbo sublinhado foi empregado corretamente, exceto
em:
Argumentação
a) aspiro à carreira militar desde criança;
b) dado o sinal, procedemos à leitura do texto.
c) a atitude tomada implicou descontentamento;
d) preiro estudar Português a estudar Matemática;
e) àquela hora, custei a encontrar um táxi disponível.
O ato de comunicação não visa apenas transmitir uma informação a alguém. Quem comunica pretende criar uma imagem
positiva de si mesmo (por exemplo, a de um sujeito educado, ou
inteligente, ou culto), quer ser aceito, deseja que o que diz seja admitido como verdadeiro. Em síntese, tem a intenção de convencer,
ou seja, tem o desejo de que o ouvinte creia no que o texto diz e
faça o que ele propõe.
Se essa é a inalidade última de todo ato de comunicação, todo
texto contém um componente argumentativo. A argumentação é o
conjunto de recursos de natureza linguística destinados a persuadir
a pessoa a quem a comunicação se destina. Está presente em todo
tipo de texto e visa a promover adesão às teses e aos pontos de
vista defendidos.
As pessoas costumam pensar que o argumento seja apenas
uma prova de verdade ou uma razão indiscutível para comprovar a
veracidade de um fato. O argumento é mais que isso: como se disse
acima, é um recurso de linguagem utilizado para levar o interlocutor a crer naquilo que está sendo dito, a aceitar como verdadeiro o
que está sendo transmitido. A argumentação pertence ao domínio
da retórica, arte de persuadir as pessoas mediante o uso de recursos
de linguagem.
Para compreender claramente o que é um argumento, é bom
voltar ao que diz Aristóteles, ilósofo grego do século lV a.C.,
numa obra intitulada “Tópicos: os argumentos são úteis quando
se tem de escolher entre duas ou mais coisas”.
Se tivermos de escolher entre uma coisa vantajosa e uma desvantajosa, como a saúde e a doença, não precisamos argumentar.
Suponhamos, no entanto, que tenhamos de escolher entre duas
coisas igualmente vantajosas, a riqueza e a saúde. Nesse caso, precisamos argumentar sobre qual das duas é mais desejável. O argumento pode então ser deinido como qualquer recurso que torna
uma coisa mais desejável que outra. Isso signiica que ele atua no
domínio do preferível. Ele é utilizado para fazer o interlocutor crer
que, entre duas teses, uma é mais provável que a outra, mais possível que a outra, mais desejável que a outra, é preferível à outra.
O objetivo da argumentação não é demonstrar a verdade de
um fato, mas levar o ouvinte a admitir como verdadeiro o que o
enunciador está propondo.
Há uma diferença entre o raciocínio lógico e a argumentação. O primeiro opera no domínio do necessário, ou seja, pretende
demonstrar que uma conclusão deriva necessariamente das premissas propostas, que se deduz obrigatoriamente dos postulados
admitidos. No raciocínio lógico, as conclusões não dependem de
crenças, de uma maneira de ver o mundo, mas apenas do encadeamento de premissas e conclusões.
09. Assinale o mau emprego do vocábulo “onde”:
a) todas as ocasiões onde nos vimos às voltas com problemas
no trabalho, o superintendente nos ajudou;
b) por toda parte, onde quer que fôssemos, encontrávamos
colegas;
c) não sei bem onde foi publicado o edital;
d) onde encontraremos quem nos forneça as informações de
que necessitamos;
e) os processos onde podemos encontrar dados para o relatório estão arquivados
Respostas
1- Resposta “B”
A frase correta seria “Eles assistem ao espetáculo”
O verbo “assistir” causa dúvidas porque pode ser transitivo
direto ou indireto. No primeiro caso não admitirá preposição, já
no segundo sim.
Portanto, quando a pergunta (a quê?) for feita ao verbo, este
será transitivo indireto e quando o complemento do verbo vir de
forma direta, será transitivo direto.Veja:
a) A enfermeira assistiu o paciente. (Assistiu quem? O paciente! Ou seja, a pergunta é respondida diretamente, sem intermediários, sem preposição)
b) João assistiu ao programa do Jô! (Assistiu a quê? Ao programa! Logo, preposição a + artigo o)
2-A
3-D
4-B
5-D
6-B
7-B
8-E
9-B
Didatismo e Conhecimento
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LÍ NGUA PORTUGUESA
dutor do texto a respeito do assunto de que está tratando; dá ao
texto a garantia do autor citado. É preciso, no entanto, não fazer do
texto um amontoado de citações. A citação precisa ser pertinente e
verdadeira. Exemplo:
Por exemplo, um raciocínio lógico é o seguinte encadeamento:
A é igual a B.
A é igual a C.
Então: C é igual a A.
“A imaginação é mais importante do que o conhecimento.”
Admitidos os dois postulados, a conclusão é, obrigatoriamente, que C é igual a A.
Quem disse a frase aí de cima não fui eu... Foi Einstein. Para
ele, uma coisa vem antes da outra: sem imaginação, não há conhecimento. Nunca o inverso.
Outro exemplo:
Alex José Periscinoto.
In: Folha de S. Paulo, 30/8/1993, p. 5-2
Todo ruminante é um mamífero.
A vaca é um ruminante.
Logo, a vaca é um mamífero.
A tese defendida nesse texto é que a imaginação é mais importante do que o conhecimento. Para levar o auditório a aderir a ela,
o enunciador cita um dos mais célebres cientistas do mundo. Se
um físico de renome mundial disse isso, então as pessoas devem
acreditar que é verdade.
Admitidas como verdadeiras as duas premissas, a conclusão
também será verdadeira.
No domínio da argumentação, as coisas são diferentes. Nele,
a conclusão não é necessária, não é obrigatória. Por isso, devese
mostrar que ela é a mais desejável, a mais provável, a mais plausível. Se o Banco do Brasil izer uma propaganda dizendose mais
coniável do que os concorrentes porque existe desde a chegada
da família real portuguesa ao Brasil, ele estará dizendonos que um
banco com quase dois séculos de existência é sólido e, por isso,
coniável. Embora não haja relação necessária entre a solidez de
uma instituição bancária e sua antiguidade, esta tem peso argumentativo na airmação da coniabilidade de um banco. Portanto é
provável que se creia que um banco mais antigo seja mais coniável do que outro fundado há dois ou três anos.
Enumerar todos os tipos de argumentos é uma tarefa quase
impossível, tantas são as formas de que nos valemos para fazer as
pessoas preferirem uma coisa a outra. Por isso, é importante entender bem como eles funcionam.
Já vimos diversas características dos argumentos. É preciso
acrescentar mais uma: o convencimento do interlocutor, o auditório, que pode ser individual ou coletivo, será tanto mais fácil
quanto mais os argumentos estiverem de acordo com suas crenças, suas expectativas, seus valores. Não se pode convencer um
auditório pertencente a uma dada cultura enfatizando coisas que
ele abomina. Será mais fácil convencêlo valorizando coisas que
ele considera positivas. No Brasil, a publicidade da cerveja vem
com frequência associada ao futebol, ao gol, à paixão nacional.
Nos Estados Unidos, essa associação certamente não surtiria efeito, porque lá o futebol não é valorizado da mesma forma que no
Brasil. O poder persuasivo de um argumento está vinculado ao que
é valorizado ou desvalorizado numa dada cultura.
Argumento de Quantidade
É aquele que valoriza mais o que é apreciado pelo maior número de pessoas, o que existe em maior número, o que tem maior
duração, o que tem maior número de adeptos, etc. O fundamento
desse tipo de argumento é que mais = melhor. A publicidade faz
largo uso do argumento de quantidade.
Argumento do Consenso
É uma variante do argumento de quantidade. Fundamentase
em airmações que, numa determinada época, são aceitas como
verdadeiras e, portanto, dispensam comprovações, a menos que o
objetivo do texto seja comprovar alguma delas. Parte da ideia de
que o consenso, mesmo que equivocado, corresponde ao indiscutível, ao verdadeiro e, portanto, é melhor do que aquilo que não
desfruta dele. Em nossa época, são consensuais, por exemplo, as
airmações de que o meio ambiente precisa ser protegido e de que
as condições de vida são piores nos países subdesenvolvidos. Ao
coniar no consenso, porém, correse o risco de passar dos argumentos válidos para os lugarescomuns, os preconceitos e as frases
carentes de qualquer base cientíica.
Argumento de Existência
É aquele que se fundamenta no fato de que é mais fácil aceitar
aquilo que comprovadamente existe do que aquilo que é apenas
provável, que é apenas possível. A sabedoria popular enuncia o
argumento de existência no provérbio “Mais vale um pássaro na
mão do que dois voando”.
Nesse tipo de argumento, incluemse as provas documentais
(fotos, estatísticas, depoimentos, gravações, etc.) ou provas concretas, que tornam mais aceitável uma airmação genérica. Durante a invasão do Iraque, por exemplo, os jornais diziam que o exército americano era muito mais poderoso do que o iraquiano. Essa
airmação, sem ser acompanhada de provas concretas, poderia ser
vista como propagandística. No entanto, quando documentada
pela comparação do número de canhões, de carros de combate, de
navios, etc., ganhava credibilidade.
Tipos de Argumento
Já veriicamos que qualquer recurso linguístico destinado a
fazer o interlocutor dar preferência à tese do enunciador é um argumento. Exemplo:
Argumento de Autoridade
É a citação, no texto, de airmações de pessoas reconhecidas
pelo auditório como autoridades em certo domínio do saber, para
servir de apoio àquilo que o enunciador está propondo. Esse recurso produz dois efeitos distintos: revela o conhecimento do pro-
Didatismo e Conhecimento
35
LÍ NGUA PORTUGUESA
Argumento quase lógico
O enunciador cria a orientação argumentativa de seu texto
dando destaque a uns fatos e não a outros, omitindo certos episódios e revelando outros, escolhendo determinadas palavras e não
outra. Veja:
É aquele que opera com base nas relações lógicas, como causa
e efeito, analogia, implicação, identidade, etc. Esses raciocínios
são chamados quase lógicos porque, diversamente dos raciocínios
lógicos, eles não pretendem estabelecer relações necessárias entre
os elementos, mas sim instituir relações prováveis, possíveis, plausíveis. Por exemplo, quando se diz “A é igual a B”, “B é igual a
C”, “então A é igual a C”, estabelecese uma relação de identidade
lógica. Entretanto, quando se airma “Amigo de amigo meu é meu
amigo” não se institui uma identidade lógica, mas uma identidade
provável.
Um texto coerente do ponto de vista lógico é mais facilmente
aceito do que um texto incoerente. Vários são os defeitos que concorrem para desqualiicar o texto do ponto de vista lógico: fugir
do tema proposto, cair em contradição, tirar conclusões que não se
fundamentam nos dados apresentados, ilustrar airmações gerais
com fatos inadequados, narrar um fato e dele extrair generalizações indevidas.
“O clima da festa era tão pacíico que até sogras e noras
trocavam abraços afetuosos.”
O enunciador aí pretende ressaltar a ideia geral de que noras
e sogras não se toleram. Não fosse assim, não teria escolhido esse
fato para ilustrar o clima da festa nem teria utilizado o termo até,
que serve para incluir no argumento alguma coisa inesperada.
Além dos defeitos de argumentação mencionados quando tratamos de alguns tipos de argumentação, vamos citar outros:
- Uso sem delimitação adequada de palavra de sentido tão
amplo, que serve de argumento para um ponto de vista e seu contrário. São noções confusas, como paz, que, paradoxalmente, pode
ser usada pelo agressor e pelo agredido. Essas palavras podem
ter valor positivo (paz, justiça, honestidade, democracia) ou vir
carregadas de valor negativo (autoritarismo, degradação do meio
ambiente, injustiça, corrupção).
- Uso de airmações tão amplas, que podem ser derrubadas
por um único contraexemplo. Quando se diz “Todos os políticos
são ladrões”, basta um único exemplo de político honesto para
destruir o argumento.
- Emprego de noções cientíicas sem nenhum rigor, fora do
contexto adequado, sem o signiicado apropriado, vulgarizandoas
e atribuindolhes uma signiicação subjetiva e grosseira. É o caso,
por exemplo, da frase “O imperialismo de certas indústrias não
permite que outras crescam”, em que o termo imperialismo é descabido, uma vez que, a rigor, signiica “ação de um Estado visando a reduzir outros à sua dependência política e econômica”.
Argumento do Atributo
É aquele que considera melhor o que tem proriedades típicas
daquilo que é mais valorizado socialmente, por exemplo, o mais
raro é melhor que o comum, o que é mais reinado é melhor que o
que é mais grosseiro, etc.
Por esse motivo, a publicidade usa, com muita frequência, celebridades recomendando prédios residenciais, produtos de beleza,
alimentos estéticos, etc., com base no fato de que o consumidor
tende a associar o produto anunciado com atributos da celebridade.
Uma variante do argumento de atributo é o argumento da
competência linguística. A utilização da variante culta e formal da
língua que o produtor do texto conhece a norma linguística socialmente mais valorizada e, por conseguinte, deve produzir um texto
em que se pode coniar. Nesse sentido é que se diz que o modo de
dizer dá coniabilidade ao que se diz.
Imaginese que um médico deva falar sobre o estado de saúde
de uma personalidade pública. Ele poderia fazêlo das duas maneiras indicadas abaixo, mas a primeira seria ininitamente mais adequada para a persuasão do que a segunda, pois esta produziria certa
estranheza e não criaria uma imagem de competência do médico:
A boa argumentação é aquela que está de acordo com a situação concreta do texto, que leva em conta os componentes envolvidos na discussão (o tipo de pessoa a quem se dirige a comunicação,
o assunto, etc).
Convém ainda alertar que não se convence ninguém com manifestações de sinceridade do autor (como eu, que não costumo
mentir...) ou com declarações de certeza expressas em fórmulas
feitas (como estou certo, creio irmemente, é claro, é óbvio, é evidente, airmo com toda a certeza, etc). Em vez de prometer, em seu
texto, sinceridade e certeza, autenticidade e verdade, o enunciador
deve construir um texto que revele isso. Em outros termos, essas
qualidades não se prometem, manifestam-se na ação.
A argumentação é a exploração de recursos para fazer parecer
verdadeiro aquilo que se diz num texto e, com isso, levar a pessoa
a que texto é endereçado a crer naquilo que ele diz.
Um texto dissertativo tem um assunto ou tema e expressa um
ponto de vista, acompanhado de certa fundamentação, que inclui
a argumentação, questionamento, com o objetivo de persuadir. Argumentar é o processo pelo qual se estabelecem relações para chegar à conclusão, com base em premissas. Persuadir é um processo
de convencimento, por meio da argumentação, no qual se procura
convencer os outros, de modo a inluenciar seu pensamento e seu
comportamento.
A persuasão pode ser válida e não válida. Na persuasão válida,
expõemse com clareza os fundamentos de uma ideia ou proposição, e o interlocutor pode questionar cada passo do raciocínio
empregado na argumentação. A persuasão não válida apoiase em
argumentos subjetivos, apelos subliminares, chantagens sentimentais, com o emprego de “apelações”, como a inlexão de voz, a
mímica e até o choro.
- Para aumentar a coniabilidade do diagnóstico e levando
em conta o caráter invasivo de alguns exames, a equipe médica
houve por bem determinar o internamento do governador pelo período de três dias, a partir de hoje, 4 de fevereiro de 2001.
- Para conseguir fazer exames com mais cuidado e porque
alguns deles são barras-pesadas, a gente botou o governador no
hospital por três dias.
Como dissemos antes, todo texto tem uma função argumentativa, porque ninguém fala para não ser levado a sério, para ser
ridicularizado, para ser desmentido: em todo ato de comunicação
deseja-se inluenciar alguém. Por mais neutro que pretenda ser, um
texto tem sempre uma orientação argumentativa.
A orientação argumentativa é certa direção que o falante traça
para seu texto. Por exemplo, um jornalista, ao falar de um homem
público, pode ter a intenção de criticálo, de ridicularizálo ou, ao
contrário, de mostrar sua grandeza.
Didatismo e Conhecimento
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LÍ NGUA PORTUGUESA
Alguns autores classiicam a dissertação em duas modalidades, expositiva e argumentativa. Esta exige argumentação, razões
a favor e contra uma ideia, ao passo que a outra é informativa,
apresenta dados sem a intenção de convencer. Na verdade, a escolha dos dados levantados, a maneira de expôlos no texto já revelam uma “tomada de posição”, a adoção de um ponto de vista na
dissertação, ainda que sem a apresentação explícita de argumentos.
Desse ponto de vista, a dissertação pode ser deinida como discussão, debate, questionamento, o que implica a liberdade de pensamento, a possibilidade de discordar ou concordar parcialmente. A
liberdade de questionar é fundamental, mas não é suiciente para
organizar um texto dissertativo. É necessária também a exposição
dos fundamentos, os motivos, os porquês da defesa de um ponto
de vista.
Podese dizer que o homem vive em permanente atitude argumentativa. A argumentação está presente em qualquer tipo de discurso, porém, é no texto dissertativo que ela melhor se evidencia.
Para discutir um tema, para confrontar argumentos e posições,
é necessária a capacidade de conhecer outros pontos de vista e
seus respectivos argumentos. Uma discussão impõe, muitas vezes, a análise de argumentos opostos, antagônicos. Como sempre,
essa capacidade aprendese com a prática. Um bom exercício para
aprender a argumentar e contraargumentar consiste em desenvolver as seguintes habilidades:
- argumentação: anotar todos os argumentos a favor de uma
ideia ou fato; imaginar um interlocutor que adote a posição totalmente contrária;
- contraargumentação: imaginar um diálogodebate e quais
os argumentos que essa pessoa imaginária possivelmente apresentaria contra a argumentação proposta;
- refutação: argumentos e razões contra a argumentação
oposta.
A argumentação tem a inalidade de persuadir, portanto, argumentar consiste em estabelecer relações para tirar conclusões
válidas, como se procede no método dialético. O método dialético
não envolve apenas questões ideológicas, geradoras de polêmicas.
Tratase de um método de investigação da realidade pelo estudo de
sua ação recíproca, da contradição inerente ao fenômeno em questão e da mudança dialética que ocorre na natureza e na sociedade.
Descartes (15961650), ilósofo e pensador francês, criou o
método de raciocínio silogístico, baseado na dedução, que parte do
simples para o complexo. Para ele, verdade e evidência são a mesma coisa, e pelo raciocínio tornase possível chegar a conclusões
verdadeiras, desde que o assunto seja pesquisado em partes, começandose pelas proposições mais simples até alcançar, por meio de
deduções, a conclusão inal. Para a linha de raciocínio cartesiana,
é fundamental determinar o problema, dividilo em partes, ordenar
os conceitos, simpliicandoos, enumerar todos os seus elementos e
determinar o lugar de cada um no conjunto da dedução.
A lógica cartesiana, até os nossos dias, é fundamental para a
argumentação dos trabalhos acadêmicos. Descartes propôs quatro
regras básicas que constituem um conjunto de relexos vitais, uma
série de movimentos sucessivos e contínuos do espírito em busca
da verdade:
- evidência;
- divisão ou análise;
- ordem ou dedução;
- enumeração.
Didatismo e Conhecimento
A enumeração pode apresentar dois tipos de falhas: a omissão
e a incompreensão. Qualquer erro na enumeração pode quebrar o
encadeamento das ideias, indispensável para o processo dedutivo.
A forma de argumentação mais empregada na redação acadêmica é o silogismo, raciocínio baseado nas regras cartesianas,
que contém três proposições: duas premissas, maior e menor, e a
conclusão. As três proposições são encadeadas de tal forma, que a
conclusão é deduzida da maior por intermédio da menor. A premissa maior deve ser universal, emprega todo, nenhum, pois alguns
não caracteriza a universalidade.
Há dois métodos fundamentais de raciocínio: a dedução (silogística), que parte do geral para o particular, e a indução, que vai
do particular para o geral. A expressão formal do método dedutivo
é o silogismo. A dedução é o caminho das consequências, baseiase
em uma conexão descendente (do geral para o particular) que leva
à conclusão. Segundo esse método, partindose de teorias gerais, de
verdades universais, podese chegar à previsão ou determinação de
fenômenos particulares. O percurso do raciocínio vai da causa para
o efeito. Exemplo:
Todo homem é mortal (premissa maior = geral, universal)
Fulano é homem (premissa menor = particular)
Logo, Fulano é mortal (conclusão)
A indução percorre o caminho inverso ao da dedução, baseiase em uma conexão ascendente, do particular para o geral. Nesse caso, as constatações particulares levam às leis gerais, ou seja,
parte de fatos particulares conhecidos para os fatos gerais, desconhecidos. O percurso do raciocínio se faz do efeito para a causa.
Exemplo:
O calor dilata o ferro (particular)
O calor dilata o bronze (particular)
O calor dilata o cobre (particular)
O ferro, o bronze, o cobre são metais
Logo, o calor dilata metais (geral, universal)
Quanto a seus aspectos formais, o silogismo pode ser válido e verdadeiro; a conclusão será verdadeira se as duas premissas
também o forem. Se há erro ou equívoco na apreciação dos fatos,
pode-se partir de premissas verdadeiras para chegar a uma conclusão falsa. Tem-se, desse modo, o soisma. Uma deinição inexata,
uma divisão incompleta, a ignorância da causa, a falsa analogia
são algumas causas do soisma. O soisma pressupõe má fé, intenção deliberada de enganar ou levar ao erro; quando o soisma não
tem essas intenções propositais, costuma-se chamar esse processo
de argumentação de paralogismo. Encontra-se um exemplo simples de soisma no seguinte diálogo:
Você concorda que possui uma coisa que não perdeu?
- Lógico, concordo.
Você perdeu um brilhante de 40 quilates?
Claro que não!
- Então você possui um brilhante de 40 quilates...
Exemplos de soismas:
Dedução
Todo professor tem um diploma (geral, universal)
Fulano tem um diploma (particular)
Logo, fulano é professor (geral – conclusão falsa)
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LÍ NGUA PORTUGUESA
A análise decompõe o todo em partes, a classiicação estabelece as necessárias relações de dependência e hierarquia entre as
partes. Análise e classiicação ligam-se intimamente, a ponto de se
confundir uma com a outra, contudo são procedimentos diversos:
análise é decomposição e classiicação é hierarquisação.
Nas ciências naturais, classiicam-se os seres, fatos e fenômenos por suas diferenças e semelhanças; fora das ciências naturais,
a classiicação pode-se efetuar por meio de um processo mais ou
menos arbitrário, em que os caracteres comuns e diferenciadores
são empregados de modo mais ou menos convencional. A classiicação, no reino animal, em ramos, classes, ordens, subordens,
gêneros e espécies, é um exemplo de classiicação natural, pelas
características comuns e diferenciadoras. A classiicação dos variados itens integrantes de uma lista mais ou menos caótica é artiicial.
Exemplo: aquecedor, automóvel, barbeador, batata, caminhão, canário, jipe, leite, ônibus, pão, pardal, pintassilgo, queijo,
relógio, sabiá, torradeira.
Indução
O Rio de Janeiro tem uma estátua do Cristo Redentor. (particular)
Taubaté (SP) tem uma estátua do Cristo Redentor. (particular)
Rio de Janeiro e Taubaté são cidades.
Logo, toda cidade tem uma estátua do Cristo Redentor. (geral
– conclusão falsa)
Notase que as premissas são verdadeiras, mas a conclusão
pode ser falsa. Nem todas as pessoas que têm diploma são professores; nem todas as cidades têm uma estátua do Cristo Redentor.
Cometese erro quando se faz generalizações apressadas ou infundadas. A “simples inspeção” é a ausência de análise ou análise supericial dos fatos, que leva a pronunciamentos subjetivos, baseados nos
sentimentos não ditados pela razão.
Existem, ainda, outros métodos, subsidiários ou não fundamentais, que contribuem para a descoberta ou comprovação da verdade: análise, síntese, classiicação e deinição. Além desses, existem outros métodos particulares de algumas ciências, que adaptam
os processos de dedução e indução à natureza de uma realidade
particular. Podese airmar que cada ciência tem seu método próprio
demonstrativo, comparativo, histórico etc. A análise, a síntese, a
classiicação a deinição são chamadas métodos sistemáticos, porque pela organização e ordenação das ideias visam sistematizar a
pesquisa.
Aves: Canário, Pardal, Pintassilgo, Sabiá.
Alimentos: Batata, Leite, Pão, Queijo.
Mecanismos: Aquecedor, Barbeador, Relógio, Torradeira.
Veículos: Automóvel, Caminhão, Jipe, Ônibus.
Os elementos desta lista foram classiicados por ordem alfabética e pelas ainidades comuns entre eles. Estabelecer critérios de
classiicação das ideias e argumentos, pela ordem de importância,
é uma habilidade indispensável para elaborar o desenvolvimento de uma redação. Tanto faz que a ordem seja crescente, do fato
mais importante para o menos importante, ou decrescente, primeiro o menos importante e, no inal, o impacto do mais importante;
é indispensável que haja uma lógica na classiicação. A elaboração
do plano compreende a classiicação das partes e subdivisões, ou
seja, os elementos do plano devem obedecer a uma hierarquização.
(Garcia, 1973, p. 302304.)
Para a clareza da dissertação, é indispensável que, logo na introdução, os termos e conceitos sejam deinidos, pois, para expressar um questionamento, devese, de antemão, expor clara e racionalmente as posições assumidas e os argumentos que as justiicam.
É muito importante deixar claro o campo da discussão e a posição
adotada, isto é, esclarecer não só o assunto, mas também os pontos
de vista sobre ele.
A deinição tem por objetivo a exatidão no emprego da linguagem e consiste na enumeração das qualidades próprias de uma
ideia, palavra ou objeto. Deinir é classiicar o elemento conforme
a espécie a que pertence, demonstra: a característica que o diferencia dos outros elementos dessa mesma espécie.
Entre os vários processos de exposição de ideias, a deinição
é um dos mais importantes, sobretudo no âmbito das ciências. A
deinição cientíica ou didática é denotativa, ou seja, atribui às palavras seu sentido usual ou consensual, enquanto a conotativa ou
metafórica emprega palavras de sentido igurado. Segundo a lógica tradicional aristotélica, a deinição consta de três elementos:
- o termo a ser deinido;
- o gênero ou espécie;
- a diferença especíica.
Análise e síntese são dois processos opostos, mas interligados;
a análise parte do todo para as partes, a síntese, das partes para o
todo. A análise precede a síntese, porém, de certo modo, uma depende da outra. A análise decompõe o todo em partes, enquanto a
síntese recompõe o todo pela reunião das partes. Sabese, porém,
que o todo não é uma simples justaposição das partes. Se alguém
reunisse todas as peças de um relógio, não signiica que reconstruiu
o relógio, pois fez apenas um amontoado de partes. Só reconstruiria
todo se as partes estivessem organizadas, devidamente combinadas,
seguida uma ordem de relações necessárias, funcionais, então, o
relógio estaria reconstruído.
Síntese, portanto, é o processo de reconstrução do todo por
meio da integração das partes, reunidas e relacionadas num conjunto. Toda síntese, por ser uma reconstrução, pressupõe a análise,
que é a decomposição. A análise, no entanto, exige uma decomposição organizada, é preciso saber como dividir o todo em partes. As
operações que se realizam na análise e na síntese podem ser assim
relacionadas:
Análise: penetrar, decompor, separar, dividir.
Síntese: integrar, recompor, juntar, reunir.
A análise tem importância vital no processo de coleta de ideias
a respeito do tema proposto, de seu desdobramento e da criação de
abordagens possíveis. A síntese também é importante na escolha
dos elementos que farão parte do texto.
Segundo Garcia (1973, p.300), a análise pode ser formal ou informal. A análise formal pode ser cientíica ou experimental; é característica das ciências matemáticas, físico-naturais e experimentais. A análise informal é racional ou total, consiste em “discernir”
por vários atos distintos da atenção os elementos constitutivos de
um todo, os diferentes caracteres de um objeto ou fenômeno.
Didatismo e Conhecimento
O que distingue o termo deinido de outros elementos da mesma espécie. Exemplo:
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LÍ NGUA PORTUGUESA
Na frase: O homem é um animal racional classiicase:
Procedimentos Argumentativos: Constituem os procedimentos argumentativos mais empregados para comprovar uma airmação: exempliicação, explicitação, enumeração, comparação.
Exempliicação: Procura justiicar os pontos de vista por
meio de exemplos, hierarquizar airmações. São expressões comuns nesse tipo de procedimento: mais importante que, superior
a, de maior relevância que. Empregamse também dados estatísticos, acompanhados de expressões: considerando os dados; conforme os dados apresentados. Fazse a exempliicação, ainda, pela
apresentação de causas e consequências, usandose comumente as
expressões: porque, porquanto, pois que, uma vez que, visto que,
por causa de, em virtude de, em vista de, por motivo de.
Explicitação: O objetivo desse recurso argumentativo é explicar ou esclarecer os pontos de vista apresentados. Podese alcançar
esse objetivo pela deinição, pelo testemunho e pela interpretação.
Na explicitação por deinição, empregamse expressões como:
quer dizer, denominase, chamase, na verdade, isto é, haja vista,
ou melhor; nos testemunhos são comuns as expressões: conforme,
segundo, na opinião de, no parecer de, consoante as ideias de, no
entender de, no pensamento de. A explicitação se faz também pela
interpretação, em que são comuns as seguintes expressões: parece,
assim, desse ponto de vista.
Enumeração: Fazse pela apresentação de uma sequência de
elementos que comprovam uma opinião, tais como a enumeração
de pormenores, de fatos, em uma sequência de tempo, em que são
frequentes as expressões: primeiro, segundo, por último, antes,
depois, ainda, em seguida, então, presentemente, antigamente, depois de, antes de, atualmente, hoje, no passado, sucessivamente,
respectivamente. Na enumeração de fatos em uma sequência de
espaço, empregamse as seguintes expressões: cá, lá, acolá, ali, aí,
além, adiante, perto de, ao redor de, no Estado tal, na capital, no
interior, nas grandes cidades, no sul, no leste...
Comparação: Analogia e contraste são as duas maneiras de
se estabelecer a comparação, com a inalidade de comprovar uma
ideia ou opinião. Na analogia, são comuns as expressões: da mesma forma, tal como, tanto quanto, assim como, igualmente. Para
estabelecer contraste, empregamse as expressões: mais que, menos
que, melhor que, pior que.
Elemento
espécie diferença
a ser deinido
especíica
É muito comum formular deinições de maneira defeituosa,
por exemplo: Análise é quando a gente decompõe o todo em partes. Esse tipo de deinição é gramaticalmente incorreto; quando é
advérbio de tempo, não representa o gênero, a espécie, a gente é
forma coloquial não adequada à redação acadêmica. Tão importante é saber formular uma deinição, que se recorre a Garcia (1973,
p.306), para determinar os «requisitos da deinição denotativa”.
Para ser exata, a deinição deve apresentar os seguintes requisitos:
- o termo deve realmente pertencer ao gênero ou classe em
que está incluído: “mesa é um móvel” (classe em que ‘mesa’ está
realmente incluída) e não “mesa é um instrumento ou ferramenta
ou instalação”;
- o gênero deve ser suicientemente amplo para incluir todos
os exemplos especíicos da coisa deinida, e suicientemente restritos para que a diferença possa ser percebida sem diiculdade;
- deve ser obrigatoriamente airmativa: não há, em verdade,
deinição, quando se diz que o “triângulo não é um prisma”;
- deve ser recíproca: “O homem é um ser vivo” não constitui
deinição exata, porque a recíproca, “Todo ser vivo é um homem”
não é verdadeira (o gato é ser vivo e não é homem);
- deve ser breve (contida num só período). Quando a deinição, ou o que se pretenda como tal, é muito longa (séries de períodos ou de parágrafos), chama-se explicação, e também deinição
expandida;
- deve ter uma estrutura gramatical rígida: sujeito (o termo)
+ cópula (verbo de ligação ser) + predicativo (o gênero) + adjuntos (as diferenças).
As deinições dos dicionários de língua são feitas por meio
de paráfrases deinitórias, ou seja, uma operação metalinguística
que consiste em estabelecer uma relação de equivalência entre a
palavra e seus signiicados.
A força do texto dissertativo está em sua fundamentação.
Sempre é fundamental procurar um porquê, uma razão verdadeira
e necessária. A verdade de um ponto de vista deve ser demonstrada com argumentos válidos. O ponto de vista mais lógico e racional do mundo não tem valor, se não estiver acompanhado de uma
fundamentação coerente e adequada.
Os métodos fundamentais de raciocínio segundo a lógica clássica, que foram abordados anteriormente, auxiliam o julgamento
da validade dos fatos. Às vezes, a argumentação é clara e pode
reconhecerse facilmente seus elementos e suas relações; outras vezes, as premissas e as conclusões organizamse de modo livre, misturandose na estrutura do argumento. Por isso, é preciso aprender
a reconhecer os elementos que constituem um argumento: premissas/conclusões. Depois de reconhecer, veriicar se tais elementos
são verdadeiros ou falsos; em seguida, avaliar se o argumento está
expresso corretamente; se há coerência e adequação entre seus
elementos, ou se há contradição. Para isso é que se aprendem os
processos de raciocínio por dedução e por indução. Admitindose
que raciocinar é relacionar, concluise que o argumento é um tipo
especíico de relação entre as premissas e a conclusão.
Didatismo e Conhecimento
Entre outros tipos de argumentos empregados para aumentar o
poder de persuasão de um texto dissertativo encontram-se:
Argumento de autoridade: O saber notório de uma autoridade
reconhecida em certa área do conhecimento dá apoio a uma airmação. Dessa maneira, procura-se trazer para o enunciado a credibilidade da autoridade citada. Lembre-se que as citações literais no
corpo de um texto constituem argumentos de autoridade. Ao fazer
uma citação, o enunciador situa os enunciados nela contidos na
linha de raciocínio que ele considera mais adequada para explicar
ou justiicar um fato ou fenômeno. Esse tipo de argumento tem
mais caráter conirmatório que comprobatório.
Apoio na consensualidade: Certas airmações dispensam explicação ou comprovação, pois seu conteúdo é aceito como válido
por consenso, pelo menos em determinado espaço sociocultural.
Nesse caso, incluem-se:
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LÍ NGUA PORTUGUESA
- Questionar o tema, transformálo em interrogação, responder
a interrogação (assumir um ponto de vista); dar o porquê da resposta, justiicar, criando um argumento básico;
- Imaginar um ponto de vista oposto ao argumento básico e
construir uma contra-argumentação; pensar a forma de refutação
que poderia ser feita ao argumento básico e tentar desqualiicá-la
(rever tipos de argumentação);
- Reletir sobre o contexto, ou seja, fazer uma coleta de ideias
que estejam direta ou indiretamente ligadas ao tema (as ideias podem ser listadas livremente ou organizadas como causa e consequência);
- Analisar as ideias anotadas, sua relação com o tema e com o
argumento básico;
- Fazer uma seleção das ideias pertinentes, escolhendo as que
poderão ser aproveitadas no texto; essas ideias transformam-se em
argumentos auxiliares, que explicam e corroboram a ideia do argumento básico;
- Fazer um esboço do Plano de Redação, organizando uma
sequência na apresentação das ideias selecionadas, obedecendo às
partes principais da estrutura do texto, que poderia ser mais ou
menos a seguinte:
- A declaração que expressa uma verdade universal (o homem,
mortal, aspira à imortalidade);
- A declaração que é evidente por si mesma (caso dos postulados e axiomas);
- Quando escapam ao domínio intelectual, ou seja, é de natureza subjetiva ou sentimental (o amor tem razões que a própria
razão desconhece); implica apreciação de ordem estética (gosto
não se discute); diz respeito à fé religiosa, aos dogmas (creio, ainda que parece absurdo).
Comprovação pela experiência ou observação: A verdade de
um fato ou airmação pode ser comprovada por meio de dados
concretos, estatísticos ou documentais.
Comprovação pela fundamentação lógica: A comprovação
se realiza por meio de argumentos racionais, baseados na lógica:
causa/efeito; consequência/causa; condição/ocorrência.
Fatos não se discutem; discutemse opiniões. As declarações,
julgamento, pronunciamentos, apreciações que expressam opiniões pessoais (não subjetivas) devem ter sua validade comprovada, e só os fatos provam. Em resumo toda airmação ou juízo que
expresse uma opinião pessoal só terá validade se fundamentada na
evidência dos fatos, ou seja, se acompanhada de provas, validade
dos argumentos, porém, pode ser contestada por meio da contraargumentação ou refutação. São vários os processos de contraargumentação:
Introdução
- função social da ciência e da tecnologia;
- deinições de ciência e tecnologia;
- indivíduo e sociedade perante o avanço tecnológico.
Desenvolvimento
Refutação pelo absurdo: refutase uma airmação demonstrando o absurdo da consequência. Exemplo clássico é a contraargumentação do cordeiro, na conhecida fábula “O lobo e o cordeiro”;
Refutação por exclusão: consiste em propor várias hipóteses para
eliminá-las, apresentandose, então, aquela que se julga verdadeira;
Desqualiicação do argumento: atribuise o argumento à opinião pessoal subjetiva do enunciador, restringindose a universalidade da airmação;
Ataque ao argumento pelo testemunho de autoridade: consiste em refutar um argumento empregando os testemunhos de autoridade que contrariam a airmação apresentada;
Desqualiicar dados concretos apresentados: consiste em desautorizar dados reais, demonstrando que o enunciador baseouse
em dados corretos, mas tirou conclusões falsas ou inconsequentes.
Por exemplo, se na argumentação airmouse, por meio de dados
estatísticos, que “o controle demográico produz o desenvolvimento”, airma-se que a conclusão é inconsequente, pois se baseia em
uma relação de causaefeito difícil de ser comprovada. Para contraargumentar, propõese uma relação inversa: “o desenvolvimento
é que gera o controle demográico”.
- apresentação de aspectos positivos e negativos do desenvolvimento tecnológico;
- como o desenvolvimento cientíico-tecnológico modiicou
as condições de vida no mundo atual;
- a tecnocracia: oposição entre uma sociedade tecnologicamente desenvolvida e a dependência tecnológica dos países subdesenvolvidos;
- enumerar e discutir os fatores de desenvolvimento social;
- comparar a vida de hoje com os diversos tipos de vida do
passado; apontar semelhanças e diferenças;
- analisar as condições atuais de vida nos grandes centros urbanos;
- como se poderia usar a ciência e a tecnologia para humanizar
mais a sociedade.
Conclusão
- a tecnologia pode libertar ou escravizar: benefícios/consequências maléicas;
- síntese interpretativa dos argumentos e contra-argumentos
apresentados.
Apresentamse aqui sugestões, um dos roteiros possíveis para
desenvolver um tema, que podem ser analisadas e adaptadas ao
desenvolvimento de outros temas. Elegese um tema, e, em seguida, sugeremse os procedimentos que devem ser adotados para a
elaboração de um Plano de Redação.
Naturalmente esse não é o único, nem o melhor plano de redação: é um dos possíveis.
Tema: O homem e a máquina: necessidade e riscos da evolução tecnológica
Didatismo e Conhecimento
40
LEGISLAÇÃO DO SERVIÇO/
SERVIDOR PÚBLICO FEDERAL
LEGI SLAÇÃO DO SERVI ÇO/ SERVI DOR PÚBLI CO FEDERAL
5) Direitos da quinta geração:
Em que pese doutrinadores enquadrarem os direitos humanos
de quinta geração como sendo os que envolvam a cibernética e a
informática. Paulo Bonavides, vê na quinta geração o espaço para
o direito à paz, chegando a airmar que a paz é axioma da democracia participativa, ou ainda, supremo direito da humanidade.
Vale observar que ainda que se fale em gerações, não existe
qualquer relação de hierarquia entre estes direitos, mesmo porque
todos interagem entre si, de nada servindo um sem a existência
dos outros. Esta nomenclatura adveio apenas em decorrência do
tempo de surgimento, na eterna e constante busca do homem por
mais proteção e mais garantias, com o objetivo de alcançar uma
sociedade mais justa, igualitária e fraterna.
1 DIREITO CONSTITUCIONAL:
DIREITO E GARANTIAS FUNDAMENTAIS
(ART. 5º AO 17 DA C.F.);
A Constituição de 1988, em seu Título II, classiica o gênero
“direito e garantias fundamentais” em cinco espécies:
1. Direitos individuais;
2. Direitos coletivos;
3. Direitos sociais;
4. Direitos à nacionalidade;
5. Direitos políticos.
DIFERENÇA ENTRE DIREITOS E GARANTIAS
EVOLUÇÃO DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS
No ordenamento jurídico pode ser feita uma distinção entre normas declaratórias, que estabelecem direitos, e normas
assecuratórias, as garantias, que asseguram o exercício desses
direitos. Assim, os direitos são bens e vantagens prescritos na
norma constitucional, enquanto as garantias são os instrumentos
através dos quais se assegura o exercício dos aludidos direitos
(preventivamente) ou prontamente os repara, caso violados.
Convém ressaltar que as garantias de direito fundamental não
se confundem com os remédios constitucionais. As garantias constitucionais são de conteúdo mais abrangente, incluindo todas as
disposições assecuratórias de direitos previstas na Constituição.
Vejamos dois exemplos:
- é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo
assegurado o livre-exercício dos cultos religiosos – art. 5º, VI (direito) -, garantindo-se na forma da lei a proteção aos locais de
culto e suas liturgias (garantia).
- direito ao juízo natural (direito) – art. 5º, XXXVII, veda a
instituição de juízo ou tribunal de exceção (garantia).
Os direitos e garantias previstos no art. 5.º da CF têm como
destinatários as pessoas físicas ou jurídicas, nacionais ou estrangeiras, públicas ou privadas ou mesmo entes despersonalizados
nacionais (massa falida, espólio, etc.), estrangeiros residentes ou
estrangeiros de passagem pelo território nacional.
Os direitos fundamentais foram sendo reconhecidos pelos
textos constitucionais e pelo ordenamento jurídico dos países de
forma gradativa e histórica, aos poucos, os autores começaram a
reconhecer as gerações destes, podendo ser sintetizadas da seguinte forma:
1) Direitos de primeira geração:
Surgidos no século XVII, eles cuidam da proteção das liberdades públicas, ou seja, os direitos individuais, compreendidos como
aqueles inerentes ao homem e que devem ser respeitados por todos
os Estados, como o direito à liberdade, à vida, à propriedade, à manifestação, à expressão, ao voto, entre outros. São limites impostos
à atuação do Estado.
2) Direitos de segunda geração:
Correspondem aos direitos de igualdade, signiica um fazer
do Estado em prol dos menos favorecidos pela ordem social e econômica. Passou-se a exigir do Estado sua intervenção para que a
liberdade do homem fosse protegida totalmente (o direito à saúde, ao trabalho, à educação, o direito de greve, entre outros). Veio
atrelado ao Estado Social da primeira metade do século passado.
A natureza do comportamento perante o Estado serviu de critério
distintivo entre as gerações, eis que os de primeira geração exigiam do Estado abstenções (prestações negativas), enquanto os de
segunda exigem uma prestação positiva.
3) Direitos de terceira geração:
Os chamados de solidariedade ou fraternidade, voltados para
a proteção da coletividade. As Constituições passam a tratar da
preocupação com o meio ambiente, da conservação do patrimônio
histórico e cultural, etc. A partir destas, vários outros autores passam a identiicar outras gerações, ainda que não reconhecidas pela
unanimidade de todos os doutrinadores.
4) Direitos de quarta geração:
Segundo orientação de Norberto Bobbio, a quarta geração de
direitos humanos está ligada à questão do biodireito. Referida geração de direitos decorreria dos avanços no campo da engenharia
genética, ao colocarem em risco a própria existência humana, por
meio da manipulação genética.
Por outro lado, o Professor Paulo Bonavides, airma que em
razão do processo de globalização econômica, com consequente
afrouxamento da soberania do Estado Nacional, existe uma tendência de globalização dos direitos fundamentais, de forma a
universalizá-los institucionalmente, sendo a única que realmente
interessaria aos povos da periferia, citando como exemplos: o direito à democracia, à informação e ao pluralismo.
Didatismo e Conhecimento
Rol Exempliicativo
Trata-se de um rol exempliicativo e não um rol taxativo na
medida em que os direitos e garantias expressos na Constituição
não excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por
ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República
Federativa do Brasil seja parte (art. 5º, § 2º).
- Os direitos fundamentais formalmente constitucionais são
aqueles expressamente previstos na Constituição, em qualquer
dispositivo de seu texto.
- Os direitos fundamentais materialmente constitucionais
são aqueles que não estão previstos no texto da Constituição
Federal de 1988, mas sim em outras normas jurídicas. Esses
direitos fundamentais materialmente constitucionais não possuem
hierarquia constitucional, exceto se previstos em tratados e
convenções internacionais sobre direitos humanos aprovados na
forma do art. 5º, § 32, da Constituição Federal.
1
LEGI SLAÇÃO DO SERVI ÇO/ SERVI DOR PÚBLI CO FEDERAL
assegurar a validade e gozo dos direitos fundamentais dentro do território brasileiro, não excluindo, pois, o estrangeiro em trânsito pelo
território nacional, que possui igualmente acesso às ações.
Assim sendo, temos os direitos e garantias previstos no art.
5.º da CF têm como destinatários as pessoas físicas ou jurídicas,
nacionais ou estrangeiras, públicas ou privadas ou mesmo entes
despersonalizados nacionais (massa falida, espólio, etc.).
- Os direitos fundamentais catalogados são aqueles
enumerados no catálogo próprio dos direitos fundamentais, no Título
II da Constituição Federal (arts. 5º ao 17).
- Os direitos fundamentais fora do catálogo são todos os previstos
fora do catálogo dos direitos fundamentais, em outros artigos da
Constituição. O direito ao meio ambiente, por exemplo, é um direito
fundamental de terceira geração, previsto no art. 225 do Texto Maior
(não catalogado, portanto).
Vamos conferir na Constituição Federal a redação dos artigos que dispõe sobre o tema:
Aplicabilidade
Nos termos do art. 5º, § 1º dispõe que as normas deinidoras dos
direitos e garantias fundamentais têm aplicação imediata.
Esse comando constitucional, embora inserto no art. 5º da Constituição, não tem sua aplicação restrita aos direitos e garantias fundamentais individuais e coletivos arrolados nos incisos deste mesmo
artigo.
Sua incidência alcança as diferentes classes de direitos e garantias fundamentais de nossa Carta Magna, ainda que indicados fora do
catálogo próprio, a eles destinado (arts. 5º ao 17).
Essa regra de aplicação imediata, porém, não é absoluta.
Embora a regra seja a eicácia e a aplicabilidade imediata dos
direitos fundamentais, o fato é que existem direitos fundamentais que
consubstanciam normas de eicácia limitada, dependentes de regulamentação por lei para a produção de seus efeitos essenciais.
TÍTULO II
DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS
CAPÍTULO I
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros
residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade,
à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos
termos desta Constituição;
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma
coisa senão em virtude de lei;
III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante;
IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o
anonimato;
V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem;
VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo
assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na
forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias;
VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva;
VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença
religiosa ou de convicção ilosóica ou política, salvo se as invocar
para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a
cumprir prestação alternativa, ixada em lei;
IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística,
cientíica e de comunicação, independentemente de censura ou
licença;
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e
a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo
dano material ou moral decorrente de sua violação;
XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de
lagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante
o dia, por determinação judicial;
XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráicas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo,
no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que
a lei estabelecer para ins de investigação criminal ou instrução
processual penal;
XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou proissão, atendidas as qualiicações proissionais que a lei estabelecer;
XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício
proissional;
Características
Segundo o Professor José Afonso da Silva; direitos e garantias
fundamentais são aquelas prerrogativas e instituições que o Direito
Positivo concretiza em garantias de uma convivência digna, livre e
igual de todas as pessoas, são considerados indispensáveis.
Vejamos as seguintes características:
- Historicidade: são produtos da evolução histórica.
- Inalienabilidade: Não é possível a transferência de direitos
fundamentais, a qualquer título ou forma (ainda que gratuita);
- Irrenunciabilidade: Não está sequer à disposição do seu titular,
abrir mão de sua existência. Pode até não usá-los adequadamente, mas
não pode renunciar à possibilidade de exercê-los.
- Imprescritibilidade: Não se perdem com o decurso do tempo;
- Relatividade ou Limitabilidade: Não há nenhuma hipótese
de direito humano absoluto, eis que todos podem ser ponderados com
os demais. Como esclarece à perfeição André Ramos Tavares, ao
airmar: “não existe nenhum direito humano consagrado pelas constituições que se possa considerar absoluto, no sentido de sempre valer
como máxima a ser aplicada nos casos concretos, independentemente da consideração de outras circunstâncias ou valores constitucionais”. Nesse sentido, é correto airmar que os direitos fundamentais
não são absolutos.
- Universalidade: São reconhecidos em todo o mundo. Todos os
seres humanos têm direitos fundamentais que devem ser devidamente
respeitados.
Titularidade dos Direitos Individuais e Coletivos
- Brasileiros natos e naturalizados e as pessoas jurídicas que sejam constituídas no Brasil de acordo com as leis brasileiras.
- Estrangeiros residentes e apátridas. A expressão “residentes no
Brasil” deve ser interpretada no sentido de que a carta federal só pode
Didatismo e Conhecimento
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LEGI SLAÇÃO DO SERVI ÇO/ SERVI DOR PÚBLI CO FEDERAL
XV - é livre a locomoção no território nacional em tempo de
paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens;
XVI - todos podem reunir-se paciicamente, sem armas, em
locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para
o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade
competente;
XVII - é plena a liberdade de associação para ins lícitos, vedada a de caráter paramilitar;
XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento;
XIX - as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por decisão judicial,
exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado;
XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado;
XXI - as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm legitimidade para representar seus iliados judicial
ou extrajudicialmente;
XXII - é garantido o direito de propriedade;
XXIII - a propriedade atenderá a sua função social;
XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social,
mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os
casos previstos nesta Constituição;
XXV - no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular, assegurada ao
proprietário indenização ulterior, se houver dano;
XXVI - a pequena propriedade rural, assim deinida em lei,
desde que trabalhada pela família, não será objeto de penhora
para pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva, dispondo a lei sobre os meios de inanciar o seu desenvolvimento;
XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo de utilização,
publicação ou reprodução de suas obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei ixar;
XXVIII - são assegurados, nos termos da lei:
a) a proteção às participações individuais em obras coletivas
e à reprodução da imagem e voz humanas, inclusive nas atividades
desportivas;
b) o direito de iscalização do aproveitamento econômico das
obras que criarem ou de que participarem aos criadores, aos intérpretes e às respectivas representações sindicais e associativas;
XXIX - a lei assegurará aos autores de inventos industriais
privilégio temporário para sua utilização, bem como proteção
às criações industriais, à propriedade das marcas, aos nomes de
empresas e a outros signos distintivos, tendo em vista o interesse
social e o desenvolvimento tecnológico e econômico do País;
XXX - é garantido o direito de herança;
XXXI - a sucessão de bens de estrangeiros situados no País
será regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos
ilhos brasileiros, sempre que não lhes seja mais favorável a lei
pessoal do “de cujus”;
XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do
consumidor;
Didatismo e Conhecimento
XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou
geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à
segurança da sociedade e do Estado;
XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas:
a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de
direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder;
b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal;
XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário
lesão ou ameaça a direito;
XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada;
XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção;
XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei, assegurados:
a) a plenitude de defesa;
b) o sigilo das votações;
c) a soberania dos veredictos;
d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida;
XXXIX - não há crime sem lei anterior que o deina, nem pena
sem prévia cominação legal;
XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneiciar o réu;
XLI - a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades fundamentais;
XLII - a prática do racismo constitui crime inaiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei;
XLIII - a lei considerará crimes inaiançáveis e insuscetíveis
de graça ou anistia a prática da tortura, o tráico ilícito de entorpecentes e drogas ains, o terrorismo e os deinidos como crimes
hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os
que, podendo evitá-los, se omitirem;
XLIV - constitui crime inaiançável e imprescritível a ação de
grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional
e o Estado Democrático;
XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento
de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra
eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido;
XLVI - a lei regulará a individualização da pena e adotará,
entre outras, as seguintes:
a) privação ou restrição da liberdade;
b) perda de bens;
c) multa;
d) prestação social alternativa;
e) suspensão ou interdição de direitos;
XLVII - não haverá penas:
a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos
do art. 84, XIX;
b) de caráter perpétuo;
c) de trabalhos forçados;
d) de banimento;
e) cruéis;
XLVIII - a pena será cumprida em estabelecimentos distintos,
de acordo com a natureza do delito, a idade e o sexo do apenado;
XLIX - é assegurado aos presos o respeito à integridade física
e moral;
3
LEGI SLAÇÃO DO SERVI ÇO/ SERVI DOR PÚBLI CO FEDERAL
L - às presidiárias serão asseguradas condições para que
possam permanecer com seus ilhos durante o período de amamentação;
LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado,
em caso de crime comum, praticado antes da naturalização, ou
de comprovado envolvimento em tráico ilícito de entorpecentes e
drogas ains, na forma da lei;
LII - não será concedida extradição de estrangeiro por crime
político ou de opinião;
LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente;
LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o
devido processo legal;
LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos
acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa,
com os meios e recursos a ela inerentes;
LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por
meios ilícitos;
LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória;
LVIII - o civilmente identiicado não será submetido a identiicação criminal, salvo nas hipóteses previstas em lei;
LIX - será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se
esta não for intentada no prazo legal;
LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem;
LXI - ninguém será preso senão em lagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária competente,
salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente militar, deinidos em lei;
LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre
serão comunicados imediatamente ao juiz competente e à família do
preso ou à pessoa por ele indicada;
LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre os quais o
de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistência da família e de advogado;
LXIV - o preso tem direito à identiicação dos responsáveis por
sua prisão ou por seu interrogatório policial;
LXV - a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade judiciária;
LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a
lei admitir a liberdade provisória, com ou sem iança;
LXVII - não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação
alimentícia e a do depositário iniel;
LXVIII - conceder-se-á “habeas-corpus” sempre que alguém
sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua
liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder;
LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger
direito líquido e certo, não amparado por “habeas-corpus” ou “habeas-data”, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício
de atribuições do Poder Público;
LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado
por:
a) partido político com representação no Congresso Nacional;
b) organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um ano, em
defesa dos interesses de seus membros ou associados;
Didatismo e Conhecimento
LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à
nacionalidade, à soberania e à cidadania;
LXXII - conceder-se-á “habeas-data”:
a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à
pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos de dados
de entidades governamentais ou de caráter público;
b) para a retiicação de dados, quando não se preira fazê-lo
por processo sigiloso, judicial ou administrativo;
LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação
popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de
entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa,
ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, icando
o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do
ônus da sucumbência;
LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuiciência de recursos;
LXXV - o Estado indenizará o condenado por erro judiciário,
assim como o que icar preso além do tempo ixado na sentença;
LXXVI - são gratuitos para os reconhecidamente pobres, na
forma da lei:
a) o registro civil de nascimento;
b) a certidão de óbito;
LXXVII - são gratuitas as ações de “habeas-corpus” e “habeas-data”, e, na forma da lei, os atos necessários ao exercício
da cidadania.
LXXVIII a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação.
§ 1º - As normas deinidoras dos direitos e garantias
fundamentais têm aplicação imediata.
§ 2º - Os direitos e garantias expressos nesta Constituição
não excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por
ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República
Federativa do Brasil seja parte.
§ 3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos
humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso
Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos
membros, serão equivalentes às emendas constitucionais.
§ 4º O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal
Internacional a cuja criação tenha manifestado adesão.
CAPÍTULO II
DOS DIREITOS SOCIAIS
Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência
social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos
desamparados, na forma desta Constituição.
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além
de outros que visem à melhoria de sua condição social:
I - relação de emprego protegida contra despedida arbitrária
ou sem justa causa, nos termos de lei complementar, que preverá
indenização compensatória, dentre outros direitos;
II - seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário;
III - fundo de garantia do tempo de serviço;
4
LEGI SLAÇÃO DO SERVI ÇO/ SERVI DOR PÚBLI CO FEDERAL
IV - salário mínimo, ixado em lei, nacionalmente uniicado,
capaz de atender a suas necessidades vitais básicas e às de sua
família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua
vinculação para qualquer im;
V - piso salarial proporcional à extensão e à complexidade
do trabalho;
VI - irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo;
VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os
que percebem remuneração variável;
VIII - décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria;
IX - remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;
X - proteção do salário na forma da lei, constituindo crime
sua retenção dolosa;
XI - participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da
remuneração, e, excepcionalmente, participação na gestão da empresa, conforme deinido em lei;
XII - salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos da lei;
XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas
diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a compensação de
horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção
coletiva de trabalho;
XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo negociação coletiva;
XV - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;
XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinquenta por cento à do normal;
XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos,
um terço a mais do que o salário normal;
XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do
salário, com a duração de cento e vinte dias;
XIX - licença-maternidade, nos termos ixados em lei;
XX - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante
incentivos especíicos, nos termos da lei;
XXI - aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no
mínimo de trinta dias, nos termos da lei;
XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de
normas de saúde, higiene e segurança;
XXIII - adicional de remuneração para as atividades penosas,
insalubres ou perigosas, na forma da lei;
XXIV - aposentadoria;
XXV - assistência gratuita aos ilhos e dependentes desde o
nascimento até 5 (cinco) anos de idade em creches e pré-escolas;
XXVI - reconhecimento das convenções e acordos coletivos
de trabalho;
XXVII - proteção em face da automação, na forma da lei;
XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do
empregador, sem excluir a indenização a que este está obrigado,
quando incorrer em dolo ou culpa;
XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de
trabalho, com prazo prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção
do contrato de trabalho;
a) (Revogado)
b) (Revogado)
Didatismo e Conhecimento
XXX - proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou
estado civil;
XXXI - proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do trabalhador portador de deiciência;
XXXII - proibição de distinção entre trabalho manual, técnico
e intelectual ou entre os proissionais respectivos;
XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze
anos;
XXXIV - igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o trabalhador avulso.
Parágrafo único. São assegurados à categoria dos trabalhadores domésticos os direitos previstos nos incisos IV, VI, VII, VIII,
X, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XXI, XXII, XXIV, XXVI, XXX,
XXXI e XXXIII e, atendidas as condições estabelecidas em lei e
observada a simpliicação do cumprimento das obrigações tributárias, principais e acessórias, decorrentes da relação de trabalho
e suas peculiaridades, os previstos nos incisos I, II, III, IX, XII,
XXV e XXVIII, bem como a sua integração à previdência social.
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 72, de 2013).
Art. 8º É livre a associação proissional ou sindical, observado o seguinte:
I - a lei não poderá exigir autorização do Estado para a fundação de sindicato, ressalvado o registro no órgão competente,
vedadas ao Poder Público a interferência e a intervenção na organização sindical;
II - é vedada a criação de mais de uma organização sindical,
em qualquer grau, representativa de categoria proissional ou econômica, na mesma base territorial, que será deinida pelos trabalhadores ou empregadores interessados, não podendo ser inferior
à área de um Município;
III - ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais da categoria, inclusive em questões judiciais
ou administrativas;
IV - a assembleia geral ixará a contribuição que, em se tratando de categoria proissional, será descontada em folha, para
custeio do sistema confederativo da representação sindical respectiva, independentemente da contribuição prevista em lei;
V - ninguém será obrigado a iliar-se ou a manter-se iliado
a sindicato;
VI - é obrigatória a participação dos sindicatos nas negociações coletivas de trabalho;
VII - o aposentado iliado tem direito a votar e ser votado nas
organizações sindicais;
VIII - é vedada a dispensa do empregado sindicalizado a partir do registro da candidatura a cargo de direção ou representação
sindical e, se eleito, ainda que suplente, até um ano após o inal do
mandato, salvo se cometer falta grave nos termos da lei.
Parágrafo único. As disposições deste artigo aplicam-se à organização de sindicatos rurais e de colônias de pescadores, atendidas as condições que a lei estabelecer.
Art. 9º É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os
interesses que devam por meio dele defender.
5
LEGI SLAÇÃO DO SERVI ÇO/ SERVI DOR PÚBLI CO FEDERAL
§ 1º - A lei deinirá os serviços ou atividades essenciais e disporá
sobre o atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade.
§ 2º - Os abusos cometidos sujeitam os responsáveis às penas
da lei.
Art. 13. A língua portuguesa é o idioma oicial da República
Federativa do Brasil.
§ 1º - São símbolos da República Federativa do Brasil a
bandeira, o hino, as armas e o selo nacionais.
§ 2º - Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão
ter símbolos próprios.
Art. 10. É assegurada a participação dos trabalhadores e empregadores nos colegiados dos órgãos públicos em que seus interesses proissionais ou previdenciários sejam objeto de discussão e
deliberação.
CAPÍTULO IV
DOS DIREITOS POLÍTICOS
Art. 11. Nas empresas de mais de duzentos empregados, é assegurada a eleição de um representante destes com a inalidade exclusiva de promover-lhes o entendimento direto com os empregadores.
Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e,
nos termos da lei, mediante:
I - plebiscito;
II - referendo;
III - iniciativa popular.
§ 1º - O alistamento eleitoral e o voto são:
I - obrigatórios para os maiores de dezoito anos;
II - facultativos para:
a) os analfabetos;
b) os maiores de setenta anos;
c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos.
§ 2º - Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e,
durante o período do serviço militar obrigatório, os conscritos.
§ 3º - São condições de elegibilidade, na forma da lei:
I - a nacionalidade brasileira;
II - o pleno exercício dos direitos políticos;
III - o alistamento eleitoral;
IV - o domicílio eleitoral na circunscrição;
V - a iliação partidária;
VI - a idade mínima de:
a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da
República e Senador;
b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado
e do Distrito Federal;
c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de paz;
d) dezoito anos para Vereador.
§ 4º - São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos.
§ 5º O Presidente da República, os Governadores de Estado
e do Distrito Federal, os Prefeitos e quem os houver sucedido, ou
substituído no curso dos mandatos poderão ser reeleitos para um
único período subsequente.
§ 6º - Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da
República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal e os
Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até seis meses
antes do pleito.
§ 7º - São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o
cônjuge e os parentes consanguíneos ou ains, até o segundo grau
ou por adoção, do Presidente da República, de Governador de
Estado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem
os haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo
se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição.
§ 8º - O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes
condições:
I - se contar menos de dez anos de serviço deverá afastar-se
da atividade;
II - se contar mais de dez anos de serviço será agregado pela
autoridade superior e, se eleito, passará automaticamente, no ato
da diplomação, para a inatividade.
CAPÍTULO III
DA NACIONALIDADE
Art. 12. São brasileiros:
I - natos:
a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de
pais estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço de seu país;
b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil;
c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e
optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela
nacionalidade brasileira;
II - naturalizados:
a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira,
exigidas aos originários de países de língua portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral;
b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República Federativa do Brasil há mais de quinze anos ininterruptos e
sem condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade brasileira.
§ 1º - Aos portugueses com residência permanente no País,
se houver reciprocidade em favor de brasileiros, serão atribuídos
os direitos inerentes ao brasileiro, salvo os casos previstos nesta
Constituição.
§ 2º - A lei não poderá estabelecer distinção entre brasileiros
natos e naturalizados, salvo nos casos previstos nesta Constituição.
§ 3º - São privativos de brasileiro nato os cargos:
I - de Presidente e Vice-Presidente da República;
II - de Presidente da Câmara dos Deputados;
III - de Presidente do Senado Federal;
IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal;
V - da carreira diplomática;
VI - de oicial das Forças Armadas.
VII - de Ministro de Estado da Defesa
§ 4º - Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que:
I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em
virtude de atividade nociva ao interesse nacional;
II - adquirir outra nacionalidade, salvo no casos:
a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira;
b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao
brasileiro residente em estado estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou para o exercício de direitos civis
Didatismo e Conhecimento
6
LEGI SLAÇÃO DO SERVI ÇO/ SERVI DOR PÚBLI CO FEDERAL
§ 9º Lei complementar estabelecerá outros casos de
inelegibilidade e os prazos de sua cessação, a im de proteger a
probidade administrativa, a moralidade para exercício de mandato
considerada vida pregressa do candidato, e a normalidade e
legitimidade das eleições contra a inluência do poder econômico
ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na
administração direta ou indireta.
§ 10 - O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça
Eleitoral no prazo de quinze dias contados da diplomação, instruída
a ação com provas de abuso do poder econômico, corrupção ou
fraude.
§ 11 - A ação de impugnação de mandato tramitará em segredo
de justiça, respondendo o autor, na forma da lei, se temerária ou
de manifesta má-fé.
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
(ART. 37 AO 41 DA C.F.);
Administração pública é o conjunto de órgãos, serviços e
agentes do Estado que procuram satisfazer as necessidades da sociedade, tais como educação, cultura, segurança, saúde, etc. Em
outras palavras, administração pública é a gestão dos interesses
públicos por meio da prestação de serviços públicos, sendo dividida em administração direta e indireta.
A Administração Pública direta se constitui dos serviços prestados da estrutura administrativa da União, Estados, Distrito Federal e Municípios. Já, a Administração Pública indireta compreende
os serviços prestados pelas autarquias, fundações públicas, sociedades de economia mista e empresas públicas. A Administração
Pública direta e indireta de qualquer dos poderes obedecerá aos
princípios constitucionais da legalidade, da impessoalidade, da
moralidade, da publicidade e da eiciência.
Podemos deinir a Administração Pública como a atividade
mediante a qual as autoridades públicas tomam providências para
a satisfação das necessidades de interesse público, utilizando,
quando necessário, as prerrogativas do Poder Público, para alcançar os ins que não sejam os próprios à legislação ou à distribuição
da justiça.
Sobre Administração Pública, o professor José Afonso da
Silva assim explica: “...É o conjunto de meios institucionais, material, inanceiro e humano preordenado à execução das decisões
políticas. Essa é uma noção simples de Administração Pública que
destaca, em primeiro lugar, que é subordinada ao Poder político;
em segundo lugar, que é meio e, portanto, algo de que se serve para
atingir ins deinidos e, em terceiro lugar, denota os dois aspectos:
um conjunto de órgãos a serviço do Poder político e as operações,
as atividades administrativas” (in Curso de Direito Constitucional
Positivo).
Por sua vez, a Lei nº 9.784/99, que regula o processo administrativo no âmbito federal, mas irradia sua força normativa para
os demais entes da federação, traz uma série de princípios administrativos no seu art. 2º, senão vejamos: Art. 2º “A Administração
Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da legalidade,
inalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contraditório, segurança jurídica, interesse
público e eiciência”.
Princípio da Supremacia do Interesse Público
Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda
ou suspensão só se dará nos casos de:
I - cancelamento da naturalização por sentença transitada em
julgado;
II - incapacidade civil absoluta;
III - condenação criminal transitada em julgado, enquanto
durarem seus efeitos;
IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos termos do art. 5º, VIII;
V - improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º.
Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor
na data de sua publicação, não se aplicando à eleição que ocorra
até um ano da data de sua vigência.
CAPÍTULO V
DOS PARTIDOS POLÍTICOS
Art. 17. É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de
partidos políticos, resguardados a soberania nacional, o regime
democrático, o pluripartidarismo, os direitos fundamentais da
pessoa humana e observados os seguintes preceitos:
I - caráter nacional;
II - proibição de recebimento de recursos inanceiros de entidade ou governo estrangeiros ou de subordinação a estes;
III - prestação de contas à Justiça Eleitoral;
IV - funcionamento parlamentar de acordo com a lei.
§ 1º É assegurada aos partidos políticos autonomia para deinir
sua estrutura interna, organização e funcionamento e para adotar
os critérios de escolha e o regime de suas coligações eleitorais, sem
obrigatoriedade de vinculação entre as candidaturas em âmbito
nacional, estadual, distrital ou municipal, devendo seus estatutos
estabelecer normas de disciplina e idelidade partidária.
§ 2º - Os partidos políticos, após adquirirem personalidade
jurídica, na forma da lei civil, registrarão seus estatutos no Tribunal
Superior Eleitoral.
§ 3º - Os partidos políticos têm direito a recursos do fundo
partidário e acesso gratuito ao rádio e à televisão, na forma da lei.
§ 4º - É vedada a utilização pelos partidos políticos de
organização paramilitar.
Didatismo e Conhecimento
Este princípio consiste na sobreposição do interesse público
em face do interesse particular. Havendo conlito entre o interesse
público e o interesse particular, aquele prevalecerá.
Podemos conceituar INTERESSE PÚBLICO como o somatório dos interesses individuais desde que represente o interesse
majoritário, ou seja, a vontade da maioria da sociedade.
O interesse público PRIMÁRIO é o interesse direto do povo,
é o interesse da coletividade como um todo. Já o interesse público
SECUNDÁRIO é o interesse direto do Estado como pessoa jurídica, titular de direitos e obrigações, em suma, é vontade do Estado. Assim, a vontade do povo (interesse público PRIMÁRIO)
e a vontade do Estado (interesse público SECUNDÁRIO) não se
confundem.
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LEGI SLAÇÃO DO SERVI ÇO/ SERVI DOR PÚBLI CO FEDERAL
O interesse público SECUNDÁRIO só será legítimo se não
contrariar nenhum interesse público PRIMÁRIO. E, ao menos indiretamente, possibilite a concretização da realização de interesse
público PRIMÁRIO. Daremos um exemplo para que você compreenda perfeitamente esta distinção.
Este princípio é um dos dois pilares do denominado regime
jurídico-administrativo, fundamentando a existência das prerrogativas e dos poderes especiais conferidos à Administração Pública
para que esta esteja apta a atingir os ins que lhe são impostos pela
Constituição e pelas leis.
O ordenamento jurídico determina que o Estado-Administração atinja uma gama de objetivos e ins e lhe confere meios, instrumentos para alcançar tais metas. Aqui se encaixa o princípio da
Supremacia do Interesse Público, fornecendo à Administração as
prerrogativas e os poderes especiais para obtenção dos ins estabelecidos na lei.
O princípio comentado não está expresso em nosso ordenamento jurídico. Nenhum artigo de lei fala, dele, porém tal princípio encontra-se em diversos institutos do Direito Administrativo.
Vejamos alguns exemplos práticos:
- a nossa Constituição garante o direito à propriedade (art. 5º,
XXII), mas com base no princípio da Supremacia do Interesse Público, a Administração pode, por exemplo, desapropriar uma propriedade, requisitá-la ou promover o seu tombamento, suprimindo
ou restringindo o direito à propriedade.
- a Administração e o particular podem celebrar contratos administrativos, mas esses contratos preveem uma série de cláusulas
exorbitantes que possibilitam a Administração, por exemplo, modiicar ou rescindir unilateralmente tal contrato.
- o poder de polícia administrativa que confere à Administração Pública a possibilidade, por exemplo, de determinar a proibição de venda de bebida alcoólica a partir de determinada hora da
noite com o objetivo de diminuir a violência.
Diante de inúmeros abusos, ilegalidades e arbitrariedades cometidas em nome do aludido princípio, já existem vozes na doutrina proclamando a necessidade de se por im a este, através da
Teoria da Desconstrução do Princípio da Supremacia. Na verdade, esvaziar tal princípio não resolverá o problema da falta de
probidade de nossos homens públicos. Como airma a maioria da
doutrina, o princípio da Supremacia do Interesse Público é essencial, sendo um dos pilares da Administração, devendo ser aplicado
de forma correta e efetiva. Se há desvio na sua aplicação, o Poder
Judiciário deve ser provocado para corrigi-lo.
atuação da Administração deve, então, atender o estabelecido em
lei, único instrumento capaz de retratar o que seja interesse público.
Assim, o princípio da Indisponibilidade do Interesse Público tem
estreita relação com o princípio da Legalidade, sendo que alguns
autores utilizam essas expressões como sinônimas.
Este princípio também se encontra implícito em nosso ordenamento, surgindo sempre que estiver em jogo o interesse público.
Exemplos da utilização deste princípio na prática:
- os bens públicos não são alienados como os particulares, havendo uma série de restrições a sua venda.
- em regra, a Administração não pode contratar sem prévia licitação, por estar em jogo o interesse público.
- necessidade de realização de concurso público para admissão
de cargo permanente.
É importante frisar a Administração Pública deverá se pautar
nos cinco princípios estabelecidos pelo “caput” do artigo 37
da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Os
princípios são os seguintes: legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eiciência.
CAPÍTULO VII
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Seção I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Artigo 37- A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eiciência e, também, ao seguinte: (...)
Princípio da legalidade
O princípio da legalidade, um dos mais importantes princípios
consagrados no ordenamento jurídico brasileiro, consiste no fato de
que o administrador somente poderá fazer o que a lei permite. É importante demonstrar a diferenciação entre o princípio da legalidade
estabelecido ao administrado e ao administrador. Como já explicitado para o administrador, o princípio da legalidade estabelece que
ele somente poderá agir dentro dos parâmetros legais, conforme os
ditames estabelecidos pela lei. Já, o princípio da legalidade visto
sob a ótica do administrado, explicita que ninguém será obrigado
a fazer ou deixar de fazer alguma coisa, senão em virtude lei. Esta
interpretação encontra abalizamento no artigo 5º, II, da Constituição
Federal de 1988.
Princípio da Indisponibilidade do Interesse Público
Princípio da Impessoalidade
Este princípio é o segundo pilar do regime jurídico-administrativo, funcionando como contrapeso ao princípio da Supremacia
do Interesse Público.
Ao mesmo tempo em que a Administração tem prerrogativas
e poderes exorbitantes para atingir seus ins determinados em lei,
ela sofre restrições, limitações que não existem para o particular.
Essas limitações decorrem do fato de que a Administração Pública
não é proprietária da coisa pública, não é proprietária do interesse
público, mas sim, mera gestora de bens e interesses alheios que
pertencem ao povo.
Em decorrência deste princípio, a Administração somente
pode atuar pautada em lei. A Administração somente poderá agir
quando houver lei autorizando ou determinando a sua atuação. A
Didatismo e Conhecimento
Posteriormente, o artigo 37 estabelece que deverá ser obedecido o princípio da impessoalidade. Este princípio estabelece que a
Administração Pública, através de seus órgãos, não poderá, na execução das atividades, estabelecer diferenças ou privilégios, uma vez
que deve imperar o interesse social e não o interesse particular. De
acordo com os ensinamentos de Maria Sylvia Zanella Di Pietro, o
princípio da impessoalidade estaria intimamente relacionado com a
inalidade pública. De acordo com a autora “a Administração não
pode atuar com vista a prejudicar ou beneiciar pessoas determinadas, uma vez que é sempre o interesse público que deve nortear o
seu comportamento”. (DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito
Administrativo. São Paulo: Atlas, 2005).
8
LEGI SLAÇÃO DO SERVI ÇO/ SERVI DOR PÚBLI CO FEDERAL
Princípio da Eiciência
Em interessante constatação, se todos são iguais perante a lei
(art. 5º, caput) necessariamente o serão perante a Administração,
que deverá atuar sem favoritismo ou perseguição, tratando a todos
de modo igual, ou quando necessário, fazendo a discriminação necessária para se chegar à igualdade real e material.
Nesse sentido podemos destacar como um exemplo decorrente
deste princípio a regra do concurso público, onde a investidura em
cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a
natureza e complexidade do cargo ou emprego.
Por derradeiro, o último princípio a ser abarcado pelo artigo
37, da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 é
o da eiciência.
Se, na iniciativa privada, se busca a excelência e a efetividade,
na administração outro não poderia ser o caminho, enaltecido pela
EC n. 19/98, que ixou a eiciência também para a Administração
Pública.
De acordo com os ensinamentos de Hely Lopes Meirelles, o
princípio da eiciência “impõe a todo agente público realizar as
atribuições com presteza, perfeição e rendimento funcional. É o
mais moderno princípio da função administrativa, que já não se
contenta em ser desempenhada apenas com legalidade, exigindo
resultados positivos para o serviço público e satisfatório atendimento das necessidades da comunidade e de seus membros”.
(MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro.
São Paulo: Malheiros, 2005).
Outrossim, DI PIETRO explicita que o princípio da eiciência
possui dois aspectos: “o primeiro pode ser considerado em relação ao modo de atuação do agente público, do qual se espera o
melhor desempenho possível de suas atribuições, para lograr os
melhores resultados, e o segundo, em relação ao modo de organizar, estruturar e disciplinar a Administração Pública, também com
o mesmo objetivo de alcançar os melhores resultados na prestação
do serviço público”. (DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito
Administrativo. São Paulo: Atlas, 2005).
Por sua atualidade merece especial referência a questão do nepotismo, ou seja, a designação de cônjuge, companheiro e parentes para cargos públicos no órgão. A lei proíbe o nepotismo direto,
aquele em que o beneiciado deve estar subordinado a seu cônjuge
ou parente, limitado ao segundo grau civil, por consanguinidade
(pai, mãe, avós, irmãos, ilhos e netos) ou por ainidade (sogros,
pais dos sogros, cunhados, enteados e ilhos dos enteados).
O Supremo Tribunal Federal ampliou essa vedação, por meio
da Súmula Vinculante nº 13, onde proíbe o nepotismo em todas
as entidades da Administração direta e indireta de todos os entes
federativos, enquanto que a Lei 8.112/90 veda apenas para a Administração direta, às autarquias e fundações da União; estende a
proibição aos parentes de terceiro grau (tios e sobrinhos), que alcançava apenas os parentes de segundo grau; e proibiu-se também
o nepotismo cruzado, aquele em que o agente público utiliza sua
inluência para possibilitar a nomeação de cônjuge, companheiro
ou parente em cargo em comissão ou de coniança ou função gratiicada não subordinada diretamente a ele.
A vedação do nepotismo representa os princípios da impessoalidade, moralidade, eiciência e isonomia, de acordo com o decidido na Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC nº 12).
A partir de agora, temos a palavra da Suprema Corte, dizendo que
o nepotismo ofende os princípios republicanos, previstos nos arts.
5º e 37 da Constituição Federal.
Princípio da Moralidade Administrativa
A Administração Pública, de acordo com o princípio da moralidade administrativa, deve agir com boa-fé, sinceridade, probidade, lealdade e ética. Tal princípio acarreta a obrigação ao administrador público de observar não somente a lei que condiciona
sua atuação, mas também, regras éticas extraídas dos padrões de
comportamento designados como moralidade administrativa (obediência à lei).
Não basta ao administrador ser apenas legal, deve também,
ser honesto tendo como inalidade o bem comum. Para Maurice
Hauriou, o princípio da moralidade administrativa signiica um
conjunto de regras de conduta tiradas da disciplina interior da Administração. Trata-se de probidade administrativa, que é a forma de
moralidade. Tal preceito mereceu especial atenção no texto vigente
constitucional (§ 4º do artigo 37 CF), que pune o ímprobo (pessoa
não correto -desonesta) com a suspensão de direitos políticos. Por
im, devemos entender que a moralidade como também a probidade
administrativa consistem exclusivamente no dever de funcionários
públicos exercerem (prestarem seus serviços) suas funções com
honestidade. Não devem aproveitar os poderes do cargo ou função
para proveito pessoal ou para favorecimento de outrem.
Princípio da Publicidade
O princípio da publicidade tem por objetivo a divulgação de
atos praticados pela Administração Pública, obedecendo, todavia,
as questões sigilosas. De acordo com as lições do eminente doutrinador Hely Lopes Meirelles, “o princípio da publicidade dos atos e
contratos administrativos, além de assegurar seus efeitos externos,
visa a propiciar seu conhecimento e controle pelos interessados e
pelo povo em geral, através dos meios constitucionais...”. (MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. São Paulo:
Malheiros, 2005).
Complementando o princípio da publicidade, o art. 5º, XXXIII, garante a todos o direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou
geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado, matéria essa regulamentada pela Lei
nº 12.527/2011 (Regula o acesso a informações previsto no inciso
XXXIII do art. 5o, no inciso II do § 3o do art. 37 e no § 2o do art. 216
da Constituição Federal; altera a Lei no 8.112, de 11 de dezembro de
1990; revoga a Lei no 11.111, de 5 de maio de 2005, e dispositivos
da Lei no 8.159, de 8 de janeiro de 1991; e dá outras providências).
Os remédios constitucionais do habeas data e mandado de segurança cumprem importante papel enquanto garantias de concretização da transparência.
Didatismo e Conhecimento
(...)
I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos
brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei;
9
LEGI SLAÇÃO DO SERVI ÇO/ SERVI DOR PÚBLI CO FEDERAL
II - a investidura em cargo ou emprego público depende de
aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas
e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo
ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações
para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e
exoneração;
XII - os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do
Poder Judiciário não poderão ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo;
XIII - é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer
espécies remuneratórias para o efeito de remuneração de pessoal
do serviço público;
III - o prazo de validade do concurso público será de até dois
anos, prorrogável uma vez, por igual período;
XIV - os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão computados nem acumulados para ins de concessão de acréscimos ulteriores;
IV - durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele aprovado em concurso público de provas ou de
provas e títulos será convocado com prioridade sobre novos concursados para assumir cargo ou emprego, na carreira;
XV - o subsídio e os vencimentos dos ocupantes de cargos
e empregos públicos são irredutíveis, ressalvado o disposto nos
incisos XI e XIV deste artigo e nos arts. 39, § 4º, 150, II, 153, III,
e 153, § 2º, I;
V - as funções de coniança, exercidas exclusivamente por
servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão,
a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas
às atribuições de direção, cheia e assessoramento;
XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos,
exceto, quando houver compatibilidade de horários, observado
em qualquer caso o disposto no inciso XI.
a) a de dois cargos de professor;
b) a de um cargo de professor com outro técnico ou cientíico;
c) a de dois cargos ou empregos privativos de proissionais de
saúde, com proissões regulamentadas;
VI - é garantido ao servidor público civil o direito à livre associação sindical;
VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites
deinidos em lei especíica;
XVII - a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público;
VIII - a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras de deiciência e deinirá os critérios de sua admissão;
XVIII - a administração fazendária e seus servidores iscais
terão, dentro de suas áreas de competência e jurisdição, precedência sobre os demais setores administrativos, na forma da lei;
IX - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender a necessidade temporária de excepcional
interesse público;
XIX - somente por lei especíica poderá ser criada autarquia
e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de
economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste
último caso, deinir as áreas de sua atuação;
X - a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que
trata o § 4º do art. 39 somente poderão ser ixados ou alterados
por lei especíica, observada a iniciativa privativa em cada caso,
assegurada revisão geral anual, sempre na mesma data e sem distinção de índices;
XX - depende de autorização legislativa, em cada caso, a
criação de subsidiárias das entidades mencionadas no inciso anterior, assim como a participação de qualquer delas em empresa
privada;
XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos,
funções e empregos públicos da administração direta, autárquica
e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos detentores
de mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos,
pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie,
dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, aplicando-se como
limite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos Estados e no
Distrito Federal, o subsídio mensal do Governador no âmbito do
Poder Executivo, o subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais
no âmbito do Poder Legislativo e o subsídio dos Desembargadores
do Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco
centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, no âmbito do Poder Judiciário,
aplicável este limite aos membros do Ministério Público, aos Procuradores e aos Defensores Públicos;
Didatismo e Conhecimento
XXI - ressalvados os casos especiicados na legislação, as
obras, serviços, compras e alienações serão contratados mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam
obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências
de qualiicação técnica e econômica indispensáveis à garantia do
cumprimento das obrigações.
XXII - as administrações tributárias da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios, atividades essenciais ao
funcionamento do Estado, exercidas por servidores de carreiras
especíicas, terão recursos prioritários para a realização de suas
atividades e atuarão de forma integrada, inclusive com o compartilhamento de cadastros e de informações iscais, na forma da lei
ou convênio.
10
LEGI SLAÇÃO DO SERVI ÇO/ SERVI DOR PÚBLI CO FEDERAL
§ 1º - A publicidade dos atos, programas, obras, serviços
e campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo,
informativo ou de orientação social, dela não podendo constar
nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal
de autoridades ou servidores públicos.
§ 9º O disposto no inciso XI aplica-se às empresas públicas
e às sociedades de economia mista, e suas subsidiárias, que
receberem recursos da União, dos Estados, do Distrito Federal
ou dos Municípios para pagamento de despesas de pessoal ou de
custeio em geral.
§ 2º - A não observância do disposto nos incisos II e III
implicará a nulidade do ato e a punição da autoridade responsável,
nos termos da lei.
§ 10. É vedada a percepção simultânea de proventos de
aposentadoria decorrentes do art. 40 ou dos arts. 42 e 142 com a
remuneração de cargo, emprego ou função pública, ressalvados os
cargos acumuláveis na forma desta Constituição, os cargos eletivos e os cargos em comissão declarados em lei de livre nomeação
e exoneração.
§ 3º A lei disciplinará as formas de participação do usuário na
administração pública direta e indireta, regulando especialmente:
I - as reclamações relativas à prestação dos serviços públicos
em geral, asseguradas a manutenção de serviços de atendimento
ao usuário e a avaliação periódica, externa e interna, da qualidade dos serviços;
II - o acesso dos usuários a registros administrativos e a informações sobre atos de governo, observado o disposto no art.
5º, X e XXXIII;
III - a disciplina da representação contra o exercício negligente ou abusivo de cargo, emprego ou função na administração
pública.
Este parágrafo e seus incisos têm por escopo assegurar a
aplicação do princípio da eiciência declarado no caput do artigo
37 da Constituição Federal, permitindo que os usuários da Administração Pública participem da mesma e efetuem sua iscalização.
§ 11. Não serão computadas, para efeito dos limites
remuneratórios de que trata o inciso XI do caput deste artigo, as
parcelas de caráter indenizatório previstas em lei.
§ 12. Para os ins do disposto no inciso XI do caput deste artigo,
ica facultado aos Estados e ao Distrito Federal ixar, em seu âmbito,
mediante emenda às respectivas Constituições e Lei Orgânica,
como limite único, o subsídio mensal dos Desembargadores do
respectivo Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte
e cinco centésimos por cento do subsídio mensal dos Ministros
do Supremo Tribunal Federal, não se aplicando o disposto neste
parágrafo aos subsídios dos Deputados Estaduais e Distritais e dos
Vereadores.
Art. 38. Ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, no exercício de mandato eletivo, aplicam-se
as seguintes disposições:
I - tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, icará afastado de seu cargo, emprego ou função;
II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo,
emprego ou função, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração;
III - investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horários, perceberá as vantagens de seu cargo, emprego
ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo, e, não
havendo compatibilidade, será aplicada a norma do inciso anterior;
IV - em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu tempo de serviço será contado para
todos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento;
V - para efeito de benefício previdenciário, no caso de afastamento, os valores serão determinados como se no exercício estivesse.
Artigos 37 a 41 da Constituição Federal:
§ 4º - Os atos de improbidade administrativa importarão a
suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a
indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma
e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.
§ 5º - A lei estabelecerá os prazos de prescrição para
ilícitos praticados por qualquer agente, servidor ou não, que
causem prejuízos ao erário, ressalvadas as respectivas ações de
ressarcimento.
§ 6º - As pessoas jurídicas de direito público e as de direito
privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos
danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros,
assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos
de dolo ou culpa.
§ 7º A lei disporá sobre os requisitos e as restrições ao
ocupante de cargo ou emprego da administração direta e indireta
que possibilite o acesso a informações privilegiadas.
§ 8º A autonomia gerencial, orçamentária e inanceira dos
órgãos e entidades da administração direta e indireta poderá
ser ampliada mediante contrato, a ser irmado entre seus
administradores e o poder público, que tenha por objeto a ixação
de metas de desempenho para o órgão ou entidade, cabendo à lei
dispor sobre:
I - o prazo de duração do contrato;
II - os controles e critérios de avaliação de desempenho, direitos, obrigações e responsabilidade dos dirigentes;
III - a remuneração do pessoal.
Didatismo e Conhecimento
CAPÍTULO VII
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Seção I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer
dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eiciência e, também, ao seguinte: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
11
LEGI SLAÇÃO DO SERVI ÇO/ SERVI DOR PÚBLI CO FEDERAL
I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos
brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei;
II - a investidura em cargo ou emprego público depende de
aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e
títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou
emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para
cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração;
III - o prazo de validade do concurso público será de até dois
anos, prorrogável uma vez, por igual período;
IV - durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele aprovado em concurso público de provas ou de
provas e títulos será convocado com prioridade sobre novos concursados para assumir cargo ou emprego, na carreira;
V - as funções de coniança, exercidas exclusivamente por
servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a
serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições
e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, cheia e assessoramento;
VI - é garantido ao servidor público civil o direito à livre associação sindical;
VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites
deinidos em lei especíica;
VIII - a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras de deiciência e deinirá os critérios
de sua admissão;
IX - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender a necessidade temporária de excepcional
interesse público;
X - a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que
trata o § 4º do art. 39 somente poderão ser ixados ou alterados por
lei especíica, observada a iniciativa privativa em cada caso, assegurada revisão geral anual, sempre na mesma data e sem distinção
de índices;
XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos,
funções e empregos públicos da administração direta, autárquica
e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos detentores
de mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos,
pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie,
dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, aplicando-se como
li-mite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos Estados e no
Distrito Federal, o subsídio mensal do Governador no âmbito do
Poder Executivo, o subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais
no âmbito do Poder Legislativo e o sub-sídio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e
cinco centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos
Ministros do Supremo Tri-bunal Federal, no âmbito do Poder Judiciário, aplicável este limite aos membros do Ministério Público,
aos Procuradores e aos Defensores Públicos;
XII - os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do
Poder Judiciário não poderão ser superiores aos pagos pelo Poder
Executivo;
XIII - é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para o efeito de remuneração de pessoal do
serviço público;
Didatismo e Conhecimento
XIV - os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão computados nem acumulados para ins de concessão
de acréscimos ulteriores;
XV - o subsídio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e empregos públicos são irredutíveis, ressalvado o disposto nos incisos XI
e XIV deste artigo e nos arts. 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I;
XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos,
exceto, quando houver compatibilidade de horários, observado em
qualquer caso o disposto no inciso XI:
a) a de dois cargos de professor;
b) a de um cargo de professor com outro técnico ou cientíico;
c) a de dois cargos ou empregos privativos de proissionais de
saúde, com proissões regulamentadas;
XVII - a proibição de acumular estende-se a empregos e funções
e abrange autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de
economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta
ou indiretamente, pelo poder público;
XVIII - a administração fazendária e seus servidores iscais terão, dentro de suas áreas de competência e jurisdição, precedência
sobre os demais setores administrativos, na forma da lei;
XIX – somente por lei especíica poderá ser criada autarquia e
autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último
caso, deinir as áreas de sua atuação;
XX - depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação
de subsidiárias das entidades mencionadas no inciso anterior, assim
como a participação de qualquer delas em empresa privada;
XXI - ressalvados os casos especiicados na legislação, as obras,
serviços, compras e alienações serão contratados mediante processo
de licitação pública que assegure igualdade de condições a todos os
concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da lei,
o qual somente permitirá as exigências de qualiicação técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações.
XXII - as administrações tributárias da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios, atividades essenciais ao funcionamento do Estado, exercidas por servidores de carreiras especíicas, terão recursos prioritários para a realização de suas atividades
e atuarão de forma integrada, inclusive com o compartilhamento de
cadastros e de informações iscais, na forma da lei ou convênio.
§ 1º - A publicidade dos atos, programas, obras, serviços
e campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo,
informativo ou de orientação social, dela não podendo constar
nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de
autoridades ou servidores públicos.
§ 2º - A não observância do disposto nos incisos II e III implicará
a nulidade do ato e a punição da autoridade responsável, nos termos
da lei.
§ 3º A lei disciplinará as formas de participação do usuário na
administração pública direta e indireta, regulando especialmente:
I - as reclamações relativas à prestação dos serviços públicos
em geral, asseguradas a manutenção de serviços de atendimento ao
usuário e a avaliação periódica, externa e interna, da qualidade dos
serviços;
II - o acesso dos usuários a registros administrativos e a informações sobre atos de governo, observado o disposto no art. 5º, X e
XXXIII;
III - a disciplina da representação contra o exercício negligente ou abusivo de cargo, emprego ou função na administração
pública.
12
LEGI SLAÇÃO DO SERVI ÇO/ SERVI DOR PÚBLI CO FEDERAL
§ 4º - Os atos de improbidade administrativa importarão
a suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a
indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma
e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.
§ 5º - A lei estabelecerá os prazos de prescrição para
ilícitos praticados por qualquer agente, servidor ou não, que
causem prejuízos ao erário, ressalvadas as respectivas ações de
ressarcimento.
§ 6º - As pessoas jurídicas de direito público e as de direito
privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos
danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros,
assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos
de dolo ou culpa.
§ 7º A lei disporá sobre os requisitos e as restrições ao
ocupante de cargo ou emprego da administração direta e indireta
que possibilite o acesso a informações privilegiadas
§ 8º A autonomia gerencial, orçamentária e inanceira dos
órgãos e entidades da administração direta e indireta poderá
ser ampliada mediante contrato, a ser irmado entre seus
administradores e o poder público, que tenha por objeto a ixação
de metas de desempenho para o órgão ou entidade, cabendo à lei
dispor sobre:
I - o prazo de duração do contrato;
II - os controles e critérios de avaliação de desempenho, direitos, obrigações e responsabilidade dos dirigentes;
III - a remuneração do pessoal.”
§ 9º O disposto no inciso XI aplica-se às empresas públicas
e às sociedades de economia mista, e suas subsidiárias, que
receberem recursos da União, dos Estados, do Distrito Federal ou
dos Municípios para pagamento de despesas de pessoal ou de custeio em geral.
§ 10. É vedada a percepção simultânea de proventos de
aposentadoria decorrentes do art. 40 ou dos arts. 42 e 142 com a
remuneração de cargo, emprego ou função pública, ressalvados os
cargos acumuláveis na forma desta Constituição, os cargos eletivos e os cargos em comissão declarados em lei de livre nomeação
e exoneração.
§ 11. Não serão computadas, para efeito dos limites
remuneratórios de que trata o inciso XI do caput deste artigo, as
parcelas de caráter indenizatório previstas em lei.
§ 12. Para os ins do disposto no inciso XI do caput deste
artigo, ica facultado aos Estados e ao Distrito Federal ixar, em
seu âmbito, mediante emenda às respectivas Constituições e Lei
Orgânica, como limite único, o subsídio mensal dos Desembargadores do respectivo Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros
e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, não se aplicando o disposto
neste parágrafo aos subsídios dos Deputados Estaduais e Distritais
e dos Vereadores.
III - investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horários, perceberá as vantagens de seu cargo, emprego
ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo, e, não
havendo compatibilidade, será aplicada a norma do inciso anterior;
IV - em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu tempo de serviço será contado para
todos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento;
V - para efeito de benefício previdenciário, no caso de afastamento, os valores serão determinados como se no exercício estivesse.
Seção II
DOS SERVIDORES PÚBLICOS
Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão conselho de política de administração e remuneração de pessoal, integrado por servidores designados pelos respectivos Poderes. (Vide ADIN nº 2.135-4)
§ 1º A ixação dos padrões de vencimento e dos demais
componentes do sistema remuneratório observará:
I - a natureza, o grau de responsabilidade e a complexidade
dos cargos componentes de cada carreira;
II - os requisitos para a investidura;
III - as peculiaridades dos cargos.
§ 2º A União, os Estados e o Distrito Federal manterão
escolas de governo para a formação e o aperfeiçoamento dos
servidores públicos, constituindo-se a participação nos cursos um
dos requisitos para a promoção na carreira, facultada, para isso,
a celebração de convênios ou contratos entre os entes federados.
§ 3º Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo público
o disposto no art. 7º, IV, VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI,
XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX, podendo a lei estabelecer
requisitos diferenciados de admissão quando a natureza do cargo
o exigir.
§ 4º O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os
Ministros de Estado e os Secretários Estaduais e Municipais serão
remunerados exclusivamente por subsídio ixado em parcela única,
vedado o acréscimo de qualquer gratiicação, adicional, abono,
prêmio, verba de representação ou outra espécie remuneratória,
obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, X e XI.
§ 5º Lei da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios poderá estabelecer a relação entre a maior e a menor
remuneração dos servidores públicos, obedecido, em qualquer
caso, o disposto no art. 37, XI.
§ 6º Os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário publicarão
anualmente os valores do subsídio e da remuneração dos cargos e
empregos públicos.
§ 7º Lei da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios disciplinará a aplicação de recursos orçamentários
provenientes da economia com despesas correntes em cada
órgão, autarquia e fundação, para aplicação no desenvolvimento
de programas de qualidade e produtividade, treinamento
e desenvolvimento, modernização, reaparelhamento e
racionalização do serviço público, inclusive sob a forma de
adicional ou prêmio de produtividade.
§ 8º A remuneração dos servidores públicos organizados em
carreira poderá ser ixada nos termos do § 4º.
Art. 38. Ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, no exercício de mandato eletivo, aplicam-se as
seguintes disposições:
I - tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, icará afastado de seu cargo, emprego ou função;
II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo,
emprego ou função, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração;
Didatismo e Conhecimento
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LEGI SLAÇÃO DO SERVI ÇO/ SERVI DOR PÚBLI CO FEDERAL
Art. 40. Aos servidores titulares de cargos efetivos da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas
autarquias e fundações, é assegurado regime de previdência de caráter contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo
ente público, dos servidores ativos e inativos e dos pensionistas,
observados critérios que preservem o equilíbrio inanceiro e atuarial e o disposto neste artigo.
§ 1º Os servidores abrangidos pelo regime de previdência
de que trata este artigo serão aposentados, calculados os seus
proventos a partir dos valores ixados na forma dos §§ 3º e 17:
I - por invalidez permanente, sendo os proventos proporcionais ao tempo de contribuição, exceto se decorrente de acidente
em serviço, moléstia proissional ou doença grave, contagiosa ou
incurável, na forma da lei;
II - compulsoriamente, aos setenta anos de idade, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição;
III - voluntariamente, desde que cumprido tempo mínimo de
dez anos de efetivo exercício no serviço público e cinco anos no
cargo efetivo em que se dará a aposentadoria, observadas as seguintes condições:
a) sessenta anos de idade e trinta e cinco de contribuição, se
homem, e cinqüenta e cinco anos de idade e trinta de contribuição,
se mulher;
b) sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta anos
de idade, se mulher, com proventos proporcionais ao tempo de
contribuição.
§ 2º - Os proventos de aposentadoria e as pensões, por
ocasião de sua concessão, não poderão exceder a remuneração do
respectivo servidor, no cargo efetivo em que se deu a aposentadoria ou que serviu de referência para a concessão da pensão.
§ 3º Para o cálculo dos proventos de aposentadoria, por
ocasião da sua concessão, serão consideradas as remunerações
utilizadas como base para as contribuições do servidor aos regimes
de previdência de que tratam este artigo e o art. 201, na forma da
lei.
§ 4º É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados
para a concessão de aposentadoria aos abrangidos pelo regime de
que trata este artigo, ressalvados, nos termos deinidos em leis
complementares, os casos de servidores:
I portadores de deiciência;
II que exerçam atividades de risco;
III cujas atividades sejam exercidas sob condições especiais
que prejudiquem a saúde ou a integridade física.
§ 5º - Os requisitos de idade e de tempo de contribuição serão
reduzidos em cinco anos, em relação ao disposto no § 1º, III, «a»,
para o professor que comprove exclusivamente tempo de efetivo
exercício das funções de magistério na educação infantil e no
ensino fundamental e médio.
§ 6º - Ressalvadas as aposentadorias decorrentes dos cargos
acumuláveis na forma desta Constituição, é vedada a percepção
de mais de uma aposentadoria à conta do regime de previdência
previsto neste artigo.
§ 7º Lei disporá sobre a concessão do benefício de pensão por
morte, que será igual:
I - ao valor da totalidade dos proventos do servidor falecido,
até o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201, acrescido de setenta por cento da parcela excedente a este limite, caso aposentado à
data do óbito; ou
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II - ao valor da totalidade da remuneração do servidor no cargo efetivo em que se deu o falecimento, até o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social
de que trata o art. 201, acrescido de setenta por cento da parcela
excedente a este limite, caso em atividade na data do óbito.
§ 8º É assegurado o reajustamento dos benefícios para
preservar-lhes, em caráter permanente, o valor real, conforme
critérios estabelecidos em lei.
§ 9º - O tempo de contribuição federal, estadual ou municipal
será contado para efeito de aposentadoria e o tempo de serviço
correspondente para efeito de disponibilidade
§ 10 - A lei não poderá estabelecer qualquer forma de
contagem de tempo de contribuição ictício.
§ 11 - Aplica-se o limite ixado no art. 37, XI, à soma total
dos proventos de inatividade, inclusive quando decorrentes
da acumulação de cargos ou empregos públicos, bem como de
outras atividades sujeitas a contribuição para o regime geral
de previdência social, e ao montante resultante da adição de
proventos de inatividade com remuneração de cargo acumulável
na forma desta Constituição, cargo em comissão declarado em lei
de livre nomeação e exoneração, e de cargo eletivo.
§ 12 - Além do disposto neste artigo, o regime de previdência
dos servidores públicos titulares de cargo efetivo observará, no
que couber, os requisitos e critérios ixados para o regime geral de
previdência social.
§ 13 - Ao servidor ocupante, exclusivamente, de cargo em
comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração bem
como de outro cargo temporário ou de emprego público, aplica-se
o regime geral de previdência social.
§ 14 - A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios,
desde que instituam regime de previdência complementar
para os seus respectivos servidores titulares de cargo efetivo,
poderão ixar, para o valor das aposentadorias e pensões a serem
concedidas pelo regime de que trata este artigo, o limite máximo
estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência
social de que trata o art. 201.
§ 15. O regime de previdência complementar de que trata
o § 14 será instituído por lei de iniciativa do respectivo Poder
Executivo, observado o disposto no art. 202 e seus parágrafos, no
que couber, por intermédio de entidades fechadas de previdência
complementar, de natureza pública, que oferecerão aos respectivos
participantes planos de benefícios somente na modalidade de
contribuição deinida.
§ 16 - Somente mediante sua prévia e expressa opção, o
disposto nos §§ 14 e 15 poderá ser aplicado ao servidor que
tiver ingressado no serviço público até a data da publicação
do ato de instituição do correspondente regime de previdência
complementar.
§ 17. Todos os valores de remuneração considerados para
o cálculo do benefício previsto no § 3° serão devidamente
atualizados, na forma da lei.
§ 18. Incidirá contribuição sobre os proventos de
aposentadorias e pensões concedidas pelo regime de que trata
este artigo que superem o limite máximo estabelecido para os
benefícios do regime geral de previdência social de que trata o
art. 201, com percentual igual ao estabelecido para os servidores
titulares de cargos efetivos.
14
LEGI SLAÇÃO DO SERVI ÇO/ SERVI DOR PÚBLI CO FEDERAL
§ 19. O servidor de que trata este artigo que tenha completado
as exigências para aposentadoria voluntária estabelecidas no § 1º, III,
a, e que opte por permanecer em atividade fará jus a um abono de
permanência equivalente ao valor da sua contribuição previdenciária
até completar as exigências para aposentadoria compulsória contidas
no § 1º, II.
§ 20. Fica vedada a existência de mais de um regime próprio de
previdência social para os servidores titulares de cargos efetivos, e
de mais de uma unidade gestora do respectivo regime em cada ente
estatal, ressalvado o disposto no art. 142, § 3º, X.
§ 21. A contribuição prevista no § 18 deste artigo incidirá apenas
sobre as parcelas de proventos de aposentadoria e de pensão que
superem o dobro do limite máximo estabelecido para os benefícios
do regime geral de previdência social de que trata o art. 201 desta
Constituição, quando o beneiciário, na forma da lei, for portador de
doença incapacitante.
III - pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas, e coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;
IV - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oiciais;
V - valorização dos proissionais da educação escolar, garantidos, na forma da lei, planos de carreira, com ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos, aos das redes públicas; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006)
VI - gestão democrática do ensino público, na forma da lei;
VII - garantia de padrão de qualidade.
VIII - piso salarial proissional nacional para os proissionais
da educação escolar pública, nos termos de lei federal. (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006)
Parágrafo único. A lei disporá sobre as categorias de trabalhadores considerados proissionais da educação básica e sobre a
ixação de prazo para a elaboração ou adequação de seus planos
de carreira, no âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal
e dos Municípios. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 53, de
2006)
Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de
concurso público.
§ 1º O servidor público estável só perderá o cargo:
I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado;
II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada
ampla defesa;
III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei complementar, assegurada ampla defesa.
§ 2º Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor
estável, será ele reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se
estável, reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização,
aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade com
remuneração proporcional ao tempo de serviço.
§ 3º Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor
estável icará em disponibilidade, com remuneração proporcional ao
tempo de serviço, até seu adequado aproveitamento em outro cargo.
§ 4º Como condição para a aquisição da estabilidade, é obrigatória
a avaliação especial de desempenho por comissão instituída para essa
inalidade.
Art. 207. As universidades gozam de autonomia didático-cientíica, administrativa e de gestão inanceira e patrimonial, e
obedecerão ao princípio de indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão.
§ 1º É facultado às universidades admitir professores, técnicos
e cientistas estrangeiros, na forma da lei. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 11, de 1996)
§ 2º O disposto neste artigo aplica-se às instituições de
pesquisa cientíica e tecnológica. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 11, de 1996)
Art. 208. O dever do Estado com a educação será efetivado
mediante a garantia de:
I - educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17
(dezessete) anos de idade, assegurada inclusive sua oferta gratuita
para todos os que a ela não tiveram acesso na idade própria; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 59, de 2009) (Vide Emenda Constitucional nº 59, de 2009)
II - progressiva universalização do ensino médio gratuito; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 14, de 1996)
III - atendimento educacional especializado aos portadores de
deiciência, preferencialmente na rede regular de ensino;
IV - educação infantil, em creche e pré-escola, às crianças até
5 (cinco) anos de idade; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006)
V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e
da criação artística, segundo a capacidade de cada um;
VI - oferta de ensino noturno regular, adequado às condições
do educando;
VII - atendimento ao educando, em todas as etapas da educação básica, por meio de programas suplementares de material
didáticoescolar, transporte, alimentação e assistência à saúde. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 59, de 2009)
§ 1º O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público
subjetivo.
§ 2º O não-oferecimento do ensino obrigatório pelo Poder
Público, ou sua oferta irregular, importa responsabilidade da
autoridade competente.
§ 3º Compete ao Poder Público recensear os educandos no
ensino fundamental, fazer-lhes a chamada e zelar, junto aos pais
ou responsáveis, pela freqüência à escola.
DA ORDEM SOCIAL (ART. 205 AO 216, 218,
219, 225 AO 232 DA C.F.);
CAPÍTULO III
DA EDUCAÇÃO, DA CULTURA E DO DESPORTO
Seção I
DA EDUCAÇÃO
Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da
família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o
exercício da cidadania e sua qualiicação para o trabalho.
Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber;
Didatismo e Conhecimento
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Art. 209. O ensino é livre à iniciativa privada, atendidas as
seguintes condições:
I - cumprimento das normas gerais da educação nacional;
II - autorização e avaliação de qualidade pelo Poder Público.
§ 4º Os programas suplementares de alimentação e assistência
à saúde previstos no art. 208, VII, serão inanciados com
recursos provenientes de contribuições sociais e outros recursos
orçamentários.
§ 5º A educação básica pública terá como fonte adicional de
inanciamento a contribuição social do salário-educação, recolhida
pelas empresas na forma da lei. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006)
§ 6º As cotas estaduais e municipais da arrecadação da
contribuição social do salário-educação serão distribuídas
proporcionalmente ao número de alunos matriculados na educação
básica nas respectivas redes públicas de ensino. (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 53, de 2006)
Art. 210. Serão ixados conteúdos mínimos para o ensino fundamental, de maneira a assegurar formação básica comum e respeito aos valores culturais e artísticos, nacionais e regionais.
§ 1º O ensino religioso, de matrícula facultativa, constituirá
disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino
fundamental.
§ 2º O ensino fundamental regular será ministrado em língua
portuguesa, assegurada às comunidades indígenas também a
utilização de suas línguas maternas e processos próprios de
aprendizagem.
Art. 213. Os recursos públicos serão destinados às escolas públicas, podendo ser dirigidos a escolas comunitárias, confessionais
ou ilantrópicas, deinidas em lei, que:
I - comprovem inalidade não-lucrativa e apliquem seus excedentes inanceiros em educação;
II - assegurem a destinação de seu patrimônio a outra escola
comunitária, ilantrópica ou confessional, ou ao Poder Público, no
caso de encerramento de suas atividades.
§ 1º - Os recursos de que trata este artigo poderão ser destinados
a bolsas de estudo para o ensino fundamental e médio, na forma
da lei, para os que demonstrarem insuiciência de recursos, quando
houver falta de vagas e cursos regulares da rede pública na localidade da residência do educando, icando o Poder Público obrigado
a investir prioritariamente na expansão de sua rede na localidade.
§ 2º As atividades de pesquisa, de extensão e de estímulo
e fomento à inovação realizadas por universidades e/ou por
instituições de educação proissional e tecnológica poderão receber
apoio inanceiro do Poder Público. (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 85, de 2015)
Art. 211. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios organizarão em regime de colaboração seus sistemas de
ensino.
§ 1º A União organizará o sistema federal de ensino e o dos
Territórios, inanciará as instituições de ensino públicas federais e
exercerá, em matéria educacional, função redistributiva e supletiva,
de forma a garantir equalização de oportunidades educacionais e
padrão mínimo de qualidade do ensino mediante assistência técnica e inanceira aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 14, de 1996)
§ 2º Os Municípios atuarão prioritariamente no ensino
fundamental e na educação infantil. (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 14, de 1996)
§ 3º Os Estados e o Distrito Federal atuarão prioritariamente
no ensino fundamental e médio. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 14, de 1996)
§ 4º Na organização de seus sistemas de ensino, a União, os
Estados, o Distrito Federal e os Municípios deinirão formas de
colaboração, de modo a assegurar a universalização do ensino
obrigatório. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 59, de
2009)
§ 5º A educação básica pública atenderá prioritariamente ao
ensino regular. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 53, de
2006)
Art. 214. A lei estabelecerá o plano nacional de educação, de
duração decenal, com o objetivo de articular o sistema nacional de
educação em regime de colaboração e deinir diretrizes, objetivos,
metas e estratégias de implementação para assegurar a manutenção e desenvolvimento do ensino em seus diversos níveis, etapas
e modalidades por meio de ações integradas dos poderes públicos
das diferentes esferas federativas que conduzam a: (Redação dada
pela Emenda Constitucional nº 59, de 2009)
I - erradicação do analfabetismo;
II - universalização do atendimento escolar;
III - melhoria da qualidade do ensino;
IV - formação para o trabalho;
V - promoção humanística, cientíica e tecnológica do País.
VI - estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em educação como proporção do produto interno bruto. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 59, de 2009)
Art. 212. A União aplicará, anualmente, nunca menos de
dezoito, e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios vinte
e cinco por cento, no mínimo, da receita resultante de impostos,
compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e
desenvolvimento do ensino.
§ 1º A parcela da arrecadação de impostos transferida pela
União aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, ou pelos
Estados aos respectivos Municípios, não é considerada, para efeito
do cálculo previsto neste artigo, receita do governo que a transferir.
§ 2º Para efeito do cumprimento do disposto no «caput» deste
artigo, serão considerados os sistemas de ensino federal, estadual e
municipal e os recursos aplicados na forma do art. 213.
§ 3º A distribuição dos recursos públicos assegurará
prioridade ao atendimento das necessidades do ensino obrigatório,
no que se refere a universalização, garantia de padrão de qualidade
e equidade, nos termos do plano nacional de educação. (Redação
dada pela Emenda Constitucional nº 59, de 2009)
Didatismo e Conhecimento
Seção II
DA CULTURA
Art. 215. O Estado garantirá a todos o pleno exercício dos
direitos culturais e acesso às fontes da cultura nacional, e apoiará
e incentivará a valorização e a difusão das manifestações culturais.
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LEGI SLAÇÃO DO SERVI ÇO/ SERVI DOR PÚBLI CO FEDERAL
§ 1º O Estado protegerá as manifestações das culturas
populares, indígenas e afro-brasileiras, e das de outros grupos
participantes do processo civilizatório nacional.
2º A lei disporá sobre a ixação de datas comemorativas de
alta signiicação para os diferentes segmentos étnicos nacionais.
3º A lei estabelecerá o Plano Nacional de Cultura, de duração
plurianual, visando ao desenvolvimento cultural do País e à
integração das ações do poder público que conduzem à: (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 48, de 2005)
I defesa e valorização do patrimônio cultural brasileiro; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 48, de 2005)
II produção, promoção e difusão de bens culturais; (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 48, de 2005)
III formação de pessoal qualiicado para a gestão da cultura
em suas múltiplas dimensões; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 48, de 2005)
IV democratização do acesso aos bens de cultura; (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 48, de 2005)
V valorização da diversidade étnica e regional. (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 48, de 2005)
Art. 216-A. O Sistema Nacional de Cultura, organizado em
regime de colaboração, de forma descentralizada e participativa,
institui um processo de gestão e promoção conjunta de políticas
públicas de cultura, democráticas e permanentes, pactuadas entre
os entes da Federação e a sociedade, tendo por objetivo promover o desenvolvimento humano, social e econômico com pleno
exercício dos direitos culturais. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 71, de 2012)
§ 1º O Sistema Nacional de Cultura fundamenta-se na política
nacional de cultura e nas suas diretrizes, estabelecidas no Plano
Nacional de Cultura, e rege-se pelos seguintes princípios: Incluído pela Emenda Constitucional nº 71, de 2012
I - diversidade das expressões culturais; Incluído pela Emenda Constitucional nº 71, de 2012
II - universalização do acesso aos bens e serviços culturais; Incluído pela Emenda Constitucional nº 71, de 2012
III - fomento à produção, difusão e circulação de conhecimento e bens culturais; Incluído pela Emenda Constitucional nº
71, de 2012
IV - cooperação entre os entes federados, os agentes públicos e privados atuantes na área cultural; Incluído pela Emenda
Constitucional nº 71, de 2012
V - integração e interação na execução das políticas, programas, projetos e ações desenvolvidas; Incluído pela Emenda
Constitucional nº 71, de 2012
VI - complementaridade nos papéis dos agentes culturais; Incluído pela Emenda Constitucional nº 71, de 2012
VII - transversalidade das políticas culturais; Incluído pela
Emenda Constitucional nº 71, de 2012
VIII - autonomia dos entes federados e das instituições da
sociedade civil; Incluído pela Emenda Constitucional nº 71, de
2012
IX - transparência e compartilhamento das informações; Incluído pela Emenda Constitucional nº 71, de 2012
X - democratização dos processos decisórios com participação e controle social; Incluído pela Emenda Constitucional nº
71, de 2012
XI - descentralização articulada e pactuada da gestão, dos
recursos e das ações; Incluído pela Emenda Constitucional nº 71,
de 2012
XII - ampliação progressiva dos recursos contidos nos orçamentos públicos para a cultura. Incluído pela Emenda Constitucional nº 71, de 2012
§ 2º Constitui a estrutura do Sistema Nacional de Cultura,
nas respectivas esferas da Federação: Incluído pela Emenda
Constitucional nº 71, de 2012
I - órgãos gestores da cultura; Incluído pela Emenda Constitucional nº 71, de 2012
II - conselhos de política cultural; Incluído pela Emenda
Constitucional nº 71, de 2012
III - conferências de cultura; Incluído pela Emenda Constitucional nº 71, de 2012
IV - comissões intergestores; Incluído pela Emenda Constitucional nº 71, de 2012
V - planos de cultura; Incluído pela Emenda Constitucional
nº 71, de 2012
VI - sistemas de inanciamento à cultura; Incluído pela
Emenda Constitucional nº 71, de 2012
Art. 216. Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens
de natureza material e imaterial, tomados individualmente ou em
conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira, nos
quais se incluem:
I - as formas de expressão;
II - os modos de criar, fazer e viver;
III - as criações cientíicas, artísticas e tecnológicas;
IV - as obras, objetos, documentos, ediicações e demais espaços destinados às manifestações artístico-culturais;
V - os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico e cientíico.
§ 1º O Poder Público, com a colaboração da comunidade,
promoverá e protegerá o patrimônio cultural brasileiro, por meio
de inventários, registros, vigilância, tombamento e desapropriação,
e de outras formas de acautelamento e preservação.
§ 2º Cabem à administração pública, na forma da lei, a gestão
da documentação governamental e as providências para franquear
sua consulta a quantos dela necessitem.
§ 3º A lei estabelecerá incentivos para a produção e o
conhecimento de bens e valores culturais.
§ 4º Os danos e ameaças ao patrimônio cultural serão punidos,
na forma da lei.
§ 5º Ficam tombados todos os documentos e os sítios
detentores de reminiscências históricas dos antigos quilombos.
§ 6º É facultado aos Estados e ao Distrito Federal vincular
a fundo estadual de fomento à cultura até cinco décimos por
cento de sua receita tributária líquida, para o inanciamento de
programas e projetos culturais, vedada a aplicação desses recursos
no pagamento de: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de
19.12.2003)
I - despesas com pessoal e encargos sociais; (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
II - serviço da dívida; (Incluído pela Emenda Constitucional
nº 42, de 19.12.2003)
III - qualquer outra despesa corrente não vinculada diretamente aos investimentos ou ações apoiados. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
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VII - sistemas de informações e indicadores culturais; Incluído pela Emenda Constitucional nº 71, de 2012
VIII - programas de formação na área da cultura; e Incluído
pela Emenda Constitucional nº 71, de 2012
IX - sistemas setoriais de cultura. Incluído pela Emenda Constitucional nº 71, de 2012
§ 3º Lei federal disporá sobre a regulamentação do Sistema
Nacional de Cultura, bem como de sua articulação com os demais
sistemas nacionais ou políticas setoriais de governo. Incluído pela
Emenda Constitucional nº 71, de 2012
§ 4º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios organizarão
seus respectivos sistemas de cultura em leis próprias. Incluído pela
Emenda Constitucional nº 71, de 2012
Parágrafo único. O Estado estimulará a formação e o fortalecimento da inovação nas empresas, bem como nos demais entes,
públicos ou privados, a constituição e a manutenção de parques e
polos tecnológicos e de demais ambientes promotores da inovação, a atuação dos inventores independentes e a criação, absorção, difusão e transferência de tecnologia. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 85, de 2015)
Art. 219-A. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão irmar instrumentos de cooperação com órgãos
e entidades públicos e com entidades privadas, inclusive para o
compartilhamento de recursos humanos especializados e capacidade instalada, para a execução de projetos de pesquisa, de desenvolvimento cientíico e tecnológico e de inovação, mediante
contrapartida inanceira ou não inanceira assumida pelo ente beneiciário, na forma da lei. (Incluído pela Emenda Constitucional
nº 85, de 2015)
CAPÍTULO IV
DA CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 85, de 2015)
Art. 218. O Estado promoverá e incentivará o desenvolvimento cientíico, a pesquisa, a capacitação cientíica e tecnológica e a
inovação. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 85, de
2015)
§ 1º A pesquisa cientíica básica e tecnológica receberá
tratamento prioritário do Estado, tendo em vista o bem público e o
progresso da ciência, tecnologia e inovação. (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 85, de 2015)
§ 2º A pesquisa tecnológica voltar-se-á preponderantemente
para a solução dos problemas brasileiros e para o desenvolvimento
do sistema produtivo nacional e regional.
§ 3º O Estado apoiará a formação de recursos humanos
nas áreas de ciência, pesquisa, tecnologia e inovação, inclusive
por meio do apoio às atividades de extensão tecnológica, e
concederá aos que delas se ocupem meios e condições especiais
de trabalho. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 85,
de 2015)
§ 4º A lei apoiará e estimulará as empresas que invistam
em pesquisa, criação de tecnologia adequada ao País, formação
e aperfeiçoamento de seus recursos humanos e que pratiquem
sistemas de remuneração que assegurem ao empregado,
desvinculada do salário, participação nos ganhos econômicos
resultantes da produtividade de seu trabalho.
§ 5º É facultado aos Estados e ao Distrito Federal vincular
parcela de sua receita orçamentária a entidades públicas de
fomento ao ensino e à pesquisa cientíica e tecnológica.
§ 6º O Estado, na execução das atividades previstas no caput
, estimulará a articulação entre entes, tanto públicos quanto privados, nas diversas esferas de governo. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 85, de 2015)
§ 7º O Estado promoverá e incentivará a atuação no exterior
das instituições públicas de ciência, tecnologia e inovação, com
vistas à execução das atividades previstas no caput. (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 85, de 2015)
Art. 219-B. O Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e
Inovação (SNCTI) será organizado em regime de colaboração entre entes, tanto públicos quanto privados, com vistas a promover o
desenvolvimento cientíico e tecnológico e a inovação. (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 85, de 2015)
§ 1º Lei federal disporá sobre as normas gerais do SNCTI. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 85, de 2015)
§ 2º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios legislarão
concorrentemente sobre suas peculiaridades.
(Incluído pela
Emenda Constitucional nº 85, de 2015)
CAPÍTULO VI
DO MEIO AMBIENTE
Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia
qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade
o dever de defendê-lo e preservá- lo para as presentes e futuras
gerações.
§ 1º Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao
Poder Público:
I - preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e
prover o manejo ecológico das espécies e ecossistemas; (Regulamento)
II - preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético do País e iscalizar as entidades dedicadas à pesquisa e manipulação de material genético; (Regulamento) (Regulamento)
III - deinir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e seus componentes a serem especialmente protegidos,
sendo a alteração e a supressão permitidas somente através de
lei, vedada qualquer utilização que comprometa a integridade dos
atributos que justiiquem sua proteção; (Regulamento)
IV - exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de signiicativa degradação do
meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará
publicidade; (Regulamento)
V - controlar a produção, a comercialização e o emprego de
técnicas, métodos e substâncias que comportem risco para a vida,
a qualidade de vida e o meio ambiente; (Regulamento)
Art. 219. O mercado interno integra o patrimônio nacional e
será incentivado de modo a viabilizar o desenvolvimento cultural
e sócio-econômico, o bem-estar da população e a autonomia tecnológica do País, nos termos de lei federal.
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LEGI SLAÇÃO DO SERVI ÇO/ SERVI DOR PÚBLI CO FEDERAL
VI - promover a educação ambiental em todos os níveis de
ensino e a conscientização pública para a preservação do meio
ambiente;
VII - proteger a fauna e a lora, vedadas, na forma da lei, as
práticas que coloquem em risco sua função ecológica, provoquem
a extinção de espécies ou submetam os animais a crueldade. (Regulamento)
§ 2º Aquele que explorar recursos minerais ica obrigado a
recuperar o meio ambiente degradado, de acordo com solução
técnica exigida pelo órgão público competente, na forma da lei.
§ 3º As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio
ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a
sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação
de reparar os danos causados.
§ 4º A Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, a
Serra do Mar, o Pantanal Mato-Grossense e a Zona Costeira
são patrimônio nacional, e sua utilização far-se-á, na forma da
lei, dentro de condições que assegurem a preservação do meio
ambiente, inclusive quanto ao uso dos recursos naturais.
§ 5º São indisponíveis as terras devolutas ou arrecadadas
pelos Estados, por ações discriminatórias, necessárias à proteção
dos ecossistemas naturais.
§ 6º As usinas que operem com reator nuclear deverão ter
sua localização deinida em lei federal, sem o que não poderão ser
instaladas.
§ 1º O Estado promoverá programas de assistência integral
à saúde da criança, do adolescente e do jovem, admitida a
participação de entidades não governamentais, mediante políticas
especíicas e obedecendo aos seguintes preceitos: (Redação dada
Pela Emenda Constitucional nº 65, de 2010)
I - aplicação de percentual dos recursos públicos destinados à
saúde na assistência materno-infantil;
II - criação de programas de prevenção e atendimento especializado para as pessoas portadoras de deiciência física, sensorial ou
mental, bem como de integração social do adolescente e do jovem
portador de deiciência, mediante o treinamento para o trabalho e
a convivência, e a facilitação do acesso aos bens e serviços coletivos, com a eliminação de obstáculos arquitetônicos e de todas as
formas de discriminação. (Redação dada Pela Emenda Constitucional nº 65, de 2010)
§ 2º A lei disporá sobre normas de construção dos logradouros
e dos edifícios de uso público e de fabricação de veículos de
transporte coletivo, a im de garantir acesso adequado às pessoas
portadoras de deiciência.
§ 3º O direito a proteção especial abrangerá os seguintes
aspectos:
I - idade mínima de quatorze anos para admissão ao trabalho,
observado o disposto no art. 7º, XXXIII;
II - garantia de direitos previdenciários e trabalhistas;
III - garantia de acesso do trabalhador adolescente e jovem à
escola; (Redação dada Pela Emenda Constitucional nº 65, de 2010)
IV - garantia de pleno e formal conhecimento da atribuição de
ato infracional, igualdade na relação processual e defesa técnica
por proissional habilitado, segundo dispuser a legislação tutelar
especíica;
V - obediência aos princípios de brevidade, excepcionalidade e respeito à condição peculiar de pessoa em desenvolvimento,
quando da aplicação de qualquer medida privativa da liberdade;
VI - estímulo do Poder Público, através de assistência jurídica, incentivos iscais e subsídios, nos termos da lei, ao acolhimento, sob a forma de guarda, de criança ou adolescente órfão ou
abandonado;
VII - programas de prevenção e atendimento especializado à
criança, ao adolescente e ao jovem dependente de entorpecentes
e drogas ains. (Redação dada Pela Emenda Constitucional nº 65,
de 2010)
§ 4º A lei punirá severamente o abuso, a violência e a
exploração sexual da criança e do adolescente.
§ 5º A adoção será assistida pelo Poder Público, na forma da
lei, que estabelecerá casos e condições de sua efetivação por parte
de estrangeiros.
§ 6º Os ilhos, havidos ou não da relação do casamento, ou
por adoção, terão os mesmos direitos e qualiicações, proibidas
quaisquer designações discriminatórias relativas à iliação.
§ 7º No atendimento dos direitos da criança e do adolescente
levar-se- á em consideração o disposto no art. 204.
§ 8º A lei estabelecerá: (Incluído Pela Emenda Constitucional
nº 65, de 2010)
I - o estatuto da juventude, destinado a regular os direitos dos
jovens; (Incluído Pela Emenda Constitucional nº 65, de 2010)
II - o plano nacional de juventude, de duração decenal, visando à articulação das várias esferas do poder público para a execução de políticas públicas. (Incluído Pela Emenda Constitucional nº
65, de 2010)
CAPÍTULO VII
Da Família, da Criança, do Adolescente, do Jovem e do Idoso
(Redação dada Pela Emenda Constitucional nº 65, de 2010)
Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção
do Estado.
§ 1º O casamento é civil e gratuita a celebração.
§ 2º O casamento religioso tem efeito civil, nos termos da lei.
§ 3º Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união
estável entre o homem e a mulher como entidade familiar, devendo
a lei facilitar sua conversão em casamento.
§ 4º Entende-se, também, como entidade familiar a
comunidade formada por qualquer dos pais e seus descendentes.
§ 5º Os direitos e deveres referentes à sociedade conjugal são
exercidos igualmente pelo homem e pela mulher.
§ 6º O casamento civil pode ser dissolvido pelo divórcio. (Redação dada Pela Emenda Constitucional nº 66, de 2010)
§ 7º Fundado nos princípios da dignidade da pessoa humana e
da paternidade responsável, o planejamento familiar é livre decisão
do casal, competindo ao Estado propiciar recursos educacionais e
cientíicos para o exercício desse direito, vedada qualquer forma
coercitiva por parte de instituições oiciais ou privadas.
§ 8º O Estado assegurará a assistência à família na pessoa de
cada um dos que a integram, criando mecanismos para coibir a
violência no âmbito de suas relações.
Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade,
o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à
proissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e
à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de
toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência,
crueldade e opressão. (Redação dada Pela Emenda Constitucional
nº 65, de 2010)
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LEGI SLAÇÃO DO SERVI ÇO/ SERVI DOR PÚBLI CO FEDERAL
Art. 228. São penalmente inimputáveis os menores de dezoito
anos, sujeitos às normas da legislação especial.
2. DOS CRIMES CONTRA A
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
ART. 312 AO 327 DO CÓDIGO PENAL);
Art. 229. Os pais têm o dever de assistir, criar e educar os ilhos
menores, e os ilhos maiores têm o dever de ajudar e amparar os pais
na velhice, carência ou enfermidade.
Art. 230. A família, a sociedade e o Estado têm o dever de amparar as pessoas idosas, assegurando sua participação na comunidade, defendendo sua dignidade e bem-estar e garantindo-lhes o
direito à vida.
§ 1º Os programas de amparo aos idosos serão executados
preferencialmente em seus lares.
§ 2º Aos maiores de sessenta e cinco anos é garantida a
gratuidade dos transportes coletivos urbanos.
TÍTULO XI
DOS CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
CAPÍTULO I
DOS CRIMES PRATICADOS
POR FUNCIONÁRIO PÚBLICO
CONTRA A ADMINISTRAÇÃO EM GERAL
Peculato
Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que
tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio
ou alheio:
Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa.
§ 1º - Aplica-se a mesma pena, se o funcionário público,
embora não tendo a posse do dinheiro, valor ou bem, o subtrai, ou
concorre para que seja subtraído, em proveito próprio ou alheio,
valendo-se de facilidade que lhe proporciona a qualidade de
funcionário.
CAPÍTULO VIII
DOS ÍNDIOS
Art. 231. São reconhecidos aos índios sua organização social,
costumes, línguas, crenças e tradições, e os direitos originários sobre
as terras que tradicionalmente ocupam, competindo à União demarcá-las, proteger e fazer respeitar todos os seus bens.
§ 1º São terras tradicionalmente ocupadas pelos índios as
por eles habitadas em caráter permanente, as utilizadas para suas
atividades produtivas, as imprescindíveis à preservação dos recursos
ambientais necessários a seu bem-estar e as necessárias a sua reprodução física e cultural, segundo seus usos, costumes e tradições.
§ 2º As terras tradicionalmente ocupadas pelos índios destinamse a sua posse permanente, cabendo-lhes o usufruto exclusivo das
riquezas do solo, dos rios e dos lagos nelas existentes.
§ 3º O aproveitamento dos recursos hídricos, incluídos os
potenciais energéticos, a pesquisa e a lavra das riquezas minerais
em terras indígenas só podem ser efetivados com autorização do
Congresso Nacional, ouvidas as comunidades afetadas, icando-lhes
assegurada participação nos resultados da lavra, na forma da lei.
§ 4º As terras de que trata este artigo são inalienáveis e
indisponíveis, e os direitos sobre elas, imprescritíveis.
§ 5º É vedada a remoção dos grupos indígenas de suas
terras, salvo, «ad referendum» do Congresso Nacional, em caso
de catástrofe ou epidemia que ponha em risco sua população, ou
no interesse da soberania do País, após deliberação do Congresso
Nacional, garantido, em qualquer hipótese, o retorno imediato logo
que cesse o risco.
§ 6º São nulos e extintos, não produzindo efeitos jurídicos, os
atos que tenham por objeto a ocupação, o domínio e a posse das
terras a que se refere este artigo, ou a exploração das riquezas
naturais do solo, dos rios e dos lagos nelas existentes, ressalvado
relevante interesse público da União, segundo o que dispuser
lei complementar, não gerando a nulidade e a extinção direito
a indenização ou a ações contra a União, salvo, na forma da lei,
quanto às benfeitorias derivadas da ocupação de boa fé.
§ 7º Não se aplica às terras indígenas o disposto no art. 174, §
3º e § 4º.
Peculato culposo
§ 2º - Se o funcionário concorre culposamente para o crime
de outrem:
Pena - detenção, de três meses a um ano.
§ 3º - No caso do parágrafo anterior, a reparação do dano, se
precede à sentença irrecorrível, extingue a punibilidade; se lhe é
posterior, reduz de metade a pena imposta.
Peculato mediante erro de outrem
Art. 313 - Apropriar-se de dinheiro ou qualquer utilidade que,
no exercício do cargo, recebeu por erro de outrem:
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
Inserção de dados falsos em sistema de informações (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
Art. 313-A. Inserir ou facilitar, o funcionário autorizado, a
inserção de dados falsos, alterar ou excluir indevidamente dados
corretos nos sistemas informatizados ou bancos de dados da Administração Pública com o im de obter vantagem indevida para si
ou para outrem ou para causar dano: (Incluído pela Lei nº 9.983,
de 2000))
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
Modiicação ou alteração não autorizada de sistema de informações (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
Art. 313-B. Modiicar ou alterar, o funcionário, sistema de
informações ou programa de informática sem autorização ou solicitação de autoridade competente: (Incluído pela Lei nº 9.983,
de 2000)
Art. 232. Os índios, suas comunidades e organizações são partes legítimas para ingressar em juízo em defesa de seus direitos e
interesses, intervindo o Ministério Público em todos os atos do processo
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LEGI SLAÇÃO DO SERVI ÇO/ SERVI DOR PÚBLI CO FEDERAL
Prevaricação
Art. 319 - Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato
de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para
satisfazer interesse ou sentimento pessoal:
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.
Pena – detenção, de 3 (três) meses a 2 (dois) anos, e multa. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
Parágrafo único. As penas são aumentadas de um terço até
a metade se da modiicação ou alteração resulta dano para a Administração Pública ou para o administrado.(Incluído pela Lei nº
9.983, de 2000)
Art. 319-A. Deixar o Diretor de Penitenciária e/ou agente
público, de cumprir seu dever de vedar ao preso o acesso a aparelho telefônico, de rádio ou similar, que permita a comunicação
com outros presos ou com o ambiente externo: (Incluído pela
Lei nº 11.466, de 2007).
Pena: detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano.
Extravio, sonegação ou inutilização de livro ou documento
Art. 314 - Extraviar livro oicial ou qualquer documento, de
que tem a guarda em razão do cargo; sonegá-lo ou inutilizá-lo,
total ou parcialmente:
Pena - reclusão, de um a quatro anos, se o fato não constitui
crime mais grave.
Condescendência criminosa
Art. 320 - Deixar o funcionário, por indulgência, de responsabilizar subordinado que cometeu infração no exercício do
cargo ou, quando lhe falte competência, não levar o fato ao conhecimento da autoridade competente:
Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa.
Emprego irregular de verbas ou rendas públicas
Art. 315 - Dar às verbas ou rendas públicas aplicação diversa
da estabelecida em lei:
Pena - detenção, de um a três meses, ou multa.
Concussão
Art. 316 - Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em
razão dela, vantagem indevida:
Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa.
Advocacia administrativa
Art. 321 - Patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a administração pública, valendo-se da qualidade
de funcionário:
Pena - detenção, de um a três meses, ou multa.
Parágrafo único - Se o interesse é ilegítimo:
Pena - detenção, de três meses a um ano, além da multa.
Excesso de exação
§ 1º - Se o funcionário exige tributo ou contribuição social que
sabe ou deveria saber indevido, ou, quando devido, emprega na
cobrança meio vexatório ou gravoso, que a lei não autoriza: (Redação dada pela Lei nº 8.137, de 27.12.1990)
Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa. (Redação
dada pela Lei nº 8.137, de 27.12.1990)
§ 2º - Se o funcionário desvia, em proveito próprio ou de
outrem, o que recebeu indevidamente para recolher aos cofres
públicos:
Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa.
Violência arbitrária
Art. 322 - Praticar violência, no exercício de função ou a
pretexto de exercê-la:
Pena - detenção, de seis meses a três anos, além da pena
correspondente à violência.
Abandono de função
Art. 323 - Abandonar cargo público, fora dos casos permitidos em lei:
Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa.
§ 1º - Se do fato resulta prejuízo público:
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.
§ 2º - Se o fato ocorre em lugar compreendido na faixa de
fronteira:
Pena - detenção, de um a três anos, e multa.
Corrupção passiva
Art. 317 - Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta
ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la,
mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal
vantagem:
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 10.763, de 12.11.2003)
§ 1º - A pena é aumentada de um terço, se, em conseqüência
da vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou deixa de praticar qualquer ato de ofício ou o pratica infringindo dever funcional.
§ 2º - Se o funcionário pratica, deixa de praticar ou retarda ato
de ofício, com infração de dever funcional, cedendo a pedido ou
inluência de outrem:
Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa.
Exercício funcional ilegalmente antecipado ou prolongado
Art. 324 - Entrar no exercício de função pública antes de
satisfeitas as exigências legais, ou continuar a exercê-la, sem
autorização, depois de saber oicialmente que foi exonerado, removido, substituído ou suspenso:
Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa.
Violação de sigilo funcional
Art. 325 - Revelar fato de que tem ciência em razão do cargo
e que deva permanecer em segredo, ou facilitar-lhe a revelação:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa, se o
fato não constitui crime mais grave.
Facilitação de contrabando ou descaminho
Art. 318 - Facilitar, com infração de dever funcional, a prática
de contrabando ou descaminho (art. 334):
Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa. (Redação
dada pela Lei nº 8.137, de 27.12.1990)
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LEGI SLAÇÃO DO SERVI ÇO/ SERVI DOR PÚBLI CO FEDERAL
§ 1o Nas mesmas penas deste artigo incorre quem: (Incluído pela
Lei nº 9.983, de 2000)
I – permite ou facilita, mediante atribuição, fornecimento e empréstimo de senha ou qualquer outra forma, o acesso de pessoas não
autorizadas a sistemas de informações ou banco de dados da Administração Pública; (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
II – se utiliza, indevidamente, do acesso restrito. (Incluído pela Lei
nº 9.983, de 2000)
§ 2o Se da ação ou omissão resulta dano à Administração Pública
ou a outrem: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e multa. (Incluído pela
Lei nº 9.983, de 2000)
Parágrafo único. Estão também sujeitos às penalidades desta lei os atos de improbidade praticados contra o patrimônio de
entidade que receba subvenção, benefício ou incentivo, iscal ou
creditício, de órgão público bem como daquelas para cuja criação
ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com menos de cinqüenta por cento do patrimônio ou da receita anual, limitando-se,
nestes casos, a sanção patrimonial à repercussão do ilícito sobre a
contribuição dos cofres públicos.
Art. 2° Reputa-se agente público, para os efeitos desta lei,
todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou
qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo,
emprego ou função nas entidades mencionadas no artigo anterior.
Violação do sigilo de proposta de concorrência
Art. 326 - Devassar o sigilo de proposta de concorrência pública,
ou proporcionar a terceiro o ensejo de devassá-lo:
Pena - Detenção, de três meses a um ano, e multa.
Art. 3° As disposições desta lei são aplicáveis, no que couber,
àquele que, mesmo não sendo agente público, induza ou concorra
para a prática do ato de improbidade ou dele se beneicie sob qualquer forma direta ou indireta.
Funcionário público
Art. 327 - Considera-se funcionário público, para os efeitos penais,
quem, embora transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública.
§ 1º - Equipara-se a funcionário público quem exerce cargo,
emprego ou função em entidade paraestatal, e quem trabalha para
empresa prestadora de serviço contratada ou conveniada para a
(Incluído
execução de atividade típica da Administração Pública.
pela Lei nº 9.983, de 2000)
§ 2º - A pena será aumentada da terça parte quando os autores dos
crimes previstos neste Capítulo forem ocupantes de cargos em comissão
ou de função de direção ou assessoramento de órgão da administração
direta, sociedade de economia mista, empresa pública ou fundação
instituída pelo poder público. (Incluído pela Lei nº 6.799, de 1980)
Art. 4° Os agentes públicos de qualquer nível ou hierarquia
são obrigados a velar pela estrita observância dos princípios de
legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade no trato dos
assuntos que lhe são afetos.
Art. 5° Ocorrendo lesão ao patrimônio público por ação ou
omissão, dolosa ou culposa, do agente ou de terceiro, dar-se-á o
integral ressarcimento do dano.
Art. 6° No caso de enriquecimento ilícito, perderá o agente
público ou terceiro beneiciário os bens ou valores acrescidos ao
seu patrimônio.
Art. 7° Quando o ato de improbidade causar lesão ao patrimônio público ou ensejar enriquecimento ilícito, caberá a autoridade
administrativa responsável pelo inquérito representar ao Ministério Público, para a indisponibilidade dos bens do indiciado.
Parágrafo único. A indisponibilidade a que se refere o caput
deste artigo recairá sobre bens que assegurem o integral ressarcimento do dano, ou sobre o acréscimo patrimonial resultante do
enriquecimento ilícito.
. IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA:
LEI Nº 8.429/92;
LEI Nº 8.429, DE 2 DE JUNHO DE 1992.
Dispõe sobre as sanções aplicáveis aos agentes públicos nos casos
de enriquecimento ilícito no exercício de mandato, cargo, emprego ou
função na administração pública direta, indireta ou fundacional e dá outras providências.
Art. 8° O sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio
público ou se enriquecer ilicitamente está sujeito às cominações
desta lei até o limite do valor da herança.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei:
CAPÍTULO II
Dos Atos de Improbidade Administrativa
Seção I
Dos Atos de Improbidade Administrativa que Importam Enriquecimento Ilícito
CAPÍTULO I
Das Disposições Gerais
Art. 1° Os atos de improbidade praticados por qualquer agente
público, servidor ou não, contra a administração direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito
Federal, dos Municípios, de Território, de empresa incorporada ao patrimônio público ou de entidade para cuja criação ou custeio o erário haja
concorrido ou concorra com mais de cinqüenta por cento do patrimônio
ou da receita anual, serão punidos na forma desta lei.
Didatismo e Conhecimento
Art. 9° Constitui ato de improbidade administrativa importando enriquecimento ilícito auferir qualquer tipo de vantagem patrimonial indevida em razão do exercício de cargo, mandato, função,
emprego ou atividade nas entidades mencionadas no art. 1° desta
lei, e notadamente:
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LEGI SLAÇÃO DO SERVI ÇO/ SERVI DOR PÚBLI CO FEDERAL
I - receber, para si ou para outrem, dinheiro, bem móvel ou
imóvel, ou qualquer outra vantagem econômica, direta ou indireta, a título de comissão, percentagem, gratiicação ou presente de
quem tenha interesse, direto ou indireto, que possa ser atingido
ou amparado por ação ou omissão decorrente das atribuições do
agente público;
II - perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para facilitar a aquisição, permuta ou locação de bem móvel ou imóvel,
ou a contratação de serviços pelas entidades referidas no art. 1° por
preço superior ao valor de mercado;
III - perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para
facilitar a alienação, permuta ou locação de bem público ou o fornecimento de serviço por ente estatal por preço inferior ao valor
de mercado;
IV - utilizar, em obra ou serviço particular, veículos, máquinas, equipamentos ou material de qualquer natureza, de propriedade ou à disposição de qualquer das entidades mencionadas no art.
1° desta lei, bem como o trabalho de servidores públicos, empregados ou terceiros contratados por essas entidades;
V - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta
ou indireta, para tolerar a exploração ou a prática de jogos de azar,
de lenocínio, de narcotráico, de contrabando, de usura ou de qualquer outra atividade ilícita, ou aceitar promessa de tal vantagem;
VI - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta
ou indireta, para fazer declaração falsa sobre medição ou avaliação
em obras públicas ou qualquer outro serviço, ou sobre quantidade,
peso, medida, qualidade ou característica de mercadorias ou bens
fornecidos a qualquer das entidades mencionadas no art. 1º desta
lei;
VII - adquirir, para si ou para outrem, no exercício de mandato, cargo, emprego ou função pública, bens de qualquer natureza
cujo valor seja desproporcional à evolução do patrimônio ou à renda do agente público;
VIII - aceitar emprego, comissão ou exercer atividade de consultoria ou assessoramento para pessoa física ou jurídica que tenha interesse suscetível de ser atingido ou amparado por ação ou
omissão decorrente das atribuições do agente público, durante a
atividade;
IX - perceber vantagem econômica para intermediar a liberação ou aplicação de verba pública de qualquer natureza;
X - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta
ou indiretamente, para omitir ato de ofício, providência ou declaração a que esteja obrigado;
XI - incorporar, por qualquer forma, ao seu patrimônio bens,
rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das
entidades mencionadas no art. 1° desta lei;
XII - usar, em proveito próprio, bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas
no art. 1° desta lei.
I - facilitar ou concorrer por qualquer forma para a incorporação ao patrimônio particular, de pessoa física ou jurídica, de bens,
rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das
entidades mencionadas no art. 1º desta lei;
II - permitir ou concorrer para que pessoa física ou jurídica
privada utilize bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1º desta lei, sem
a observância das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie;
III - doar à pessoa física ou jurídica bem como ao ente despersonalizado, ainda que de ins educativos ou assistências, bens,
rendas, verbas ou valores do patrimônio de qualquer das entidades
mencionadas no art. 1º desta lei, sem observância das formalidades
legais e regulamentares aplicáveis à espécie;
IV - permitir ou facilitar a alienação, permuta ou locação de
bem integrante do patrimônio de qualquer das entidades referidas
no art. 1º desta lei, ou ainda a prestação de serviço por parte delas,
por preço inferior ao de mercado;
V - permitir ou facilitar a aquisição, permuta ou locação de
bem ou serviço por preço superior ao de mercado;
VI - realizar operação inanceira sem observância das normas
legais e regulamentares ou aceitar garantia insuiciente ou inidônea;
VII - conceder benefício administrativo ou iscal sem a observância das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à
espécie;
VIII - frustrar a licitude de processo licitatório ou dispensá-lo
indevidamente; (Vide Lei nº 13.019, de 2014) (Vigência)
IX - ordenar ou permitir a realização de despesas não autorizadas em lei ou regulamento;
X - agir negligentemente na arrecadação de tributo ou renda,
bem como no que diz respeito à conservação do patrimônio público;
XI - liberar verba pública sem a estrita observância das normas pertinentes ou inluir de qualquer forma para a sua aplicação
irregular;
XII - permitir, facilitar ou concorrer para que terceiro se enriqueça ilicitamente;
XIII - permitir que se utilize, em obra ou serviço particular,
veículos, máquinas, equipamentos ou material de qualquer natureza, de propriedade ou à disposição de qualquer das entidades
mencionadas no art. 1° desta lei, bem como o trabalho de servidor
público, empregados ou terceiros contratados por essas entidades.
XIV – celebrar contrato ou outro instrumento que tenha por
objeto a prestação de serviços públicos por meio da gestão asso(Incluído
ciada sem observar as formalidades previstas na lei;
pela Lei nº 11.107, de 2005)
XV – celebrar contrato de rateio de consórcio público sem
suiciente e prévia dotação orçamentária, ou sem observar as formalidades previstas na lei.(Incluído pela Lei nº 11.107, de 2005)
XVI a XXI - (Vide Lei nº 13.019, de 2014) (Vigência)
Seção II
Dos Atos de Improbidade Administrativa que Causam Prejuízo
ao Erário
Seção III
Dos Atos de Improbidade Administrativa que Atentam Contra
os Princípios da Administração Pública
Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa,
que enseje perda patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades referidas no
art. 1º desta lei, e notadamente:
Didatismo e Conhecimento
Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da administração pública qualquer ação ou
omissão que viole os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade às instituições, e notadamente:
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LEGI SLAÇÃO DO SERVI ÇO/ SERVI DOR PÚBLI CO FEDERAL
I - praticar ato visando im proibido em lei ou regulamento ou
diverso daquele previsto, na regra de competência;
II - retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício;
III - revelar fato ou circunstância de que tem ciência em razão
das atribuições e que deva permanecer em segredo;
IV - negar publicidade aos atos oiciais;
V - frustrar a licitude de concurso público;
VI - deixar de prestar contas quando esteja obrigado a fazê-lo;
VII - revelar ou permitir que chegue ao conhecimento de terceiro, antes da respectiva divulgação oicial, teor de medida política ou econômica capaz de afetar o preço de mercadoria, bem ou
serviço.
VIII - XVI a XXI - (Vide Lei nº 13.019, de 2014) (Vigência)
caso, abrangerá os bens e valores patrimoniais do cônjuge ou
companheiro, dos ilhos e de outras pessoas que vivam sob a
dependência econômica do declarante, excluídos apenas os objetos
e utensílios de uso doméstico.
§ 2º A declaração de bens será anualmente atualizada e na data
em que o agente público deixar o exercício do mandato, cargo,
emprego ou função.
§ 3º Será punido com a pena de demissão, a bem do serviço
público, sem prejuízo de outras sanções cabíveis, o agente público
que se recusar a prestar declaração dos bens, dentro do prazo
determinado, ou que a prestar falsa.
§ 4º O declarante, a seu critério, poderá entregar cópia da
declaração anual de bens apresentada à Delegacia da Receita
Federal na conformidade da legislação do Imposto sobre a Renda
e proventos de qualquer natureza, com as necessárias atualizações,
para suprir a exigência contida no caput e no § 2° deste artigo .
CAPÍTULO III
Das Penas
Art. 12. Independentemente das sanções penais, civis e administrativas previstas na legislação especíica, está o responsável
pelo ato de improbidade sujeito às seguintes cominações, que podem ser aplicadas isolada ou cumulativamente, de acordo com a
gravidade do fato: (Redação dada pela Lei nº 12.120, de 2009).
I - na hipótese do art. 9°, perda dos bens ou valores acrescidos
ilicitamente ao patrimônio, ressarcimento integral do dano, quando
houver, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos
de oito a dez anos, pagamento de multa civil de até três vezes o valor do acréscimo patrimonial e proibição de contratar com o Poder
Público ou receber benefícios ou incentivos iscais ou creditícios,
direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de dez anos;
II - na hipótese do art. 10, ressarcimento integral do dano, perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, se
concorrer esta circunstância, perda da função pública, suspensão
dos direitos políticos de cinco a oito anos, pagamento de multa civil
de até duas vezes o valor do dano e proibição de contratar com o
Poder Público ou receber benefícios ou incentivos iscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa
jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de cinco anos;
III - na hipótese do art. 11, ressarcimento integral do dano, se
houver, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de
três a cinco anos, pagamento de multa civil de até cem vezes o valor
da remuneração percebida pelo agente e proibição de contratar com
o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos iscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de três anos.
Parágrafo único. Na ixação das penas previstas nesta lei o juiz
levará em conta a extensão do dano causado, assim como o proveito patrimonial obtido pelo agente.
CAPÍTULO V
Do Procedimento Administrativo e do Processo Judicial
Art. 14. Qualquer pessoa poderá representar à autoridade administrativa competente para que seja instaurada investigação destinada a apurar a prática de ato de improbidade.
§ 1º A representação, que será escrita ou reduzida a termo e
assinada, conterá a qualiicação do representante, as informações
sobre o fato e sua autoria e a indicação das provas de que tenha
conhecimento.
§ 2º A autoridade administrativa rejeitará a representação,
em despacho fundamentado, se esta não contiver as formalidades
estabelecidas no § 1º deste artigo. A rejeição não impede a
representação ao Ministério Público, nos termos do art. 22 desta
lei.
§ 3º Atendidos os requisitos da representação, a autoridade
determinará a imediata apuração dos fatos que, em se tratando de
servidores federais, será processada na forma prevista nos arts. 148
a 182 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990 e, em se tratando
de servidor militar, de acordo com os respectivos regulamentos
disciplinares.
Art. 15. A comissão processante dará conhecimento ao Ministério Público e ao Tribunal ou Conselho de Contas da existência
de procedimento administrativo para apurar a prática de ato de improbidade.
Parágrafo único. O Ministério Público ou Tribunal ou Conselho de Contas poderá, a requerimento, designar representante para
acompanhar o procedimento administrativo.
Art. 16. Havendo fundados indícios de responsabilidade, a
comissão representará ao Ministério Público ou à procuradoria
do órgão para que requeira ao juízo competente a decretação do
seqüestro dos bens do agente ou terceiro que tenha enriquecido
ilicitamente ou causado dano ao patrimônio público.
§ 1º O pedido de seqüestro será processado de acordo com o
disposto nos arts. 822 e 825 do Código de Processo Civil.
§ 2° Quando for o caso, o pedido incluirá a investigação,
o exame e o bloqueio de bens, contas bancárias e aplicações
inanceiras mantidas pelo indiciado no exterior, nos termos da lei e
dos tratados internacionais.
CAPÍTULO IV
Da Declaração de Bens
Art. 13. A posse e o exercício de agente público icam condicionados à apresentação de declaração dos bens e valores que compõem o seu patrimônio privado, a im de ser arquivada no serviço
de pessoal competente. (Regulamento) (Regulamento)
§ 1° A declaração compreenderá imóveis, móveis, semoventes,
dinheiro, títulos, ações, e qualquer outra espécie de bens e valores
patrimoniais, localizado no País ou no exterior, e, quando for o
Didatismo e Conhecimento
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LEGI SLAÇÃO DO SERVI ÇO/ SERVI DOR PÚBLI CO FEDERAL
Art. 17. A ação principal, que terá o rito ordinário, será proposta pelo Ministério Público ou pela pessoa jurídica interessada,
dentro de trinta dias da efetivação da medida cautelar.
§ 1º É vedada a transação, acordo ou conciliação nas ações
de que trata o caput.
§ 2º A Fazenda Pública, quando for o caso, promoverá
as ações necessárias à complementação do ressarcimento do
patrimônio público.
§ 3o No caso de a ação principal ter sido proposta pelo Ministério Público, aplica-se, no que couber, o disposto no § 3o do art.
6o da Lei no 4.717, de 29 de junho de 1965. (Redação dada pela
Lei nº 9.366, de 1996)
§ 4º O Ministério Público, se não intervir no processo como
parte, atuará obrigatoriamente, como iscal da lei, sob pena de
nulidade.
§ 5o A propositura da ação prevenirá a jurisdição do juízo
para todas as ações posteriormente intentadas que possuam a mesma causa de pedir ou o mesmo objeto. (Incluído pela Medida provisória nº 2.180-35, de 2001)
§ 6o A ação será instruída com documentos ou justiicação
que contenham indícios suicientes da existência do ato de
improbidade ou com razões fundamentadas da impossibilidade de
apresentação de qualquer dessas provas, observada a legislação
vigente, inclusive as disposições inscritas nos arts. 16 a 18 do
Código de Processo Civil.(Incluído pela Medida Provisória nº
2.225-45, de 2001)
§ 7o Estando a inicial em devida forma, o juiz mandará autuá-la e ordenará a notiicação do requerido, para oferecer manifestação por escrito, que poderá ser instruída com documentos e justiicações, dentro do prazo de quinze dias. (Incluído pela Medida
Provisória nº 2.225-45, de 2001)
§ 8o Recebida a manifestação, o juiz, no prazo de trinta dias,
em decisão fundamentada, rejeitará a ação, se convencido da inexistência do ato de improbidade, da improcedência da ação ou da
inadequação da via eleita. (Incluído pela Medida Provisória nº
2.225-45, de 2001)
§ 9o Recebida a petição inicial, será o réu citado para apresentar contestação.
(Incluído pela Medida Provisória nº 2.22545, de 2001)
§ 10. Da decisão que receber a petição inicial, caberá agravo
de instrumento. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de
2001)
§ 11. Em qualquer fase do processo, reconhecida a
inadequação da ação de improbidade, o juiz extinguirá o processo
sem julgamento do mérito. (Incluído pela Medida Provisória nº
2.225-45, de 2001)
§ 12. Aplica-se aos depoimentos ou inquirições realizadas
nos processos regidos por esta Lei o disposto no art. 221, caput e
§ 1o, do Código de Processo Penal.(Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 2001)
CAPÍTULO VI
Das Disposições Penais
Art. 19. Constitui crime a representação por ato de improbidade contra agente público ou terceiro beneiciário, quando o autor
da denúncia o sabe inocente.
Pena: detenção de seis a dez meses e multa.
Parágrafo único. Além da sanção penal, o denunciante está
sujeito a indenizar o denunciado pelos danos materiais, morais ou
à imagem que houver provocado.
Art. 20. A perda da função pública e a suspensão dos direitos
políticos só se efetivam com o trânsito em julgado da sentença
condenatória.
Parágrafo único. A autoridade judicial ou administrativa competente poderá determinar o afastamento do agente público do
exercício do cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração, quando a medida se izer necessária à instrução processual.
Art. 21. A aplicação das sanções previstas nesta lei independe:
I - da efetiva ocorrência de dano ao patrimônio público;
I - da efetiva ocorrência de dano ao patrimônio público, salvo
quanto à pena de ressarcimento; (Redação dada pela Lei nº 12.120,
de 2009).
II - da aprovação ou rejeição das contas pelo órgão de controle
interno ou pelo Tribunal ou Conselho de Contas.
Art. 22. Para apurar qualquer ilícito previsto nesta lei, o Ministério Público, de ofício, a requerimento de autoridade administrativa ou mediante representação formulada de acordo com o
disposto no art. 14, poderá requisitar a instauração de inquérito
policial ou procedimento administrativo.
CAPÍTULO VII
Da Prescrição
Art. 23. As ações destinadas a levar a efeitos as sanções previstas nesta lei podem ser propostas:
I - até cinco anos após o término do exercício de mandato, de
cargo em comissão ou de função de coniança;
II - dentro do prazo prescricional previsto em lei especíica
para faltas disciplinares puníveis com demissão a bem do serviço
público, nos casos de exercício de cargo efetivo ou emprego.
CAPÍTULO VIII
Das Disposições Finais
Art. 24. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 25. Ficam revogadas as Leis n°s 3.164, de 1° de junho de
1957, e 3.502, de 21 de dezembro de 1958 e demais disposições
em contrário.
Art. 18. A sentença que julgar procedente ação civil de reparação de dano ou decretar a perda dos bens havidos ilicitamente determinará o pagamento ou a reversão dos bens, conforme o
caso, em favor da pessoa jurídica prejudicada pelo ilícito.
Rio de Janeiro, 2 de junho de 1992; 171° da Independência e
104° da República.
FERNANDO COLLOR
Célio Borja
Este texto não substitui o publicado no DOU de 3.6.1992
Didatismo e Conhecimento
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LEGI SLAÇÃO DO SERVI ÇO/ SERVI DOR PÚBLI CO FEDERAL
VI - reversão;
VII - aproveitamento;
VIII - reintegração;
IX - recondução.
4. LEI Nº 8.112 E ALTERAÇÕES
POSTERIORES: DO PROVIMENTO,
VACÂNCIA, REMOÇÃO,
REDISTRIBUIÇÃO E SUBSTITUIÇÃO
(ART. 5º AO 39 DA LEI Nº 8.112/90);
DOS DIREITOS E VANTAGENS
(ART. 40 AO 115 DA LEI 8.112/90);
DO REGIME DISCIPLINAR
(ART. 116 AO 142 DA LEI Nº 8.112/90);
Seção II
Da Nomeação
Art. 9o A nomeação far-se-á:
I - em caráter efetivo, quando se tratar de cargo isolado de
provimento efetivo ou de carreira;
II - em comissão, inclusive na condição de interino, para
cargos de coniança vagos. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de
10.12.97)
Parágrafo único. O servidor ocupante de cargo em comissão
ou de natureza especial poderá ser nomeado para ter exercício, interinamente, em outro cargo de coniança, sem prejuízo das atribuições do que atualmente ocupa, hipótese em que deverá optar
pela remuneração de um deles durante o período da interinidade. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
LEI Nº 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990
Dispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicos civis
da União, das autarquias e das fundações públicas federais.
Título II
Do Provimento, Vacância, Remoção, Redistribuição e
Substituição
Capítulo I
Do Provimento
Seção I
Disposições Gerais
Art. 10. A nomeação para cargo de carreira ou cargo isolado
de provimento efetivo depende de prévia habilitação em concurso
público de provas ou de provas e títulos, obedecidos a ordem de
classiicação e o prazo de sua validade.
Parágrafo único. Os demais requisitos para o ingresso e o desenvolvimento do servidor na carreira, mediante promoção, serão
estabelecidos pela lei que ixar as diretrizes do sistema de carreira
na Administração Pública Federal e seus regulamentos. (Redação
dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Art. 5o São requisitos básicos para investidura em cargo público:
I - a nacionalidade brasileira;
II - o gozo dos direitos políticos;
III - a quitação com as obrigações militares e eleitorais;
IV - o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo;
V - a idade mínima de dezoito anos;
VI - aptidão física e mental.
§ 1o As atribuições do cargo podem justiicar a exigência de
outros requisitos estabelecidos em lei.
§ 2o Às pessoas portadoras de deiciência é assegurado o direito de se inscrever em concurso público para provimento de cargo cujas atribuições sejam compatíveis com a deiciência de que
são portadoras; para tais pessoas serão reservadas até 20% (vinte
por cento) das vagas oferecidas no concurso.
§ 3o As universidades e instituições de pesquisa cientíica e
tecnológica federais poderão prover seus cargos com professores,
técnicos e cientistas estrangeiros, de acordo com as normas e os
procedimentos desta Lei. (Incluído pela Lei nº 9.515, de 20.11.97)
Seção III
Do Concurso Público
Art. 11. O concurso será de provas ou de provas e títulos,
podendo ser realizado em duas etapas, conforme dispuserem a lei
e o regulamento do respectivo plano de carreira, condicionada a
inscrição do candidato ao pagamento do valor ixado no edital,
quando indispensável ao seu custeio, e ressalvadas as hipóteses de
isenção nele expressamente previstas.(Redação dada pela Lei nº
9.527, de 10.12.97) (Regulamento)
Art. 12. O concurso público terá validade de até 2 (dois )
anos, podendo ser prorrogado uma única vez, por igual período.
§ 1o O prazo de validade do concurso e as condições de sua
realização serão ixados em edital, que será publicado no Diário
Oicial da União e em jornal diário de grande circulação.
§ 2o Não se abrirá novo concurso enquanto houver candidato
aprovado em concurso anterior com prazo de validade não expirado.
Art. 6o O provimento dos cargos públicos far-se-á mediante
ato da autoridade competente de cada Poder.
Art. 7o A investidura em cargo público ocorrerá com a posse.
Seção IV
Da Posse e do Exercício
Art. 8o São formas de provimento de cargo público:
I - nomeação;
II - promoção;
III - ascensão;(Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
IV - transferência; (Execução suspensa pela RSF nº 46, de
1997) (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
V - readaptação;
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Art. 13. A posse dar-se-á pela assinatura do respectivo termo,
no qual deverão constar as atribuições, os deveres, as responsabilidades e os direitos inerentes ao cargo ocupado, que não poderão
ser alterados unilateralmente, por qualquer das partes, ressalvados
os atos de ofício previstos em lei.
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LEGI SLAÇÃO DO SERVI ÇO/ SERVI DOR PÚBLI CO FEDERAL
§ 1o A posse ocorrerá no prazo de trinta dias contados da publicação do ato de provimento. (Redação dada pela Lei nº 9.527,
de 10.12.97)
§ 2o Em se tratando de servidor, que esteja na data de publicação do ato de provimento, em licença prevista nos incisos I, III e
V do art. 81, ou afastado nas hipóteses dos incisos I, IV, VI, VIII,
alíneas “a”, “b”, “d”, “e” e “f”, IX e X do art. 102, o prazo será
contado do término do impedimento. (Redação dada pela Lei nº
9.527, de 10.12.97)
§ 3o A posse poderá dar-se mediante procuração especíica.
§ 4o Só haverá posse nos casos de provimento de cargo por
nomeação. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
§ 5o No ato da posse, o servidor apresentará declaração de
bens e valores que constituem seu patrimônio e declaração quanto
ao exercício ou não de outro cargo, emprego ou função pública.
§ 6o Será tornado sem efeito o ato de provimento se a posse
não ocorrer no prazo previsto no § 1o deste artigo.
Art. 18. O servidor que deva ter exercício em outro município
em razão de ter sido removido, redistribuído, requisitado, cedido ou
posto em exercício provisório terá, no mínimo, dez e, no máximo,
trinta dias de prazo, contados da publicação do ato, para a retomada
do efetivo desempenho das atribuições do cargo, incluído nesse prazo o tempo necessário para o deslocamento para a nova sede. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
§ 1o Na hipótese de o servidor encontrar-se em licença ou afastado legalmente, o prazo a que se refere este artigo será contado a
partir do término do impedimento. (Parágrafo renumerado e alterado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
§ 2o É facultado ao servidor declinar dos prazos estabelecidos
no caput. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Art. 19. Os servidores cumprirão jornada de trabalho ixada em
razão das atribuições pertinentes aos respectivos cargos, respeitada
a duração máxima do trabalho semanal de quarenta horas e observados os limites mínimo e máximo de seis horas e oito horas diárias,
respectivamente. (Redação dada pela Lei nº 8.270, de 17.12.91)
§ 1° O ocupante de cargo em comissão ou função de coniança
é submetido ao regime de integral dedicação ao serviço, podendo ser
convocado sempre que houver interesse da Administração. (Incluído pela Lei nº 8.270, de 17.12.91)
§ 1o O ocupante de cargo em comissão ou função de coniança
submete-se a regime de integral dedicação ao serviço, observado
o disposto no art. 120, podendo ser convocado sempre que houver
interesse da Administração. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de
10.12.97)
§ 2o O disposto neste artigo não se aplica a duração de trabalho estabelecida em leis especiais. (Incluído pela Lei nº 8.270, de
17.12.91)
Art. 14. A posse em cargo público dependerá de prévia inspeção médica oicial.
Parágrafo único. Só poderá ser empossado aquele que for julgado apto física e mentalmente para o exercício do cargo.
Art. 15. Exercício é o efetivo desempenho das atribuições do
cargo público ou da função de coniança. (Redação dada pela Lei
nº 9.527, de 10.12.97)
§ 1o É de quinze dias o prazo para o servidor empossado em
cargo público entrar em exercício, contados da data da posse. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
§ 2o O servidor será exonerado do cargo ou será tornado sem
efeito o ato de sua designação para função de coniança, se não
entrar em exercício nos prazos previstos neste artigo, observado o
disposto no art. 18. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
§ 3o À autoridade competente do órgão ou entidade para onde
for nomeado ou designado o servidor compete dar-lhe exercício. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
§ 4o O início do exercício de função de coniança coincidirá
com a data de publicação do ato de designação, salvo quando o
servidor estiver em licença ou afastado por qualquer outro motivo
legal, hipótese em que recairá no primeiro dia útil após o término
do impedimento, que não poderá exceder a trinta dias da publicação. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Art. 20. Ao entrar em exercício, o servidor nomeado para cargo
de provimento efetivo icará sujeito a estágio probatório por período
de 24 (vinte e quatro) meses, durante o qual a sua aptidão e capacidade serão objeto de avaliação para o desempenho do cargo, observados os seguinte fatores: (Vide EMC nº 19)
I - assiduidade;
II - disciplina;
III - capacidade de iniciativa;
IV - produtividade;
V- responsabilidade.
§ 1o 4 (quatro) meses antes de indo o período do estágio
probatório, será submetida à homologação da autoridade competente
a avaliação do desempenho do servidor, realizada por comissão
constituída para essa inalidade, de acordo com o que dispuser a lei
ou o regulamento da respectiva carreira ou cargo, sem prejuízo da
continuidade de apuração dos fatores enumerados nos incisos I a V
do caput deste artigo. (Redação dada pela Lei nº 11.784, de 2008
§ 2o O servidor não aprovado no estágio probatório será exonerado ou, se estável, reconduzido ao cargo anteriormente ocupado,
observado o disposto no parágrafo único do art. 29.
§ 3o O servidor em estágio probatório poderá exercer quaisquer
cargos de provimento em comissão ou funções de direção, cheia
ou assessoramento no órgão ou entidade de lotação, e somente
poderá ser cedido a outro órgão ou entidade para ocupar cargos de
Natureza Especial, cargos de provimento em comissão do GrupoDireção e Assessoramento Superiores - DAS, de níveis 6, 5 e 4, ou
equivalentes. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Art. 16. O início, a suspensão, a interrupção e o reinício do
exercício serão registrados no assentamento individual do servidor.
Parágrafo único. Ao entrar em exercício, o servidor apresentará ao órgão competente os elementos necessários ao seu assentamento individual.
Art. 17. A promoção ou a ascensão não interrompem o tempo
de exercício, que é contado no novo posicionamento na carreira
a partir da data da publicação do ato que promover ou ascender o
servidor.
Art. 17. A promoção não interrompe o tempo de exercício,
que é contado no novo posicionamento na carreira a partir da data
de publicação do ato que promover o servidor. (Redação dada pela
Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Didatismo e Conhecimento
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LEGI SLAÇÃO DO SERVI ÇO/ SERVI DOR PÚBLI CO FEDERAL
§ 4o Ao servidor em estágio probatório somente poderão ser
concedidas as licenças e os afastamentos previstos nos arts. 81,
incisos I a IV, 94, 95 e 96, bem assim afastamento para participar
de curso de formação decorrente de aprovação em concurso para
outro cargo na Administração Pública Federal. (Incluído pela Lei
nº 9.527, de 10.12.97)
§ 5o O estágio probatório icará suspenso durante as licenças
e os afastamentos previstos nos arts. 83, 84, § 1o, 86 e 96, bem
assim na hipótese de participação em curso de formação, e será
retomado a partir do término do impedimento. (Incluído pela Lei
nº 9.527, de 10.12.97)
Seção VIII
Da Reversão
(Regulamento Dec. nº 3.644, de 30.11.2000)
Art. 25. Reversão é o retorno à atividade de servidor aposentado: (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.225-45, de
4.9.2001)
I - por invalidez, quando junta médica oicial declarar insubsistentes os motivos da aposentadoria; ou (Incluído pela Medida
Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)
II - no interesse da administração, desde que: (Incluído pela
Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)
a) tenha solicitado a reversão; (Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)
b) a aposentadoria tenha sido voluntária; (Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)
c) estável quando na atividade; (Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)
d) a aposentadoria tenha ocorrido nos cinco anos anteriores
à solicitação; (Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de
4.9.2001)
e) haja cargo vago. (Incluído pela Medida Provisória nº
2.225-45, de 4.9.2001)
§ 1o A reversão far-se-á no mesmo cargo ou no cargo resultante de sua transformação. (Incluído pela Medida Provisória nº
2.225-45, de 4.9.2001)
§ 2o O tempo em que o servidor estiver em exercício será
considerado para concessão da aposentadoria. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)
§ 3o No caso do inciso I, encontrando-se provido o cargo, o
servidor exercerá suas atribuições como excedente, até a ocorrência de vaga. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de
4.9.2001)
§ 4o O servidor que retornar à atividade por interesse da administração perceberá, em substituição aos proventos da aposentadoria, a remuneração do cargo que voltar a exercer, inclusive
com as vantagens de natureza pessoal que percebia anteriormente
à aposentadoria. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45,
de 4.9.2001)
§ 5o O servidor de que trata o inciso II somente terá os proventos calculados com base nas regras atuais se permanecer pelo
menos cinco anos no cargo. (Incluído pela Medida Provisória nº
2.225-45, de 4.9.2001)
§ 6o O Poder Executivo regulamentará o disposto neste artigo. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)
Seção V
Da Estabilidade
Art. 21. O servidor habilitado em concurso público e empossado em cargo de provimento efetivo adquirirá estabilidade
no serviço público ao completar 2 (dois) anos de efetivo exercício. (prazo 3 anos - vide EMC nº 19)
Art. 22. O servidor estável só perderá o cargo em virtude de
sentença judicial transitada em julgado ou de processo administrativo disciplinar no qual lhe seja assegurada ampla defesa.
Seção VI
Da Transferência
Art. 23. Transferência é a passagem do servidor estável de
cargo efetivo para outro de igual denominação, pertencente a
quadro de pessoal diverso, de órgão ou instituição do mesmo Poder. (Execução suspensa pela RSF nº 46, de 1997)
§ 1° A transferência ocorrerá de ofício ou a pedido do servidor,
atendido o interesse do serviço, mediante o preenchimento de
vaga.(Execução suspensa pela RSF nº 46, de 1997)
§ 2° Será admitida a transferência de servidor ocupante de
cargo de quadro em extinção para igual situação em quadro de
outro órgão ou entidade.(Execução suspensa pela RSF nº 46, de
1997) (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Seção VII
Da Readaptação
Art. 24. Readaptação é a investidura do servidor em cargo de
atribuições e responsabilidades compatíveis com a limitação que
tenha sofrido em sua capacidade física ou mental veriicada em
inspeção médica.
§ 1o Se julgado incapaz para o serviço público, o readaptando
será aposentado.
§ 2o A readaptação será efetivada em cargo de atribuições
ains, respeitada a habilitação exigida, nível de escolaridade e
equivalência de vencimentos e, na hipótese de inexistência de
cargo vago, o servidor exercerá suas atribuições como excedente, até a ocorrência de vaga.(Redação dada pela Lei nº 9.527, de
10.12.97)
Didatismo e Conhecimento
Art. 26. A reversão far-se-á no mesmo cargo ou no cargo
resultante de sua transformação.
Parágrafo único. Encontrando-se provido o cargo, o servidor exercerá suas atribuições como excedente, até a ocorrência de vaga. (Revogado pela Medida Provisória nº 2.225-45, de
4.9.2001)
Art. 27. Não poderá reverter o aposentado que já tiver completado 70 (setenta) anos de idade.
28
LEGI SLAÇÃO DO SERVI ÇO/ SERVI DOR PÚBLI CO FEDERAL
Art. 34. A exoneração de cargo efetivo dar-se-á a pedido do
servidor, ou de ofício.
Parágrafo único. A exoneração de ofício dar-se-á:
I - quando não satisfeitas as condições do estágio probatório;
II - quando, tendo tomado posse, o servidor não entrar em
exercício no prazo estabelecido.
Seção IX
Da Reintegração
Art. 28. A reintegração é a reinvestidura do servidor estável no cargo anteriormente ocupado, ou no cargo resultante de sua
transformação, quando invalidada a sua demissão por decisão administrativa ou judicial, com ressarcimento de todas as vantagens.
§ 1o Na hipótese de o cargo ter sido extinto, o servidor icará
em disponibilidade, observado o disposto nos arts. 30 e 31.
§ 2o Encontrando-se provido o cargo, o seu eventual ocupante
será reconduzido ao cargo de origem, sem direito à indenização ou
aproveitado em outro cargo, ou, ainda, posto em disponibilidade.
Art. 35. A exoneração de cargo em comissão e a dispensa de
função de coniança dar-se-á: (Redação dada pela Lei nº 9.527,
de 10.12.97)
I - a juízo da autoridade competente;
II - a pedido do próprio servidor.
Parágrafo único. O afastamento do servidor de função de direção, cheia e assessoramento dar-se-á:
I - a pedido;
II - mediante dispensa, nos casos de:
a) promoção;
b) cumprimento de prazo exigido para rotatividade na função;
c) por falta de exação no exercício de suas atribuições, segundo o resultado do processo de avaliação, conforme estabelecido
em lei e regulamento;
d) afastamento de que trata o art. 94. (Revogado pela Lei nº
9.527, de 10.12.97)
Seção X
Da Recondução
Art. 29. Recondução é o retorno do servidor estável ao cargo
anteriormente ocupado e decorrerá de:
I - inabilitação em estágio probatório relativo a outro cargo;
II - reintegração do anterior ocupante.
Parágrafo único. Encontrando-se provido o cargo de origem,
o servidor será aproveitado em outro, observado o disposto no art.
30.
Seção XI
Da Disponibilidade e do Aproveitamento
Capítulo III
Da Remoção e da Redistribuição
Seção I
Da Remoção
Art. 30. O retorno à atividade de servidor em disponibilidade
far-se-á mediante aproveitamento obrigatório em cargo de atribuições e vencimentos compatíveis com o anteriormente ocupado.
Art. 36. Remoção é o deslocamento do servidor, a pedido
ou de ofício, no âmbito do mesmo quadro, com ou sem mudança
de sede.
Parágrafo único. Para ins do disposto neste artigo, entende-se por modalidades de remoção: (Redação dada pela Lei nº
9.527, de 10.12.97)
I - de ofício, no interesse da Administração; (Incluído pela
Lei nº 9.527, de 10.12.97)
II - a pedido, a critério da Administração; (Incluído pela Lei
nº 9.527, de 10.12.97)
III - a pedido, para outra localidade, independentemente
do interesse da Administração: (Incluído pela Lei nº 9.527, de
10.12.97)
a) para acompanhar cônjuge ou companheiro, também servidor público civil ou militar, de qualquer dos Poderes da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, que foi deslocado no interesse da Administração; (Incluído pela Lei nº 9.527,
de 10.12.97)
b) por motivo de saúde do servidor, cônjuge, companheiro
ou dependente que viva às suas expensas e conste do seu assentamento funcional, condicionada à comprovação por junta médica
oicial; (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
c) em virtude de processo seletivo promovido, na hipótese em
que o número de interessados for superior ao número de vagas,
de acordo com normas preestabelecidas pelo órgão ou entidade
em que aqueles estejam lotados.(Incluído pela Lei nº 9.527, de
10.12.97)
Art. 31. O órgão Central do Sistema de Pessoal Civil determinará o imediato aproveitamento de servidor em disponibilidade em
vaga que vier a ocorrer nos órgãos ou entidades da Administração
Pública Federal.
Parágrafo único. Na hipótese prevista no § 3o do art. 37,
o servidor posto em disponibilidade poderá ser mantido sob
responsabilidade do órgão central do Sistema de Pessoal Civil da
Administração Federal - SIPEC, até o seu adequado aproveitamento
em outro órgão ou entidade. (Parágrafo incluído pela Lei nº 9.527,
de 10.12.97)
Art. 32. Será tornado sem efeito o aproveitamento e cassada
a disponibilidade se o servidor não entrar em exercício no prazo
legal, salvo doença comprovada por junta médica oicial.
Capítulo II
Da Vacância
Art. 33. A vacância do cargo público decorrerá de:
I - exoneração;
II - demissão;
III - promoção;
IV - ascensão; (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
V - transferência (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
VI - readaptação;
VII - aposentadoria;
VIII - posse em outro cargo inacumulável;
IX - falecimento.
Didatismo e Conhecimento
29
LEGI SLAÇÃO DO SERVI ÇO/ SERVI DOR PÚBLI CO FEDERAL
§ 2o O substituto fará jus à retribuição pelo exercício do cargo
ou função de direção ou cheia ou de cargo de Natureza Especial,
nos casos dos afastamentos ou impedimentos legais do titular, superiores a trinta dias consecutivos, paga na proporção dos dias de
efetiva substituição, que excederem o referido período.(Redação
dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Seção II
Da Redistribuição
Art. 37. Redistribuição é o deslocamento de cargo de provimento efetivo, ocupado ou vago no âmbito do quadro geral de
pessoal, para outro órgão ou entidade do mesmo Poder, com prévia
apreciação do órgão central do SIPEC, observados os seguintes
preceitos: (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
I - interesse da administração; (Incluído pela Lei nº 9.527, de
10.12.97)
II - equivalência de vencimentos; (Incluído pela Lei nº 9.527,
de 10.12.97)
III - manutenção da essência das atribuições do cargo; (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
IV - vinculação entre os graus de responsabilidade e complexidade das atividades; (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
V - mesmo nível de escolaridade, especialidade ou habilitação
proissional; (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
VI - compatibilidade entre as atribuições do cargo e as inalidades institucionais do órgão ou entidade. (Incluído pela Lei nº
9.527, de 10.12.97)
§ 1o A redistribuição ocorrerá ex oficio para ajustamento
de lotação e da força de trabalho às necessidades dos serviços,
inclusive nos casos de reorganização, extinção ou criação de órgão
ou entidade. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
§ 2o A redistribuição de cargos efetivos vagos se dará mediante ato conjunto entre o órgão central do SIPEC e os órgãos e
entidades da Administração Pública Federal envolvidos. (Incluído
pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
§ 3o Nos casos de reorganização ou extinção de órgão ou entidade, extinto o cargo ou declarada sua desnecessidade no órgão
ou entidade, o servidor estável que não for redistribuído será colocado em disponibilidade, até seu aproveitamento na forma dos
arts. 30 e 31. (Parágrafo renumerado e alterado pela Lei nº 9.527,
de 10.12.97)
§ 4o O servidor que não for redistribuído ou colocado em
disponibilidade poderá ser mantido sob responsabilidade do órgão
central do SIPEC, e ter exercício provisório, em outro órgão ou
entidade, até seu adequado aproveitamento. (Incluído pela Lei nº
9.527, de 10.12.97)
Art. 39. O disposto no artigo anterior aplica-se aos titulares
de unidades administrativas organizadas em nível de assessoria.
Título III
Dos Direitos e Vantagens
Capítulo I
Do Vencimento e da Remuneração
Art. 40. Vencimento é a retribuição pecuniária pelo exercício
de cargo público, com valor ixado em lei.
Parágrafo único. Nenhum servidor receberá, a título de
vencimento, importância inferior ao salário-mínimo. (Revogado
pela Medida Provisória nº 431, de 2008). (Revogado pela Lei nº
11.784, de 2008)
Art. 41. Remuneração é o vencimento do cargo efetivo,
acrescido das vantagens pecuniárias permanentes estabelecidas
em lei.
§ 1o A remuneração do servidor investido em função ou cargo em comissão será paga na forma prevista no art. 62.
§ 2o O servidor investido em cargo em comissão de órgão
ou entidade diversa da de sua lotação receberá a remuneração de
acordo com o estabelecido no § 1o do art. 93.
§ 3o O vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens
de caráter permanente, é irredutível.
§ 4o É assegurada a isonomia de vencimentos para cargos
de atribuições iguais ou assemelhadas do mesmo Poder, ou entre
servidores dos três Poderes, ressalvadas as vantagens de caráter
individual e as relativas à natureza ou ao local de trabalho.
§ 5o Nenhum servidor receberá remuneração inferior ao salário mínimo. (Incluído pela Lei nº 11.784, de 2008
Art. 42. Nenhum servidor poderá perceber, mensalmente, a
título de remuneração, importância superior à soma dos valores
percebidos como remuneração, em espécie, a qualquer título, no
âmbito dos respectivos Poderes, pelos Ministros de Estado, por
membros do Congresso Nacional e Ministros do Supremo Tribunal Federal.
Parágrafo único. Excluem-se do teto de remuneração as vantagens previstas nos incisos II a VII do art. 61.
Capítulo IV
Da Substituição
Art. 38. Os servidores investidos em cargo ou função de direção ou cheia e os ocupantes de cargo de Natureza Especial terão
substitutos indicados no regimento interno ou, no caso de omissão,
previamente designados pelo dirigente máximo do órgão ou entidade. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
§ 1o O substituto assumirá automática e cumulativamente,
sem prejuízo do cargo que ocupa, o exercício do cargo ou função
de direção ou cheia e os de Natureza Especial, nos afastamentos,
impedimentos legais ou regulamentares do titular e na vacância do
cargo, hipóteses em que deverá optar pela remuneração de um deles durante o respectivo período. (Redação dada pela Lei nº 9.527,
de 10.12.97)
Didatismo e Conhecimento
Art. 43. A menor remuneração atribuída aos cargos de carreira não será inferior a 1/40 (um quarenta avos) do teto de remuneração ixado no artigo anterior. (Revogado pela Lei nº 9.624, de
2.4.98) (Vide Lei nº 9.624, de 2.4.98)
Art. 44. O servidor perderá:
I - a remuneração do dia em que faltar ao serviço, sem motivo
justiicado; (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
II - a parcela de remuneração diária, proporcional aos atrasos, ausências justiicadas, ressalvadas as concessões de que trata
o art. 97, e saídas antecipadas, salvo na hipótese de compensação
30
LEGI SLAÇÃO DO SERVI ÇO/ SERVI DOR PÚBLI CO FEDERAL
de horário, até o mês subseqüente ao da ocorrência, a ser estabelecida pela cheia imediata. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de
10.12.97)
Parágrafo único. As faltas justiicadas decorrentes de caso
fortuito ou de força maior poderão ser compensadas a critério da
cheia imediata, sendo assim consideradas como efetivo exercício. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
§ 1o As indenizações não se incorporam ao vencimento ou
provento para qualquer efeito.
§ 2o As gratiicações e os adicionais incorporam-se ao vencimento ou provento, nos casos e condições indicados em lei.
Art. 50. As vantagens pecuniárias não serão computadas, nem
acumuladas, para efeito de concessão de quaisquer outros acréscimos pecuniários ulteriores, sob o mesmo título ou idêntico fundamento.
Art. 45. Salvo por imposição legal, ou mandado judicial,
nenhum desconto incidirá sobre a remuneração ou provento. (Vide Decreto nº 1.502, de 1995) (Vide Decreto nº 1.903,
(Vide Decreto nº 2.065, de 1996)
(Regulamende 1996)
to) (Regulamento)
Parágrafo único. Mediante autorização do servidor, poderá
haver consignação em folha de pagamento a favor de terceiros,
a critério da administração e com reposição de custos, na forma
deinida em regulamento.
Seção I
Das Indenizações
Art. 51. Constituem indenizações ao servidor:
I - ajuda de custo;
II - diárias;
III - transporte.
IV - (Vide Medida Provisória nº 301 de 2006)
IV - auxílio-moradia.(Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006)
Art. 46. As reposições e indenizações ao erário, atualizadas
até 30 de junho de 1994, serão previamente comunicadas ao servidor ativo, aposentado ou ao pensionista, para pagamento, no prazo
máximo de trinta dias, podendo ser parceladas, a pedido do interessado. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.225-45, de
4.9.2001)
§ 1o O valor de cada parcela não poderá ser inferior ao correspondente a dez por cento da remuneração, provento ou pensão. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.225-45, de
4.9.2001)
§ 2o Quando o pagamento indevido houver ocorrido no mês
anterior ao do processamento da folha, a reposição será feita imediatamente, em uma única parcela. (Redação dada pela Medida
Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)
§ 3o Na hipótese de valores recebidos em decorrência de cumprimento a decisão liminar, a tutela antecipada ou a sentença que
venha a ser revogada ou rescindida, serão eles atualizados até a
data da reposição. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.22545, de 4.9.2001)
Art. 52. Os valores das indenizações estabelecidas nos incisos
I a III do art. 51, assim como as condições para a sua concessão,
serão estabelecidos em regulamento. (Redação dada pela Lei nº
11.355, de 2006)
Subseção I
Da Ajuda de Custo
Art. 53. A ajuda de custo destina-se a compensar as despesas
de instalação do servidor que, no interesse do serviço, passar a
ter exercício em nova sede, com mudança de domicílio em caráter permanente, vedado o duplo pagamento de indenização, a
qualquer tempo, no caso de o cônjuge ou companheiro que detenha também a condição de servidor, vier a ter exercício na mesma
sede. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
§ 1o Correm por conta da administração as despesas de transporte do servidor e de sua família, compreendendo passagem, bagagem e bens pessoais.
§ 2o À família do servidor que falecer na nova sede são assegurados ajuda de custo e transporte para a localidade de origem,
dentro do prazo de 1 (um) ano, contado do óbito.
§ 3o Não será concedida ajuda de custo nas hipóteses de
remoção previstas nos incisos II e III do parágrafo único do art.
36. (Incluído pela Lei nº 12.998, de 2014)
Art. 47. O servidor em débito com o erário, que for demitido,
exonerado ou que tiver sua aposentadoria ou disponibilidade cassada, terá o prazo de sessenta dias para quitar o débito. (Redação
dada pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)
Parágrafo único. A não quitação do débito no prazo previsto
implicará sua inscrição em dívida ativa. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)
Art. 54. A ajuda de custo é calculada sobre a remuneração
do servidor, conforme se dispuser em regulamento, não podendo
exceder a importância correspondente a 3 (três) meses.
Art. 48. O vencimento, a remuneração e o provento não serão
objeto de arresto, seqüestro ou penhora, exceto nos casos de prestação de alimentos resultante de decisão judicial.
Art. 55. Não será concedida ajuda de custo ao servidor que se
afastar do cargo, ou reassumi-lo, em virtude de mandato eletivo.
Capítulo II
Das Vantagens
Art. 56. Será concedida ajuda de custo àquele que, não sendo servidor da União, for nomeado para cargo em comissão, com
mudança de domicílio.
Parágrafo único. No afastamento previsto no inciso I do art.
93, a ajuda de custo será paga pelo órgão cessionário, quando cabível.
Art. 49. Além do vencimento, poderão ser pagas ao servidor
as seguintes vantagens:
I - indenizações;
II - gratiicações;
III - adicionais.
Didatismo e Conhecimento
31
LEGI SLAÇÃO DO SERVI ÇO/ SERVI DOR PÚBLI CO FEDERAL
Art. 57. O servidor icará obrigado a restituir a ajuda de custo quando, injustiicadamente, não se apresentar na nova sede no
prazo de 30 (trinta) dias.
Art. 60-B. Conceder-se-á auxílio-moradia ao servidor se atendidos os seguintes requisitos: (Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006)
I - não exista imóvel funcional disponível para uso pelo servidor; (Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006)
II - o cônjuge ou companheiro do servidor não ocupe imóvel
funcional; (Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006)
III - o servidor ou seu cônjuge ou companheiro não seja ou
tenha sido proprietário, promitente comprador, cessionário ou promitente cessionário de imóvel no Município aonde for exercer o
cargo, incluída a hipótese de lote ediicado sem averbação de construção, nos doze meses que antecederem a sua nomeação;(Incluído
pela Lei nº 11.355, de 2006)
IV - nenhuma outra pessoa que resida com o servidor receba
auxílio-moradia; (Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006)
V - o servidor tenha se mudado do local de residência para ocupar cargo em comissão ou função de coniança do Grupo-Direção
e Assessoramento Superiores - DAS, níveis 4, 5 e 6, de Natureza
Especial, de Ministro de Estado ou equivalentes; (Incluído pela Lei
nº 11.355, de 2006)
VI - o Município no qual assuma o cargo em comissão ou função de coniança não se enquadre nas hipóteses do art. 58, § 3o, em
relação ao local de residência ou domicílio do servidor; (Incluído
pela Lei nº 11.355, de 2006)
VII - o servidor não tenha sido domiciliado ou tenha residido
no Município, nos últimos doze meses, aonde for exercer o cargo
em comissão ou função de coniança, desconsiderando-se prazo inferior a sessenta dias dentro desse período; e (Incluído pela Lei nº
11.355, de 2006)
VIII - o deslocamento não tenha sido por força de alteração
de lotação ou nomeação para cargo efetivo. (Incluído pela Lei nº
11.355, de 2006)
IX - o deslocamento tenha ocorrido após 30 de junho de
2006. (Incluído pela Lei nº 11.490, de 2007)
Parágrafo único. Para ins do inciso VII, não será considerado
o prazo no qual o servidor estava ocupando outro cargo em comissão relacionado no inciso V. (Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006)
Subseção II
Das Diárias
Art. 58. O servidor que, a serviço, afastar-se da sede em caráter eventual ou transitório para outro ponto do território nacional ou para o exterior, fará jus a passagens e diárias destinadas
a indenizar as parcelas de despesas extraordinária com pousada,
alimentação e locomoção urbana, conforme dispuser em regulamento. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
§ 1o A diária será concedida por dia de afastamento, sendo
devida pela metade quando o deslocamento não exigir pernoite
fora da sede, ou quando a União custear, por meio diverso, as despesas extraordinárias cobertas por diárias.(Redação dada pela Lei
nº 9.527, de 10.12.97)
§ 2o Nos casos em que o deslocamento da sede constituir
exigência permanente do cargo, o servidor não fará jus a diárias.
§ 3o Também não fará jus a diárias o servidor que se
deslocar dentro da mesma região metropolitana, aglomeração
urbana ou microrregião, constituídas por municípios limítrofes
e regularmente instituídas, ou em áreas de controle integrado
mantidas com países limítrofes, cuja jurisdição e competência dos
órgãos, entidades e servidores brasileiros considera-se estendida,
salvo se houver pernoite fora da sede, hipóteses em que as diárias
pagas serão sempre as ixadas para os afastamentos dentro do
território nacional. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Art. 59. O servidor que receber diárias e não se afastar da
sede, por qualquer motivo, ica obrigado a restituí-las integralmente, no prazo de 5 (cinco) dias.
Parágrafo único. Na hipótese de o servidor retornar à sede em
prazo menor do que o previsto para o seu afastamento, restituirá as
diárias recebidas em excesso, no prazo previsto no caput.
Art. 60-C. O auxílio-moradia não será concedido por prazo
superior a cinco anos dentro de cada período de oito anos, ainda
que o servidor mude de cargo ou de Município de exercício do cargo. (Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006)
Parágrafo único. Transcorrido o prazo de cinco anos de concessão, o pagamento somente será retomado se observados, além
do disposto no caput, os requisitos do caput do art. 60-B, não se
aplicando, no caso, o parágrafo único do citado art. 60-B. (Incluído
pela Lei nº 11.355, de 2006)
Subseção III
Da Indenização de Transporte
Art. 60. Conceder-se-á indenização de transporte ao servidor
que realizar despesas com a utilização de meio próprio de locomoção para a execução de serviços externos, por força das atribuições
próprias do cargo, conforme se dispuser em regulamento.
Subseção IV
Do Auxílio-Moradia
(Vide Medida Provisória nº 301 de 2006)
Art. 60-C. - Revogado
Art. 60-D. O valor mensal do auxílio-moradia é limitado a
25% (vinte e cinco por cento) do valor do cargo em comissão, função comissionada ou cargo de Ministro de Estado ocupado. (Incluído pela Lei nº 11.784, de 2008
§ 1o O valor do auxílio-moradia não poderá superar 25% (vinte e cinco por cento) da remuneração de Ministro de Estado. (Incluído pela Lei nº 11.784, de 2008
§ 2o Independentemente do valor do cargo em comissão ou
função comissionada, ica garantido a todos os que preencherem os
requisitos o ressarcimento até o valor de R$ 1.800,00 (mil e oitocentos reais). (Incluído pela Lei nº 11.784, de 2008
Subseção IV
Do Auxílio-Moradia
(Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006)
Art. 60-A. O auxílio-moradia consiste no ressarcimento das
despesas comprovadamente realizadas pelo servidor com aluguel
de moradia ou com meio de hospedagem administrado por empresa hoteleira, no prazo de um mês após a comprovação da despesa
pelo servidor. (Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006)
Didatismo e Conhecimento
32
LEGI SLAÇÃO DO SERVI ÇO/ SERVI DOR PÚBLI CO FEDERAL
Art. 60-E. No caso de falecimento, exoneração, colocação de
imóvel funcional à disposição do servidor ou aquisição de imóvel,
o auxílio-moradia continuará sendo pago por um mês. (Incluído
pela Lei nº 11.355, de 2006)
Art. 64. A gratiicação será paga até o dia 20 (vinte) do mês
de dezembro de cada ano.
Parágrafo único. (VETADO).
Art. 65. O servidor exonerado perceberá sua gratiicação natalina,
proporcionalmente aos meses de exercício, calculada sobre a remuneração do mês da exoneração.
Seção II
Das Gratiicações e Adicionais
Art. 66. A gratiicação natalina não será considerada para cálculo
de qualquer vantagem pecuniária.
Art. 61. Além do vencimento e das vantagens previstas nesta Lei, serão deferidos aos servidores as seguintes retribuições,
gratiicações e adicionais: (Redação dada pela Lei nº 9.527, de
10.12.97)
I - retribuição pelo exercício de função de direção, cheia e
assessoramento; (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
II - gratiicação natalina;
III - adicional por tempo de serviço; (Revogado pela Medida
Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)
IV - adicional pelo exercício de atividades insalubres, perigosas ou penosas;
V - adicional pela prestação de serviço extraordinário;
VI - adicional noturno;
VII - adicional de férias;
VIII - outros, relativos ao local ou à natureza do trabalho.
IX - gratiicação por encargo de curso ou concurso. (Incluído
pela Lei nº 11.314 de 2006)
Subseção III
Do Adicional por Tempo de Serviço
Art. 67. (Revogado pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 2001,
respeitadas as situações constituídas até 8.3.1999)
Subseção IV
Dos Adicionais de Insalubridade, Periculosidade ou Atividades
Penosas
Art. 68. Os servidores que trabalhem com habitualidade em locais
insalubres ou em contato permanente com substâncias tóxicas, radioativas ou com risco de vida, fazem jus a um adicional sobre o vencimento do cargo efetivo.
Art. 68. Os servidores que trabalhem com habitualidade em locais insalubres, perigosos ou em contato permanente com substâncias
tóxicas, radioativas, ou com risco de vida, fazem jus a um adicional,
conforme os valores abaixo: (Redação dada pela Medida Provisória nº
568, de 2012)
I - grau de exposição mínimo de insalubridade: R$ 100,00; (Incluído pela Medida Provisória nº 568, de 2012)
II - grau de exposição médio de insalubridade: R$ 180,00; (Incluído pela Medida Provisória nº 568, de 2012)
III - grau de exposição máximo de insalubridade: R$ 260,00;
e (Incluído pela Medida Provisória nº 568, de 2012)
IV - periculosidade: R$ 180,00. (Incluído pela Medida Provisória
nº 568, de 2012)
§ 1o O servidor que izer jus aos adicionais de insalubridade e de
periculosidade deverá optar por um deles.
§ 2o O direito ao adicional de insalubridade ou periculosidade
cessa com a eliminação das condições ou dos riscos que deram causa
a sua concessão.
Subseção I
Da Retribuição pelo Exercício de Função de Direção, Cheia e Assessoramento
(Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Art. 62. Ao servidor ocupante de cargo efetivo investido em
função de direção, cheia ou assessoramento, cargo de provimento
em comissão ou de Natureza Especial é devida retribuição pelo seu
exercício.(Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Parágrafo único. Lei especíica estabelecerá a remuneração
dos cargos em comissão de que trata o inciso II do art. 9o. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Art. 62-A. Fica transformada em Vantagem Pessoal Nominalmente Identiicada - VPNI a incorporação da retribuição pelo
exercício de função de direção, cheia ou assessoramento, cargo de
provimento em comissão ou de Natureza Especial a que se referem
os arts. 3º e 10 da Lei no 8.911, de 11 de julho de 1994, e oart. 3o da
Lei no 9.624, de 2 de abril de 1998. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)
Parágrafo único. A VPNI de que trata o caput deste artigo
somente estará sujeita às revisões gerais de remuneração dos
servidores públicos federais. (Incluído pela Medida Provisória nº
2.225-45, de 4.9.2001)
Art. 69. Haverá permanente controle da atividade de servidores
em operações ou locais considerados penosos, insalubres ou perigosos.
Parágrafo único. A servidora gestante ou lactante será afastada,
enquanto durar a gestação e a lactação, das operações e locais previstos
neste artigo, exercendo suas atividades em local salubre e em serviço
não penoso e não perigoso.
Art. 70. Na concessão dos adicionais de atividades penosas, de
insalubridade e de periculosidade, serão observadas as situações estabelecidas em legislação especíica.
Subseção II
Da Gratiicação Natalina
Art. 63. A gratiicação natalina corresponde a 1/12 (um doze
avos) da remuneração a que o servidor izer jus no mês de dezembro, por mês de exercício no respectivo ano.
Parágrafo único. A fração igual ou superior a 15 (quinze) dias
será considerada como mês integral.
Didatismo e Conhecimento
Art. 71. O adicional de atividade penosa será devido aos servidores em exercício em zonas de fronteira ou em localidades cujas condições de vida o justiiquem, nos termos, condições e limites ixados
em regulamento.
33
LEGI SLAÇÃO DO SERVI ÇO/ SERVI DOR PÚBLI CO FEDERAL
Art. 72. Os locais de trabalho e os servidores que operam com
Raios X ou substâncias radioativas serão mantidos sob controle
permanente, de modo que as doses de radiação ionizante não ultrapassem o nível máximo previsto na legislação própria.
Parágrafo único. Os servidores a que se refere este artigo
serão submetidos a exames médicos a cada 6 (seis) meses.
III - participar da logística de preparação e de realização de
concurso público envolvendo atividades de planejamento, coordenação, supervisão, execução e avaliação de resultado, quando
tais atividades não estiverem incluídas entre as suas atribuições
permanentes; (Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006)
IV - participar da aplicação, iscalizar ou avaliar provas de
exame vestibular ou de concurso público ou supervisionar essas
atividades. (Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006)
§ 1o Os critérios de concessão e os limites da gratiicação de
que trata este artigo serão ixados em regulamento, observados os
seguintes parâmetros: (Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006)
I - o valor da gratiicação será calculado em horas, observadas
a natureza e a complexidade da atividade exercida; (Incluído pela
Lei nº 11.314 de 2006)
II - a retribuição não poderá ser superior ao equivalente a 120
(cento e vinte) horas de trabalho anuais, ressalvada situação de
excepcionalidade, devidamente justiicada e previamente aprovada pela autoridade máxima do órgão ou entidade, que poderá
autorizar o acréscimo de até 120 (cento e vinte) horas de trabalho
anuais; (Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006)
III - o valor máximo da hora trabalhada corresponderá aos
seguintes percentuais, incidentes sobre o maior vencimento básico
da administração pública federal: (Incluído pela Lei nº 11.314 de
2006)
a) 2,2% (dois inteiros e dois décimos por cento), em se tratando de atividades previstas nos incisos I e II do caput deste artigo; (Redação dada pela Lei nº 11.501, de 2007)
b) 1,2% (um inteiro e dois décimos por cento), em se tratando de atividade prevista nos incisos III e IV do caput deste artigo. (Redação dada pela Lei nº 11.501, de 2007)
§ 2o A Gratiicação por Encargo de Curso ou Concurso somente será paga se as atividades referidas nos incisos do caput deste artigo forem exercidas sem prejuízo das atribuições do
cargo de que o servidor for titular, devendo ser objeto de compensação de carga horária quando desempenhadas durante a jornada
de trabalho, na forma do § 4o do art. 98 desta Lei. (Incluído pela
Lei nº 11.314 de 2006)
§ 3o A Gratiicação por Encargo de Curso ou Concurso não se
incorpora ao vencimento ou salário do servidor para qualquer efeito e não poderá ser utilizada como base de cálculo para quaisquer
outras vantagens, inclusive para ins de cálculo dos proventos da
aposentadoria e das pensões. (Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006)
Subseção V
Do Adicional por Serviço Extraordinário
Art. 73. O serviço extraordinário será remunerado com
acréscimo de 50% (cinqüenta por cento) em relação à hora normal de trabalho.
Art. 74. Somente será permitido serviço extraordinário para
atender a situações excepcionais e temporárias, respeitado o limite máximo de 2 (duas) horas por jornada.
Subseção VI
Do Adicional Noturno
Art. 75. O serviço noturno, prestado em horário compreendido entre 22 (vinte e duas) horas de um dia e 5 (cinco) horas do
dia seguinte, terá o valor-hora acrescido de 25% (vinte e cinco
por cento), computando-se cada hora como cinqüenta e dois minutos e trinta segundos.
Parágrafo único. Em se tratando de serviço extraordinário,
o acréscimo de que trata este artigo incidirá sobre a remuneração
prevista no art. 73.
Subseção VII
Do Adicional de Férias
Art. 76. Independentemente de solicitação, será pago ao servidor, por ocasião das férias, um adicional correspondente a 1/3
(um terço) da remuneração do período das férias.
Parágrafo único. No caso de o servidor exercer função de
direção, cheia ou assessoramento, ou ocupar cargo em comissão,
a respectiva vantagem será considerada no cálculo do adicional
de que trata este artigo.
Subseção VIII
Da Gratiicação por Encargo de Curso ou Concurso
(Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006)
Capítulo III
Das Férias
Art. 76-A. A Gratiicação por Encargo de Curso ou Concurso é devida ao servidor que, em caráter eventual: (Incluído pela
Lei nº 11.314 de 2006) (Regulamento)
I - atuar como instrutor em curso de formação, de desenvolvimento ou de treinamento regularmente instituído no âmbito da
administração pública federal; (Incluído pela Lei nº 11.314 de
2006)
II - participar de banca examinadora ou de comissão para
exames orais, para análise curricular, para correção de provas
discursivas, para elaboração de questões de provas ou para julgamento de recursos intentados por candidatos; (Incluído pela Lei
nº 11.314 de 2006)
Didatismo e Conhecimento
Art. 77. O servidor fará jus a trinta dias de férias, que podem
ser acumuladas, até o máximo de dois períodos, no caso de necessidade do serviço, ressalvadas as hipóteses em que haja legislação
especíica. (Redação dada pela Lei nº 9.525, de 10.12.97) (Férias
de Ministro - Vide)
§ 1o Para o primeiro período aquisitivo de férias serão exigidos 12 (doze) meses de exercício.
§ 2o É vedado levar à conta de férias qualquer falta ao serviço.
§ 3o As férias poderão ser parceladas em até três etapas, desde
que assim requeridas pelo servidor, e no interesse da administração
pública. (Incluído pela Lei nº 9.525, de 10.12.97)
34
LEGI SLAÇÃO DO SERVI ÇO/ SERVI DOR PÚBLI CO FEDERAL
Art. 78. O pagamento da remuneração das férias será efetuado
até 2 (dois) dias antes do início do respectivo período, observando-se o disposto no § 1o deste artigo. (Férias de Ministro - Vide)
§ 1° É facultado ao servidor converter 1/3 (um terço) das
férias em abono pecuniário, desde que o requeira com pelo menos
60 (sessenta) dias de antecedência.
§ 2° No cálculo do abono pecuniário será considerado o valor
do adicional de férias. (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
§ 3o O servidor exonerado do cargo efetivo, ou em comissão,
perceberá indenização relativa ao período das férias a que tiver
direito e ao incompleto, na proporção de um doze avos por mês de
efetivo exercício, ou fração superior a quatorze dias. (Incluído pela
Lei nº 8.216, de 13.8.91)
§ 4o A indenização será calculada com base na remuneração
do mês em que for publicado o ato exoneratório. (Incluído pela Lei
nº 8.216, de 13.8.91)
§ 5o Em caso de parcelamento, o servidor receberá o valor adicional previsto no inciso XVII do art. 7o da Constituição
Federal quando da utilização do primeiro período. (Incluído pela
Lei nº 9.525, de 10.12.97)
Art. 82. A licença concedida dentro de 60 (sessenta) dias do
término de outra da mesma espécie será considerada como prorrogação.
Seção II
Da Licença por Motivo de Doença em Pessoa da Família
Art. 83. Poderá ser concedida licença ao servidor por motivo de
doença do cônjuge ou companheiro, dos pais, dos ilhos, do padrasto
ou madrasta e enteado, ou dependente que viva a suas expensas e
conste do seu assentamento funcional, mediante comprovação por
perícia médica oicial. (Redação dada pela Lei nº 11.907, de 2009)
§ 1o A licença somente será deferida se a assistência direta do
servidor for indispensável e não puder ser prestada simultaneamente
com o exercício do cargo ou mediante compensação de horário, na
forma do disposto no inciso II do art. 44. (Redação dada pela Lei nº
9.527, de 10.12.97)
§ 2o A licença de que trata o caput, incluídas as prorrogações,
poderá ser concedida a cada período de doze meses nas seguintes
condições: (Redação dada pela Lei nº 12.269, de 2010)
I - por até 60 (sessenta) dias, consecutivos ou não, mantida a
remuneração do servidor; e (Incluído pela Lei nº 12.269, de 2010)
II - por até 90 (noventa) dias, consecutivos ou não, sem remuneração. (Incluído pela Lei nº 12.269, de 2010)
§ 3o O início do interstício de 12 (doze) meses será contado a
partir da data do deferimento da primeira licença concedida. (Incluído pela Lei nº 12.269, de 2010)
§ 4o A soma das licenças remuneradas e das licenças não remuneradas, incluídas as respectivas prorrogações, concedidas em um
mesmo período de 12 (doze) meses, observado o disposto no § 3o,
não poderá ultrapassar os limites estabelecidos nos incisos I e II do
§ 2o. (Incluído pela Lei nº 12.269, de 2010)
Art. 79. O servidor que opera direta e permanentemente com
Raios X ou substâncias radioativas gozará 20 (vinte) dias consecutivos de férias, por semestre de atividade proissional, proibida em
qualquer hipótese a acumulação.
Parágrafo único. O servidor referido neste artigo não fará jus
ao abono pecuniário de que trata o artigo anterior. (Revogado pela
Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Art. 80. As férias somente poderão ser interrompidas por
motivo de calamidade pública, comoção interna, convocação para
júri, serviço militar ou eleitoral, ou por necessidade do serviço declarada pela autoridade máxima do órgão ou entidade.(Redação
dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) (Férias de Ministro - Vide)
Parágrafo único. O restante do período interrompido será gozado de uma só vez, observado o disposto no art. 77. (Incluído pela
Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Seção III
Da Licença por Motivo de Afastamento do Cônjuge
Art. 84. Poderá ser concedida licença ao servidor para acompanhar cônjuge ou companheiro que foi deslocado para outro ponto
do território nacional, para o exterior ou para o exercício de mandato
eletivo dos Poderes Executivo e Legislativo.
§ 1o A licença será por prazo indeterminado e sem remuneração.
§ 2o No deslocamento de servidor cujo cônjuge ou companheiro
também seja servidor público, civil ou militar, de qualquer
dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, poderá haver exercício provisório em órgão ou entidade
da Administração Federal direta, autárquica ou fundacional, desde
que para o exercício de atividade compatível com o seu cargo. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Capítulo IV
Das Licenças
Seção I
Disposições Gerais
Art. 81. Conceder-se-á ao servidor licença:
I - por motivo de doença em pessoa da família;
II - por motivo de afastamento do cônjuge ou companheiro;
III - para o serviço militar;
IV - para atividade política;
V - prêmio por assiduidade;
V - para capacitação; (Redação dada pela Lei nº 9.527, de
10.12.97)
VI - para tratar de interesses particulares;
VII - para desempenho de mandato classista.
§ 1o A licença prevista no inciso I do caput deste artigo bem
como cada uma de suas prorrogações serão precedidas de exame
por perícia médica oicial, observado o disposto no art. 204 desta
Lei. (Redação dada pela Lei nº 11.907, de 2009)
§ 3o É vedado o exercício de atividade remunerada durante o
período da licença prevista no inciso I deste artigo.
Didatismo e Conhecimento
Seção IV
Da Licença para o Serviço Militar
Art. 85. Ao servidor convocado para o serviço militar será concedida licença, na forma e condições previstas na
legislação
especíica.
Parágrafo único. Concluído o serviço militar, o servidor terá
até 30 (trinta) dias sem remuneração para reassumir o exercício
do cargo.
35
LEGI SLAÇÃO DO SERVI ÇO/ SERVI DOR PÚBLI CO FEDERAL
Parágrafo único. A licença poderá ser interrompida, a qualquer tempo, a pedido do servidor ou no interesse do serviço. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)
Seção V
Da Licença para Atividade Política
Art. 86. O servidor terá direito a licença, sem remuneração, durante o período que mediar entre a sua escolha em convenção partidária, como candidato a cargo eletivo, e a véspera do registro de sua
candidatura perante a Justiça Eleitoral.
§ 1o O servidor candidato a cargo eletivo na localidade onde
desempenha suas funções e que exerça cargo de direção, cheia, assessoramento, arrecadação ou iscalização, dele será afastado, a partir
do dia imediato ao do registro de sua candidatura perante a Justiça
Eleitoral, até o décimo dia seguinte ao do pleito.(Redação dada pela
Lei nº 9.527, de 10.12.97)
§ 2o A partir do registro da candidatura e até o décimo dia seguinte ao da eleição, o servidor fará jus à licença, assegurados os vencimentos do cargo efetivo, somente pelo período de três meses. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Seção VIII
Da Licença para o Desempenho de Mandato Classista
Art. 92. É assegurado ao servidor o direito à licença sem remuneração para o desempenho de mandato em confederação, federação, associação de classe de âmbito nacional, sindicato representativo da categoria ou entidade iscalizadora da proissão ou,
ainda, para participar de gerência ou administração em sociedade
cooperativa constituída por servidores públicos para prestar serviços a seus membros, observado o disposto na alínea c do inciso
VIII do art. 102 desta Lei, conforme disposto em regulamento e
observados os seguintes limites: (Redação dada pela Lei nº 11.094,
de 2005)
I - para entidades com até 5.000 associados, um servidor; (Inciso incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
II - para entidades com 5.001 a 30.000 associados, dois servidores; (Inciso incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
III - para entidades com mais de 30.000 associados, três servidores. (Inciso incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
§ 1° Somente poderão ser licenciados servidores eleitos para
cargos de direção ou representação nas referidas entidades até o
máximo de 3 (três), por entidade.
§ 1o Somente poderão ser licenciados servidores eleitos para
cargos de direção ou representação nas referidas entidades, desde
que cadastradas no Ministério da Administração Federal e Reforma do Estado. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
§ 2° A licença terá duração igual à do mandato, podendo ser
prorrogada, no caso de reeleição, e por uma única vez.
I - para entidades com até 5.000 (cinco mil) associados, 2
(dois) servidores; (Redação dada pela Lei nº 12.998, de 2014)
II - para entidades com 5.001 (cinco mil e um) a 30.000 (trinta
mil) associados, 4 (quatro) servidores; (Redação dada pela Lei nº
12.998, de 2014)
III - para entidades com mais de 30.000 (trinta mil) associados,
8 (oito) servidores. (Redação dada pela Lei nº 12.998, de 2014)
§ 1o Somente poderão ser licenciados os servidores eleitos
para cargos de direção ou de representação nas referidas entidades,
desde que cadastradas no órgão competente. (Redação dada pela
Lei nº 12.998, de 2014)
§ 2o A licença terá duração igual à do mandato, podendo ser
renovada, no caso de reeleição. (Redação dada pela Lei nº 12.998,
de 2014)
Seção VI
Da Licença-Prêmio por Assiduidade
Da Licença para Capacitação
(Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Art. 87. Após cada qüinqüênio de efetivo exercício, o servidor
poderá, no interesse da Administração, afastar-se do exercício do cargo efetivo, com a respectiva remuneração, por até três meses, para
participar de curso de capacitação proissional. (Redação dada pela
Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Parágrafo único. Os períodos de licença de que trata o caput não
são acumuláveis.(Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Art.
88.
Não
se
concederá
licença-prêmio
ao
servidor
que,
no
período
aquisitivo:
I - sofrer penalidade disciplinar de suspensão;
II - afastar-se do cargo em virtude de:
a) licença por motivo de doença em pessoa da família, sem remuneração;
b) licença para tratar de interesses particulares;
c) condenação a pena privativa de liberdade por sentença deinitiva;
d) afastamento para acompanhar cônjuge ou companheiro.
Parágrafo único. As faltas injustiicadas ao serviço retardarão a
concessão da licença prevista neste artigo, na proporção de 1 (um)
mês para cada falta. (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Art. 89. O número de servidores em gozo simultâneo de licença-prêmio não poderá ser superior a 1/3 (um terço) da lotação da
respectiva unidade administrativa do órgão ou entidade. (Revogado
pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Art. 90. (VETADO).
Capítulo V
Dos Afastamentos
Seção I
Do Afastamento para Servir a Outro Órgão ou Entidade
Seção VII
Da Licença para Tratar de Interesses Particulares
Art. 93. O servidor poderá ser cedido para ter exercício em
outro órgão ou entidade dos Poderes da União, dos Estados, ou do
Distrito Federal e dos Municípios, nas seguintes hipóteses: (Redação dada pela Lei nº 8.270, de 17.12.91) (Regulamento) (Vide
Decreto nº 4.493, de 3.12.2002) (Regulamento)
Art. 91. A critério da Administração, poderão ser concedidas ao
servidor ocupante de cargo efetivo, desde que não esteja em estágio
probatório, licenças para o trato de assuntos particulares pelo prazo
de até três anos consecutivos, sem remuneração. (Redação dada pela
Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)
Didatismo e Conhecimento
36
LEGI SLAÇÃO DO SERVI ÇO/ SERVI DOR PÚBLI CO FEDERAL
I - para exercício de cargo em comissão ou função de coniança; (Redação dada pela Lei nº 8.270, de 17.12.91)
II - em casos previstos em leis especíicas.(Redação dada pela Lei
nº 8.270, de 17.12.91)
§ 1o Na hipótese do inciso I, sendo a cessão para órgãos ou entidades dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, o ônus da remuneração será do órgão ou entidade cessionária, mantido o ônus para o
cedente nos demais casos. (Redação dada pela Lei nº 8.270, de 17.12.91)
§ 2º Na hipótese de o servidor cedido a empresa pública ou
sociedade de economia mista, nos termos das respectivas normas, optar
pela remuneração do cargo efetivo ou pela remuneração do cargo efetivo
acrescida de percentual da retribuição do cargo em comissão, a entidade
cessionária efetuará o reembolso das despesas realizadas pelo órgão ou
entidade de origem. (Redação dada pela Lei nº 11.355, de 2006)
§ 3o A cessão far-se-á mediante Portaria publicada no Diário Oicial
da União. (Redação dada pela Lei nº 8.270, de 17.12.91)
§ 4o Mediante autorização expressa do Presidente da República, o
servidor do Poder Executivo poderá ter exercício em outro órgão da Administração Federal direta que não tenha quadro próprio de pessoal, para
im determinado e a prazo certo. (Incluído pela Lei nº 8.270, de 17.12.91)
§ 5º Aplica-se à União, em se tratando de empregado ou servidor
por ela requisitado, as disposições dos §§ 1º e 2º deste artigo. (Redação
dada pela Lei nº 10.470, de 25.6.2002)
§ 6º As cessões de empregados de empresa pública ou de sociedade
de economia mista, que receba recursos de Tesouro Nacional para o
custeio total ou parcial da sua folha de pagamento de pessoal, independem
das disposições contidas nos incisos I e II e §§ 1º e 2º deste artigo, icando
o exercício do empregado cedido condicionado a autorização especíica
do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, exceto nos casos
de ocupação de cargo em comissão ou função gratiicada. (Incluído pela
Lei nº 10.470, de 25.6.2002)
§ 7° O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, com a
inalidade de promover a composição da força de trabalho dos órgãos
e entidades da Administração Pública Federal, poderá determinar a
lotação ou o exercício de empregado ou servidor, independentemente da
observância do constante no inciso I e nos §§ 1º e 2º deste artigo. (Incluído pela Lei nº 10.470, de 25.6.2002) (Vide Decreto nº 5.375, de 2005)
Seção III
Do Afastamento para Estudo ou Missão no Exterior
Art. 95. O servidor não poderá ausentar-se do País para estudo
ou missão oicial, sem autorização do Presidente da República, Presidente dos Órgãos do Poder Legislativo e Presidente do Supremo
Tribunal Federal.
§ 1o A ausência não excederá a 4 (quatro) anos, e inda a missão ou estudo, somente decorrido igual período, será permitida nova
ausência.
§ 2o Ao servidor beneiciado pelo disposto neste artigo não será
concedida exoneração ou licença para tratar de interesse particular
antes de decorrido período igual ao do afastamento, ressalvada a
hipótese de ressarcimento da despesa havida com seu afastamento.
§ 3o O disposto neste artigo não se aplica aos servidores da
carreira diplomática.
§ 4o As hipóteses, condições e formas para a autorização de
que trata este artigo, inclusive no que se refere à remuneração do
servidor, serão disciplinadas em regulamento. (Incluído pela Lei nº
9.527, de 10.12.97)
Art. 96. O afastamento de servidor para servir em organismo
internacional de que o Brasil participe ou com o qual coopere dar-se-á com perda total da remuneração. (Vide Decreto nº 3.456, de 2000)
Seção IV
(Incluído pela Lei nº 11.907, de 2009)
Do Afastamento para Participação em Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu no País
Art. 96-A. O servidor poderá, no interesse da Administração,
e desde que a participação não possa ocorrer simultaneamente com
o exercício do cargo ou mediante compensação de horário, afastar-se do exercício do cargo efetivo, com a respectiva remuneração,
para participar em programa de pós-graduação stricto sensu em instituição de ensino superior no País. (Incluído pela Lei nº 11.907, de
2009)
§ 1o Ato do dirigente máximo do órgão ou entidade deinirá, em conformidade com a legislação vigente, os programas de
capacitação e os critérios para participação em programas de pós-graduação no País, com ou sem afastamento do servidor, que serão
avaliados por um comitê constituído para este im. (Incluído pela
Lei nº 11.907, de 2009)
§ 2o Os afastamentos para realização de programas de mestrado
e doutorado somente serão concedidos aos servidores titulares de
cargos efetivos no respectivo órgão ou entidade há pelo menos 3
(três) anos para mestrado e 4 (quatro) anos para doutorado, incluído
o período de estágio probatório, que não tenham se afastado por
licença para tratar de assuntos particulares para gozo de licença
capacitação ou com fundamento neste artigo nos 2 (dois) anos
anteriores à data da solicitação de afastamento. (Incluído pela Lei
nº 11.907, de 2009)
§ 3o Os afastamentos para realização de programas de pósdoutorado somente serão concedidos aos servidores titulares de
cargos efetivo no respectivo órgão ou entidade há pelo menos quatro
anos, incluído o período de estágio probatório, e que não tenham
se afastado por licença para tratar de assuntos particulares ou com
fundamento neste artigo, nos quatro anos anteriores à data da solicitação de afastamento. (Redação dada pela Lei nº 12.269, de
2010)
Seção II
Do Afastamento para Exercício de Mandato Eletivo
Art. 94. Ao servidor investido em mandato eletivo aplicam-se as
seguintes disposições:
I - tratando-se de mandato federal, estadual ou distrital, icará afastado do cargo;
II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração;
III - investido no mandato de vereador:
a) havendo compatibilidade de horário, perceberá as vantagens de
seu cargo, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo;
b) não havendo compatibilidade de horário, será afastado do cargo,
sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração.
§ 1o No caso de afastamento do cargo, o servidor contribuirá para a
seguridade social como se em exercício estivesse.
§ 2o O servidor investido em mandato eletivo ou classista não poderá ser removido ou redistribuído de ofício para localidade diversa daquela onde exerce o mandato.
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LEGI SLAÇÃO DO SERVI ÇO/ SERVI DOR PÚBLI CO FEDERAL
§ 4o Os servidores beneiciados pelos afastamentos previstos
nos §§ 1o, 2o e 3o deste artigo terão que permanecer no exercício
de suas funções após o seu retorno por um período igual ao do
afastamento concedido. (Incluído pela Lei nº 11.907, de 2009)
§ 5o Caso o servidor venha a solicitar exoneração do cargo ou
aposentadoria, antes de cumprido o período de permanência previsto
no § 4o deste artigo, deverá ressarcir o órgão ou entidade, na forma
do art. 47 da Lei no 8.112, de 11 de dezembro de 1990, dos gastos
com seu aperfeiçoamento. (Incluído pela Lei nº 11.907, de 2009)
§ 6o Caso o servidor não obtenha o título ou grau que justiicou seu afastamento no período previsto, aplica-se o disposto no
§ 5o deste artigo, salvo na hipótese comprovada de força maior
ou de caso fortuito, a critério do dirigente máximo do órgão ou
entidade. (Incluído pela Lei nº 11.907, de 2009)
§ 7o Aplica-se à participação em programa de pós-graduação
no Exterior, autorizado nos termos do art. 95 desta Lei, o disposto
nos §§ 1o a 6o deste artigo. (Incluído pela Lei nº 11.907, de 2009)
Art. 99. Ao servidor estudante que mudar de sede no interesse
da administração é assegurada, na localidade da nova residência ou
na mais próxima, matrícula em instituição de ensino congênere, em
qualquer época, independentemente de vaga.
Parágrafo único. O disposto neste artigo estende-se ao cônjuge
ou companheiro, aos ilhos, ou enteados do servidor que vivam na
sua companhia, bem como aos menores sob sua guarda, com autorização judicial.
Capítulo VII
Do Tempo de Serviço
Art. 100. É contado para todos os efeitos o tempo de serviço
público federal, inclusive o prestado às Forças Armadas.
Art. 101. A apuração do tempo de serviço será feita em dias,
que serão convertidos em anos, considerado o ano como de trezentos e sessenta e cinco dias.
Parágrafo único. Feita a conversão, os dias restantes, até cento
e oitenta e dois, não serão computados, arredondando-se para um
ano quando excederem este número, para efeito de aposentadoria. (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Capítulo VI
Das Concessões
Art. 97. Sem qualquer prejuízo, poderá o servidor ausentar-se
do serviço: (Redação dada pela Medida provisória nº 632, de 2013)
I - por 1 (um) dia, para doação de sangue;
II - por 2 (dois) dias, para se alistar como eleitor;
II - pelo período comprovadamente necessário para alistamento ou recadastramento eleitoral, limitado, em qualquer caso, a dois
dias; e (Redação dada pela Medida provisória nº 632, de 2013)
II - pelo período comprovadamente necessário para alistamento
ou recadastramento eleitoral, limitado, em qualquer caso, a 2 (dois)
dias; (Redação dada pela Lei nº 12.998, de 2014)
III - por 8 (oito) dias consecutivos em razão de :
a) casamento;
b) falecimento do cônjuge, companheiro, pais, madrasta ou padrasto, ilhos, enteados, menor sob guarda ou tutela e irmãos.
Art. 102. Além das ausências ao serviço previstas no art. 97,
são considerados como de efetivo exercício os afastamentos em
virtude de:
I - férias;
II - exercício de cargo em comissão ou equivalente, em órgão
ou entidade dos Poderes da União, dos Estados, Municípios e Distrito Federal;
III - exercício de cargo ou função de governo ou administração, em qualquer parte do território nacional, por nomeação do Presidente da República;
IV - participação em programa de treinamento regularmente instituído ou em programa de pós-graduação stricto sensu no
País, conforme dispuser o regulamento; (Redação dada pela Lei nº
11.907, de 2009)
V - desempenho de mandato eletivo federal, estadual, municipal ou do Distrito Federal, exceto para promoção por merecimento;
VI - júri e outros serviços obrigatórios por lei;
VII - missão ou estudo no exterior, quando autorizado o afastamento;
VII - missão ou estudo no exterior, quando autorizado o afastamento, conforme dispuser o regulamento; (Redação dada pela Lei
nº 9.527, de 10.12.97)
VIII - licença:
a) à gestante, à adotante e à paternidade;
b) para tratamento da própria saúde, até o limite de vinte e
quatro meses, cumulativo ao longo do tempo de serviço público
prestado à União, em cargo de provimento efetivo; (Redação dada
pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
c) para o desempenho de mandato classista ou participação de
gerência ou administração em sociedade cooperativa constituída
por servidores para prestar serviços a seus membros, exceto para
efeito de promoção por merecimento; (Redação dada pela Lei nº
11.094, de 2005)
d) por motivo de acidente em serviço ou doença proissional;
e) para capacitação, conforme dispuser o regulamento; (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
f) por convocação para o serviço militar;
Art. 98. Será concedido horário especial ao servidor estudante,
quando comprovada a incompatibilidade entre o horário escolar e o
da repartição, sem prejuízo do exercício do cargo.
Parágrafo único. Para efeito do disposto neste artigo, será exigida a compensação de horário na repartição, respeitada a duração
semanal do trabalho.
§ 1o Para efeito do disposto neste artigo, será exigida a compensação de horário no órgão ou entidade que tiver exercício, respeitada
a duração semanal do trabalho. (Parágrafo renumerado e alterado
pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
§ 2o Também será concedido horário especial ao servidor portador de deiciência, quando comprovada a necessidade por junta
médica oicial, independentemente de compensação de horário. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
§ 3o As disposições do parágrafo anterior são extensivas ao
servidor que tenha cônjuge, ilho ou dependente portador de deiciência física, exigindo-se, porém, neste caso, compensação de horário na forma do inciso II do art. 44. (Incluído pela Lei nº 9.527,
de 10.12.97)
§ 4o Será igualmente concedido horário especial, vinculado à
compensação de horário a ser efetivada no prazo de até 1 (um) ano,
ao servidor que desempenhe atividade prevista nos incisos I e II do
caput do art. 76-A desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 11.501, de
2007)
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IX - deslocamento para a nova sede de que trata o art. 18;
X - participação em competição desportiva nacional ou convocação para integrar representação desportiva nacional, no País ou no
exterior, conforme disposto em lei especíica;
XI - afastamento para servir em organismo internacional de
que o Brasil participe ou com o qual coopere. (Incluído pela Lei nº
9.527, de 10.12.97)
Art. 108. O prazo para interposição de pedido de reconsideração ou de recurso é de 30 (trinta) dias, a contar da publicação ou da
ciência, pelo interessado, da decisão recorrida. (Vide Lei nº 12.300,
de 2010)
Art. 109. O recurso poderá ser recebido com efeito suspensivo, a
juízo da autoridade competente.
Parágrafo único. Em caso de provimento do pedido de reconsideração ou do recurso, os efeitos da decisão retroagirão à data do ato
impugnado.
Art. 103. Contar-se-á apenas para efeito de aposentadoria e disponibilidade:
I - o tempo de serviço público prestado aos Estados, Municípios
e Distrito Federal;
II - a licença para tratamento de saúde de pessoal da família do
servidor, com remuneração, que exceder a 30 (trinta) dias em período de 12 (doze) meses. (Redação dada pela Lei nº 12.269, de 2010)
III - a licença para atividade política, no caso do art. 86, § 2o;
IV - o tempo correspondente ao desempenho de mandato eletivo federal, estadual, municipal ou distrital, anterior ao ingresso no
serviço público federal;
V - o tempo de serviço em atividade privada, vinculada à Previdência Social;
VI - o tempo de serviço relativo a tiro de guerra;
VII - o tempo de licença para tratamento da própria saúde que
exceder o prazo a que se refere a alínea “b” do inciso VIII do art.
102. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
§ 1o O tempo em que o servidor esteve aposentado será contado
apenas para nova aposentadoria.
§ 2o Será contado em dobro o tempo de serviço prestado às
Forças Armadas em operações de guerra.
§ 3o É vedada a contagem cumulativa de tempo de serviço prestado concomitantemente em mais de um cargo ou função de órgão
ou entidades dos Poderes da União, Estado, Distrito Federal e Município, autarquia, fundação pública, sociedade de economia mista
e empresa pública.
Art. 110. O direito de requerer prescreve:
I - em 5 (cinco) anos, quanto aos atos de demissão e de cassação
de aposentadoria ou disponibilidade, ou que afetem interesse patrimonial e créditos resultantes das relações de trabalho;
II - em 120 (cento e vinte) dias, nos demais casos, salvo quando
outro prazo for ixado em lei.
Parágrafo único. O prazo de prescrição será contado da data da
publicação do ato impugnado ou da data da ciência pelo interessado,
quando o ato não for publicado.
Art. 111. O pedido de reconsideração e o recurso, quando cabíveis, interrompem a prescrição.
Art. 112. A prescrição é de ordem pública, não podendo ser relevada pela administração.
Art. 113. Para o exercício do direito de petição, é assegurada
vista do processo ou documento, na repartição, ao servidor ou a procurador por ele constituído.
Art. 114. A administração deverá rever seus atos, a qualquer tempo, quando eivados de ilegalidade.
Art. 115. São fatais e improrrogáveis os prazos estabelecidos
neste Capítulo, salvo motivo de força maior.
Capítulo VIII
Do Direito de Petição
Título IV
Do Regime Disciplinar
Capítulo I
Dos Deveres
Art. 104. É assegurado ao servidor o direito de requerer aos
Poderes Públicos, em defesa de direito ou interesse legítimo.
Art. 105. O requerimento será dirigido à autoridade competente para decidi-lo e encaminhado por intermédio daquela a que
estiver imediatamente subordinado o requerente.
Art. 116. São deveres do servidor:
I - exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo;
II - ser leal às instituições a que servir;
III - observar as normas legais e regulamentares;
IV - cumprir as ordens superiores, exceto quando manifestamente ilegais;
V - atender com presteza:
a) ao público em geral, prestando as informações requeridas, ressalvadas as protegidas por sigilo;
b) à expedição de certidões requeridas para defesa de direito ou
esclarecimento de situações de interesse pessoal;
c) às requisições para a defesa da Fazenda Pública.
VI - levar ao conhecimento da autoridade superior as irregularidades de que tiver ciência em razão do cargo;
VI - levar as irregularidades de que tiver ciência em razão do cargo ao conhecimento da autoridade superior ou, quando houver suspeita de envolvimento desta, ao conhecimento de outra autoridade competente para apuração; (Redação dada pela Lei nº 12.527, de 2011)
Art. 106. Cabe pedido de reconsideração à autoridade que houver expedido o ato ou proferido a primeira decisão, não podendo ser
renovado. (Vide Lei nº 12.300, de 2010)
Parágrafo único. O requerimento e o pedido de reconsideração
de que tratam os artigos anteriores deverão ser despachados no prazo de 5 (cinco) dias e decididos dentro de 30 (trinta) dias.
Art. 107. Caberá recurso: (Vide Lei nº 12.300, de 2010)
I - do indeferimento do pedido de reconsideração;
II - das decisões sobre os recursos sucessivamente interpostos.
§ 1o O recurso será dirigido à autoridade imediatamente superior à que tiver expedido o ato ou proferido a decisão, e, sucessivamente, em escala ascendente, às demais autoridades.
§ 2o O recurso será encaminhado por intermédio da autoridade
a que estiver imediatamente subordinado o requerente.
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VII - zelar pela economia do material e a conservação do patrimônio público;
VIII - guardar sigilo sobre assunto da repartição;
IX - manter conduta compatível com a moralidade administrativa;
X - ser assíduo e pontual ao serviço;
XI - tratar com urbanidade as pessoas;
XII - representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de
poder.
Parágrafo único. A representação de que trata o inciso XII
será encaminhada pela via hierárquica e apreciada pela autoridade
superior àquela contra a qual é formulada, assegurando-se ao representando ampla defesa.
Parágrafo único. A vedação de que trata o inciso X do caput deste artigo não se aplica nos seguintes casos: (Incluído pela
Lei nº 11.784, de 2008
I - participação nos conselhos de administração e iscal de
empresas ou entidades em que a União detenha, direta ou indiretamente, participação no capital social ou em sociedade cooperativa
constituída para prestar serviços a seus membros; e (Incluído pela
Lei nº 11.784, de 2008
II - gozo de licença para o trato de interesses particulares, na
forma do art. 91 desta Lei, observada a legislação sobre conlito de
interesses. (Incluído pela Lei nº 11.784, de 2008
Capítulo III
Da Acumulação
Capítulo II
Das Proibições
Art. 118. Ressalvados os casos previstos na Constituição, é
vedada a acumulação remunerada de cargos públicos.
§ 1o A proibição de acumular estende-se a cargos, empregos
e funções em autarquias, fundações públicas, empresas públicas,
sociedades de economia mista da União, do Distrito Federal, dos
Estados, dos Territórios e dos Municípios.
§ 2o A acumulação de cargos, ainda que lícita, ica condicionada à comprovação da compatibilidade de horários.
§ 3o Considera-se acumulação proibida a percepção de vencimento de cargo ou emprego público efetivo com proventos da
inatividade, salvo quando os cargos de que decorram essas remunerações forem acumuláveis na atividade. (Incluído pela Lei nº
9.527, de 10.12.97)
Art. 117. Ao servidor é proibido: (Vide Medida Provisória nº
2.225-45, de 4.9.2001)
I - ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia
autorização do chefe imediato;
II - retirar, sem prévia anuência da autoridade competente,
qualquer documento ou objeto da repartição;
III - recusar fé a documentos públicos;
IV - opor resistência injustiicada ao andamento de documento e processo ou execução de serviço;
V - promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto
da repartição;
VI - cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos
previstos em lei, o desempenho de atribuição que seja de sua responsabilidade ou de seu subordinado;
VII - coagir ou aliciar subordinados no sentido de iliarem-se a
associação proissional ou sindical, ou a partido político;
VIII - manter sob sua cheia imediata, em cargo ou função de
coniança, cônjuge, companheiro ou parente até o segundo grau
civil;
IX - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade da função pública;
X - participar de gerência ou administração de sociedade privada, personiicada ou não personiicada, exercer o comércio, exceto na qualidade de acionista, cotista ou comanditário; (Redação
dada pela Lei nº 11.784, de 2008
XI - atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições públicas, salvo quando se tratar de benefícios previdenciários
ou assistenciais de parentes até o segundo grau, e de cônjuge ou
companheiro;
XII - receber propina, comissão, presente ou vantagem de
qualquer espécie, em razão de suas atribuições;
XIII - aceitar comissão, emprego ou pensão de estado estrangeiro;
XIV - praticar usura sob qualquer de suas formas;
XV - proceder de forma desidiosa;
XVI - utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em
serviços ou atividades particulares;
XVII - cometer a outro servidor atribuições estranhas ao cargo
que ocupa, exceto em situações de emergência e transitórias;
XVIII - exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis
com o exercício do cargo ou função e com o horário de trabalho;
XIX - recusar-se a atualizar seus dados cadastrais quando solicitado. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
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Art. 119. O servidor não poderá exercer mais de um cargo
em comissão, exceto no caso previsto no parágrafo único do art.
9o, nem ser remunerado pela participação em órgão de deliberação
coletiva. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica à remuneração devida pela participação em conselhos de administração
e iscal das empresas públicas e sociedades de economia mista,
suas subsidiárias e controladas, bem como quaisquer empresas ou
entidades em que a União, direta ou indiretamente, detenha participação no capital social, observado o que, a respeito, dispuser
legislação especíica. (Redação dada pela Medida Provisória nº
2.225-45, de 4.9.2001)
Art. 120. O servidor vinculado ao regime desta Lei, que acumular licitamente dois cargos efetivos, quando investido em cargo
de provimento em comissão, icará afastado de ambos os cargos
efetivos, salvo na hipótese em que houver compatibilidade de horário e local com o exercício de um deles, declarada pelas autoridades máximas dos órgãos ou entidades envolvidos. (Redação dada
pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Capítulo IV
Das Responsabilidades
Art. 121. O servidor responde civil, penal e administrativamente pelo exercício irregular de suas atribuições.
Art. 122. A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou
comissivo, doloso ou culposo, que resulte em prejuízo ao erário
ou a terceiros.
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§ 1o A indenização de prejuízo dolosamente causado ao erário
somente será liquidada na forma prevista no art. 46, na falta de
outros bens que assegurem a execução do débito pela via judicial.
§ 2o Tratando-se de dano causado a terceiros, responderá o
servidor perante a Fazenda Pública, em ação regressiva.
§ 3o A obrigação de reparar o dano estende-se aos sucessores e contra eles será executada, até o limite do valor da herança
recebida.
§ 1o Será punido com suspensão de até 15 (quinze) dias o
servidor que, injustiicadamente, recusar-se a ser submetido a inspeção médica determinada pela autoridade competente, cessando
os efeitos da penalidade uma vez cumprida a determinação.
§ 2o Quando houver conveniência para o serviço, a penalidade de suspensão poderá ser convertida em multa, na base de
50% (cinqüenta por cento) por dia de vencimento ou remuneração,
icando o servidor obrigado a permanecer em serviço.
Art. 123. A responsabilidade penal abrange os crimes e contravenções imputadas ao servidor, nessa qualidade.
Art. 131. As penalidades de advertência e de suspensão terão seus registros cancelados, após o decurso de 3 (três) e 5 (cinco) anos de efetivo exercício, respectivamente, se o servidor não
houver, nesse período, praticado nova infração disciplinar.
Parágrafo único. O cancelamento da penalidade não surtirá
efeitos retroativos.
Art. 124. A responsabilidade civil-administrativa resulta de
ato omissivo ou comissivo praticado no desempenho do cargo ou
função.
Art. 125. As sanções civis, penais e administrativas poderão
cumular-se, sendo independentes entre si.
Art. 132. A demissão será aplicada nos seguintes casos:
I - crime contra a administração pública;
II - abandono de cargo;
III - inassiduidade habitual;
IV - improbidade administrativa;
V - incontinência pública e conduta escandalosa, na repartição;
VI - insubordinação grave em serviço;
VII - ofensa física, em serviço, a servidor ou a particular, salvo em legítima defesa própria ou de outrem;
VIII - aplicação irregular de dinheiros públicos;
IX - revelação de segredo do qual se apropriou em razão do
cargo;
X - lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional;
XI - corrupção;
XII - acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas;
XIII - transgressão dos incisos IX a XVI do art. 117.
Art. 126. A responsabilidade administrativa do servidor será
afastada no caso de absolvição criminal que negue a existência do
fato ou sua autoria.
Art. 126-A. Nenhum servidor poderá ser responsabilizado civil, penal ou administrativamente por dar ciência à autoridade superior ou, quando houver suspeita de envolvimento desta, a outra
autoridade competente para apuração de informação concernente à
prática de crimes ou improbidade de que tenha conhecimento, ainda que em decorrência do exercício de cargo, emprego ou função
pública. (Incluído pela Lei nº 12.527, de 2011)
Capítulo V
Das Penalidades
Art. 127. São penalidades disciplinares:
I - advertência;
II - suspensão;
III - demissão;
IV - cassação de aposentadoria ou disponibilidade;
V - destituição de cargo em comissão;
VI - destituição de função comissionada.
Art. 133. Detectada a qualquer tempo a acumulação ilegal
de cargos, empregos ou funções públicas, a autoridade a que se
refere o art. 143 notiicará o servidor, por intermédio de sua cheia imediata, para apresentar opção no prazo improrrogável de dez
dias, contados da data da ciência e, na hipótese de omissão, adotará
procedimento sumário para a sua apuração e regularização imediata, cujo processo administrativo disciplinar se desenvolverá nas
seguintes fases: (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
I - instauração, com a publicação do ato que constituir a comissão, a ser composta por dois servidores estáveis, e simultaneamente indicar a autoria e a materialidade da transgressão objeto da
apuração; (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
II - instrução sumária, que compreende indiciação, defesa e
relatório; (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
III - julgamento. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
§ 1o A indicação da autoria de que trata o inciso I dar-se-á
pelo nome e matrícula do servidor, e a materialidade pela descrição dos cargos, empregos ou funções públicas em situação de acumulação ilegal, dos órgãos ou entidades de vinculação, das datas
de ingresso, do horário de trabalho e do correspondente regime
jurídico. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
§ 2o A comissão lavrará, até três dias após a publicação do ato
que a constituiu, termo de indiciação em que serão transcritas as
informações de que trata o parágrafo anterior, bem como promo-
Art. 128. Na aplicação das penalidades serão consideradas
a natureza e a gravidade da infração cometida, os danos que dela
provierem para o serviço público, as circunstâncias agravantes ou
atenuantes e os antecedentes funcionais.
Parágrafo único. O ato de imposição da penalidade mencionará sempre o fundamento legal e a causa da sanção disciplinar. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Art. 129. A advertência será aplicada por escrito, nos casos de
violação de proibição constante do art. 117, incisos I a VIII e XIX,
e de inobservância de dever funcional previsto em lei, regulamentação ou norma interna, que não justiique imposição de penalidade mais grave. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Art. 130. A suspensão será aplicada em caso de reincidência
das faltas punidas com advertência e de violação das demais proibições que não tipiiquem infração sujeita a penalidade de demissão, não podendo exceder de 90 (noventa) dias.
Didatismo e Conhecimento
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verá a citação pessoal do servidor indiciado, ou por intermédio de
sua cheia imediata, para, no prazo de cinco dias, apresentar defesa
escrita, assegurando-se-lhe vista do processo na repartição, observado o disposto nos arts. 163 e 164. (Redação dada pela Lei nº
9.527, de 10.12.97)
§ 3o Apresentada a defesa, a comissão elaborará relatório conclusivo quanto à inocência ou à responsabilidade do servidor, em
que resumirá as peças principais dos autos, opinará sobre a licitude
da acumulação em exame, indicará o respectivo dispositivo legal
e remeterá o processo à autoridade instauradora, para julgamento. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
§ 4o No prazo de cinco dias, contados do recebimento do processo, a autoridade julgadora proferirá a sua decisão, aplicando-se,
quando for o caso, o disposto no § 3o do art. 167. (Incluído pela
Lei nº 9.527, de 10.12.97)
§ 5o A opção pelo servidor até o último dia de prazo para
defesa conigurará sua boa-fé, hipótese em que se converterá automaticamente em pedido de exoneração do outro cargo. (Incluído
pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
§ 6o Caracterizada a acumulação ilegal e provada a má-fé,
aplicar-se-á a pena de demissão, destituição ou cassação de aposentadoria ou disponibilidade em relação aos cargos, empregos ou
funções públicas em regime de acumulação ilegal, hipótese em que
(Inos órgãos ou entidades de vinculação serão comunicados.
cluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
§ 7o O prazo para a conclusão do processo administrativo
disciplinar submetido ao rito sumário não excederá trinta dias,
contados da data de publicação do ato que constituir a comissão,
admitida a sua prorrogação por até quinze dias, quando as circunstâncias o exigirem. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
§ 8o O procedimento sumário rege-se pelas disposições deste
artigo, observando-se, no que lhe for aplicável, subsidiariamente,
as disposições dos Títulos IV e V desta Lei.
(Incluído pela Lei
nº 9.527, de 10.12.97)
Art. 138. Conigura abandono de cargo a ausência intencional
do servidor ao serviço por mais de trinta dias consecutivos.
Art. 139. Entende-se por inassiduidade habitual a falta ao serviço, sem causa justiicada, por sessenta dias, interpoladamente,
durante o período de doze meses.
Art. 140. Na apuração de abandono de cargo ou inassiduidade
habitual, também será adotado o procedimento sumário a que se
(Redação
refere o art. 133, observando-se especialmente que:
dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
I - a indicação da materialidade dar-se-á: (Incluído pela Lei
nº 9.527, de 10.12.97)
a) na hipótese de abandono de cargo, pela indicação precisa do
período de ausência intencional do servidor ao serviço superior a
trinta dias; (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
b) no caso de inassiduidade habitual, pela indicação dos dias
de falta ao serviço sem causa justiicada, por período igual ou superior a sessenta dias interpoladamente, durante o período de doze
meses; (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
II - após a apresentação da defesa a comissão elaborará relatório conclusivo quanto à inocência ou à responsabilidade do
servidor, em que resumirá as peças principais dos autos, indicará
o respectivo dispositivo legal, opinará, na hipótese de abandono
de cargo, sobre a intencionalidade da ausência ao serviço superior
a trinta dias e remeterá o processo à autoridade instauradora para
julgamento. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Art. 141. As penalidades disciplinares serão aplicadas:
I - pelo Presidente da República, pelos Presidentes das Casas
do Poder Legislativo e dos Tribunais Federais e pelo Procurador-Geral da República, quando se tratar de demissão e cassação de
aposentadoria ou disponibilidade de servidor vinculado ao respectivo Poder, órgão, ou entidade;
II - pelas autoridades administrativas de hierarquia imediatamente inferior àquelas mencionadas no inciso anterior
quando
se tratar de suspensão superior a 30 (trinta) dias;
III - pelo chefe da repartição e outras autoridades na forma dos
respectivos regimentos ou regulamentos, nos casos de advertência
ou de suspensão de até 30 (trinta) dias;
IV - pela autoridade que houver feito a nomeação, quando se
tratar de destituição de cargo em comissão.
Art. 134. Será cassada a aposentadoria ou a disponibilidade
do inativo que houver praticado, na atividade, falta punível com a
demissão.
Art. 135. A destituição de cargo em comissão exercido por
não ocupante de cargo efetivo será aplicada nos casos de infração
sujeita às penalidades de suspensão e de demissão.
Parágrafo único. Constatada a hipótese de que trata este artigo, a exoneração efetuada nos termos do art. 35 será convertida em
destituição de cargo em comissão.
Art. 142. A ação disciplinar prescreverá:
I - em 5 (cinco) anos, quanto às infrações puníveis com demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade e destituição de
cargo em comissão;
II - em 2 (dois) anos, quanto à suspensão;
III - em 180 (cento e oitenta) dias, quanto à advertência.
§ 1o O prazo de prescrição começa a correr da data em que o
fato se tornou conhecido.
§ 2o Os prazos de prescrição previstos na lei penal aplicam-se
às infrações disciplinares capituladas também como crime.
§ 3o A abertura de sindicância ou a instauração de processo
disciplinar interrompe a prescrição, até a decisão inal proferida
por autoridade competente.
§ 4o Interrompido o curso da prescrição, o prazo começará a
correr a partir do dia em que cessar a interrupção.
Art. 136. A demissão ou a destituição de cargo em comissão,
nos casos dos incisos IV, VIII, X e XI do art. 132, implica a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, sem prejuízo da
ação penal cabível.
Art. 137. A demissão ou a destituição de cargo em comissão,
por infringência do art. 117, incisos IX e XI, incompatibiliza o
ex-servidor para nova investidura em cargo público federal, pelo
prazo de 5 (cinco) anos.
Parágrafo único. Não poderá retornar ao serviço público federal o servidor que for demitido ou destituído do cargo em comissão
por infringência do art. 132, incisos I, IV, VIII, X e XI.
Didatismo e Conhecimento
42
LEGI SLAÇÃO DO SERVI ÇO/ SERVI DOR PÚBLI CO FEDERAL
O Estado é a forma social mais abrangente, a sociedade de ins
gerais que permite o desenvolvimento, em seu seio, das individualidades e das demais sociedades, chamadas de ins particulares. O
Estado, como pessoa, é uma icção, é um arranjo formulado pelos
homens para organizar a sociedade de disciplinar o poder visando
que todos possam se realizar em plenitude, atingindo suas inalidades particulares.
O Estado tem um valor ético, de modo que sua atuação deve
se guiar pela moral idônea. Mas não é propriamente o Estado que
é aético, porque ele é composto por homens. Assim, falta ética ou
não aos homens que o compõem. Ou seja, o bom comportamento
proissional do funcionário público é uma questão ligada à ética
no serviço público, pois se os homens que compõem a estrutura
do Estado tomam uma atitude correta perante os ditames éticos há
uma ampliação e uma consolidação do valor ético do Estado.
Alguns cidadãos recebem poderes e funções especíicas dentro da administração pública, passando a desempenhar um papel
de fundamental interesse para o Estado. Quando estiver nesta condição, mais ainda, será exigido o respeito à ética. Ainal, o Estado
é responsável pela manutenção da sociedade, que espera dele uma
conduta ilibada e transparente.
Quando uma pessoa é nomeada como servidor público, passa
a ser uma extensão daquilo que o Estado representa na sociedade,
devendo, por isso, respeitar ao máximo todos os consagrados preceitos éticos.
Todas as proissões reclamam um agir ético dos que a exercem, o qual geralmente se encontra consubstanciado em Códigos
de Ética diversos atribuídos a cada categoria proissional. No caso
das proissões na esfera pública, esta exigência se amplia.
Não se trata do simples respeito à moral social: a obrigação
ética no setor público vai além e encontra-se disciplinada em detalhes na legislação, tanto na esfera constitucional (notadamente
no artigo 37) quanto na ordinária (em que se destacam o Decreto
n° 1.171/94 - Código de Ética - a Lei n° 8.429/92 - Lei de Improbidade Administrativa - e a Lei n° 8.112/90 - regime jurídico dos
servidores públicos civis na esfera federal).
Em geral, as diretivas a respeito do comportamento proissional ético podem ser bem resumidas em alguns princípios basilares.
Segundo Nalini2, o princípio fundamental seria o de agir de
acordo com a ciência, se mantendo sempre atualizado, e de acordo
com a consciência, sabendo de seu dever ético; tomando-se como
princípios especíicos:
- Princípio da conduta ilibada - conduta irrepreensível na
vida pública e na vida particular.
- Princípio da dignidade e do decoro proissional - agir da melhor maneira esperada em sua proissão e fora dela, com técnica,
justiça e discrição.
- Princípio da incompatibilidade - não se deve acumular funções incompatíveis.
- Princípio da correção proissional - atuação com transparência e em prol da justiça.
- Princípio do coleguismo - ciência de que você e todos os
demais operadores do Direito querem a mesma coisa, realizar a
justiça.
- Princípio da diligência - agir com zelo e escrúpulo em todas
funções.
- Princípio do desinteresse - relegar a ambição pessoal para
buscar o interesse da justiça.
2
NALINI, José Renato. Ética geral e
proissional. 8. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2011.
5. CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL
DO SERVIDOR PÚBLICO CIVIL DO
PODER EXECUTIVO FEDERAL:
DECRETO Nº 1.171, DE 22 DE JUNHO DE
1994, E SUAS ATUALIZAÇÕES.
CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL
A ética é composta por valores reais e presentes na sociedade, a partir do momento em que, por mais que às vezes tais valores apareçam deturpados no contexto social, não é possível falar
em convivência humana se esses forem desconsiderados. Entre
tais valores, destacam-se os preceitos da Moral e o valor do justo
(componente ético do Direito).
Se, por um lado, podemos constatar que as bruscas transformações sofridas pela sociedade através dos tempos provocaram
uma variação no conceito de ética, por outro, não é possível negar
que as questões que envolvem o agir ético sempre estiveram presentes no pensamento ilosóico e social. Aliás, um marco da ética
é a sua imutabilidade: a mesma ética de séculos atrás está vigente
hoje, por exemplo, respeitar ao próximo nunca será considerada
uma atitude antiética. Outra característica da ética é a sua validade
universal, no sentido de delimitar a diretriz do agir humano para
todos os que vivem no mundo. Não há uma ética conforme cada
época, cultura ou civilização: a ética é uma só, válida para todos
eternamente, de forma imutável e deinitiva.
Quanto à etimologia da palavra ética: No grego existem duas
vogais para pronunciar e grafar a vogal e, uma breve, chamada
epsílon, e uma longa, denominada eta. Éthos, escrita com a vogal longa, signiica costume; porém, se escrita com a vogal breve,
éthos, signiica caráter, índole natural, temperamento, conjunto das
disposições físicas e psíquicas de uma pessoa.1
A ética passa por certa evolução natural através da história,
mas uma breve observação do ideário de alguns pensadores do
passado permite perceber que ela é composta por valores comuns
desde sempre consagrados.
Entre os elementos que compõem a Ética, destacam-se a Moral e o Direito. Assim, a Moral não é a Ética, mas apenas parte dela.
Neste sentido, Moral vem do grego Mos ou Morus, referindo-se
exclusivamente ao regramento que determina a ação do indivíduo.
Assim, Moral e Ética não são sinônimos, não apenas pela
Moral ser apenas uma parte da Ética; mas principalmente porque
enquanto a Moral é entendida como a prática, como a realização
efetiva e cotidiana dos valores; a Ética é entendida como uma “ilosoia moral”, ou seja, como a relexão sobre a moral. Moral é
ação, Ética é relexão.
A ética está presente em todas as esferas da vida de um indivíduo e da sociedade que ele compõe e é fundamental para a manutenção da paz social que todos os cidadãos (ou ao menos grande
parte deles) obedeçam os ditames éticos consolidados. A obediência à ética não deve se dar somente no âmbito da vida particular,
mas também na atuação proissional, principalmente se tal atuação
se der no âmbito estatal.
1
CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosoia. 13.
ed. São Paulo: Ática, 2005.
Didatismo e Conhecimento
43
LEGI SLAÇÃO DO SERVI ÇO/ SERVI DOR PÚBLI CO FEDERAL
- Princípio da coniança - cada proissional de Direito é dotado de atributos personalíssimos e intransferíveis, sendo escolhido
por causa deles, de forma que a relação estabelecida entre aquele
que busca o serviço e o proissional é de coniança.
- Princípio da idelidade - Fidelidade à causa da justiça, aos
valores constitucionais, à verdade, à transparência.
- Princípio da independência proissional - a maior autonomia
no exercício da proissão do operador do Direito não deve impedir
o caráter ético.
- Princípio da reserva - deve-se guardar segredo sobre as informações que acessa no exercício da proissão.
- Princípio da lealdade e da verdade - agir com boa-fé e de
forma correta, com lealdade processual.
- Princípio da discricionariedade - geralmente, o proissional
do Direito é liberal, exercendo com boa autonomia sua proissão.
- Outros princípios éticos, como informação, solidariedade,
cidadania, residência, localização, continuidade da proissão, liberdade proissional, função social da proissão, severidade consigo mesmo, defesa das prerrogativas, moderação e tolerância.
Vale destacar que, se a Ética, num sentido amplo, é composta
por ao menos dois elementos - a Moral e o Direito (justo); no caso
da disciplina da Ética no Setor Público a expressão é adotada num
sentido estrito - ética corresponde ao valor do justo, previsto no
Direito vigente, o qual é estabelecido com um olhar atento às prescrições da Moral para a vida social. Em outras palavras, quando se
fala em ética no âmbito do Estado não se deve pensar apenas na
Moral, mas sim em efetivas normas jurídicas que a regulamentam,
o que permite a aplicação de sanções. Veja o organograma:
O Decreto n° 1.171/94 é um exemplo do chamado poder regulamentar inerente ao Executivo, que se perfaz em decretos regulamentares. Embora sejam factíveis decretos autônomos3, não é o
caso do decreto em estudo, o qual encontra conexão com diplomas
como as Leis n° 8.112/90 (regime jurídico dos servidores públicos
federais) e Lei n° 8.429/92 (lei de improbidade administrativa),
além da Constituição Federal.
Disto extrai-se que a adoção da forma de decreto não signiica, de forma alguma, que suas diretrizes não sejam obrigatórias: o
servidor público federal que desobedecê-las estará sujeito à apuração de sua conduta perante a respectiva Comissão de Ética, que enviará informações ao processo administrativo disciplinar, podendo
gerar até mesmo a perda do cargo, ou aplicará a pena de censura
nos casos menos graves.
DECRETO Nº 1.171, DE 22 DE JUNHO DE 1994
Aprova o Código de Ética Proissional do Servidor Público
Civil do Poder Executivo Federal.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso das atribuições
que lhe confere o art. 84, incisos IV e VI, e ainda tendo em vista o
disposto no art. 37 da Constituição, bem como nos arts. 116 e 117
da Lei n° 8.112, de 11 de dezembro de 1990, e nos arts. 10, 11 e 12
da Lei n° 8.429, de 2 de junho de 1992,
DECRETA:
Art. 1° Fica aprovado o Código de Ética Proissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal, que com este baixa.
Logo, as regras éticas do setor público são mais do que regulamentos morais, são normas jurídicas e, como tais, passíveis de
coação. A desobediência ao princípio da moralidade caracteriza
ato de improbidade administrativa, sujeitando o servidor às penas
previstas em lei. Da mesma forma, o seu comportamento em relação ao Código de Ética pode gerar benefícios, como promoções, e
prejuízos, como censura e outras penas administrativas. A disciplina constitucional é expressa no sentido de prescrever a moralidade
como um dos princípios fundadores da atuação da administração
pública direta e indireta, bem como outros princípios correlatos.
Assim, o Estado brasileiro deve se conduzir moralmente por vontade expressa do constituinte, sendo que à imoralidade administrativa aplicam-se sanções.
Considerados os princípios administrativos basilares do art.
37 da CF, destaca-se a existência de um diploma especíico que
estabelece a ação ética esperada dos servidores públicos, qual seja
o Decreto n° 1.171/94.
Vale lembrar que o Código de Ética foi expedido pelo Presidente da República, considerada a atribuição da Constituição
Federal para dispor sobre a organização e o funcionamento da administração pública federal, conforme art. 84, IV e VI da Constituição Federal: “IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis,
bem como expedir decretos e regulamentos para sua iel execução;
[...] VI - dispor, mediante decreto, sobre: a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento
de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos; b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos”. Exatamente
por causa desta atribuição que o Código de Ética em estudo adota
a forma de decreto e não de lei, já que as leis são elaboradas pelo
Poder Legislativo (Congresso Nacional).
Didatismo e Conhecimento
Art. 2° Os órgãos e entidades da Administração Pública Federal direta e indireta implementarão, em sessenta dias, as providências necessárias à plena vigência do Código de Ética, inclusive
mediante a Constituição da respectiva Comissão de Ética, integrada por três servidores ou empregados titulares de cargo efetivo ou
emprego permanente.
Parágrafo único. A constituição da Comissão de Ética será comunicada à Secretaria da Administração Federal da Presidência
da República, com a indicação dos respectivos membros titulares
e suplentes.
Art. 3° Este decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 22 de junho de 1994, 173° da Independência e 106°
da República.
ITAMAR FRANCO
Romildo Canhim
Este texto não substitui o publicado no DOU de 23.6.1994.
3
LENZA, Pedro. Direito constitucional
esquematizado. 15. ed. São Paulo: Saraiva, 2011.
44
LEGI SLAÇÃO DO SERVI ÇO/ SERVI DOR PÚBLI CO FEDERAL
X - Deixar o servidor público qualquer pessoa à espera de
solução que compete ao setor em que exerça suas funções, permitindo a formação de longas ilas, ou qualquer outra espécie de
atraso na prestação do serviço, não caracteriza apenas atitude contra a ética ou ato de desumanidade, mas principalmente grave dano
moral aos usuários dos serviços públicos.
XI - O servidor deve prestar toda a sua atenção às ordens legais de seus superiores, velando atentamente por seu cumprimento, e, assim, evitando a conduta negligente. Os repetidos erros, o
descaso e o acúmulo de desvios tornam-se, às vezes, difíceis de
corrigir e caracterizam até mesmo imprudência no desempenho da
função pública.
XII - Toda ausência injustiicada do servidor de seu local de
trabalho é fator de desmoralização do serviço público, o que quase
sempre conduz à desordem nas relações humanas.
XIII - O servidor que trabalha em harmonia com a estrutura
organizacional, respeitando seus colegas e cada concidadão, colabora e de todos pode receber colaboração, pois sua atividade
pública é a grande oportunidade para o crescimento e o engrandecimento da Nação.
ANEXO
Código de Ética Proissional do Servidor Público Civil do
Poder Executivo Federal
CAPÍTULO I
Seção I
Das Regras Deontológicas
I - A dignidade, o decoro, o zelo, a eicácia e a consciência dos
princípios morais são primados maiores que devem nortear o servidor público, seja no exercício do cargo ou função, ou fora dele, já
que reletirá o exercício da vocação do próprio poder estatal. Seus
atos, comportamentos e atitudes serão direcionados para a preservação da honra e da tradição dos serviços públicos.
II - O servidor público não poderá jamais desprezar o elemento
ético de sua conduta. Assim, não terá que decidir somente entre o
legal e o ilegal, o justo e o injusto, o conveniente e o inconveniente,
o oportuno e o inoportuno, mas principalmente entre o honesto e o
desonesto, consoante as regras contidas no art. 37, caput, e § 4°, da
Constituição Federal.
III - A moralidade da Administração Pública não se limita à distinção entre o bem e o mal, devendo ser acrescida da idéia de que
o im é sempre o bem comum. O equilíbrio entre a legalidade e a
inalidade, na conduta do servidor público, é que poderá consolidar
a moralidade do ato administrativo.
IV- A remuneração do servidor público é custeada pelos tributos
pagos direta ou indiretamente por todos, até por ele próprio, e por
isso se exige, como contrapartida, que a moralidade administrativa
se integre no Direito, como elemento indissociável de sua aplicação
e de sua inalidade, erigindo-se, como conseqüência, em fator de
legalidade.
V - O trabalho desenvolvido pelo servidor público perante a comunidade deve ser entendido como acréscimo ao seu próprio bem-estar, já que, como cidadão, integrante da sociedade, o êxito desse
trabalho pode ser considerado como seu maior patrimônio.
VI - A função pública deve ser tida como exercício proissional
e, portanto, se integra na vida particular de cada servidor público.
Assim, os fatos e atos veriicados na conduta do dia-a-dia em sua
vida privada poderão acrescer ou diminuir o seu bom conceito na
vida funcional.
VII - Salvo os casos de segurança nacional, investigações policiais ou interesse superior do Estado e da Administração Pública, a
serem preservados em processo previamente declarado sigiloso, nos
termos da lei, a publicidade de qualquer ato administrativo constitui
requisito de eicácia e moralidade, ensejando sua omissão comprometimento ético contra o bem comum, imputável a quem a negar.
VIII - Toda pessoa tem direito à verdade. O servidor não pode
omiti-la ou falseá-la, ainda que contrária aos interesses da própria
pessoa interessada ou da Administração Pública. Nenhum Estado
pode crescer ou estabilizar-se sobre o poder corruptivo do hábito do
erro, da opressão ou da mentira, que sempre aniquilam até mesmo a
dignidade humana quanto mais a de uma Nação.
IX - A cortesia, a boa vontade, o cuidado e o tempo dedicados
ao serviço público caracterizam o esforço pela disciplina. Tratar mal
uma pessoa que paga seus tributos direta ou indiretamente signiica
causar-lhe dano moral. Da mesma forma, causar dano a qualquer
bem pertencente ao patrimônio público, deteriorando-o, por descuido ou má vontade, não constitui apenas uma ofensa ao equipamento
e às instalações ou ao Estado, mas a todos os homens de boa vontade que dedicaram sua inteligência, seu tempo, suas esperanças e
seus esforços para construí-los.
Didatismo e Conhecimento
Seção II
Dos Principais Deveres do Servidor Público
XIV - São deveres fundamentais do servidor público:
a) desempenhar, a tempo, as atribuições do cargo, função ou
emprego público de que seja titular;
b) exercer suas atribuições com rapidez, perfeição e rendimento, pondo im ou procurando prioritariamente resolver situações
procrastinatórias, principalmente diante de ilas ou de qualquer
outra espécie de atraso na prestação dos serviços pelo setor em que
exerça suas atribuições, com o im de evitar dano moral ao usuário;
c) ser probo, reto, leal e justo, demonstrando toda a integridade do seu caráter, escolhendo sempre, quando estiver diante de
duas opções, a melhor e a mais vantajosa para o bem comum;
d) jamais retardar qualquer prestação de contas, condição essencial da gestão dos bens, direitos e serviços da coletividade a
seu cargo;
e) tratar cuidadosamente os usuários dos serviços aperfeiçoando o processo de comunicação e contato com o público;
f) ter consciência de que seu trabalho é regido por princípios
éticos que se materializam na adequada prestação dos serviços públicos;
g) ser cortês, ter urbanidade, disponibilidade e atenção, respeitando a capacidade e as limitações individuais de todos os usuários do serviço público, sem qualquer espécie de preconceito ou
distinção de raça, sexo, nacionalidade, cor, idade, religião, cunho
político e posição social, abstendo-se, dessa forma, de causar-lhes
dano moral;
h) ter respeito à hierarquia, porém sem nenhum temor de representar contra qualquer comprometimento indevido da estrutura
em que se funda o Poder Estatal;
i) resistir a todas as pressões de superiores hierárquicos, de
contratantes, interessados e outros que visem obter quaisquer favores, benesses ou vantagens indevidas em decorrência de ações
imorais, ilegais ou aéticas e denunciá-las;
j) zelar, no exercício do direito de greve, pelas exigências especíicas da defesa da vida e da segurança coletiva;
45
LEGI SLAÇÃO DO SERVI ÇO/ SERVI DOR PÚBLI CO FEDERAL
l) ser assíduo e freqüente ao serviço, na certeza de que sua
ausência provoca danos ao trabalho ordenado, reletindo negativamente em todo o sistema;
m) comunicar imediatamente a seus superiores todo e qualquer ato ou fato contrário ao interesse público, exigindo as providências cabíveis;
n) manter limpo e em perfeita ordem o local de trabalho, seguindo os métodos mais adequados à sua organização e distribuição;
o) participar dos movimentos e estudos que se relacionem
com a melhoria do exercício de suas funções, tendo por escopo a
realização do bem comum;
p) apresentar-se ao trabalho com vestimentas adequadas ao
exercício da função;
q) manter-se atualizado com as instruções, as normas de serviço e a legislação pertinentes ao órgão onde exerce suas funções;
r) cumprir, de acordo com as normas do serviço e as instruções superiores, as tarefas de seu cargo ou função, tanto quanto
possível, com critério, segurança e rapidez, mantendo tudo sempre
em boa ordem.
s) facilitar a iscalização de todos atos ou serviços por quem
de direito;
t) exercer com estrita moderação as prerrogativas funcionais
que lhe sejam atribuídas, abstendo-se de fazê-lo contrariamente
aos legítimos interesses dos usuários do serviço público e dos jurisdicionados administrativos;
u) abster-se, de forma absoluta, de exercer sua função, poder
ou autoridade com inalidade estranha ao interesse público, mesmo
que observando as formalidades legais e não cometendo qualquer
violação expressa à lei;
v) divulgar e informar a todos os integrantes da sua classe sobre a existência deste Código de Ética, estimulando o seu integral
cumprimento.
h) alterar ou deturpar o teor de documentos que deva encaminhar para providências;
i) iludir ou tentar iludir qualquer pessoa que necessite do atendimento em serviços públicos;
j) desviar servidor público para atendimento a interesse particular;
l) retirar da repartição pública, sem estar legalmente autorizado, qualquer documento, livro ou bem pertencente ao patrimônio
público;
m) fazer uso de informações privilegiadas obtidas no âmbito
interno de seu serviço, em benefício próprio, de parentes, de amigos ou de terceiros;
n) apresentar-se embriagado no serviço ou fora dele habitualmente;
o) dar o seu concurso a qualquer instituição que atente contra
a moral, a honestidade ou a dignidade da pessoa humana;
p) exercer atividade proissional aética ou ligar o seu nome a
empreendimentos de cunho duvidoso.
CAPÍTULO II
DAS COMISSÕES DE ÉTICA
XVI - Em todos os órgãos e entidades da Administração
Pública Federal direta, indireta autárquica e fundacional, ou em
qualquer órgão ou entidade que exerça atribuições delegadas pelo
poder público, deverá ser criada uma Comissão de Ética, encarregada de orientar e aconselhar sobre a ética proissional do servidor, no tratamento com as pessoas e com o patrimônio público, competindo-lhe conhecer concretamente de imputação ou de
procedimento susceptível de censura.
XVII -- Cada Comissão de Ética, integrada por três servidores públicos e respectivos suplentes, poderá instaurar, de ofício, processo sobre ato, fato ou conduta que considerar passível
de infringência a princípio ou norma ético-proissional, podendo
ainda conhecer de consultas, denúncias ou representações formuladas contra o servidor público, a repartição ou o setor em que haja
ocorrido a falta, cuja análise e deliberação forem recomendáveis
para atender ou resguardar o exercício do cargo ou função pública, desde que formuladas por autoridade, servidor, jurisdicionados
administrativos, qualquer cidadão que se identiique ou quaisquer
entidades associativas regularmente constituídas. (Revogado pelo
Decreto nº 6.029, de 2007)
XVIII - À Comissão de Ética incumbe fornecer, aos organismos encarregados da execução do quadro de carreira dos servidores, os registros sobre sua conduta ética, para o efeito de instruir
e fundamentar promoções e para todos os demais procedimentos
próprios da carreira do servidor público.
XIX - Os procedimentos a serem adotados pela Comissão de
Ética, para a apuração de fato ou ato que, em princípio, se apresente contrário à ética, em conformidade com este Código, terão o rito
sumário, ouvidos apenas o queixoso e o servidor, ou apenas este,
se a apuração decorrer de conhecimento de ofício, cabendo sempre
recurso ao respectivo Ministro de Estado. (Revogado pelo Decreto
nº 6.029, de 2007)
XX - Dada a eventual gravidade da conduta do servidor ou sua
reincidência, poderá a Comissão de Ética encaminhar a sua decisão
e respectivo expediente para a Comissão Permanente de Processo
Disciplinar do respectivo órgão, se houver, e, cumulativamente, se
for o caso, à entidade em que, por exercício proissional, o servidor
Seção III
Das Vedações ao Servidor Público
XV - E vedado ao servidor público;
a) o uso do cargo ou função, facilidades, amizades, tempo,
posição e inluências, para obter qualquer favorecimento, para si
ou para outrem;
b) prejudicar deliberadamente a reputação de outros servidores ou de cidadãos que deles dependam;
c) ser, em função de seu espírito de solidariedade, conivente
com erro ou infração a este Código de Ética ou ao Código de Ética
de sua proissão;
d) usar de artifícios para procrastinar ou diicultar o exercício
regular de direito por qualquer pessoa, causando-lhe dano moral
ou material;
e) deixar de utilizar os avanços técnicos e cientíicos ao seu
alcance ou do seu conhecimento para atendimento do seu mister;
f) permitir que perseguições, simpatias, antipatias, caprichos,
paixões ou interesses de ordem pessoal interiram no trato com o
público, com os jurisdicionados administrativos ou com colegas
hierarquicamente superiores ou inferiores;
g) pleitear, solicitar, provocar, sugerir ou receber qualquer
tipo de ajuda inanceira, gratiicação, prêmio, comissão, doação ou
vantagem de qualquer espécie, para si, familiares ou qualquer pessoa, para o cumprimento da sua missão ou para inluenciar outro
servidor para o mesmo im;
Didatismo e Conhecimento
46
LEGI SLAÇÃO DO SERVI ÇO/ SERVI DOR PÚBLI CO FEDERAL
03. (TRT/AC e RO- Téc. Judiciário Adm. – FCC/2011) É
direito do trabalhador urbano e rural, além de outros que visem
à melhoria de sua condição social, a remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em:
(A) trinta por cento à do normal.
(B) quarenta por cento à do normal.
(C) cinquenta por cento à do normal.
(D) trinta por cento à do excepcional.
(E) quarenta por cento à do excepcional.
público esteja inscrito, para as providências disciplinares cabíveis.
O retardamento dos procedimentos aqui prescritos implicará comprometimento ético da própria Comissão, cabendo à Comissão de
Ética do órgão hierarquicamente superior o seu conhecimento e
providências. (Revogado pelo Decreto nº 6.029, de 2007)
XXI - As decisões da Comissão de Ética, na análise de qualquer fato ou ato submetido à sua apreciação ou por ela levantado,
serão resumidas em ementa e, com a omissão dos nomes dos interessados, divulgadas no próprio órgão, bem como remetidas às
demais Comissões de Ética, criadas com o ito de formação da
consciência ética na prestação de serviços públicos. Uma cópia
completa de todo o expediente deverá ser remetida à Secretaria da
Administração Federal da Presidência da República. (Revogado
pelo Decreto nº 6.029, de 2007)
XXII - A pena aplicável ao servidor público pela Comissão de
Ética é a de censura e sua fundamentação constará do respectivo
parecer, assinado por todos os seus integrantes, com ciência do
faltoso.
XXIII - A Comissão de Ética não poderá se eximir de fundamentar o julgamento da falta de ética do servidor público ou do
prestador de serviços contratado, alegando a falta de previsão neste
Código, cabendo-lhe recorrer à analogia, aos costumes e aos princípios éticos e morais conhecidos em outras proissões;(Revogado
pelo Decreto nº 6.029, de 2007)
XXIV - Para ins de apuração do comprometimento ético,
entende-se por servidor público todo aquele que, por força de lei,
contrato ou de qualquer ato jurídico, preste serviços de natureza
permanente, temporária ou excepcional, ainda que sem retribuição
inanceira, desde que ligado direta ou indiretamente a qualquer órgão do poder estatal, como as autarquias, as fundações públicas,
as entidades paraestatais, as empresas públicas e as sociedades de
economia mista, ou em qualquer setor onde prevaleça o interesse
do Estado.
XXV - Em cada órgão do Poder Executivo Federal em que
qualquer cidadão houver de tomar posse ou ser investido em função pública, deverá ser prestado, perante a respectiva Comissão
de Ética, um compromisso solene de acatamento e observância
das regras estabelecidas por este Código de Ética e de todos os
princípios éticos e morais estabelecidos pela tradição e pelos bons
costumes. (Revogado pelo Decreto nº 6.029, de 2007)
04. (TRT 11ª AM/RR - Analista Judiciário – Área Judiciária – FCC/2012) O sindicato dos metalúrgicos de determinada
cidade, preocupado com a saúde dos trabalhadores sindicalizados,
resolveu impetrar mandado de segurança coletivo contra ilegalidade da autoridade pública municipal, que determinou a continuidade do trabalho em determinada indústria da região mesmo havendo
sério risco de contaminação por gases tóxicos. O referido sindicato
poderá impetrar o mandado de segurança coletivo em defesa dos
interesses de seus membros desde que esteja legalmente constituído e em funcionamento há, pelo menos,
(A) um ano.
(B) dois anos.
(C) três anos.
(D) quatro anos.
(E) cinco anos.
05. (TRE/CE - Téc. Judiciário Adm. – FCC/2012) Péricles,
português residente há mais de um ano ininterrupto no Brasil e
com idoneidade moral, Pompeu, grego naturalizado brasileiro,
Cipriano, inglês residente no Brasil há quinze anos ininterruptos e
sem condenação criminal, Alexandre, nascido no Brasil e ilho de
pais franceses a serviço da França, e Tibério, nascido na Bélgica
e ilho de pai brasileiro a serviço da República Federativa do
Brasil, foram cogitados para ocupar cargo de Ministro de Estado
da Defesa do Brasil. Nesse caso, segundo a Constituição Federal,
o cargo só poderá ser ocupado por:
(A) Tibério.
(B) Pompeu.
(C) Cipriano.
(D) Péricles.
(E) Alexandre.
Questões
01. (TJ/SC- Téc. Judiciário – TJ/SC/2010) Nos moldes preconizados pela Constituição Federal, NÃO constitui um dos fundamentos da República Federativa do Brasil:
(A) A soberania.
(B) A dignidade da pessoa humana.
(C) O pluralismo político.
(D) A independência nacional.
(E) A cidadania.
06. (TJ/RS - Analista Judiciário - FAURGS/2012) Sobre
nacionalidade, considere as airmações abaixo.
I - Somente os brasileiros naturalizados perdem a nacionalidade brasileira em virtude de aquisição de outra nacionalidade.
II - Para o cancelamento de naturalização em razão de prática
de ato nocivo ao interesse nacional, basta processo administrativo.
III - Oicial das Forças Armadas e Ministro de Estado da Defesa são cargos privativos de brasileiro nato.
02. (TRT 23ª MT - Analista Judiciário – Exec. Mandatos
– FCC/2011) Os direitos sociais previstos na Constituição Federal
têm características de normas:
(A) funcionais e ampliicativas.
(B) passivas e restritivas.
(C) imperativas e invioláveis.
(D) análogas e restritivas.
(E) centrífugas e ampliicativas.
Didatismo e Conhecimento
Quais estão corretas?
(A) Apenas I.
(B) Apenas II.
(C) Apenas III.
(D) Apenas I e III.
(E) Apenas II e III.
47
LEGI SLAÇÃO DO SERVI ÇO/ SERVI DOR PÚBLI CO FEDERAL
07. (TJ/RS - Analista Judiciário - Área Administrativa FAURGS/2012) São brasileiros natos, segundo a Constituição
Federal,
(A) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originários de países de língua portuguesa apenas
residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral.
(B) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que
de pais estrangeiros, desde que estes estejam a serviço de seu país.
(C) os estrangeiros de qualquer nacionalidade residentes na
República Federativa do Brasil há mais de quinze anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade
brasileira.
(D) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer deles não esteja a serviço da República
Federativa do Brasil.
(E) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e
optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela
nacionalidade brasileira.
(A) será colocado à disposição, com remuneração até as eleições,
e, se eleito, assim permanecerá até o término do seu mandato, mas, se
não for eleito, retornará a atividade.
(B) será agregado pela autoridade superior e, se eleito, passará
automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade.
(C) deverá continuar em atividade e, se eleito, será agregado pela
autoridade superior, sendo colocado à disposição, até o término do
seu mandato.
(D) deverá afastar-se da atividade.
(E) será colocado à disposição, sem remuneração até as eleições,
e, se eleito, assim permanecerá até o término do seu mandato, mas, se
não for eleito, retornará imediatamente à atividade.
12. (TRF 1ª - Analista Judiciário – Área Judiciária –
FCC/2011) Com relação aos servidores públicos,
(A) o membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os Ministros de Estado e os Secretários Estaduais e Municipais serão remunerados exclusivamente por subsídio ixado em doze parcelas.
(B) a ixação dos padrões de vencimento e dos demais componentes do sistema remuneratório observará a natureza, o grau de responsabilidade e a complexidade dos cargos componentes de cada carreira, os requisitos para a investidura e as peculiaridades dos cargos.
(C) Lei da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios disciplinará a aplicação de recursos orçamentários provenientes
da economia com despesas correntes em cada órgão, autarquia e fundação, para aplicação no desenvolvimento de programas de qualidade
e produtividade, treinamento e desenvolvimento, modernização, reaparelhamento e racionalização do serviço público, exceto sob a forma
de adicional ou prêmio de produtividade.
(D) aos servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e
fundações, é assegurado regime de previdência de caráter contributivo
e subsidiário, mediante contribuição do respectivo ente público, dos
servidores ativos e inativos e dos pensionistas.
(E) ao servidor ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão
declarado em Lei de livre nomeação e exoneração, bem como de outro cargo temporário ou de emprego público, não se aplica o regime
geral de previdência social.
08. (OAB – Exame da Ordem Uniicado – FGV/2012) A
Constituição de 1988 proíbe qualquer discriminação, por lei, entre
brasileiros natos e naturalizados, exceto os casos previstos pelo
próprio texto constitucional. Nesse sentido, é correto airmar que
somente brasileiro nato pode exercer cargo de
(a) Ministro do STF ou do STJ
(b) Diplomata.
(c) Ministro da Justiça
(d) Senador
09. (TRT 20ª SE - Analista Judiciário - Área Judiciária
- FCC/2011) O modo de aquisição da nacionalidade secundária
depende
(A) da origem sanguínea e territorial.
(B) da vontade do indivíduo e do Estado.
(C) do fato natural do nascimento.
(D) da origem territorial, apenas.
(E) da origem sanguínea, apenas.
13. (TRE/PE - Analista Judiciário – Área Judiciária –
FCC/2011) Apolo, funcionário público, recebeu propina para convidar empresas fantasmas a im de beneiciar a empresa UUUXXXAA
Ltda. no processo de licitação de compra de material escolar pelo Poder Público Estadual. As empresas fantasmas, convidadas, não apresentaram propostas, o que levou a empresa UUUXXXAA a vencer
a licitação, mesmo tendo apresentado proposta de fornecimento de
material acima dos valores praticados no mercado. Segundo a Constituição Federal, o ato de improbidade administrativa cometido por
Apolo, poderá importar:
(A) a perda da função pública, apenas, pois o ressarcimento ao
erário competirá a empresa que venceu a licitação.
(B) a suspensão dos direitos políticos, apenas, pois o ressarcimento ao erário competirá a empresa que venceu a licitação.
(C) a indisponibilidade de bens, apenas, pois é sua obrigação ressarcir o erário, caso a empresa tenha fornecido o material escolar.
(D) a perda da função pública e o ressarcimento ao erário, apenas,
sem prejuízo da ação penal cabível.
(E) a suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública,
a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e
gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.
10. (TRT 11ª AM/RR - Analista Judiciário – Exec. Mandatos – FCC/2012) Willian, inglês, maior de trinta e cinco anos
de idade, no pleno exercício dos direitos políticos na Inglaterra,
residente na Capital do Estado do Acre há cinco anos e iliado a determinado partido político, deseja concorrer às eleições no Brasil.
Na forma da Constituição Federal, Willian:
(A) não tem condição de elegibilidade.
(B) poderá concorrer aos cargos de Vereador e de Deputado
Estadual.
(C) poderá concorrer aos cargos de Vereador, de Deputado Estadual e de Governador.
(D) poderá concorrer ao cargo de Senador e de Deputado Federal.
(E) poderá concorrer ao cargo de Vereador, apenas.
11. (TRT 23ª MT - Analista Judiciário - Exec. Mandatos –
FCC/2012) Benedito, militar alistável, com menos de dez anos de
serviço, deseja concorrer ao cargo de vereador nas eleições Municipais, porém, para ser considerado elegível,
Didatismo e Conhecimento
48
LEGI SLAÇÃO DO SERVI ÇO/ SERVI DOR PÚBLI CO FEDERAL
14. (TRE/AP - Analista Judiciário – Área Judiciária –
FCC/2011) Eugênio, servidor público estável, perdeu o cargo por
sentença judicial transitada em julgado, cuja vaga foi ocupada por
Roberval que também é servidor público estável. Porém, Eugênio obteve novas provas e ingressou com ação apropriada que foi
julgada procedente, sendo invalidadas a sentença judicial e a sua
demissão. Segundo a Constituição Federal, Eugênio:
(A) será reintegrado e, por consequência, o Roberval será promovido ao cargo de cheia.
(B) não será reintegrado porque sua vaga já está ocupada por
Roberval. Eugênio será obrigatoriamente posto em disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço, sem direito a indenização.
(C) não será reintegrado porque sua vaga já está ocupada por
Roberval e, nesse caso, Eugênio será obrigatoriamente aproveitado em outro cargo, sem direito a indenização.
(D) será reintegrado e o Roberval será mantido no mesmo cargo, sendo vedada sua recondução.
(E) será reintegrado e o Roberval, ocupante da vaga, por ser
estável, será reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade
com remuneração proporcional ao tempo de serviço.
17. (TRT/AC e RO- Téc. Judiciário Adm. – FCC/2011) No
tocante aos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos:
(A) É assegurado, nos termos da lei, o direito de iscalização
do aproveitamento econômico das obras que criarem ou de que
participarem aos criadores, aos intérpretes e às respectivas representações sindicais e associativas.
(B) É assegurado, nos termos da lei, a proteção às participações individuais em obras coletivas e à reprodução da imagem e
voz humanas, exceto nas atividades desportivas ligadas ao futebol,
tendo em vista ser este um esporte do povo.
(C) A sucessão de bens de estrangeiros situados no País sempre será regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou
dos ilhos brasileiros, ainda que lhes seja mais favorável a lei pessoal do país de origem do “de cujus”.
(D) Todos têm direito a receber dos órgãos públicos
informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo
ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de
responsabilidade, mesmo em caso de afronta à segurança da
sociedade e do Estado, pois o direito individual deve prevalecer.
(E) A pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser,
nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, independentemente do valor do patrimônio transferido.
15. (TJ/SP- Escrevente Téc. Jud. – VUNESP/2011) Assinale a alternativa que está, expressamente, de acordo com o texto da
Constituição Federal.
(A) Ninguém será preso senão em lagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária competente,
salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente militar, deinidos em lei.
(B) Conceder-se-á habeas data para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante ou de terceiros,
constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter privado.
(C) São gratuitas as ações de habeas corpus e mandado de
segurança, e, na forma da lei, os atos necessários ao exercício da
cidadania.
(D) A todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a célere decisão do processo e os meios que garantam a igualdade de sua tramitação.
(E) Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por maioria absoluta dos votos dos respectivos
membros, serão equivalentes às emendas constitucionais.
18. (PC/CE - Delegado de Polícia Civil de 1ª Classe - VUNESP/2015) É vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver compatibilidade de horários, a de
(A) dois cargos cientíicos com outro de professor.
(B) um cargo de professor com outro técnico ou cientíico.
(C) dois cargos técnicos com outro de professor.
(D) dois cargos de professor com outro técnico, em autarquias
ou fundações.
(E) um cargo técnico com outro cientíico.
19. (TJ/RJ - Analista Judiciário - Especialidade Assistente
Social - FGV/2014) O servidor público:
(A) somente será nomeado para o cargo público após prévia
aprovação em concurso público de provas ou de provas e títulos;
(B) ocupante de cargo de provimento efetivo está proibido de
exercer funções de coniança;
(C) somente pode ser remunerado por subsídio, que não poderá exceder o valor pago aos Ministros do Supremo Tribunal Federal;
(D) deve ter os novos benefícios pecuniários calculados tomando-se como base de cálculo os benefícios anteriormente concedidos;
(E) não pode ter a sua remuneração vinculada ou equiparada a
quaisquer espécies remuneratórias.
16. (TJ/SP- Escrevente Téc. Jud. – VUNESP/2011) Conforme o que estabelece expressamente a Constituição Federal, todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu
interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão
prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas:
(A) cujo sigilo tenha sido decretado pela autoridade administrativa competente.
(B) relativas a direitos individuais indisponíveis.
(C) de interesse exclusivo da Administração Pública.
(D) cujo interesse esteja relacionado à segurança ou à saúde
públicas.
(E) cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade
e do Estado.
Didatismo e Conhecimento
20. (TRF - 4ª REGIÃO - Analista Judiciário - Oicial de
Justiça Avaliador Federal - FCC/2014) O princípio que traduz
a ideia de que a Administração tem que tratar a todos os administrados sem discriminações, benéicas ou peculiares denomina-se
princípio da
(A) responsabilidade.
(B) moralidade.
(C) publicidade.
(D) supremacia do interesse público.
(E) impessoalidade.
49
INFORMÁTICA
I NFORMÁTI CA
MAINFRAMES
FUNDAMENTOS DE MICROINFORMÁTICA:
HARDWARE E SOFTWARE;
HISTÓRICO
Os primeiros computadores construídos pelo homem foram
idealizados como máquinas para processar números (o que conhecemos hoje como calculadoras), porém, tudo era feito isicamente.
Existia ainda um problema, porque as máquinas processavam
os números, faziam operações aritméticas, mas depois não sabiam
o que fazer com o resultado, ou seja, eram simplesmente máquinas
de calcular, não recebiam instruções diferentes e nem possuíam
uma memória.
Até então, os computadores eram utilizados para pouquíssimas funções, como calcular impostos e outras operações. Os computadores de uso mais abrangente apareceram logo depois da Segunda Guerra Mundial. Os EUA desenvolveram ― secretamente,
durante o período ― o primeiro grande computador que calculava
trajetórias balísticas. A partir daí, o computador começou a evoluir
num ritmo cada vez mais acelerado, até chegar aos dias de hoje.
Os computadores podem ser classiicados pelo porte. Basicamente, existem os de grande porte ― mainframes ― e os de pequeno porte ― microcomputadores ― sendo estes últimos divididos em duas categorias: desktops ou torres e portáteis (notebooks,
laptops, handhelds e smartphones).
Conceitualmente, todos eles realizam funções internas idênticas, mas em escalas diferentes.
Código Binário, Bit e Byte
O sistema binário (ou código binário) é uma representação
numérica na qual qualquer unidade pode ser demonstrada usando-se apenas dois dígitos: 0 e 1. Esta é a única linguagem que os
computadores entendem.
Cada um dos dígitos utilizados no sistema binário é chamado
de Binary Digit (Bit), em português, dígito binário e representa a
menor unidade de informação do computador.
Os mainframes se destacam por ter alto poder de processamento, muita capacidade de memória e por controlar atividades
com grande volume de dados. Seu custo é bastante elevado. São
encontrados, geralmente, em bancos, grandes empresas e centros
de pesquisa.
Os computadores geralmente operam com grupos de bits. Um
grupo de oito bits é denominado Byte. Este pode ser usado na representação de caracteres, como uma letra (A-Z), um número (0-9)
ou outro símbolo qualquer (#, %, *,?, @), entre outros.
CLASSIFICAÇÃO DOS COMPUTADORES
A classiicação de um computador pode ser feita de diversas
maneiras. Podem ser avaliados:
•
Capacidade de processamento;
•
Velocidade de processamento;
•
Capacidade de armazenamento das informações;
•
Soisticação do software disponível e compatibilidade;
•
Tamanho da memória e tipo de CPU (Central Processing
Uni), Unidade
Central de Processamento.
Assim como podemos medir distâncias, quilos, tamanhos etc.,
também podemos medir o tamanho das informações e a velocidade
de processamento dos computadores. A medida padrão utilizada é
o byte e seus múltiplos, conforme demonstramos na tabela abaixo:
TIPOS DE MICROCOMPUTADORES
Os microcomputadores atendem a uma ininidade de aplicações. São divididos em duas plataformas: PC (computadores pessoais) e Macintosh (Apple).
Os dois padrões têm diversos modelos, conigurações e opcionais. Além disso, podemos dividir os microcomputadores em
desktops, que são os computadores de mesa, com uma torre, teclado, mouse e monitor e portáteis, que podem ser levados a qualquer
lugar.
Didatismo e Conhecimento
1
I NFORMÁTI CA
Para tentarmos deinir o que seja processamento de dados temos de ver o que existe em comum em todas estas atividades. Ao
analisarmos, podemos perceber que em todas elas são dadas certas
informações iniciais, as quais chamamos de dados.
E que estes dados foram sujeitos a certas transformações, com
as quais foram obtidas as informações.
O processamento de dados sempre envolve três fases essenciais: Entrada de Dados, Processamento e Saída da Informação.
Para que um sistema de processamento de dados funcione ao
contento, faz-se necessário que três elementos funcionem em perfeita harmonia, são eles:
DESKTOPS
São os computadores mais comuns. Geralmente dispõem de
teclado, mouse, monitor e gabinete separados isicamente e não
são movidos de lugar frequentemente, uma vez que têm todos os
componentes ligados por cabos.
São compostos por:
•
Monitor (vídeo)
•
Teclado
•
Mouse
•
Gabinete: Placa-mãe, CPU (processador), memórias, drives, disco rígido
(HD), modem, portas USB etc.
Hardware
Hardware é toda a parte física que compõe o sistema de processamento de dados: equipamentos e suprimentos tais como:
CPU, disquetes, formulários, impressoras.
PORTÁTEIS
Os computadores portáteis possuem todas as partes integradas
num só conjunto. Mouse, teclado, monitor e gabinete em uma única peça. Os computadores portáteis começaram a aparecer no início dos anos 80, nos Estados Unidos e hoje podem ser encontrados
nos mais diferentes formatos e tamanhos, destinados a diferentes
tipos de operações.
Software
É toda a parte lógica do sistema de processamento de dados.
Desde os dados que armazenamos no hardware, até os programas
que os processam.
LAPTOPS
Peopleware
Também chamados de notebooks, são computadores portáteis,
leves e produzidos para serem transportados facilmente. Os laptops possuem tela, geralmente de Liquid Crystal Display (LCD),
teclado, mouse (touchpad), disco rígido, drive de CD/DVD e portas de conexão. Seu nome vem da junção das palavras em inglês
lap (colo) e top (em cima), signiicando “computador que cabe no
colo de qualquer pessoa”.
Esta é a parte humana do sistema: usuários (aqueles que usam
a informática como um meio para a sua atividade im), programadores e analistas de sistemas (aqueles que usam a informática
como uma atividade im).
Embora não pareça, a parte mais complexa de um sistema
de processamento de dados é, sem dúvida o Peopleware, pois por
mais moderna que sejam os equipamentos, por mais fartos que sejam os suprimentos, e por mais inteligente que se apresente o software, de nada adiantará se as pessoas (peopleware) não estiverem
devidamente treinadas a fazer e usar a informática.
O alto e acelerado crescimento tecnológico vem aprimorando o hardware, seguido de perto pelo software. Equipamentos que
cabem na palma da mão, softwares que transformam fantasia em
realidade virtual não são mais novidades. Entretanto ainda temos
em nossas empresas pessoas que sequer tocaram algum dia em um
teclado de computador.
Mesmo nas mais arrojadas organizações, o relacionamento
entre as pessoas diiculta o trâmite e consequente processamento
da informação, sucateando e subutilizando equipamentos e softwares. Isto pode ser vislumbrado, sobretudo nas instituições públicas.
NETBOOKS
São computadores portáteis muito parecidos com o notebook,
porém, em tamanho reduzido, mais leves, mais baratos e não possuem drives de CD/ DVD.
PDA
É a abreviação do inglês Personal Digital Assistant e também
são conhecidos como palmtops. São computadores pequenos e,
geralmente, não possuem teclado. Para a entrada de dados, sua tela
é sensível ao toque. É um assistente pessoal com boa quantidade
de memória e diversos programas para uso especíico.
SMARTPHONES
POR DENTRO DO GABINETE
São telefones celulares de última geração. Possuem alta capacidade de processamento, grande potencial de armazenamento,
acesso à Internet, reproduzem músicas, vídeos e têm outras funcionalidades.
Sistema de Processamento de Dados
Quando falamos em “Processamento de Dados” tratamos de
uma grande variedade de atividades que ocorre tanto nas organizações industriais e comerciais, quanto na vida diária de cada um
de nós.
Didatismo e Conhecimento
2
I NFORMÁTI CA
Identiicaremos as partes internas do computador, localizadas
no gabinete ou torre:
•
•
•
•
•
•
•
O BIOS é a camada (vide diagrama 1.1) que viabiliza a utilização de Sistemas Operacionais diferentes (Linux, Unix, Hurd,
BSD, Windows, etc.) no microcomputador. É no BIOS que estão
descritos os elementos necessários para operacionalizar o Hardware, possibilitando aos diversos S.O. acesso aos recursos independe
de suas características especíicas.
Motherboard (placa-mãe)
Processador
Memórias
Fonte de Energia
Cabos
Drivers
Portas de Entrada/Saída
MOTHERBOARD (PLACA-MÃE)
O BIOS é gravado em um chip de memória do tipo EPROM
(Erased Programmable Read Only Memory). É um tipo de memória “não volátil”, isto é, desligando o computador não há a perda
das informações (programas) nela contida. O BIOS é contem 2
programas: POST (Power On Self Test) e SETUP para teste do
sistema e coniguração dos parâmetros de inicialização, respectivamente, e de funções básicas para manipulação do hardware utilizadas pelo Sistema Operacional.
É uma das partes mais importantes do computador. A motherboard é uma placa de circuitos integrados que serve de suporte
para todas as partes do computador.
Praticamente, tudo ica conectado à placa-mãe de alguma maneira, seja por cabos ou por meio de barramentos.
A placa mãe é desenvolvida para atender às características
especiicas de famílias de processadores, incluindo até a possibilidade de uso de processadores ainda não lançados, mas que apresentem as mesmas características previstas na placa.
A placa mãe é determinante quanto aos componentes que podem ser utilizados no micro e sobre as possibilidades de upgrade,
inluenciando diretamente na performance do micro.
Diversos componentes integram a placa-mãe, como:
• Chipset
Denomina-se chipset os circuitos de apoio ao microcomputador que gerenciam praticamente todo o funcionamento da placa-mãe (controle de memória cache, DRAM, controle do buffer de
dados, interface com a CPU, etc.).
O chipset é composto internamente de vários outros pequenos chips, um para cada função que ele executa. Há um chip controlador das interfaces IDE, outro controlador das memórias, etc.
Existem diversos modelos de chipsets, cada um com recursos bem
diferentes.
Devido à complexidade das motherboards, da soisticação dos
sistemas operacionais e do crescente aumento do clock, o chipset é
o conjunto de CIs (circuitos integrados) mais importante do microcomputador. Fazendo uma analogia com uma orquestra, enquanto
o processador é o maestro, o chipset seria o resto!
Quando inicializamos o sistema, um programa chamado
POST conta a memória disponível, identiica dispositivos plug-and-play e realiza uma checagem geral dos componentes instalados, veriicando se existe algo de errado com algum componente.
Após o término desses testes, é emitido um relatório com várias
informações sobre o hardware instalado no micro. Este relatório
é uma maneira fácil e rápida de veriicar a coniguração de um
computador. Para paralisar a imagem tempo suiciente para conseguir ler as informações, basta pressionar a tecla “pause/break”
do teclado.
Caso seja constatado algum problema durante o POST, serão
emitidos sinais sonoros indicando o tipo de erro encontrado. Por
isso, é fundamental a existência de um alto-falante conectado à
placa mãe.
Atualmente algumas motherboards já utilizam chips de memória com tecnologia lash. Memórias que podem ser atualizadas
por software e também não perdem seus dados quando o computador é desligado, sem necessidade de alimentação permanente.
As BIOS mais conhecidas são: AMI, Award e Phoenix. 50%
dos micros utilizam BIOS AMI.
• Memória CMOS
CMOS (Complementary Metal-Oxide Semicondutor) é uma
memória formada por circuitos integrados de baixíssimo consumo
de energia, onde icam armazenadas as informações do sistema
(setup), acessados no momento do BOOT. Estes dados são atribuídos na montagem do microcomputador reletindo sua coniguração (tipo de winchester, números e tipo de drives, data e hora,
conigurações gerais, velocidade de memória, etc.) permanecendo
armazenados na CMOS enquanto houver alimentação da bateria
interna. Algumas alterações no hardware (troca e/ou inclusão de
novos componentes) podem implicar na alteração de alguns desses
parâmetros.
• BIOS
O BIOS (Basic Input Output System), ou sistema básico de
entrada e saída, é a primeira camada de software do micro, um pequeno programa que tem a função de “iniciar” o microcomputador.
Durante o processo de inicialização, o BIOS é o responsável pelo
reconhecimento dos componentes de hardware instalados, dar o
boot, e prover informações básicas para o funcionamento do sistema.
Didatismo e Conhecimento
3
I NFORMÁTI CA
• Clock Speed ou Clock Rate
Muitos desses itens estão diretamente relacionados com o processador e seu chipset e portanto é recomendável usar os valores
default sugerido pelo fabricante da BIOS. Mudanças nesses parâmetros pode ocasionar o travamento da máquina, intermitência
na operação, mau funcionamento dos drives e até perda de dados
do HD.
• Slots para módulos de memória
Na época dos micros XT e 286, os chips de memória eram
encaixados (ou até soldados) diretamente na placa mãe, um a um.
O agrupamento dos chips de memória em módulos (pentes), inicialmente de 30 vias, e depois com 72 e 168 vias, permitiu maior
versatilidade na composição dos bancos de memória de acordo
com as necessidades das aplicações e dos recursos inanceiros disponíveis.
Durante o período de transição para uma nova tecnologia é
comum encontrar placas mãe com slots para mais de um modelo.
Atualmente as placas estão sendo produzidas apenas com módulos
de 168 vias, mas algumas comportam memórias de mais de um
tipo (não simultaneamente): SDRAM, Rambus ou DDR-SDRAM.
É a velocidade pela qual um microprocessador executa instruções. Quanto mais rápido o clock, mais instruções uma CPU pode
executar por segundo.
Usualmente, a taxa de clock é uma característica ixa do processador. Porém, alguns computadores têm uma “chave” que permite 2 ou mais diferentes velocidades de clock. Isto é útil porque
programas desenvolvidos para trabalhar em uma máquina com alta
velocidade de clock podem não trabalhar corretamente em uma
máquina com velocidade de clock mais lenta, e vice versa. Além
disso, alguns componentes de expansão podem não ser capazes de
trabalhar a alta velocidade de clock.
Assim como a velocidade de clock, a arquitetura interna de
um microprocessador tem inluência na sua performance. Dessa
forma, 2 CPUs com a mesma velocidade de clock não necessariamente trabalham igualmente. Enquanto um processador Intel
80286 requer 20 ciclos para multiplicar 2 números, um Intel 80486
(ou superior) pode fazer o mesmo cálculo em um simples ciclo.
Por essa razão, estes novos processadores poderiam ser 20 vezes
mais rápido que os antigos mesmo se a velocidade de clock fosse a
mesma. Além disso, alguns microprocessadores são superescalar,
o que signiica que eles podem executar mais de uma instrução
por ciclo.
Como as CPUs, os barramentos de expansão também têm a
sua velocidade de clock. Seria ideal que as velocidades de clock da
CPU e dos barramentos fossem a mesma para que um componente
não deixe o outro mais lento. Na prática, a velocidade de clock dos
barramentos é mais lenta que a velocidade da CPU.
• Overclock
Overclock é o aumento da frequência do processador para que
ele trabalhe mais rapidamente.
A frequência de operação dos computadores domésticos é determinada por dois fatores:
• Clock
Relógio interno baseado num cristal de Quartzo que gera um
pulso elétrico. A função do clock é sincronizar todos os circuitos
da placa mãe e também os circuitos internos do processador para
que o sistema trabalhe harmonicamente.
Estes pulsos elétricos em intervalos regulares são medidos
pela sua frequência cuja unidade é dada em hertz (Hz). 1 MHz é
igual a 1 milhão de ciclos por segundo. Normalmente os processadores são referenciados pelo clock ou frequência de operação:
Pentium IV 2.8 MHz.
PROCESSADOR
• A velocidade de operação da placa-mãe, conhecida também
como velocidade de barramento, que nos computadores Pentium
pode ser de 50, 60 e 66 MHz.
• Um multiplicador de clock, criado a partir dos 486 que
permite ao processador trabalhar internamente a uma velocidade
maior que a da placa-mãe. Vale lembrar que os outros periféricos
do computador (memória RAM, cache L2, placa de vídeo, etc.)
continuam trabalhando na velocidade de barramento.
Como exemplo, um computador Pentium 166 trabalha com
velocidade de barramento de 66 MHz e multiplicador de 2,5x. Fazendo o cálculo, 66 x 2,5 = 166, ou seja, o processador trabalha a
166 MHz, mas se comunica com os demais componentes do micro
a 66 MHz.
Tendo um processador Pentium 166 (como o do exemplo acima), pode-se fazê-lo trabalhar a 200 MHz, simplesmente aumentando o multiplicador de clock de 2,5x para 3x. Caso a placa-mãe
permita, pode-se usar um barramento de 75 ou até mesmo 83 MHz
(algumas placas mais modernas suportam essa velocidade de barramento). Neste caso, mantendo o multiplicador de clock de 2,5x,
o Pentium 166 poderia trabalhar a 187 MHz (2,5 x 75) ou a 208
MHz (2,5 x 83). As frequências de barramento e do multiplicador
O microprocessador, também conhecido como processador,
consiste num circuito integrado construído para realizar cálculos
e operações. Ele é a parte principal do computador, mas está longe
de ser uma máquina completa por si só: para interagir com o usuário é necessário memória, dispositivos de entrada e saída, conversores de sinais, entre outros.
É o processador quem determina a velocidade de processamento dos dados na máquina. Os primeiros modelos comerciais
começaram a surgir no início dos anos 80.
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4
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podem ser alteradas simplesmente através de jumpers de coniguração da placa-mãe, o que torna indispensável o manual da mesma.
O aumento da velocidade de barramento da placa-mãe pode criar
problemas caso algum periférico (como memória RAM, cache L2,
etc.) não suporte essa velocidade.
Quando se faz um overclock, o processador passa a trabalhar
a uma velocidade maior do que ele foi projetado, fazendo com que
haja um maior aquecimento do mesmo. Com isto, reduz-se a vida
útil do processador de cerca de 20 para 10 anos (o que não chega
a ser um problema já que os processadores rapidamente se tornam
obsoletos). Esse aquecimento excessivo pode causar também frequentes “crashes” (travamento) do sistema operacional durante o
seu uso, obrigando o usuário a reiniciar a máquina.
Ao fazer o overclock, é indispensável a utilização de um cooler (ventilador que ica sobre o processador para reduzir seu aquecimento) de qualidade e, em alguns casos, uma pasta térmica especial que é passada diretamente sobre a superfície do processador.
Atualmente fala-se muito em CORE, seja dual, duo ou quad,
essa denominação refere-se na verdade ao núcleo do processador,
onde ica a ULA (Unidade Aritmética e Lógica). Nos modelos
DUAL ou DUO, esse núcleo é duplicado, o que proporciona uma
execução de duas instruções efetivamente ao mesmo tempo, embora
isto não aconteça o tempo todo. Basta uma instrução precisar de um
dado gerado por sua “concorrente” que a execução paralela torna-se
inviável, tendo uma instrução que esperar pelo término da outra. Os
modelos QUAD CORE possuem o núcleo quadruplicado.
Vamos chamar de memória o que muitos autores denominam
memória primária, que é a memória interna do computador, sem a
qual ele não funciona.
A memória é formada, geralmente, por chips e é utilizada para
guardar a informação para o processador num determinado momento, por exemplo, quando um programa está sendo executado.
As memórias ROM (Read Only Memory - Memória Somente de Leitura) e RAM (Random Access Memory - Memória de
Acesso Randômico) icam localizadas junto à placa-mãe. A ROM
são chips soldados à placa-mãe, enquanto a RAM são “pentes” de
memória.
FONTE DE ENERGIA
Esses são os processadores fabricados pela INTEL, empresa
que foi pioneira nesse tipo de produto. Temos também alguns concorrentes famosos dessa marca, tais como NEC, Cyrix e AMD;
sendo que atualmente apenas essa última marca mantém-se fazendo frente aos lançamentos da INTEL no mercado. Por exemplo,
um modelo muito popular de 386 foi o de 40 MHz, que nunca
foi feito pela INTEL, cujo 386 mais veloz era de 33 MHz, esse
processador foi obra da AMD. Desde o lançamento da linha Pentium, a AMD foi obrigada a criar também novas denominações
para seus processadores, sendo lançados modelos como K5, K6-2,
K7, Duron (fazendo concorrência direta à ideia do Celeron) e os
mais atuais como: Athlon, Turion, Opteron e Phenom.
É um aparelho que transforma a corrente de eletricidade alternada (que vem da rua), em corrente contínua, para ser usada nos
computadores. Sua função é alimentar todas as partes do computador com energia elétrica apropriada para seu funcionamento.
Fica ligada à placa-mãe e aos outros dispositivos por meio de
cabos coloridos com conectores nas pontas.
CABOS
MEMÓRIAS
Podemos encontrar diferentes tipos de cabos dentro do gabinete: podem ser de energia ou de dados e conectam dispositivos,
como discos rígidos, drives de CDs e DVDs, LEDs (luzes), botão
liga/desliga, entre outros, à placa-mãe.
Os tipos de cabos encontrados dentro do PC são: IDE, SATA,
SATA2, energia e som.
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MEMÓRIAS E DISPOSITIVOS
DE ARMAZENAMENTO
DRIVERS
Memórias
Memória ROM
São dispositivos de suporte para mídias - ixas ou removíveis
- de armazenamento de dados, nos quais a informação é gravada
por meio digital, ótico, magnético ou mecânico.
Hoje, os tipos mais comuns são o disco rígido ou HD, os drives de CD/DVD e o pen drive. Os computadores mais antigos
ainda apresentam drives de disquetes, que são bem pouco usados
devido à baixa capacidade de armazenamento. Todos os drives são
ligados ao computador por meio de cabos.
No microcomputador também se encontram as memórias deinidas como dispositivos eletrônicos responsáveis pelo armazenamento de informações e instruções utilizadas pelo computador.
Read Only Memory (ROM) é um tipo de memória em que
os dados não se perdem quando o computador é desligado. Este
tipo de memória é ideal para guardar dados da BIOS (Basic Input/
Output System - Sistema Básico de Entrada/Saída) da placa-mãe
e outros dispositivos.
PORTAS DE ENTRADA/SAÍDA
Os tipos de ROM usados atualmente são:
•
Electrically-Erasable Programmable Read-Only Memory (Eeprom)
É um tipo de PROM que pode ser apagada simplesmente com
uma carga elétrica, podendo ser, posteriormente, gravada com novos dados. Depois da NVRAM é o tipo de memória ROM mais
utilizado atualmente.
•
Non-Volatile Random Access Memory (Nvram)
Também conhecida como lash RAM ou memória lash, a
NVRAM é um tipo de memória RAM que não perde os dados
quando desligada. Este tipo de memória é o mais usado atualmente para armazenar os dados da BIOS, não só da placa-mãe, mas
de vários outros dispositivos, como modems, gravadores de CD-ROM etc.
São as portas do computador nas quais se conectam todos os
periféricos. São utilizadas para entrada e saída de dados. Os computadores de hoje apresentam normalmente as portas USB, VGA,
FireWire, HDMI, Ethernet e Modem.
Veja alguns exemplos de dispositivos ligados ao computador
por meio dessas Portas: modem, monitor, pen drive, HD externo,
scanner, impressora, microfone, Caixas de som, mouse, teclado
etc.
É justamente o fato do BIOS da placa-mãe ser gravado em
memória lash que permite realizarmos upgrades de BIOS. Na
verdade essa não é exatamente uma memória ROM, já que pode
ser reescrita, mas a substitui com vantagens.
Obs.: são dignas de citação portas ainda bastante usadas,
como as portas paralelas (impressoras e scanners) e as portas
PS/2(mouses e teclados).
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•
Programmable Read-Only Memory (Prom)
É um tipo de memória ROM, fabricada em branco, sendo programada posteriormente. Uma vez gravados os dados, eles não
podem ser alterados. Este tipo de memória é usado em vários dispositivos, assim como em placas-mãe antigas.
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DISPOSITIVOS DE ARMAZENAMENTO
Memoria RAM
Disco Rígido (HD)
Random Access Memory (RAM) - Memória de acesso aleatório onde são armazenados dados em tempo de processamento, isto é, enquanto o computador está ligado e, também, todas as
informações que estiverem sendo executadas, pois essa memória
é mantida por pulsos elétricos. Todo conteúdo dela é apagado ao
desligar-se a máquina, por isso é chamada também de volátil.
O módulo de memória é um componente adicionado à placa-mãe. É composto de uma série de pequenos circuitos integrados,
chamados chip de RAM. A memória pode ser aumentada, de acordo com o tipo de equipamento ou das necessidades do usuário. O
local onde os chips de memória são instalados chama-se SLOT de
memória.
A memória ganhou melhor desempenho com versões mais poderosas, como DRAM (Dynamic RAM - RAM dinâmica), EDO
(Extended Data Out - Saída Estendida Dados), entre outras, que
proporcionam um aumento no desempenho de 10% a 30% em
comparação à RAM tradicional. Hoje, as memórias mais utilizadas
são do tipo DDR2 e DDR3.
O disco rígido é popularmente conhecido como HD (Hard
Disk Drive - HDD) e é comum ser chamado, também, de memória, mas ao contrário da memória RAM, quando o computador é
desligado, não perde as informações.
O disco rígido é, na verdade, o único dispositivo para armazenamento de informações indispensável ao funcionamento do computador. É nele que icam guardados todos os dados e arquivos,
incluindo o sistema operacional. Geralmente é ligado à placa-mãe
por meio de um cabo, que pode ser padrão IDE, SATA ou SATA2.
HD Externo
Memória Cache
Os HDs externos são discos rígidos portáteis com alta capacidade de armazenamento, chegando facilmente à casa dos Terabytes. Eles, normalmente, funcionam a partir de qualquer entrada
USB do computador.
As grandes vantagens destes dispositivos são:
•
Alta capacidade de armazenamento;
•
Facilidade de instalação;
•
Mobilidade, ou seja, pode-se levá-lo para qualquer lugar
sem necessidade de abrir o computador.
A memória cache é um tipo de memória de acesso rápido utilizada, exclusivamente, para armazenamento de dados que provavelmente serão usados novamente.
Quando executamos algum programa, por exemplo, parte das
instruções ica guardada nesta memória para que, caso posteriormente seja necessário abrir o programa novamente, sua execução
seja mais rápida.
Atualmente, a memória cache já é estendida a outros dispositivos, a im de acelerar o processo de acesso aos dados. Os processadores e os HDs, por exemplo, já utilizam este tipo de armazenamento.
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CD, CD-R e CD-RW
O Compact Disc (CD) foi criado no começo da década de 80
e é hoje um dos meios mais populares de armazenar dados digitalmente.
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Sua composição é geralmente formada por quatro camadas:
•
Uma camada de policarbonato (espécie de plástico),
onde icam armazenados os dados
•
Uma camada reletiva metálica, com a inalidade de reletir o laser
•
Uma camada de acrílico, para proteger os dados
•
Uma camada supericial, onde são impressos os rótulos
Pen Drive
Na camada de gravação existe uma grande espiral que tem
um relevo de partes planas e partes baixas que representam os bits.
Um feixe de laser “lê” o relevo e converte a informação. Temos
hoje, no mercado, três tipos principais de CDs:
É um dispositivo de armazenamento de dados em memória
lash e conecta-se ao computador por uma porta USB. Ele combina diversas tecnologias antigas com baixo custo, baixo consumo
de energia e tamanho reduzido, graças aos avanços nos microprocessadores. Funciona, basicamente, como um HD externo e
quando conectado ao computador pode ser visualizado como um
drive. O pen drive também é conhecido como thumbdrive (por ter
o tamanho aproximado de um dedo polegar - thumb), lashdrive
(por usar uma memória lash) ou, ainda, disco removível.
Ele tem a mesma função dos antigos disquetes e dos CDs, ou
seja, armazenar dados para serem transportados, porém, com uma
capacidade maior, chegando a 256 GB.
1. CD comercial
(que já vem gravado com música ou dados)
2. CD-R
(que vem vazio e pode ser gravado uma única vez)
3. CD-RW
(que pode ter seus dados apagados e regravados)
Atualmente, a capacidade dos CDs é armazenar cerca de 700
MB ou 80 minutos de música.
Cartão de Memória
DVD, DVD-R e DVD-RW
O Digital Vídeo Disc ou Digital Versatille Disc (DVD) é hoje
o formato mais comum para armazenamento de vídeo digital. Foi
inventado no inal dos anos 90, mas só se popularizou depois do
ano 2000. Assim como o CD, é composto por quatro camadas,
com a diferença de que o feixe de laser que lê e grava as informações é menor, possibilitando uma espiral maior no disco, o que
proporciona maior capacidade de armazenamento.
Seu processo de fabricação segue os padrões do CD e DVD
comuns, com a diferença de que o feixe de laser usado para leitura é ainda menor que o do DVD, o que possibilita armazenagem
maior de dados no disco.
Assim como o pen drive, o cartão de memória é um tipo de
dispositivo de armazenamento de dados com memória lash, muito
encontrado em máquinas fotográicas digitais e aparelhos celulares
smartphones.
Nas máquinas digitais registra as imagens capturadas e nos
telefones é utilizado para armazenar vídeos, fotos, ringtones, endereços, números de telefone etc.
O cartão de memória funciona, basicamente, como o pen drive, mas, ao contrário dele, nem sempre ica aparente no dispositivo
e é bem mais compacto.
Os formatos mais conhecidos são:
•
Memory Stick Duo
•
SD (Secure Digital Card)
•
Mini SD
•
Micro SD
OS PERIFÉRICOS
Os periféricos são partes extremamente importantes dos computadores. São eles que, muitas vezes, deinem sua aplicação.
O nome do disco refere-se à cor do feixe de luz do leitor ótico
que, na verdade, para o olho humano, apresenta uma cor violeta
azulada. O “e” da palavra blue (azul) foi retirado do nome por
ins jurídicos, já que muitos países não permitem que se registre
comercialmente uma palavra comum. O Blu-Ray foi introduzido
no mercado no ano de 2006.
Entrada
São dispositivos que possuem a função de inserir dados ao
computador, por exemplo: teclado, scanner, caneta óptica, leitor
de código de barras, mesa digitalizadora, mouse, microfone, joystick, CD-ROM, DVD-ROM, câmera fotográica digital, câmera de
vídeo, webcam etc.
Também possui as versões DVD-R e DVD-RW, sendo R de
gravação única e RW que possibilita a regravação de dados. A
capacidade dos DVDs é de 120 minutos de vídeo ou 4,7 GB de
dados, existindo ainda um tipo de DVD chamado Dual Layer, que
contém duas camadas de gravação, cuja capacidade de armazenamento chega a 8,5 GB.
Blu-Ray
O Blu-Ray é o sucessor do DVD. Sua capacidade varia entre
25 e 50 GB. O de maior capacidade contém duas camadas de
gravação.
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Acompanha o PC desde suas primeiras versões e foi pouco
alterado. Possui teclas representando letras, números e símbolos,
bem como teclas com funções especíicas (F1... F12, ESC etc.).
Mouse
Câmera Digital
É utilizado para selecionar operações dentro de uma tela apresentada. Seu movimento controla a posição do cursor na tela e
apenas clicando (pressionando) um dos botões sobre o que você
precisa, rapidamente a operação estará deinida.
O mouse surgiu com o ambiente gráico das famílias Macintosh e Windows, tornando-se indispensável para a utilização do
microcomputador.
Câmera fotográica moderna que não usa mais ilmes fotográicos. As imagens são capturadas e gravadas numa memória
interna ou, ainda, mais comumente, em cartões de memória.
Touchpad
O formato de arquivo padrão para armazenar as fotos é o
JPEG (.jpg) e elas podem ser transferidas ao computador por meio
de um cabo ou, nos computadores mais modernos, colocando-se o
cartão de memória diretamente no leitor.
Câmeras de Vídeo
Existem alguns modelos diferentes de mouse para notebooks,
como o touchpad, que é um item de fábrica na maioria deles.
É uma pequena superfície sensível ao toque e tem a mesma
funcionalidade do mouse. Para movimentar o cursor na tela, passa-se o dedo levemente sobre a área do touchpad.
As câmeras de vídeo, além de utilizadas no lazer, são também
aplicadas no trabalho de multimídia. As câmeras de vídeo digitais
ligam-se ao microcomputador por meio de cabos de conexão e permitem levar a ele as imagens em movimento e alterá-las utilizando
um programa de edição de imagens. Existe, ainda, a possibilidade
de transmitir as imagens por meio de placas de captura de vídeo,
que podem funcionar interna ou externamente no computador.
Teclado
É o periférico mais conhecido e utilizado para entrada de dados no computador.
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Webcam
Scanner
É uma câmera de vídeo que capta imagens e as transfere instantaneamente para o computador. A maioria delas não tem alta
resolução, já que as imagens têm a inalidade de serem transmitidas a outro computador via Internet, ou seja, não podem gerar
um arquivo muito grande, para que possam ser transmitidas mais
rapidamente.
Hoje, muitos sites e programas possuem chats (bate-papo)
com suporte para webcam. Os participantes podem conversar e
visualizar a imagem um do outro enquanto conversam. Nos laptops e notebooks mais modernos, a câmera já vem integrada ao
computador.
Saída
São dispositivos utilizados para saída de dados do computador, por exemplo: monitor, impressora, projetor, caixa de som etc.
É um dispositivo utilizado para interpretar e enviar à memória
do computador uma imagem desenhada, pintada ou fotografada.
Ele é formado por minúsculos sensores fotoelétricos, geralmente
distribuídos de forma linear. Cada linha da imagem é percorrida
por um feixe de luz. Ao mesmo tempo, os sensores varrem (percorrem) esse espaço e armazenam a quantidade de luz reletida por
cada um dos pontos da linha.
Monitor
É um dispositivo físico (semelhante a uma televisão) que tem
a função de exibir a saída de dados.
A qualidade do que é mostrado na tela depende da resolução
do monitor, designada pelos pontos (pixels - Picture Elements),
que podem ser representados na sua superfície.
Todas as imagens que você vê na tela são compostas de centenas (ou milhares) de pontos gráicos (ou pixels). Quanto mais
pixels, maior a resolução e mais detalhada será a imagem na tela.
Uma resolução de 640 x 480 signiica 640 pixels por linha e 480
linhas na tela, resultando em 307.200 pixels.
A placa gráica permite que as informações saiam do computador e sejam apresentadas no monitor. A placa determina quantas
cores você verá e qual a qualidade dos gráicos e imagens apresentadas.
Os primeiros monitores eram monocromáticos, ou seja, apresentavam apenas uma cor e suas tonalidades, mostrando os textos
em branco ou verde sobre um fundo preto. Depois, surgiram os
policromáticos, trabalhando com várias cores e suas tonalidades.
A princípio, essas informações são convertidas em cargas elétricas
que, depois, ainda no scanner, são transformadas em valores numéricos.
O computador decodiica esses números, armazena-os e pode transformá-los novamente em imagem. Após a imagem ser convertida para a
tela, pode ser gravada e impressa como qualquer outro arquivo.
Existem scanners que funcionam apenas em preto e branco e
outros, que reproduzem cores. No primeiro caso, os sensores passam apenas uma vez por cada ponto da imagem. Os aparelhos de
fax possuem um scanner desse tipo para captar o documento. Para
capturar as cores é preciso varrer a imagem três vezes: uma registra o verde, outra o vermelho e outra o azul.
Há aparelhos que produzem imagens com maior ou menor
deinição. Isso é determinado pelo número de pontos por polegada (ppp) que os sensores fotoelétricos podem ler. As capacidades
variam de 300 a 4800 ppp. Alguns modelos contam, ainda, com
softwares de reconhecimento de escrita, denominados OCR.
A tecnologia utilizada nos monitores também tem acompanhado o mercado de informática. Procurou-se reduzir o consumo
de energia e a emissão de radiação eletromagnética. Outras inovações, como controles digitais, tela plana e recursos multimídia
contribuíram nas mudanças.
Hoje em dia, existem diversos tipos de utilização para os scaners, que podem ser encontrados até nos caixas de supermercados,
para ler os códigos de barras dos produtos vendidos.
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Nos desktops mais antigos, utilizava-se a Catodic Rays Tube
(CRT), que usava o tubo de cinescópio (o mesmo princípio da TV),
em que um canhão dispara por trás o feixe de luz e a imagem é
mostrada no vídeo. Uma grande evolução foi o surgimento de
uma tela especial, a Liquid Crystal Display (LCD) - Tela de Cristal
Líquido.
A tecnologia LCD troca o tubo de cinescópio por minúsculos
cristais líquidos na formação dos feixes de luz até a montagem dos
pixels. Com este recurso, pode-se aumentar a área útil da tela.
Os monitores LCD permitem qualidade na visibilidade da
imagem - dependendo do tipo de tela ― que pode ser:
•
Matriz ativa: maior contraste, nitidez e amplo campo de
visão
•
Matriz passiva: menor tempo de resposta nos movimentos de vídeo
Além do CRT e do LCD, uma nova tecnologia esta ganhando
força no mercado, o LED. A principal diferença entre LED x LCD
está diretamente ligado à tela. Em vez de células de cristal líquido,
os LED possuem diodos emissores de luz (Light Emitting Diode)
que fornecem o conjunto de luzes básicas (verde, vermelho e azul).
Eles não aquecem para emitir luz e não precisam de uma luz branca por trás, o que permite iluminar apenas os pontos necessários na
tela. Como resultado, ele consume até 40% menos energia.
A deinição de cores também é superior, principalmente do
preto, que possui idelidade não encontrada em nenhuma das demais tecnologias disponíveis no mercado.
Sem todo o aparato que o LCD precisa por trás, o LED também pode ser mais ina, podendo chegar a apenas uma polegada de
espessura. Isso resultado num monitor de design mais agradável e
bem mais leve.
Ainda é possível encontrar monitores CRT (que usavam o
tubo de cinescópio), mas os fabricantes, no entanto, não deram
continuidade à produção dos equipamentos com tubo de imagem.
Os primeiros monitores tinham um tamanho de, geralmente,
13 ou 14 polegadas. Com proissionais trabalhando com imagens,
cores, movimentos e animações multimídia, sentiu-se a necessidade de produzir telas maiores.
Hoje, os monitores são vendidos nos mais diferentes formatos
e tamanhos. As televisões mais modernas apresentam uma entrada
VGA ou HDMI, para que computadores sejam conectados a elas.
Impressora Laser
As impressoras a laser apresentam elevada qualidade de impressão, aliada a uma velocidade muito superior. Utilizam folhas
avulsas e são bastante silenciosas.
Possuem fontes internas e também aceitam fontes via software
(dependendo da quantidade de memória). Algumas possuem um
recurso que ajusta automaticamente as conigurações de cor, eliminando a falta de precisão na impressão colorida, podendo atingir
uma resolução de 1.200 dpi (dots per inch - pontos por polegada).
Impressora a Cera
Categoria de impressora criada para ter cor no impresso com
qualidade de laser, porém o custo elevado de manutenção aliado ao
surgimento da laser colorida izeram essa tecnologia ser esquecida.
A ideia aqui é usar uma sublimação de cera (aquela do lápis de
cera) para fazer impressão.
Plotters
Impressora Jato de Tinta
Outro dispositivo utilizado para impressão é a plotter, que é
uma impressora destinada a imprimir desenhos em grandes dimensões, com elevada qualidade e rigor, como plantas arquitetônicas,
mapas cartográicos, projetos de engenharia e graismo, ou seja, a
impressora plotter é destinada às artes gráicas, editoração eletrônica
e áreas de CAD/CAM.
Vários modelos de impressora plotter têm resolução de 300
dpi, mas alguns podem chegar a 1.200 pontos por polegada, permitindo imprimir, aproximadamente, 20 páginas por minuto (no
padrão de papel utilizado em impressoras a laser).
Existe a plotter que imprime materiais coloridos com largura
de até três metros (são usadas em empresas que imprimem grandes
volumes e utilizam vários formatos de papel).
Atualmente, as impressoras a jato de tinta ou inkjet (como
também são chamadas), são as mais populares do mercado. Silenciosas, elas oferecem qualidade de impressão e eiciência.
A impressora jato de tinta forma imagens lançando a tinta diretamente sobre o papel, produzindo os caracteres como se fossem
contínuos. Imprime sobre papéis especiais e transparências e são
bastante versáteis. Possuem fontes (tipos de letras) internas e aceitam fontes via software. Também preparam documentos em preto
e branco e possuem cartuchos de tinta independentes, um preto e
outro colorido.
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Projetor
Todo barramento é implementado seguindo um conjunto de
regras de comunicação entre dispositivos conhecido como BUS
STANDARD, ou simplesmente PROTOCOLO DE BARRAMENTO, que vem a ser um padrão que qualquer dispositivo que queira
ser compatível com este barramento deva compreender e respeitar.
Mas um ponto sempre é certeza: todo dispositivo deve ser único
no acesso ao barramento, porque os dados trafegam por toda a
extensão da placa-mãe ou de qualquer outra placa e uma mistura
de dados seria o caos para o funcionamento do computador.
Os barramentos têm como principais vantagens o fato de ser
o mesmo conjunto de ios que é usado para todos os periféricos,
o que barateia o projeto do computador. Outro ponto positivo é a
versatilidade, tendo em vista que toda placa sempre tem alguns
slots livres para a conexão de novas placas que expandem as possibilidades do sistema.
A grande desvantagem dessa idéia é o surgimento de engarrafamentos pelo uso da mesma via por muitos periféricos, o que vem
a prejudicar a vazão de dados (troughput).
É um equipamento muito utilizado em apresentações
multimídia.
Antigamente, as informações de uma apresentação eram impressas em transparências e ampliadas num retroprojetor, mas,
com o avanço tecnológico, os projetores têm auxiliado muito nesta
área.
Quando conectados ao computador, esses equipamentos reproduzem o que está na tela do computador em dimensões ampliadas, para que várias pessoas vejam ao mesmo tempo.
Entrada/Saída
São dispositivos que possuem tanto a função de inserir dados,
quanto servir de saída de dados. Exemplos: pen drive, modem,
CD-RW, DVD-RW, tela sensível ao toque, impressora multifuncional, etc.
IMPORTANTE: A impressora multifuncional pode ser classiicada como periférico de Entrada/Saída, pois sua principal característica é a de realizar os papeis de impressora (Saída) e scanner (Entrada) no mesmo dispositivo.
Dispositivos conectados ao barramento
• Ativos ou Mestres - dispositivos que comandam o acesso ao
barramento para leitura ou escrita de dados
• Passivos ou Escravos - dispositivos que simplesmente obedecem à requisição do mestre.
Exemplo:
- CPU ordena que o controlador de disco leia ou escreva um
bloco de dados.
A CPU é o mestre e o controlador de disco é o escravo.
BARRAMENTOS – CONCEITOS GERAIS
Os barramentos, conhecidos como BUS em inglês, são conjuntos de ios que normalmente estão presentes em todas as placas
do computador.
Na verdade existe barramento em todas as placas de produtos
eletrônicos, porém em outros aparelhos os técnicos referem-se aos
barramentos simplesmente como o “impresso da placa”.
Barramento é um conjunto de 50 a 100 ios que fazem a comunicação entre todos os dispositivos do computador: UCP, memória, dispositivos de entrada e saída e outros. Os sinais típicos encontrados no barramento são: dados, clock, endereços e controle.
Os dados trafegam por motivos claros de necessidade de serem levados às mais diversas porções do computador.
Os endereços estão presentes para indicar a localização para
onde os dados vão ou vêm.
O clock trafega nos barramentos conhecidos como síncronos,
pois os dispositivos são obrigados a seguir uma sincronia de tempo
para se comunicarem.
O controle existe para informar aos dispositivos envolvidos
na transmissão do barramento se a operação em curso é de escrita,
leitura, reset ou outra qualquer. Alguns sinais de controle são bastante comuns:
• Memory Write - Causa a escrita de dados do barramento de
dados no endereço especiicado no barramento de endereços.
• Memory Read - Causa dados de um dado endereço especiicado pelo barramento de endereço a ser posto no barramento de
dados.
• I/O Write - Causa dados no barramento de dados serem enviados para uma porta de saída (dispositivo de I/O).
• I/O Read - Causa a leitura de dados de um dispositivo de I/O,
os quais serão colocados no barramento de dados.
• Bus request - Indica que um módulo pede controle do barramento do sistema.
• Reset - Inicializa todos os módulos
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Barramentos Comerciais
Serão listados aqui alguns barramentos que foram e alguns
que ainda são bastante usados comercialmente.
ISA – Industry Standard Architeture
Foi lançado em 1984 pela IBM para suportar o novo PC-AT.
Tornou-se, de imediato, o padrão de todos os PC-compatíveis. Era
um barramento único para todos os componentes do computador,
operando com largura de 16 bits e com clock de 8 MHz.
PCI – Peripheral Components Interconnect
PCI é um barramento síncrono de alta performance, indicado
como mecanismo entre controladores altamente integrados, plug-in placas, sistemas de processadores/memória.
Foi o primeiro barramento a incorporar o conceito plug-and-play.
Seu lançamento foi em 1993, em conjunto com o processador
PENTIUM da Intel. Assim o novo processador realmente foi revolucionário, pois chegou com uma série de inovações e um novo
barramento. O PCI foi deinido com o objetivo primário de estabelecer um padrão da indústria e uma arquitetura de barramento que
ofereça baixo custo e permita diferenciações na implementação.
Componente PCI ou PCI master
Funciona como uma ponte entre processador e barramento
PCI, no qual dispositivos add-in com interface PCI estão conectados.
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Assim sendo, o padrão PCI Express 1X pode representar também taxas de transferência de dados de 500 MB por segundo.
A Intel é uma das grandes precursoras de inovações tecnológicas.
No início de 2001, em um evento próprio, a empresa mostrou
a necessidade de criação de uma tecnologia capaz de substituir o
padrão PCI: tratava-se do 3GIO (Third Generation I/O – 3ª geração de Entrada e Saída). Em agosto desse mesmo ano, um grupo
de empresas chamado de
PCI-SIG (composto por companhias como IBM, AMD e Microsoft) aprovou as primeiras especiicações do 3GIO.
Entre os quesitos levantados nessas especiicações, estão os
que se seguem: suporte ao barramento PCI, possibilidade de uso
de mais de uma lane, suporte a outros tipos de conexão de plataformas, melhor gerenciamento de energia, melhor proteção contra
erros, entre outros.
Esse barramento é fortemente voltado para uso em subsistemas de vídeo.
- Add-in cards interface
Possuem dispositivos que usam o protocolo PCI. São gerenciados pelo PCI master e são totalmente programáveis.
AGP – Advanced Graphics Port
Esse barramento permite que uma placa controladora gráica
AGP substitua a placa gráica no barramento PCI. O Chip controlador AGP substitui o controlador de E/S do barramento PCI.
O novo conjunto AGP continua com funções herdadas do PCI. O
conjunto faz a transferência de
dados entre memória, o processador e o controlador ISA,
tudo, simultaneamente.
Permite acesso direto mais rápido à memória. Pela porta gráica aceleradora, a placa tem acesso direto à RAM, eliminando a
necessidade de uma VRAM (vídeo RAM) na própria placa para
armazenar grandes arquivos de bits como mapas e textura.
O uso desse barramento iniciou-se através de placas-mãe que
usavam o chipset i440LX, da Intel, já que esse chipset foi o primeiro a ter suporte ao AGP. A principal vantagem desse barramento é
o uso de uma maior quantidade de memória para armazenamento
de texturas para objetos tridimensionais, além da alta velocidade
no acesso a essas texturas para aplicação na tela.
O primeiro AGP (1X) trabalhava a 133 MHz, o que proporciona uma velocidade 4 vezes maior que o PCI. Além disso, sua taxa
de transferência chegava a 266 MB por segundo quando operando
no esquema de velocidade X1, e a 532 MB quando no esquema de
velocidade 2X. Existem também as versões 4X, 8X e 16X. Geralmente, só se encontra um único slot nas placas-mãe, visto que o
AGP só interessa às placas de vídeo.
Interfaces – Barramentos Externos
Os barramentos circulam dentro do computador, cobrem toda
a extensão da placa-mãe e servem para conectar as placas menores especializadas em determinadas tarefas do computador. Mas
os dispositivos periféricos precisam comunicarem-se com a UCP,
para isso, historicamente foram desenvolvidas algumas soluções
de conexão tais como: serial, paralela, USB e Firewire. Passando ainda por algumas soluções proprietárias, ou seja, que somente
funcionavam com determinado periférico e de determinado fabricante.
Interface Serial
Conhecida por seu uso em mouse e modems, esta interface
no passado já conectou até impressoras. Sua característica fundamental é que os bits trafegam em ila, um por vez, isso torna
a comunicação mais lenta, porém o cabo do dispositivo pode ser
mais longo, alguns chegam até a 10 metros de comprimento. Isso
é útil para usar uma barulhenta impressora matricial em uma sala
separada daquela onde o trabalho acontece.
As velocidades de comunicação dessa interface variam de 25
bps até 57.700 bps (modems mais recentes). Na parte externa do
gabinete, essas interfaces são representadas por conectores DB-9
ou DB-25 machos, conforme a igura a seguir.
PCI Express
Na busca de uma solução para algumas limitações dos barramentos AGP e PCI, a indústria de tecnologia trabalha no barramento PCI Express, cujo nome inicial era 3GIO. Trata-se de um
padrão que proporciona altas taxas de transferência de dados entre
o computador em si e um dispositivo, por exemplo, entre a placa-mãe e uma placa de vídeo 3D.
A tecnologia PCI Express conta com um recurso que permite
o uso de uma ou mais conexões seriais, também chamados de lanes para transferência de dados. Se um determinado dispositivo
usa um caminho, então diz-se que esse utiliza o barramento PCI
Express 1X; se utiliza 4 lanes , sua denominação é PCI Express 4X
e assim por diante. Cada lane pode ser bidirecional, ou seja, recebe
e envia dados. Cada conexão usada no PCI Express trabalha com 8
bits por vez, sendo 4 em cada direção. A freqüência usada é de 2,5
GHz, mas esse valor pode variar. Assim sendo, o PCI Express 1X
consegue trabalhar com taxas de 250 MB por segundo, um valor
bem maior que os 132 MB do padrão PCI. Esse barramento trabalha com até 16X, o equivalente a 4000 MB por segundo. A tabela
abaixo mostra os valores das taxas do PCI Express comparadas às
taxas do padrão AGP:
Interface Paralela
Criada para ser uma opção ágil em relação à serial, essa interface transmite um byte de cada vez. Devido aos 8 bits em paralelo
existe um RISCo de interferência na corrente elétrica dos condutores que formam o cabo. Por esse motivo os cabos de comunicação
desta interface são mais curtos, normalmente funcionam muito
bem até a distância de 1,5 metro, embora exista no mercado cabos
paralelos de até 3 metros de comprimento. A velocidade de transmissão desta porta chega até a 1,2 MB por segundo.
Nos gabinetes dos computadores essa porta é encontrada na
forma de conectores DB-25 fêmeas. Nas impressoras, normalmente, os conectores paralelos são conhecidos como interface centronics. Veja as ilustrações.
É importante frisar que o padrão 1X foi pouco utilizado e,
devido a isso, há empresas que chamam o PC I Express 2X de PCI
Express 1X.
Didatismo e Conhecimento
13
I NFORMÁTI CA
• Capacidade de conectar muitos dispositivos (até 63 por porta);
• Permite até 1023 barramentos conectados entre si;
• Transmite diferentes tipos de sinais digitais:
vídeo, áudio, MIDI, comandos de controle de dispositivo, etc;
• Totalmente Digital (sem a necessidade de conversores analógico-digital, e portanto mais seguro e rápido);
• Devido a ser digital, isicamente é um cabo ino, lexível,
barato e simples;
• Como é um barramento serial, permite conexão bem facilitada, ligando um dispositivo ao outro, sem a necessidade de conexão
ao micro (somente uma ponta é conectada no micro).
A distância do cabo é limitada a 4.5 metros antes de haver
distorções no sinal, porém, restringindo a velocidade do barramento podem-se alcançar maiores distâncias de cabo (até 14 metros).
Lembrando que esses valores são para distâncias “ENTRE PERIFÉRICOS”, e SEM A UTILIZAÇÃO DE TRANSCEIVERS (com
transceivers a previsão é chegar a até 70 metros usando ibra ótica).
O barramento irewire permite a utilização de dispositivos de
diferentes velocidades (100, 200, 400, 800, 1200 Mb/s) no mesmo
barramento.
O suporte a esse barramento está nativamente em Macs, e em
PCs através de placas de expansão especíicas ou integradas com
placas de captura de vídeo ou de som.
Os principais usos que estão sendo direcionados a essa interface, devido às características listadas, são na área de multimídia,
especialmente na conexão de dispositivos de vídeo (placas de captura, câmeras, TVs digitais, setup boxes, home theather, etc).
USB – Universal Serial Bus
O USB Implementers Forum (http://www.usb.org), que é o
grupo de fabricantes que desenvolveu o barramento USB, já desenvolveu a segunda versão do USB, chamada USB 2.0 ou High-speed USB. Essa nova versão do USB possui uma taxa máxima
de transferência de 480 Mbps (aproximadamente 60 MB/s), ou
seja, uma taxa maior que a do Firewire 1.0 e muito maior do que
a versão anterior do USB, chamada 1.1, que permite a conexão de
periféricos usando taxas de transferência de 12 Mbps (aproximadamente 1,5 MB/s) ou 1,5 Mbps (aproximadamente 192 KB/s),
dependendo do periférico.
A porta USB 2.0 continua 100% compatível com periféricos
USB 1.1.
Ao iniciar a comunicação com um periférico, a porta tenta comunicar-se a 480 Mbps . Caso não tenha êxito, ela abaixa a sua velocidade para 12 Mbps. Caso a comunicação também não consiga
ser efetuada, a velocidade é então abaixada para 1,5 Mbps. Com
isso, os usuários não devem se preocupar com os periféricos USB
que já possuem: eles continuarão compatíveis com o novo padrão.
Os computadores com interfaces USB aceitam até 127 dispositivos conectados. Às vezes as placas têm de 2 a 6 conectores
USB. Para resolver isso são vendidos os hubs USB.
Um detalhe importantíssimo é que hubs USB 1.1 não conseguem estabelecer conexões a 480 Mbps para periféricos conectados a eles. Nesse caso, estes hubs atuam como gargalos de conexão. Sempre que puder escolher, dê preferência a dispositivos
USB 2.0.
Outro fato interessante também é o padrão do cabo USB, mais
precisamente de seus conectores. É fato que alguns fabricantes de
câmeras e outros dispositivos podem tentar criar conectores proprietários
para suas interfaces USB, sempre respeitando a ponta que se
liga no computador (conector A). Mas a grande maioria dos fabricantes de dispositivos eletrônicos em geral, se usa USB, respeita o
padrão de conectores apresentado na igura abaixo.
Portanto, o cabo daquela câmera que foi esquecido em uma
viagem pode facilmente ser substituído agora, basta respeitar o
tipo de conector usado no produto.
INSTALAÇÃO DE PERIFÉRICOS
Todo equipamento que é conectado ao gabinete do PC (ou
torre, como alguns chamam) pode ser considerado um periférico.
Teclado, mouse, fones de ouvido, impressoras, monitores, webcams, caixinhas de som e qualquer outro aparelho conectado externamente ao gabinete (ou seja, em sua periferia) é um periférico.
USB
Para tranquilizar você, iniciaremos falando dos dispositivos
que utilizam a tecnologia USB para serem ligados ao PC. Equipamentos que possuem esse tipo de conector são os mais fáceis
de conectar, pois basta inserir o plugue do dispositivo a qualquer
entrada USB do computador para que ele seja automaticamente
reconhecido e instalado. Alguns requerem que você insira o CD de
instalação, como impressoras e webcams, mas geralmente bastará seguir corretamente as instruções mostradas na tela para que o
equipamento funcione perfeitamente.
Firewire
O barramento irewire, também conhecido como IEEE 1394
ou como i.Link, é um barramento de grande volume de transferência de dados entre computadores, periféricos e alguns produtos
eletrônicos de consumo. Foi desenvolvido inicialmente pela Apple
como um barramento serial de alta velocidade, mas eles estavam
muito à frente da realidade, ainda mais com, na época, a alternativa do barramento USB que já possuía boa velocidade, era barato
e rapidamente integrado no mercado. Com isso, a Apple, mesmo
incluindo esse tipo de conexão/portas no Mac por algum tempo,
a realidade “de fato”, era a não existência de utilidade para elas
devido à falta de periféricos para seu uso. Porém o desenvolvimento continuou, sendo focado principalmente pela área de vídeo,
que poderia tirar grandes proveitos da maior velocidade que ele
oferecia.
Suas principais vantagens:
• São similares ao padrão USB;
• Conexões sem necessidade de desligamento/boot do micro
(hot-plugable);
Didatismo e Conhecimento
14
I NFORMÁTI CA
Alguns computadores podem não ter conectores coloridos.
Nesse caso, as entradas terão desenhos que representem os dispositivos. A saída de áudio, quando não colorizada, costuma ter um
símbolo que lembra um fone de ouvido.
Microfones possuem o conector muito parecido com caixas de
som e fones de ouvido. Apesar de parecidos, eles não são iguais.
Pegue um fone de ouvido e um microfone e compare os plugues
de cada um. Você verá que eles possuem quantidades diferentes de
cortes ao longo do conector. Os microfones sempre terão conectores pintados de cor-de-rosa, ou o desenho de um microfone, no
caso de não serem coloridos.
Existe ainda outra classe de dispositivos de áudio, chamados
de 5.1 ou 7.1. Algumas placas de som são compatíveis com áudio
digital com mais de dois canais, para utilização com várias caixas de som, o que proporciona maior idelidade e um som mais
envolvente. Esse tipo de caixa de som costuma vir com mais de
um conector. Se a sua placa de som suportar caixas de som 5.1,
você poderá ver entradas adicionais na parte traseira do gabinete.
Cada plugue das caixas de som deverá ser conectado à entrada que
possui a mesma cor.
Vídeo
Atualmente, os padrões mais comuns de conectores de vídeo
são o VGA e o DVI. Os monitores e placas de vídeo mais recentes, que são totalmente digitais, já estão vindo com o padrão DVI.
Mesmo assim, a maioria dos monitores ainda possui um conector
VGA para conexão com placas de vídeo menos avançadas. Até
mesmo algumas placas de vídeo mais potentes ainda vêm com conectores VGA, para que o usuário tenha possibilidade de escolha
entre monitores VGA e DVI (principalmente por causa da diferença de preço).
*Assim como todo conector de computador, só existe uma posição possível para plugar os dispositivos USB. Portanto, não se
preocupe se você está fazendo certo, pois é possível encaixar sem
fazer muita força. Se o plugue não estiver entrando com facilidade,
provavelmente você está tentando conectá-lo na posição errada.
Inverta a posição e o encaixe poderá ser feito facilmente.
Áudio
Os conectores de áudio costumam causar muita irritação aos
usuários que não decoraram ainda as “regras” para conectar microfone, caixas de som, fones de ouvido e outros dispositivos de
áudio. Basicamente, basta dar uma bela olhada no gabinete para
entender na mesma hora em qual conector você deve ligar cada
dispositivo. Fones de ouvido e caixas de som comuns costumam
vir com o plugue pintado na cor verde. Na parte traseira ou frontal
do gabinete, procure a entrada que também estiver pintada na cor
verde limão e conecte o fone ou caixa de som.
*As máquinas mais recentes costumam vir com conectores
na frente para facilitar a conexão de fones de ouvido; e na parte
de trás do gabinete, para que você possa ligar caixas de som. Porém, a maioria dos computadores não suporta a utilização das duas
entradas ao mesmo tempo, e dá prioridade para a entrada frontal.
Ou seja, se você conectar um fone de ouvido à entrada do painel frontal, as caixinhas de som que estiverem na entrada traseira
provavelmente não funcionarão. Quando você retirar o plugue do
painel frontal, o traseiro funcionará novamente.
Didatismo e Conhecimento
15
I NFORMÁTI CA
Tanto no padrão VGA, quanto no padrão DVI, só é possível
conectar o monitor aos cabos e os cabos ao gabinete, em uma posição. E como não há outra entrada igual, não há como errar. Se
seu gabinete tiver duas entradas VGA ou DVI, isso quer dizer que
a placa de vídeo suporta a conexão de dois monitores ao mesmo
tempo.
*Se você comprar uma placa de vídeo que só tenha saída DVI
e o seu monitor só tiver o conector VGA (ou vice-versa), existem
pequenos adaptadores que fazem a conversão do conector, para
que você não possa utilizar ambos os equipamentos sem precisar
comprar nada novo (e caro). Os adaptadores podem ser encontrados facilmente em qualquer loja de informática.
SISTEMAS OPERACIONAIS: CONCEITO,
INTERFACE DE JANELAS, FUNÇÕES,
ACESSÓRIOS E UTILITÁRIOS
(LINUX E MS WINDOWS 7 E 8);
LINUX
Um pouco de História
No início da década de 70, fruto de necessidade original dos
Laboratórios Bell, surgiu um sistema operacional chamado UNIX.
Em 1973, após o surgimento da linguagem de programação “C”,
o UNIX foi reescrito nessa linguagem. Logo, embora sem tanta
empolgação no campo acadêmico, ganhou força no mundo dos
negócios.
Já o Linux foi escrito por Linus Torvalds, e muitas são as
pessoas que vêm colaborando com o seu desenvolvimento desde
então. Está sob a licença de uso da GNU General Public License
(GPL). Esta é uma licença escrita pela Free Software Foundation
(FSF). Falando em termos simples, você tem o direito de cobrar o
quanto quiser por sua cópia, mas não pode impedir a outra pessoa
de distribuir gratuitamente. A licença também diz que qualquer um
que modiicar o programa também deve lançar esta sua versão sob
a mesma licença.
Graças à legião de colaboradores ao redor do mundo, os bugs
que porventura surgem no Linux são rapidamente eliminados.
Pessoas de todas as áreas colaboram, algumas com larga
experiência em programação e hardware.
Saiba que há softwares comerciais para Linux. Em grande
parte, são programas que já existem para o ambiente Windows
migrando para o Linux.
Outras conexões
Algumas placas de vídeo vêm com saídas para que você ligue-as em televisores, através de conectores RCA. Esse tipo de conector terá sempre a cor amarela, assim como o cabo correspondente,
e estará localizado ao lado das saídas VGA e/ou DVI.
Os cabos de rede podem gerar confusão na hora de conectar
a computadores que possuam modems discados, devido à semelhança entre suas entradas. É fácil distinguir os dois tipos de cabo
e conexão, pois eles são de tamanhos diferentes. Se você tentar
conectar um cabo e ele não encaixar perfeitamente, você deve estar
tentando ligar o cabo na entrada errada.
Dando início
Logo após ligar o computador e todo o início se der
normalmente, basta você digitar seu “Login” (sua identiicação
no sistema) e senha. Haverá um diretório com “seu nome”. Este
diretório conterá seus arquivos pessoais, que ica em /home/
usuário, onde “usuário” é o seu “Login”.
Na verdade este início será apenas um pouco diferente
dependendo da distribuição que você estiver usando. Mas no geral,
é como dito acima: Login + Senha, e pronto!
O terminal
Vamos falar sobre como usar algumas coisas no terminal. Ao
acessamos o sistema, veremos algo parecido com isso:
/home/fulano$
Isto é o que chamamos de “prompt”. Em inglês, “prompt” é
a “deixa” para fazer algo, como em teatro quando um ator recebe
uma “deixa”. É realmente assim aqui, pois você está recebendo a
“deixa” para digitar um comando para o sistema realizar algo.
Todo comando no Linux é uma sequência de letras, números
e caracteres. Alguns comandos válidos são “mail”, “cat”, “ls”.
Além disso o Linux tem a característica conhecida como “casesensitive”, i.e., ele difere letras minúsculas de maiúsculas. Portanto
os comando Cat, CAT, cat e CaT são comandos diferentes. Na
prática, é difícil encontrar comandos como estes, usando tal
característica.
Didatismo e Conhecimento
16
I NFORMÁTI CA
Vamos começar a usar os comandos?
Digite “ct”. Você provavelmente verá algo parecido com a
seguinte mensagem:
/home/fulano$ ct
ct: comando não encontrado
/home/fulano$
Você foi informado que não há programa com o nome “ct”.
Agora digite “cat”. Surgirá uma linha em branco. Digite algo,
e tecle enter. O que acontece? A linha é repetida logo abaixo.
Simples, não? Você usou seu primeiro comando. Para inalizar o
“cat”, tecle “Ctrl + D” e volte para o prompt.
Páginas de Manual
Quer aprender melhor sobre o comando “cat” (ou qualquer
outro comando)? Digite “man cat”. Você verá algo que começa
mais ou menos assim:
CAT(1)
User Commands
CAT(1)
$ mkdir diretorio-teste
Digite novamente “ls -F”. O que aconteceu? Apareceu um
novo diretório chamado “diretorio-teste”. Simples assim.
Para remover um diretório, use um comando similar ao mkdir:
o rmdir. Faça similar ao mkdir: “rmdir diretorio-teste” removerá
o diretório anteriormente criado. Para usá-lo desta forma, só um
lembrete: o diretório deve estar vazio.
Lidando com Arquivos
Veja o caso de comandos básicos como cd, mv, e rm. Há
outros comandos que agem sobre os arquivos, mas não agem sobre
os dados nesses arquivos. Aqui estão incluídos os comandos touch,
chmod, du, e df. Todos esses comandos não alteram os arquivos,
mas mudam coisas que o Linux ‘lembra’ sobre os arquivos.
Algumas dessas são:
As datas relacionadas com os arquivos: cada arquivo possui
três datas associadas a ele. São: a data de criação (quando o
arquivo foi criado), a última modiicação (quando o arquivo foi
modiicado pela última vez), e o último acesso (quando o arquivo
foi lido pela última vez).
O proprietário: todo arquivo tem um ‘dono’, ou proprietário.
O grupo: todo arquivo tem um grupo de usuários associado a
ele. O grupo mais comum é chamado ‘users’, que normalmente é
compartilhado por todos os usuários do sistema.
As permissões: todo arquivo possui permissões (também
chamadas ‘privilégios’) associadas a ele. Essas permissões
dizem quem pode acessar o arquivo, modiicá-lo ou, no caso de
programas, executá-lo. Cada uma dessas permissões pode ser
imposta separadamente ao dono, ao grupo, ou a todos os usuários.
Veja o exemplo abaixo:
touch arquivo1 arquivo2 ... arquivoN
O comando touch irá ‘atualizar’ as datas relacionadas com os
arquivos listados para a data atual. Se o arquivo não existir, ele será
criado. Também é possível colocar uma data especíica, basta usar
a opção -t. Você pode alterar apenas a data de acesso (use a opção
-a), ou apenas a data de modiicação (use a opção -m). Para usar a
opção -t, faça como segue:
[[CC]YY]MMDDhhmm[.SS]
Na linha acima, se CC não for utilizado, o touch entenderá que
o ano CCYY está no intervalo 1969-2068. SE SS não for indicado,
será considerado como 0.
O comando chmod altera as permissões de um arquivo. Segue
a forma abaixo.
chmod [-Rv] mode arquivo1 arquivo2 ... arquivoN
Antes de estudar como usá-lo, vejamos quais são as permissões
que existem no Linux. Cada arquivo tem um grupo de permissões
associado a ele. Estas permissões dizem ao Linux se um arquivo
pode ou não ser lido, modiicado ou executado como um programa.
Isso é bom, pois previne que indivíduos maliciosos façam o que
não se deve, e indivíduos desavisados façam bobagens.
Portanto o Linux reconhece três tipos de pessoas: primeiro,
o dono ou proprietário do arquivo. O segundo é o ‘grupo’, que
na maioria dos casos será ‘users’, que são os usuários normais do
sistema (para ver o grupo de um arquivo, use ‘ls -l arquivo’). E
depois, há todos os outros além do proprietário e dos membros do
grupo.
Um arquivo pode ter permissões de leitura ou modiicação
para o dono, leitura para o grupo, e nenhuma permissão para os
outros. Ou, por alguma razão, um arquivo pode ter permissões
de leitura/modiicação para o grupo e para os outros, mas não ter
permissões para o dono!
NAME
cat - concatenate iles and print on the standard output
SYNOPSIS
cat [OPTION] [FILE]...
DESCRIPTION
Concatenate FILE(s), or standard input, to standard output.
(...)
Você entrou na página de manual do comando cat. É uma
página completa sobre como usar este comando. É claro, não
espere entender tudo. Esta página assume que você possui algum
conhecimento sobre o Linux. Mas tudo bem! Quanto mais ler,
mais você aprende.
Tente usar este comando, o “man”, com os outros que você
aprenderá com o tempo. Certamente será muito útil no decorrer do
seu aprendizado.
Antes de continuar, digite o comando “clear”. Este comando
“limpará” o terminal. Estamos apenas limpando a bagunça
:). Aproveite este comando e veja como o “man” pode ser útil.
Digamos que você esteja aprendendo sobre um comando, o clear
por exemplo. Se você digitar “man -k clear” você verá uma lista
de todos os comandos onde a palavra “clear” aparece em sua
descrição ou nome. Isto é muito útil, principalmente quando você
está procurando por algo, mas não lembra exatamente seu nome.
Você deve ter notado o “-k” na frente do comando man. É isto
mesmo: alguns comandos permitem que você tenha opções de
como ele trabalhará. Isto é, de fato, muito comum.
Organizando as coisas
Como tudo em nossa vida, nossos arquivos no computador
devem ser organizados. E organizamos isso em diretórios. Como
ver o que há neles? Com o comando “ls”.
O comando “ls” é um dos mais importantes. Ele lista os
arquivos e diretórios. Digite “ls” no terminal e veja o que ocorre.
Agora digite “ls -F”. A opção “-F” faz você ver quais itens são
diretórios (terão uma barra invertida no inal), quais são arquivos,
quais são arquivos especiais, etc.
Do terminal você também pode criar diretórios. Basta usar o
comando “mkdir”. Como exemplo, digite “ls -F” e veja o conteúdo
do diretório atual. Agora digite:
Didatismo e Conhecimento
17
I NFORMÁTI CA
Vamos usar o chmod para aprender algo sobre permissões.
Crie um arquivo qualquer para teste. Por padrão, você tem
permissão para ler e modiicar este arquivo (as permissões dadas
a outros dependem de como o sistema - e também sua conta - está
conigurada). Teste sua permissão, abrindo o arquivo usando cat.
Agora, vamos tirar sua permissão de ler o arquivo! Digite:
chmod u-r arquivo
O parâmetro u-r diz ‘usuário menos leitura’. Agora, se você
tentar ler o arquivo, receberá a mensagem ‘Permission denied
error!’. Adicione a permissão de leitura, simplesmente fazendo
chmod u+r arquivo
Permissões para diretórios seguem as mesmas idéias: ler,
escrever e executar, mas de forma um pouco diferente. A permissão
de leitura permite ao usuário (ou o grupo ou todos) ler o diretório,
ou seja, listar os arquivos, vendo seus nomes. A permissão de
escrita permite adicionar ou remover arquivos. A permissão de
execução permite acessar os arquivos no diretório ou subdiretórios.
Para usar o comando chmod, troque ‘mode’ pelo alvo da
mudança: o usuário, o grupo, etc, e o que fazer com ele. Trocando
em miúdos, faça similar ao lidar com arquivos: use o símbolo ‘+’
para adicionar um privilégio, e o símbolo ‘ - ‘ para tirá-lo.
A opção R mudará a permissão do diretório, e de todos os
arquivos e diretórios dentro dele, e assim sucessivamente (o ‘R’
vem de recursivo). Usando ‘v’, você faz o chmod relatar o que está
acontecendo.
conjunto com pipes (‘ | ‘). No entanto, cat tem algumas opções
úteis. Por exemplo, ‘n’ contará todas as linhas de um arquivo, ‘A’
mostrará os caracteres de controle como caracteres normais - e isso
meio que afastará coisas estranhas de sua tela. Claro, use ‘man cat’
para saber muito mais.
more [-l] [+numero_da_linha] [arquivo1 arquivo2 ...arquivoN]
O comando more é muito útil, e é o comando que usamos
quando queremos ver arquivos de texto em em ASCII. A única
opção interessante é ‘ l ‘.
Usando ‘+5’, por exemplo, ele começará da linha 5. Usando
‘+num’, ele começará da linha ‘num’.
Como more é um comando interativo, veja as situações mais
frequentes:
Ctrl + L : move para a próxima tela (de texto)
Barra de espaço: sai do ambiente de comando ‘more’
/ : pesquisa pela próxima ocorrência de uma expressão.
O próximo comando é ‘head’
head [-linhas] [arquivo1 arquivo2 ...arquivoN]
‘head’ mostra a primeira linha dos arquivos listados. Qualquer
opção numérica mostrará essa quantidade de linhas. Por exemplo:
head -10 arquivo
mostrará as 10 primeiras linhas de ‘arquivo’
Da mesma forma que head, ‘tail’ mostra uma parte do arquivo
- a parte inal. Use similarmente a ‘head’:
tail [-linhas] [arquivo1 arquivo2 ...arquivoN]
O comando ‘ile’ tenta identiicar o formato de um arquivo.
Já que nem todos os arquivos possuem extensões, ‘ile’ faz uma
checagem rudimentar para saber qual é o formato.
ile [arquivo1 arquivo2 ...arquivoN]
Estatísticas do sistema
Agora, veremos comandos que mostram estatísticas sobre o
sistema operacional, ou sobre partes do sistema.
du [-abs] [path1 path2 ...pathN]
‘du’ vem de ‘disk usage’, uso do disco. Determina quanto do
espaço em disco é usado por um diretório. Ele mostra o espaço
usado por cada subdiretório e, no inal, o total - a soma de todos
eles.
O ‘a’ no início fará surgir os arquivos, além dos diretórios. A
opção ‘b’ mostrará o espaço em bytes, em vez de kilobytes. Um
byte é o equivalente a uma letra em um documento de texto. A
opção ‘s’ mostrará apenas o diretórios, sem os subdiretórios.
uptime
O comando uptime faz exatamente o que ele mesmo diz:
exibe o tempo decorrido desde que o sistema foi ‘ligado’, o tempo
desde o último boot. Surpreendentemente, uptime é um dos poucos
comandos que não possuem opções.
who
O comando who exibe os usuários atuais do sistema, e quando
eles logaram. Se for dado o parâmetro ‘am i’, mostra o usuário
atual.
w [username]
Este comando mostra os usuários atuais e o que eles estão
fazendo. O ‘cabeçalho’ do comando w é exatamente o mesmo
do comando uptime, e cada linha mostra um usuário, quando ele
logou, e o que está fazendo.
Lembrando que não estou explicando todas as opções de cada
comando. A listagem completa, com as outras opções, consulte as
páginas de manual de cada comando (comando ‘man’).
O que há no arquivo?
Vejamos mais dois comandos importantes.
cat [-nA] [arquivo1 arquivo2 ...arquivoN]
O comando ‘cat’ não é um comando muito amigável. Ele não
espera por você para ler o arquivo, e é normalmente usado em
Didatismo e Conhecimento
Linux - e agora?
A grande vantagem do Linux frente a outros sistemas está no
fato de poder usá-lo desde os desktops até o servidor em todo o
ambiente de trabalho. E como isso é possível? Linux suporta quase todos os serviços que um usuário necessita. Por exemplo, um
administrador pode instalar Linux em um PC e usar para processar
textos, navegar na internet, trocar arquivos e jogar games off e on-line. Isto é possível por meio de pacotes incluídos na distribuição
ou em pacotes baixados da net. Isto além do fato de estar disponível em diversas arquiteturas.
Instalar o Linux para um usuário comum é agora (quase) tão
fácil como qualquer outro sistema operacional. A maioria das distros já oferecem conjuntos de softwares totalmente funcionais,
como processadores de textos, e-mail, navegador da internet,
transferência de arquivos, suporte à impressão, apresentações, e
quase todos os tipos de programas oferecidos por sistemas concorrentes. Linux e usuário comum: cada vez mais próximos.
Processador de texto e planilhas
Um PC com um sistema da Microsoft pode usar o Microsoft
Word como processador de texto, enquanto um sistema Linux
pode usar o LibreOfice - ou uma grande quantidade de outros programas equivalentes. Usando Linux em vez de Windows, alguns
problemas podem surgir quando usar o processador de texto e precisar transferir de uma máquina para outra com Windows, tendo
em vista a incompatibilidade de tais softwares. Mas os incansáveis
trabalhadores open source têm vencido essa barreira, gerando programas cada vez mais compatíveis, à revelia dos sistemas concorrentes.
18
I NFORMÁTI CA
Tendo em vista a coniguração hierárquica, uma organização
pode estabelecer um servidor DNS para controlar o acesso à rede
organizacional, o que pode ser feito com um servidor Linux.
Em algumas empresas, as planilhas têm papel central no ambiente de trabalho. Com o Linux, os usuários podem criar planilhas
proissionais de alta qualidade, com programas como LibreOfice
Calc, Kspread, ou tantos outros disponíveis. Com tais programas,
o Linux é capaz de prover a compatibilidade necessária com outros
programas usados em outros sistemas. Mais uma vez, o Linux tem
vantagens no uso empresarial.
Linux web server
Enquanto DNS resolve um nome para um endereço IP,
permitindo que usuários se conectem à net, um servidor web provê
a página web. O software mais popular que usuários Linux para
oferecer as páginas web é o Apache Web server. Apache existe
para prover um software de nível comercial capaz de prover HTTP,
um padrão para criação de documentos serem visto na net.
Web e e-mail
Usuários Linux podem navegar na net tão facilmente como
‘navegam’ por seus arquivos pessoais em suas próprias máquinas.
Mas alguns problemas podem surgir, tendo em vista que alguns
sites são projetados tirando proveito de características especíicas
de determinado navegador.
Se um determinado browser não compreende uma determinada informação, ele provavelmente não exibirá a página de maneira
correta, pelo menos em parte. Mas com a popularidade do Linux
em crescimento, é esperado que os desenvolvedores para a web
projetem os sites cada vez mais ‘universais’, afastando-se de especiicações para determinado navegador.
Muitos programas gerenciadores de e-mail estão disponíveis,
como o Kmail. Embora eles funcionem bem para a maioria dos
usuários, talvez ocorram os mesmos problemas relacionados com
os navegadores web. No entanto, os programas disponíveis em Linux já são robustos o suiciente para lidarem com a grande maioria
das operações, tornando relativamente suave as atividades na área.
Linux servidor de e-mail
E-mail é um dos serviços mais importantes para o usuário
inal. Existem vários softwares para auxiliar nesta tarefa, como o
Sendmail. O Linux também suporta produtos comerciais.
Servidor de arquivos
O Linux é uma plataforma excelente para prover acesso a
sistemas de arquivos, podendo ser locais ou remotos. Servidores
de arquivos são uma necessidade nos nossos dias para ambientes
empresariais, tendo em vista a facilidade dos usuários comuns
acessarem com segurança seus dados em um ambiente centralizado.
Este servidor de arquivos podem ser solicitados por outro Linux,
UNIX, Microsoft, Apples, etc.
A possibilidade de usar o Linux como um servidor de arquivos
em rede é comparável ao UNIX. UNIX usa o Network File System
(NFS) para montar um sistema de arquivos remoto e tratá-los
como se tais arquivos ou diretórios fossem locais. O Linux usa
um pacote de softwares NFS, que inclui comandos e daemons
(programas auxiliares) para NFS, Network Information Service
(NIS), e vários outros serviços.
Trabalhar com NFS normalmente exige que cada sistema
seja conigurado para acessar cada recurso com um arquivo de
coniguração. A inclusão de NIS no Linux permite que o servidor
mantenha os arquivos de coniguração para a rede inteira. Isto torna
a administração dos recursos da rede mais fácil, porque apenas os
arquivos NIS devem ser atualizados, e não todo o cliente. É natural
esperar que o Linux ofereça serviços para outros clientes Linux ou
UNIX, mas e o que dizer de clientes Windows?
A Microsoft criou o protocolo Server Message Block (SMB)
, que oferece a condição de trocar arquivos e recursos. SMB foi
criado para ser usado em uma pequena rede local (LAN), não
oferecendo sustentação para grandes redes. Em vista disso, a
Microsoft criou o Common Internet File System (CIFS), baseado
em SMB e também em Network Basic Input Output System
(NetBIOS).
Para que o Linux trabalhe junto a clientes Microsoft, é preciso
ou que um software ‘tradutor’ esteja rodando em cada cliente
ou que o software Linux para rede compreenda os protocolos
Microsoft. Surge então o Samba, um programa criado por Andrew
Tridgell, que permite a clientes Linux se comunicar com recursos
Microsoft usando o protocolo SMB. Samba é open source, e pode
ser encontrado em www.samba.org.
Firewall
Um irewall protege os recursos de uma rede privada de um
acesso não-autorizado de uma rede externa. Um irewall típico é
geralmente criado em um roteador, ou um computador colocado
especialmente para isso, que age como uma porta de entrada-saída
para separar a rede externa da rede interna.
Nos servidores
DNS e servidores
O Linux é tipicamente usado como servidor no ambiente empresarial, em vista de sua grande estabilidade e inteireza como
sistema operacional. Como o Linux é um sistema ‘derivado’ do
UNIX, pode realizar quase todas as atividades de um servidor
UNIX. E como o MS Windows provê muitos serviços similares,
pode-se usar o Linux para realizar tais tarefas em vez de sistemas
Microsoft.
Além disso, como o Linux é bastante estável, é bastante útil
para clusters de companhias maiores e de serviços críticos. É especialmente usado para aplicações da net serviços tais como DNS,
irewall, e-mail, proxy, FTP, servidor de impressão, dentre muitos
outros.
Quando você instala um servidor Linux, o DNS (Domain
Name System) é uma das muitas opções disponíveis. DNS ‘resolve’
nomes de sistemas para endereços IP. Isso é um serviço importante,
porque permite que usuários conectem máquinas usando nomes em
vez de um estranho código IP, que pode facilmente ser esquecido.
Este serviço consiste em dados DNS, servidores DNS, e
protocolos de internet para retornar dados dos servidores. Arquivos
fontes são disponibilizados para cada host pelo diretório DNS,
usando arquivos-texto especiais, organizados em zonas. Zonas são
mantidas em servidores autorizados que distribuem por toda a net,
que respondem às solicitações de acordo com protocolos de rede
DNS.
A maioria dos servidores possui autoridade para algumas
zonas, e a maioria dos servidores apenas para algumas poucas
zonas. Mas grandes servidores têm autoridade para dezenas
de milhares de zonas. Por quebrar o DNS em zonas menores e
então em domínios, o ‘peso’ sobre as máquinas é diminuído. Isto
também facilita a organização da internet, pois não há necessidade
de concentrar toda informação em um único servidor.
Didatismo e Conhecimento
19
I NFORMÁTI CA
Isto cria um caminho seguro, onde apenas requisições
autorizadas são permitidas para a entrada na rede interna. Uma
máquina barata usando Linux com uma conexão com uma rede
externa e outra com a rede interna pode ser usada como um irewall.
O Linux oferece muitos recursos para criar irewall, com
ipchains, Netilter. Firewalls são muito importantes, e devem
ser constantemente atualizados e testados. Claro, a qualidade do
serviço de um irewall é tão boa quanto a habilidade de quem o
administra.
É claro que o custo da licença não é o único: há o suporte,
treinamento, etc. Mas, a longo prazo, todos os sistemas são mais
ou menos ‹dispendiosos›, enquanto o Linux leva a uma economia
interessante. Quando somado ao seu desempenho, Linux é o
primeiríssimo lugar.
Distribuições e pacotes
Nem todo serviço ou aplicação estão disponíveis em todas
as distribuições. Se o programa não está disponível em uma, é
normalmente oferecido na internet. Os pacotes de softwares são
necessários e úteis para todo usuário. Abaixo segue uma lista com
alguns sites que oferecem tais pacotes.
http://www.apache.org
http://www.abiword.org
http://www.konqueror.org
http://www.linux.org
http://www.linuxdoc.org
http://kofice.kde.org
http://www.opera.com
http://www.sourceforge.net
Linux vs. Outros
Como já sabemos, o Linux é um sistema multiusuário real
e possui capacidade de multiprocessamento. Portanto, sai-se bem
quando comparado com outros sistemas. A prova maior é seu uso
crescente ao redor do mundo, como visto nos casos abaixo.
Uso na Web: O Google é um ótimo exemplo da habilidade do
Linux de competir com outros sistemas. O Google é um sistema de
busca que ‘domina’ a net, e roda sob um cluster Linux. Cerca de 60
por cento dos servidores Web rodam Apache, que é completamente
suportado por Linux, oferecendo toda a eiciência e coniabilidade
de um servidor UNIX. Suas habilidades são tantas, que é usado
tanto como servidor como desktop.
Instalação: A instalação de um sistema Linux é comparável a
outros sistemas Mac, Windows, etc. Todos esses sistemas oferecem
uma interface amigável, que permite a instalação do sistema
operacional com muito pouca intervenção do usuário. O fato da
Microsoft incluir um número relativamente grande de drivers para
suporte inicial já na instalação torna o Windows mais atrativo
para usuários não-especialistas, dando uma certa vantagem nesta
área. Porém a distância não é lá tão grande, e aqueles já iniciados
podem inclusive realizar pela linha de comando, recebendo uma
variedade de opções deveras interessante.
Estabilidade: Após a coniguração, a estabilidade do sistema
operacional é uma questão claramente relevante. Como o Linux
é ‘tipo-UNIX’, recebe muitos benefícios advindos de tal sistema.
O UNIX sempre foi considerado um dos mais estáveis sistemas
operacionais, e o Linux é evidentemente do mesmo nível esperado.
Os sistemas Microsoft são normalmente considerados menos
estáveis; mas vem avançando em busca de conquistar coniabilidade.
É evidente, porém, que UNIX e Linux são considerados a melhor
escolha para serviços que exijam estabilidade.
Novas tecnologias: Como o Linux é suportado por uma
gigantesca comunidade de voluntários, novos drivers e novas
tecnologias têm sido rapidamente absorvidos, embora nem sempre
esta regra seja seguida. Por exemplo, em alguns dispositivos
‘made for Windows’, problemas podem realmente surgir. No
entanto, a comunidade sempre corre por fora, buscando o melhor
suporte possível. E enquanto outros sistemas frequentemente
abandonam o suporte para hardware antigo, o Linux continua a
prover aplicações úteis para tais.
Custo: Finalmente, e talvez o caso mais importante, o custo
de ‘todos’ os sistemas operacionais é um ponto vital. O Linux é
livremente distribuído, e pode ser instalado em muitos desktops ou
servidores da forma que o usuário desejar. A Microsoft de forma
perene tem usado uma licença unitária para licenciar seus sistemas,
cujos usuários são ‘forçados’ rotineiramente a re-licenciar para
adquirir novas versões. Claramente, o Linux é o forte vencedor
neste ponto, pois mesmo com distribuições suportadas por
proissionais remunerados, o custo é absurdamente menor quando
comparado com outros sistemas.
Didatismo e Conhecimento
Preparação para Instalação
Preparação
Temos algumas coisas a fazer antes de começar a instalação.
Uma das mais importantes é saber que tipo de instalação você
deseja usar. O usuário deseja ter apenas uma máquina básica,
tipo estação de trabalho? Ou um servidor uma escolha melhor?
Isto é importantíssimo, pois os serviços podem ser radicalmente
diferentes. Por exemplo, o usuário talvez pense em usar um
desktop simples, mas deseja compartilhar documentos em uma
intranet ou internet. Nesse caso, uma servidor web talvez seja uma
boa opção. Ou seja, é necessário analisar cada caso, mesmo de
maneira básica e simples.
Veriicação
Se você veriicar os serviços que o usuário deseja para sua
máquina antes da instalação, certamente existe a alta possibilidade
de reconigurar o sistema mais tarde. A maioria das opções
usadas na instalação podem ser veriicadas seguindo uma lista de
veriicação. A lista abaixo é apenas uma sugestão e foi adaptada do
livro “Linux- Bible”.
Serviços de Desktop -> *Solução escolhida
Processador de texto
Planilha
Banco de dados
Tratamento de imagem
Cliente de e-mail
Navegador web
Linguagens de programação
Ferramentas de desenvolvimento
Players de mídia
Jogos
Emuladores
Aplicações comerciais
Serviços de servidor -> *Solução escolhida
Servidor web
Servidor de arquivos
Servidor de banco de dados
20
I NFORMÁTI CA
Servidor de e-mail
Servidor de aplicações
Servidor DNS
Servidor DHCP
Servidor de notícias
Servidor FTP
Firewall
Aplicações comerciais
Esta tabela, adaptada do livro Linux-Bible, pode ser considerada como uma lista parcial de opções disponíveis. Cada caso deve ser visto
individualmente, aim de tornar o processo de instalação o mais suave possível. Assim a lista ajudará você a determinar se o usuário precisa
de uma instalação como servidor ou apenas como estação de trabalho.
No entanto, de maneira geral, os usuários nem sempre sabem quais os serviços que eles mesmos precisam. Nestes casos você deve
questionar o uso da máquina por parte dos usuários, como por exemplo se eles desejam ofertar serviços e quais são. Algumas perguntas
podem ser as seguintes:
Você irá compartilhar arquivos com outras pessoas por meio de intranet ou internet?
O que você acha mais importante: compartilhar arquivos e recursos, evitar o acesso externo para a rede enquanto sua máquina está
‘ligada’, ou controlar o acesso à(às) máquina(s)?
Você deseja usar programas do tipo utilitários (para o usuário inal) ou usará serviços como a Web e FTP?
Por meio dessas e de outras perguntas você poderá enquadrar a instalação do sistema em um dos seguintes quatro tipos:
Instalação de estação de trabalho: geralmente usado apenas pelo ‘dono’ da máquina.
Instalação de servidor: fornece serviços para usuários em qualquer lugar da intranet ou internet.
Serviço direcionado: usado apenas para prover serviços de rede especiais, como roteamento, proxy, irewall. Frequentemente possuem
coniguração mínima de hardware, fortemente direcionado para o serviço alvo.
Servidor ‘singular’: uma máquina especialmente direcionada para fornecer um único serviço. Pode ser conigurada facilmente e
normalmente é voltada para oferecer o melhor serviço possível em uma determinada tarefa.
Pacotes e hardware
Seleção de pacotes:
Não importa qual o tipo de instalação você fará, ainda precisa conigurá-la com os programas necessários para as tarefas desejadas.
Obviamente um dos seus objetivos ao realizar uma instalação é torná-la a mais fácil possível. É interessante, portanto, fazer outra lista com
os pacotes necessários para a instalação. Abaixo, mais um exemplo.
Serviço ---> pacote
Servidor web: Apache
Servidor de arquivos: Samba, NFS
Servidor de banco de dados: MySQL, Oracle
Servidor de e-mail: Sendmail, Exim
É claro que você deve aumentar, e bastante, a lista acima. Ela ica apenas como exemplo do que você mesmo deve fazer. Uma lista como
essa tem objetivo duplo: organiza seu trabalho e oferece alternativas ao seu cliente.
Pense: talvez algum cliente use outro sistema para oferecer serviços de rede, e não sabem, portanto, que o Linux oferece o mesmo
serviço, possivelmente com maior qualidade e liberdade. Informá-los sobre isso pode ser uma ótima forma de convencê-los a mudar de seu
sistema fraquinho :> para um Linux.
Veriicação do hardware
Mais um item na preparação para a instalação: veriicar a compatibilidade do hardware disponível.
Particionamento
Planejando o particionamento:
Um último item em nosso planejamento: planejar o particionamento da nossa instalação. Novamente, uma lista pode ser de ajuda. Nas
distros atuais é comum a opção de auto-particionamento ou você pode optar também por ter apenas duas partições: uma root e uma swap.
Mas você certamente será muito beneiciado por fazer mais que o mínimo. Veja um exemplo:
Partição
/
/bin
/boot
/etc
/home
/sbin
/usr
Swap
Tipos
Motivo para tal partição
ReiserFS, ext3, outro
diretório raiz (root)
ReiserFS, ext3, outro
executáveis
ReiserFS, ext3, outro
arquivos para o boot do sistema
ReiserFS, ext3, outro
arquivos de coniguração do sistema
ReiserFS, ext3, outro
arquivos dos usuários
ReiserFS, ext3, outro
executáveis para superusuário (root)
ReiserFS, ext3, outro
arquivos do sistema
Área de troca
espaço para memória swap
Didatismo e Conhecimento
21
I NFORMÁTI CA
Sem ‘esconde-esconde’
Acabou a ‘brincadeira’ de esconde-esconde: a partir do
momento que você começa a aprender a usar o Linux, verá que
nada está proibido. Tudo que quiser personalizar para as suas
necessidades está aberto. Até o código fonte está disponível. Não
é incrível?!
A tabela acima é geral, com alguns tipos de partição que você
pode usar. Obviamente existem outras, mas você deve seguir
certas regras gerais para o particionamento:
A partição swap deveria ter o mesmo tamanho da memória
instalada para máquinas com pouca memória.
Alguns preferem aumentar bastante a partição swap, mas isso
não é necessário, principalmente para máquinas mais atuais, com
grande quantidade de memória.
A partição / (ou root) é a única partição absolutamente
necessária para a inicialização do sistema.
As outras partições, como /home e /bin, são usadas para
organizar os arquivos do sistema e criar pontos de montagem
padrão que são pré-conigurados quando o sistema é instalado.
Lembre-se: quanto mais organizado o sistema, mais fácil será para
administrá-lo, fazer atualizações e reparar eventuais danos. Por
planejar bem o software, hardware e as partições, a instalação do
sistema ocorrerá sem grandes surpresas e ocorrerá de forma bem
organizada.
Desktop maduro
As interfaces gráicas KDE e GNOME rivalizam
fortemente com os sistemas Windows. Além de serem altamente
personalizáveis. Você certamente icará impressionado com a
beleza de tais interfaces.
Liberdade!
É quase lugar comum. Você tem a liberdade de escolher a
distribuição Linux que mais lhe convier, instalar e remover
os programas que você quiser. Linux roda praticamente em
tudo, desde celulares até supercomputadores. Muitos países já
descobriram as vantagens de usufruir a liberdade oferecida pelo
Linux. Isto ocorre inclusive em alguns estados do Brasil.
Alguns aspectos podem tornar o Linux um pouco difícil para
novos usuários. Geralmente ele é conigurado com alguns pontos
de segurança que os iniciantes não estão habituados, e é necessário
fazer algumas mudanças se você desejar fazer alterações que
afetem aspectos mais relevantes do sistema. Embora pareça
incômodo no início, isto garante a segurança e a estabilidade do
sistema. Você pode, inclusive, conigurar logins para cada usuário
de sua máquina, e cada um pode adaptar seu ambiente de trabalho
da forma que desejar, sem afetar os outros usuários.
Linux - por que tão fantástico?!
Seguindo a sequência de artigos introdutórios, já ‘instalamos’
o sistema em nosso computador, após uma preparação minuciosa,
levando ao uso racional da máquina-sistema. Com o uso do Linux
você notará alguns aspectos interessantes, que tornam o Linux um
sistema fantástico. Veja alguns deles.
Sem reboot
Vale lembrar que o Linux, sendo um UNIX-like (expressão
que mais ou menos signiica ‘baseado em UNIX’), é ‘idealmente’
um sistema para trabalhar como servidor. Assim, espera-se que
permaneça funcionando 24 horas por dia, 7 dias por semana, 365
dias por ano!! Após a instalação, você poderá instalar ou desinstalar
programas sem ter que reiniciar o computador.
Importantes questões
Veja algumas questões que você deve lembrar durante o uso
do Linux.
Posso esquecer os vírus?
Você pode, e deve, sempre estar preocupado com a questão
da segurança enquanto estiver conectado à internet. Porém,
muito provavelmente você está menos vulnerável de ter intrusos
enquanto usa Linux do que quando usa Windows. Lembre como é
comum os alertas sobre vulnerabilidades no MS Internet Explorer.
Você está por sua conta e risco se usar o Linux?
Se você usa Linux apenas recentemente e está interessado em
suporte, muitas empresas oferecem tal suporte para versões do
Linux. Por exemplo, Red Hat Enterprise Linux, Ubuntu Linux e
várias outras distribuições menores. além do mais, a comunidade
de usuários é gigantesca, e você sempre encontra ‘suporte’ entre
seus membros.
Linux é só para os ‘iniciados’?
Se você desejar explorar o máximo que o Linux oferece,
realmente é preciso estudar, ler e ir mais a fundo. No entanto,
se você deseja apenas usá-lo como já vinha usando o Windows,
como uma máquina para realizar seus trabalhos de escritório,
assistir vídeos e ouvir músicas, não há a mínima necessidade de
ser um expert. O fantástico aqui é justamente isso: você pode usar
o Linux para suas atividades do dia-a-dia, sem a preocupação de
aprofundamento; mas se você desejar, a oportunidade está aqui.
Quão diferentes são as distribuições entre si?
Embora as distros acrescentem imagens diferentes, escolham
softwares especíicos para incluir, e usem diferentes meios para
instalação, não há grandes diiculdades para um usuário migrar de
uma distro para outra.
Começar/interromper serviços
Você pode iniciar ou interromper serviços, como e-mail, sem
reiniciar o sistema ou até mesmo interromper a atividade de outros
usuários e serviços da máquina. A péssima obrigação de reiniciar
vindo ‘daquele’ sistema... você estará livre aqui. É, meu amigo:
viva o linux!!
Portabilidade de software
Você pode mudar para outra distribuição Linux, como Debian,
SuSE, Fedora, etc, e continuar usando o mesmo software! Uma boa
parte dos projetos de software open source são criados para rodar
em qualquer sistema UNIX-like, e muitos também funcionam
no Windows. E mesmo que não esteja disponível, é possível que
você mesmo consiga portar o programa para rodar onde você quer,
ou descobrir alguém que faça isso (ainal, o espírito cooperador
na comunidade é intenso). Lembrando que ‘portar’ signiica
modiicar uma aplicação, ou driver, para funcionar em um sistema
ou arquitetura diferente.
Download disponível
Se o programa que você deseja não estiver disponível na
distribuição que está usando, não há problema: use ferramentas
como apt, yum, e outros para realizar o download.
Didatismo e Conhecimento
22
I NFORMÁTI CA
Para ver em qual o diretório você está trabalhando atualmente,
tecle o comando pwd:
$ pwd
/etc
Em nosso exemplo acima, o diretório atual é ‘/etc’. Para saber
o seu diretório home, tecle o comando echo, seguido da variável
$HOME:
$ echo $HOME
/home/bart
A saída indica que o diretório home é /home/bart. Se você
quiser mudar do diretório atual para outro, use o comando cd. Para
mudar do diretório atual para um subdiretório ‘outro’ (ou seja, um
diretório dentro do diretório atual), digite
$ cd /outro
Para mudar do diretório atual para o diretório home, basta
digitar o comando cd sem nenhuma outra opção:
$ cd
Pronto! Não interessa o diretório atual, você será levado ao
seu diretório home.
E para saber o que há no diretório atual? Use o comando “ls”.
Ele lista os arquivos, e você ainda pode usar algumas opções úteis.
A opção -l inclui um conjunto detalhado de informações de cada
arquivo, a opção -s inclui o tamanho do arquivo - mas é melhor
acrescentar a opção h para tornar o tamanho compreensível:
$ ls -sh
No exemplo acima os arquivos serão listados e será dado o
tamanho de cada arquivo no formato normal: Kbytes e Mbytes.
Algo importante a lembrar sobre Linux é que além de ser um
sistema multiusuário ele também é multitarefa. Quando falamos
‘multitarefa’ signiica que vários programas podem estar rodando
ao mesmo tempo. Cada exemplar de um programa que está rodando
é chamado de ‘processo’. Você pode listar os processos que estão
rodando, assim monitorando o sistema e parando processos, se
necessário.
Para saber quais processos estão rodando, os recursos
utilizados e qual o usuário ‘dono’ do processo, use o comando ps:
$ ps -ax
Para sair da shell, simplesmente digite exit e tecle ENTER:
$ exit
Lembre também que a grande maioria dos comandos
possuem opções, as quais alteram o comportamento do comando
(por exemplo, temos o caso visto acima do comando ‘ls’). Você
encontrará muitos comandos no diretório ‘/bin’. Use o comando ls
para ver uma lista de tais comandos:
$ ls /bin
Depois disso, use o comando ‘man’ para ver o que cada
comando realiza. O comando man mostra a página de manual do
comando desejado:
$ man comando
No exemplo acima, você seria levado para a página manual do
comando ‘comando’.
É claro que aqui falamos apenas de alguns comandos muito
simples que você pode usar. Existem centenas de comandos
disponíveis, alguns mais úteis ou comuns, outros nem tão
conhecidos. Aqui, apenas buscamos familiarizá-lo com o uso dos
comandos.
Usando o shell no Linux
Existem algumas coisas que podem ser ‘acrescentadas’ aos
comandos para alterar sua funcionalidade. Na shell, além dos
comandos você pode utilizar:
Muitas distros incluem os mesmos projetos open source (os
mesmos programas abertos). Assim, por exemplo, os comandos
básicos, os arquivos de coniguração, e outros, para um servidor
Apache, Samba, etc, serão os mesmos se você usar Fedora,
Debian, e uma boa parte das distros. E embora alterem as cores ou
alguns elementos do desktop, a maioria usa o GNOME ou KDE
da mesma forma.
Rodando comandos
Você não terá diiculdade com o uso básico do Linux. Usando
o GNOME ou KDE, terá as mesmas facilidades que encontra, por
exemplo, no Windows. ‘Mexa’ nos programas, olhe os menus e use
as ferramentas disponíveis. Não nos alongaremos sobre tal ponto,
pois se você está migrando para Linux, provavelmente será fácil.
Vamos falar sobre algo mais importante. Antes de surgirem
os ícones e as janelas nos monitores de nossos computadores, era
preciso digitar comandos para fazer qualquer coisa. Em sistemas
UNIX, de onde vem o Linux, os programas usados para interpretar
e gerenciar os comandos eram conhecidos como a ‘shell’.
Não importa qual distro Linux você usa, sempre terá
disponível a shell. A shell oferece uma forma de rodar programas,
trabalhar com arquivos, compilar programas, operar o sistema e
gerenciar a máquina. Embora a shell seja menos intuitiva que uma
interface gráica (GUI), a maioria dos usuários experientes em
Linux considera a shell como mais poderosa que GUI. Existem
diferentes tipos de shell. A que trabalharemos aqui é chamada bash
shell, muito comum no mundo Linux.
Há muitas formas de usar a shell. As três mais comuns são o
prompt, a janela do terminal e o terminal virtual.
Se o seu Linux não tiver interface gráica ou se ela não estiver
funcionando no momento, você verá o prompt após o login. Se
você já usou o DOS, parece com isso. E teclar comandos no
prompt é a forma de interagir com a máquina.
O prompt padrão para um usuário ‘normal’ é um símbolo de
moeda:
$
O prompt padrão para um super-usuário (root, aquele com
permissão para ‘tudo’ no sistema) é uma cerquilha (jogo da velha):
#
Na maioria dos sistemas Linux os símbolos $ e # são
antecedidos pelo username do usuário, o nome da máquina e o
diretório onde você se encontra. Pode-se mudar o prompt para
mostrar o que você quiser.
Há uma ininidade de coisas a fazer no prompt, mas
começaremos com apenas alguns comandos simples.
Usando uma janela de terminal
A maioria das distros incluem um painel no botão que inicia
um terminal virtual, onde você pode usar a shell. Terminal virtual
é uma forma de ter shells fora do ambiente gráico. Você tem a
‘sensação’ que está usando uma outra máquina, sem ambiente
gráico. E a maioria das distros disponibiliza tais terminais virtuais.
Pressione Ctrl+Alt+F1 e você estará no primeiro terminal
virtual. Pressione Ctrl+Alt+F2 e estará no segundo terminal virtual
e assim por diante até Ctrl+Alt+F6. Para voltar para o ambiente
gráico, pressione Ctrl+Alt+F7.
Quando você ‘entrar’ no sistema, estará no seu diretório /
home, ou seja, /home/usuário. Se pedir para abrir algum arquivo ou
salvá-lo, a shell usará o diretório atual como referência. Qualquer
opção diferente disto, deve ser explicitamente indicada.
Didatismo e Conhecimento
23
I NFORMÁTI CA
Use o comando ‘man’:
Para aprender sobre um comando especíico, digite:
$ man comando
No acima, substitua ‘comando’ pelo comando que deseja
obter informações.
Use o comando ‘info’:
O comando ‘info’ é outra forma para obter informação sobre
comandos da shell. Este comando mode ‘mover-se’ entre uma
hierarquia de nós para encontrar informação sobre comandos e
outros itens. Só um lembrete: nem todos os comandos possuem
informação sob o comando ‘info’.
Se você logar como usuário root, outros comandos estarão
disponíveis. Portanto, se usar ‘echo $PATH’, mais alguns outros
diretórios surgirão como resultado.
Para saber ‘onde’ se encontra um comando, faça:
$ type comando
O comando ‘type’ mostrará a localização do comando
‘comando’.
Veja um exemplo simples, mas interessante, do uso daquilo
que já aprendemos até agora.
Digite na shell conforme abaixo (e tecle ENTER no im):
$ ls /home/usuário/musicas | sort -f | less
A linha de comando acima lista o conteúdo do diretório /
home/usuário/musicas (ls), ordena em ordem alfabética (sort -f),
e envia tal saída para o comando ‘less’. O comando ‘less’ mostra
a primeira página da saída, e depois você pode ver o restante
linha por linha (pressionando ENTER) ou uma página por vez
(pressionando a BARRA DE ESPAÇO).
Mas e se você agora quiser ver o conteúdo do diretório /home/
usuário? Não é preciso digitar tudo novamente. A shell possui o
recurso de histórico dos comandos usados. O que você precisa
fazer é:
Usar as teclas de direção (para cima ou para baixo) para ver as
linhas digitadas e que estão na lista de histórico da shell. Quando
chegar na linha desejada, use novamente as teclas de direção
(direita e esquerda) até alcançar a posição da terceira ‘/’. Então é
só deletar a expressão ‘musicas’. Tecle ENTER, e verá uma nova
saída, porém agora mostrando o conteúdo do diretório ‘/home/
usuário’.
Edição e conexão de comandos
Para acelerar o uso, a shell possui uma característica muito
útil: ela completa expressões parcialmente digitadas. Para usar tal
recurso, digite as primeiras letras e então pressione Tab. Alguns
termos que a shell completa para você são:
Variáveis de ambiente: Se um texto que você digitou começa
com o símbolo $, a shell completa o texto com a variável de
ambiente da shell atual.
Username: Se o texto digitado começa com um ~, a shell
completa com um username (nome de usuário).
Comando ou função: Se o texto começa com com caracteres
regulares, a shell tenta completar o texto com um nome de
comando, alias ou função (falaremos sobre alias mais à frente).
Host name: Se o texto que você digitou inicia com @, a shell
completa o texto com um host name vindo do arquivo /etc/host.
É claro que haverá ocasiões que várias opções estão
disponíveis para completar o texto parcial. Se você quiser ver as
opções antes de tentar expandí-lo, use a combinação ESC+? (ou
seja, a tecla ESC e a tecla ? ao mesmo tempo). Tente o seguinte e
veja o resultado:
Opções
Muitos comandos possuem (geralmente várias) opções
disponíveis. Tais opções normalmente são indicadas por letras.
Podemos inclusive combinar diversas opções ao usar um comando.
Já vimos isso no artigo anterior desta série, quando usamos o
comando ls:
$ ls -sh
O comando acima exibirá o conteúdo do diretório
atual juntamente com o tamanho em forma ‘humanamente
compreensível’ (daí a opção ‘h’, que indica ‘human’).
Quando a opção é indicada por uma palavra e não uma letra, é
comum ser precedida por dois ‘traços’ em vez de um. Por exemplo,
a opção “help” disponível em muitos comandos deve ser usada
assim:
$ comando --help
Argumentos
Muitos comandos também aceitam argumentos. Um
argumento é uma informação extra, como o nome de um arquivo a
ser usado pelo comando, por exemplo, se você usar:
$ cat /home/fulano/agenda
verá na tela o conteúdo arquivo ‘agenda’, que está no
diretório /home/fulano. Neste exemplo, ‘/home/fulano/agenda’ é
o argumento.
Variáveis locais
A shell pode guardar informações a im de serem usadas
pelo usuário naquela sessão. Chamamos a tais de ‘variáveis de
ambiente’. Mais a frente falaremos com mais profundidade sobre
este tema.
Metacarateres
Estes são caracteres com signiicado especial para a shell. Eles
podem ser usados para direcionar a saída de um comando para um
arquivo (>), enviar a saída de um comando para outro comando (|),
e rodar um comando no background (&), entre outros.
Outra característica interessante da shell é a capacidade de
guardar um ‘histórico’ dos últimos comandos listados. Isto facilita
o nosso trabalho, pois comandos que usamos freqüentemente não
precisam ser digitados.
Rodando comandos
Quando você usa a shell pela primeira vez, talvez ique um
pouco intimidado se havia o hábito 100% com o ambiente gráico
do Windows. Ainal, tudo que vemos é o prompt. Como saber quais
os comandos disponíveis e úteis? E como usá-los? Na verdade, a
situação é melhor do que parece.
Há muita ajuda disponível e abaixo seguem alguns ‘locais’
onde procurar adicionais ao que veremos aqui.
Veja o PATH:
Digite ‘echo $PATH’. Você verá uma lista dos diretórios
contendo comandos que estão acessíveis a você. Listando os
comandos nesses diretórios (usando o comando ls, por exemplo),
veremos os comandos mais comuns no Linux.
Use o comando ‘help’:
Alguns comandos estão ‘dentro’ da Shell, assim você não o
verá nos diretórios quando izer como acima. O comando “help”
lista esses comando e mostra opções disponíveis para cada um
deles. Digite ‘help | less’ para ver com mais calma.
Use --help:
Muitos comandos incluem a opção ‘--help’ para disponibilizar
informação sobre o uso do comando. Por exemplo, digite ‘cp
--help | less’, e verá informações sobre o comando ‘cp’.
Didatismo e Conhecimento
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I NFORMÁTI CA
$ echo $P (tecle ESC+? agora)
Comandos no background
Alguns comandos podem demorar para realizar a tarefa que
você pediu. Nestes casos você possivelmente não vai querer icar
sentado em frente ao computador, esperando. Então podemos ter
nossos comandos rodando no ‘background’, rodando ‘por trás’,
sem vermos seus efeitos diretamente na tela. Fazemos isso por
usar o símbolo ‘&’.
Comandos para formatar texto são exemplos comuns dos casos onde você vai querer rodar em background. Também é possível
criar scripts, algo como mini-programas para rodar em background
e checar continuamente certos eventos, como se o HD está lotado,
ou se um usuário em particular está logado.
Eis um exemplo de execução de uma linha de comando em
background:
$ latex principal.tex &
Explicando a linha acima: latex é uma linguagem poderosa
para editoração; ‘principal.tex’ é o arquivo usado no exemplo para
gerar um longo livro de centenas e centenas de páginas, tomando
certo tempo, dependendo da coniguração da máquina. No im da
sentença, ‘&’ é usado para indicar que a linha de comando deve ser
executada em background. Pronto! Após clicar ENTER, o prompt
já estará disponível para você novamente, enquanto a linha de comando está sendo executado no background.
Usando expressões aritméticas
Pode acontecer de você desejar passar resultados de expressões
numéricas para um comando. Há duas formas para isso:
$ [expressão]
ou então:
$(expressão)
Como exemplo, veja:
$ echo “O Brasil foi descoberto há $[2007-1500] anos.”
O Brasil foi descoberto há 507 anos.
Note que a shell inicialmente calcula a expressão e após passa
o resultado para o comando ‘echo’.
Veja outro exemplo:
$ echo “Nessa escola há (ls | wc -w) alunos”
Nesse exemplo, o conteúdo do diretório é listado, conta-se
quantos termos surgem e o resultado é enviado para o comando
‘echo’.
Usando o histórico da shell
Já vimos o recurso de histórico da shell. Vamos aprender um
pouco mais sobre ele agora.
Depois de digitar uma linha com comandos, toda essa linha é
salva no histórico de sua shell. A lista é guardada em um arquivo
de histórico, de onde qualquer comando pode ser chamado
novamente para o uso. Depois que é chamado novamente, a linha
pode ser modiicada à vontade.
Para ver a lista de histórico, use o comando ‘history’. Digite
este comando sem opções, ou pode também ser seguido por um
número - isto determina quantas linhas mais recentes serão listadas.
Existem várias formas de trabalhar com tal histórico. Uma
delas é usar o comando ‘fc’. Digite fc seguido pela linha do
histórico visto quando se efetua a ação descrita acima - 164 por
exemplo. Então, a linha de comando é aberta em um editor de
texto. Faça as mudanças que achar necessário, e quando fechar o
editor de texto, o comando rodará.
Você também pode usar um intervalo de linhas com o
comando ‘fc’. Por exemplo, ‘fc 251 260’. Fazendo isso, todas as
linhas aparecerão no editor, e após as alterações, feche o editor e
veja todas as linhas serão executadas uma a uma.
Conectando comandos
Uma característica poderosa da shell é a capacidade de redirecionar a saída e entrada de dados de um comando para outros comandos ou arquivos. Para permitir que comandos sejam ‘enviados’
para outros comandos, a shell usa os metacaracteres.
Falamos sobre eles no artigo anterior desta série. Qualquer
coisa, dê uma olhada no Guia Introdutório V. Como dito anteriormente, um metacaracter é um caracter digitado normalmente, mas
que possui signiicado especial para a shell.
Conectando comandos
O metacaracter pipe (|) conecta a saída de um comando para a
entrada de outro. Isto permite que você tenha um comando trabalhando com dados e então tenha outro comando trabalhando com
os resultados desta atividade. Veja um exemplo de uma linha de
comando usando pipe:
$ cat /home/usuário/livros | sort | less
Este comando lista o conteúdo do arquivo ‘/home/usuário/
livros’ e conecta/envia sua saída para o comando ‘sort’. O comando sort toma a lista de livros deste arquivo e analisa cada linha,
passando a organizar alfabeticamente pelo início de cada linha.
Então tal saída é conectada/enviada para o comando ‘less’ (como
já vimos em artigos anteriores, permite lermos o resultado uma
página por vez).
Expandindo variáveis de ambiente
Variáveis de ambiente que guardam informação na shell podem
ser expandidas usando o metacaracter ‘$’. Quando expandimos
uma variável de ambiente em uma linha de comando, é usado o
conteúdo da variável e não o nome da variável em si. Por exemplo:
$ ls -l $PATH
Por usar $PATH como argumento, a saída do comando usa o
conteúdo da variável PATH.
Alterando seu shell
Podemos alterar a shell de modo que trabalhe para nós mais
eicientemente. O prompt, por exemplo, pode dar informações
importantes cada vez que teclamos ENTER. Para as alterações
funcionarem todas as vezes que iniciamos a shell, vamos adicionar
as informações para os arquivos de coniguração da shell.
Muitos arquivos se referem ao comportamento da shell.
Alguns destes são executados por todos os usuários e por todas
as shells, enquanto outros são criados especiicamente para
determinado usuário.
Comandos em sequência
Algumas vezes você vai desejar que uma seqüência de comandos sejam executados, um por vez, numa determinada ordem.
Pode-se fazer isso por digitar os diversos comandos na mesma linha e separando-os por ponto e vírgula (;). Veja um exemplo:
$ date ; ls -sh | less
No exemplo acima, primeiro é impresso na tela a data (date),
depois é listado o conteúdo do diretório atual, juntamente com o
tamanho de cada item (-sh), e a saída de tal listagem é enviada para
o comando ‘less’, para ser vista uma página por vez.
Didatismo e Conhecimento
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I NFORMÁTI CA
Veja a seguir alguns itens para adicionar aos seus arquivos
de coniguração. Em vários casos iremos adicionar certos valores
ao arquivo ‘.bashrc’ em nosso diretório home. No entanto, se
você é o administrador do sistema, pode querer alterar certos
comportamentos para todos os usuários Linux.
Alterando o prompt
O prompt é um conjunto de caracteres que aparece todas
as vezes que a shell está disponível para aceitar uma linha de
comando. A variável de ambiente PS1 determina o que contém
o prompt. Se a sua shell requerer entradas adicionais, usará os
valores PS2, PS3 e PS4.
Podemos usar vários caracteres especiais para incluir
diferentes informações no prompt. Veja alguns exemplos (se você
estiver usando a shell bash, veja ‘man bash’).
\! Mostra o número do comando no histórico da shell
\$ Mostra o prompt de usuário ($) ou o prompt de root(#),
dependendo do usuário atual
\w Mostra o caminho completo do diretório de trabalho atual.
\W Mostra APENAS o diretório de trabalho atual. Por
exemplo, se você estiver no diretório /home/pedro/musicas,
mostrará apenas ‘musicas’
\d Mostra o dia da semana, o mês e o dia do mês. Por exemplo:
Mon Fev 8.
\t Mostra a hora no formato ‘hora:minuto:segundo’.
\u Mostra o username do usuário atual.
Para tornar as mudanças permanentes devemos adicionar
o valor da variável PS1 ao arquivo ‘.bashrc’ no nosso diretório
home. Note que haverá um valor já estabelecido para a variável
PS1, e você deve alterá-lo. Muitas outras alterações podem ser
feitas. Para aprender mais sobre isso, veja o HOWTO em:
http://www.tldp.org/HOWTO/Bash-Prompt-HOWTO (mudar
cores, comandos e muitos outros itens).pt
Ubuntu é um sistema operacional desenvolvido
pela comunidade, e é perfeito para laptops, desktops e servidores.
Seja para uso em casa, escola ou no trabalho, o Ubuntu contém
todas as ferramentas que você necessita, desde processador de texto
e leitor de emails a servidores web e ferramentas de programação.
O Ubuntu é e sempre será gratuito. Você não paga por nenhum
encargo de licença. Você pode baixar, usar e compartilhar com
seus amigos e familiares, na escola ou no trabalho, sem pagar nada
por isto.
Nós lançamos uma nova versão para desktops e servidores a
cada seis meses. O que signiica que você sempre terá as últimas
versões dos maiores e melhores aplicativos de código aberto que o
mundo tem a oferecer.
O Ubuntu é desenvolvido visando segurança. Você
tem atualizações de segurança gratuitas por pelo menos 18
meses para desktops e servidores. Com a versão de Longo Tempo
de Suporte (LTS) você tem três anos de suporte para desktops,
e cinco anos para servidores. Não é cobrado nenhum valor pela
versão LTS, bem como qualquer outra, nós disponibilizamos
livremente o melhor que podemos oferecer para todos sob os
mesmos termos. Atualizações para novas versões do Ubuntu são
e sempre serão gratuitas.
Tudo o que você precisa em apenas um CD, que lhe
proporciona um ambiente completo e funcional. Programas
adicionais são disponibilizados através da Internet.
O instalador gráico lhe permite ter um sistema funcional de
forma rápida e fácil. Uma instalação padrão deve levar menos de
30 minutos.
Uma vez instalado, seu sistema está imediatamente pronto
para o uso. Na versão desktop você tem um conjunto completo
de aplicativos para produtividade, internet, imagens, jogos, entre
outras ferramentas.
Na versão servidor você tem tudo o que precisa para ter seu
servidor funcional sem coisas desnecessárias.
O que a palavra Ubuntu signiica?
Ubuntu é uma antiga palavra africana que signiica algo como
“Humanidade para os outros” ou ainda “Sou o que sou pelo que
nós somos”. A distribuição Ubuntu traz o espírito desta palavra
para o mundo do software livre.
Criar variáveis
Podemos criar variáveis de ambiente para diminuir nosso
trabalho. Escolha qualquer nome que não seja usado ainda como
variável. Por exemplo, se você usa muito os arquivos no diretório
/graduacao/exatas/arquivos/info/bio, poderia fazer:
$ B=/graduacao/exatas/arquivos/info/bio ; export B
Agora, para ir para o o diretório mencionado, basta digitar ‘cd
$B’. Para rodar um programa chamado ‘resumo’ neste diretório,
basta digitar $B/resumo.
O que é o Ubuntu?
Ubuntu é um sistema operacional baseado em Linux
desenvolvido pela comunidade e é perfeito para notebooks,
desktops e servidores. Ele contém todos os aplicativos que você
precisa - um navegador web, programas de apresentação, edição
de texto, planilha eletrônica, comunicador instantâneo e muito
mais.
Didatismo e Conhecimento
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I NFORMÁTI CA
Ao tratar arquivos e pastas, o gerenciador possui
funcionalidades básicas, presentes em qualquer software da linha,
como recortar, copiar, colar, criar atalhos e exibir propriedades
de arquivos. Nautilus também apresenta aplicação de emblemas,
como arquivo favorito, perigoso, novo, importante, compartilhado
e muito mais.
Esta aplicação também suporta FTP, compartilhamento SMB
Windows, transferência de arquivos via protocolo shell, servidores
WebDAV e servidores SFTP via GNOME.
Nautilus
Gerenciador de arquivos padrão do ambiente gráico GNOME,
Nautilus é um software simples e de código aberto que permite
acesso a diretórios e arquivos, sendo eles locais ou remotos.
O Windows é um sistema operacional produzidos pela Microsoft para uso em computadores. O Windows 7 foi lançado para
empresas no dia 22 de julho de 2009, e começou a ser vendido
livremente para usuários comuns dia 22 de outubro de 2009.
Diferente do Windows Vista, que introduziu muitas novidades,
o Windows 7 é uma atualização mais modesta e direcionada para a
linha Windows, tem a intenção de torná-lo totalmente compatível
com aplicações e hardwares com os quais o Windows Vista já era
compatível.
Apresentações dadas pela companhia no começo de 2008
mostraram que o Windows 7 apresenta algumas variações como
uma barra de tarefas diferente, um sistema de “network” chamada
de “HomeGroup”, e aumento na performance.
· Interface gráica aprimorada, com nova barra de tarefas e
suporte para telas touch screen e multi-táctil (multi-touch)
· Internet Explorer 8;
· Novo menu Iniciar;
· Nova barra de ferramentas totalmente reformulada;
· Comando de voz (inglês);
· Gadgets sobre o desktop;
· Novos papéis de parede, ícones, temas etc.;
· Conceito de Bibliotecas (Libraries), como no Windows
Media Player, integrado ao Windows Explorer;
· Arquitetura modular, como no Windows Server 2008;
· Faixas (ribbons) nos programas incluídos com o Windows
(Paint e WordPad, por exemplo), como no Ofice 2007;
· Aceleradores no Internet Explorer 8;
· Aperfeiçoamento no uso da placa de vídeo e memória RAM;
· Home Groups;
· Melhor desempenho;
· Windows Media Player 12;
Jeito GNOME
Seguindo a linha dos softwares desenvolvidos pelo projeto
GNOME, este gerenciador possui uma interface limpa, com barras
de ferramentas, de localização de arquivos, de status e uma barra
lateral, para acesso às principais pastas do sistema.
A exibição de arquivos pode ser feita por meio de listas
ou ícones. Nas opções do programa permite-se escolher quais
informações serão exibidas na listagem de arquivos, com
organização a partir de dados como nome, tamanho, tipo, data de
modiicação, etc.
Nautilus ainda possui visualização de prévia de arquivos
como textos, imagens ou vídeos, opção de exibição de arquivos
ocultos, controle de zoom, alteração de cor e imagem de fundo da
janela, entre outras coisas.
Recursos e funcionalidades
Com o Nautilus é possível gravar CDs e DVDs de dados
muito rapidamente. Ao escolher a ferramenta “Criador de CD/
DVD”, uma pasta temporária é criada onde devem ser colocados
os arquivos a serem gravados. Quando todos os arquivos forem
colocados na pasta, é só clicar em “Gravar no disco”, escolher a
mídia, o nome e a velocidade e mandar ver.
Didatismo e Conhecimento
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I NFORMÁTI CA
· Nova versão do Windows Media Center;
· Gerenciador de Credenciais;
· Instalação do sistema em VHDs;
· Nova Calculadora, com interface aprimorada e com mais
funções;
· Reedição de antigos jogos, como Espadas Internet, Gamão
Internet e Internet Damas;
· Windows XP Mode;
· Aero Shake;
Já o Professional apresenta todos esses recursos adicionados
de outros que o deixam mais completo como o usuário pode
executar vários programas de produtividade do Windows XP no
Modo Windows XP, conectar-se a redes corporativas facilmente e
com mais segurança com o Ingresso no Domínio e além do Backup
e Restauração de todo o sistema encontrado em todas as edições,
é possível fazer backup em uma rede doméstica ou corporativa.
O Ultimate também apresenta todos esses recursos acrescidos
de outros que tornam sua funcionalidade completa com todos os
recursos disponíveis nessa versão do sistema operacional como
ajuda para proteger os dados do seu computador e de dispositivos
de armazenamento portáteis contra perda ou roubo com o
BitLocker e poder trabalhar no idioma de sua escolha ou alternar
entre 35 idiomas.
Apesar do Windows 7 conter muitos novos recursos o número
de capacidades e certos programas que faziam parte do Windows
Vista não estão mais presentes ou mudaram, resultando na remoção
de certas funcionalidades. Mesmo assim, devido ao fato de ainda
ser um sistema operacional em desenvolvimento, nem todos os
recursos podem ser deinitivamente considerados excluídos.
Fixar navegador de internet e cliente de e-mail padrão no
menu Iniciar e na área de trabalho (programas podem ser ixados
manualmente).
Recursos
Segundo o site da própria Microsoft, os recursos encontrados
no Windows 7 são fruto das novas necessidades encontradas pelos
usuários. Muitos vêm de seu antecessor, Windows Vista, mas
existem novas funcionalidades exclusivas, feitas para facilitar a
utilização e melhorar o desempenho do SO (Sistema Operacional)
no computador.
Vale notar que, se você tem conhecimentos em outras versões
do Windows, não terá que jogar todo o conhecimento fora. Apenas
vai se adaptar aos novos caminhos e aprender “novos truques”
enquanto isso.
Tarefas Cotidianas
Windows Photo Gallery, Windows Movie Maker, Windows
Mail e Windows
Calendar foram substituídos pelas suas respectivas contrapartes
do Windows Live, com a perda de algumas funcionalidades.
O Windows 7, assim como o Windows Vista, estará disponível
em cinco diferentes edições, porém apenas o Home Premium,
Professional e Ultimate serão vendidos na maioria dos países,
restando outras duas edições que se concentram em outros
mercados, como mercados de empresas ou só para países em
desenvolvimento. Cada edição inclui recursos e limitações, sendo
que só o Ultimate não tem limitações de uso. Segundo a Microsoft,
os recursos para todas as edições do Windows 7 são armazenadas
no computador.
Um dos principais objetivos da Microsoft com este novo
Windows é proporcionar uma melhor interação e integração do
sistema com o usuário, tendo uma maior otimização dos recursos do
Windows 7, como maior autonomia e menor consumo de energia,
voltado a proissionais ou usuários de internet que precisam
interagir com clientes e familiares com facilidade, sincronizando e
compartilhando facilmente arquivos e diretórios.
Já faz tempo que utilizar um computador no dia a dia se tornou
comum. Não precisamos mais estar em alguma empresa enorme
para precisar sempre de um computador perto de nós. O Windows
7 vem com ferramentas e funções para te ajudar em tarefas comuns
do cotidiano.
Grupo Doméstico
Ao invés de um, digamos que você tenha dois ou mais
computadores em sua casa. Permitir a comunicação entre várias
estações vai te poupar de ter que ir isicamente aonde a outra
máquina está para recuperar uma foto digital armazenada apenas
nele.
Com o Grupo Doméstico, a troca de arquivos ica simpliicada
e segura. Você decide o que compartilhar e qual os privilégios que
os outros terão ao acessar a informação, se é apenas de visualização,
de edição e etc.
Comparando as edições
O Windows 7 tem três edições diferentes de um mesmo
sistema operacional, que se adéquam as necessidades diárias de
cada usuário essas edições são o Home Premium, o Professional
e Ultimate.
Essas edições apresentam variações de uma para outra, como
o Home Premium, que é uma edição básica, mas de grande uso
para usuários que não apresentam grandes necessidades.
Os seus recursos são a facilidade para suas atividades diárias
com a nova navegação na área de trabalho, o usuário pode abrir
os programas mais rápida e facilmente e encontrar os documentos
que mais usa em instantes.
Tornar sua experiência na Web mais rápida, fácil e segura do
que nunca com o Internet Explorer 8, assistir a muitos dos seus
programas de TV favoritos de graça e onde quiser, com a TV na
Internet e criar facilmente uma rede doméstica e conectar seus
computadores a uma impressora com o Grupo Doméstico.
Didatismo e Conhecimento
Tela sensível ao toque
O Windows 7 está preparado para a tecnologia sensível ao
toque com opção a multitoque, recurso difundido pelo iPhone.
O recurso multitoque percebe o toque em diversos pontos da
tela ao mesmo tempo, assim tornando possível dimensionar uma
imagem arrastando simultaneamente duas pontas da imagem na
tela.
O Touch Pack para Windows 7 é um conjunto de aplicativos
e jogos para telas sensíveis ao toque. O Surface Collage é um
aplicativo para organizar e redimensionar fotos. Nele é possível
montar slide show de fotos e criar papeis de parede personalizados.
Essas funções não são novidades, mas por serem feitas para usar
uma tela sensível a múltiplos toques as tornam novidades.
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I NFORMÁTI CA
Snap
Ao se utilizar o Windows por muito tempo, é comum ver várias janelas abertas pelo seu monitor. Com o recurso de Snap, você
pode posicioná-las de um jeito prático e divertido. Basta apenas
clicar e arrastá-las pelas bordas da tela para obter diferentes posicionamentos.
O Snap é útil tanto para a distribuição como para a comparação de janelas. Por exemplo, jogue uma para a esquerda e a outra
na direita. Ambas icaram abertas e dividindo igualmente o espaço
pela tela, permitindo que você as veja ao mesmo tempo.
Windows Search
O sistema de buscas no Windows 7 está reinado e estendido.
Podemos fazer buscas mais simples e especíicas diretamente do
menu iniciar, mas foi mantida e melhorada a busca enquanto você
navega pelas pastas.
Microsoft Surface Collage, desenvolvido
para usar tela sensível ao toque.
Menu iniciar
Lista de Atalhos
As pesquisas agora podem ser feitas diretamente do menu
iniciar. É útil quando você necessita procurar, por exemplo, pelo
atalho de inicialização de algum programa ou arquivo de modo
rápido.
“Diferente de buscas com as tecnologias anteriores do Windows Search, a pesquisa do menu início não olha apenas aos nomes
de pastas e arquivos.
Considera-se o conteúdo do arquivo, tags e propriedades também” (Jim Boyce; Windows 7 Bible, pg 770).
Os resultados são mostrados enquanto você digita e são divididos em categorias, para facilitar sua visualização.
Abaixo as categorias nas quais o resultado de sua busca pode
ser dividido.
Novidade desta nova versão, agora você pode abrir diretamente um arquivo recente, sem nem ao menos abrir o programa
que você utilizou. Digamos que você estava editando um relatório
em seu editor de texto e precisou fechá-lo por algum motivo.
Quando quiser voltar a trabalhar nele, basta clicar com o botão
direito sob o ícone do editor e o arquivo estará entre os recentes.
Ao invés de ter que abrir o editor e somente depois se preocupar em procurar o arquivo, você pula uma etapa e vai diretamente
para a informação, ganhando tempo.
· Programas
· Painel de Controle
· Documentos
· Música
· Arquivos
Exemplo de arquivos recentes no Paint.
Pode, inclusive, ixar conteúdo que você considere importante. Se a edição de um determinado documento é constante, vale a
pena deixá-lo entre os “favoritos”, visto que a lista de recentes se
modiica conforme você abre e fecha novos documentos.
Didatismo e Conhecimento
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I NFORMÁTI CA
A busca não se limita a digitação de palavras. Você pode
aplicar iltros, por exemplo, buscar, na pasta músicas, todas as
canções do gênero Rock. Existem outros, como data, tamanho
e tipo. Dependendo do arquivo que você procura, podem existir
outras classiicações disponíveis.
Imagine que todo arquivo de texto sem seu computador possui um autor. Se você está buscando por arquivos de texto, pode
ter a opção de iltrar por autores.
Controle dos pais
Não é uma tarefa fácil proteger os mais novos do que visualizam por meio do computador. O Windows 7 ajuda a limitar o
que pode ser visualizado ou não. Para que essa funcionalidade
ique disponível, é importante que o computador tenha uma conta
de administrador, protegida por senha, registrada. Além disso, o
usuário que se deseja restringir deve ter sua própria conta.
As restrições básicas que o Seven disponibiliza:
· Limite de Tempo: Permite especiicar quais horas do dia
que o PC pode ser utilizado.
· Jogos: Bloqueia ou permite jogar, se baseando pelo horário
e também pela classiicação do jogo. Vale notar que a classiicação já vem com o próprio game.
· Bloquear programas: É possível selecionar quais aplicativos estão autorizados a serem executados.
Fazendo download de add-on’s é possível aumentar a quantidade de restrições, como controlar as páginas que são acessadas, e até mesmo manter um histórico das atividades online do
usuário.
Ao digitar “pai” temos os itens que contêm
essas letras em seu nome.
Windows Explorer
O que você encontra pelo menu iniciar é uma pequena parte
do total disponível.
Fazendo a busca pelo Windows Explorer – que é acionado
automaticamente quando você navega pelas pastas do seu computador – você encontrará uma busca mais abrangente.
Em versões anteriores, como no Windows XP, antes de se fazer uma busca é necessário abrir a ferramenta de busca.
No Seven, precisamos apenas digitar os termos na caixa de
busca, que ica no canto superior direito.
Central de ações
A central de ações consolida todas as mensagens de segurança e manutenção do Windows. Elas são classiicadas em vermelho (importante – deve ser resolvido rapidamente) e amarelas
(tarefas recomendadas).
O painel também é útil caso você sinta algo de estranho no
computador. Basta checar o painel e ver se o Windows detectou
algo de errado.
Windows Explorer com a caixa de busca (Jim Boyce; Windows 7 Bible, pg 774).
Didatismo e Conhecimento
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I NFORMÁTI CA
O próprio sistema já vem com algumas, mas se sentir necessidade, pode baixar ainda mais opções da internet.
A central de ações e suas opções.
Gadgets de calendário e relógio.
- Do seu jeito
O ambiente que nos cerca faz diferença, tanto para nossa qualidade de vida quanto para o desempenho no trabalho. O computador é uma extensão desse ambiente. O Windows 7 permite uma
alta personalização de ícones, cores e muitas outras opções, deixando um ambiente mais confortável, não importa se utilizado no
ambiente proissional ou no doméstico.
Muitas opções para personalizar o Windows 7 estão na página
de Personalização1, que pode ser acessada por um clique com o
botão direito na área de trabalho e em seguida um clique em Personalizar.
É importante notar que algumas conigurações podem deixarv
seu computador mais lento, especialmente efeitos de transparência. Abaixo estão algumas das opções de personalização mais interessantes.
Temas
Como nem sempre há tempo de modiicar e deixar todas as
conigurações exatamente do seu gosto, o Windows 7 disponibiliza
temas, que mudam consideravelmente os aspectos gráicos, como
em papéis de parede e cores.
ClearType
“Clear Type é uma tecnologia que faz as fontes parecerem
mais claras e suaves no monitor. É particularmente efetivo para
monitores LCD, mas também tem algum efeito nos antigos modelos CRT(monitores de tubo). O Windows 7 dá suporte a esta tecnologia” (Jim Boyce; Windows 7 Bible, pg 163, tradução nossa).
Novas possibilidades
Papéis de Parede
Os novos recursos do Windows Seven abrem, por si só, novas
possibilidades de coniguração, maior facilidade na navega, dentre
outros pontos. Por enquanto, essas novidades foram diretamente
aplicadas no computador em uso, mas no Seven podemos também
interagir com outros dispositivos.
Os papéis de parede não são tamanha novidade, virou praticamente uma rotina entre as pessoas colocarem fotos de ídolos,
paisagens ou qualquer outra igura que as agrade. Uma das novidades ica por conta das fotos que você encontra no próprio SO.
Variam de uma foto focando uma única folha numa loresta até
uma montanha.
A outra é a possibilidade de criar um slide show com várias
fotos. Elas icaram mudando em sequência, dando a impressão que
sua área de trabalho está mais viva.
Reproduzir em
Permitindo acessando de outros equipamentos a um computador com o Windows Seven, é possível que eles se comuniquem e
seja possível tocar, por exemplo, num aparelho de som as músicas
que você tem no HD de seu computador.
É apenas necessário que o aparelho seja compatível com o
Windows Seven – geralmente indicado com um logotipo “Compatível com o Windows 7».
Gadgets
As “bugigangas” já são conhecidas do Windows Vista, mas
eram travadas no canto direito. Agora elas podem icar em qualquer local do desktop.
Servem para deixar sua área de trabalho com elementos sortidos, desde coisas úteis – como uma pequena agenda – até as de
gosto mais duvidosas – como uma que mostra o símbolo do Corinthians. Fica a critério do usuário o que e como utilizar.
Didatismo e Conhecimento
Streaming de mídia remoto
Com o Reproduzir em é possível levar o conteúdo do computador para outros lugares da casa. Se quiser levar para fora dela,
uma opção é o Streaming de mídia remoto.
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I NFORMÁTI CA
Com este novo recurso, dois computadores rodando Windows
7 podem compartilhar músicas através do Windows Media Player
12. É necessário que ambos estejam associados com um ID online,
como a do Windows Live.
O Windows 7 começa a mudar essa questão, agora existe uma
serie de aplicativos juntos com o Windows 7, para que o usuário
não precisa baixar programas para atividades básicas.
Com o Sticky Notes pode-se deixar lembretes no desktop e
também suportar entrada por caneta e toque.
No Math Input Center, utilizando recursos multitoque, equações matemáticas escritas na tela são convertidas em texto, para
poder adicioná-la em um processador de texto.
O print screen agora tem um aplicativo que permite capturar
de formas diferentes a tela, como por exemplo, a tela inteira, partes
ou áreas desenhadas da tela com o mouse.
Personalização
Você pode adicionar recursos ao seu computador alterando o
tema, a cor, os sons, o plano de fundo da área de trabalho, a proteção de tela, o tamanho da fonte e a imagem da conta de usuário.
Você pode também selecionar “gadgets” especíicos para sua área
de trabalho.
Ao alterar o tema você inclui um plano de fundo na área de
trabalho, uma proteção de tela, a cor da borda da janela sons e, às
vezes, ícones e ponteiros de mouse.
Você pode escolher entre vários temas do Aero, que é um visual premium dessa versão do Windows, apresentando um design
como o vidro transparente com animações de janela, um novo
menu Iniciar, uma nova barra de tarefas e novas cores de borda
de janela.
Use o tema inteiro ou crie seu próprio tema personalizado alterando as imagens, cores e sons individualmente. Você também
pode localizar mais temas online no site do Windows. Você também pode alterar os sons emitidos pelo computador quando, por
exemplo, você recebe um e-mail, inicia o Windows ou desliga o
computador.
O plano de fundo da área de trabalho, chamado de papel de
parede, é uma imagem, cor ou design na área de trabalho que cria
um fundo para as janelas abertas. Você pode escolher uma imagem
para ser seu plano de fundo de área de trabalho ou pode exibir uma
apresentação de slides de imagens. Também pode ser usada uma
proteção de tela onde uma imagem ou animação aparece em sua
tela quando você não utiliza o mouse ou o teclado por determinado
período de tempo. Você pode escolher uma variedade de proteções
de tela do Windows.
Aumentando o tamanho da fonte você pode tornar o texto, os
ícones e outros itens da tela mais fáceis de ver. Também é possível
reduzir a escala DPI, escala de pontos por polegada, para diminuir
o tamanho do texto e outros itens na tela para que caibam mais
informações na tela.
Outro recurso de personalização é colocar imagem de conta
de usuário que ajuda a identiicar a sua conta em um computador.
A imagem é exibida na tela de boas vindas e no menu Iniciar. Você
pode alterar a imagem da sua conta de usuário para uma das imagens incluídas no Windows ou usar sua própria imagem.
E para inalizar você pode adicionar “gadgets” de área de trabalho, que são miniprogramas personalizáveis que podem exibir
continuamente informações atualizadas como a apresentação de
slides de imagens ou contatos, sem a necessidade de abrir uma
nova janela.
Aplicativo de copiar tela (botão print screen).
O Paint foi reformulado, agora conta com novas ferramentas
e design melhorado, ganhou menus e ferramentas que parecem do
Ofice 2007.
Aplicativos novos
Paint com novos recursos.
Uma das principais características do mundo Linux é suas
versões virem com muitos aplicativos, assim o usuário não precisa
icar baixando arquivos após instalar o sistema, o que não ocorre
com as versões Windows.
Didatismo e Conhecimento
O WordPad também foi reformulado, recebeu novo visual
mais próximo ao Word 2007, também ganhou novas ferramentas,
assim se tornando um bom editor para quem não tem o Word 2007.
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I NFORMÁTI CA
A calculadora também sofreu mudanças, agora conta com 2
novos modos, programador e estatístico.
No modo programador ela faz cálculos binários e tem opção
de álgebra booleana. A estatística tem funções de cálculos básicos.
Também foi adicionado recurso de conversão de unidades
como de pés para metros.
Se for desejado rodar o sistema sem problemas de lentidão e
ainda usufruir derecursos como o Aero, o recomendado é a seguinte coniguração.
Coniguração Recomendada:
· Processador de 2 GHz (32 ou 64 bits)
· Memória (RAM) de 2 GB
· Espaço requerido de disco rígido: 16 GB
· Placa de vídeo com suporte a elementos gráicos DirectX 9
com 256 MB de memória (para habilitar o tema do Windows Aero)
· Unidade de DVD-R/W
· Conexão com a Internet (para obter atualizações)
Atualizar de um SO antigo
O melhor cenário possível para a instalação do Windows 7 é
com uma máquina nova, com os requisitos apropriados. Entretanto, é possível utilizá-lo num computador antigo, desde que atenda
as especiicações mínimas.
Se o aparelho em questão possuir o Windows Vista instalado, você terá a opção de atualizar o sistema operacional. Caso sua
máquina utilize Windows XP, você deverá fazer a re-instalação do
sistema operacional.
Utilizando uma versão anterior a do XP, muito provavelmente seu computador não atende aos requisitos mínimos. Entretanto,
nada impede que você tente fazer a reinstalação.
Calculadora: 2 novos modos.
Atualização
“Atualizar é a forma mais conveniente de ter o Windows 7 em
seu computador, pois mantém os arquivos, as conigurações e os
programas do Windows Vista no lugar” (Site da Microsoft, http://
windows.microsoft.com/ptBR/windows7/help/upgrading-from-windows-vista-to-windows-7).
É o método mais adequado, se o usuário não possui conhecimento ou tempo para fazer uma instalação do método tradicional.
Optando por essa opção, ainda devesse tomar cuidado com a compatibilidade dos programas, o que funciona no Vista nem sempre
funcionará no 7.
WordPad remodelado
Instalação
Requisitos
Por qualquer motivo que a atualização não possa ser efetuada,
a instalação completa se torna a opção mais viável.
Neste caso, é necessário fazer backup de dados que se deseja
utilizar, como drivers e documentos de texto, pois todas as informações no computador serão perdidas. Quando iniciar o Windows
7, ele vai estar sem os programas que você havia instalado e com
as conigurações padrão.
Apesar desta nova versão do Windows estar mais leve em
relação ao Vista, ainda é exigido uma coniguração de hardware
(peças) relativamente boa, para que seja utilizado sem problemas
de desempenho.
Esta é a coniguração mínima:
· Processador de 1 GHz (32-bit)
· Memória (RAM) de 1 GB
· Placa de Vídeo compatível com DirectX 9.0 e 32 MB de
memória (sem Windows Aero)
· Espaço requerido de 16GB
· DVD-ROM
· Saída de Áudio
Didatismo e Conhecimento
Desempenho
De nada adiantariam os novos recursos do Windows 7 se ele
mantivesse a fama de lento e paranóico, adquirida por seu antecessor. Testes indicam que a nova versão tem ganhou alguns pontos
na velocidade.
33
I NFORMÁTI CA
O Seven te ajuda automaticamente com o desempenho: “Seu
sistema operacional toma conta do gerenciamento do processador
e memória para você” (Jim Boyce; Windows 7 Bible, pg 1041,
tradução nossa).
Além disso, as tarefas recebem prioridades. Apesar de não
ajudar efetivamente no desempenho, o Windows 7 prioriza o que o
usuário está interagindo (tarefas “foreground”).
Outras, como uma impressão, tem baixa prioridade pois são
naturalmente lentas e podem ser executadas “longe da visão” do
usuário, dando a impressão que o computador não está lento.
Essa característica permite que o usuário não sinta uma lentidão desnecessária no computador.
Entretanto, não se pode ignorar o fato que, com cada vez mais
recursos e “efeitos gráicos”, a tendência é que o sistema operacional se torne um forte consumidor de memória e processamento. O
Seven disponibiliza vários recursos de ponta e mantêm uma performance satisfatória.
Dentre as funções adicionadas, as principais são o suporte à
interface Aero Glass e também aos recursos Touch Windows (tela
sensível ao toque) e Aero Background, que troca seu papel de parede automaticamente no intervalo de tempo determinado. Haverá
ainda um aplicativo nativo para auxiliar no gerenciamento de redes
wireless, conhecido como Mobility Center.
Monitor de desempenho
Apesar de não ser uma exclusividade do Seven, é uma ferramenta poderosa para veriicar como o sistema está se portando.
Podem-se adicionar contadores (além do que já existe) para colher
ainda mais informações e gerar relatórios.
Esta edição será colocada à venda em lojas de varejo e também poderá ser encontrada em computadores novos.
Monitor de recursos
Windows 7 Professional, voltado às pequenas empresas
Com o monitor de recursos, uma série de abas mostra informações sobre o uso do processador, da memória, disco e conexão
à rede.
Mais voltada para as pequenas empresas, a versão Professional do Windows 7 possuirá diversos recursos que visam facilitar
a comunicação entre computadores e até mesmo impressoras de
uma rede corporativa.
PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE AS VERSÕES
Para isso foram desenvolvidos aplicativos como o Domain
Join, que ajuda os computadores de uma rede a “se enxergarem”
e conseguirem se comunicar. O Location Aware Printing, por sua
vez, tem como objetivo tornar muito mais fácil o compartilhamento de impressoras.
Windows 7 Starter
Como o próprio título acima sugere, esta versão do Windows
é a mais simples e básica de todas. A Barra de Tarefas foi completamente redesenhada e não possui suporte ao famoso Aero Glass.
Uma limitação da versão é que o usuário não pode abrir mais do
que três aplicativos ao mesmo tempo.
Esta versão será instalada em computadores novo apenas nos
países em desenvolvimento, como Índia, Rússia e Brasil. Disponível apenas na versão de 32 bits.
Como empresas sempre estão procurando maneiras para se
proteger de fraudes, o Windows 7 Professional traz o Encrypting
File System, que diiculta a violação de dados. Esta versão também
será encontrada em lojas de varejo ou computadores novos.
Windows 7 Home Basic
Esta é uma versão intermediária entre as edições Starter e
Home Premium (que será mostrada logo abaixo). Terá também a
versão de 64 bits e permitirá a execução de mais de três aplicativos
ao mesmo tempo.
Assim como a anterior, não terá suporte para o Aero Glass
nem para as funcionalidades sensíveis ao toque, fugindo um pouco
da principal novidade do Windows 7. Computadores novos poderão contar também com a instalação desta edição, mas sua venda
será proibida nos Estados Unidos.
Windows 7 Enterprise, apenas para vários
Sim, é “apenas para vários” mesmo. Como esta é uma versão
mais voltada para empresas de médio e grande porte, só poderá
ser adquirida com licenciamento para diversas máquinas. Acumula
todas as funcionalidades citadas na edição Professional e possui
recursos mais soisticados de segurança.
Dentre esses recursos estão o BitLocker, responsável pela
criptograia de dados e o AppLocker, que impede a execução de
programas não-autorizados. Além disso, há ainda o BrachCache,
para turbinar transferência de arquivos grandes e também o DirectAccess, que dá uma super ajuda com a coniguração de redes
corporativas.
Windows 7 Home Premium
Edição que os usuários domésticos podem chamar de “completa”, a Home Premium acumula todas as funcionalidades das
edições citadas anteriormente e soma mais algumas ao pacote.
Didatismo e Conhecimento
34
I NFORMÁTI CA
Windows 7 Ultimate, o mais completo e mais caro
Esta será, provavelmente, a versão mais cara de todas, pois
contém todas as funcionalidades já citadas neste artigo e mais algumas. Apesar de sua venda não ser restrita às empresas, o Microsoft disponibilizará uma quantidade limitada desta versão do
sistema.
Isso porque grande parte dos aplicativos e recursos presentes
na Ultimate são dedicados às corporações, não interessando muito
aos usuários comuns.
Figura 1: Interface do Windows Win32
Ao invés disso temos um painel onde todos os programas são
listados com seus ícones no modo paisagem e que pode ser movido
com a barra de rolagem horizontal que se encontra no rodapé da
página. Então qualquer programa instalado tanto para a interface
Style quanto para a interface Win32 pode ser acessado (Figura 2).
WINDOWS 8
O Windows 8 veio com uma nova característica para Desktops
e Tablets, o Windows Style, que já é conhecido por muitos com o
nome de Windows Metro, presente no Windows Phone 7. O que
signiica que uma aplicação feita com Windows Style vai poder
ser executada no seu Desktop, Tablet ou smarthphone que utiliza
o Windows 8 que traz um visual diferenciado possibilitando maior
interação do usuário com os aplicativos.
Apesar de trazer esta grande novidade, o Windows 8 não
perdeu a compatibilidade e nem a forma de trabalhar com
aplicativos na versão x86, feitos em versões mais antigas deste
Sistema Operacional. Isso porque o Windows 8 para Desktop
usa duas interfaces, a interface Style também chamada de
Windows RT e a Interface Win32. Isso signiica que os aplicativos
desenvolvidos para Windows Win32 não serão executados em
tablets ou smarthphones.
Além das características citadas acima, outra novidade
interessante do Windows 8 é a interface Win32 que foi modiicada,
além de trazer novas funções até então (até então porque até o
lançamento oicial pode acontecer alguma mudança), ele não trás
o botão iniciar (Figura 1).
Didatismo e Conhecimento
Figura 2: Painel contendo todos os aplicativos do Windows 8
Muitos que já tiveram contato com o Windows 8 acharam
estranho, porque se não tem o botão iniciar, como desligar o
computador? Bom, aí está mais uma mudança, pensando no uso
comum para todos os dispositivos foi criada uma Barra Lateral
(lado direito), onde temos as opções de Pesquisa, Compartilhar,
Iniciar, Dispositivos, Conigurações (Figura 3).
35
I NFORMÁTI CA
O Windows pode eventualmente encerrar um aplicativo que
está em segundo plano para liberar memória para outro aplicativo
que está sendo executado.
Essa característica requer que os desenvolvedores de aplicativos Windows Style sejam muito cuidadosos ao construírem
suas aplicações, para que o usuário não perceba o que está acontecendo “por trás” no sistema operacional. Então o desenvolvedor deve gravar o estado em que a aplicação foi suspensa ou
encerrada, para que o usuário não perceba a alteração ao alternar
entre um aplicativo e outro.
É bom frisar que esta característica é apenas para o Windows
8 RT ou Style e estão direcionados para melhorar o desempenho
de aplicativos móveis.
O Windows Win32 não tem essa característica e consequentemente os aplicativos já existentes e construídos para Windows
Win32 vão trabalhar da mesma forma, estarão sendo executados
em segundo plano, consumindo memória e processamento, deixando a cargo do usuário encerrar o aplicativo que mais estiver
consumindo recursos do computador.
Espero que com estas breves explanações, estejam prontos
para instalar o Windows 8 e as ferramentas de desenvolvimento
para esta plataforma, pois a intenção neste deste tópico é apenas
dar uma ideia básica das novidades do Windows 8.
Então para desenvolver alguma aplicação para dispositivos
móveis que utilizam Windows 8, devemos ter instalados o Windows 8 e também o Visual Studio 2012, que conta também com
a versão Express que é gratuita. Apesar de não ter sido lançado
oicialmente já podemos iniciar o desenvolvimento de aplicativos para Windows 8 baixando a versão de avaliação do Windows
8 Release Preview, que será válida até 15 de fevereiro de 2013, o
que é suiciente para testar e desenvolver alguns aplicativos. Para
baixar a versão de avaliação acesse o endereço http://windows.
microsoft.com/pt-BR/windows-8/download. Após acessar este
endereço escolha o idioma e a versão para máquinas 32 ou 64
bits, não se esqueça de anotar a chave do produto, depois baixe a
imagem no formato ISO, grave em um DVD e pronto, agora é só
instalar. Se você já tiver uma outra versão do Windows instalada
na máquina, pode criar uma partição e instalar o Windows 8, assim
será criado um Dual Boot, ou seja você poderá escolher qual sistema operacional vai utilizar.
Figura 3: Barra Lateral
É nessa barra lateral, na opção conigurações onde vamos
encontrar a coniguração das conexões com redes a cabo ou sem
io (wireless), coniguração de volume, coniguração de brilho,
coniguração do idioma teclado, coniguração das notiicações,
a opção de desligar que inclui, desligar, reiniciar, hibernar
ou suspender a máquina, além das outras conigurações que
são: Área de trabalho, Painel de controle, Personalização
Informações do PC e ajuda (Figura 4).
Figura 4: Barra Lateral Coniguração
A interface Style está muito voltada para o conteúdo, onde
temos ícones dinâmicos também conhecidos como tiles que
podem mostrar informações em tempo real, de acordo com a
característica de cada aplicativo e obviamente quando houver
uma conexão com a internet.(Figura 5)
CRIAÇÃO E EDIÇÃO DE TEXTOS,
PLANILHAS ELETRÔNICAS
E APRESENTAÇÕES: AMBIENTES
MICROSOFT OFFICE E LIBREOFFICE;
Figura 5: Interface Windows Style
O uso da memória na interface Style foi otimizado para obter o máximo de desempenho para o aplicativo construído para
a essa interface, que está sendo executado naquele momento. E
como o Windows faz isso? O Windows 8 automaticamente suspende o aplicativo anterior para então executar o aplicativo atual,
liberando mais memória para ele. Isso signiica que o usuário
pode iniciar a quantidade de aplicativos que quiser, porque isso
não vai comprometer a memória ou a bateria do dispositivo.
Didatismo e Conhecimento
Word 2013
O Word faz parte da suíte de aplicativos Ofice, e é considerado um dos principais produtos da Microsoft sendo a suíte que domina o mercado de suítes de escritório, mesmo com o
crescimento de ferramentas gratuitas como Google Docs e Open
Ofice.
36
I NFORMÁTI CA
Vídeo online
Insira vídeos online para assistir diretamente no Word, sem
ter que sair do documento, assim você pode icar concentrado no
conteúdo.
Faça muito mais com seus documentos: abra um vídeo online, abra um PDF e edite o conteúdo, alinhe imagens e diagramas
com um mínimo de trabalho. O novo Modo de Leitura é limpo e
sem distrações e funciona muito bem em tablets. Agrupar-se em
equipes também está mais fácil, com conexões diretas com os espaços online e recursos de revisão otimizados, como a Marcação
Simples e os comentários.
Desfrute da leitura
Agora você pode se concentrar nos documentos do Word diretamente na tela com um modo de leitura limpo e confortável.
Novo modo de leitura
Aproveite sua leitura com um modo de exibição que mostra
seus documentos em colunas fáceis de ler na tela.
Expandir e recolher
Recolha ou expanda as partes de um documento com apenas
um toque ou um clique. Coloque resumos nos títulos e permita que
os leitores abram a seção e leiam os detalhes se desejarem.
As ferramentas de edição são removidas para minimizar as
distrações, mas você ainda tem acesso às ferramentas que estão
sempre à mão para leitura como Deinir, Traduzir e Pesquisar na
Web.
Zoom do objeto
Dê dois toques com o seu dedo ou dois cliques com o mouse
para ampliar e fazer com que as tabelas, gráicos e imagens de seu
documento preencham a tela. Foque a imagem e obtenha as informações, depois toque ou clique novamente fora do objeto para
reduzi-la e continuar lendo.
Trabalhe em conjunto
Trabalhar com outras pessoas com ferramentas otimizadas de
colaboração.
Salve e compartilhe os arquivos na nuvem
Retomar leitura
Reabra um documento e continue sua leitura exatamente
a partir do ponto em que parou. O Word se lembrará onde você
estava mesmo quando reabrir um documento online de um outro
computador.
A nuvem é como o armazenamento de arquivo no céu. Você
pode acessá-lo a qualquer momento quando estiver online. Agora é
fácil compartilhar um documento usando o SharePoint ou SkyDrive. A partir desse ponto, você pode acessar e compartilhar seus documentos do Word, planilhas do Excel e outros arquivos do Ofice.
Você pode até trabalhar juntamente com seus colegas no mesmo
arquivo ao mesmo tempo.
Marcação simples
Um novo modo de exibição de revisão, Marcação Simples,
oferece uma exibição limpa e sem complicações do seu documento, mas você ainda vê os indicadores onde as alterações controladas foram feitas.
Didatismo e Conhecimento
37
I NFORMÁTI CA
Abrir e editar PDFs
Abra PDFs e edite o conteúdo no Word. Edite parágrafos, listas e tabelas, exatamente como os documentos do Word com os
quais você já está familiarizado. Transforme o conteúdo para ter
uma ótima aparência.
Inserir fotos e vídeos online
Adicione diretamente aos seus documentos vídeos online que
os leitores poderão assistir no Word. Adicione as suas fotos de
serviços de fotos online sem precisar salvá-los primeiro em seu
computador.
Responder aos comentários e marcá-los como concluídos
Agora, os comentários têm um botão de resposta. Você pode
discutir e controlar facilmente os comentários ao lado do texto relevante. Quando um comentário for resolvido e não precisar mais
de atenção, você poderá marcá-lo como concluído. Ele icará esmaecido em cinza para não atrapalhar, mas a conversa ainda estará
lá se você precisar consultá-la posteriormente.
Guias dinâmicas de layout e alinhamento
Obtenha uma visualização dinâmica à medida que você redimensionar e mover fotos e formas em seu documento. As novas
guias de alinhamento facilitam o alinhamento de gráicos, fotos e
diagramas com o texto.
Adicione soisticação e estilo
Com o Word 2013, você pode criar documentos mais bonitos
e envolventes e pode trabalhar com mais tipos de mídia (como
vídeos online e imagens). Você pode até mesmo abrir PDFs.
Iniciar com um modelo
Ao abrir o Word 2013, você tem uma variedade de novos modelos ótimos disponíveis para ajudá-lo a começar em uma lista dos
documentos visualizados recentemente para que você pode voltar
para onde parou imediatamente.
Se você preferir não usar um modelo, apenas clique em Documento em branco.
Didatismo e Conhecimento
38
I NFORMÁTI CA
Interface
No cabeçalho de nosso programa temos a barra de títulos do documento
que como é um novo documento apresenta como título “Documento1”. Na esquerda temos a Barra de acesso rápido,
,
que
permite acessar alguns comandos mais rapidamente como salvar, desfazer. Você pode personalizar essa barra, clicando no menu de contexto
(lecha para baixo) à direita dela.
Mais a esquerda tem a ABA Arquivo.
Através dessa ABA, podemos criar novos documentos, abrir arquivos existentes, salvar documentos, imprimir, preparar o documento
(permite adicionar propriedades ao documento, criptografar, adicionar assinaturas digitais, etc.). Vamos utilizar alguns destes recursos no
andamento de nosso curso.
ABAS
Os comandos para a edição de nosso texto agora icam agrupadas dentro destas guias. Dentro destas guias temos os grupos de ferramentas, por exemplo, na guia Inicio, temos “Fonte”, “Parágrafo”, etc., nestes grupos ica visíveis para os usuários os principais comandos,
para acessar os demais comandos destes grupos de ferramentas, alguns destes grupos possuem pequenas marcações na sua direita inferior.
Didatismo e Conhecimento
39
I NFORMÁTI CA
O Word possui também guias contextuais quando determinados elementos dentro de seu texto são selecionados, por exemplo, ao selecionar uma imagem, ele criar na barra de guias, uma guia com a possibilidade de manipulação do elemento selecionado.
Trabalhando com documentos
Ao iniciarmos o Word temos um documento em branco que é sua área de edição de texto. Vamos digitar um pequeno texto conforme
abaixo:
Salvando Arquivos
É importante ao terminar um documento, ou durante a digitação do mesmo, quando o documento a ser criado é longo, salvar seu
trabalho. Salvar consiste em armazenar se documento em forma de arquivo em seu computador, pendrive, ou outro dispositivo de armazenamento. Para salvar seu documento, clique no botão salvar no topo da tela. Será aberta uma tela onde você poderá deinir o nome, local e
formato de seu arquivo.
Didatismo e Conhecimento
40
I NFORMÁTI CA
Abrindo um arquivo do Word
Para abrir um arquivo, você precisa clicar na ABA Arquivo.
Observe na janela de salvar que o Word procura salvar seus
arquivos na pasta Documents do usuário, você pode mudar o local
do arquivo a ser salvo, pela parte esquerda da janela. No campo
nome do arquivo, o Word normalmente preenche com o título do
documento, como o documento não possui um título, ele pega os
primeiros 255 caracteres e atribui como nome, é aconselhável colocar um nome menor e que se aproxime do conteúdo de seu texto.
“Em Tipo a maior mudança, até versão 2003, os documentos eram
salvos no formato”. DOC”, a partir da versão 2010, os documentos
são salvos na versão”. DOCX”, que não são compatíveis com as
versões anteriores. Para poder salvar seu documento e manter ele
compatível com versões anteriores do Word, clique na direita dessa
opção e mude para Documento do Word 97-2003.
Na esquerda da janela, o botão abrir é o segundo abaixo de
novo, observe também que ele mostra uma relação de documentos
recentes, nessa área serão mostrados os últimos documentos abertos
pelo Word facilitando a abertura. Ao clicar em abrir, será necessário
localizar o arquivo no local onde o mesmo foi salvo.
Caso necessite salvar seu arquivo em outro formato, outro local ou outro nome, clique no botão Ofice e escolha Salvar Como.
Visualização do Documento
Podemos alterar a forma de visualização de nosso documento.
No rodapé a direta da tela temos o controle de Zoom.·. Anterior a
este controle de zoom temos os botões de forma de visualização
de seu documento,
que podem também ser acessados
pela Aba Exibição.
Observe que o nome de seu arquivo agora aparece na barra de
títulos.
Didatismo e Conhecimento
41
I NFORMÁTI CA
No Word 2010 a ABA que permite conigurar sua página é a
ABA Layout da Página.
Os cinco primeiros botões são os mesmos que temos em miniaturas no rodapé.
•
Layout de Impressão: Formato atual de seu documento é
o formato de como seu documento icará na folha impressa.
•
Leitura em Tela Inteira: Ele oculta as barras de seu documento, facilitando a leitura em tela, observe que no rodapé do
documento à direita, ele possui uma lecha apontado para a próxima página. Para sair desse modo de visualização, clique no botão
fechar no topo à direita da tela.
•
Layout da Web: Aproxima seu texto de uma visualização
na Internet, esse formato existe, pois muitos usuários postam textos produzidos no Word em sites e blogs na Internet.
•
Estrutura de Tópicos: Permite visualizar seu documento
em tópicos, o formato terá melhor compreensão quando trabalharmos com marcadores.
•
Rascunho: É o formato bruto, permite aplicar diversos
recursos de produção de texto, porém não visualiza como impressão nem outro tipo de meio.
O terceiro grupo de ferramentas da Aba exibição permite trabalhar com o Zoom da página. Ao clicar no botão Zoom o Word
apresenta a seguinte janela:
O grupo “Conigurar Página”, permite deinir as margens de
seu documento, ele possui alguns tamanhos pré-deinidos, como
também personalizá-las.
Ao personalizar as margens, é possível alterar as margens superior, esquerda, inferior e direita, deinir a orientação da página,
se retrato ou paisagem, conigurar a fora de várias páginas, como
normal, livro, espelho. Ainda nessa mesma janela temos a guia
Papel.
Onde podemos utilizar um valor de zoom predeinido, ou colocarmos a porcentagem desejada, podemos visualizar o documento em várias páginas. E inalizando essa aba temos as formas de
exibir os documentos aberto em uma mesma seção do Word.
Coniguração de Documentos
Um dos principais cuidados que se deve ter com seus documentos é em relação à coniguração da página. A ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) possui um manual de regras
para documentações, então é comum escutar “o documento tem
que estar dentro das normas”, não vou me atentar a nenhuma das
normas especiicas, porém vou ensinar como e onde estão as opções de coniguração de um documento.
Didatismo e Conhecimento
Nesta guia podemos deinir o tipo de papel, e fonte de alimentação do papel.
42
I NFORMÁTI CA
Ao clicar em mais Colunas, é possível personalizar as suas
colunas, o Word disponibiliza algumas opções pré-deinidas, mas
você pode colocar em um número maior de colunas, adicionar linha entre as colunas, deinir a largura e o espaçamento entre as
colunas. Observe que se você pretende utilizar larguras de colunas
diferentes é preciso desmarcar a opção “Colunas de mesma largura”. Atente também que se preciso adicionar colunas a somente
uma parte do texto, eu preciso primeiro selecionar esse texto.
A terceira guia dessa janela chama-se Layout. A primeira opção dessa guia chama-se seção. Aqui se deine como será uma nova
seção do documento, vamos aprender mais frente como trabalhar
com seções.
Em cabeçalhos e rodapés podemos deinir se vamos utilizar
cabeçalhos e rodapés diferentes nas páginas pares e ímpares, e se
quero ocultar as informações de cabeçalho e rodapé da primeira
página. Em Página, pode-se deinir o alinhamento do conteúdo do
texto na página. O padrão é o alinhamento superior, mesmo que
ique um bom espaço em branco abaixo do que está editado. Ao escolher a opção centralizada, ele centraliza o conteúdo na vertical.
A opção números de linha permite adicionar numeração as linhas
do documento.
Números de Linha
É bastante comum em documentos acrescentar numeração
nas páginas dos documentos, o Word permite que você possa fazer
facilmente, clicando no botão “Números de Linhas”.
Ao clicar em “Opções de Numeração de Linhas...”, abre-se a
janela que vimos em Layout.
Colunas
Plano de Fundo da Página
Podemos adicionar as páginas do documento, marcas d’água,
cores e bordas. O grupo Plano de Fundo da Página possui três botões para modiicar o documento.
Didatismo e Conhecimento
43
I NFORMÁTI CA
Clique no botão Marca d’água.
O botão Bordas da Página, já estudamos seu funcionamento
ao clicar nas opções de Margens.
Selecionando Textos
Embora seja um processo simples, a seleção de textos é indispensável para ganho de tempo na edição de seu texto. Através da
seleção de texto podemos mudar a cor, tamanho e tipo de fonte,
etc.
Selecionando pelo Mouse
Ao posicionar o mouse mais a esquerda do texto, o cursor
aponta para a direita.
•
Ao dar um clique ele seleciona toda a linha
•
Ao dar um duplo clique ele seleciona todo o parágrafo.
•
Ao dar um triplo clique seleciona todo o texto
Com o cursor no meio de uma palavra:
•
Ao dar um clique o cursor se posiciona onde foi clicado
•
Ao dar um duplo clique, ele seleciona toda a palavra.
•
Ao dar um triplo clique ele seleciona todo o parágrafo
Podemos também clicar, manter o mouse pressionado e arrastar até onde se deseja selecionar. O problema é que se o mouse for
solto antes do desejado, é preciso reiniciar o processo, ou pressionar a tecla SHIFT no teclado e clicar ao inal da seleção desejada.
Podemos também clicar onde começa a seleção, pressionar a tecla
SHIFT e clicar onde termina a seleção. É possível selecionar palavras alternadas. Selecione a primeira palavra, pressione CTRL e vá
selecionando as partes do texto que deseja modiicar.
O Word apresenta alguns modelos, mais abaixo temos o item
Personalizar Marca D’água. Clique nessa opção.
Copiar e Colar
O copiar e colar no Word funciona da mesma forma que qualquer outro programa, pode-se utilizar as teclas de atalho CTRL+C
(copiar), CTRL+X (Recortar) e CTRL+V(Colar), ou o primeiro
grupo na ABA Inicio.
Nesta janela podemos deinir uma imagem como marca d’água,
basta clicar em Selecionar Imagem, escolher a imagem e depois deinir a dimensão e se a imagem icará mais fraca (desbotar) e clicar em OK. Como também é possível deinir um texto como marca
d’água. O segundo botão permite colocar uma cor de fundo em seu
texto, um recurso interessante é que o Word veriica a cor aplicada e
automaticamente ele muda a cor do texto.
Didatismo e Conhecimento
Este é um processo comum, porém um cuidado importante é
quando se copia texto de outro tipo de meio como, por exemplo,
da Internet. Textos na Internet possuem formatações e padrões deferentes dos editores de texto. Ao copiar um texto da Internet, se
você precisa adequá-lo ao seu documento, não basta apenas clicar
em colar, é necessário clicar na setinha apontando para baixo no
botão Colar, escolher Colar Especial.
44
I NFORMÁTI CA
Formatação de texto
Um dos maiores recursos de uma edição de texto é a possibilidade de se formatar o texto. No Ofice 2010 a ABA responsável
pela formatação é a Inicio e os grupo Fonte, Parágrafo e Estilo.
Formatação de Fonte
A formatação de fonte diz respeito ao tipo de letra, tamanho
de letra, cor, espaçamento entre caracteres, etc., para formatar uma
palavra, basta apenas clicar sobre ela, para duas ou mais é necessário selecionar o texto, se quiser formatar somente uma letra também é necessário selecionar a letra. No grupo Fonte, temos visível
o tipo de letra, tamanho, botões de aumentar fonte e diminuir fonte, limpar formatação, negrito, itálico, sublinhado, observe que ao
lado de sublinhado temos uma seta apontando para baixo, ao clicar
nessa seta, é possível escolher tipo e cor de linha.
Observe na imagem que ele traz o texto no formato HTML.
Precisa-se do texto limpo para que você possa manipulá-lo, marque a opção Texto não formatado e clique em OK.
Localizar e Substituir
Ao inal da ABA Inicio temos o grupo edição, dentro dela temos
a opção Localizar e a opção Substituir. Clique na opção Substituir.
A janela que se abre possui três guias, localizar, Substituir e
Ir para. A guia substituir que estamos vendo, permite substituir em
seu documento uma palavra por outra. A substituição pode ser feita
uma a uma, clicando em substituir, ou pode ser todas de uma única
vez clicando-se no botão Substituir Tudo.
Algumas vezes posso precisar substituir uma palavra por ela
mesma, porém com outra cor, ou então somente quando escrita em
maiúscula, etc., nestes casos clique no botão Mais. As opções são:
•
Pesquisar: Use esta opção para indicar a direção da pesquisa;
•
Diferenciar maiúsculas de minúsculas: Será localizada
exatamente a palavra como foi digitada na caixa localizar.
•
Palavras Inteiras: Localiza uma palavra inteira e não parte de uma palavra. Ex: Atenciosamente.
•
Usar caracteres curinga: Procura somente as palavras que
você especiicou com o caractere coringa. Ex. Se você digitou *ão
o Word vai localizar todas as palavras terminadas em ão.
•
Semelhantes: Localiza palavras que tem a mesma sonoridade, mas escrita diferente. Disponível somente para palavras em inglês.
•
Todas as formas de palavra: Localiza todas as formas da
palavra, não será permitida se as opções usar caractere coringa e
semelhantes estiverem marcadas.
•
Formatar: Localiza e Substitui de acordo com o especiicado como formatação.
•
Especial: Adiciona caracteres especiais à caixa localizar.
A caixa de seleção usar caracteres curinga.
Didatismo e Conhecimento
Ao lado do botão de sublinhado temos o botão Tachado – que
coloca um risco no meio da palavra, botão subscrito e sobrescrito
e o botão Maiúsculas e Minúsculas.
Este botão permite alterar a colocação de letras maiúsculas e
minúsculas em seu texto. Após esse botão temos o de realce – que
permite colocar uma cor de fundo para realçar o texto e o botão de
cor do texto.
45
I NFORMÁTI CA
Podemos deinir a escala da fonte, o espaçamento entre os
caracteres que pode ser condensado ou comprimido, a posição é
referente ao sobrescrito e subscrito, permitindo que se faça algo
como:
.
Kerning: é o acerto entre o espaço dentro das palavras, pois algumas vezes acontece de as letras icaram com espaçamento entre
elas de forma diferente. Uma ferramenta interessante do Word é a
ferramenta pincel, pois com ela você pode copiar toda a formatação de um texto e aplicar em outro.
Formatação de parágrafos
A principal regra da formatação de parágrafos é que independente de onde estiver o cursor a formatação será aplicada em todo
o parágrafo, tendo ele uma linha ou mais. Quando se trata de dois
ou mais parágrafos será necessárioselecionar os parágrafos a serem formatados. A formatação de parágrafos pode ser localizada
na ABA Inicio, e os recuos também na ABA Layout da Página.
Podemos também clicar na Faixa no grupo Fonte.
No grupo da Guia Inicio, temos as opções de marcadores (bullets e numeração e listas de vários níveis), diminuir e aumentar
recuo, classiicação e botão Mostrar Tudo, na segunda linha temos
os botões de alinhamentos: esquerda, centralizado, direita e justiicado, espaçamento entre linhas, observe que o espaçamento entre
linhas possui uma seta para baixo, permitindo que se possa deinir
qual o espaçamento a ser utilizado.
A janela fonte contém os principais comandos de formatação
e permite que você possa observar as alterações antes de aplica.
Ainda nessa janela temos a opção Avançado.
Didatismo e Conhecimento
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Cor do Preenchimento do Parágrafo.
Bordas no parágrafo.
As opções disponíveis são praticamente as mesmas disponíveis pelo grupo.
Podemos trabalhar os recuos de texto também pelas réguas
superiores.
Marcadores e Numeração
Na guia parágrafo da ABA Layout de Página temos apenas
os recuos e os espaçamentos entre parágrafos. Ao clicar na Faixa
do grupo Parágrafos, será aberta a janela de Formatação de Parágrafos.
Didatismo e Conhecimento
Os marcadores e numeração fazem parte do grupo parágrafos,
mas devido a sua importância, merecem um destaque. Existem
dois tipos de marcadores: Símbolos e Numeração.
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Onde você poderá escolher a Fonte (No caso aconselha-se a
utilizar fontes de símbolos como a Winddings, Webdings), e depois o símbolo. Ao clicar em Imagem, você poderá utilizar uma
imagem do Ofice, e ao clicar no botão importar, poderá utilizar
uma imagem externa.
A opção vários níveis é utilizada quando nosso texto tenha
níveis de marcação como, por exemplo, contratos e petições. Os
marcadores do tipo Símbolos como o nome já diz permite adicionar símbolos a frente de seus parágrafos.
Se precisarmos criar níveis nos marcadores, basta clicar antes
do inicio da primeira palavra do parágrafo e pressionar a tecla TAB
no teclado.
Bordas e Sombreamento
Podemos colocar bordas e sombreamentos em nosso texto.
Podem ser bordas simples aplicadas a textos e parágrafos. Bordas
na página como vimos quando estudamos a ABA Layout da Página
e sombreamentos. Selecione o texto ou o parágrafo a ser aplicado
à borda e ao clicar no botão de bordas do grupo Parágrafo, você
pode escolher uma borda pré-deinida ou então clicar na última
opção Bordas e Sombreamento.
Você pode observar que o Word automaticamente adicionou
outros símbolos ao marcador, você pode alterar os símbolos dos
marcadores, clicando na seta ao lado do botão Marcadores e escolhendo a opção Deinir Novo Marcador.
Ao clicar em Símbolo, será mostrada a seguinte janela:
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Podemos começar escolhendo uma deinição de borda (caixa, sombra, 3D e outra), ou pode-se especiicar cada uma das bordas na direita onde diz Visualização. Pode-se pelo meio da janela especiicar cor e largura da linha da borda. A Guia Sombreamento permite atribuir
um preenchimento de fundo ao texto selecionado. Você pode escolher uma cor base, e depois aplicar uma textura junto dessa cor.
Cabeçalho e Rodapé
O Word sempre reserva uma parte das margens para o cabeçalho e rodapé. Para acessar as opções de cabeçalho e rodapé, clique na ABA
Inserir, Grupo Cabeçalho e Rodapé.
Ele é composto de três opções Cabeçalho, Rodapé e Número de Página.
Ao clicar em Cabeçalho o Word disponibiliza algumas opções de caixas para que você possa digitar seu texto. Ao clicar em Editar Cabeçalho o Word edita a área de cabeçalho e a barra superior passa a ter comandos para alteração do cabeçalho.
A área do cabeçalho é exibida em um retângulo pontilhado, o restante do documento ica em segundo plano. Tudo o que for inserido no
cabeçalho será mostrado em todas as páginas, com exceção se você deiniu seções diferentes nas páginas.
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Para aplicar números de páginas automaticamente em seu cabeçalho basta clicar em Números de Página, apenas tome o cuidado de
escolher Inicio da Página se optar por Fim da Página ele aplicará o número da página no rodapé. Podemos também aplicar cabeçalhos e rodapés diferentes a um documento, para isso basta que ambos estejam em seções diferentes do documento. O cuidado é ao aplicar o cabeçalho
ou o rodapé, desmarcar a opção Vincular ao anterior.
O funcionamento para o rodapé é o mesmo para o cabeçalho, apenas deve-se clicar no botão Rodapé.
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Data e Hora
O Word Permite que você possa adicionar um campo de Data e Hora em seu texto, dentro da ABA Inserir, no grupo Texto, temos o
botão Data e Hora.
Basta escolher o formato a ser aplicado e clicar em OK. Se precisar que esse campo sempre atualize data, marque a opção Atualizar
automaticamente.
Inserindo Elementos Gráicos
O Word permite que se insira em seus documentos arquivos gráicos como Imagem, Clip-art, Formas, etc., as opções de inserção estão
disponíveis na ABA Inserir.
Imagens
O primeiro elemento gráico que temos é o elemento Imagem. Para inserir uma imagem clique no botão com o mesmo nome no grupo
Ilustrações na ABA Inserir. Na janela que se abre, localize o arquivo de imagem em seu computador.
A imagem será inserida no local onde estava seu cursor.
O que será ensinado agora é praticamente igual para todo os elementos gráicos, que é a manipulação dos elementos gráicos. Ao inserir
a imagem é possível observar que a mesma enquanto selecionada possui uma caixa pontilhadas em sua volta, para mover a imagem de local,
basta clicar sobre ela e arrastar para o local desejado, se precisar redimensionar a imagem, basta clicar em um dos pequenos quadrados em
suas extremidades, que são chamados por Alças de redimensionamento. Para sair da seleção da imagem, basta apenas clicar em qualquer
outra parte do texto. Ao clicar sobre a imagem, a barra superior mostra as conigurações de manipulação da imagem.
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O primeiro grupo é o Ajustar, dentre as opções temos Brilho e Contraste, que permite clarear ou escurecer a imagem e adicionar ou
remover o contraste. Podemos recolorir a imagem.
Entre as opções de recolorir podemos colocar nossa imagem em tons de cinza, preto e branco, desbotar a imagem e remover uma cor da
imagem. Este recurso permite deinir uma imagem com fundo transparente. A opção Compactar Imagens permite deixar sua imagem mais
adequada ao editor de textos. Ao clicar nesta opção o Word mostra a seguinte janela:
Pode-se aplicar a compactação a imagem selecionada, ou a todas as imagens do texto. Podemos alterar a resolução da imagem. A opção
Redeinir Imagem retorna a imagem ao seu estado inicial, abandonando todas as alterações feitas. O próximo grupo chama-se Sombra, como
o próprio nome diz, permite adicionar uma sombra a imagem que foi inserida.
No botão Efeitos de Sombra, você poderá escolher algumas posições de sombra (Projetada, Perspectiva) e cor da sombra. Ao lado
deste botão é possível deinir a posição da sombra e no meio a opção de ativar e desativar a sombra. No grupo Organizar é possível deinir
a posição da imagem em relação ao texto.
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O primeiro dos botões é a Posição, ela permite deinir em qual
posição a imagem deverá icar em relação ao texto.
Ao clicar na opção Mais Opções de Layout abre-se a janela Layout Avançado que permite trabalhar a disposição da imagem em relação ao bloco de texto no qual ela esta inserida. Essas
mesmas opções estão disponíveis na opção Quebra Automática
de Texto nesse mesmo grupo. Ao colocar a sua imagem em uma
disposição com o texto, é habilitado alguns recursos da barra de
imagens. Como bordas
O último grupo é referente às dimensões da imagem.
Neste grupo você pode cortar a sua imagem, ou redimensionar
a imagem deinindo Largura e Altura.
Os comandos vistos até o momento estavam disponíveis da
seguinte forma, pois nosso documento esta salvo em.DOC – versão compatível com Ofice XP e 2003. Ao salvar o documento em
.DOCX compatível somente com a versão 2010, acontecem algumas alterações na barra de imagens.
Através deste grupo é possível acrescentar bordas a sua imagem E no grupo Organizar ele habilita as opções de Trazer para
Frente, Enviar para Trás e Alinhar. Ao clicar no botão Trazer para
Frente, ele abre três opções: Trazer para Frente e Avançar, são utilizadas quando houver duas ou mais imagens e você precisa mudar o empilhamento delas. A opção Trazer para Frente do Texto
faz com que a imagem lutue sobre o Texto. Ao ter mais de uma
imagem e ao selecionar as imagens (Utilize a tecla SHIFT), você
poderá alinhar as suas imagens.
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No grupo Ajustar já temos algumas alterações, ao clicar no
item Cor. Em estilos de imagem podemos deinir bordas e sombreamentos para a imagem.
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Podemos aplicar também os Efeitos de Imagem
Formas
Podemos também adicionar formas ao nosso conteúdo do texto
Clip Art
Clip-Art são imagens, porém são imagens que fazem parte
do pacote Ofice. Para inserir um clipart, basta pela ABA Inserir,
clicar na opção Clip-Art. Na direita da tela abre-se a opção de consulta aos clip-Art.
Para desenhar uma forma, o processo é simples, basta clicar
na forma desejada e arrastar o mouse na tela para deinir as suas
dimensões. Ao desenhar a sua forma a barra passa a ter as propriedade para modiicar a forma.
O primeiro grupo chama-se Inserir Forma, ele possui a ferramenta de Inserir uma forma. Ao lado temos a ferramenta Editar
Forma essa ferramenta permite trabalhar os nós da forma – Algumas formas bloqueiam a utilização dessa ferramenta. Abaixo dela
temos a ferramenta de caixa de texto, que permite adicionar uma
caixa de texto ao seu documento. Estando com uma forma fechada, podemos transformar essa forma em uma caixa de texto. Ao
lado temos o Grupo Estilos de Forma.
Clique sobre a imagem a ser adicionada ao seu texto com o
botão direito e escolha Copiar (CTRL+C). Clique em seu texto
onde o Clip-Art deve ser adicionado e clique em Colar (CTRL+V)
As conigurações de manipulação do clip-art são as mesmas das
imagens.
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Os primeiros botões permitem aplicar um estilo a sua forma.
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Ainda nesse grupo temos a opção de trabalharmos as cores,
contorno e alterar a forma.
Ao clicar em Mais Gradações, será possível personalizar a
forma como será o preenchimento do gradiente.
A opção Imagem preenche sua forma com alguma imagem. A
opção Gradação permite aplicar tons de gradiente em sua forma.
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Na guia gradiente, temos as opções de Uma cor, Duas cores e
Pré-deinidas.
Ao escolher uma cor você pode escolher a cor a ser aplicada,
se quer ela mais para o claro ou escuro, pode deinir a transparência do gradiente e como será o sombreamento.
A Guia Textura permite aplicar imagens como texturas ao
preenchimento, a guia Padrão permite aplicar padrões de preenchimento e imagem permite aplicar uma imagem Após o grupo Estilos de Forma temos o grupo sombra e após ele o grupo Efeitos 3D.
Ao clicar na opção Duas Cores, você pode deinir a cor 1 e cor
2, o nível de transparência e o sombreamento.
Podemos aplicar efeitos tridimensionais em nossas formas.
Além de aplicar o efeitos podemos mudar a cor do 3D, alterar a
profundidade, a direção, luminosidade e superfície. As demais opções da Forma são idênticas as das imagens.
SmartArt
O SmartArt permite ao você adicionar Organogramas ao seu
documento. Se você estiver usando o Ofice 2003 ou seu documento estiver salvo em DOC, ao clicar nesse botão, ele habilita a
seguinte janela:
Ao clicar em Pré-deinidas, o Ofice possui algumas cores de
preenchimento prontas.
Basta selecionar o tipo de organograma a ser trabalhado e clique em OK. Porém se o formato de seu documento for DOCX, a
janela a ser mostrada será:
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O próximo grupo é o Estilos de SmartArt que permite mudar
as cores e o estilo do organograma.
Em hierarquia, escolha o primeiro da segunda linha e clique
em OK.
WordArt
Para inalizarmos o trabalho com elementos gráicos temo
os WordArt que já um velho conhecido da suíte Ofice, ele ainda
mantém a mesma interface desde a versão do Ofice 97 No grupo
Texto da ABA Inserir temos o botão de WorArt Selecione um formato de WordArt e clique sobre ele.
Altere os textos conforme a sua necessidade. Ao clicar no topo
em Ferramentas SmartArt, serão mostradas as opções de alteração
do objeto.
O primeiro botão é o de Adicionar uma forma. Basta clicar em
um botão do mesmo nível do que será criado e clicar neste botão.
Outra forma de se criar novas caixas dentro de um mesmo nível é
ao terminar de digitar o texto pressionar ENTER. Ainda no grupo
Criar Gráico temos os botões de Elevar / Rebaixar que permite
mudar o nível hierárquico de nosso organograma.
Será solicitado a digitação do texto do WordArt. Digite seu
texto e clique em OK. Será mostrada a barra do WordArt
No grupo Layout podemos mudar a disposição de nosso organograma.
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O primeiro grupo é o Texto, nesse grupo podemos editar o texto digitado e deinir seu espaçamento e alinhamentos. No grupo Estilos de
WordArt pode-se mudar a forma do WordArt, depois temos os grupos de Sombra, Efeitos 3D, Organizar e Tamanho.
Tabelas
As tabelas são com certeza um dos elementos mais importantes para colocar dados em seu documento.
Use tabelas para organizar informações e criar formas de páginas interessantes e disponibilizar seus dados.
Para inserir uma tabela, na ABA Inserir clique no botão Tabela.
Ao clicar no botão de Tabela, você pode deinir a quantidade de linhas e colunas, pode clicar no item Inserir Tabela ou Desenhar a
Tabela, Inserir uma planilha do Excel ou usar uma Tabela Rápida que nada mais são do que tabelas prontas onde será somente necessário
alterar o conteúdo.
Você pode criar facilmente uma tabela mais complexa, por exemplo, que contenha células de diferentes alturas ou um número variável
de colunas por linha semelhante à maneira como você usa uma caneta para desenhar uma tabela.
Ao desenhar a caixa que fará parte da tabela, você pode utilizar o topo
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Ferramentas de Tabela.
Através do grupo Opções de Estilo de Tabela é possível deinir células de cabeçalho. O grupo Estilos de Tabela permite aplicar uma
formatação a sua tabela e o grupo Desenhar Bordas permite deinir o estilo, espessura e cor da linha. O botão Desenhar Tabela transforma
seu cursor em um lápis para desenhar as células de sua tabela, e o botão Borracha apaga as linhas da tabela.
Você pode observar também que ao estar com alguma célula da tabela com o cursor o Word acrescenta mais uma ABA ao inal, chamada
Layout, clique sobre essa ABA.
O primeiro grupo Tabela permite selecionar em sua tabela, apenas uma célula, uma linha, uma coluna ou toda a tabela.
Ao clicar na opção Propriedades será aberto uma janela com as propriedades da janela.
Nesta janela existem quatro Guias.
A primeira é relativa à tabela, pode-se deinir a largura da tabela, o alinhamento e a quebra do texto na tabela. Ao clicar no botão Bordas
e Sombreamento abre-se a janela de bordas e sombreamento estudada anteriormente. Ao clicar em Opções é possível deinir as margens das
células e o espaçamento entre as células.
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A opção dividir tabela insere um parágrafo acima da célula
que o cursor está, dividindo a tabela. O grupo Tamanho da Célula
permite deinir a largura e altura da célula. A opção AutoAjuste
tem a função de ajustar sua célula de acordo com o conteúdo dentro dela.
O segundo grupo é o Linhas e Colunas permite adicionar e
remover linhas e colunas de sua tabela.
O grupo Alinhamento permite deinir o alinhamento do conteúdo da tabela. O botão Direção do Texto permite mudar a direção
de seu texto. A opção Margens da Célula, permite alterar as margens das células como vimos anteriormente.
Ao clicar na Faixa deste grupo ele abre uma janela onde é
possível deslocar células, inserir linhas e colunas. O terceiro grupo
é referente à divisão e mesclagem de células.
O grupo Dados permite classiicar, criar cálculos, etc., em sua
tabela.
A opção classiicar como o próprio nome diz permite classiicar os dados de sua tabela.
A opção Mesclar Células, somente estará disponível se você
selecionar duas ou mais células. Esse comando permite fazer com
que as células selecionadas tornem-se uma só.
A opção dividir células permite dividir uma célula. Ao clicar
nessa opção será mostrada uma janela onde você deve deinir em
quantas linhas e colunas a célula será dividida.
Ele abre a seguinte janela e coloca sua primeira linha como a
linha de cabeçalho, você pode colocar até três colunas como critérios de classiicação.
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O botão Converter em Texto permite transformar sua tabela em textos normal. A opção fórmula permite fazer cálculos na tabela.
ABA Revisão
A ABA revisão é responsável por correção, proteção, comentários etc., de seu documento.
O primeiro grupo Revisão de Texto tem como principal botão o de ortograia e Gramática, clique sobre ele.
O objetivo desta ferramenta e veriicar todo o seu documento em busca de erros.
Os de ortograia ele marca em vermelho e os de gramática em verde. É importante lembrar que o fato dele marcar com cores para veriicação na impressão sairá com as cores normais. Ao encontrar uma palavra considerada pelo Word como errada você pode:
•
Ignorar uma vez: Ignora a palavra somente nessa parte do texto.
•
•
Ignorar Todas: Ignora a palavra quando ela aparecer em qualquer parte do texto.
•
•
Adicionar ao dicionário: Adiciona a palavra ao dicionário do Word, ou seja, mesmo que ela apareça em outro texto ela não será
grafada como errada. Esta opção deve ser utilizada quando palavras que existam, mas que ainda não façam parte do Word.
•
•
Alterar: Altera a palavra. Você pode alterá-la por uma palavra que tenha aparecido na caixa de sugestões, ou se você a corrigiu no
quadro superior.
•
•
Alterar Todas: Faz a alteração em todas as palavras que estejam da mesma forma no texto.
Impressão
Para imprimir seu documento o processo é muito simples. Clique no botão
Ofice e ao posicionar o mouse em Imprimir ele abre algumas opções.
Didatismo e Conhecimento
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Podemos também se necessário criarmos nossos próprios estilos. Clique na Faixa do grupo Estilo.
Estilos
Os estilos podem ser considerados formatações prontas a serem aplicadas em textos e parágrafos. O Word disponibiliza uma
grande quantidade de estilos através do grupo estilos.
Para aplicar um estilo ao um texto é simples. Se você clicar em
seu texto sem selecioná-lo, e clicar sobre um estilo existente, ele
aplica o estilo ao parágrafo inteiro, porém se algum texto estiver
selecionado o estilo será aplicado somente ao que foi selecionado.
Será mostrado todos os estilos presentes no documento em
uma caixa à direita. Na parte de baixo da janela existem três botões, o primeiro deles chama-se Novo Estilo, clique sobre ele.
Observe na imagem acima que foi aplicado o estilo Título2
em ambos os textos, mas no de cima como foi clicado somente no
texto, o estilo está aplicado ao parágrafo, na linha de baixo o texto
foi selecionado, então a aplicação do estilo foi somente no que
estava selecionado. Ao clicar no botão Alterar Estilos é possível
acessar a diversas deinições de estilos através da opção Conjunto
de Estilos.
No exemplo dei o nome de Citações ao meu estilo, deini que
ele será aplicado a parágrafos, que a base de criação dele foi o
estilo corpo e que ao inalizar ele e iniciar um novo parágrafo o
próximo será também corpo.
Didatismo e Conhecimento
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I NFORMÁTI CA
Abaixo deinir a formatação a ser aplicada no mesmo. Na parte de baixo mantive a opção dele aparecer nos estilos rápidos e que
o mesmo está disponível somente a este documento. Ao inalizar
clique em OK. Veja um exemplo do estilo aplicado:
Índices
Sumário
O Sumário ou Índice Analítico é o mais utilizado, ele normalmente aparece no inicio de documentos. A principal regra é que
todo parágrafo que faça parte de seu índice precisa estar atrelado a
um estilo. Clique no local onde você precisa que ique seu índice
e clique no botão Sumário. Serão mostrados alguns modelos de
sumário, clique em Inserir Sumário.
Será aberta outra janela, nesta janela aparecem todos os estilos
presentes no documento, então é nela que você deine quais estilos
farão parte de seu índice.
No exemplo apliquei o nível 1 do índice ao estilo Título 1, o
nível 2 ao Título 2 e o nível 3 ao Título 3. Após deinir quais serão
suas entradas de índice clique em OK.
Retorna-se a janela anterior, onde você pode deinir qual será
o preenchimento entre as chamadas de índice e seu respectivo número de página e na parte mais abaixo, você pode deinir o Formato de seu índice e quantos níveis farão parte do índice.
Ao clicar em Ok, seu índice será criado.
Quando houver necessidade de atualizar o índice, basta clicar
com o botão direito do mouse em qualquer parte do índice e escolher Atualizar Campo.
Será mostrada uma janela de coniguração de seu índice. Clique no botão Opções.
Didatismo e Conhecimento
Na janela que se abre escolha Atualizar o índice inteiro.
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BR Ofice Writer
Um assistente cria um documento de modelo que você pode
usar como base para novos documentos.
O BR Ofice Writer é um aplicativo de processamento de texto
que lhe permite criar documentos, como cartas, currículos, livros
ou formulários online.
Este capítulo apresenta as etapas básicas para criar, editar e
salvar um documento do Writer.
Adicionando e editando texto
Você pode adicionar texto ao documento das seguintes maneiras:
• Digitando texto com o teclado
• Copiando e colando texto de outro documento
• Importando texto de outro arquivo
Digitando texto
A maneira mais fácil de inserir texto no documento é digitar
o texto. Ao digitá-lo, a ferramenta Autocorreção corrige automaticamente possíveis erros de ortograia comuns, como “catra” em
vez de “carta”.
Por padrão, a ferramenta Completar palavras coleta palavras
longas enquanto você digita. Ao começar a digitar novamente a
mesma palavra, o
BR Ofice completa automaticamente a palavra. Para aceitar a
palavra, pressione Enter ou continue digitando.
Abrindo um documento de exemplo do Writer
O BR Ofice inclui vários documentos de exemplo. Você pode
usar esses documentos de exemplo para ver e saber o que o Writer
faz.
- Para abrir um documento de exemplo do Writer
Etapas
1. Em qualquer programa do BR Ofice, escolha Arquivo Novo - Modelos e documentos
2. No painel esquerdo, clique em Exemplos.
3. No painel central, clique duas vezes na pasta Documentos
de texto.
4. Selecione um documento de exemplo e clique em Abrir.
Criando um novo documento do Writer
O Writer oferece várias maneiras de criar um novo documento
de texto.
Dica – Para desativar as ferramentas de completar e substituir
automaticamente procure na ajuda on-line os seguintes termos:
• Função de AutoCorreção
• Função de AutoEntrada
• Completar palavras
• Reconhecimento de números
• Função de AutoFormatação
- Para criar um novo documento a partir de um modelo
Etapas
1. Em qualquer aplicativo do BR Ofice, escolha Arquivo Novo - Modelos e documentos
2. No painel esquerdo da caixa de diálogo Modelos e documentos, clique no ícone Modelos.
3. Clique duas vezes em uma categoria de modelo no painel
central.
Observação – Para sair de uma categoria de modelo, clique
no ícone de seta para a esquerda, na parte superior da caixa de
diálogo.
4. Selecione o modelo que deseja usar e clique em Abrir.
5. Substitua o conteúdo das caixas de espaço reservado cinzas
por texto, imagens ou objetos.
Selecionando texto
Você pode selecionar texto com o mouse ou com o teclado.
Selecionando texto com o mouse
- Para criar um novo documento de texto com um assistente
Etapas
1. Em qualquer aplicativo do BR Ofice, selecione Arquivo Assistentes e escolha Carta, Fax ou Agenda.
2. Siga as instruções.
Didatismo e Conhecimento
• Para selecionar um trecho de texto, clique no início do trecho, mantenha pressionado o botão esquerdo do mouse e arraste o
mouse até o im do texto.
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I NFORMÁTI CA
Pode também clicar na frente do trecho, mover o mouse até o
im do texto, manter pressionada a tecla Shift e clicar novamente.
• Para selecionar uma frase inteira, clique três vezes em qualquer lugar na frase.
• Para selecionar uma única palavra, clique duas vezes em
qualquer lugar na palavra.
• Para acrescentar mais de um trecho a uma seleção, selecione
o trecho, mantenha pressionada a tecla Ctrl e selecione outro trecho de texto.
Selecionando texto com o teclado
2. Siga um destes procedimentos:
• Escolha Editar - Recortar ou pressione Ctrl+X.
O texto é excluído do documento e adicionado à área de transferência, para você colar o texto onde pretender.
• Pressione a tecla Delete ou Backspace.
Observação – Você pode usar essas teclas para também excluir
caracteres individuais.
Se desejar desfazer uma exclusão, escolha Editar - Desfazer ou
pressione Ctrl+Z.
-Para inserir um documento de texto
Você pode inserir o conteúdo de qualquer documento de texto no
documento do Writer, desde que o formato do arquivo seja conhecido
pelo BROfice.org.
• Para selecionar o documento inteiro, pressione Ctrl+A.
• Para selecionar uma única palavra em um dos lados do cursor, mantenha pressionadas as teclas Ctrl+Shift e pressione a seta
para a esquerda <- ou a seta para a direita ->.
• Para selecionar um único caractere em um dos lados do cursor, mantenha pressionada a tecla Shift e pressione a seta para a
esquerda <- ou a seta para a direita ->. Para selecionar mais de um
caractere, mantenha pressionada a tecla Shift enquanto pressiona
a tecla de direção.
• Para selecionar o texto restante na linha à esquerda do cursor, mantenha pressionada a tecla Shift e pressione a tecla Home.
• Para selecionar o texto restante na linha à direita do cursor,
mantenha pressionada a tecla Shift e pressione a tecla End.
Etapas
1. Clique no documento do Writer onde deseja inserir o texto.
2. Escolha Inserir – Arquivo.
3. Localize o arquivo que deseja inserir e clique em Inserir.
Localizando e substituindo texto
Você pode usar o recurso Localizar e substituir no BROfice.org
Writer para procurar e substituir palavras em um documento de texto.
- Para localizar e substituir texto
Copiando, colando e excluindo texto
Você pode copiar texto de um lugar para outro no mesmo documento ou de um documento para outro.
- Para copiar e colar texto
Etapas
1. Selecione o texto que deseja copiar e siga um destes procedimentos:
• Escolha Editar – Copiar.
• Pressione Ctrl+C.
• Clique no ícone Copiar na barra Padrão.
• Clique com o botão direito do mouse no texto selecionado e
escolha Copiar.
O texto continua na área de transferência até você copiar outra
seleção de texto ou item.
Etapas
1. Escolha Editar – Localizar e substituir.
Abre-se a caixa de diálogo Localizar e substituir.
2. Na caixa Procurar, digite o texto que você deseja localizar
no documento. Pode selecionar também a palavra ou a frase que
deseja procurar no documento de texto e escolher Editar - Localizar e substituir. O texto selecionado é inserido automaticamente
na caixa Procurar.
3. Na caixa Substituir por, insira a palavra ou a frase de substituição.
4. Clique em Localizar para iniciar a procura.
5. Quando o Writer localizar a primeira ocorrência da palavra
ou frase, siga um destes procedimentos:
• Para substituir a ocorrência do texto encontrada pela que
você inseriu na caixa Substituir por, clique em Substituir.
• Para substituir todas as ocorrências do texto encontradas pela
que você inseriu na caixa Substituir por, clique em Substituir tudo.
• Para ignorar o texto encontrado e continuar a procura, clique
em Localizar próxima.
6. Clique em Fechar quando concluir a procura.
2. Clique ou mova o cursor para onde deseja colar o texto. Siga
um destes procedimentos:
• Escolha Editar – Colar.
• Pressione Ctrl+V.
• Clique no ícone Colar na barra Padrão.
• Clique com o botão direito do mouse onde deseja colar o texto
e escolha Colar.
- Para excluir texto
Etapas
1. Selecione o texto que deseja excluir.
Didatismo e Conhecimento
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I NFORMÁTI CA
Veriicando ortograia
Etapas
1. Clique no documento ou selecione o texto que deseja corrigir.
2. Escolha Ferramentas - Veriicação ortográica.
3. Quando um possível erro de ortograia é localizado, a caixa
de diálogo Veriicação ortográica sugere uma correção.
O Writer pode veriicar possíveis erros ortográicos enquanto
você digita ou em um documento inteiro.
- Para veriicar ortograia enquanto digita
O Writer pode avisar sobre possíveis erros de ortograia enquanto você digita.
Para ativar e desativar esse recurso, clique no ícone AutoVeriicação ortográica na barra Padrão. Quando esse recurso está
ativado, uma linha vermelha ondulada marca possíveis erros ortográicos.
4. Siga um destes procedimentos:
• Para aceitar uma correção, clique em Alterar.
• Substitua a palavra incorreta na caixa no alto pela palavra
correta e clique em Alterar.
• Para ignorar a palavra atual uma vez e continuar a veriicação ortográica, clique em Ignorar uma vez.
• Para ignorar a palavra atual no documento inteiro e continuar a veriicação ortográica, clique em Ignorar tudo.
Formatando texto
O Writer permite-lhe formatar o texto manualmente ou ao usar
estilos. Com os dois métodos, você controla tamanho, tipo de fonte, cor, alinhamento e espaçamento do texto. A principal diferença
é que a formatação manual aplica-se apenas ao texto selecionado,
enquanto a formatação de estilo aplica-se toda vez que o estilo é
usado no documento.
Formatando texto manualmente
1. Clique com o botão direito do mouse em uma palavra com
um sublinhado ondulado em vermelho.
2. Siga um destes procedimentos:
• Escolha uma das palavras de substituição sugeridas no alto
do menu de contexto.
A palavra incorreta é substituída pela palavra que você escolher.
• Escolha uma das palavras de substituição no submenu AutoCorreção.
A palavra incorreta é substituída pela palavra que você escolher.
As duas palavras são acrescentadas automaticamente à lista
de substituição da ferramenta AutoCorreção. Na próxima vez que
cometer o mesmo erro ortográico, o Writer fará a correção ortográica automaticamente.
• Escolha Veriicação ortográica para abrir a caixa de diálogo
Veriicação ortográica.
• Para adicionar a palavra a um dos dicionários, escolha Adicionar e clique no nome do dicionário.
Observação – O número de entradas em um dicionário deinido pelo usuário é limitado, mas você pode criar quantos dicionários deinidos pelo usuário forem necessários.
Para uma formatação simples, como alterar o tamanho e a cor
do texto, use os ícones na barra Formatação. Se desejar, pode também usar os comandos de menu no menu Formato, assim como
teclas de atalho.
Selecione o texto que deseja alterar e siga um destes procedimentos:
• Para alterar o tipo de fonte usado, selecione uma fonte diferente na caixa Nome da fonte.
• Para alterar o tamanho do texto, selecione um tamanho na
caixa Tamanho da fonte.
• Para alterar o tipo de letra do texto, clique no ícone Negrito,
Itálico ou Sublinhado.
- Para veriicar a ortograia em um documento inteiro
Se não deseja veriicar a ortograia enquanto digita, você pode
usar a ferramenta Veriicação ortográica para corrigir erros manualmente. A ferramenta Veriicação ortográica começa a partir da
posição atual do cursor ou a partir do início do texto selecionado.
Didatismo e Conhecimento
Pode também usar as seguintes teclas de atalho: Ctrl+B para
negrito, Ctrl+I para itálico ou Ctrl+U para sublinhado. Para restaurar o tipo de letra padrão, selecione o texto novamente e clique no
mesmo ícone, ou pressione as mesmas teclas de atalho.
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I NFORMÁTI CA
• Para alterar o alinhamento do texto, clique no ícone Alinhar
à esquerda, Centralizar, Alinhar à direita ou Justiicado.
• Para adicionar ou remover marcadores ou números de uma
lista, clique no ícone Ativar/desativar numeração ou Ativar/desativar marcadores.
• Para alterar um recuo do texto, use os ícones de recuo.
• Para alterar a cor do texto, clique no ícone Cor da fonte.
• Para alterar a cor do plano de fundo do texto, clique no ícone
Cor do plano de fundo ou no ícone Realce.
Dica – Consulte a ajuda on-line para obter informação sobre a
diferença desses dois ícones.
• Para alterar o layout de todas as páginas que usam o estilo de
página atual, clique no ícone Estilos de páginas na parte superior
da janela Estilos e formatação e clique duas vezes em um estilo
na lista.
Usando o navegador
O Navegador exibe as seguintes categorias de objetos no documento:
• Títulos
• Folhas
• Tabelas
• Quadros de texto
• Gráicos
• Objetos OLE
• Seções
• Hyperlinks
• Referências
• Índices
• Notas
Formatando texto com estilos
No Writer, a formatação padrão de caracteres, parágrafos, páginas, quadros e listas é feita com estilos. Um estilo é um conjunto
de opções de formatação, como tipo e tamanho da fonte. Um estilo
deine o aspecto geral do texto, assim como o layout de um documento.
Você pode selecionar alguns estilos comuns, e todos os estilos aplicados, a partir da lista drop-down Aplicar estilo na barra
Formatação.
Uma maneira fácil de aplicar um estilo de formatação é com
a janela Estilos e formatação. Para abrir a janela Estilos e formatação, escolha Formato – Estilos e formatação.
• Para alterar a formatação de um parágrafo, clique no parágrafo, clique no ícone Estilos de parágrafos na parte superior da janela Estilos e formatação e clique duas vezes em um estilo na lista.
• Para visualizar o conteúdo de uma categoria, clique no sinal
de mais na frente do nome da categoria.
• Para exibir o conteúdo de uma única categoria no Navegador,
selecione a categoria e clique no ícone Exibição do conteúdo.
Observação – Para exibir todo o conteúdo, clique novamente no
ícone Exibição do conteúdo.
• Para saltar rapidamente para o local no documento, clique
duas vezes em qualquer entrada na lista do Navegador.
• Para editar propriedades de um objeto, clique no objeto com o
botão direito do mouse.
Você pode encaixar o Navegador na borda de qualquer janela
do documento.
Para desanexar o Navegador da borda de uma janela, clique
duas vezes na área cinza do Navegador encaixado. Para redimensionar o Navegador, arraste as bordas do Navegador.
Dica – Em um documento de texto, você pode usar o modo Exibição do conteúdo para títulos para arrastar e soltar capítulos inteiros
em outras posições dentro do documento. Para obter mais informações, consulte a ajuda on-line sobre o Navegador.
• Para alterar a formatação do texto em um parágrafo, selecione o texto, clique no ícone Estilos de caracteres na parte superior
da janela Estilos e formatação e clique duas vezes em um estilo
na lista.
Didatismo e Conhecimento
67
I NFORMÁTI CA
armazenamento do computador para conseguir efetuar trabalhos
que, normalmente, seriam resolvidos com uma calculadora, lápis
e papel. A tela do computador se transforma numa folha onde
podemos observar uma série de linhas (números) e colunas (letras). A cada encontro de uma linha com uma coluna temos uma
célula onde podemos armazenar um texto, um valor, funções ou
fórmula para os cálculos. O Excel oferece, inicialmente, em uma
única pasta de trabalho três planilhas, mas é claro que você poderá
inserir mais planilhas conforma sua necessidade.
A primeira coisa que você verá quando abrir o Excel é uma
nova aparência. Ela é mais organizada, mas também foi desenvolvida para ajudar você a obter resultados com aparência proissional
rapidamente. Você encontrará muitos recursos novos que permitirão que você se livre de paredes de números e desenhe imagens
mais persuasivas de seus dados, levando-o a tomar decisões melhores e com base em mais informações.
Usando tabelas em documentos do Writer
Você pode usar tabelas para apresentar e organizar informações
importantes em linhas e colunas, para as informações serem lidas
com facilidade. A interseção de uma linha e uma coluna é chamada
de célula.
- Para adicionar uma tabela a um documento do Writer
Etapas
1. Escolha Tabela - Inserir – Tabela.
2. Na área Tamanho, digite o número de linhas e colunas para
a tabela.
3. (Opcional) Para usar um layout de tabela predeinido, clique
em AutoFormatação, selecione o formato desejado e clique em OK.
Principais recursos a serem explorados
Iniciar rapidamente
4. Na caixa de diálogo Inserir tabela, especiique opções adicionais, como o nome da tabela, e clique em OK.
- Para adicionar uma linha ou coluna a uma tabela
Etapas
1. Clique em qualquer linha ou coluna da tabela.
2. Clique no ícone Inserir coluna ou Inserir linha na barra Tabela.
Os modelos fazem a maior parte da coniguração e o design
do trabalho para você, assim você poderá se concentrar nos dados.
Quando você abre o Excel 2013 são exibidos modelos para orçamentos, calendários, formulários e relatórios, e muito mais.
- Para excluir uma linha ou coluna de uma tabela
Etapas
1. Clique na linha ou coluna que deseja excluir.
2. Clique no ícone Excluir coluna ou Excluir linha na barra
Tabela.
Excel 2013
O Excel é uma das melhores planilhas existentes no mercado. As planilhas eletrônicas são programas que se assemelham a
uma folha de trabalho, na qual podemos colocar dados ou valores
em forma de tabela e aproveitar a grande capacidade de cálculo e
Didatismo e Conhecimento
68
I NFORMÁTI CA
Filtrar dados da tabela usando segmentação de dados
Análise instantânea de dados
A nova ferramentaAnálise Rápida permitem que você converta seus dados em um gráico ou tabela em duas etapas ou menos.
Visualize os dados com formatação condicional, minigráicos ou
gráicos, e faça sua escolha ser aplicada com apenas um clique.
Introduzido pela primeira vez no Excel 2010 como um modo
interativo de iltrar dados da Tabela Dinâmica, as segmentações de
dados agora também iltram os dados nas tabelas do Excel, tabelas
de consulta e outras tabelas de dados. Mais simples de conigurar e
usar, as segmentações de dados mostram o iltro atual, assim você
saberá exatamente quais dados está examinando.
Preencher uma coluna inteira de dados em um instante
Uma pasta de trabalho, uma janela
O Preenchimento Relâmpago é como um assistente de dados
que termina o trabalho para você. Assim que ele percebe o que
você deseja fazer, o Preenchimento Relâmpago insere o restante
dos dados de uma só vez, seguindo o padrão reconhecido em seus
dados.Criar o gráico certo para seus dados
Encontre a melhor maneira de visualizar a aparência de seus
dados em um gráico usando Recomendações de gráico. O Excel
recomenda os gráicos mais adequados com base em seus dados.
Dê uma rápida olhada para ver como seus dados aparecerão em
diferentes gráicos e simplesmente selecione aquele que mostrar
os insights que você deseja apresentar.
Didatismo e Conhecimento
No Excel 2013 cada pasta de trabalho tem sua própria janela,
facilitando o trabalho em duas pastas de trabalho ao mesmo tempo.
Isso também facilita a vida quando você está trabalhando em dois
monitores.
69
I NFORMÁTI CA
Novos recursos de gráico
Novas funções do Excel
Mudanças na faixa de opções para gráicos
O novo botão Gráicos Recomendados na guia Inserir permite
que você escolha dentre uma série de gráicos que são adequados
para seus dados. Tipos relacionados de gráicos como gráicos de
dispersão e de bolhas estão sob um guarda-chuva. E existe um novo
botão para gráicos combinados: um gráico favorito que você solicitou. Quando você clicar em um gráico, você também verá uma
faixa de opções mais simples de Ferramentas de Gráico. Com apenas uma guia Design e Formatar, icará mais fácil encontrar o que
você precisa.
Você encontrará várias funções novas nas categorias de função de matemática, trigonometria, estatística, engenharia, dados
e hora, pesquisa e referência, lógica e texto. Também novas são
algumas funções do serviço Web para referenciar os serviços
Web existentes em conformidade com o REST (Representational
State Transfer).
Fazer ajuste ino dos gráicos rapidamente
Salvar e compartilhar arquivos online
Três novos botões de gráico permitem que você escolha e visualize rapidamente a mudanças nos elementos do gráico (como
títulos ou rótulos), a aparência e o estilo de seu gráico ou os dados
que serão mostrados.
Rótulos de dados mais elaborados
O Excel simpliica o salvamento de suas pastas de trabalho
em seu próprio local online, como seu SkyDrive gratuito ou o
serviço do Ofice 365 de sua empresa. Também icou mais fácil
compartilhar suas planilhas com outras pessoas. Independentemente de qual dispositivo elas estiverem usando ou onde estiverem, todos trabalham com a versão mais recente de uma planilha;
e você pode até trabalhar com outras pessoas em tempo real.
Inserir dados da planilha em uma página da Web
Para compartilhar parte de sua planilha na Web, você pode
simplesmente inseri-la em sua página da Web. Outras pessoas
poderão trabalhar com os dados no Excel Web App ou abrir os
dados inseridos no Excel.
Compartilhar uma planilha do Excel em uma reunião online
Independentemente de onde você estiver e de qual dispositivo estiver usando — seja um smartphone, tablet ou PC— desde
que você tenha o Lync instalado, poderá se conectar e compartilhar uma pasta de trabalho em uma reunião online.
Salvar em um novo formato de arquivo
Agora você pode salvar e abrir arquivos no novo formato
de arquivo Planilha Strict Open XML (*.xlsx). Esse formato de
arquivo permite que você leia e grave datas ISO8601 para solucionar um problema do ano bissexto 1900.
Didatismo e Conhecimento
Agora você pode incluir um texto rico e atualizável a partir dos
pontos de dados ou qualquer outro texto em seus rótulos de dados,
aprimorá-los com formatação e texto livre adicional, e exibi-los em
praticamente qualquer formato. Os rótulos dos dados permanecem
no lugar, mesmo quando você muda para um tipo diferente de gráico. Você também pode conectá-los para seus pontos de dados com
linhas de preenchimento em todos os gráicos, não apenas em gráicos de pizza.
70
I NFORMÁTI CA
Visualizar animação nos gráicos
Usar várias tabelas em sua análise de dados
Veja um gráico ganhar vida quando você faz alterações em seus
dados de origem. Não é apenas divertido observar, o movimento no
gráico também torna as mudanças em seus dados muito mais claras.
O novo Modelo de Dados do Excel permite que você aproveite
os poderosos recursos de análise que estavam disponíveis anteriormente somente com a instalação do suplemento Power Pivot. Além
de criar as Tabelas Dinâmicas tracionais, você agora pode criar Tabelas Dinâmicas com base em várias tabelas do Excel. Ao importar
diferentes tabelas e criar relações entre elas, você poderá analisar
seus dados com resultados que não pode obter de dados em uma
Tabela Dinâmica tradicional.
Análise poderosa de dados
Criar uma Tabela Dinâmica que seja adequada aos seus dados
Conectar a novas origens de dados
Para usar várias tabelas do Modelo de Dados do Excel, você
pode agora conectar e importar dados de fontes de dados adicionais
no Excel como tabelas ou Tabelas Dinâmicas. Por exemplo, conectar feeds de dados como os feeds de dados OData, Windows Azure
DataMarket e SharePoint. Você também pode conectar as fontes de
dados de fornecedores OLE DB adicionais.
Criar relações entre tabelas
Quando você tem dados de diferentes fontes de dados em várias tabelas do Modelo de Dados do Excel, criar relações entre essas
tabelas facilita a análise de dados sem a necessidade de consolidá-las em uma única tabela. Ao usar as consultas MDX, você pode
aproveitar ainda mais as relações das tabelas para criar relatórios
signiicativos de Tabela Dinâmica.
Usar uma linha do tempo para mostrar os dados para diferentes
períodos
Escolher os campos corretos para resumir seus dados em um
relatório de Tabela Dinâmica pode ser uma tarefa desencorajadora.
Agora você terá algum ajuda com isso. Ao criar uma Tabela Dinâmica, o Excel recomenda várias maneiras de resumir seus dados e
mostra uma rápida visualização dos layouts de campo. Assim será
possível escolher aquele que apresenta o que está você procurando.
Uma linha do tempo simpliica a comparação de seus dados
da Tabela Dinâmica ou Gráico Dinâmico em diferentes períodos.
Em vez de agrupar por datas, agora você pode simplesmente iltrar
as datas interativamente ou mover-se pelos dados em períodos sequenciais, como rolar pelo desempenho mês a mês, com apenas um
clique.
Usar uma Lista de Campos para criar diferentes tipos de Tabelas
Dinâmicas
Usar Drill Down, Drill Up e Cross Drill para obter diferentes
níveis de detalhes
Fazer drill down em diferentes níveis de detalhes em um conjunto complexo de dados não é uma tarefa fácil. Personalizar os conjuntos é útil, mas localizá-los em uma grande quantidade de campos
na Lista de Camposdemora. No novo Modelo de Dados do Excel,
você poderá navegar em diferentes níveis com mais facilidade. Use
o Drill Down em uma hierarquia de Tabela Dinâmica ou Gráico
Dinâmico para ver níveis granulares de detalhes e Drill Up para
acessar um nível superior para obter insights de um “quadro geral”.
Usar membros e medidas calculados por OLAP
Aproveite o poder da BI (Business Intelligence, Inteligência
Comercial) de autoatendimento e adicione seus próprios cálculos
com base em MDX (Multidimensional Expression) nos dados da
Tabela Dinâmica que está conectada a um cubo OLAP (Online
Analytical Processing). Não é preciso acessar o Modelo de Objetos
do Excel -- você pode criar e gerenciar membros e medidas calculados diretamente no Excel.
Crie o layout de uma Tabela Dinâmica com uma ou várias tabelas
usando a mesma Lista de Campos. Reformada para acomodar tanto
uma como várias Tabelas Dinâmicas, a Lista de Campos facilita a localização de campos que você deseja inserir no layout da Tabela Dinâmica, a mudança para o novo Modelo de Dados do Excel adicionando mais tabelas e a exploração e a navegação em todas as tabelas.
Didatismo e Conhecimento
71
I NFORMÁTI CA
Criar um Gráico Dinâmico autônomo
Interface
Um Gráico Dinâmico não precisa mais ser associado a uma
Tabela Dinâmica. Um Gráico Dinâmico autônomo ou separado
permite que você experimente novas maneiras de navegar pelos detalhes dos dados usando os novos recursos Fazer Drill Down e Fazer
Drill Up.Também icou muito mais fácil copiar ou mover um Gráico Dinâmico separado.
A interface do Excel segue o padrão dos aplicativos Ofice,
com ABAS, Botão Ofice, controle de Zoom na direita. O que
muda são alguns grupos e botões exclusivos do Excel e as guias de
planilha no rodapé à esquerda:
Power View
Guias de Planilha
Se você estiver usando o Ofice Professional Plus, poderá aproveitar o Power View. Basta clicar no botão Power View na faixa de
opções para descobrir os insights sobre seus dados com os recursos
de exploração, visualização e apresentação de dados altamente interativos e poderosos que são fáceis de aplicar. O Power View permite
que você crie e interaja com gráicos, segmentações de dados e outras visualizações de dados em uma única planilha.
Um arquivo do Excel ao iniciar com três guias de planilha,
estas guias permite que se possa em um único arquivo armazenar
mais de uma planilha, inicialmente o Excel possui três planilhas,
e ao inal da Plan3 temos o ícone de inserir planilha que cria uma
nova planilha. Você pode clicar com o botão direito do mouse em
uma planilha existente para manipular as planilhas.
Suplementos e conversores novos e aprimorados
Suplemento Power Pivot para Excel
Se você estiver usando o Ofice Professional Plus, o suplemento Power Pivot vem instalado com o Excel. O mecanismo de análise
de dados do Power Pivot agora está integrado ao Excel: dessa forma
você pode criar modelos de dados simples diretamente no Excel. O
suplemento Power Pivot fornece um ambiente para criar modelos
mais soisticados. Use-o para iltrar os dados ao importá-los, deina
suas próprias hierarquias, campos de cálculo e KPIs (indicadores
principais de desempenho), e use a linguagem de expressões de análise de dados (DAX) para criar fórmulas avançadas.
Suplemento Inquire
Se você estiver usando o Ofice Professional Plus, o suplemento Inquire vem instalado com o Excel. Ele ajuda você a analisar e
revisar suas pastas de trabalho para compreender seu design, função
e dependências de dados, e descobrir uma série de problemas incluindo erros de fórmula ou inconsistências, informações ocultas,
links quebrados etc. Com o Inquire, você pode iniciar uma nova
ferramenta do Microsoft Ofice, chamada Comparação de Planilhas,
para comparar duas versões de uma pasta de trabalho, indicando claramente onde ocorreram alterações. Durante uma auditoria, você
terá total visibilidade das mudanças efetuadas em suas pastas de
trabalho.
Didatismo e Conhecimento
Na janela que é mostrada é possível inserir uma nova planilha,
excluir uma planilha existente, renomear uma planilha, mover ou
copiar essa planilha, etc...
Movimentação na planilha
Para selecionar uma célula ou torná-la ativa, basta movimentar o retângulo (cursor) de seleção para a posição desejada. A movimentação poderá ser feita através do mouse ou teclado.
72
I NFORMÁTI CA
Entrada de textos e números
Com o mouse para selecionar uma célula basta dar um clique
em cima dela e observe que a célula na qual você clicou é mostrada
como referência na barra de fórmulas.
Na área de trabalho do Excel podem ser digitados caracteres,
números e fórmulas. Ao inalizar a digitação de seus dados, você
pode pressionar a tecla ENTER, ou com as setas mudar de célula,
esse recurso somente não será válido quando estiver efetuando um
cálculo. Caso precise alterar o conteúdo de uma célula sem precisar redigitar tudo novamente, clique sobre ela e pressione F2, faça
sua alteração e pressione ENTER em seu teclado.
Salvando e Abrindo Arquivos
Para salvar uma planilha o processo é igual ao feito no Word,
clique no botão Ofice e clique me Salvar.
Se você precisar selecionar mais de uma célula, basta manter
pressionado o mouse e arrastar selecionando as células em sequência.
Se precisar selecionar células alternadamente, clique sobre a
primeira célula a ser selecionada, pressione CTRL e vá clicando
nas que você quer selecionar.
Dê um nome ao seu arquivo, deina o local onde ele deverá ser
salvo e clique em Salvar, o formato padrão das planilhas do Excel
2010 é o xlsx, se precisar salvar em xls para manter compatibilidade com as versões anteriores é preciso em tipo deinir como Pasta
de Trabalho do Excel 97 – 2003.
Para abrir um arquivo existente, clique no botão Ofice e depois no botão Abrir, localize seu arquivo e clique sobre ele e depois
em abrir.
Podemos também nos movimentar com o teclado, neste caso
usamos a combinação das setas do teclado com a tecla SHIFT.
Didatismo e Conhecimento
73
I NFORMÁTI CA
Operadores e Funções
A função é um método utilizado para tornar mais fácil e rápido
a montagem de fórmulas que envolvem cálculos mais complexos
e vários valores.
Existem funções para os cálculos matemáticos, inanceiros e
estatísticos. Por exemplo, na função: =SOMA (A1:A10) seria o
mesmo que (A1+A2+A3+A4+A5+A6+A7+A8+A9+A10), só que
com a função o processo passa a ser mais fácil. Ainda conforme
o exemplo pode-se observar que é necessário sempre iniciar um
cálculo com sinal de igual (=) e usa-se nos cálculos a referência de
células (A1) e não somente valores.
A quantidade de argumentos empregados em uma função depende do tipo de função a ser utilizada. Os argumentos podem ser
números, textos, valores lógicos, referências, etc...
Operadores
Operadores são símbolos matemáticos que permitem fazer
cálculos e comparações entre as células. Os operadores são:
O objetivo desta planilha é calcularmos o valor total de cada
produto (quantidade multiplicado por valor unitário) e depois o
total de todos os produtos.
Para o total de cada produto precisamos utilizar o operador de
multiplicação (*), no caso do Mouse temos que a quantidade está
na célula A4 e o valor unitário está na célula C4, o nosso caçulo
será feito na célula D4.
Poderíamos fazer o seguinte cálculo =1*20 que me traria o resultado, porém bastaria alterar o valor da quantidade ou o V. unitário que eu precisaria fazer novamente o cálculo. O correto é então
é fazer =A4*C4 com isso eu multiplico referenciando as células,
independente do conteúdo dela, ele fará a multiplicação, desde que
ali se tenha um número.
Vamos montar uma planilha simples.
Observe que o conteúdo de algumas células é maior que a sua
largura, podemos acertar isso da seguinte forma.
Se precisar trabalhar a largura de uma coluna, posiciono o
mouse entre as colunas, o mouse ica com o formato de uma lecha
de duas pontas, posso arrastar para deinir a nova largura, ou posso
dar um duplo clique que fará com que a largura da coluna acerte-se com o conteúdo. Posso também clicar com o botão direito do
mouse e escolher Largura da Coluna.
Didatismo e Conhecimento
Observe que ao fazer o cálculo é colocado também na barra
de fórmulas, e mesmo após pressionar ENTER, ao clicar sobre a
célula onde está o resultado, você poderá ver como se chegou ao
resultado pela barra de fórmulas.
74
I NFORMÁTI CA
Para o cálculo do teclado é necessário então fazer o cálculo da segunda linha A5*C5 e assim sucessivamente. Observamos então que
a coluna representada pela letra não muda, muda-se somente o número que representa a linha, e se nossa planilha tivesse uma grande
quantidade de produtos, repetir o cálculo seria cansativo e com certeza sujeita a erros. Quando temos uma sequência de cálculos como a
nossa planilha o Excel permite que se faça um único cálculo e ao posicionar o cursor do mouse no canto inferior direito da célula o cursor
se transforma em uma cruz (não confundir com a seta branca que permite mover o conteúdo da célula e ao pressionar o mouse e arrastar
ele copia a fórmula poupando tempo).
Para calcular o total você poderia utilizar o seguinte cálculo D4+D5+D6+D7+D8, porém isso não seria nada pratico em planilhas
maiores. Quando tenho sequências de cálculos o Excel permite a utilização de funções.
No caso a função a ser utilizada é a função SOMA, a sua estrutura é =SOMA(CelIni:Celim), ou seja, inicia-se com o sinal de igual
(=), escreve-se o nome da função, abrem-se parênteses, clica-se na célula inicial da soma e arrasta-se até a última célula a ser somada,
este intervalo é representado pelo sinal de dois pontos (:), e fecham-se os parênteses.
Embora você possa fazer manualmente na célula o Excel possui um assistente de função que facilita e muito a utilização das mesmas
em sua planilha. Na ABA Inicio do Excel dentro do grupo Edição existe o botão de função.
A primeira função é justamente Soma, então clique na célula e clique no botão de função.
Didatismo e Conhecimento
75
I NFORMÁTI CA
Observe conforme a imagem que o Excel acrescenta a soma e o intervalo de células pressione ENTER e você terá seu cálculo.
Formatação de células
A formatação de células é muito semelhante a que vimos para formatação de fonte no Word, basta apenas que a célula onde será aplicada
a formatação esteja selecionada, se precisar selecionar mais de uma célula, basta selecioná-las.
As opções de formatação de célula estão na ABA Inicio.
Temos o grupo Fonte que permite alterar a fonte a ser utilizada, o tamanho, aplicar negrito, itálico e sublinhado, linhas de grade, cor de
preenchimento e cor de fonte. Ao clicar na faixa do grupo será mostrada a janela de fonte.
A guia mostrada nesta janela é a Fonte nela temos o tipo da letra, estilo, tamanho, sublinhado e cor, observe que existem menos recursos
de formatação do que no Word.
A guia Número permite que se formatem os números de suas células. Ele dividido em categorias e dentro de cada categoria ele possui
exemplos de utilização e algumas personalizações como, por exemplo, na categoria Moeda em que é possível deinir o símbolo a ser usado e o
número de casas decimais.
Didatismo e Conhecimento
76
I NFORMÁTI CA
A guia Alinhamento permite deinir o alinhamento do conteúdo
da célula na horizontal e vertical, além do controle do texto.
Vamos então formatar nossa planilha, inicialmente selecione
todas as células de valores em moeda. Você pode utilizar a janela
de formatação como vimos antes, como pode também no grupo
Número clicar sobre o botão moeda.
A guia Bordas permite adicionar bordas a sua planilha, embora
a planilha já possua as linhas de grade que facilitam a identiicação
de suas células, você pode adicionar bordas para dar mais destaque.
Vamos colocar também a linha onde estão Quant, Produto
etc... em negrito e centralizado.
O título Relação de Produtos icará melhor visualmente se estiver centralizado entra a largura da planilha, então selecione desde
a célula A1 até a célula D1 depois clique no botão Mesclar e Centralizar centralize e aumente um pouco o tamanho da fonte.
Para inalizar selecione toda a sua planilha e no botão de bordas, selecione uma borda externa.
A guia Preenchimento permite adicionar cores de preenchimento às suas células.
Didatismo e Conhecimento
77
I NFORMÁTI CA
Estilos
Ele acrescenta uma coluna superior com indicações de colunas e abre uma nova ABA chamada Design
Esta opção é utilizada par aplicar, automaticamente um formato pré-deinido a uma planilha selecionada.
No grupo Opções de Estilo de Tabela desmarque a opção Linhas de Cabeçalho.
Para poder manipular também os dados de sua planilha é necessário selecionar as células que pretende manipular como planilha e no grupo Ferramentas clique no botão Converter em Intervalo.
O botão estilo de Célula permite que se utilize um estilo de
cor para sua planilha.
Auto Preenchimento das Células
Vimos no exemplo anterior que é possível copiar uma fórmula
que o Excel entende que ali temos uma fórmula e faz a cópia. Podemos usar este recurso em outras situações, se eu tiver um texto
comum ou um número único, e aplicar este recurso, ele copia sem
alterar o que será copiado, mas posso utilizar este recurso para
ganhar tempo.
Se eu criar uma sequência numérica, por exemplo, na célula
A1 o número 1 e na célula A2 o número 2, ao selecionar ambos, o
Excel entende que preciso copiar uma sequência.
Se eu colocar na célula A1 o número 1 e na célula A2 o número 3, ele entende que agora a sequência é de dois em dois.
A segunda opção Formatar como Tabela permite também aplicar uma formatação a sua planilha, porém ele já começa a trabalhar
com Dados.
Esta mesma sequência pode ser aplicada a dias da semana,
horas, etc...
Inserção de linhas e colunas
Para adicionar ou remover linhas e colunas no Excel é simples. Para adicionar, basta clicar com o botão direito do mouse em
uma linha e depois clicar em Inserir, a linha será adicionada acima
da selecionada, no caso a coluna será adicionada à esquerda. Para
excluir uma linha ou uma coluna, basta clicar com o botão direito
na linha ou coluna a ser excluída.
Didatismo e Conhecimento
78
I NFORMÁTI CA
Este processo pode ser feito também pelo grupo Células que está na ABA inicio.
Através da opção Formatar podemos também deinir a largura das linhas e colunas.
Congelar Painéis
Algumas planilhas quando muito longas necessitam que sejam mantidos seus cabeçalho e primeiras linhas, evitando-se assim a digitação de valores em locais errados. Esse recurso chama-se congelar painéis e está disponível na ABA exibição.
No grupo Janela temos o botão Congelar Painéis, clique na opção congelar primeira linha e mesmo que você role a tela a primeira linha
icará estática.
Didatismo e Conhecimento
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I NFORMÁTI CA
Trabalhando com Referências
Percebemos que ao copiar uma fórmula, automaticamente são
alteradas as referências, isso ocorre, pois trabalhamos até o momento com valores relativos.
Porém, vamos adicionar em nossa planilha mais uma
coluna onde pretendo calcular qual a porcentagem cada produto
representa no valor total
Ainda dentro desta ABA podemos criar uma nova janela da
planilha Ativa clicando no botão Nova Janela, podemos organizar
as janelas abertas clicando no botão Organizar Tudo,
O cálculo icaria para o primeiro produto =D4/D9 e depois
bastaria aplicar a formatação de porcentagem e acrescentar duas
casas decimais.
Pelo grupo Mostrar / Ocultar podemos retirar as linhas de grade, as linhas de cabeçalho de coluna e linha e a barra de formulas.
Didatismo e Conhecimento
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I NFORMÁTI CA
Porém se utilizarmos o conceito aprendido de copiar a célula
E4 para resolver os demais cálculos na célula E5 à fórmula icará =D5/D10, porém se observarmos o correto seria icar =D5/D9,
pois a célula D9 é a célula com o valor total, ou seja, esta é a célula
comum a todos os cálculos a serem feitos, com isso não posso
copiar a fórmula, pelo menos não como está.
Uma solução seria fazer uma a uma, mas a ideia de uma planilha é ganhar-se tempo.
A célula D9 então é um valor absoluto, ele não muda é também chamado de valor constante.
A solução é então travar a célula dentro da formula, para isso
usamos o símbolo do cifrão ($), na célula que izemos o cálculo
E4 de clique sobre ela, depois clique na barra de fórmulas sobre a
referência da célula D9.
No exemplo acima foi possível travar toda a células, existem
casos em que será necessário travar somente a linha e casos onde
será necessário travar somente a coluna.
As combinações então icariam (tomando como base a célula D9)
D9 - Relativa, não ixa linha nem coluna
$D9 - Mista, ixa apenas a coluna, permitindo a variação da
linha.
D$9 - Mista, ixa apenas a linha, permitindo a variação da
coluna.
$D$9 - Absoluta, ixa a linha e a coluna.
Algumas outras funções
Vamos inicialmente montar a seguinte planilha
Em nosso controle de atletas vamos através de algumas outras
funções saber algumas outras informações de nossa planilha.
O Excel possui muitas funções, você pode conhecer mais sobre elas através do assistente de função.
Pressione em seu teclado a tecla F4. Será então adicionado
o símbolo de cifrão antes da letra D e antes do número 9. $D$9.
Pressione ENTER e agora você poderá copiar a sua célula.
Didatismo e Conhecimento
81
I NFORMÁTI CA
MIN
Ao clicar na opção Mais Funções abre-se a tela de Inserir
Função, você pode digitar uma descrição do que gostaria de saber
calcular, pode buscar por categoria, como Financeira,m Data Hora
etc..., ao escolher uma categoria, na caixa central serão mostradas
todas as funções relativas a essa categoria.
Ao selecionar, por exemplo, a categoria Estatística e dentro
do conjunto de funções desta categoria a função Máximo abaixo é
apresentado uma breve explicação da utilização desta função. Se
precisar de mais detalhes da utilização da função clique sobre o
link Ajuda sobre esta função.
Mostra o valor mínimo de uma seleção de células.
Vamos utilizar essa função em nossa planilha para saber os
valores mínimos nas características de nossos atletas.
Em nossa planilha clique na célula abaixo da coluna de idade na linha de valores máximos E16 e monte a seguinte função
=MIN(E4:E13). Com essa função está buscando no intervalo das
células E4 à E13 qual é valor máximo encontrado.
Para calcular os valores mínimos para o peso e a altura o processo é o mesmo.
Média
Calcula a média aritmética de uma seleção de valores.
Vamos utilizar essa função em nossa planilha para saber os
valores médios nas características de nossos atletas.
Em nossa planilha clique na célula abaixo da coluna de idade na linha de valores máximos E17 e monte a seguinte função
=MEDIA(E4:E13). Com essa função estamos buscando no intervalo das células E4 à E13 qual é valor máximo encontrado.
Máximo
Mostra o valor MAIOR de uma seleção de células.
Em nossa planilha vamos utilizar essa função para saber é a
maior idade, maior peso e a maior altura.
Em nossa planilha clique na célula abaixo da coluna de idade na linha de valores máximos E15 e monte a seguinte função
=MAXIMO(E4:E13). Com essa função estamos buscando no intervalo das células E4 à E13 qual é valor máximo encontrado.
Para o peso e a altura basta apenas repetir o processo
Vamos utilizar essa função em nossa planilha de controle de
atletas. Vamos utilizar a função nos valores médios da planilha,
deixaremos com duas casas decimais.
Vamos aproveitar também o exemplo para utilizarmos um recurso muito interessante do Excel que é o aninhamento de funções,
ou seja, uma função fazendo parte de outra.
Vamos repetir o processo para os valores máximos do peso e
da altura.
Didatismo e Conhecimento
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I NFORMÁTI CA
A função para o cálculo da média da Idade é =MÉDIA(E4:E13)
clique na célula onde está o cálculo e depois clique na barra de
fórmulas.
Altere a função para =ARRED(MÉDIA(E4:E13);1) com
isso izemos com que caso exista números após a vírgula o
mesmo será arredonda a somente uma casa decimal. Caso você
não queira casas decimais coloque após o ponto e vírgula o número zero.
Nesta situação deve-se ter uma atenção grande em relação
aos parênteses, observe que foi aberto uma após a função ARRED e um a pós a função MÉDIA então se deve ter o cuidado
de fechá-los corretamente. O que auxilia no fechamento correto
dos parênteses é que o Excel vai colorindo os mesmos enquanto
você faz o cálculo.
Vamos atribuir inicialmente que atletas com idade menor
que 18 anos serão da categoria Juvenil e acima disso categoria
Proissional. Então a lógica da função será que quando a Idade do
atleta for menor que 18 ele será Juvenil e quando ela for igual ou
maior que 18 ele será Proissional.
Convertendo isso para a função e baseando-se que a idade do
primeiro atleta está na célula E4 à função icará:
=SE(E4<18;”Juvenil”;”Proissional”.)
Explicando a função.
=SE(E4<18: inicio da função e teste lógico, aqui é veriicado
se o conteúdo da célula E4 é menor que 18.
“Juvenil”: Valor a ser apresentado como verdadeiro.
“Proissional”: Valor a ser apresentado como falso. )
Vamos incrementar um pouco mais nossa planilha, vamos
criar uma tabela em separado com a seguinte deinição. Até 18
anos será juvenil, de 18 anos até 30 anos será considerado proissional e acima dos 30 anos será considerado Master.
Função SE
Esta é com certeza uma das funções mais importantes do
Excel e provavelmente uma das mais complexas para quem está
iniciando.
Esta função retorna um valor de teste_lógico que permite
avaliar uma célula ou um cálculo e retornar um valor verdadeiro
ou um valor falso.
Nossa planilha icará da seguinte forma.
Sua sintaxe é =SE (TESTELÓGICO;VALOR
VERDADEIRO;VALOR FALSO).
=SE - Atribuição de inicio da função;
TESTELÓGICO - Teste a ser feito par validar a célula;
VALOR VERDADEIRO - Valor a ser apresentado na célula
quando o teste lógico for verdadeiro, pode ser outra célula, um
caçulo, um número ou um texto, apenas lembrando que se for um
texto deverá estar entre aspas.
VALOR FALSO - Valor a ser apresentado na célula quando
o teste lógico for falso, pode ser outra célula, um caçulo, um número ou um texto, apenas lembrando que se for um texto deverá
estar entre aspas.
Para exempliicar o funcionamento da função vamos acrescentar em nossa planilha de controle de atletas uma coluna chamada categoria.
Temos então agora na coluna J a referência de idade, e na
coluna K a categoria.
Então agora preciso veriicar a idade de acordo com o valor na
coluna J e retornar com valores verdadeiros e falsos o conteúdo da
coluna K. A função então icará da seguinte forma:
=SE(E4<J4;K4;SE(E4<J5;K5;K6))
Temos então:
=SE(E4<J4: Aqui temos nosso primeiro teste lógico, onde
veriicamos se a idade que consta na célula E4 é menor que o
valor que consta na célula J4.
Didatismo e Conhecimento
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I NFORMÁTI CA
K4: Célula deinida a ser retornada como verdadeiro deste teste lógico, no caso o texto “Juvenil”.
SE(E4<J5: segundo teste lógico, onde veriicamos se valor
da célula E4 é menor que 30, se for real retorna o segundo valor
verdadeiro, é importante ressaltar que este teste lógico somente
será utilizado se o primeiro teste der como falso.
K5: Segundo valor verdadeiro, será retornado se o segundo
teste lógico estiver correto.
K6: Valor falso, será retornado se todos os testes lógicos derem como falso.
Permite contar em um intervalo de valores quantas vezes se
repete determinado item. Vamos aplicar a função em nossa planilha de controle de atletas
=SEGUNDO(AGORA()) Retorna o segundo atual
=AGORA( ) Retorna a data e à hora
=DIA.DA.SEMANA(HOJE()) Retorna o dia da semana em
número
=DIAS360( ) Calcula o número de dias que há entre uma
data inicial e uma data inal.
Para exempliicar monte a seguinte planilha.
Adicione as seguintes linhas abaixo de sua planilha
Em V.Diário, vamos calcular quantas horas foram trabalhadas
durante cada dia.
=B3-B2+B5-B4, pegamos a data de saída e subtraímos pela
data de entrada de manhã, com isso sabemos quantas horas foram
trabalhadas pela manhã na mesma função faço a subtração da saída
no período da tarde pela entrada do período da tarde e somo os dois
períodos.
Então vamos utilizar a função CONT.SE para buscar em nossa
planilha quantos atletas temos em cada categoria.
Repita o processo para todos os demais dias da semana, somente no sábado é preciso apenas calcular a parte da manhã, ou
seja, não precisa ser feito o cálculo do período da tarde.
A função icou da seguinte forma =CONT.SE(H4:H13;K4)
onde se faz a contagem em um intervalo de H3:H13 que é o
resultado calculado pela função
SE e retorna a célula K4 onde está a categoria juvenil de atletas. Para as demais categorias basta repetir o cálculo mudando-se
somente a categoria que está sendo buscada.
Funções de Data e Hora
Para calcular o V. da hora que o funcionário recebe coloque
um valor, no caso adicione 15 e coloquei no formato Moeda. Vamos agora então calcular quanto ele ganhou por dia, pois temos
quantas horas ele trabalhou durante o dia e sabemos o valor da
hora. Como temos dois formatos de números precisamos durante
o cálculo fazer a conversão.
Para a segunda-feira o cálculo ica da seguinte forma:
=HORA(B6)*B7+MINUTO(B6)*B7/60.
Podemos trabalhar com diversas funções que se baseiam na
data e hora de seu computador. As principais funções de data e
hora são:
=HOJE( ) Retorna a data atual.
=MÊS(HOJE()) Retorna o mês atual
=ANO(HOJE()) Retorna o ano atual
=HORA(AGORA()) Retorna à hora atual
=MINUTO(AGORA()) Retorna o minuto atual
Didatismo e Conhecimento
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I NFORMÁTI CA
Crie um novo campo abaixo da Tabela e coloque V. a receber
e faça a soma dos valores totais.
Inicialmente utilizamos a função HORA e pegamos como referência de hora o valor da célula B6, multiplicamos pelo valor que
está em B7, essa parte calcula somente à hora cheia então precisamos somar os minutos que pega a função MINUTO e multiplica a
quantidade de horas pelo valor da hora, como o valor é para a hora
o dividimos então por 60
Após isso coloque o valor em formato Moeda.
Planilhas 3D
O conceito de planilha 3D foi implantado no Excel na versão
5 do programa, ele é chamado dessa forma pois permite que se
façam referências de uma planilha em outra.
Posso por exemplo fazer uma soma de valores que estejam
em outra planilha, ou seja quando na planilha matriz algum valor
seja alterado na planilha que possui referência com ela também
muda.
Para os demais cálculos o V.Hora será igual há todos os dias
então ele precisa ser ixo para que o cálculo possa ser copiado, o
número 60 por ser um número não é muda.
=HORA(B6)*$B$7+MINUTO(B6)*$B$7/60
Para sabermos quantas horas o funcionário trabalhou na semana, faça a soma de todos os dias trabalhados.
Vamos a um exemplo
Ao observar atentamente o valor calculado ele mostra 20:40,
porém nessa semana o funcionário trabalhou mais de 40 horas,
isso ocorre pois o cálculo de horas zera ao chegar em 23:59:59,
então preciso fazer com que o Excel entenda que ele precisa continuar a contagem. Clique na faixa do grupo número na ABA
Inicio, na janela que se abre clique na categoria Hora e escolha o
formato 37:30:55 esse formato faz com que a contagem continue.
Faremos uma planilha para conversão de valores, então na
planilha 1 vamos ter um campo para que se coloque o valore em
real e automaticamente ele fará a conversão para outras moedas,
monte a seguinte planilha.
Vamos renomear a planilha para resultado.
Para isso dê um duplo clique no nome de sua planilha Plan1
e digite o novo nome.
Salve seu arquivo e clique na guia Plan2 e digite a seguinte
planilha
Didatismo e Conhecimento
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I NFORMÁTI CA
Clique na célula onde será digitado o valor em real depois na
ABA Inicio no grupo Fonte clique na faixa e na janela que se abre
clique na guia Proteção.
Desmarque a opção Bloqueadas, isso é necessário, pois esta
célula é a única que poderá receber dados.
Renomeie essa planilha para valores
Retorne a planilha resultado e coloque um valor qualquer no
campo onde será digitado valor.
Clique agora na ABA Revisão e no grupo Alterações clique no
botão Proteger Planilha.
Clique agora no campo onde será colocado o valor de compra
do dólar na célula B4 e clique na célula onde está o valor que acabou de digitar célula B2, adicione o sinal de divisão (/) e depois clique na planilha valores ele vai colocar o nome da planilha seguido
de um ponto de exclamação (!) e clique onde está o valor de compra do dólar. A função icará da seguinte forma =B2/valores!B2.
Será mostrada mais uma janela coloque uma senha (recomendável)
Com isso toda vez que eu alterar na planilha valores o valor do
dólar, ele atualiza na planilha resultado.
Faça o cálculo para o valor do dólar para venda, a função icará da seguinte forma: =B2/valores!C2.
Para poder copiar a fórmula para as demais células, bloqueie a
célula B2 que é referente ao valor em real.
O ideal nesta planilha é que a única célula onde o usuário possa manipular seja a célula onde será digitado valor em real para a
conversão, então vamos bloquear a planilha deixando essa célula
desprotegia.
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I NFORMÁTI CA
Ao tentar alterar uma célula protegida será mostrado o seguinte aviso
Se precisar alterar alguma célula protegida basta clicar no botão Desproteger Planilha no grupo Alterações.
Inserção de Objetos
A inserção de objetos no Excel é muito semelhante ao que aprendemos no Word, as opções de inserção de objetos estão na ABA Inserir.
Podemos inserir Imagens, clip-arts, formas, SmartArt, caixas de texto, WordArt, objetos, símbolos, etc.
Como a maioria dos elementos já sabemos como implementar vamos focar em Gráicos.
Gráicos
A utilização de um gráico em uma planilha além de deixá-la com uma aparência melhor também facilita na hora de mostrar resultados.
As opções de gráicos, esta no grupo Gráicos na ABA Inserir do Excel
Para criar um gráico é importante decidir quais dados serão avaliados para o gráico. Vamos utilizar a planilha Atletas para criarmos
nosso gráico, vamos criar um gráico que mostre os atletas x peso.
Selecione a coluna com o nome dos atletas, pressione CTRL e selecione os valores do peso.
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I NFORMÁTI CA
Ao clicar em um dos modelos de gráico no grupo Gráicos você poderá selecionar um tipo de gráico disponível, no exemplo cliquei
no estilo de gráico de colunas.
Escolha no subgrupo coluna 2D a primeira opção e seu gráico será criado.
Para mover o gráico para qualquer parte de sua planilha basta clicar em uma área em branco de o gráico manter o mouse pressionado
e arrastar para outra parte.
Na parte superior do Excel é mostrada a ABA Design (Acima dela Ferramentas de Gráico).
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I NFORMÁTI CA
Podemos também modiicar o estilo de nosso gráico através
do grupo Estilos de Gráico
Se você quiser mudar o estilo de seu gráico, você pode clicar
no botão Alterar Tipo de Gráico.
Para alterar a exibição entre linhas e colunas, basta clicar no
botão Alterar Linha/Coluna.
Podemos também deixar nosso gráico isolado em uma nova
planilha, basta clicar no botão Mover Gráico.
Ainda em Layout do Gráico podemos modiicar a distribuição dos elementos do Gráico.
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Dados
O Excel possui uma ABA chamada Dados que permite importar dados de outras fontes, ou trabalhar os dados de uma planilha do Excel
Classiicação
Vamos agora trabalhar com o gerenciamento de dados criados no Excel.
Vamos utilizar para isso a planilha de Atletas.
Classiicar uma lista de dados é muito fácil, e este recurso pode ser obtido pelo botão Classiicar e Filtrar na ABA Inicio, ou pelo grupo
Classiicar e Filtrar na ABA Dados.
Vamos então selecionar os dados de nossa planilha que serão classiicados.
Clique no botão Classiicar.
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I NFORMÁTI CA
Você precisa deinir quais serão os critérios de sua classiicação, onde diz
Classiicar por clique e escolha nome, depois clique no botão Adicionar Nível e coloque Modalidade.
Antes de clicar em OK, veriique se está marcada a opção Meus dados contêm cabeçalhos, pois selecionamos a linha de títulos em nossa
planilha e clique em OK.
Você pode mudar a ordem de classiicação sempre que for necessário, basta clicar no botão de Classiicar.
Auto Filtro
Este é um recurso que permite listar somente os dados que você precisa visualizar no momento em sua planilha. Com seus dados selecionados clique no botão Filtro e observe que será adicionado junto a cada célula do cabeçalho da planilha uma seta.
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I NFORMÁTI CA
Estas setas permite visualizar somente os dados que te interessam na planilha, por exemplo caso eu precise da relação de atletas do sexo
feminino, basta eu clicar na seta do cabeçalho sexo e marcar somente Feminino, que os demais dados da planilha icarão ocultos.
Posso ainda reinar mais a minha iltragem, caso precise saber dentro do sexo feminino quantos atletas estão na categoria Proissional,
eu faço um novo iltro na coluna Categoria.
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I NFORMÁTI CA
Depois clique no botão Subtotal.
Em A cada alteração em: coloque sexo e em Adicionar subtotal a deixe marcado apenas Peso, depois clique em OK.
Observe que as colunas que estão com iltro possuem um ícone em forma de funil no lugar da seta.
Para remover os iltros, basta clicar nos cabeçalhos com iltro
e escolher a opção selecionar tudo.
Você também pode personalizar seus iltros através da opção
Filtros de Texto e Filtro de número (quando conteúdo da célula for
um número).
Observe na esquerda que são mostrados os níveis de visualização dos subtotais e que ele faz um total a cada sequência do sexo
dos atletas.
Para remover os subtotais, basta clicar no botão Subtotal e na
janela que aparece clique em Remover Todos.
Impressão
O processo de impressão no Excel é muito parecido com o que
izemos no Word.
Clique no botão Ofice e depois em Imprimir e escolha Visualizar Impressão.
Subtotais
Podemos agrupar nossos dados através de seus valores, vamos
inicialmente classiicar nossa planilha pelo sexo dos atletas relacionado com a idade.
Didatismo e Conhecimento
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I NFORMÁTI CA
Para reexibir aquilo que você ocultou, selecione uma célula
da linha anterior e uma da próxima, depois utilize as teclas CTRL
+ SHIFT + (. Por exemplo: se você ocultou a linha 14 e precisa
reexibi-la, selecione uma célula da linha 13, uma da linha 15 e
pressione as teclas de atalho.
No caso escolhi a planilha atletas, podemos observar que a
mesma não cabe em uma única página. Clique no botão Conigurar
Página.
CTRL + ): esse atalho funciona exatamente como o anterior,
porém, ele não oculta linhas, mas sim COLUNAS. Para reexibir as
colunas que você ocultou, utilize as teclas CTRL + SHIFT + ). Por
exemplo: você ocultou a coluna C e quer reexibi-la. Selecione uma
célula da coluna B e uma da célula D, depois pressione as teclas
mencionadas.
CTRL + SHIFT + $: quando estiver trabalhando com valores
monetários, você pode aplicar o formato de moeda utilizando esse
atalho. Ele coloca o símbolo R$ no número e duas casas decimais.
Valores negativos são colocados entre parênteses.
CTRL + SHIFT + Asterisco (*): esse comando é extremamente útil quando você precisa selecionar os dados que estão envolta
da célula atualmente ativa. Caso existam células vazias no meio
dos dados, elas também serão selecionadas. Veja na imagem abaixo um exemplo. A célula selecionada era a D6.
Marque a opção Paisagem e clique em OK.
CTRL + Sinal de adição (+): quando você precisar inserir células, linhas ou colunas no meio dos dados, ao invés de clicar com
o mouse no número da linha ou na letra da coluna, basta pressionar
esse comando.
*Utilize o sinal de adição do teclado numérico ou a combinação CTRL + SHIFT + Sinal de adição que ica à esquerda da tecla
backspace, pois ela tem o mesmo efeito.
CTRL + Sinal de subtração (-): para excluir células, linhas
ou colunas inteiras, pressione essas teclas. Esse comando funciona
tanto no teclado normal quanto no teclado numérico.
CTRL + D: você pode precisar que todas as células de determinada coluna tenham o mesmo valor. Apertando CTRL + D, você
fará com que a célula ativa seja preenchida com o mesmo valor da
célula que está acima dela. Por exemplo: você digitou o número
5432 na célula A1 e quer que ele se repita até a linha 30. Selecione
da célula A1 até a A30 e pressione o comando. Veja que todas as
células serão preenchidas com o valor 5432.
Teclas de atalho do Excel
CTRL + !: quando se está trabalhando com planilhas grandes,
quando os dados precisam ser apresentados a um gerente, ou mesmo só para facilitar sua vida, a melhor maneira de destacar certas
informações é formatar a célula, de modo que a fonte, a cor do texto, as bordas e várias outras conigurações de formatação. Mas ter
que usar o mouse para encontrar as opções de formatação faz você
perder muito tempo. Portanto, pressionando CTRL + !, você fará
com que a janela de opções de formatação da célula seja exibida.
Lembre-se que você pode selecionar várias células para aplicar a
formatação de uma só vez.
CTRL + R: funciona da mesma forma que o comando acima,
mas para preenchimento de colunas. Exemplo: selecione da célula
A1 até a E1 e pressione CTRL + R. Todas as células selecionadas
terão o mesmo valor da A1.
CTRL + ALT + V: você já deve ter cometido o erro de copiar
uma célula e colar em outro local, acabando com a formatação que
tinha deinido anteriormente, pois as células de origem eram azuis
e as de destino eram verdes. Ou seja, você agora tem células azuis
onde tudo deveria ser verde. Para que isso não aconteça, você pode
utilizar o comando “colar valores”, que fará com que somente os
valores das células copiadas apareçam, sem qualquer formatação.
Para não precisar usar o mouse, copie as células desejadas e na
hora de colar utilize as teclas CTRL + ALT + V.
CTRL + (: muitas vezes você precisa visualizar dados que não
estão próximos uns dos outros. Para isso o Excel fornece a opção
de ocultar células e colunas. Pressionando CTRL + (, você fará
com que as linhas correspondentes à seleção sejam ocultadas. Se
houver somente uma célula ativa, só será ocultada a linha correspondente. Por exemplo: se você selecionar células que estão nas
linhas 1, 2, 3 e 4 e pressionar as teclas mencionadas, essas quatro
linhas serão ocultadas.
Didatismo e Conhecimento
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I NFORMÁTI CA
BrOfice.org Calc
CTRL + PAGE DOWN: não há como ser rápido utilizando
o mouse para alternar entre as planilhas de um mesmo arquivo.
Utilize esse comando para mudar para a próxima planilha da sua
pasta de trabalho.
O BrOfice.org Calc é um programa de planilha que você pode
usar para organizar e manipular dados que contêm texto, números,
valores de data e tempo, e mais, por exemplo para o orçamento
doméstico.
CTRL + PAGE UP: similar ao comando anterior. Porém, executando-o você muda para a planilha anterior.
*É possível selecionar as planilhas que estão antes ou depois
da atual, pressionando também o SHIFT nos dois comando acima.
Teclas de função
Poucas pessoas conhecem todo o potencial das teclas que icam na mesma linha do “Esc”. Assim como o CTRL, as teclas de
função podem ser utilizadas em combinação com outras, para produzir comandos diferentes do padrão atribuído a elas. Veja alguns
deles abaixo.
- Para abrir um exemplo de planilha do Calc
Etapas
1. Em qualquer programa do BrOfice.org, escolha Arquivo Novo - Modelos e documentos
2. No painel esquerdo, clique em Exemplos.
3. No painel central, clique duas vezes na pasta Planilhas.
4. Selecione uma planilha de exemplo e clique em Abrir.
F2: se você cometer algum erro enquanto está inserindo fórmulas em uma célula, pressione o F2 para poder mover o cursor do
teclado dentro da célula, usando as setas para a direita e esquerda.
Caso você pressione uma da setas sem usar o F2, o cursor será
movido para outra célula.
ALT + SHIFT + F1: inserir novas planilhas dentro de um arquivo do Excel também exige vários cliques com o mouse, mas
você pode usar o comando ALT + SHIFT + F1 para ganhar algum
tempo. As teclas SHIFT + F11 produzem o mesmo efeito.
Fundamentos da planilha
Por padrão, um documento de planilha consiste em três folhas: Folha1 , Folha2 e Folha3. Cada folha divide-se em um máximo de 65536 linhas e 256 colunas. As linhas são rotuladas com
números e as colunas, com letras. A interseção de uma linha e uma
coluna é chamada de célula.
Uma célula é identiicada por uma referência que consiste na
letra da coluna a célula seguida do número da linha da célula. Por
exemplo, a referência de uma célula na interseção da coluna A e da
linha 2 é A2. Além disso, a referência do intervalo de células nas
colunas de A a C e linhas 1 a 5 é A1:C5.
Observação - Você pode também incluir o nome do arquivo
e o nome da folha em uma referência a uma célula ou a um intervalo de células. Pode atribuir um nome a uma célula ou intervalo
de células, para usar o nome em vez de uma referência à coluna/
número.
Para obter detalhes, pesquise o termo eferências na ajuda on-line.
F8: use essa tecla para ligar ou desligar o modo de seleção
estendida. Esse pode ser usado da mesma forma que o SHIFT. Porém, ele só será desativado quando for pressionado novamente,
diferente do SHIFT, que precisa ser mantido pressionado para que
você possa selecionar várias células da planilha.
Veja abaixo outros comandos úteis:
CTRL + Setas de direção: move o cursor para a última célula
preenchida. Se houve alguma célula vazia no meio, o cursor será
movido para a última célula preenchida que estiver antes da vazia.
END: pressione essa tecla uma vez para ativar ou desativar o
“Modo de Término”. Sua função é parecida com o comando anterior. Pressiona uma vez para ativar e depois pressione uma tecla de
direção para mover o cursor para a última célula preenchida.
Criando uma planilha
*Se a tecla Scroll Lock estiver ativada, pressionar END fará
com que o cursor seja movido para a célula que estiver visível no
canto inferior direito da janela.
Para criar uma nova planilha a partir de qualquer programa do
penOfice.org, escolha Arquivo - Novo – Planilha.
Movendo-se em uma folha
Você pode usar o mouse ou o teclado para mover-se em uma
folha do Calc ou ara selecionar itens na folha. Se selecionou um
intervalo de células, o cursor permanece no intervalo ao mover o
cursor.
CTRL + BARRA DE ESPAÇO: utilize essa atalho se você
quiser selecionar a coluna inteira onde está o cursor.
SHIFT + BARRA DE ESPAÇOS: semelhante ao comando
acima, porém, seleciona a linha inteira onde está o cursor.
Didatismo e Conhecimento
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I NFORMÁTI CA
Digitando ou colando dados
A maneira mais simples de adicionar dados a uma folha é digitar, ou copiar e colar dados de outra folha do Calc ou de outro
programa.
- Para digitar ou colar dados em uma planilha
Etapas
1. Clique na célula à qual deseja adicionar dados.
2. Digite os dados.
Se desejar colar dados da área de transferência na célula, escolha Editar - Colar.
3. Pressione Enter.
Você pode também pressionar uma tecla de direção para inserir os dados e mover a próxima célula na direção da seta.
Dica – Para digitar texto em mais de uma linha em uma célula,
pressione Ctrl+Return no im de cada linha e, quando concluir,
pressione Return.
- Para mover-se em uma folha com o mouse
Etapa
Use a barra de rolagem horizontal ou vertical para mover para
os lados ou para cima e para baixo em uma folha.
• Clique na seta na barra de rolagem horizontal ou vertical.
• Clique no espaço vazio na barra de rolagem.
• Arraste a barra na barra de rolagem.
Dica – Para mover o cursor para uma célula especíica, clique
na célula.
- Para inserir rapidamente datas e números consecutivos
O Calc oferece um recurso de preenchimento para você inserir rapidamente uma série sucessiva de dados, como datas, dias,
meses e números. O conteúdo de cada célula sucessiva na série
é incrementado por um. 1 é incrementado para 2, segunda-feira é
incrementada para terceira-feira, e assim por diante.
Etapas
1. Clique em uma célula e digite o primeiro item da série, por
exemplo, segunda-feira. Pressione Return.
2. Clique na célula novamente para ver a alça de preenchimento — a caixa preta pequena no canto direito inferior da célula.
3. Arraste a alça de preenchimento até realçar o intervalo de
células no qual deseja inserir a série.
4. Solte o botão do mouse.
Os itens consecutivos na série são adicionados automaticamente às células realçadas.
- Para mover-se em uma folha com o teclado
Etapa
Use as seguintes teclas e combinações de teclas para mover-se
em uma folha:
• Para mover uma célula para baixo em uma coluna, pressione
a tecla de seta para baixo ou Enter.
• Para mover uma célula para cima em uma coluna, pressione
a tecla de seta para cima.
• Para mover uma célula para a direita, pressione a tecla de
seta para a direita ou Tab.
• Para mover uma célula para a esquerda, pressione a tecla de
seta para a esquerda.
Dica – Para mover para a última célula que contém dados em
uma coluna ou linha, mantenha pressionada a tecla Ctrl enquanto
pressiona uma tecla de direção.
Selecionando células em uma folha
Você pode usar o mouse ou o teclado para selecionar células
em uma folha do Calc.
• Para selecionar um intervalo de células com o mouse, clique
em uma célula e arraste o mouse para outra célula.
• Para selecionar um intervalo de células com o teclado, certiique-se de que o cursor esteja em uma célula, mantenha pressionada a tecla Shift e pressione uma tecla de direção.
Dica – Para copiar sem alterar os valores em uma série, pressione a tecla Ctrl enquanto arrasta.
Editando e excluindo o conteúdo de células
Você pode editar o conteúdo de uma célula ou intervalo de
células em uma folha.
Didatismo e Conhecimento
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I NFORMÁTI CA
- Para formatar células com a barra Formatar objeto
A barra Formatar objetos permite-lhe aplicar formatos rapidamente a células individuais ou intervalos de células.
Etapas
1. Selecione a célula ou o intervalo de células que deseja formatar.
2. Na barra Formatar objeto, clique no ícone que corresponde
à formatação que deseja aplicar.
- Para editar o conteúdo de células em uma folha
Etapas
1. Clique em uma célula ou selecione um intervalo de células.
Dica – Para selecionar um intervalo de células, clique em uma
célula. Em seguida arraste o mouse até cobrir o intervalo que deseja selecionar.
Para selecionar uma linha ou coluna inteira, clique no rótulo
da linha ou coluna.
2. Para editar o conteúdo de uma única célula, clique duas
vezes na célula, faça as alterações necessárias e pressione Return.
Observação – Pode também clicar na célula, digitar as alterações na caixa de Linha de entrada da barra Fórmula e clicar no
ícone verde da marca de seleção.
No entanto, não pode inserir quebras de linha na caixa de Linha de entrada.
3. Para excluir o conteúdo da célula ou do intervalo de células,
pressione a tecla Backspace ou Delete.
Observação – Pode também selecionar uma opção das caixas
Nome da fonte ou Tamanho da fonte.
- Para aplicar formatação manual com a caixa de diálogo Formatar células
Se precisar de mais opções de formatação do que a barra Objeto de Cal fornece, use a caixa de diálogo Formatar células.
a. Na caixa de diálogo Excluir conteúdo, selecione as opções
que deseja.
b. Clique em OK.
Formatando planilhas
O Calc permite-lhe formatar a folha manualmente ou ao usar
estilos. A diferença principal é que a formatação manual aplica-se
apenas às células selecionadas. A formatação de estilo aplica-se
toda vez que o estilo é usado no documento de planilha.
Usando AutoFormatação
A maneira mais fácil de formatar um intervalo de células é
usar o recurso AutoFormatação do Calc.
Etapas
1. Selecione a célula ou o intervalo de células que deseja formatar e escolha Formatar - Células.
Abre-se a caixa de diálogo Formatar células.
ção.
- Para aplicar formatação automática a um intervalo de células
Etapas
1. Selecione o intervalo de células que deseja formatar.
Selecione ao menos um intervalo de células 3 x 3.
2. Escolha Formatar - AutoFormatação.
Abre-se a caixa de diálogo AutoFormatação.
3. Na lista de formatos, clique no formato que deseja usar e
clique em OK.
2. Clique em uma das guias e escolha as opções de formata-
Guia Números
Altera a formatação de números nas células, como a alteração
do número de casas decimais exibidas
Guia Fonte
Altera a fonte, o tamanho da fonte e o tipo de letra usado na
célula
Formatando células manualmente
Guia Efeitos de fonte
Para aplicar formatação simples ao conteúdo de uma célula,
como alterar o tamanho do texto, use os ícones na barra Formatar
objeto.
Didatismo e Conhecimento
Altera a cor da fonte e os efeitos de sublinhado, tachado ou
alto-relevo do texto
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I NFORMÁTI CA
3. Para alterar o layout de uma folha, clique em qualquer lugar
na folha.
a. Clique no ícone Estilos de página na parte superior da janela
Estilos e formatação.
b. Clique duas vezes em um estilo na lista.
Guia Alinhamento
Altera o alinhamento do texto e a orientação do texto no interior das células
Guia Bordas
Usando fórmulas e funções
Altera as opções de bordas das células
Você pode inserir fórmulas em uma planilha para efetuar cálculos.
Se a fórmula contiver referências a células, o resultado será
atualizado automaticamente toda vez que você alterar o conteúdo
das células. Você pode também usar uma das várias fórmulas ou
funções pré-deinidas que o Calc oferece para efetuar cálculos.
Guia Plano de fundo
Altera o preenchimento do plano de fundo das células
Guia Proteção de célula
Criando fórmulas
Protege o conteúdo das células no interior de folhas protegidas.
3. Clique em OK.
Uma fórmula começa com um sinal de igual (=) e pode conter
valores, referências a células, operadores, funções e constantes.
Formatando células e folhas com estilos
No Calc, a formatação padrão de células e folhas faz-se com
estilos. Um estilo é um conjunto de opções de formatação que deine o aspecto do conteúdo da célula, assim como o layout de uma
folha. Quando você altera a formatação de um estilo, as alterações
são aplicadas toda vez que o estilo é usado na planilha.
- Para criar uma fórmula
Etapas
1. Clique na célula à qual deseja exibir o resultado da fórmula.
2. Digite = e, a seguir, digite a fórmula.
Por exemplo, se desejar adicionar o conteúdo da célula A1 ao
conteúdo da célula A2, digite =A1+A2 em outra célula.
3. Pressione Return.
- Para aplicar formatação com a janela Estilos e formatação
Etapas
1. Escolha Formatar - Estilos e formatação.
2. Para alterar a formatação de células, clique em uma célula
ou selecione um intervalo de células.
a. Clique no ícone Estilos de célula na parte superior da janela
Estilos e formatação.
b. Clique duas vezes em um estilo na lista.
Didatismo e Conhecimento
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I NFORMÁTI CA
* Você também pode editar uma célula pressionado F2 ou
dando um clique duplo na célula
2. Clique na caixa de Linha de entrada e efetue as alterações.
Para excluir parte da fórmula, pressione a tecla Delete ou Backspace.
3. Pressione Return ou clique no ícone na barra Fórmula para
conirmar as alterações.
Para rejeitar as alterações feitas, pressione Esc ou clique no
ícone na barra Fórmula.
Usando operadores
Você pode usar os seguintes operadores nas fórmulas:
Usando funções
O Calc é fornecido com várias fórmulas e funções predeinidas. Por exemplo, em vez de digitar =A2+A3+A4+A5, você pode
digitar =SUM(A2:A5) .
Exemplo de Fórmulas do Calc
=A1+15
Exibe o resultado de adicionar 15 ao conteúdo da células A1
=A1*20%
Exibe 20 por cento do conteúdo da célula A1
=A1*A2
Exibe o resultado da multiplicação do conteúdo das células
A1 e A2
- Para usar uma função
Etapas
1. Clique na célula à qual deseja adicionar uma função.
2. Escolha Inserir – Função.
Abre-se a caixa de diálogo Assistente de função.
3. Na caixa Categoria, selecione a categoria que contém o tipo
de função que você deseja usar.
4. Na lista Funções, clique na função que deseja usar.
5. Clique em Próximo.
6. Insira os valores necessários ou clique nas células que contêm os valores que você deseja.
7. Clique em OK.
Dica – Consulte a ajuda on-line do Calc para obter mais informações sobre as funções do Calc, inclusive exemplos.
Usando gráicos
Gráicos podem ajudar a visualizar padrões e tendências nos
dados numéricos.
O BrOfice.org fornece vários estilos de gráico que você pode
usar para representar os números.
Observação – Gráicos não se restringem a planilhas. Você
pode também inserir um gráico ao escolher Inserir - Objeto - Gráico nos outros programas do BrOfice.org.
Usando parênteses
O Calc segue a ordem de operações ao calcular uma fórmula.
Multiplicação e divisão são feitas antes de adição e subtração,
independentemente de onde esses operadores aparecem na fórmula. Por exemplo, para a fórmula =2+5+5*2, o Calc retorna o
valor de 17 e não de 24.
Editando uma fórmula
Uma célula que contém uma fórmula exibe apenas o resultado da fórmula. A fórmula é exibida na caixa de Linha de entrada.
- Para editar uma fórmula
Etapas
1. Clique em uma célula que contém uma fórmula.
A fórmula é exibida na caixa de Linha de entrada da barra
Fórmula.
Didatismo e Conhecimento
- Para criar um gráico
Etapas
1. Selecione as células, inclusive os títulos, que contêm dados
para o gráico.
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I NFORMÁTI CA
2. Use os ícones na barra de ferramentas para alterar as propriedades do gráico.
3. Para modiicar outras opções do gráico você pode dar um
clique duplo sobre o respectivo elemento ou acessar as opções
através do menu Inserir e Formatar.
2. Escolha Inserir – Gráico.
Abre-se a caixa de diálogo AutoFormatação de gráico. O intervalo de célula selecionado é exibido na caixa Intervalo.
Observação – Se desejar especiicar um intervalo de célula
diferente para os dados, clique no botão Encolher ao lado da caixa
de texto Intervalo e selecione as células. Clique no botão Encolher
novamente quando concluir.
3. Clique em Próximo.
4. Na caixa Escolher tipo de gráico, clique no tipo de gráico
que deseja criar.
5. Clique em Próximo.
6. Na caixa Escolher variante, clique na variante que deseja
usar.
7. Clique em Próximo.
8. Na caixa Título do gráico, digite o nome do gráico.
9. Clique em Criar.
Editando gráicos
Depois de criar um gráico, poderá voltar e alterar, mover, redimensionar ou excluir o gráico.
- Para redimensionar, mover ou excluir um gráico
Etapa
Clique no gráico e siga um destes procedimentos:
• Para redimensionar o gráico, mova o ponteiro do mouse sobre uma das alças, pressione o botão do mouse e arraste o mouse.
O Calc exibe uma linha pontilhada do novo tamanho do gráico enquanto você arrasta.
• Para mover o gráico, mova o ponteiro do mouse para dentro
do gráico, pressione o botão do mouse e arraste o mouse para um
novo lugar.
• Para excluir o gráico, pressione a tecla Delete.
- Para alterar a aparência de um gráico
Você pode usar os ícones na barra de ferramentas Padrão do
gráico para alterar a aparência do gráico.
Etapas
1. Clique duas vezes em um gráico para exibir a barra de
ferramentas Padrão do gráico.
A barra de ferramentas aparece ao lado da barra padrão do
Calc ou Writer.
Didatismo e Conhecimento
100
I NFORMÁTI CA
Para criar uma nova apresentação baseada no modelo Apresentação em Branco, faça o seguinte:
1. Clique na guia Arquivo.
2. Aponte para Novo e, em Modelos e Temas Disponíveis,
selecione Apresentação em Branco.
3. Clique em Criar.
MS POWERPOINT
O PowerPoint 2010 é um aplicativo visual e gráico, usado
principalmente para criar apresentações. Com ele, você pode criar,
visualizar e mostrar apresentações de slides que combinam texto,
formas, imagens, gráicos, animações, tabelas, vídeos e muito mais.
Familiarizar-se com o espaço de trabalho do PowerPoint
O espaço de trabalho, ou modo de exibição Normal, foi desenvolvido para ajudá-lo a encontrar e usar facilmente os recursos do
Microsoft PowerPoint 2010.
Este artigo contém instruções passo a passo para ajudá-lo a se
preparar para criar apresentações com o PowerPoint 2010
Etapa 3: Ajustar o tamanho do painel de anotações
Depois que você abre o modelo Apresentação em Branco, somente uma pequena parte do painel Anotações ica visível. Para
ver uma parte maior desse painel e ter mais espaço para digitar,
faça o seguinte:
1. Aponte para a borda superior do painel Anotações.
2. Quando o ponteiro se transformar em uma , arraste a
borda para cima a im de criar mais espaço para as anotações do
apresentador, como mostrado na ilustração a seguir.
Etapa 1: Abrir o PowerPoint
Quando você inicia o PowerPoint, ele é aberto no modo de
exibição chamado Normal, onde você cria e trabalha em slides.
Observe que o slide no painel Slide se redimensiona automaticamente para se ajustar ao espaço disponível.
Etapa 4: Criar a apresentação
Agora que preparou o espaço de trabalho para ser usado, você
está pronto para começar a adicionar texto, formas, imagens, animações (e outros slides também) à apresentação. Próximo à parte
superior da tela, há três botões que podem ser úteis quando você
iniciar o trabalho:
•
Desfazer
, que desfaz sua última alteração (para
ver uma dica de tela sobre qual ação será desfeita, coloque o ponteiro sobre o botão. Para ver um menu de outras alterações recentes
que também podem ser desfeitas, clique na seta à direita de Desfazer
).
•
Você também pode desfazer uma alteração pressionando
CTRL+Z.
•
Refazer
ou Repetir
, que repete ou refaz sua última alteração, dependendo da ação feita anteriormente (para ver
uma dica de tela sobre qual ação será repetida ou refeita, coloque o
ponteiro sobre o botão). Você também pode repetir ou refazer uma
alteração pressionando CTRL+Y.
•
A Ajuda do Microsoft Ofice PowerPoint
, que abre
o painel Ajuda do PowerPoint. Você também pode abrir a Ajuda
pressionando F1.
Uma imagem do PowerPoint 2010 no modo Normal que possui vários elementos rotulados.
1 No painel Slide, você pode trabalhar em slides individuais.
2 As bordas pontilhadas identiicam os espaços reservados,
onde você pode digitar texto ou inserir imagens, gráicos e outros
objetos.
3 A guia Slides mostra uma versão em miniatura de cada slide
inteiro mostrado no painel Slide. Depois de adicionar outros slides,
você poderá clicar em uma miniatura na guia Slides para fazer com
que o slide apareça no painel Slide ou poderá arrastar miniaturas
para reorganizar os slides na apresentação. Também é possível adicionar ou excluir slides na guia Slides.
4 No painel Anotações, você pode digitar observações sobre o
slide atual. Também pode distribuir suas anotações para a audiência ou consultá-las no Modo de Exibição do Apresentador durante
a apresentação.
Etapa 2: Começar com uma apresentação em branco
Por padrão, o PowerPoint 2010 aplica o modelo Apresentação
em Branco, mostrado na ilustração anterior, às novas apresentações. Apresentação em Branco é o mais simples e o mais genérico
dos modelos no PowerPoint 2010 e será um bom modelo a ser
usado quando você começar a trabalhar com o PowerPoint.
Didatismo e Conhecimento
Familiarizar-se com a Faixa de Opções do PowerPoint
2010
Ao iniciar o Microsoft PowerPoint 2010 pela primeira vez, você
perceberá que os menus e as barras de ferramentas do PowerPoint 2003
e das versões anteriores foram substituídos pela Faixa de Opções.
101
I NFORMÁTI CA
O que é a Faixa de Opções?
A Faixa de Opções contém os comandos e os outros itens de menu presentes nos menus e barras de ferramentas do PowerPoint 2003
e de versões anteriores. A Faixa de Opções foi projetada para ajudá-lo a localizar rapidamente os comandos necessários para concluir uma
tarefa.
Principais recursos da Faixa de Opções
A Faixa de Opções exibida no lado esquerdo da guia Página Inicial do PowerPoint 2010.
1 Uma guia da Faixa de Opções, neste caso a guia Página Inicial. Cada guia está relacionada a um tipo de atividade, como inserir mídia
ou aplicar animações a objetos.
2 Um grupo na guia Página Inicial, neste caso o grupo Fonte. Os comandos são organizados em grupos lógicos e reunidos nas guias.
3 Um botão ou comando individual no grupo Slides, neste caso o botão Novo Slide.
Outros recursos da Faixa de Opções
Outros elementos que podem ser exibidos na Faixa de Opções são as guias contextuais, as galerias e os iniciadores de caixa de diálogo.
1 Uma galeria, neste caso a galeria de formas no grupo Desenho. As galerias são janelas ou menus retangulares que apresentam uma
gama de opções visuais relacionadas.
2 Uma guia contextual, neste caso a guia Ferramentas de Imagem. Para diminuir a poluição visual, algumas guias são mostradas somente quando necessárias. Por exemplo, a guia Ferramentas de Imagem será mostrada somente se você inserir uma imagem a um slide e a
selecionar.
3 Um Iniciador da Caixa de Diálogo, neste caso, um que inicia a caixa de diálogo Formatar Forma.
Didatismo e Conhecimento
102
I NFORMÁTI CA
Localização dos comandos conhecidos na Faixa de Opções
Para encontrar a localização de comandos especíicos em guias e grupos, consulte os diagramas a seguir.
A guia Arquivo
A guia Arquivo é o local onde é possível criar um novo arquivo, abrir ou salvar um existente e imprimir sua apresentação.
1 Salvar como
2 Abrir
3 Novo
4 Imprimir
A guia Página Inicial
A guia Página Inicial é o local onde é possível inserir novos slides, agrupar objetos e formatar texto no slide.
1 Se você clicar na seta ao lado de Novo Slide, poderá escolher entre vários layouts de slide.
2 O grupo Fonte inclui os botões Fonte, Negrito, Itálico e Tamanho da Fonte.
3 O grupo Parágrafo inclui Alinhar Texto à Direita, Alinhar Texto à Esquerda, Justiicar e Centralizar.
4 Para localizar o comando Agrupar, clique em Organizar e, em Agrupar Objetos, selecione Agrupar.
Guia Inserir
A guia Inserir é o local onde é possível inserir tabelas, formas, gráicos, cabeçalhos ou rodapés em sua apresentação.
Didatismo e Conhecimento
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I NFORMÁTI CA
1 Tabela
2 Formas
3 Gráico
4 Cabeçalho e Rodapé
Guia Design
A guia Design é o local onde é possível personalizar o plano de fundo, o design e as cores do tema ou a coniguração de página na
apresentação.
1 Clique em Conigurar Página para iniciar a caixa de diálogo Conigurar Página.
2 No grupo Temas, clique em um tema para aplicá-lo à sua apresentação.
3 Clique em Estilos de Plano de Fundo para selecionar uma cor e design de plano de fundo para sua apresentação.
Guia Transições
A guia Transições é o local onde é possível aplicar, alterar ou remover transições no slide atual.
1 No grupo Transições para este Slide, clique em uma transição para aplicá-la ao slide atual.
2 Na lista Som, você pode selecionar entre vários sons que serão executados durante a transição.
3 Em Avançar Slide, você pode selecionar Ao Clicar com o Mouse para fazer com que a transição ocorra ao clicar.
Guia Animações
A guia Animações é o local onde é possível aplicar, alterar ou remover animações em objetos do slide.
1 Clique em Adicionar Animação e selecione uma animação que será aplicada ao objeto selecionado.
2 Clique em Painel de Animação para iniciar o painel de tarefas Painel de Animação.
3 O grupo Intervalo inclui áreas para deinir o Página Inicial e a Duração.
Guia Apresentação de Slides
A guia Apresentação de Slides é o local onde é possível iniciar uma apresentação de slides, personalizar as conigurações da apresentação de slides e ocultar slides individuais.
1 O grupo Iniciar Apresentação de Slides, que inclui Do Começo e Do Slide Atual.
2 Clique em Conigurar Apresentação de Slides para iniciar a caixa de diálogo Conigurar Apresentação.
Didatismo e Conhecimento
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I NFORMÁTI CA
3 Ocultar Slide
Guia Revisão
A guia Revisão é o local onde é possível veriicar a ortograia, alterar o idioma da apresentação ou comparar alterações na apresentação
atual com outra.
1 Ortograia, para iniciar o veriicador ortográico.
2 O grupo Idioma, que inclui Editando Idiomas, onde é possível selecionar o idioma.
3 Comparar, onde é possível comparar as alterações na apresentação atual com outra.
Guia Exibir
A guia Exibir é o local onde é possível exibir o slide mestre, as anotações mestras, a classiicação de slides. Você também pode ativar
ou desativar a régua, as linhas de grade e as guias de desenho.
1 Classiicação de Slides
2 Slide Mestre
3 O grupo Mostrar, que inclui Régua e Linhas de Grade.
Eu não vejo o comando de que preciso!
Alguns comandos, como Recortar ou Compactar, são guias contextuais.
Para exibir uma guia contextual, primeiramente selecione o objeto que será trabalhado e veriique se uma guia contextual é exibida na
Faixa de Opções.
Localizar e aplicar um modelo
O PowerPoint 2010 permite aplicar modelos internos ou os seus próprios modelos personalizados e pesquisar vários modelos disponíveis no Ofice.com. O Ofice.com fornece uma ampla seleção de modelos do PowerPoint populares, incluindo apresentações e slides de
design.
Para localizar um modelo no PowerPoint 2010, siga este procedimento:
Na guia Arquivo, clique em Novo.
Em Modelos e Temas Disponíveis, siga um destes procedimentos:
•
Para reutilizar um modelo usado recentemente, clique em Modelos Recentes, clique no modelo desejado e depois em Criar.
•
Para utilizar um modelo já instalado, clique em Meus Modelos, selecione o modelo desejado e clique em OK.
•
Para utilizar um dos modelos internos instalados com o PowerPoint, clique em Modelos de Exemplo, clique no modelo desejado
e depois em Criar.
•
Para localizar um modelo no Ofice.com, em Modelos do Ofice.com, clique em uma categoria de modelo, selecione o modelo
desejado e clique em Baixar para baixar o modelo do Ofice.com para o computador.
Didatismo e Conhecimento
105
I NFORMÁTI CA
Salvar uma apresentação
Como com qualquer programa de software, é uma boa ideia
nomear e salvar a apresentação imediatamente e salvar suas alterações com frequência enquanto você trabalha:
1. Clique na guia Arquivo.
2. Clique em Salvar como e siga um destes procedimentos:
•
Para que uma apresentação só possa ser aberta no PowerPoint 2010 ou no PowerPoint 2007, na lista Salvar como tipo,
selecione Apresentação do PowerPoint (*.pptx).
•
Para uma apresentação que possa ser aberta no PowerPoint 2010 ou em versões anteriores do PowerPoint, selecione
Apresentação do PowerPoint 97-2003 (*.ppt).
3. No painel esquerdo da caixa de diálogo Salvar como, clique na pasta ou em outro local onde você queira salvar sua apresentação.
4. Na caixa Nome de arquivo, digite um nome para a apresentação ou aceite o nome padrão e clique em Salvar.
De agora em diante, você pode pressionar CTRL+S ou pode
clicar em Salvar, próximo à parte superior da tela, para salvar rapidamente a apresentação, a qualquer momento.
Observação: Para salvar a apresentação em um formato diferente de .pptx, clique na lista Salvar como tipo e selecione o
formato de arquivo desejado.
O Microsoft PowerPoint 2010 oferece uma série de tipos
de arquivo que você pode usar para salvar; por exemplo, JPEGs
(.jpg), arquivos Portable Document Format (.pdf), páginas da Web
(.html), Apresentação OpenDocument (.odp), inclusive como vídeo ou ilme etc.
Também é possível abrir vários formatos de arquivo diferentes com o PowerPoint 2010, como Apresentações OpenDocument,
páginas da Web e outros tipos de arquivos.
Observação- Você também pode pesquisar modelos no Ofice.com de dentro do PowerPoint. Na caixa Pesquisar modelos no
Ofice.com, digite um ou mais termos de pesquisa e clique no botão de seta para pesquisar.
Criar uma apresentação
1. Clique na guia Arquivo e clique em Novo.
2. Siga um destes procedimentos:
•
Clique em Apresentação em Branco e em Criar.
•
Aplique um modelo ou tema, seja interno fornecido com
o PowerPoint 2010 ou baixado do Ofice.com.
Abrir uma apresentação
1. Clique na guia Arquivo e em Abrir.
2. No painel esquerdo da caixa de diálogo Abrir, clique na
unidade ou pasta que contém a apresentação desejada.
3. No painel direito da caixa de diálogo Abrir, abra a pasta
que contém a apresentação.
4. Clique na apresentação e clique em Abrir.
Observação Por padrão, o PowerPoint 2010 mostra somente
apresentações do PowerPoint na caixa de diálogo Abrir. Para exibir outros tipos de arquivos, clique em Todas as Apresentações do
PowerPoint e selecione o tipo de arquivo que deseja exibir.
Adicionar, reorganizar e excluir slides
O único slide que é exibido automaticamente ao abrir o PowerPoint tem dois espaços reservados, sendo um formatado para
um título e o outro formatado para um subtítulo. A organização dos
espaços reservados em um slide é chamada layout. O Microsoft
PowerPoint 2010 também oferece outros tipos de espaços reservados, como aqueles de imagens e elementos gráicos de SmartArt.
Ao adicionar um slide à sua apresentação, siga este procedimento para escolher um layout para o novo slide ao mesmo tempo:
1. No modo de exibição Normal, no painel que contém as
guias Tópicos e Slides, clique na guia Slides e clique abaixo do
único slide exibido automaticamente ao abrir o PowerPoint.
Didatismo e Conhecimento
106
I NFORMÁTI CA
•
Um slide de resumo que repete a lista de pontos ou áreas
principais da sua apresentação
Usando essa estrutura básica, se você possui três pontos ou
áreas principais para apresentar, planeje ter um mínimo de seis: um
slide de título, um slide introdutório, um slide para cada um dos
três pontos ou áreas principais e um slide de resumo.
2. Na guia Página Inicial, no grupo Slides, clique na seta
ao lado de Novo Slide. Ou então, para que o novo slide tenha o
mesmo layout do slide anterior, basta clicar em Novo Slide em vez
de clicar na seta ao lado dele.
Será exibida uma galeria que mostra as miniaturas dos vários
layouts de slide disponíveis.
•
O nome identiica o conteúdo para o qual cada slide foi
criado.
•
Os espaços reservados que exibem ícones coloridos podem conter texto, mas você também pode clicar nos ícones para
inserir objetos automaticamente, incluindo elementos gráicos
SmartArt e clip-art.
3. Clique no layout desejado para o novo slide.
Se houver uma grande quantidade de material para apresentar sobre qualquer um dos pontos ou áreas principais, talvez você
queira criar um subagrupamento de slides para esse material, usando a mesma estrutura de tópicos básica.
Dica: Pense em quanto tempo cada slide deve icar visível na
tela durante a sua apresentação. Uma boa estimativa padrão é de
dois a cinco minutos por slide.
Aplicar um novo layout a um slide
Para alterar o layout de um slide existente, faça o seguinte:
•
No modo de exibição Normal, no painel que contém as
guias Tópicos e Slides, clique na guia Slides e clique no slide ao
qual deseja aplicar um novo layout.
•
Na guia Página Inicial, no grupo Slides, clique em Layout
e, em seguida, clique no novo layout desejado.
O novo slide agora aparece na guia Slides, onde está realçado
como o slide atual, e também como o grande slide à direita no
painel Slide. Repita esse procedimento para cada novo slide que
você deseja adicionar.
Determinar quantos slides são necessários
Para calcular o número de slides necessários, faça um rascunho do material que você planeja abordar e, em seguida, divida
o material em slides individuais. Você provavelmente deseja pelo
menos:
•
Um slide de título principal
•
Um slide introdutório que lista os pontos principais ou
áreas da sua apresentação
•
Um slide para cada ponto ou área que esteja listada no
slide introdutório
Didatismo e Conhecimento
Observação Se você aplicar um layout que não possua tipos
de espaços reservados suicientes para o conteúdo que já existe no
slide, serão criados espaços reservados adicionais automaticamente para armazenar esse conteúdo.
107
I NFORMÁTI CA
Copiar um slide
Se você deseja criar dois ou mais slides que tenham conteúdo e layout semelhantes, salve o seu trabalho criando um slide que tenha
toda a formatação e o conteúdo que será compartilhado por ambos os slides, fazendo uma cópia desse slide antes dos retoques inais em
cada um deles.
1. No modo de exibição Normal, no painel que contém as guias Tópicos e Slides, clique na guia Slides, clique com o botão direito do
mouse no slide que deseja copiar e clique em Copiar.
2. Na guia Slides, clique com o botão direito do mouse onde você deseja adicionar a nova cópia do slide e clique em Colar.
Você também pode usar esse procedimento para inserir uma cópia de um slide de uma apresentação para outra.
Reorganizar a ordem dos slides
No modo de exibição Normal, no painel que contém as guias Tópicos e Slides, clique na guia Slides, clique no slide que deseja mover
e arraste-o para o local desejado.
Para selecionar vários slides, clique em um slide que deseja mover, pressione e mantenha pressionada a tecla CTRL enquanto clica em
cada um dos outros slides que deseja mover.
Excluir um slide
No modo de exibição Normal, no painel que contém as guias Tópicos e Slides, clique na guia Slides, clique com o botão direito do
mouse no slide que deseja excluir e clique em Excluir Slide.
Adicionar formas ao slide
1. Na guia Início, no grupo Desenho, clique em Formas.
2. Clique na forma desejada, clique em qualquer parte do slide e arraste para colocar a forma.
Para criar um quadrado ou círculo perfeito (ou restringir as dimensões de outras formas), pressione e mantenha a tecla SHIFT pressionada ao arrastar.
Exibir uma apresentação de slides
Para exibir a apresentação no modo de exibição Apresentação de Slides a partir do primeiro slide, siga este procedimento:
Na guia Apresentação de Slides, no grupo Iniciar Apresentação de Slides, clique em Do Começo (ou pressione F5).
Para exibir a apresentação no modo de exibição Apresentação de Slides a partir do slide atual, siga este procedimento(ou pressione
Shift+F5):
Na guia Apresentação de Slides, no grupo Iniciar Apresentação de Slides, clique em Do Slide Atual.
Didatismo e Conhecimento
108
I NFORMÁTI CA
Imprimir uma apresentação
1. Clique na guia Arquivo e clique em Imprimir.
2. Em Imprimir, siga um destes procedimentos:
•
Para imprimir todos os slides, clique em Tudo.
•
Para imprimir somente o slide exibido no momento, clique em Slide Atual.
•
Para imprimir slides especíicos por número, clique em Intervalo Personalizado de Slides e digite uma lista de slides individuais,
um intervalo, ou ambos.
Observação Use vírgulas para separar os números, sem espaços. Por exemplo: 1,3,5-12.
3. Em Outras Conigurações, clique na lista Cor e selecione a coniguração desejada.
4. Ao concluir as seleções, clique em Imprimir.
• Criar e imprimir folhetos
Você pode imprimir as apresentações na forma de folhetos, com até nove slides em uma página, que podem ser utilizados pelo público
para acompanhar a apresentação ou para referência futura.
O folheto com três slides por página possui espaços entre as linhas para anotações.
Você pode selecionar um layout para os folhetos em visualização de impressão (um modo de exibição de um documento da maneira
como ele aparecerá ao ser impresso).
Organizar conteúdo em um folheto:
Na visualização de impressão é possível organizar o conteúdo no folheto e visualizá-lo para saber como ele será impresso. Você pode
especiicar a orientação da página como paisagem ou retrato e o número de slides que deseja exibir por página.
Você pode adicionar visualizar e editar cabeçalhos e rodapés, como os números das páginas. No layout com um slide por página, você
só poderá aplicar cabeçalhos e rodapés ao folheto e não aos slides, se não desejar exibir texto, data ou numeração no cabeçalho ou no rodapé
dos slides.
Aplicar conteúdo e formatação em todos os folhetos:
Se desejar alterar a aparência, a posição e o tamanho da numeração, da data ou do texto do cabeçalho e do rodapé em todos os folhetos,
faça as alterações no folheto mestre. Para incluir um nome ou logotipo em todas as páginas do folheto, basta adicioná-lo ao mestre. As
alterações feitas no folheto mestre também são exibidas na impressão da estrutura de tópicos.
Imprimir folhetos:
1. Abrir a apresentação em que deseja imprimir os folhetos.
2. Clicar na aba Arquivo, clicar na seleção de layout de slides para impressão na seção ‘Conigurações’ e escolher o modo de
impressão(aqui também podemos selecionar os modos ‘Anotações’ e ‘Estrutura de tópicos’)
Didatismo e Conhecimento
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I NFORMÁTI CA
Então basta começar a digitar.
Formatar texto
Para alterar um texto, é necessário primeiro selecioná-lo. Para
selecionar um texto ou palavra, basta clicar com o boto esquerdo
sobre o ponto em que se deseja iniciar a seleção e manter o botão
pressionado, arrastar o mouse até o ponto desejado e soltar o botão
esquerdo.
O formato Folhetos (3 Slides por Página) possui linhas para
anotações do público.
Para especiicar a orientação da página, clicar na seta em
Orientação e, em seguida, clicar em Paisagem ou Retrato.
Clicar em Imprimir.
Inserir texto
Para inserir um texto no slide clicar com o botão esquerdo do
mouse no retângulo (Clique para adicionar um título), após clicar
o ponto de inserção (cursor será exibido).
Didatismo e Conhecimento
110
I NFORMÁTI CA
4. Selecionar o símbolo.
1 – Fonte
Altera o tipo de fonte
2 – Tamanho da fonte
Altera o tamanho da fonte
3 – Negrito
Aplica negrito ao texto selecionado. Também pode ser acionado através do comando Ctrl+N.
4 – Itálico
Aplica Itálico ao texto selecionado. Também pode ser acionado através do comando Ctrl+I.
5 – Sublinhado
Sublinha o texto selecionado. Também pode ser acionado
através do comando Ctrl+S.
6 – Tachado
Desenha uma linha no meio do texto selecionado.
7 – Sombra de Texto
Adiciona uma sombra atrás do texto selecionado para destacá-lo no slide.
8 – Espaçamento entre Caracteres
Ajusta o espaçamento entre caracteres.
9 – Maiúsculas e Minúsculas
Altera todo o texto selecionado para MAIÚSCULAS, minúsculas, ou outros usos comuns de maiúsculas/minúsculas.
10 – Cor da Fonte
Altera a cor da fonte.
11 – Alinhar Texto à Esquerda
Alinha o texto à esquerda. Também pode ser acionado através
do comando Ctrl+Q.
12 – Centralizar
Centraliza o texto. Também pode ser acionado através do comando Ctrl+E.
13 – Alinhar Texto à Direita
Alinha o texto à direita. Também pode ser acionado através
do comando Ctrl+G.
14 – Justiicar
Alinha o texto às margens esquerda e direita, adicionando espaço extra entre as palavras conforme o necessário, promovendo
uma aparência organizada nas laterais esquerda e direita da página.
15 – Colunas
Divide o texto em duas ou mais colunas.
5. Clicar em Inserir e em seguida Fechar.
Marcadores e numeração
, para criar
Com a guia Início acionada, clicar no botão
parágrafos com marcadores. Para escolher o tipo de marcador clicar na seta.
Limpar formatação
Para limpar toda a formatação de um texto basta selecioná-lo
, localizado na guia Início.
e clicar no botão
Com a guia Início acionada, clicar no botão , para iniciar uma
lista numerada. Para escolher diferentes formatos de numeração
clicar na seta.
Inserir símbolos especiais
Além dos caracteres que aparecem no teclado, é possível inserir no slide vários caracteres e símbolos especiais.
1. Posicionar o cursor no local que se deseja inserir o símbolo.
2. Acionar a guia Inserir.
3. Clicar no botão Símbolo.
Didatismo e Conhecimento
111
I NFORMÁTI CA
Depois escolher entre as opções clicar Aplicar a tudo para
aplicar a mudança a todos os slides, se for alterar apenas o slide
atual clicar em fechar.
Inserir iguras
Para inserir uma igura no slide clicar na guia Inserir, e clicar
em um desses botões:
• Imagem do Arquivo: insere uma imagem de um arquivo.
• Clip-art: é possível escolher entre várias iguras que acompanham o Microsoft Ofice.
• Formas: insere formas prontas, como retângulos e círculos,
setas, linhas, símbolos de luxograma e textos explicativos.
• SmartArt: insere um elemento gráico SmartArt para comunicar informações visualmente. Esses elementos gráicos variam
desde listas gráicas e diagramas de processos até gráicos mais
complexos, como diagramas de Venn e organogramas.
• Gráico: insere um gráico para ilustrar e comparar dados.
• WordArt: insere um texto com efeitos especiais.
Animar textos e objetos
Para animar um texto ou objeto, selecionar o texto ou objeto,
clicar na guia Animações, e depois em Animações Personalizadas,
abrirá um painel à direita, clicar em Adicionar efeito. Nele se encontram várias opções de animação de entrada, ênfase, saída e trajetórias de animação.
Alterar plano de fundo
Para alterar o plano de fundo de um slide, basta clicar com o
botão direito do mouse sobre ele, e em seguida clicar em Formatar
Plano de Fundo.
Inserir botão de ação
Um botão de ação consiste em um botão já existente que pode
ser inserido na apresentação e para o qual pode deinir hiperlinks.
Os botões de ação contêm formas, como setas para direita e para
esquerda e símbolos de fácil compreensão referentes às ações de
ir para o próximo, anterior, primeiro e último slide, além de executarem ilmes ou sons. Eles são mais comumente usados para
apresentações autoexecutáveis — por exemplo, apresentações que
são exibidas várias vezes em uma cabine ou quiosque (um computador e monitor, geralmente localizados em uma área frequentada
por muitas pessoas, que pode incluir tela sensível ao toque, som
ou vídeo.
Os quiosques podem ser conigurados para executar apresentações do PowerPoint de forma automática, contínua ou ambas).
Didatismo e Conhecimento
112
I NFORMÁTI CA
1. Na guia Inserir, no grupo Ilustrações, clicar na seta abaixo
de Formas e, em seguida, clique no botão Mais
.
2. Em Botões de Ação, clicar no botão que se deseja adicionar.
3. Clicar sobre um local do slide e arrastar para desenhar a
forma para o botão.
4. Na caixa Conigurar Ação, seguir um destes procedimentos:
• Para escolher o comportamento do botão de ação quando
você clicar nele, clicar na guia Selecionar com o Mouse.
• Para escolher o comportamento do botão de ação quando
você mover o ponteiro sobre ele, clicar na guia Selecionar sem o
Mouse.
5. Para escolher o que acontece quando você clica ou move
o ponteiro sobre o botão de ação, siga um destes procedimentos:
• Se você não quiser que nada aconteça, clicar em Nenhuma.
• Para criar um hiperlink, clicar em Hiperlink para e selecionar
o destino para o hiperlink.
• Para executar um programa, clicar em Executar programa
e, em seguida, clicar em Procurar e localizar o programa que você
deseja executar.
• Para executar um macro (uma ação ou um conjunto de ações
que você pode usar para automatizar tarefas. Os macros são gravados na linguagem de programação Visual Basic for Applications),
clicar em Executar macro e selecionar a macro que você deseja
executar.
As conigurações de Executar macro estarão disponíveis somente se a sua apresentação contiver um macro.
• Se você deseja que a forma escolhida como um botão de
ação execute uma ação, clicar em Ação do objeto e selecionar a
ação que você deseja que ele execute.
As conigurações de Ação do objeto estarão disponíveis somente se a sua apresentação contiver um objeto OLE (uma tecnologia de integração de programa que pode ser usada para compartilhamento de informações entre programas. Todos os programas
do Ofice oferecem suporte para OLE; por isso, você pode compartilhar informações por meio de objetos vinculados e incorporados).
• Para tocar um som, marcar a caixa de seleção Tocar som e
selecionar o som desejado.
1. Na guia Apresentações de Slides, no grupo Iniciar Apresentação de Slides, clicar na seta ao lado de Apresentação de Slides Personalizada e, em seguida, clicar em Apresentações Personalizadas.
2. Na caixa de diálogo Apresentações Personalizadas, clicar
em Novo.
3. Em Slides na apresentação, clicar nos slides que você deseja incluir na apresentação personalizada e, em seguida, clicar em
Adicionar.
Para selecionar diversos slides sequenciais, clicar no primeiro
slide e, em seguida, manter pressionada a tecla SHIFT enquanto
clica no último slide que deseja selecionar. Para selecionar diversos slides não sequenciais, manter pressionada a tecla CTRL enquanto clica em cada slide que queira selecionar.
4. Para alterar a ordem em que os slides são exibidos, em
Slides na apresentação personalizada, clicar em um slide e, em
seguida, clicar em uma das setas para mover o slide para cima ou
para baixo na lista.
5. Digitar um nome na caixa Nome da apresentação de slides
e clicar em OK. Para criar apresentações personalizadas adicionais
com quaisquer slides da sua apresentação, repetir as etapas de 1 a 5.
Para visualizar uma apresentação personalizada, clicar no
nome da apresentação na caixa de diálogo Apresentações Personalizadas e, em seguida, clicar em Mostrar.
2 – Apresentação Personalizada com Hiperlink
Utilizar uma apresentação personalizada com hiperlinks para
organizar o conteúdo de uma apresentação. Por exemplo, se você
cria uma apresentação personalizada principal sobre a nova organização geral da sua empresa, é possível criar uma apresentação
personalizada para cada departamento da sua organização e vinculá-los a essas exibições da apresentação principal.
Criar apresentação personalizada
Existem dois tipos de apresentações personalizadas: básica e
com hiperlinks.
Uma apresentação personalizada básica é uma apresentação
separada ou uma apresentação que inclui alguns slides originais.
Uma apresentação personalizada com hiperlinks é uma forma
rápida de navegar para uma ou mais apresentações separadas.
1 – Apresentação Personalizada Básica
Utilizar uma apresentação personalizada básica para fornecer
apresentações separadas para diferentes grupos da sua organização. Por exemplo, se sua apresentação contém um total de cinco
slides, é possível criar uma apresentação personalizada chamada
“Site 1” que inclui apenas os slides 1, 3 e 5. É possível criar uma
segunda apresentação personalizada chamada “Site 2” que inclui
os slides 1, 2, 4 e 5. Quando você criar uma apresentação personalizada a partir de outra apresentação, é possível executá-la, na
íntegra, em sua sequência original.
Didatismo e Conhecimento
1. Na guia Apresentações, no grupo Iniciar Apresentação de
Slides, clicar na seta ao lado de Apresentação de Slides Personalizada e, em seguida, clicar em Apresentações Personalizadas.
2. Na caixa de diálogo Apresentações Personalizadas, clicar
em Novo.
113
I NFORMÁTI CA
3. Em Slides na apresentação, clicar nos slides que você deseja incluir na apresentação personalizada principal e, em seguida,
clicar em Adicionar.
Para selecionar diversos slides sequenciais, clicar no primeiro
slide e, em seguida, manter pressionada a tecla SHIFT enquanto
clica no último slide que deseja selecionar. Para selecionar diversos slides não sequenciais, manter pressionada a tecla CTRL enquanto clica em cada slide que queira selecionar.
4. Para alterar a ordem em que os slides são exibidos, em
Slides na apresentação personalizada, clicar em um slide e, em
seguida, clicar em uma das setas para mover o slide para cima ou
para baixo na lista.
5. Digitar um nome na caixa Nome da apresentação de slides
e clicar em OK. Para criar apresentações personalizadas adicionais
com quaisquer slides da sua apresentação, repetir as etapas de 1
a 5.
6. Para criar um hiperlink da apresentação principal para uma
apresentação de suporte, selecionar o texto ou objeto que você deseja para representar o hiperlink.
7. Na guia Inserir, no grupo Vínculos, clicar na seta abaixo
de Hiperlink.
8. Em Vincular para, clicar em Colocar Neste Documento.
9. Seguir um destes procedimentos:
• Para se vincular a uma apresentação personalizada, na lista
Selecionar um local neste documento, selecionar a apresentação
personalizada para a qual deseja ir e marcar a caixa de seleção
Mostrar e retornar.
• Para se vincular a um local na apresentação atual, na lista
Selecione um local neste documento, selecionar o slide para o qual
você deseja ir.
Para visualizar uma apresentação personalizada, clicar no
nome da apresentação na caixa de diálogo Apresentações Personalizadas e, em seguida, clicar em Mostrar.
Para consultar mais efeitos de transição, na lista Estilos Rápidos, clicar no botão Mais, conforme mostrado no diagrama acima.
• Adicionar a mesma transição de slides a todos os slides em
sua apresentação:
1. No painel que contém as guias Tópicos e Slides, clicar na
guia Slides.
2. Na guia Início, clicar na miniatura de um slide.
3. Na guia Animações, no grupo Transição para Este Slide,
clicar em um efeito de transição de slides.
4. Para consultar mais efeitos de transição, na lista Estilos
Rápidos, clicar no botão Mais.
5. Para deinir a velocidade de transição de slides, no grupo
Transição para Este Slide, clicar na seta ao lado de Velocidade da
Transição e, em seguida, selecionar a velocidade desejada.
6. No grupo Transição para Este Slide, clicar em Aplicar a
Tudo.
• Adicionar diferentes transições de slides aos slides em sua
apresentação
1. No painel que contém as guias Tópicos e Slides, clicar na
guia Slides.
2. Na guia Início, clicar na miniatura de um slide.
3. Na guia Animações, no grupo Transição para Este Slide,
clicar no efeito de transição de slides que você deseja para esse
slide.
4. Para consultar mais efeitos de transição, na lista Estilos
Rápidos, clicar no botão Mais.
5. Para deinir a velocidade de transição de slides, no grupo
Transição para Este Slide, clicar na seta ao lado de Velocidade da
Transição e, em seguida, selecionar a velocidade desejada.
6. Para adicionar uma transição de slides diferente a outro
slide em sua apresentação, repetir as etapas 2 a 4.
• Adicionar som a transições de slides
1. No painel que contém as guias Tópicos e Slides, clicar na
guia Slides.
2. Na guia Início, clicar na miniatura de um slide.
3. Na guia Animações, no grupo Transição para Este Slide,
clicar na seta ao lado de Som de Transição e, em seguida, seguir
um destes procedimentos:
• Para adicionar um som a partir da lista, selecionar o som
desejado.
• Para adicionar um som não encontrado na lista, selecionar
Outro Som, localizar o arquivo de som que você deseja adicionar
e, em seguida, clicar em OK.
4. Para adicionar som a uma transição de slides diferente,
repetir as etapas 2 e 3.
Transição de slides
As transições de slide são os efeitos semelhantes à animação
que ocorrem no modo de exibição Apresentação de Slides quando
você move de um slide para o próximo.
É possível controlar a velocidade de cada efeito de transição
de slides e também adicionar som.
O Microsoft Ofice PowerPoint 2010 inclui vários tipos diferentes de transições de slides, incluindo (mas não se limitando) as
seguintes:
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
9.
Conigurar apresentação de slides
• Tipo de apresentação
Usar as opções na seção Tipo de apresentação para especiicar
como você deseja mostrar a apresentação para sua audiência.
o Para fazer sua apresentação diante de uma audiência ao
vivo, clicar em Exibida por um orador (tela inteira).
o Para permitir que a audiência exiba sua apresentação a partir
de um disco rígido ou CD em um computador ou na Internet, clicar
em Apresentada por uma pessoa (janela).
o Para permitir que a audiência role por sua apresentação de
auto execução a partir de um computador autônomo, marcar a caixa de seleção Mostrar barra de rolagem.
o Para entregar uma apresentação de auto execução executada em um quiosque (um computador e monitor, geralmente lo-
Sem transição
Persiana Horizontal
Persiana Vertical
Quadro Fechar
Quadro Abrir
Quadriculado na Horizontal
Quadriculado na Vertical
Pente Horizontal
Pente Vertical
Didatismo e Conhecimento
114
I NFORMÁTI CA
calizados em uma área frequentada por muitas pessoas, que pode
incluir tela sensível ao toque, som ou vídeo. Os quiosques podem
ser conigurados para executar apresentações do PowerPoint de
forma automática, contínua ou ambas), clicar em Apresentada em
um quiosque (tela inteira).
• Mostrar slides
Usar as opções na seção Mostrar slides para especiicar quais
slides estão disponíveis em uma apresentação ou para criar uma
apresentação personalizada (uma apresentação dentro de uma
apresentação na qual você agrupa slides em uma apresentação
existente para poder mostrar essa seção da apresentação para um
público em particular).
o Para mostrar todos os slides em sua apresentação, clicar em
Tudo.
o Para mostrar um grupo especíico de slides de sua apresentação, digitar o número do primeiro slide que você deseja mostrar
na caixa De e digitar o número do último slide que você deseja
mostrar na caixa Até.
o Para iniciar uma apresentação de slides personalizada que
seja derivada de outra apresentação do PowerPoint, clicar em
Apresentação personalizada e, em seguida, clicar na apresentação que você deseja exibir como uma apresentação personalizada
(uma apresentação dentro de uma apresentação na qual você agrupa slides em uma apresentação existente para poder mostrar essa
seção da apresentação para um público em particular).
• Opções da apresentação
Usar as opções na seção Opções da apresentação para especiicar como você deseja que arquivos de som, narrações ou animações sejam executados em sua apresentação.
o Para executar um arquivo de som ou animação continuamente, marcar a caixa de opções Repetir até ‘Esc’ ser pressionada.
o Para mostrar uma apresentação sem executar uma narração
incorporada, marcar a caixa de seleção Apresentação sem narração.
o Para mostrar uma apresentação sem executar uma animação
incorporada, marcar a caixa de seleção Apresentação sem animação.
o Ao fazer sua apresentação diante de uma audiência ao vivo,
é possível escrever nos slides. Para especiicar uma cor de tinta, na
lista Cor da caneta, selecionar uma cor de tinta.
o É possível utilizar miniaturas para selecionar os slides de
uma sequência e criar uma apresentação personalizada para o seu
público.
o A visualização de texto mostra aquilo que o seu próximo clique adicionará à tela, como um slide novo ou o próximo marcador
de uma lista.
o As anotações do orador são mostradas em letras grandes e
claras, para que você possa utilizá-las como um script para a sua
apresentação.
o É possível escurecer a tela durante sua apresentação e, depois, prosseguir do ponto em que você parou. Por exemplo, talvez
você não queira exibir o conteúdo do slide durante um intervalo ou
uma seção de perguntas e respostas.
No modo de exibição do Apresentador, os ícones e botões são
grandes o suiciente para uma fácil navegação, mesmo quando
você está usando um teclado ou mouse desconhecido. A seguinte ilustração mostra as várias ferramentas disponibilizadas pelo
modo de exibição Apresentador.
A lista Cor da caneta estará disponível apenas se Exibida por
um orador (tela inteira) (na seção Tipo de apresentação) estiver
selecionada.
• Avançar slides
Usar as opções na seção Avançar slides para especiicar como
mover de um slide para outro.
o Para avançar para cada slide manualmente durante a apresentação, clicar em Manualmente.
o Para usar intervalos de slide para avançar para cada slide
automaticamente durante a apresentação, clicar em Usar intervalos, se houver.
• Vários Monitores
1. Miniaturas dos slides que você pode clicar para pular um
slide ou retornar para um slide já apresentado.
2. O slide que você está exibindo no momento para o público.
3. O botão Finalizar Apresentação, que você pode clicar a
qualquer momento para inalizar a sua apresentação.
4. O botão Escurecer, que você pode clicar para escurecer a
tela do público temporariamente e, em seguida, clicar de novo para
exibir o slide atual.
É possível executar sua apresentação do Microsoft Ofice PowerPoint 2010 de um monitor (por exemplo, em um pódio) enquanto o público a vê em um segundo monitor.
Usando dois monitores, é possível executar outros programas
que não são vistos pelo público e acessar o modo de exibição Apresentador. Este modo de exibição oferece as seguintes ferramentas
para facilitar a apresentação de informação:
Didatismo e Conhecimento
115
I NFORMÁTI CA
5. Avançar para cima, que indica o slide que o seu público
verá em seguida.
6. Botões que você pode selecionar para mover para frente
ou para trás na sua apresentação.
7. O Número do slide (por exemplo, Slide 7 de 12)
8. O tempo decorrido, em horas e minutos, desde o início
da sua apresentação.
9. As anotações do orador, que você pode usar como um
script para a sua apresentação.
Requisitos para o uso do modo de exibição Apresentador:
Para utilizar o modo de exibição Apresentador, faça o seguinte:
o Certiique-se que o computador usado para a apresentação
tem capacidade para vários monitores.
o Ativar o suporte a vários monitores
o Ativar o modo de exibição Apresentador.
o Na lista Resolução da apresentação de slides, clicar na resolução, ou número de pixels por polegada, que você deseja. Quanto
mais pixels, mais nítida será a imagem, contudo mais lento será o
desempenho do computador. Por exemplo, uma tela de 640 x 480
pixels é capaz de exibir 640 pontos distintos em cada uma das 480
linhas, ou aproximadamente 300.000 pixels. Essa é a resolução
com desempenho mais rápido, contudo fornece a menor qualidade.
Em contraste, uma tela com 1280 x 1024 pixels fornece as imagens
mais nítidas, mas com desempenho mais lento.
BROFFICE IMPRESS
O BrOfice.org Impress fornece várias ferramentas para ajudar
você a criar apresentações e exibições de slides atraentes. Você
pode usar Impress para mostrar apresentações no computador ou
imprimir as apresentações. Esta seção apresenta as etapas básicas
envolvidas na criação e edição de uma apresentação.
Ativar o suporte a vários monitores:
Embora os computadores possam oferecer suporte a mais de
dois monitores, o PowerPoint oferece suporte para o uso de até
dois monitores para uma apresentação. Para desativar o suporte
a vários monitores, selecionar o segundo monitor e desmarcar a
caixa de seleção Estender a área de trabalho do Windows a este
monitor.
1. Na guia Apresentação de Slides, no grupo Monitores, clicar
em Mostrar Modo de Exibição do Apresentador.
2. Na caixa de diálogo Propriedades de Vídeo, na guia Conigurações, clicar no ícone do monitor para o monitor do apresentador e desmarcar a caixa de seleção Usar este dispositivo como
monitor primário.
Se a caixa de seleção Usar este dispositivo como monitor primário estiver marcada e não disponível, o monitor foi designado
como o monitor primário. Somente é possível selecionar um monitor primário por vez. Se você clicar em um ícone de monitor
diferente, a caixa de seleção Usar este dispositivo como monitor
primário é desmarcada e torna-se disponível novamente.
É possível mostrar o modo de exibição Apresentador e executar
a apresentação de apenas um monitor — geralmente, o monitor 1.
3. Clicar no ícone do monitor para o monitor do público e
marcar a caixa de seleção Estender a área de trabalho do Windows
a este monitor.
Executar uma apresentação em dois monitores usando o
modo de exibição do Apresentador:
Após conigurar seus monitores, abrir a apresentação que deseja executar e fazer o seguinte:
1. Na guia Apresentação de Slides, no grupo Coniguração,
clicar em Conigurar a Apresentação de Slides.
2. Na caixa de diálogo Conigurar Apresentação, escolher as
opções desejadas e clicar em OK.
3. Para começar a entrega da apresentação, na guia Exibir, no
grupo Modos de Exibição de Apresentação, clicar em Apresentação de Slides.
• Desempenho
Usar as opções na seção Desempenho para especiicar o nível
de clareza visual da apresentação.
o Para acelerar o desenho de elementos gráicos na apresentação, selecionar Usar aceleração de elementos gráicos do hardware.
Didatismo e Conhecimento
- Para abrir um exemplo de apresentação do Impress
Etapas
1. Em qualquer programa do BrOfice.org, escolha Arquivo Novo - Modelos e documentos
2. No painel esquerdo, clique em Exemplos.
3. No painel central, clique duas vezes na pasta Apresentações.
4. Selecione uma apresentação de exemplo e clique em Abrir.
Criando uma apresentação
Para criar uma nova apresentação a partir de qualquer programa
do BrOfice.org, escolha Arquivo - Novo – Apresentação.
Usando o Assistente de apresentação
Quando você cria um novo documento do Impress, o Assistente
de apresentação abre-se automaticamente. O assistente guia você nas
primeiras etapas da criação de uma apresentação. Você pode usar o
assistente para criar uma apresentação a partir de uma apresentação
vazia, um modelo ou uma apresentação existente.
116
I NFORMÁTI CA
Etapas
1. Escolha Arquivo - Exportar.
2. Na caixa Nome do arquivo, digite o nome da apresentação.
3. Na caixa Tipo de arquivo, selecione o formato para o
arquivo exportado.
4. Clique em Exportar.
Editando slides
Você pode alterar o layout dos slides e a formatação do texto,
assim como adicionar gráicos e cor aos slides.
Usando diferentes exibições
- Para criar uma apresentação a partir de um modelo
Etapas
1. Na área Tipo da primeira página do Assistente de apresentação,
clique em Do modelo.
Observação – Talvez seja necessário esperar um pouco para os
modelos serem carregados.
2. Selecione uma categoria de modelo, por exemplo
“Apresentações”, e clique no modelo que deseja usar.
3. Clique em Próximo.
4. (Opcional) Se desejar usar um plano de fundo diferente
para os slides na apresentação, clique em um estilo na lista.
Observação – Esses estilos também alteram o formato da
fonte usada na apresentação.
5. Clique em Próximo.
6. Para apresentações que você pretende realizar na tela, siga
este procedimento:
• Na caixa Efeito, selecione o efeito de transição que deseja
usar ao passar de um slide para outro.
• Na caixa Velocidade, selecione a velocidade da transição.
• Se desejar que os slides avancem automaticamente na
apresentação, clique na opção Automático na área Selecionar tipo
de apresentação.
7. Clique em Próximo.
8. Digite as informações descritivas para a apresentação.
9. Clique em Próximo.
10.(Opcional) Para excluir um slide da apresentação, clique
na caixa de seleção em frente do nome do slide na lista Escolher
páginas.
11.Clique em Criar.
Depois de criar a apresentação, substitua e insira o texto nos
slides.
Para ajudar a editar e organizar os slides no Impress, você
pode usar diferentes exibições da área de trabalho. Por exemplo,
pode usar a exibição Normal para adicionar imagens a um único
slide. Use o Classiicador de slides para reordenar os slides e
atribuir transições. Ou use a exibição Estrutura de tópicos para
organizar e editar títulos de slide.
Para alterar a exibição, clique na guia exibição no painel
central.
Movendo-se entre slides na exibição normal
Para mover-se entre slides na exibição Normal, clique na
visualização de slide no painel Slides esquerdo.
- Para alterar o layout de um slide
Layouts de slide deinem onde texto e objetos são posicionados
em um slide.
No Impress, você pode alterar facilmente o layout do slide em
que está trabalhando ao usar o painel Tarefas direito.
Etapas
1. Na exibição Normal, selecione o slide ao qual deseja aplicar
um novo layout.
2. No painel Tarefas, clique no layout que deseja usar.
- Para adicionar um slide
Etapas
1. Clique na guia Normal para escolher uma exibição Normal.
2. No painel Slides esquerdo, clique com o botão direito do
mouse onde deseja adicionar um slide. Em seguida escolha Inserir
slide.
Abre-se a caixa de diálogo Inserir slide.
3. Na caixa nome, digite o nome do slide.
4. (Opcional) Se desejar alterar o layout do novo slide, clique
em outro estilo de layout na caixa AutoLayout box.
5. Clique em OK.
- Para salvar uma apresentação
Etapas
1. Escolha Arquivo - Salvar.
Se não salvou a apresentação antes, abre-se a caixa de diálogo
Salvar como.
2. Na caixa Nome do arquivo, digite o nome da apresentação.
3. Clique em Salvar.
- Para exportar uma apresentação para um formato diferente
Você pode exportar uma apresentação como uma série de
páginas HTML vinculadas, como um arquivo PDF ou um arquivo
Flash.
Didatismo e Conhecimento
117
I NFORMÁTI CA
- Para adicionar uma igura de um arquivo
Etapas
1. Escolha Inserir - Figura - Do arquivo.
Abre-se a caixa de diálogo Inserir igura.
2. Localize o gráico que deseja inserir e clique em Abrir.
- Para adicionar um gráico da galeria
A Galeria do BrOfice.org contém gráicos predeinidos que
você pode adicionar aos slides.
Etapas
1. Escolha Ferramentas - Galeria.
2. Selecione um tema da lista à esquerda.
3. Selecione o gráico que deseja inserir e arraste o gráico
para o slide.
Observação –
Pode também criar gráicos com as ferramentas na barra de
ferramentas Desenho.
Adicionando transições de slide
- Para copiar um slide
Etapas
1. Na exibição Normal, selecione o slide que deseja copiar.
2. Escolha Inserir – Duplicar slide.
- Para mover um slide
Etapas
1. No painel Slides esquerdo, clique no slide que deseja mover.
2. Arraste o slide para outra posição no painel Slides.
Para uma apresentação na tela, você pode animar a transição
de um slide para o seguinte com efeitos como persianas ou
surgimento.
- Para excluir um slide
Etapas
1. No painel Slides esquerdo, clique no slide que deseja
excluir.
2. Escolha Editar – Excluir slide.
Formatando texto
A barra Formatação de texto permite-lhe aplicar rapidamente
formatos ao texto nos slides. Para usar a barra, selecione o texto
que deseja formatar e clique em um ícone. Pode também selecionar
uma opção das caixas Nome da fonte ou Tamanho da fonte.
Adicionando iguras aos slides
Figuras ajudam a tornar os slides mais interessantes. No
Impress, você pode adicionar gráicos, como fotos ou imagens,
aos slides.
- Para adicionar uma transição a um slide
Didatismo e Conhecimento
118
I NFORMÁTI CA
• Para ir para o slide anterior, pressione a tecla de seta para a
esquerda ou clique com o botão direito do mouse.
- Para sair de uma apresentação de slides
Etapa
Pressione a tecla Escape.
Etapas
1. Escolha a exibição Classiicador de slide ou abra o painel
Slides esquerdo.
2. Clique com o botão direito do mouse em um slide e escolha
Transição de slides.
Abre-se a página Transição de slides no painel Tarefas.
3. Clique em um efeito de transição.
O efeito é visualizado automaticamente no slide.
Observação – Todas as transições são aplicadas quando você
altera um slide. Se desejar uma transição entre slide 1 e slide 2,
atribua a transição ao slide 2.
SERVIÇOS DE INTERNET: CONCEITOS,
CORREIO ELETRÔNICO, LISTAS DE
E-MAIL; GRUPOS DE DISCUSSÃO,
NAVEGAÇÃO, BUSCA E PESQUISA.
Adicionando efeitos de animação a texto e gráicos
Você pode usar efeitos de animação para que o texto ou os
gráicos no slide apareçam depois de um clique do mouse.
Correio Eletrônico
- Para adicionar um efeito de animação a um texto ou gráico
Etapas
1. Na exibição Normal, alterne para o slide que contém o texto
ou o gráico que deseja animar.
2. Clique na caixa de texto ou gráico que deseja modiicar.
3. Escolha Apresentação de slides - Animação personalizada.
Abre-se a página Animação personalizada do painel de
Tarefas.
4. Clique em Adicionar.
5. Na caixa de diálogo Animação personalizada – Adicionar,
clique no efeito que deseja aplicar e clique em OK.
Observação – Você pode adicionar quantos efeitos desejar. Para
obter mais informações sobre a página Animação personalizada,
consulte a ajuda on-line do Impress.
Um Pouco de História
Foi em 1971 que tudo começou (na realidade começou antes, com pesquisas), com um engenheiro de computação da BBN
(Bolt Beranek e Newman), chamado Ray Tomlinson. Utilizando
um programa chamado SNDMSG, abreviação do inglês “Send
Message”, e o ReadMail, Ray conseguiu enviar mensagem de um
computador para outro. Depois de alguns testes mandando mensagens para ele mesmo, Ray tinha criado o maior e mais utilizado
meio de comunicação da Internet, o correio eletrônico do inglês
“eletronic mail” ou simplesmente como todos conhecem e-mail.
O símbolo @ foi utilizado por Tomlinson para separar o
nome do computador do nome do usuário, esta convenção é utilizada até hoje. Como não poderia deixar de ser, o primeiro endereço de e-mail foi criado por Tomlinson, tomlinson@bbn-tenexa.
O símbolo @ (arroba) é lido no inglês com “at”, que signiica
em, algo como: o endereço tomlinson está no computador bbn-tenexa.
Durante um bom tempo, o e-mail foi usado, quase que exclusivamente, por pesquisadores da área de computação e militares.
Foi com o desenvolvimento e o aumento de usuários da Internet,
que o e-mail se popularizou e passou a ser a aplicação mais utilizada na internet. Hoje, até mesmo pessoas que usam a Internet
muito pouco, tem um e-mail.
O correio eletrônico se parece muito com o correio tradicional. Todo usuário tem um endereço próprio e uma caixa postal, o
carteiro é a Internet. Você escreve sua mensagem, diz pra quem
que mandar e a Internet cuida do resto. Mas por que o e-mail se
popularizou tão depressa? A primeira coisa é pelo custo. Você
não paga nada por uma comunicação via e-mail, apenas os custos
de conexão com a Internet. Outro fator é a rapidez, enquanto o
correio tradicional levaria dias para entregar uma mensagem, o
eletrônico faz isso quase que instantaneamente e não utiliza papel. Por ultimo, a mensagem vai direto ao destinatário, não precisa passa de mão-em-mão (funcionário do correio, carteiro, etc.),
ica na sua caixa postal onde somente o dono tem acesso e, apesar
de cada pessoa ter seu endereço próprio, você pode acessar seu
e-mail de qualquer computador conectado à Internet.
Bem, o e-mail mesclou a facilidade de uso do correio convencional com a velocidade do telefone, se tornando um dos melhores e mais utilizado meio de comunicação.
Executando uma apresentação
Depois de criar uma apresentação de slides, pode mostrá-la
para um público.
- Para iniciar uma apresentação de slides
Etapas
1. Abra a apresentação que terá uma exibição de slides.
2. Escolha Apresentação de slides - Apresentação de slides.
3. Faça avançar os slides.
• Para ir de um slide para outro, pressione a Barra de espaços
ou clique com o mouse.
• Para passar para o slide seguinte sem efeito de animação,
pressione a tecla de seta para a direita.
Didatismo e Conhecimento
119
I NFORMÁTI CA
Este tipo de correio é chamado de WebMail. O WebMail é
responsável pela grande popularização do e-mail, pois mesmo as
pessoas que não tem computador, podem acessar sua caixa postal
de qualquer lugar (um cyber, casa de um amigo, etc.). Para ter um
endereço eletrônico basta querer e acessar a Internet, é claro. Existe
quase que uma guerra por usuários. Os provedores, também, disputam quem oferece maior espaço em suas caixas postais. Há pouco
tempo encontrar um e-mail com mais de 10 Mb, grátis, não era fácil.
Lembro que, quando a Embratel ofereceu o Click21 com 30 Mb,
achei que era muito espaço, mas logo o iBest ofereceu 120 Mb e
não parou por ai, a “guerra” continuo culminando com o anúncio de
que o Google iria oferecer 1 Gb (1024 Mb). A ultima campanha do
GMail, e-mail do Google, é de aumentar sua caixa postal constantemente, a ultima vez que acessei estava em 2663 Mb.
Estrutura e Funcionalidade do e-mail
Como no primeiro e-mail criado por Tomlinson, todos os
endereços eletrônicos seguem uma estrutura padrão, nome do
usuário + @ + host, onde:
» Nome do Usuário – é o nome de login escolhido pelo usuário na hora de fazer seu e-mail. Exemplo: sergiodecastro.
» @ - é o símbolo, deinido por Tomlinson, que separa o
nome do usuário do seu provedor.
» Host – é o nome do provedor onde foi criado o endereço
eletrônico. Exemplo: click21.com.br .
» Provedor – é o host, um computador dedicado ao serviço
24 horas por dia.
Vejamos um exemplo real:
[email protected]
WebMail
A caixa postal é composta pelos seguintes itens:
» Caixa de Entrada – Onde icam armazenadas as mensagens
recebidas.
» Caixa de Saída – Armazena as mensagens ainda não enviadas.
» E-mails Enviados – Como o nome diz, icam os e-mails que
foram enviados.
» Rascunho – Guarda as mensagens que você ainda não terminou de redigir.
» Lixeira – Armazena as mensagens excluídas.
O WebMail, como descrito acima, é uma aplicação acessada
diretamente na Internet, sem a necessidade de usar programa de
correio eletrônico. Praticamente todos os e-mails possuem aplicações para acesso direto na Internet. É grande o número de provedores que oferecem correio eletraônico gratuitamente, logo abaixo
segue uma lista dos mais populares.
» Hotmail – http://www.hotmail.com
» GMail – http://www.gmail.com
» iBest Mail – http://www.ibestmail.com.br
» iG Mail – http://www.ig.com.br
» Yahoo – http://www.yahoo.com.br
» Click21 – http://www.click21.com.br
Ao redigir mensagem, os seguintes campos estão presentes:
» Para – é o campo onde será inserido o endereço do destinatário.
» Cc – este campo é utilizado para mandar cópias da mesma
mensagem, ao usar este campo os endereços aparecerão para todos
os destinatários.
» Cco – sua funcionalidade é igual ao campo anterior, no entanto os endereços só aparecerão para os respectivos donos.
» Assunto – campo destinado ao assunto da mensagem.
» Anexos – são dados que são anexados à mensagem (imagens,
programas, música, arquivos de texto, etc.).
» Corpo da Mensagem – espaço onde será redigida a mensagem.
Para criar seu e-mail basta visitar o endereço acima e seguir
as instruções do site. Outro importante fator a ser observado é o
tamanho máximo permitido por anexo, este foi outro fator que aumentou muito de tamanho, há pouco tempo a maioria dos provedores permitiam em torno de 2 Mb, mas atualmente a maioria já
oferecem em média 10 Mb. Porém tem alguns mais generosos que
chegam a oferecer mais que isso, é o caso do Click21 que oferece
21 Mb, claro que essas limitações são preocupantes quando se trata de e-mail grátis, pois a inal de contas quando pagamos o bolso
é quem manda. Além de caixa postal os provedores costumam oferecer serviços de agenda e contatos.
Todos os WebMail acima são ótimos, então ica a critério de
cada um escolher o seu, ou até mesmo os seus, eu, por exemplo,
procuro aqueles que oferecem uma interface com o menor propaganda possível.
Alguns nomes podem mudar de servidor para servidor, porém
representando as mesmas funções. Além dos destes campos tem ainda os botões para EVIAR, ENCAMINHAR e EXCLUIR as mensagens, este botões bem como suas funcionalidades veremos em
detalhes, mais a frente.
Para receber seus e-mails você não precisa está conectado à Internet, pois o e-mail funciona com provedores. Mesmo você não
estado com seu computador ligado, seus e-mail são recebidos e armazenados na sua caixa postal, localizada no seu provedor. Quando
você acessa sua caixa postal, pode ler seus e-mail on-line (diretamente na Internet, pelo WebMail) ou baixar todos para seu computador através de programas de correio eletrônico. Um programa
muito conhecido é o Outlook Express, o qual detalhar mais a frente.
A sua caixa postal é identiicada pelo seu endereço de e-mail e
qualquer pessoa que souber esse endereço, pode enviar mensagens
para você. Também é possível enviar mensagens para várias pessoas
ao mesmo tempo, para isto basta usar os campos “Cc” e “Cco” descritos acima.
Atualmente, devido a grande facilidade de uso, a maioria das
pessoas acessa seu e-mail diretamente na Internet através do navegador.
Didatismo e Conhecimento
» Criando seu e-mail
Fazer sua conta de e-mail é uma tarefa extremamente simples, eu escolhi o iBestMail, pois a interface deste WebMail não
tem propagandas e isso ajudar muito os entendimentos, no entanto
você pode acessar qualquer dos endereços informados acima ou
ainda qualquer outro que você conheça. O processo de cadastro é
muito simples, basta preencher um formulário e depois você terá
sua conta de e-mail pronta para ser usada. Alguns provedores exigem CPF para o cadastro, o iBest e o iG são exemplos, já outros
você informa apenas dados pessoais, o Yahoo e o Gmail são exemplos, este último é preciso ter um convite.
Vamos aos passos:
1. Acesse a pagina do provedor (www.ibestmail.com.br) ou
qualquer outro de sua preferência.
120
I NFORMÁTI CA
2. Clique no botão “CADASTRE-SE JÁ”, será aberto um formulário, preencha-o observando todos os campos. Os campos do
formulário têm suas particularidades de provedor para provedor,
no entanto todos trazem a mesma ideia, colher informações do
usuário. Este será a primeira parte do seu e-mail e é igual a este em
qualquer cadastro, no exemplo temos “@ibest.com.br”. A junção
do nome de usuário com o nome do provedor é que será seu endereço eletrônico. No exemplo icaria o seguinte: seunome@ibest.
com.br.
3. Após preencher todo o formulário clique no botão “Aceito”,
pronto seu cadastro estará efetivado.
Pelo fato de ser gratuito e ter muitos usuários é comum que
muitos nomes já tenham sido cadastrados por outros usuários,
neste caso será exibida uma mensagem lhe informando do problema. Isso acontece porque dentro de um mesmo provedor não
pode ter dois nomes de usuários iguais. A solução é procurar outro
nome que ainda esteja livre, alguns provedores mostram sugestões
como: seunome2005; seunome28, etc. Se ocorrer isso com você (o
que é bem provável que acontecerá) escolha uma das sugestões ou
informe outro nome (não desista, você vai conseguir), inalize seu
cadastro que seu e-mail vai está pronto para ser usado.
11. Lista de Páginas – Este menu suspenso exibe a lista de
página, que aumenta conforme a quantidade de e-mails na seção.
Para acessar selecione a página desejada e clique no botão “OK”.
Veja que todos os comandos estão disponíveis também na parte
inferior, isto para facilitar o uso de sua caixa postal.
12. Pastas do Sistema – Exibe as pastas padrões de um correio
eletrônico. Caixa de Entrada; Mensagens Enviadas; Rascunho e
Lixeira. Um detalhe importante é o estilo do nome, quando está
normal signiica que todas as mensagens foram abertas, porém
quando estão em negrito, acusam que há uma ou mais mensagens
que não foram lidas, o número entre parêntese indica a quantidade.
Este detalhe funciona para todas as pastas e mensagens do correio.
13. Painel de Visualização – Espaço destinado a exibir as
mensagens. Por padrão, ao abrir sua caixa postal, é exibido o
conteúdo da Caixa de Entrada, mas este painel exibe também as
mensagens das diversas pastas existentes na sua caixa postal. A
observação feita no item anterior, sobre negrito, também é válida
para esta seção. Observe as caixas de seleção localizadas do lado
esquerdo de cada mensagem, é através delas que as mensagens são
selecionadas. A seleção de todos os itens ao mesmo tempo, também pode ser feito pela caixa de seleção do lado esquerdo do título
da coluna “Remetente”. O título das colunas, além de nomeá-las,
também serve para classiicar as mensagens que por padrão estão
classiicadas através da coluna “Data”, para usar outra coluna na
classiicação basta clicar sobre nome dela.
14. Gerenciador de Pastas – Nesta seção é possível adicionar, renomear e apagar as suas pastas. As pastas são um modo de
organizar seu conteúdo, armazenando suas mensagens por temas.
Quando seu e-mail é criado não existem pastas nesta seção, isso
deve ser feito pelo usuário de acordo com suas necessidades.
15. Contas Externas – Este item é um link que abrirá a seção
onde pode ser feita uma coniguração que permitirá você acessar
outras caixas postais diretamente da sua. O próximo link, como o
nome já diz, abre a janela de coniguração dos e-mails bloqueados
e mais abaixo o link para baixar um plug-in que lhe permite fazer
uma coniguração automática do Outlook Express. Estes dois primeiros links são os mesmos apresentados no item 10.
» Entendendo a Interface do WebMail
A interface é a parte gráica do aplicativo de e-mail que nos
liga do mundo externo aos comandos do programa. Estes conhecimentos vão lhe servir para qualquer WebMail que você tiver e também para o Outlook Express que é um programa de gerenciamento
de e-mails, vamos ver este programa mais adiante.
1. Chegou e-mail? – Este botão serve para atualizar sua caixa
de entrar, veriicando se há novas mensagens no servidor.
2. Escrever – Ao clicar neste botão a janela de edição de e-mail será aberta. A janela de edição é o espaço no qual você vai
redigir, responder e encaminhar mensagens. Semelhante à função
novo e-mail do Outlook.
3. Contatos – Abre a seção de contatos. Aqui os seus endereços de e-mail são previamente guardados para utilização futura,
nesta seção também é possível criar grupos para facilitar o gerenciamento dos seus contatos.
4. Conigurações – Este botão abre (como o próprio nome já
diz) a janela de conigurações. Nesta janela podem ser feitas diversas conigurações, tais como: mudar senha, deinir número de
e-mail por página, assinatura, resposta automática, etc.
5. Ajuda – Abre, em outra janela do navegador, uma seção
com vários tópicos de ajuda.
6. Sair – Este botão é muito importante, pois é através dele que
você vai fechar sua caixa postal, muito recomendado quando o uso
de seu e-mail ocorrer em computadores de terceiros.
7. Espaço – Esta seção é apenas informativa, exibe seu endereço de e-mail; quantidade total de sua caixa posta; parte utilizada
em porcentagem e um pequeno gráico.
8. Seção atual – Mostra o nome da seção na qual você está, no
exemplo a Caixa de Entrada.
9. Número de Mensagens – Exibe o intervalo de mensagens
que estão na tela e também o total da seção selecionada.
10. Caixa de Comandos – Neste menu suspenso estão todos
os comandos relacionados com as mensagens exibidas. Para usar
estes comandos, selecione uma ou mais mensagens o comando
desejado e clique no botão “OK”. O botão “Bloquear”, bloqueia
o endereço de e-mail da mensagem, útil para bloquear e-mails indesejados. Já o botão “Contas externas” abre uma seção para conigurar outras contas de e-mails que enviarão as mensagens a sua
caixa postal. Para o correto funcionamento desta opção é preciso
que a conta a ser acessada tenha serviço POP3 e SMTP.
Didatismo e Conhecimento
FERRAMENTAS DE BUSCA E PESQUISA
Um motor de busca é um sistema de software projetado para
encontrar informações armazenadas em um sistema computacional a partir de palavras-chave indicadas pelo utilizador, reduzindo
o tempo necessário para encontrar informações.
Os motores de busca surgiram logo após o aparecimento da
Internet, com a intenção de prestar um serviço extremamente importante: a busca de qualquer informação na rede, apresentando os
resultados de uma forma organizada, e também com a proposta de
fazer isto de uma maneira rápida e eiciente. A partir deste preceito
básico, diversas empresas se desenvolveram, chegando algumas a
valer milhões de dólares. Entre as maiores empresas encontram-se
o Google, o Yahoo, o Lycos, o Cadê e, mais recentemente, a Amazon.com com o seu mecanismo de busca A9 porém inativo. Os
buscadores se mostraram imprescindíveis para o luxo de acesso e
a conquista novos visitantes.
Antes do advento da Web, havia sistemas para outros protocolos ou usos, como o Archie para sites FTP anônimos e o Veronica para o Gopher (protocolo de redes de computadores que foi
desenhado para indexar repositórios de documentos na Internet,
baseando-se em menus).
121
I NFORMÁTI CA
Conceito
Dois outros programas, Veronica e Jughead, buscavam os arquivos armazenados nos sistemas de índice do Gopher. Veronica (Very
Easy Rodent-Oriented Net-wide Index to Computerized Archives)
provia uma busca por palavras para a maioria dos títulos de menu em
todas listas do Gopher. Jughead (Jonzy’s Universal Gopher Hierarchy
Excavation And Display) era uma ferramenta para obter informações
de menu de vários servidores Gopher.
O primeiro search engine Web foi o Wandex, um índice atualmente extinto feito pela World Wide Web Wanderer, um web crawler (programa automatizado que acessa e percorre os sites seguindo
os links presentes nas páginas.) desenvolvido por Matthew Gray no
MIT, em 1993. Outro sistema antigo, Aliweb, também apareceu no
mesmo ano e existe até hoje. O primeiro sistema “full text” baseado
em crawler foi o WebCrawler, que saiu em 1994. Ao contrário de seus
predecessores, ele permite aos usuários buscar por qualquer palavra
em qualquer página, o que tornou-se padrão para todos serviços de
busca desde então. Também foi o primeiro a ser conhecido pelo grande público. Ainda em 1994, o Lycos (que começou na Carnegie Mellon University) foi lançado e tornou-se um grande sucesso comercial.
Logo depois, muitos sistemas apareceram, incluindo Excite,
Infoseek, Inktomi, Northern Light, e AltaVista. De certa forma, eles
competiram com diretórios populares como o Yahoo!. Posteriormente, os diretórios integraram ou adicionaram a tecnologia de search engine para maior funcionalidade.
Os sistemas de busca também eram conhecidos como a
“mina de ouro” no frenesi de investimento na Internet que ocorreu no im dos anos 1990s. Várias empresas entraram no mercado
de forma espetacular, com recorde em ganhos durante seus primeiros anos de existência. Algumas fecharam seu sistema público,
e estão oferecendo versões corporativas somente, como a Northern
Light.
Mais recentemente, os sistemas de busca também estão utilizando XML ou RSS, permitindo indexar dados de sites com eicácia, sem a necessidade de um crawler complexo. Os sites simplesmente provêm um xml feed o qual é indexado pelo sistema
de busca. Os XML feeds estão sendo cada vez mais fornecidos
de forma automática por weblogs. Exemplos são o feedster, que
inclui o LjFind Search que provê serviços para os blogs do site
LiveJournal.
Um motor de busca é feito para auxiliar a procura de informações armazenadas na rede mundial (WWW), dentro de uma rede
corporativa ou de um computador pessoal. Ele permite que uma
pessoa solicite conteúdo de acordo com um critério especíico (tipicamente contendo uma dada palavra ou frase) e responde com
uma lista de referências que combinam com tal critério, ou seja
é uma espécie de catálogo mágico. Ao se realizar uma consulta,
a lista de ocorrências de assuntos é criada previamente por meio
de um conjunto de softwares de computadores, conhecidos como
Web_crawler, que vasculham toda a Web em busca de ocorrências
de um determinado assunto em uma página. Ao encontrar uma página com muitos links, os spiders embrenham-se por eles, conseguindo, inclusive, vasculhar os diretórios internos - aqueles que
tenham permissão de leitura para usuários - dos sites nos quais
estão trabalhando.
Os motores de busca usam regularmente índices atualizados
para funcionar de forma rápida e eiciente. Sem maior especiicação, ele normalmente refere-se ao serviço de busca Web, que procura informações na rede pública da Internet. Outros tipos incluem
motores de busca para empresas (Intranets), motores de busca
pessoais e motores de busca móveis. De qualquer forma, enquanto diferente seleção e relevância podem aplicar-se em diferentes
ambientes, o utilizador provavelmente perceberá uma pequena diferença entre as operações neles. Alguns motores também extraem
dados disponíveis em grupos de notícias, grandes bancos de dados
ou diretórios abertos como a DMOZ.org. Ao contrário dos diretórios Web, que são mantidos por editores humanos, os serviços de
busca funcionam algoritmicamente. A maioria dos sites que chamam os motores de busca são, na verdade, uma “interface” (front
end) para os sistemas de busca de outras empresas .
História
Os primeiros motores de busca (como o Yahoo) baseavam-se na
indexação de páginas através da sua categorização. Posteriormente
surgiram as meta-buscas. A mais recente geração de motores de busca
(como a do Google) utiliza tecnologias diversas, como a procura por
palavras-chave diretamente nas páginas e o uso de referências externas espalhadas pela web, permitindo até a tradução direta de páginas
(embora de forma básica ou errada) para a língua do utilizador. O
Google, além de fazer a busca pela Internet, oferece também o recurso de se efetuar a busca somente dentro de um site especíico. É essa
a ferramenta usada na comunidade Wiki.
Os motores de busca são buscadores que baseiam sua coleta de
páginas em um robô que varre a Internet à procura de páginas novas
para introduzir em sua base de dados automaticamente. Motores de
busca típicos são Google, Yahoo e Altavista.
A primeira ferramenta utilizada para busca na Internet foi o Archie (da palavra em Inglês, “archive” sem a letra “v”). Foi criado em
1990 por Alan Emtage, um estudante da McGill University em Montreal. O programa baixava as listas de diretório de todos arquivos localizados em sites públicos de FTP (File Transfer Protocol) anônimos,
criando uma base de dados que permitia busca por nome de arquivos.
Enquanto o Archie indexava arquivos de computador, o Gopher
indexava documentos de texto. Ele foi criado em 1991, por Mark McCahill da Universidade de Minessota, cujo nome veio do mascote da
escola. Devido ao fato de serem arquivos de texto, a maior parte dos
sites Gopher tornaram-se websites após a criação da World Wide Web.
Didatismo e Conhecimento
Tipos de buscador
Pesquisa mostrando os três maiores sites de busca no mundo
Existem variados tipos de buscadores:
Buscadores globais são buscadores que pesquisam todos os
documentos na rede, e a apresentação do resultado é aleatória, dependendo do ranking de acessos aos sites. As informações podem
referir-se a qualquer tema.
122
I NFORMÁTI CA
O buscador global mais recente é o Wiglr, que utiliza dados
muito parecidos com o Google e Bing, é também o primeiro buscador criado nesta década (2010-2020). Google, Yahoo e Bing são
os buscadores globais mais acessados.
Buscadores verticais são buscadores que realizam pesquisas
“especializadas” em bases de dados próprias de acordo com suas
propensões. Geralmente, a inclusão em um buscador vertical está
relacionada ao pagamento de uma mensalidade ou de um valor
por clique. Trovit, BizRate, AchaNoticias, Oodle, Catho, SAPO,
BuscaPé, Zura e Become.com são alguns exemplos de buscadores
verticais.
Guias locais são buscadores exclusivamente locais ou regionais. As informações se referem a endereços de empresas ou prestadores de serviços. O resultado é priorizados pelo destaque de
quem contrata o serviço. Listão, GuiaMais, AcheCerto, EuAcheiFácil, Zeen! entre outras. Geralmente são cadastros e publicações
pagas. É indicado para proissionais e empresas que desejam oferecer seus produtos ou serviços em uma região, Estado ou Cidade.
Guias de busca local ou buscador local são buscadores de
abrangência nacional que lista as empresas e prestadores de serviços próximas ao endereço do internauta a partir de um texto digitado. A proximidade é avaliada normalmente pelo cep, Donavera.
com, ou por coordenadas de GPs. Os cadastros Básicos são gratuitos para que as micros empresas ou proissionais liberais possam
estar presente na WEB sem que invistam em um sites próprio. É
indicado para proissionais e empresas que desejam oferecer seus
produtos ou serviços em uma Localidade, rua, bairro, cidade ou
Estado e possibilitando ainda a forma mais rápida de atualização
dos registros de contatos por seus clientes ou fornecedores.
Diretórios de websites são índices de sites, usualmente organizados por categorias e subcategorias. Tem como inalidade principal permitir ao usuário encontrar rapidamente sites que desejar,
buscando por categorias, e não por palavras-chave. Os diretórios
de sites geralmente possuem uma busca interna, para que usuários
possam encontrar sites dentro de seu próprio índice. Diretórios podem ser a nível regional, nacional (como o Achei no Brasil) ou
global, e até mesmo especializados em determinado assunto. Open
Directory Project é exemplo de diretórios de sites.
A divulgação de sites de empresas com negócios regionais são
acessados em sua grande maioria quando os proissionais da WEB
cadastram seus sites nos Buscadores Locais para aumentarem as
visitas de internautas, pois não há um sistema de atualização automática dos dados que abranja todos os tipos de categorias e em
rapidez necessária. Por esta razão, somente cerca de 20% a 25% de
tudo que existe na WEB é publicada nos buscadores.
A novidade agora são os ontobuscadores, isto é, buscadores
baseados em Ontologias, como o Ontoweb.
Funcionamento
Um search engine opera na seguinte ordem:
Web crawling (percorrer por links)
Indexação
Busca
Os dados sobre as páginas são armazenados em um banco de
dados indexado para uso nas pesquisas futuras. Alguns sistemas,
como o do Google, armazenam todo ou parte da página de origem
(referido como um cache) assim como informações sobre as páginas, no qual alguns armazenam cada palavra de cada página encontrada, como o AltaVista. Esta página em cache sempre guarda
o próprio texto de busca pois, como ele mesmo foi indexado, pode
ser útil quando o conteúdo da página atual foi atualizado e os termos de pesquisa não mais estão contidos nela. Este problema pode
ser considerado uma forma moderada de linkrot (perda de links
em documentos da Internet, ou seja, quando os sites deixaram de
existir ou mudaram de endereço), e a maneira como o Google lida
com isso aumenta a usabilidade ao satisfazer as expectativas dos
usuários pelo fato de o termo de busca estarão na página retornada.
Isto satisfaz o princípio de “menos surpresa”, pois o usuário normalmente espera que os termos de pesquisa estejam nas páginas
retornadas. A relevância crescente das buscas torna muito útil estas
páginas em cache, mesmo com o fato de que podem manter dados
que não mais estão disponíveis em outro lugar.
Quando um usuário faz uma busca, tipicamente digitando
palavras-chave, o sistema procura o índice e fornece uma lista das
páginas que melhor combinam ao critério, normalmente com um
breve resumo contendo o título do documento e, às vezes, partes
do seu texto. A maior parte dos sistemas suportam o uso de termos
booleanos AND, OR e NOT para melhor especiicar a busca. E
uma funcionalidade avançada é a busca aproximada, que permite
deinir a distância entre as palavras-chave.
A utilidade de um sistema de busca depende da relevância do
resultado que retorna. Enquanto pode haver milhões de páginas
que incluam uma palavra ou frase em particular, alguns sites podem ser mais relevantes ou populares do que outros. A maioria
dos sistemas de busca usam métodos para criar um ranking dos
resultados para prover o “melhor” resultado primeiro. Como um
sistema decide quais páginas são melhores combinações, e qual
ordem os resultados aparecerão, varia muito de um sistema para
outro. Os métodos também modiicam-se ao longo do tempo, enquanto o uso da Internet muda e novas técnicas evoluem. A maior
parte dos sistemas de busca são iniciativas comerciais suportadas
por rendimentos de propaganda e, como resultado, alguns usam a
prática controversa de permitir aos anunciantes pagar para ter sua
listagem mais alta no ranking nos resultados da busca.
A vasta maioria dos serviços de pesquisa são rodados por empresas privadas usando algoritmos proprietários e bancos de dados fechados, sendo os mais populares o Google, Bing e Yahoo!
Search. De qualquer forma, a tecnologia de código-aberto para
sistemas de busca existe, tal como ht://Dig, Nutch, Senas, Egothor,
OpenFTS, DataparkSearch e muitos outros.
Custos de armazenamento e tempo de crawling
Os custos de armazenamento não são o recurso limitador na
implementação de um sistema de busca. Armazenar simplesmente 10 bilhões de páginas de 10 kbytes cada (comprimidas) requer
100TB e outros aproximados 100TB para índices, dando um custo de hardware total em menos de $200k: 400 drives de disco de
500GB em 100 PCs baratos.
De qualquer forma, um sistema público de busca consideravelmente requer mais recursos para calcular os resultados e prover
alta disponibilidade. E os custos de operar uma grande server farm
não são triviais.
Os sistemas de busca trabalham armazenando informações sobre um grande número de páginas, as quais eles obtém da própria
WWW. Estas páginas são recuperadas por um Web crawler (também conhecido como spider) — um Web browser automatizado
que segue cada link que vê. As exclusões podem ser feitas pelo uso
do robots.txt. O conteúdo de cada página então é analisado para
determinar como deverá ser indexado (por exemplo, as palavras
são extraídas de títulos, cabeçalhos ou campos especiais chamados
meta tags).
Didatismo e Conhecimento
123
I NFORMÁTI CA
Passar por 10B páginas com 100 máquinas percorrendo links
a 100 páginas/segundo levaria 1M segundos, ou 11.6 dias em uma
conexão de Internet de alta capacidade. A maior parte dos sistemas
percorre uma pequena fatia da Web (10-20% das páginas) perto
desta freqüência ou melhor, mas também percorre sites dinâmicos
(por exemplo, sites de notícias e blogs) em uma freqüência muito
mais alta.
Estão também disponíveis ferramentas para pesquisar nas
mensagens arquivadas e para ordená-las por assunto, por data de
postagem, por autor e assim por diante. Você também tem diferentes opções para ter acesso às mensagens. As mais comuns são:
1) receber cada mensagem individualmente via e-mail (eu não
recomendo esta opção, pois em fóruns muito movimentados, são
geradas centenas de mensagens, diariamente), 2) receber um único
e-mail, com todas as mensagens do dia (eu recomendo esta opção),
3) consultar as mensagens diretamente via Internet. Existem também ferramentas para que os participantes possam compartilhar
arquivos, existem fóruns que permitem que cada participante disponibilize uma ou mais fotos, etc.
- http://br.groups.yahoo.com: Um dos maiores sites com grupos de discussão em Português. Existem fóruns sobre os mais
variados assuntos, desde assuntos esotéricos, ecologia, história,
geograia, informática, segurança na Internet, esportes de aventura, religião, trabalhos escolares, empreendedorismo, etc. Existem
milhares de grupos, divididos em categorias. São realmente muitas
opções. Você também tem a opção de criar um ou mais fóruns,
sobre assuntos de seu interesse.
- http://www.msn.com.br: Serviço muito semelhante ao do
Yahoo. Disponibiliza milhares de fóruns de discussão e também
permite que você crie seus próprios fóruns.
- http://www.babooforum.com.br/: Excelentes fóruns, com
conteúdo realmente muito bom, relacionados aos mais diversos
assuntos de informática, tais como: Windows XP, Windows 2000,
Hardware, dicas de segurança na Internet, Word, Excel, Access,
PowerPoint, Banco de dados, programação, Redes de computadores, etc.
Motores de busca geoespaciais
Uma recente melhoria na tecnologia de busca é a adição de
geocodiicação e geoparsing para o processamento dos documentos ingeridos. O geoparsing tenta combinar qualquer referência
encontrada a lugares para um quadro geoespacial de referência,
como um endereço de rua, localizações de dicionário de termos
geográicos, ou a uma área (como um limite poligonal para uma
municipalidade). Através deste processo de geoparsing, as latitudes e longitudes são atribuídas aos lugares encontrados e são indexadas para uma busca espacial posterior. Isto pode melhorar muito
o processo de busca pois permite ao usuário procurar documentos
para uma dada extensão do mapa, ou ao contrário, indicar a localização de documentos combinando com uma dada palavra-chave
para analisar incidência e agrupamento, ou qualquer combinação
dos dois. Uma empresa que desenvolveu este tipo de tecnologia é
a MetaCarta, que disponibiliza seu produto como um XML Web
Service para permitir maior integração às aplicações existentes.
A MetaCarta também provê uma extensão para o programa
GIS como a ArcGIS (ESRI) para permitir aos analistas fazerem
buscas interativamente e obter documentos em um contexto avançado geoespacial e analítico.
Fórum de Discussão
Wikis
Um Fórum de Discussão é, antes de qualquer coisa, um espaço de interatividade.
Essa regra básica vale, também, para os Fóruns construídos
especiicamente para a Internet.
Em um Fórum-web, você pode “depositar” suas dúvidas, críticas e indignações, dar dicas interessantes, deixar lembretes e, ainda, trocar informações com outros internautas.
Trata-se, portanto, de um espaço democrático onde é possível
expor ideias, estabelecer contatos e viabilizar ricos processos de
aprendizado.
Um Fórum ou Grupo de Discussão é, basicamente, uma ferramenta que permite que um grupo de usuários, possam trocar
informações sobre um determinado assunto ou tema. Por exemplo, em um fórum de Saúde Pública, podem participar usuários
interessados em aprender mais sobre Saúde Pública. Quando um
participante tem uma dúvida ele coloca uma mensagem no fórum,
descrevendo a dúvida. Os demais participantes acessam a mensagem e, se um ou mais deles souber a resposta, ele coloca a resposta
no fórum, para que todos compartilhem a dica. Vejam que desta
forma um fórum de discussão é uma ferramenta poderosa para que
se possam compartilhar conhecimentos e dicas, e resolver dúvidas
através da Internet.
Por trás da badalada Wikipédia, enciclopédia livre que conquistou milhões de leitores e ganhou o status de “tão coniável
quanto a Britânica”, se esconde uma tecnologia que começa a ganhar adeptos no mundo corporativo: os softwares de wiki. Entre
eles, destacam-se pesos-pesados como a IBM, que aposta na ferramenta para facilitar a colaboração a avançar em projetos de uma
das suas áreas mais estratégicas: a de inovação.
Para deinir o que fazem os wikis, ninguém melhor do que ela,
a própria Wikipédia: “software colaborativo que permite a edição
coletiva dos documentos usando um singelo sistema e sem que o
conteúdo tenha que ser revisto antes da sua publicação”.
O conceito é realmente simples - textos publicados na web
que podem ser modiicados por qualquer usuário via browser, sem
a necessidade de autorização prévia, aliados a um sistema que registra todas as alterações e as exibe, de forma transparente, tornando a construção do conhecimento muito mais luída.
Uma das características deinitivas da tecnologia wiki é a facilidade com que as páginas são criadas e alteradas - geralmente não
existe qualquer revisão antes de as modiicações serem aceitas, e
a maioria dos wikis são abertos a todo o público ou pelo menos a
todas as pessoas que têm acesso ao servidor wiki. Nem o registro
de usuários é obrigatório em todos os wikis.
As aplicações são as mais diversas. Na web, é possível encontrar desde guias de viagem e sites de notícias até verdadeiros
manuais de tecnologia, abordando temas como Mac, Linux e Java,
todos construídos colaborativamente. Dentro das empresas, as
possibilidades também são ininitas. “É possível desenvolver pro-
Os fóruns disponibilizam uma série de ferramentas que facilitam a sua utilização e a localização das informações desejadas.
Todas as mensagens “postadas” no fórum são arquivadas. Se você
se inscreve em um fórum hoje, você poderá acessar todas as mensagens postadas anteriormente, desde que o fórum foi inaugurado.
Didatismo e Conhecimento
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I NFORMÁTI CA
dutos, elaborar propostas comercias de forma cooperada, criar um
wiki que ajude a deinir as melhores formas de atender um cliente
ou estabelecer políticas de recursos humanos, por exemplo”, explora Sérgio Lozinsky, líder em estratégia corporativa para América Latina da IBM Global Business Services.
Os wikis são um dos elementos da chamada Web 2.0, de forma bastante geral, baseia-se em um novo paradigma de produção
de conteúdo, que parte dos usuários para os próprios usuários sites de compartilhamento de vídeos (como o YouTube), de fotos
(Flickr), bookmarks (Del.icio.us), blogs e redes sociais atestam a
crescente popularidade do modelo.
No mundo corporativo, a aplicação deste modelo pressupõe
não mais uma comunicação hierarquizada, que parte da cúpula
para a base, mas uma construção difusa das ideias dentro da empresa. Em outras palavras, sai de cena a intranet e entram os wikis.
No Brasil, este é um modelo ainda não muito difundido entre
as empresas. “Sabemos de algumas experiências, mas ainda está
muito restrito a empresas da área de Tecnologia da Informação.
No futuro, esta tecnologia poderá ser usada por empresas da área
farmacêutica, para criar um novo remédio, por exemplo. Pensando
além, podem ser criados wikis que extrapolam o ambiente interno
e se estendem à cadeia de parceiros das empresas”.
Protocolos da Internet
Se você se inscreve em um fórum hoje, você poderá acessar
todas as mensagens postadas anteriormente, desde que o fórum foi
inaugurado. Estão também disponíveis ferramentas para pesquisar nas mensagens arquivadas e para ordená-las por assunto, por
data de postagem, por autor e assim por diante. Você também tem
diferentes opções para ter acesso às mensagens. As mais comuns
são: 1) receber cada mensagem individualmente via e-mail (eu não
recomendo esta opção, pois em fóruns muito movimentados, são
geradas centenas de mensagens, diariamente), 2) receber um único
e-mail, com todas as mensagens do dia (eu recomendo esta opção),
3) consultar as mensagens diretamente via Internet. Existem também ferramentas para que os participantes possam compartilhar
arquivos, existem fóruns que permitem que cada participante disponibilize uma ou mais fotos, etc.
- http://br.groups.yahoo.com: Um dos maiores sites com grupos de discussão em Português. Existem fóruns sobre os mais
variados assuntos, desde assuntos esotéricos, ecologia, história,
geograia, informática, segurança na Internet, esportes de aventura, religião, trabalhos escolares, empreendedorismo, etc. Existem
milhares de grupos, divididos em categorias. São realmente muitas
opções. Você também tem a opção de criar um ou mais fóruns,
sobre assuntos de seu interesse.
- http://www.msn.com.br: Serviço muito semelhante ao do Yahoo. Disponibiliza milhares de fóruns de discussão e também permite que você crie seus próprios fóruns.
- http://www.babooforum.com.br/: Excelentes fóruns, com conteúdo realmente muito bom, relacionados aos mais diversos assuntos
de informática, tais como: Windows XP, Windows 2000, Hardware,
dicas de segurança na Internet, Word, Excel, Access, PowerPoint,
Banco de dados, programação, Redes de computadores, etc.
É um conjunto de regras e padrões que descrevem modos e
operação para que os computadores possam trocar dados.
A Internet é uma Rede baseada no sistema Unix, sendo estruturada de acordo com o modelo de camadas OSI - Open Systems
Interconnect. Esse modelo revolucionou a interligação de computadores, através da independência entre os fornecedores de software, pois prevê um padrão rígido para conexão de computadores em
vários aspectos, desde a ligação física até a ligação de aplicações.
Fórum de Discussão
NOÇÕES DE REDES: ARQUITETURA
CLIENTE/SERVIDOR, EQUIPAMENTOS
DE REDE (ROTEADOR, SWITCH, ACCESS
POINT).
Um Fórum de Discussão é, antes de qualquer coisa, um espaço de interatividade.
Essa regra básica vale, também, para os Fóruns construídos
especiicamente para a Internet.
Em um Fórum-web, você pode “depositar” suas dúvidas, críticas e indignações, dar dicas interessantes, deixar lembretes e, ainda, trocar informações com outros internautas.
Trata-se, portanto, de um espaço democrático onde é possível
expor ideias, estabelecer contatos e viabilizar ricos processos de
aprendizado.
Um Fórum ou Grupo de Discussão é, basicamente, uma ferramenta que permite que um grupo de usuários, possam trocar
informações sobre um determinado assunto ou tema. Por exemplo, em um fórum de Saúde Pública, podem participar usuários
interessados em aprender mais sobre Saúde Pública. Quando um
participante tem uma dúvida ele coloca uma mensagem no fórum,
descrevendo a dúvida. Os demais participantes acessam a mensagem e, se um ou mais deles souber a resposta, ele coloca a resposta
no fórum, para que todos compartilhem a dica. Vejam que desta
forma um fórum de discussão é uma ferramenta poderosa para que
se possam compartilhar conhecimentos e dicas, e resolver dúvidas
através da Internet.
Os fóruns disponibilizam uma série de ferramentas que facilitam a sua utilização e a localização das informações desejadas.
Todas as mensagens “postadas” no fórum são arquivadas.
Didatismo e Conhecimento
REDES DE COMPUTADORES
As redes de computadores são interconexões de sistemas de
comunicação de dados que podem compartilhar recursos de hardware e de software, assim, rede é um mecanismo através do qual
computadores podem se comunicar e/ou compartilhar hardware e
software;
A tecnologia hoje disponível permite que usuários se liguem
a um computador central, a qualquer distância, através de sistemas
de comunicação de dados.
Um sistema de comunicação de dados consiste em estações,
canais, equipamentos de comunicação e programas especíicos
que unem os vários elementos do sistema, basicamente estações, a
um computador central.
Estação é qualquer tipo de dispositivo capaz de se comunicar
com outro, através de um meio de transmissão, incluindo computadores, terminais, dispositivos periféricos, telefones, transmissores
e receptores de imagem, entre outros.
125
I NFORMÁTI CA
Os elementos básicos de uma rede são:
• Host: Equipamento conectado na rede;
• Nó ou Processamento: Ponto de conexão e comunicação de
hosts;
• Transporte ou Transmissão: Faz interligação dos nós através
da transmissão em longas distâncias;
• Acesso: Elemento que faz a interligação do usuário ao nó;
Dispositivos
• Modem
Tipos de Rede
Quanto ao alcance:
• Rede Local (LAN – Local Area Network);
Rede de abrangência local e que geralmente não ultrapassa o
prédio aonde a mesma se encontra, ou seja, rede formada por um
grupo de computadores conectados entre si dentro de certa área;
• Rede Metropolitana (MAN – Metropolitan Area Network);
Rede de abrangência maior e que geralmente não ultrapassa a
área de uma cidade;
• Rede de Longa Distância (WAN – Wide Area Network);
Rede de longa distância e que em sua maioria não ultrapassa
a área do país;
• Rede Global (GAN – Global Area Network) Denominadas
de redes globais pois abrangem máquinas em conexão em qualquer área do globo.
Converte um sinal analógico em digital e vice-versa;
• Hub
Equipamento de rede indicado para conexão de poucos terminais;
Quanto à conexão:
• Internet: Rede internacional de computadores.
• Intranet: Rede interna de uma empresa.
• Extranet: Conexão de redes, que utilizam como meio a internet.
• Switch
Topologia
• Estrela: Um computador central controla a rede;
• Anel: Computadores conectados em forma circular;
• Barramento: Conecta todos os nós em uma linha e pode preservar a rede se um computador falhar.
Equipamento de rede que divide uma rede de computadores
de modo a não torná-la lenta;
Meios de Conexão
As estruturas formadas pelos meios de conexão entregam ao
usuário o serviço de comunicação que ele necessita. Esta estrutura
pode ser formada por:
• Cabo Coaxial: Utiliza cabos rígidos de cobre e na atualidade
é utilizada em parceria com a ibra óptica para distribuição de TV
a cabo;
• Onda de Rádio: Também conhecida por Wireless, substitui o
uso dos pares metálicos e das ibras, utilizando o ar como meio de
propagação dos dados;
• Fibra Óptica: Baseada na introdução do uso da ibra óptica,
substituindo o par metálico;
• Par Metálico: Constituída pela rede de telefonia, porém trafegando dados, voz e imagem;
• Satélite: O equipamento funciona como receptor, repetidor
e regenerador do sinal que se encontra no espaço, de modo que
reenvia à terra um sinal enviado de um ponto a outro que faz uso
do satélite para conexão;
• Rede Elétrica: Faz uso dos cabos de cobre da rede de energia
para a transmissão de voz, dados e imagens.
• Bridge
Dispositivo de rede que liga uma ou mais redes que se encontram com certa distância;
• Roteador
Equipamento que permite a comunicação entre computadores
e redes que se encontram distantes;
Didatismo e Conhecimento
126
I NFORMÁTI CA
Este endereço, que é único, também é considerado sua URL
(Uniform Resource Locator), ou Localizador de Recursos Universal. Boa parte dos endereços apresenta-se assim: www.xxxx.com.
br
Onde:
www = protocolo da World Wide Web
xxx = domínio
com = comercial
br = brasil
INTERNET
“Imagine que fosse descoberto um continente tão vasto que
suas dimensões não tivessem im. Imagine um mundo novo, com
tantos recursos que a ganância do futuro não seria capaz de esgotar; com tantas oportunidades que os empreendedores seriam poucos para aproveitá-las; e com um tipo peculiar de imóvel que se
expandiria com o desenvolvimento.”
John P. Barlow
Os Estados Unidos temiam que em um ataque nuclear icassem sem comunicação entre a Casa Branca e o Pentágono.
Este meio de comunicação “infalível”, até o im da década de
60, icou em poder exclusivo do governo conectando bases militares, em quatro localidades.
Nos anos 70, seu uso foi liberado para instituições norte-americanas de pesquisa que desejassem aprimorar a tecnologia, logo
vinte e três computadores foram conectados, porém o padrão de
conversação entre as máquinas se tornou impróprio pela quantidade de equipamentos.
Era necessário criar um modelo padrão e universal para que as
máquinas continuassem trocando dados, surgiu então o Protocolo
Padrão TCP/IP, que permitiria portanto que mais outras máquinas
fossem inseridas àquela rede.
Com esses avanços, em 1972 é criado o correio eletrônico, o
E-mail, permitindo a troca de mensagens entre as máquinas que
compunham aquela rede de pesquisa, assim no ano seguinte a rede
se torna internacional.
Na década de 80, a Fundação Nacional de Ciência do Brasil
conectou sua grande rede à ARPANET, gerando aquilo que conhecemos hoje como internet, auxiliando portanto o processo de
pesquisa em tecnologia e outras áreas a nível mundial, além de
alimentar as forças armadas brasileiras de informação de todos os
tipos, até que em 1990 caísse no domínio público.
Com esta popularidade e o surgimento de softwares de navegação de interface amigável, no im da década de 90, pessoas que
não tinham conhecimentos profundos de informática começaram a
utilizar a rede internacional.
WWW = World Wide Web ou Grande Teia Mundial
É um serviço disponível na Internet que possui um conjunto
de documentos espalhados por toda rede e disponibilizados a
qualquer um.
Estes documentos são escritos em hipertexto, que utiliza uma
linguagem especial, chamada HTML.
Domínio
Designa o dono do endereço eletrônico em questão, e onde
os hipertextos deste empreendimento estão localizados. Quanto ao
tipo do domínio, existem:
.com = Instituição comercial ou provedor de serviço
.edu = Instituição acadêmica
.gov = Instituição governamental
.mil = Instituição militar norte-americana
.net = Provedor de serviços em redes
.org = Organização sem ins lucrativos
HTTP, Hyper Texto Transfer Protocol ou Protocolo de Transferência em Hipertexto
É um protocolo ou língua especíica da internet, responsável
pela comunicação entre computadores.
Um hipertexto é um texto em formato digital, e pode levar
a outros, fazendo o uso de elementos especiais (palavras, frases,
ícones, gráicos) ou ainda um Mapa Sensitivo o qual leva a outros
conjuntos de informação na forma de blocos de textos, imagens
ou sons.
Assim, um link ou hiperlink, quando acionado com o mouse,
remete o usuário à outra parte do documento ou outro documento.
Acesso à Internet
O ISP, Internet Service Provider, ou Provedor de Serviço de
Internet, oferece principalmente serviço de acesso à Internet, adicionando serviços como e-mail, hospedagem de sites ou blogs, ou
seja, são instituições que se conectam à Internet com o objetivo
de fornecer serviços à ela relacionados, e em função do serviço
classiicam-se em:
• Provedores de Backbone: São instituições que constroem e
administram backbones de longo alcance, ou seja, estrutura física
de conexão, com o objetivo de fornecer acesso à Internet para redes locais;
• Provedores de Acesso: São instituições que se conectam à
Internet via um ou mais acessos dedicados e disponibilizam acesso
à terceiros a partir de suas instalações;
• Provedores de Informação: São instituições que disponibilizam informação através da Internet.
Home Page
Sendo assim, home Page designa a página inicial, principal do
site ou web page.
É muito comum os usuários confundirem um Blog ou Peril
no Orkut com uma Home Page, porém são coisas distintas, aonde
um Blog é um diário e um Peril no Orkut é um Proile, ou seja um
hipertexto que possui informações de um usuário dentro de uma
comunidade virtual.
HTML, Hyper Text Mark-up language ou Linguagem de Marcação de Hipertexto
É a linguagem com a qual se cria as páginas para a web.
Suas principais características são:
• Portabilidade (Os documentos escritos em HTML devem ter
aparência semelhante nas diversas plataformas de trabalho);
Endereço Eletrônico ou URL
Para se localizar um recurso na rede mundial, deve-se conhecer o seu endereço.
Didatismo e Conhecimento
127
I NFORMÁTI CA
Entre cada par de camadas adjacentes há uma interface. A
interface deine quais operações primitivas e serviços a camada
inferior oferece à camada superior. Quando os projetistas decidem
quantas camadas incluir em uma rede e o que cada camada deve
fazer, uma das considerações mais importantes é deinir interfaces
limpas entre as camadas. Isso requer, por sua vez, que cada camada
desempenhe um conjunto especíico de funções bem compreendidas. Além de minimizar a quantidade de informações que deve ser
passada de camada em camada, interfaces bem deinidas também
tornam fácil a troca da implementação de uma camada por outra
implementação completamente diferente (por exemplo, trocar todas as linhas telefônicas por canais de satélite), pois tudo o que é
exigido da nova implementação é que ela ofereça à camada superior exatamente os mesmos serviços que a implementação antiga
oferecia.
O conjunto de camadas e protocolos é chamado de arquitetura
de rede. A especiicação de arquitetura deve conter informações
suicientes para que um implementador possa escrever o programa
ou construir o hardware de cada camada de tal forma que obedeça
corretamente ao protocolo apropriado. Nem os detalhes de implementação nem a especiicação das interfaces são parte da arquitetura, pois esses detalhes estão escondidos dentro da máquina e não
são visíveis externamente. Não é nem mesmo necessário que as interfaces em todas as máquinas em uma rede sejam as mesmas, desde que cada máquina possa usar corretamente todos os protocolos.
• Flexibilidade (O usuário deve ter a liberdade de “customizar” diversos elementos do documento, como o tamanho padrão
da letra, as cores, etc);
• Tamanho Reduzido (Os documentos devem ter um tamanho
reduzido, a im de economizar tempo na transmissão através da
Internet, evitando longos períodos de espera e congestionamento
na rede).
Browser ou Navegador
É o programa especíico para visualizar as páginas da web.
O Browser lê e interpreta os documentos escritos em HTML,
apresentando as páginas formatadas para os usuários.
ARQUITETURAS DE REDES
As modernas redes de computadores são projetadas de forma
altamente estruturada. Nas seções seguintes examinaremos com
algum detalhe a técnica de estruturação.
HIERARQUIAS DE PROTOCOLOS
Para reduzir a complexidade de projeto, a maioria das redes é
organizada em camadas ou níveis, cada uma construída sobre sua
predecessora. O número de camadas, o nome, o conteúdo e a função de cada camada diferem de uma rede para outra. No entanto,
em todas as redes, o propósito de cada camada é oferecer certos
serviços às camadas superiores, protegendo essas camadas dos detalhes de como os serviços oferecidos são de fato implementados.
A camada n em uma máquina estabelece uma conversão com
a camada n em outra máquina. As regras e convenções utilizadas
nesta conversação são chamadas coletivamente de protocolo da
camada n, conforme ilustrado na Figura abaixo para uma rede
com sete camadas. As entidades que compõem as camadas correspondentes em máquinas diferentes são chamadas de processos
parceiros. Em outras palavras, são os processos parceiros que se
comunicam utilizando o protocolo.
Na verdade, nenhum dado é transferido diretamente da camada n em uma máquina para a camada n em outra máquina. Em vez
disso, cada camada passa dados e informações de controle para
a camada imediatamente abaixo, até que o nível mais baixo seja
alcançado. Abaixo do nível 1 está o meio físico de comunicação,
através do qual a comunicação ocorre. Na Figura abaixo, a comunicação virtual é mostrada através de linhas pontilhadas e a comunicação física através de linhas sólidas.
O endereço IP
Quando você quer enviar uma carta a alguém, você... Ok,
você não envia mais cartas; prefere e-mail ou deixar um recado
no Facebook. Vamos então melhorar este exemplo: quando você
quer enviar um presente a alguém, você obtém o endereço da pessoa e contrata os Correios ou uma transportadora para entregar. É
graças ao endereço que é possível encontrar exatamente a pessoa
a ser presenteada. Também é graças ao seu endereço - único para
cada residência ou estabelecimento - que você recebe suas contas
de água, aquele produto que você comprou em uma loja on-line,
enim.
Na internet, o princípio é o mesmo. Para que o seu computador seja encontrado e possa fazer parte da rede mundial de computadores, necessita ter um endereço único. O mesmo vale para
websites: este ica em um servidor, que por sua vez precisa ter um
endereço para ser localizado na internet. Isto é feito pelo endereço
IP (IP Address), recurso que também é utilizado para redes locais,
como a existente na empresa que você trabalha, por exemplo.
O endereço IP é uma sequência de números composta de 32
bits. Esse valor consiste em um conjunto de quatro sequências de
8 bits. Cada uma destas é separada por um ponto e recebe o nome
de octeto ou simplesmente byte, já que um byte é formado por
8 bits. O número 172.31.110.10 é um exemplo. Repare que cada
octeto é formado por números que podem ir de 0 a 255, não mais
do que isso.
A divisão de um IP em quatro partes facilita a organização da
rede, da mesma forma que a divisão do seu endereço em cidade,
bairro, CEP, número, etc, torna possível a organização das casas
Didatismo e Conhecimento
128
I NFORMÁTI CA
da região onde você mora. Neste sentido, os dois primeiros octetos
de um endereço IP podem ser utilizados para identiicar a rede, por
exemplo. Em uma escola que tem, por exemplo, uma rede para
alunos e outra para professores, pode-se ter 172.31.x.x para uma
rede e 172.32.x.x para a outra, sendo que os dois últimos octetos
são usados na identiicação de computadores.
Classes de endereços IP
Neste ponto, você já sabe que os endereços IP podem ser utilizados tanto para identiicar o seu computador dentro de uma rede,
quanto para identiicá-lo na internet.
Se na rede da empresa onde você trabalha o seu computador
tem, como exemplo, IP 172.31.100.10, uma máquina em outra rede
pode ter este mesmo número, ainal, ambas as redes são distintas
e não se comunicam, sequer sabem da existência da outra. Mas,
como a internet é uma rede global, cada dispositivo conectado nela
precisa ter um endereço único. O mesmo vale para uma rede local:
nesta, cada dispositivo conectado deve receber um endereço único.
Se duas ou mais máquinas tiverem o mesmo IP, tem-se então um
problema chamado “conlito de IP”, que diiculta a comunicação
destes dispositivos e pode inclusive atrapalhar toda a rede.
Para que seja possível termos tanto IPs para uso em redes
locais quanto para utilização na internet, contamos com um esquema de distribuição estabelecido pelas entidades IANA (Internet Assigned Numbers Authority) e ICANN (Internet Corporation
for Assigned Names and Numbers) que, basicamente, divide os
endereços em três classes principais e mais duas complementares.
São elas:
Classe A: 0.0.0.0 até 127.255.255.255 - permite até 128 redes,
cada uma com até 16.777.214 dispositivos conectados;
Classe B: 128.0.0.0 até 191.255.255.255 - permite até 16.384
redes, cada uma com até 65.536 dispositivos;
Classe C: 192.0.0.0 até 223.255.255.255 - permite até
2.097.152 redes, cada uma com até 254 dispositivos;
Classe D: 224.0.0.0 até 239.255.255.255 - multicast;
Classe E: 240.0.0.0 até 255.255.255.255 - multicast reservado.
As três primeiras classes são assim divididas para atender às
seguintes necessidades:
- Os endereços IP da classe A são usados em locais onde são
necessárias poucas redes, mas uma grande quantidade de máquinas nelas. Para isso, o primeiro byte é utilizado como identiicador
da rede e os demais servem como identiicador dos dispositivos
conectados (PCs, impressoras, etc);
- Os endereços IP da classe B são usados nos casos onde a
quantidade de redes é equivalente ou semelhante à quantidade de
dispositivos. Para isso, usam-se os dois primeiros bytes do endereço IP para identiicar a rede e os restantes para identiicar os
dispositivos;
- Os endereços IP da classe C são usados em locais que requerem grande quantidade de redes, mas com poucos dispositivos em
cada uma. Assim, os três primeiros bytes são usados para identiicar a rede e o último é utilizado para identiicar as máquinas.
Quanto às classes D e E, elas existem por motivos especiais:
a primeira é usada para a propagação de pacotes especiais para a
comunicação entre os computadores, enquanto que a segunda está
reservada para aplicações futuras ou experimentais.
Vale frisar que há vários blocos de endereços reservados para
ins especiais. Por exemplo, quando o endereço começa com 127,
geralmente indica uma rede “falsa”, isto é, inexistente, utilizada
Didatismo e Conhecimento
para testes. No caso do endereço 127.0.0.1, este sempre se refere à
própria máquina, ou seja, ao próprio host, razão esta que o leva a
ser chamado de localhost. Já o endereço 255.255.255.255 é utilizado para propagar mensagens para todos os hosts de uma rede de
maneira simultânea.
Endereços IP privados
Há conjuntos de endereços das classes A, B e C que são privados. Isto signiica que eles não podem ser utilizados na internet,
sendo reservados para aplicações locais. São, essencialmente, estes:
-Classe A: 10.0.0.0 à 10.255.255.255;
-Classe B: 172.16.0.0 à 172.31.255.255;
-Classe C: 192.168.0.0 à 192.168.255.255.
Suponha então que você tenha que gerenciar uma rede com
cerca de 50 computadores. Você pode alocar para estas máquinas
endereços de 192.168.0.1 até 192.168.0.50, por exemplo. Todas
elas precisam de acesso à internet. O que fazer? Adicionar mais um
IP para cada uma delas? Não. Na verdade, basta conectá-las a um
servidor ou equipamento de rede - como um roteador - que receba
a conexão à internet e a compartilhe com todos os dispositivos
conectados a ele. Com isso, somente este equipamento precisará
de um endereço IP para acesso à rede mundial de computadores.
Máscara de sub-rede
As classes IP ajudam na organização deste tipo de endereçamento, mas podem também representar desperdício. Uma solução
bastante interessante para isso atende pelo nome de máscara de
sub-rede, recurso onde parte dos números que um octeto destinado a identiicar dispositivos conectados (hosts) é “trocado” para
aumentar a capacidade da rede. Para compreender melhor, vamos
enxergar as classes A, B e C da seguinte forma:
- A: N.H.H.H;
- B: N.N.H.H;
- C: N.N.N.H.
N signiica Network (rede) e H indica Host. Com o uso de
máscaras, podemos fazer uma rede do N.N.H.H se “transformar”
em N.N.N.H. Em outras palavras, as máscaras de sub-rede permitem determinar quantos octetos e bits são destinados para a
identiicação da rede e quantos são utilizados para identiicar os
dispositivos.
Para isso, utiliza-se, basicamente, o seguinte esquema: se um
octeto é usado para identiicação da rede, este receberá a máscara
de sub-rede 255. Mas, se um octeto é aplicado para os dispositivos,
seu valor na máscara de sub-rede será 0 (zero). A tabela a seguir
mostra um exemplo desta relação:
Classe Endereço IP
A
B
C
Identiicador da rede
10.2.68.12
10
172.31.101.25 172.31
192.168.0.10 192.168.0
Identiicador
do computador
2.68.12
101.25
10
Máscara de
sub-rede
255.0.0.0
255.255.0.0
255.255.255.0
Você percebe então que podemos ter redes com máscara
255.0.0.0, 255.255.0.0 e 255.255.255.0, cada uma indicando uma
classe. Mas, como já informado, ainda pode haver situações onde
há desperdício. Por exemplo, suponha que uma faculdade tenha
129
I NFORMÁTI CA
que criar uma rede para cada um de seus cinco cursos. Cada curso
possui 20 computadores. A solução seria então criar cinco redes
classe C? Pode ser melhor do que utilizar classes B, mas ainda
haverá desperdício. Uma forma de contornar este problema é criar
uma rede classe C dividida em cinco sub-redes. Para isso, as máscaras novamente entram em ação.
Nós utilizamos números de 0 a 255 nos octetos, mas estes, na
verdade, representam bytes (linguagem binária). 255 em binário
é 11111111. O número zero, por sua vez, é 00000000. Assim, a
máscara de um endereço classe C, 255.255.255.0, é:
11111111.11111111.11111111.00000000
Perceba então que, aqui, temos uma máscara formada por 24
bits 1: 11111111 + 11111111 + 11111111. Para criarmos as nossas
sub-redes, temos que ter um esquema com 25, 26 ou mais bits,
conforme a necessidade e as possibilidades. Em outras palavras,
precisamos trocar alguns zeros do último octeto por 1.
Suponha que trocamos os três primeiros bits do último octeto
(sempre trocamos da esquerda para a direita), resultando em:
11111111.11111111.11111111.11100000
Se izermos o número 2 elevado pela quantidade de bits “trocados”, teremos a quantidade possível de sub-redes. Em nosso
caso, temos 2^3 = 8. Temos então a possibilidade de criar até oito
sub-redes. Sobrou cinco bits para o endereçamento dos host. Fazemos a mesma conta: 2^5 = 32. Assim, temos 32 dispositivos em
cada sub-rede (estamos fazendo estes cálculos sem considerar limitações que possam impedir o uso de todos os hosts e sub-redes).
11100000 corresponde a 224, logo, a máscara resultante é
255.255.255.224.
Perceba que esse esquema de “trocar” bits pode ser empregado também em endereços classes A e B, conforme a necessidade. Vale ressaltar também que não é possível utilizar 0.0.0.0 ou
255.255.255.255 como máscara.
Quando você digitar um endereço qualquer de um site, um
servidor de DNS (Domain Name System) é consultado. Ele é
quem informa qual IP está associado a cada site. O sistema DNS
possui uma hierarquia interessante, semelhante a uma árvore (termo conhecido por programadores). Se, por exemplo, o site www.
infowester.com é requisitado, o sistema envia a solicitação a um
servidor responsável por terminações “.com”. Esse servidor localizará qual o IP do endereço e responderá à solicitação. Se o site
solicitado termina com “.br”, um servidor responsável por esta terminação é consultado e assim por diante.
IPv6
O mundo está cada vez mais conectado. Se, em um passado
não muito distante, você conectava apenas o PC da sua casa à internet, hoje o faz com o celular, com o seu notebook em um serviço
de acesso Wi-Fi no aeroporto e assim por diante. Somando este
aspecto ao fato de cada vez mais pessoas acessarem a internet no
mundo inteiro, nos deparamos com um grande problema: o número de IPs disponíveis deixa de ser suiciente para toda as (futuras)
aplicações.
A solução para este grande problema (grande mesmo, ainal,
a internet não pode parar de crescer!) atende pelo nome de IPv6,
uma nova especiicação capaz de suportar até - respire fundo - 340.
282.366.920.938.463.463.374.607.431.768.211.456 de endereços,
um número absurdamente alto!
IP estático e IP dinâmico
IP estático (ou ixo) é um endereço IP dado permanentemente
a um dispositivo, ou seja, seu número não muda, exceto se tal ação
for executada manualmente. Como exemplo, há casos de assinaturas de acesso à internet via ADSL onde o provedor atribui um
IP estático aos seus assinantes. Assim, sempre que um cliente se
conectar, usará o mesmo IP.
O IP dinâmico, por sua vez, é um endereço que é dado a um
computador quando este se conecta à rede, mas que muda toda
vez que há conexão. Por exemplo, suponha que você conectou seu
computador à internet hoje. Quando você conectá-lo amanhã, lhe
será dado outro IP. Para entender melhor, imagine a seguinte situação: uma empresa tem 80 computadores ligados em rede. Usando IPs dinâmicos, a empresa disponibiliza 90 endereços IP para
tais máquinas. Como nenhum IP é ixo, um computador receberá,
quando se conectar, um endereço IP destes 90 que não estiver sendo utilizado. É mais ou menos assim que os provedores de internet
trabalham.
O método mais utilizado na distribuição de IPs dinâmicos é o
protocolo DHCP (Dynamic Host Coniguration Protocol).
O IPv6 não consiste, necessariamente, apenas no aumento da
quantidade de octetos. Um endereço do tipo pode ser, por exemplo:
FEDC:2D9D:DC28:7654:3210:FC57:D4C8:1FFF
Finalizando
Com o surgimento do IPv6, tem-se a impressão de que a especiicação tratada neste texto, o IPv4, vai sumir do mapa. Isso até
deve acontecer, mas vai demorar bastante. Durante essa fase, que
podemos considerar de transição, o que veremos é a “convivência”
entre ambos os padrões. Não por menos, praticamente todos os
sistemas operacionais atuais e a maioria dos dispositivos de rede
estão aptos a lidar tanto com um quanto com o outro. Por isso, se
você é ou pretende ser um proissional que trabalha com redes ou
simplesmente quer conhecer mais o assunto, procure se aprofundar
nas duas especiicações.
A esta altura, você também deve estar querendo descobrir qual
o seu IP. Cada sistema operacional tem uma forma de mostrar isso.
Se você é usuário de Windows, por exemplo, pode fazê-lo digitando cmd em um campo do Menu Iniciar e, na janela que surgir,
informar ipconig /all e apertar Enter. Em ambientes Linux, o comando é ifconig.
IP nos sites
Você já sabe que os sites na Web também necessitam de um IP.
Mas, se você digitar em seu navegador www.infowester.com, por
exemplo, como é que o seu computador sabe qual o IP deste site ao
ponto de conseguir encontrá-lo?
Didatismo e Conhecimento
130
I NFORMÁTI CA
A pesquisa pode ser realizada com uma palavra, referente ao
assunto desejado. Por exemplo, você quer pesquisar sobre amortecedores, caso não encontre nada como amortecedores, procure
como autopeças, e assim sucessivamente.
Barra de endereços
A Barra de Endereços possibilita que se possa navegar em páginas da internet, bastando para isto digitar o endereço da página.
Alguns sites interessantes:
• www.diariopopular.com.br (Jornal Diário Popular)
• www.ufpel.tche.br (Ufpel)
• www.cefetrs.tche.br (Cefet)
• www.servidor.gov.br (Informações sobre servidor público)
• www.siapenet.gog.br (contracheque)
• www.pelotas.com.br (Site Oicial de Pelotas)
• www.mec.gov.br (Ministério da Educação)
Perceba, no entanto, que se você estiver conectado a partir
de uma rede local - tal como uma rede wireless - visualizará o IP
que está disponibiliza à sua conexão. Para saber o endereço IP do
acesso à internet em uso pela rede, você pode visitar sites como
whatsmyip.org.
Provedor
Identiicação de endereços de um site
O provedor é uma empresa prestadora de serviços que oferece
acesso à Internet. Para acessar a Internet, é necessário conectar-se
com um computador que já esteja na Internet (no caso, o provedor) e esse computador deve permitir que seus usuários também
tenham acesso à Internet.
Exemplo: http://www.pelotas.com.br
http:// -> (Hiper Text Tranfer Protocol) protocolo de comunicação
WWW -> (World Wide Web) Grande rede mundial
pelotas -> empresa ou organização que mantém o site
.com -> tipo de organização
......br -> identiica o país
No Brasil, a maioria dos provedores está conectada à Embratel, que por sua vez, está conectada com outros computadores fora
do Brasil. Esta conexão chama-se link, que é a conexão física que
interliga o provedor de acesso com a Embratel. Neste caso, a Embratel é conhecida como backbone, ou seja, é a “espinha dorsal”
da Internet no Brasil. Pode-se imaginar o backbone como se fosse
uma avenida de três pistas e os links como se fossem as ruas que
estão interligadas nesta avenida.
Tanto o link como o backbone possui uma velocidade de
transmissão, ou seja, com qual velocidade ele transmite os dados.
Esta velocidade é dada em bps (bits por segundo). Deve ser feito
um contrato com o provedor de acesso, que fornecerá um nome de
usuário, uma senha de acesso e um endereço eletrônico na Internet.
Tipos de Organizações:
.edu -> instituições educacionais. Exemplo: michigam.edu
.com -> instituções comerciais. Exemplo: microsoft.com
.gov -> governamental. Exemplo: fazenda.gov
.mil -> instalação militar. Exemplo: af.mil
.net -> computadores com funções de administrar redes.
Exemplo: embratel.net
.org -> organizações não governamentais. Exemplo: care.org
URL - Uniform Resource Locator
Home Page
Tudo na Internet tem um endereço, ou seja, uma identiicação
de onde está localizado o computador e quais recursos este computador oferece. Por exemplo, a URL:
http://www.novaconcursos.com.br
Será mais bem explicado adiante.
Pela deinição técnica temos que uma Home Page é um arquivo ASCII (no formato HTML) acessado de computadores rodando
um Navegador (Browser), que permite o acesso às informações em
um ambiente gráico e multimídia. Todo em hipertexto, facilitando
a busca de informações dentro das Home Pages.
O endereço de Home Pages tem o seguinte formato:
http://www.endereço.com/página.html
Por exemplo, a página principal da Pronag:
http://www.pronag.com.br/index.html
Como descobrir um endereço na Internet?
Para que possamos entender melhor, vamos exempliicar.
Você estuda em uma universidade e precisa fazer algumas
pesquisas para um trabalho. Onde procurar as informações que
preciso?
Para isso, existem na Internet os “famosos” sites de procura,
que são sites que possuem um enorme banco de dados (que contém
o cadastro de milhares de Home Pages), que permitem a procura
por um determinado assunto. Caso a palavra ou o assunto que foi
procurado exista em alguma dessas páginas, será listado toda esta
relação de páginas encontradas.
Didatismo e Conhecimento
PLUG-INS
Os plug-ins são programas que expandem a capacidade do
Browser em recursos especíicos - permitindo, por exemplo, que
você toque arquivos de som ou veja ilmes em vídeo dentro de
uma Home Page. As empresas de software vêm desenvolvendo
plug-ins a uma velocidade impressionante. Maiores informações e
endereços sobre plug-ins são encontradas na página:
131
I NFORMÁTI CA
http://www.yahoo.com/Computers_and_Internet/Software/
Internet/World_Wide_Web/Browsers/Plug_Ins/Indices/
Atualmente existem vários tipos de plug-ins. Abaixo temos
uma relação de alguns deles:
- 3D e Animação (Arquivos VRML, MPEG, QuickTime, etc.).
- Áudio/Vídeo (Arquivos WAV, MID, AVI, etc.).
- Visualizadores de Imagens (Arquivos JPG, GIF, BMP, PCX,
etc.).
- Negócios e Utilitários
- Apresentações
Navegadores
O navegador de WWW é a ferramenta mais importante para
o usuário de Internet. É com ele que se podem visitar museus, ler
revistas eletrônicas, fazer compras e até participar de novelas interativas. As informações na Web são organizadas na forma de páginas de hipertexto, cada um com seu endereço próprio, conhecido
como URL. Para começar a navegar, é preciso digitar um desses
endereços no campo chamado Endereço no navegador. O software
estabelece a conexão e traz, para a tela, a página correspondente.
O navegador não precisa de nenhuma coniguração especial
para exibir uma página da Web, mas é necessário ajustar alguns parâmetros para que ele seja capaz de enviar e receber algumas mensagens de correio eletrônico e acessar grupos de discussão (news).
O World Wide Web foi inicialmente desenvolvido no Centro
de Pesquisas da CERN (Conseil Europeen pour la Recherche Nucleaire), Suíça. Originalmente, o WWW era um meio para físicos
da CERN trocar experiências sobre suas pesquisas através da exibição de páginas de texto. Ficou claro, desde o início, o imenso
potencial que o WWW possuía para diversos tipos de aplicações,
inclusive não cientíicas.
O WWW não dispunha de gráicos em seus primórdios, apenas de hipertexto. Entretanto, em 1993, o projeto WWW ganhou
força extra com a inserção de um visualizador (também conhecido
como browser) de páginas capaz não apenas de formatar texto, mas
também de exibir gráicos, som e vídeo. Este browser chamava-se
Mosaic e foi desenvolvido dentro da NCSA, por um time cheiado
por Mark Andreesen. O sucesso do Mosaic foi espetacular.
Depois disto, várias outras companhias passaram a produzir
browsers que deveriam fazer concorrência ao Mosaic. Mark Andreesen partiu para a criação da Netscape Communications, criadora do browser Netscape.
Surgiram ainda o Cello, o AIR Mosaic, o SPRY Mosaic, o
Microsoft Internet Explorer, o Mozilla Firefox e muitos outros
browsers.
FTP - Transferência de Arquivos
Permite copiar arquivos de um computador da Internet para o
seu computador.
Os programas disponíveis na Internet podem ser:
•
Freeware: Programa livre que pode ser distribuído e utilizado livremente, não requer nenhuma taxa para sua utilização, e
não é considerado “pirataria” a cópia deste programa.
•
Shareware: Programa demonstração que pode ser utilizado por um determinado prazo ou que contém alguns limites,
para ser utilizado apenas como um teste do programa. Se o usuário
gostar ele compra, caso contrário, não usa mais o programa. Na
maioria das vezes, esses programas exibem, de tempos em tempos, uma mensagem avisando que ele deve ser registrado. Outros
tipos de shareware têm tempo de uso limitado. Depois de expirado
este tempo de teste, é necessário que seja feito a compra deste
programa.
Navegar nas páginas
Consiste percorrer as páginas na internet a partir de um documento normal e de links das próprias páginas.
Como salvar documentos, arquivos e sites
Clique no menu Arquivo e na opção Salvar como.
Busca e pesquisa na web
Os sites de busca servem para procurar por um determinado
assunto ou informação na internet.
Alguns sites interessantes:
•
www.google.com.br
•
http://br.altavista.com
•
http://cade.search.yahoo.com
•
http://br.bing.com/
Como copiar e colar para um editor de textos
Selecionar o conteúdo ou igura da página. Clicar com o botão
direito do mouse e escolha a opção Copiar.
Como fazer a pesquisa
Digite na barra de endereço o endereço do site de pesquisa.
Por exemplo:
www.google.com.br
Abra o editor de texto clique em colar
Didatismo e Conhecimento
132
I NFORMÁTI CA
Diretórios: pesquisa o conteúdo da internet organizados por
assunto em categorias. Exemplo:
Como escolher palavra-chave
•
Busca com uma palavra: retorna páginas que incluam a
palavra digitada.
•
“Busca entre aspas”: a pesquisa só retorna páginas que
incluam todos os seus termos de busca, ou seja, toda a sequência
de termos que foram digitadas.
•
Busca com sinal de mais (+): a pesquisa retorna páginas
que incluam todas as palavras aleatoriamente na página.
•
Busca com sinal de menos (-): as palavras que icam antes do sinal de menos são excluídas da pesquisa.
•
Resultado de um cálculo: pode ser efetuado um cálculo
em um site de pesquisa.
Em pesquisar pode-se escolher onde será feita a pesquisa.
Os sites de pesquisa em geral não fazem distinção na pesquisa
com letras maiúsculas e minúsculas e nem palavras com ou sem
acento.
Por exemplo: 3+4
Irá retornar:
Opções de pesquisa
O resultado da pesquisa
Web: pesquisa em todos os sites
Imagens: pesquisa por imagens anexadas nas páginas. Exemplo do resultado se uma pesquisa.
O resultado da pesquisa é visualizado da seguinte forma:
INTRANET
A Intranet ou Internet Corporativa é a implantação de uma
Internet restrita apenas a utilização interna de uma empresa. As
intranets ou Webs corporativas, são redes de comunicação internas
baseadas na tecnologia usada na Internet. Como um jornal editado
internamente, e que pode ser acessado apenas pelos funcionários
da empresa.
A intranet cumpre o papel de conectar entre si iliais e departamentos, mesclando (com segurança) as suas informações particulares dentro da estrutura de comunicações da empresa.
O grande sucesso da Internet, é particularmente da World
Wide Web (WWW) que inluenciou muita coisa na evolução da
informática nos últimos anos.
Grupos: pesquisa nos grupos de discussão da Usenet. Exemplo:
Didatismo e Conhecimento
133
I NFORMÁTI CA
•
Recursos Humanos - Treinamentos, cursos, apostilas,
políticas da companhia, organograma, oportunidades de trabalho,
programas de desenvolvimento pessoal, benefícios.
Para acessar as informações disponíveis na Web corporativa,
o funcionário praticamente não precisa ser treinado. Ainal, o esforço de operação desses programas se resume quase somente em
clicar nos links que remetem às novas páginas. No entanto, a simplicidade de uma intranet termina aí. Projetar e implantar uma rede
desse tipo é uma tarefa complexa e exige a presença de proissionais especializados. Essa diiculdade aumenta com o tamanho da
intranet, sua diversidade de funções e a quantidade de informações
nela armazenadas.
A intranet é baseada em quatro conceitos:
•
Conectividade - A base de conexão dos computadores ligados através de uma rede, e que podem transferir qualquer tipo de
informação digital entre si;
•
Heterogeneidade - Diferentes tipos de computadores e
sistemas operacionais podem ser conectados de forma transparente;
•
Navegação - É possível passar de um documento a outro
através de referências ou vínculos de hipertexto, que facilitam o
acesso não linear aos documentos;
•
Execução Distribuída - Determinadas tarefas de acesso
ou manipulação na intranet só podem ocorrer graças à execução de
programas aplicativos, que podem estar no servidor, ou nos microcomputadores que acessam a rede (também chamados de clientes,
daí surgiu à expressão que caracteriza a arquitetura da intranet:
cliente-servidor). A vantagem da intranet é que esses programas
são ativados através da WWW, permitindo grande lexibilidade.
Determinadas linguagens, como Java, assumiram grande importância no desenvolvimento de softwares aplicativos que obedeçam
aos três conceitos anteriores.
Em primeiro lugar, o uso do hipertexto (documentos interligados através de vínculos, ou links) e a enorme facilidade de se criar,
interligar e disponibilizar documentos multimídia (texto, gráicos,
animações, etc.), democratizaram o acesso à informação através de
redes de computadores. Em segundo lugar, criou-se uma gigantesca base de usuários, já familiarizados com conhecimentos básicos
de informática e de navegação na Internet. Finalmente, surgiram
muitas ferramentas de software de custo zero ou pequeno, que
permitem a qualquer organização ou empresa, sem muito esforço, “entrar na rede” e começar a acessar e colocar informação. O
resultado inevitável foi a impressionante explosão na informação
disponível na Internet, que segundo consta, está dobrando de tamanho a cada mês.
Assim, não demorou muito a surgir um novo conceito, que
tem interessado um número cada vez maior de empresas, hospitais,
faculdades e outras organizações interessadas em integrar informações e usuários: a intranet. Seu advento e disseminação promete operar uma revolução tão profunda para a vida organizacional
quanto o aparecimento das primeiras redes locais de computadores, no inal da década de 80.
O que é Intranet?
O termo “intranet” começou a ser usado em meados de 1995
por fornecedores de produtos de rede para se referirem ao uso dentro das empresas privadas de tecnologias projetadas para a comunicação por computador entre empresas. Em outras palavras, uma
intranet consiste em uma rede privativa de computadores que se
baseia nos padrões de comunicação de dados da Internet pública,
baseadas na tecnologia usada na Internet (páginas HTML, e-mail,
FTP, etc.) que vêm, atualmente fazendo muito sucesso. Entre as
razões para este sucesso, estão o custo de implantação relativamente baixo e a facilidade de uso propiciada pelos programas de
navegação na Web, os browsers.
Como montar uma Intranet
Objetivo de construir uma Intranet
Basicamente a montagem de uma intranet consiste em usar as
estruturas de redes locais existentes na maioria das empresas, e em
instalar um servidor Web.
Organizações constroem uma intranet porque ela é uma ferramenta ágil e competitiva. Poderosa o suiciente para economizar
tempo, diminuir as desvantagens da distância e alavancar sobre o
seu maior patrimônio de capital-funcionários com conhecimentos
das operações e produtos da empresa.
Servidor Web - É a máquina que faz o papel de repositório das
informações contidas na intranet. É lá que os clientes vão buscar
as páginas HTML, mensagens de e-mail ou qualquer outro tipo de
arquivo.
Aplicações da Intranet
Protocolos - São os diferentes idiomas de comunicação utilizados. O servidor deve abrigar quatro protocolos. O primeiro é o
HTTP, responsável pela comunicação do browser com o servidor,
em seguida vem o SMTP ligado ao envio de mensagens pelo e-mail, e o FTP usado na transferência de arquivos. Independentemente das aplicações utilizadas na intranet, todas as máquinas
nela ligadas devem falar um idioma comum: o TCP/IP, protocolo
da Internet.
Identiicação do Servidor e das Estações - Depois de deinidos
os protocolos, o sistema já sabe onde achar as informações e como
requisitá-las. Falta apenas saber o nome de quem pede e de quem
solicita. Para isso existem dois programas: o DNS que identiica
o servidor e o DHCP (Dinamic Host Coniguration Protocol) que
atribui nome às estações clientes.
Já é ponto pacíico que apoiarmos a estrutura de comunicações
corporativas em uma intranet dá para simpliicar o trabalho, pois
estamos virtualmente todos na mesma sala. De qualquer modo, é
cedo para se airmar onde a intranet vai ser mais efetiva para unir
(no sentido operacional) os diversos proissionais de uma empresa.
Mas em algumas áreas já se vislumbram benefícios, por exemplo:
•
Marketing e Vendas - Informações sobre produtos, listas
de preços, promoções, planejamento de eventos;
•
Desenvolvimento de Produtos - OT (Orientação de Trabalho), planejamentos, listas de responsabilidades de membros das
equipes, situações de projetos;
•
Apoio ao Funcionário - Perguntas e respostas, sistemas
de melhoria contínua (Sistema de Sugestões), manuais de qualidade;
Didatismo e Conhecimento
134
I NFORMÁTI CA
Estações da Rede - Nas estações da rede, os funcionários acessam as informações colocadas à sua disposição no servidor. Para
isso usam o Web browser, software que permite folhear os documentos.
Alguns dos empecilhos são:
• Aplicativos de Colaboração - Os aplicativos de colaboração,
não são tão poderosos quanto os oferecidos pelos programas para
grupos de trabalho tradicionais. É necessário conigurar e manter
aplicativos separados, como e-mail e servidores Web, em vez de
usar um sistema uniicado, como faria com um pacote de software
para grupo de trabalho;
• Número Limitado de Ferramentas - Há um número limitado
de ferramentas para conectar um servidor Web a bancos de dados
ou outros aplicativos back-end. As intranets exigem uma rede
TCP/IP, ao contrário de outras soluções de software para grupo de
trabalho que funcionam com os protocolos de transmissão de redes
local existentes;
• Ausência de Replicação Embutida – As intranets não
apresentam nenhuma replicação embutida para usuários remotos.
A HMTL não é poderosa o suiciente para desenvolver aplicativos
cliente/servidor.
Comparando Intranet com Internet
Na verdade as diferenças entre uma intranet e a Internet, é
uma questão de semântica e de escala. Ambas utilizam as mesmas
técnicas e ferramentas, os mesmos protocolos de rede e os mesmos
produtos servidores. O conteúdo na Internet, por deinição, ica
disponível em escala mundial e inclui tudo, desde uma home-page
de alguém com seis anos de idade até as previsões do tempo. A
maior parte dos dados de uma empresa não se destina ao consumo
externo, na verdade, alguns dados, tais como as cifras das vendas, clientes e correspondências legais, devem ser protegidos com
cuidado. E, do ponto de vista da escala, a Internet é global, uma
intranet está contida dentro de um pequeno grupo, departamento
ou organização corporativa. No extremo, há uma intranet global,
mas ela ainda conserva a natureza privada de uma Internet menor.
A Internet e a Web icaram famosas, com justa razão, por
serem uma mistura caótica de informações úteis e irrelevantes, o
meteórico aumento da popularidade de sites da Web dedicados a
índices e mecanismos de busca é uma medida da necessidade de
uma abordagem organizada. Uma intranet aproveita a utilidade da
Internet e da Web num ambiente controlado e seguro.
Como a Intranet é ligada à Internet
Vantagens e Desvantagens da Intranet
Alguns dos benefícios são:
• Redução de custos de impressão, papel, distribuição de software, e-mail e processamento de pedidos;
• Redução de despesas com telefonemas e pessoal no suporte
telefônico;
• Maior facilidade e rapidez no acesso as informações técnicas
e de marketing;
• Maior rapidez e facilidade no acesso a localizações remotas;
• Incrementando o acesso a informações da concorrência;
• Uma base de pesquisa mais compreensiva;
• Facilidade de acesso a consumidores (clientes) e parceiros
(revendas);
• Aumento da precisão e redução de tempo no acesso à informação;
• Uma única interface amigável e consistente para aprender
e usar;
• Informação e treinamento imediato (Just in Time);
• As informações disponíveis são visualizadas com clareza;
• Redução de tempo na pesquisa a informações;
• Compartilhamento e reutilização de ferramentas e informação;
• Redução no tempo de coniguração e atualização dos sistemas;
• Simpliicação e/ou redução das licenças de software e outros;
• Redução de custos de documentação;
• Redução de custos de suporte;
• Redução de redundância na criação e manutenção de páginas;
• Redução de custos de arquivamento;
• Compartilhamento de recursos e habilidade.
Didatismo e Conhecimento
Segurança da Intranet
Três tecnologias fornecem segurança ao armazenamento e à
troca de dados em uma rede: autenticação, controle de acesso e
criptograia.
Autenticação - É o processo que consiste em veriicar se um
usuário é realmente quem alega ser. Os documentos e dados podem
ser protegidos através da solicitação de uma combinação de nome
do usuário/senha, ou da veriicação do endereço IP do solicitante,
ou de ambas. Os usuários autenticados têm o acesso autorizado ou
negado a recursos especíicos de uma intranet, com base em uma
ACL (Access Control List) mantida no servidor Web;
Criptograia - É a conversão dos dados para um formato
que pode ser lido por alguém que tenha uma chave secreta de
descriptograia. Um método de criptograia amplamente utilizado
para a segurança de transações Web é a tecnologia de chave pública,
que constitui a base do HTTPS - um protocolo Web seguro;
Firewall - Você pode proporcionar uma comunicação segura
entre uma intranet e a Internet através de servidores proxy, que
135
I NFORMÁTI CA
são programas que residem no irewall e permitem (ou não)
a transmissão de pacotes com base no serviço que está sendo
solicitado. Um proxy HTTP, por exemplo, pode permitir que
navegadores Webs internos da empresa acessem servidores Web
externos, mas não o contrário.
3- Um item selecionado do Windows XP pode ser excluído
permanentemente, sem colocá-Lo na Lixeira, pressionando-se
simultaneamente as teclas
(A) Ctrl + Delete.
(B) Shift + End.
(C) Shift + Delete.
(D) Ctrl + End.
(E) Ctrl + X.
Dispositivos para realização de Cópias de Segurança
Os dispositivos para a realização de cópias de segurança do(s)
servidor(es) constituem uma das peças de especial importância.
Por exemplo, unidades de disco amovíveis com grande capacidade
de armazenamento, tapes...
Queremos ainda referir que para o funcionamento de uma
rede existem outros conceitos como topologias/conigurações
(rede linear, rede em estrela, rede em anel, rede em árvore, rede
em malha …), métodos de acesso, tipos de cabos, protocolos de
comunicação, velocidade de transmissão …
Comentário: Quando desejamos excluir permanentemente um
arquivo ou pasta no Windows sem enviar antes para a lixeira, basta
pressionarmos a tecla Shift em conjunto com a tecla Delete. O
Windows exibirá uma mensagem do tipo “Você tem certeza que
deseja excluir permanentemente este arquivo?” ao invés de “Você
tem certeza que deseja enviar este arquivo para a lixeira?”.
Resposta: C
4- Qual a técnica que permite reduzir o tamanho de arquivos,
sem que haja perda de informação?
(A) Compactação
(B) Deleção
(C) Criptograia
(D) Minimização
(E) Encolhimento adaptativo
QUESTÕES
1- Com relação ao sistema operacional Windows, assinale a
opção correta.
(A) A desinstalação de um aplicativo no Windows deve ser
feita a partir de opção equivalente do Painel de Controle, de modo
a garantir a correta remoção dos arquivos relacionados ao aplicativo, sem prejuízo ao sistema operacional.
(B) O acionamento simultâneo das teclas CTRL, ALT e DELETE constitui ferramenta poderosa de acesso direto aos diretórios de programas instalados na máquina em uso.
(C) O Windows oferece acesso facilitado a usuários de um
computador, pois bastam o nome do usuário e a senha da máquina
para se ter acesso às contas dos demais usuários possivelmente
cadastrados nessa máquina.
(D) O Windows oferece um conjunto de acessórios disponíveis por meio da instalação do pacote Ofice, entre eles, calculadora, bloco de notas, WordPad e Paint.
(E) O comando Fazer Logoff, disponível a partir do botão Iniciar do Windows, oferece a opção de se encerrar o Windows, dar
saída no usuário correntemente em uso na máquina e, em seguida,
desligar o computador.
Comentários: Para desinstalar um programa de forma segura
deve-se acessar Painel de Controle / Adicionar ou remover programas
Resposta – Letra A
Comentários: A compactação de arquivos é uma técnica
amplamente utilizada. Alguns arquivos compactados podem conter
extensões ZIP, TAR, GZ, RAR e alguns exemplos de programas
compactadores são o WinZip, WinRar, SolusZip, etc.
Resposta: A
5- A igura a seguir foi extraída do MS-Excel:
Se o conteúdo da célula D1 for copiado (Ctrl+C) e colado
(Ctrl+V) na célula D3, seu valor será:
(A) 7
(B) 56
(C) 448
(D) 511
(E) uma mensagem de erro
2- Nos sistemas operacionais como o Windows, as
informações estão contidas em arquivos de vários formatos, que
são armazenados no disco ixo ou em outros tipos de mídias
removíveis do computador, organizados em:
(A) telas.
(B) pastas.
(C) janelas.
(D) imagens.
(E) programas.
Comentários: O Windows Explorer, mostra de forma bem
clara a organização por meio de PASTAS, que nada mais são
do que compartimentos que ajudam a organizar os arquivos em
endereços especíicos, como se fosse um sistema de armário e
gavetas.
Resposta: Letra B
Didatismo e Conhecimento
Comentários: temos que D1=SOMA(A1:C1). Quando
copiamos uma célula que contém uma fórmula e colamos em outra
célula, a fórmula mudará ajustando-se à nova posição. Veja como
saber como icará a nova fórmula ao ser copiada de D1 para D3:
136
I NFORMÁTI CA
IV. Anexar um arquivo em mensagem de e-mail signiica
movê-lo deinitivamente da máquina local, para envio a um
destinatário, com endereço eletrônico.
Estão corretas apenas as airmativas:
A) I, II, III, IV
B) I, II
C) I, II, III
D) I, II, IV
E) I, III, IV
Agora é só substituir os valores: A fórmula diz para somar
todas as células de A3 até C3(dois pontos signiicam ‘até’), sendo
assim teremos que somar A3, , B3, C3 obtendo-se o resultado 448.
Resposta: C.
6- “O correio eletrônico é um método que permite compor,
enviar e receber mensagens através de sistemas eletrônicos de
comunicação”. São softwares gerenciadores de email, EXCETO:
A) Mozilla Thunderbird.
B) Yahoo Messenger.
C) Outlook Express.
D) IncrediMail.
E) Microsoft Ofice Outlook 2003.
Comentários: O URL é o endereço (único) de um recurso na
Internet. A questão parece diferenciar um recurso de página, mas
na verdade uma página é um recurso (o mais conhecido, creio) da
Web. Item verdadeiro.
É comum confundir os itens II e III, por isso memorize:
down = baixo = baixar para sua máquina, descarregar. II e III são
verdadeiros.
Comentários: Podemos citar vários gerenciadores de e-mail
(eletronic mail ou correio eletrônico), mas devemos memorizar que
os sistemas que trabalham o correio eletrônico podem funcionar
por meio de um software instalado em nosso computador local ou
por meio de um programa que funciona dentro de um navegador,
via acesso por Internet. Este programa da Internet, que não precisa
ser instalado, e é chamado de WEBMAIL, enquanto o software
local é o gerenciador de e-mail citado pela questão.
Principais Vantagens do Gerenciador de e-mail:
•
Pode ler e escrever mensagens mesmo quando está desconectado da Internet;
•
Permite armazenar as mensagens localmente (no computador local);
•
Permite utilizar várias caixas de e-mail ao mesmo tempo;
Maiores Desvantagens:
•
Ocupam espaço em disco;
•
Compatibilidade com os servidores de e-mail (nem sempre são compatíveis).
A seguir, uma lista de gerenciadores de e-mail (em negrito os
mais conhecidos e utilizados atualmente):
No item IV encontramos o item falso da questão, o que nos
leva ao gabarito – letra C. Anexar um arquivo em mensagem de
e-mail signiica copiar e não mover!
Resposta: C.
8- A respeito dos modos de utilização de aplicativos do
ambiente MS Ofice, assinale a opção correta.
(A) Ao se clicar no nome de um documento gravado com a
extensão .xls a partir do Meu Computador, o Windows ativa o MS
Access para a abertura do documento em tela.
(B) As opções Copiar e Colar, que podem ser obtidas ao
se acionar simultaneamente as teclas CTRL + C e CTRL +
V,respectivamente, estão disponíveis no menu Editar de todos os
aplicativos da suíte MS Ofice.
(C) A opção Salvar Como, disponível no menu das aplicações
do MS Ofice, permite que o usuário salve o documento
correntemente aberto com outro nome. Nesse caso, a versão antiga
do documento é apagada e só a nova versão permanece armazenada
no computador.
(D) O menu Exibir permite a visualização do documento aberto
correntemente, por exemplo, no formato do MS Word para ser
aberto no MS PowerPoint.
(E) Uma das vantagens de se utilizar o MS Word é a elaboração
de apresentações de slides que utilizem conteúdo e imagens de
maneira estruturada e organizada.
Microsoft Ofice Outlook
Microsoft Outlook Express;
Mozilla Thunderbird;
IcrediMail
Eudora
Pegasus Mail
Apple Mail (Apple)
Kmail (Linux)
Windows Mail
A questão cita o Yahoo Mail, mas este é um WEBMAIL, ou
seja, não é instalado no computador local. Logo, é o gabarito da
questão.
Resposta: B.
7- Sobre os conceitos de utilização da Internet e correio
eletrônico, analise:
I. A URL digitada na barra de Endereço é usada pelos
navegadores da Web (Internet Explorer, Mozilla e Google
Chrome) para localizar recursos e páginas da Internet (Exemplo:
http://www.google.com.br).
II. Download signiica descarregar ou baixar; é a transferência
de dados de um servidor ou computador remoto para um
computador local.
III. Upload é a transferência de dados de um computador local
para um servidor ou computador remoto.
Didatismo e Conhecimento
Comentários: O menu editar geralmente contém os comandos
universais dos programas da Microsoft como é o caso dos atalhos
CTRL + C, CTRL + V, CTRL + X, além do localizar.
Em relação às outras letras:
Letra A – Incorreto – A extensão .xls abre o aplicativo Excel e
não o Access
137
I NFORMÁTI CA
Letra C – Incorreto – A opção salvar como, cria uma cópia do
arquivo corrente e não apaga a sua versão antiga.
Letra D – Incorreto – O menu exibir mostra formas de exibição
do documento dentro do contexto de cada programa e não de um
programa para o outro como é o caso da airmativa.
Letra E – Incorreto – O Ms Word não faz apresentação de slides
e sim o Ms Power Point.
Resposta: B
Comentários: Os itens apresentados nessa questão estão
relacionados a protocolos de acesso. Segue abaixo os protocolos
mais comuns:
- HTTP(Hypertext Transfer Protocol) – Protocole de
carregamento de páginas de Hipertexto – HTML
- IP (Internet Protocol) – Identiicação lógica de uma máquina
na rede
- POP (Post Ofice Protocol) – Protocolo de recebimento de
emails direto no PC via gerenciador de emails
- SMTP (Simple Mail Transfer Protocol) – Protocolo padrão
de envio de emails
- IMAP(Internet Message Access Protocol) – Semelhante
ao POP, no entanto, possui mais recursos e dá ao usuário a
possibilidade de armazenamento e acesso a suas mensagens de
email direto no servidor.
- FTP(File Transfer Protocol) – Protocolo para transferência
de arquivos
Resposta: D
9- Com relação a conceitos de Internet e intranet, assinale a
opção correta.
(A) Domínio é o nome dado a um servidor que controla a
entrada e a saída de conteúdo em uma rede, como ocorre na Internet.
(B) A intranet só pode ser acessada por usuários da Internet que
possuam uma conexão http, ao digitarem na barra de endereços do
navegador: http://intranet.com.
(C) Um modem ADSL não pode ser utilizado em uma rede
local, pois sua função é conectar um computador à rede de telefonia
ixa.
(D) O modelo cliente/servidor, em que uma máquina
denominada cliente requisita serviços a outra, denominada servidor,
ainda é o atual paradigma de acesso à Internet.
(E) Um servidor de páginas web é a máquina que armazena
os nomes dos usuários que possuem permissão de acesso a uma
quantidade restrita de páginas da Internet.
Comentários: O modelo cliente/servidor é questionado em
termos de internet pois não é tão robusto quanto redes P2P pois,
enquanto no primeiro modelo uma queda do servidor central impede
o acesso aos usuários clientes, no segundo mesmo que um servidor
“caia” outros servidores ainda darão acesso ao mesmo conteúdo
permitindo que o download continue. Ex: programas torrent, Emule,
Limeware, etc.
Em relação às outras letras:
letra A – Incorreto – Domínio é um nome que serve para
localizar e identiicar conjuntos de computadores na Internet e
corresponde ao endereço que digitamos no navegador.
letra B – Incorreto – A intranet é acessada da mesma forma que
a internet, contudo, o ambiente de acesso a rede é restrito a uma rede
local e não a internet como um todo.
letra C – Incorreto – O modem ADSL conecta o computador
a internet, como o acesso a intranet se faz da mesma forma só que
de maneira local, o acesso via ADSL pode sim acessar redes locais.
letra E – Incorreto – Um servidor é um sistema de computação
que fornece serviços a uma rede de computadores. E não
necessariamente armazena nomes de usuários e/ou restringe acessos.
Resposta: D
10- Com relação à Internet, assinale a opção correta.
(A) A URL é o endereço físico de uma máquina na Internet,
pois, por esse endereço, determina-se a cidade onde está localizada
tal máquina.
(B) O SMTP é um serviço que permite a vários usuários se
conectarem a uma mesma máquina simultaneamente, como no
caso de salas de bate-papo.
(C) O servidor Pop é o responsável pelo envio e recebimento
de arquivos na Internet.
(D) Quando se digita o endereço de uma página web, o termo
http signiica o protocolo de acesso a páginas em formato HTML,
por exemplo.
(E) O protocolo FTP é utilizado quando um usuário de correio
eletrônico envia uma mensagem com anexo para outro destinatário
de correio eletrônico.
Didatismo e Conhecimento
11- Quanto ao Windows Explorer, assinale a opção correta.
(A) O Windows Explorer é utilizado para gerenciar pastas
e arquivos e por seu intermédio não é possível acessar o Painel
de Controle, o qual só pode ser acessado pelo botão Iniciar do
Windows.
(B) Para se obter a listagem completa dos arquivos salvos em
um diretório, exibindo-se tamanho, tipo e data de modiicação,
deve-se selecionar Detalhes nas opções de Modos de Exibição.
(C) No Windows Explorer, o item Meus Locais de Rede
oferece um histórico de páginas visitadas na Internet para acesso
direto a elas.
(D) Quando um arquivo estiver aberto no Windows e a opção
Renomear for acionada no Windows Explorer com o botão direito
do mouse,será salva uma nova versão do arquivo e a anterior
continuará aberta com o nome antigo.
(E) Para se encontrar arquivos armazenados na estrutura de
diretórios do Windows, deve-se utilizar o sítio de busca Google,
pois é ele que dá acesso a todos os diretórios de máquinas ligadas
à Internet.
Comentários: Na opção Modos de Exibição, os arquivos são
mostrados de várias formas como Listas, Miniaturas e Detalhes.
Resposta: B
Atenção: Para responder às questões de números 12 e 13,
considere integralmente o texto abaixo:
Todos os textos produzidos no editor de textos padrão deverão
ser publicados em rede interna de uso exclusivo do órgão, com
tecnologia semelhante à usada na rede mundial de computadores.
Antes da impressão e/ou da publicação os textos deverão ser
veriicados para que não contenham erros. Alguns artigos digitados
deverão conter a imagem dos resultados obtidos em planilhas
eletrônicas, ou seja, linhas, colunas, valores e totais.
Todo trabalho produzido deverá ser salvo e cuidados devem ser
tomados para a recuperação em caso de perda e também para evitar
o acesso por pessoas não autorizadas às informações guardadas.
Os funcionários serão estimulados a realizar pesquisas na
internet visando o atendimento do nível de qualidade da informação
prestada à sociedade, pelo órgão.
138
I NFORMÁTI CA
O ambiente operacional de computação disponível para
realizar estas operações envolve o uso do MS-Windows, do MSOfice, das ferramentas Internet Explorer e de correio eletrônico,
em português e em suas versões padrões mais utilizadas atualmente.
Observação: Entenda-se por mídia removível disquetes, CD’s e
DVD’s graváveis, Pen Drives (mídia removível acoplada em portas
do tipo USB) e outras funcionalmente semelhantes.
Prompt de Comando é um recurso do Windows que oferece
um ponto de entrada para a digitação de comandos do MSDOS
(Microsoft Disk Operating System) e outros comandos do
computador. O mais importante é o fato de que, ao digitar
comandos, você pode executar tarefas no computador sem
usar a interface gráica do Windows. O Prompt de Comando é
normalmente usado apenas por usuários avançados.
12- As células que contêm cálculos feitos na planilha eletrônica,
(A) quando “coladas” no editor de textos, apresentarão
resultados diferentes do original.
(B) não podem ser “coladas” no editor de textos.
(C) somente podem ser copiadas para o editor de textos dentro
de um limite máximo de dez linhas e cinco colunas.
(D) só podem ser copiadas para o editor de texto uma a uma.
(E) quando integralmente selecionadas, copiadas e “coladas”
no editor de textos, serão exibidas na forma de tabela.
15. (Caixa Econômica Federal - Técnico Bancário Novo
- CESGRANRIO/2012) Seja o texto a seguir digitado no aplicativo Word. Aplicativos para edição de textos. Aplicando-se
a esse texto o efeito de fonte Tachado, o resultado obtido será
Comentários: Sempre que se copia células de uma planilha
eletrônica e cola-se no Word, estas se apresentam como uma tabela
simples, onde as fórmulas são esquecidas e só os números são
colados.
Resposta: E
Resposta: “C”
Comentários:
Temos 3 itens com a formatação taxado aplicada: c, d, e. Entretanto, temos que observar que na questão os itens d, e, além de
receberem taxado, também icaram em caixa alta. O único que recebe apenas o taxada, sem alterar outras formatações foi o item c.
16. (Caixa Econômica Federal - Técnico Bancário Novo CESGRANRIO/2012) O envio e o recebimento de um arquivo
de textos ou de imagens na internet, entre um servidor e um
cliente, constituem, em relação ao cliente, respectivamente, um
(A) download e um upload
(B) downgrade e um upgrade
(C) downile e um upile
(D) upgrade e um downgrade
(E) upload e um download
Resposta: “E”.
Comentários:
Up – Cima / Down – baixo / Load – Carregar;
Upload – Carregar para cima (enviar).
Download – Carregar para baixo (receber ou “baixar”)
13- O envio do arquivo que contém o texto, por meio do correio
eletrônico, deve considerar as operações de
(A) anexação de arquivos e de inserção dos endereços
eletrônicos dos destinatários no campo “Cco”.
(B) de desanexação de arquivos e de inserção dos endereços
eletrônicos dos destinatários no campo “Para”.
(C) de anexação de arquivos e de inserção dos endereços
eletrônicos dos destinatários no campo “Cc”.
(D) de desanexação de arquivos e de inserção dos endereços
eletrônicos dos destinatários no campo “Cco”.
(E) de anexação de arquivos e de inserção dos endereços
eletrônicos dos destinatários no campo “Para”.
Comentários: Claro que, para se enviar arquivos pelo correio
eletrônico deve-se recorrer ao uso de anexação, ou seja, anexar
o arquivo à mensagem. Quando colocamos os endereços dos
destinatários no campo Cco, ou seja, no campo “com cópia oculta”,
um destinatário não icará sabendo quem mais recebeu aquela
mensagem, o que atende a segurança solicitada no enunciado.
Resposta: A
14. (Caixa Econômica Federal - Técnico Bancário Novo CESGRANRIO/2012) Usado para o manuseio de arquivos em
lotes, também denominados scripts, o shell de comando é um
programa que fornece comunicação entre o usuário e o sistema
operacional de forma direta e independente. Nos sistemas
operacionais Windows XP, esse programa pode ser acessado
por meio de um comando da pasta Acessórios denominado
(A) Prompt de Comando
(B) Comandos de Sistema
(C) Agendador de Tarefas
(D) Acesso Independente
(E) Acesso Direto
17- (TJ/SP – Escrevente Téc. Jud. – Vunesp/2011) Assinale
a alternativa que contém os nomes dos menus do programa
Microsoft Word XP, em sua coniguração padrão, que, respectivamente, permitem aos usuários: (I) numerar as páginas do
documento, (II) contar as palavras de um parágrafo e (III) adicionar um cabeçalho ao texto em edição.
a) Janela, Ferramentas e Inserir.
b) Inserir, Ferramentas e Exibir.
c) Formatar, Editar e Janela.
d) Arquivo, Exibir e Formatar.
e) Arquivo, Ferramentas e Tabela.
Resposta: “B”
Comentário:
•
Ação numerar - “INSERIR”
•
Ação contar páginas - “FERRAMENTAS”
•
Ação adicionar cabeçalho - “EXIBIR”
Resposta: “A”
Comentários
Didatismo e Conhecimento
139
I NFORMÁTI CA
18- (TJ/SP – Escrevente Téc. Jud. – Vunesp/2011)
Comentário:
Passo 1
A célula A1 contém a fórmula =B$1+C1
a) 3, 0 e 7.
b) 5, 0 e 7.
c) 5, 1 e 2.
d) 7, 5 e 2.
e) 8, 3 e 4.
Resposta: “C”
Comentário:
Expressão =MÉDIA(A1:A3)
São somadas as celular A1, A2 e A3, sendo uma média é dividido por 3 (pois tem 3 células): (8+3+4)/3 = 5
Expressão =MENOR(B1:B3;2)
Da célula B1 até a B3, deve mostrar o 2º menor número, que
seria o número 1. Para facilitar coloque esses números em ordem
crescente.
Expressão =MAIOR(C1:C3;3)
Da célula C1 até a C3, deve mostrar o 3º maior número, que
seria o número 2. Para facilitar coloque esses números em ordem
decrescente.
Passo 2
Que foi propagada pela alça de preenchimento para A2 e A3
Click na imagem para melhor visualizar
Passo 3
Assim, a célula com interrogação (A3) apresenta, após a propagação, o resultado
19- (SPPREV – Técnico – Vunesp/2011 – II)
20- (SPPREV – Técnico – Vunesp/2011 - II) No PowerPoint
2007, a inserção de um novo comentário pode ser feita na guia
a) Geral.
b) Inserir.
c) Animações.
d) Apresentação de slides.
e) Revisão.
a) 1
b) 2
c) 3
d) 4
e) 5
Resposta: “D”
Didatismo e Conhecimento
Resposta: “E”
140
I NFORMÁTI CA
Comentário:
Comentário:
21- (SPPREV – Técnico – Vunesp/2011 - II) No âmbito
das URLs, considere o exemplo: protocolo://xxx.yyy.zzz.br. O
domínio de topo (ou TLD, conforme sigla em inglês) utilizado
para classiicar o tipo de instituição, no exemplo dado acima,
éo
a) protocolo.
b) xxx.
c) zzz.
d) yyy.
e) br.
Resposta: “C”
Comentários:
a) protocolo. protocolo HTTP
b) xxx. O nome do domínio
c) zzz. O tipo de domínio
d) yyy. Subdomínios
e) br. indicação do país ao qual pertence o domínio
Você pode usar a régua para deinir tabulações manuais no
lado esquerdo, no meio e no lado direito do documento.
Obs.: Se a régua horizontal localizada no topo do documento
não estiver sendo exibida, clique no botão Exibir Régua no topo
da barra de rolagem vertical.
É possível deinir tabulações rapidamente clicando no seletor
de tabulação na extremidade esquerda da régua até que ela exiba
o tipo de tabulação que você deseja. Em seguida, clique na régua
no local desejado.
Uma tabulação Direita deine a extremidade do texto à direita. Conforme você digita, o texto é movido para a esquerda.
Uma tabulação Decimal alinha números ao redor de um ponto decimal. Independentemente do número de dígitos, o ponto decimal icará na mesma posição.
Uma tabulação Barra não posiciona o texto. Ela insere uma
barra vertical na posição de tabulação.
23. (TJ/SP – Escrevente Téc. Jud. – Vunesp/2012) Uma
planilha do Microsoft Excel, na sua coniguração padrão, possui os seguintes valores nas células: B1=4, B2=1 e B3=3. A fórmula =ARRED (MÍNIMO (SOMA (B1:B3)/3;2,7);2) inserida
na célula B5 apresentará o seguinte resultado:
(A) 2
(B) 1,66
(C) 2,667
(D) 2,7
(E) 2,67
22. (TJ/SP – Escrevente Téc. Jud. – Vunesp/2012) Analise a
régua horizontal do Microsoft Word, na sua coniguração padrão, exibida na igura.
Resposta: E
Comentário:
Assinale a alternativa que contém apenas os indicadores
de tabulação.
(A) II, III, IV e V.
(B) III e VI.
(C) I, IV e V.
(D) III, IV e V.
(E) I, II e VI.
Resposta: D
Didatismo e Conhecimento
141
I NFORMÁTI CA
24. (TJ/SP – Escrevente Téc. Jud. – Vunesp/2012) O arquivo zaSetup_en se encontra
(A) no disquete.
(B) no DVD.
(C) em Meus documentos.
(D) no Desktop.
(E) na raiz do disco rígido.
Resposta: E
Comentário:
No Windows Explorer, você pode ver a hierarquia das pastas
em seu computador e todos os arquivos e pastas localizados em
cada pasta selecionada. Ele é especialmente útil para copiar e
mover arquivos.
Ele é composto de uma janela dividida em dois painéis: O painel da esquerda é uma árvore de pastas hierarquizada que mostra
todas as unidades de disco, a Lixeira, a área de trabalho ou Desktop (também tratada como uma pasta); O painel da direita exibe
o conteúdo do item selecionado à esquerda e funciona de maneira
idêntica às janelas do Meu Computador (no Meu Computador,
como padrão ele traz a janela sem divisão, as é possível dividi-la
também clicando no ícone Pastas na Barra de Ferramentas)
25. (TJ/SP – Escrevente Téc. Jud. – Vunesp/2012) Ao se
, localizado abaixo do menu Favoritos, será feclicar em
chado
(A) o Meu computador.
(B) o Disco Local (C:).
(C) o painel Pastas.
(D) Meus documentos.
(E) o painel de arquivos.
Nesta questão, foram colocadas várias funções, destrinchadas no exemplo acima (arredondamento, mínimo e somatório) em
uma única questão. A função ARRED é para arredondamento e
pertence a mesma família de INT(parte inteira) e TRUNCAR (parte do valor sem arredondamento). A resposta está no item 2 que indica a quantidade de casas decimais. Sendo duas casas decimais,
não poderia ser letra A, C ou D. A função SOMA efetua a soma
das três células (B1:B3->B1 até B3). A função MÍNIMO descobre
o menor entre os dois valores informados (2,66666 - dízima periódica - e 2,7). A função ARRED arredonda o número com duas
casas decimais.
Resposta: C
Comentário:
Considere a igura que mostra o Windows Explorer do Microsoft Windows XP, em sua coniguração original, e responda
às questões de números 24 e 25.
Este botão, contido na barra de ferramentas, exibe/ oculta o
painel PASTAS.
Didatismo e Conhecimento
142
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECI MENTOS ESPECÍ FI COS/ Auxiliar de Biblioteca
A primeira escola de Biblioteconomia do mundo foi criada por
Melvil Dewey, que não só participou da criação da American Library Association (ALA), como criou também a Classiicação Decimal
de Dewey.
Outros grandes nomes como Johannes Gutenberg e Gabriel
Naudé, além de períodos como o Renascimento e a Revolução Francesa, também estão atrelados à história da área. Atualmente, existem
cerca de 30.000 bibliotecários no Brasil, inscritos nos 15 Conselhos
Regionais ao redor do país. A proissão de bibliotecário no Brasil é
iscalizada pelo Conselho Federal de Biblioteconomia (CFB).
O bibliotecário é um proissional que trata a informação e a
torna acessível ao usuário inal, independente do suporte informacional. Ele trabalha em centros de documentação, bibliotecas, pode
gerir redes e sistemas de informação além de gerir recursos informacionais trabalhando com tecnologia de ponta.
O bibliotecário é o proissional que classiica, conserva, organiza, divulga e gerencia acervos de bibliotecas, centros de documentação e os mais diversos tipos de unidades de informação.
O Conselho Federal de Biblioteconomia é a autarquia federal
de iscalização. No Brasil, a proissão do bibliotecário é regulamentada pelas leis n° 9.674, de 26 de junho de 1998 e pela lei nº 4.084,
de 30 de junho de 1962 e na legislação correlata. Suas atribuições
são registrar os proissionais em biblioteconomia, iscalizar o cumprimento do código de ética proissional e o funcionamento de bibliotecas, dentre outras.
Luisa Orera Orera (2006) deine a Biblioteconomia como uma
ciência documental que tem por objeto de estudo as bibliotecas,
entendidas como sistemas de transmissão de informação para seus
usuários. Tal transferência ocorre por meio das coleções, que são
formadas por um conjunto organizado de documentos. Assim o documento é compreendido a partir da ótica da coleção que integra
o acervo de uma biblioteca. Segundo esta autora, a coleção pode
ser vista como composta fundamentalmente por livros, pois estes
foram durante anos o principal suporte de informação. Entretanto,
essa perspectiva alterou-se, dando espaço para outros tipos de documentos, como as publicações periódicas, folhetos, manuscritos,
músicas impressas. Acrescenta-se ainda que, devido às mudanças no
mundo da informação e na editoração eletrônica, as coleções de documentos convencionais passaram a conviver com os documentos
eletrônicos, conigurando a biblioteca como uma intermediária entre
os usuários e os documentos de qualquer tipo, que trazem consigo
as informações.
Retomando Bellotto (2006), cuja ideia integra o tópico dedicado à Arquivologia, destaca-se que as distinções dos documentos
de arquivos e dos documentos de bibliotecas residem em seu nascedouro. Os documentos de biblioteca são resultados de uma criação
artística ou de uma pesquisa, que objetivam a divulgação técnica,
cientíica, humanística, ilosóica, ao passo que o documento de arquivo é produzido no transcurso das atividades e funções jurídicas
ou administrativas, apresentando essencialmente relações orgânicas
entre si (característica central dos documentos arquivistísticos).
Contudo, eleger uma deinição de documento que seja própria
da Biblioteconomia, nestes termos, se torna uma tarefa hercúlea,
posto que a maioria dos autores faz questão de ressaltar as diferenças na acepção dos termos: “dado”, “informação”, “conhecimento”
e “documento” (McGARRY, 1984). Destarte, a interpretação mais
comum no campo da Biblioteconomia, e, por extensão, da Documentação, é de que o conceito de documento também é amplo,
proporcionando uma miríade de possibilidades. Além disso, para
ambos, o documento é produzido dentro de um contexto técnico-cientíico.
1. ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO
DE BIBLIOTECAS.
Fases da biblioteca
1) primeiro período histórico: com as bibliotecas do tempo de
Aristóteles até começo da automação; depois: as modernas bibliotecas com seus serviços plenamente automatizados; inalmente: a fase
contemporânea da biblioteca eletrônica;
2) a biblioteca em papel, seguida pela biblioteca de processos
automatizados, e a biblioteca digital, com artefatos armazenados
eletronicamente.
Para muitos autores, a tipologia de cada biblioteca depende das
funções desempenhadas por ela. De acordo com este entendimento,
ela pode ser:
a) escolar – localiza-se em escolas e é organizada para integrar-se com a sala de aula e no desenvolvimento do currículo escolar.
Funciona como um centro de recursos educativos, integrado ao processo de ensino-aprendizagem, tendo como objetivo primordial desenvolver e fomentar a leitura e a informação. Poderá servir também
como suporte para a comunidade em suas necessidades;
b) especializada – sua inalidade é promover toda informação
especializada de determinada área, como, por exemplo, agricultura,
direito, indústria etc.
c) infantil – tem como objetivo primordial o atendimento de
crianças com os diversos materiais que poderão enriquecer suas
horas de lazer. Visa a despertar o encantamento pelos livros e pela
leitura e a formação do leitor.
d) pública – está encarregada de administrar a leitura e a informação para a comunidade em geral, sem distinção de sexo, idade,
raça, religião e opinião política.
e) nacional – é a depositária do patrimônio cultural de uma nação. Encarrega-se de editar a bibliograia nacional e fazer cumprir
o depósito legal. Em alguns casos, essa biblioteca, única, em cada
país, necessita de uma política especial de recursos e, por falta de interesse na conservação do patrimônio nacional, torna-se um depósito de livros, sem meios suicientes para difundir sua valiosa coleção.
f) universitária – é parte integrante de uma instituição de ensino
superior e sua inalidade é oferecer apoio ao desenvolvimento de
programas de ensino e à realização de pesquisas.
É importante entender que a tipologia de cada biblioteca nos
ajuda não só a perceber a função social de cada uma, como também
requer um conhecimento mais apurado da comunidade na qual a
biblioteca está inserida, evidenciando principalmente suas necessidades e seus anseios por informação e hábitos culturais. Ter conhecimento das necessidades da comunidade é que propiciará o estabelecimento de diretrizes e ações que permitirão alcançar os resultados
almejados com o fazer cultural e educacional.
portal.mec.gov.br
Biblioteconomia é uma área interdisciplinar e também multidisciplinar do conhecimento que estuda as práticas, perspectivas e
as aplicações de métodos de representação e gestão da informação e
do conhecimento em diferentes ambientes de informação tais como
bibliotecas e centros de documentação, centros de pesquisa. Atualmente, a área está entrelaçada com diversas outras áreas, principalmente com a Ciência da Informação e a Documentação.
Didatismo e Conhecimento
1
CONHECI MENTOS ESPECÍ FI COS/ Auxiliar de Biblioteca
O bibliotecário indiano Ranganathan, na enunciação das cinco
leis da Biblioteconomia (1. Os livros são usar; 2. A cada leitor seu
livro; 3. A cada livro seu leitor; 4. Poupe o tempo do leitor; 5. A
biblioteca é um organismo em crescimento), recomendou que houvesse uma extrapolação do termo livro para o termo documento.
Nota-se que nessa acepção, o autor indica para um contexto muito próximo da ideia de Biblioteconomia especializada dirigida à
emergência técnica-cientíica: “O serviço eiciente, rápido, preciso
e exaustivo de fornecimento de micro ideias em nascimento aos especialistas, exigido pela pressão social de hoje, denomina-se serviço
de Documentação” (RANGANATHAN, 2006, p. 280).
Em consequência desta visão, surgiram estudos que tentavam
responder a propalada explosão informacional no contexto cientíico, como descrito por Braga (1995, p.2): “A informação, na biblioteca, está ligada à documentação. A explosão e o caos documentário,
tão bem conigurados por Bradford, enfocavam e enfocam informação como sinônimo de documento [...]”.
Neste contexto, interessava mapear a produção cientíica, mensurá-la de alguma forma, com o intuito de viabilizar o próprio fazer
cientíico diante de tamanho caos, e assim a Bibliometria. No Brasil
os estudos nessa área emergiram na década de 1970, com a criação
do mestrado em Ciência da Informação, pelo Instituto Brasileiro de
Bibliograia e Documentação (IBBD), atual Instituto Brasileiro de
Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT), que oferecia a disciplina “Processamento de Dados na Documentação”, ministrada pelo
professor Tefko Saracevic. Assim, a partir desse momento, inicia-se
no país uma grande procura pela Bibliometria, sendo esta aplicada
aos mais diversos campos (ALVARADO, 1984).
Na sequência deste acontecimento, coube à Biblioteconomia,
em seus cursos de graduação e, posteriormente, de pós-graduação,
dar continuidade aos estudos iniciados no mestrado do IBBD. Assim, diversos estudos, dentro das “leis” estabelecidas no contexto
da Bibliometria, mas com distintas abordagens, foram realizados
enfocando diferentes áreas do conhecimento. Enim, o sentido de
documento na Biblioteconomia foi sendo, cada vez mais, permeado
por seu contexto cientíico.
Ademais, dentre os empenhos dos proissionais em relação ao
tema documento, pode-se citar a criação dos tesauros e dos vocabulários controlados, que, de modo geral, representam mais um esforço
no sentido de racionalizar (categorizar) a produção cientíica, e, com
isso, melhorar e tornar mais rápida a recuperação do documento.
Retoricamente e no sentido de reforçar os argumentos, retoma-se a Ranganathan para mostrar a intrínseca relação entre a Biblioteconomia e a Bibliometria:
Porém, foi somente em 1969, no seminário anual do Documentation Research and Training Centre (DRTC), que ele apresentou
um trabalho com alguns exemplos de aplicação da estatística na biblioteconomia. Foi com base neste trabalho de Ranganathan e em
pesquisas realizadas no DRTC que Neelameghan (1969) esboçou a
aplicabilidade da biblioteconometria, ou bibliometria, como se tornou conhecida (VANTI, 2002, p. 153).
Nesta direção, pode-se dizer que a Biblioteconomia, além de
se ocupar do problema da explosão documental cientíica, produziu
boas tentativas de respostas para as questões de armazenamento e
organização de documentos. Além dos estudos bibliométricos houve um grande avanço na criação de serviços, tais como a Disseminação Seletiva da Informação, os serviços de alerta e tantos outros.
Estes serviços eram considerados as formas pelas quais as bibliotecas iltravam a informação cientíica para os seus usuários.
Didatismo e Conhecimento
Conceitualmente pode-se discutir, em outra direção, que essa
relação intrínseca da Biblioteconomia com a Documentação e das
noções de livro e documento trazem relexões interessantes para a
atualidade, uma vez que a Biblioteconomia consegue elaborar respostas para as questões da Documentação e para a Ciência da Informação. Por outro lado, comparativamente, ressalta-se o forte caráter
técnico-cientíico do termo documento para a Biblioteconomia em
relação à Arquivologia e à Museologia. Pode-se ainda dizer que a
simbiose entre a Documentação e a Biblioteconomia enriqueceu o
campo de estudos desta última. Essa observação sob determinadas
circunstâncias, pode ser feita também para a relação daquela com a
Arquivologia e Museologia, sendo que estas últimas não sofreram
tanta inluência da Documentação proposta por Otlet, como a Biblioteconomia, que reteve, desta, amiúde, o problema da explosão
documentária no âmbito técnico-cientíico em escala global e com
auspícios de universalidade.
Por Gabrielle Francinne de S.C Tanus; Leonardo Vasconcelos
Renau e Carlos Alberto Ávila Araújo
A biblioteca é divida em setores para atender ao usuário e para
atender ao acervo. As principais seções (setores) da biblioteca são:
Administração – é responsável pela administração geral. Ou
seja, recursos humanos, segurança, inanças, planejamento, controle, correspondências, etc.
Desenvolvimento de coleções – é o setor responsável pelo acervo da biblioteca, ou melhor, pelo desenvolvimento da coleção de
documentos da biblioteca. É dividido em dois (em geral):
1- Seleção, que se responsabiliza por selecionar os livros e documentos que a biblioteca precisa e deseja para melhorar sua coleção, tanto qualitativamente quanto quantitativamente.
A seleção que busca incorporar acervo à biblioteca chama-se
seleção positiva. A seleção que busca retirar acervo da biblioteca, ou
descartar, é chamada seleção negativa.
2 – Aquisição, que irá implementar as decisões da seleção, ou
seja, irá efetivamente adquirir os documentos selecionados pelo
setor de seleção. A aquisição pode ser de 3 formas: compra, que
será por assinatura para periódicos e por licitação no caso de órgãos
públicos. Permuta, ou seja, troca de materiais entre instituições. E
doação, ou seja, quando a biblioteca recebe os documentos gratuitamente. Neste caso, é preciso avaliar criteriosamente se os livros
doados realmente servem para o uso da biblioteca.
- Registro – é o setor responsável por tornar os livros e documentos patrimônio da biblioteca. Cada livro/documento ira receber
o seu número de tombo e vários carimbos para assegurar a propriedade do exemplar.
PT (Processos técnicos) - é o setor que irá tratar o documento, aplicando técnicas da biblioteconomia para classiicar, indexar
e catalogar.
- Preservação, conservação e restauração – é o setor responsável por periodicamente avaliar o estado físico das obras e retirar
da circulação os exemplares daniicados, a im de restaurá-los ou
encaderná-los.
- Referência – é o setor responsável por atender o usuário. É o
cartão de visitas da biblioteca. É o primeiro contato do usuário com
o a biblioteca.
- Circulação – Como o próprio nome indica, é o setor responsável pela circulação do acervo, ou seja, empréstimo e devolução dos
livros. Normalmente, está ligado ao setor de referência pois faz parte
2
CONHECI MENTOS ESPECÍ FI COS/ Auxiliar de Biblioteca
do atendimento ao usuário. Além do empréstimo, que é a retirada
do livro pelo usuário, e da devolução, este setor realiza também a
cobrança dos livros em atraso (por carta, telefone ou mesmo e-mail),
reserva dos livros que estão emprestados e a renovação do empréstimo, ou seja, um novo prazo para icar com o livro.
lexão sobre a moral, propicia que se conira aos valores a condição
de: normas, princípios ou padrões sociais, de natureza econômica,
moral, religiosa, artística, cientiica, política, proissional e legal.
(GUIMARAES et al , 2009, p. 98)
Quanto à relação da ética com os valores é perceptível um relacionamento indissociável, uma vez que para que o individuo possa
realizar uma relexão ética sobre suas ações, os valores morais já devem estar incutidos através de sua bagagem existencial e sedimentados no seu interior. No que diz respeito à ética e moral estes termos
muitas vezes aparecem lado alado e não raro são confundidos em
seus signiicados, tornando-se sinônimos uma da outra.
Por dentro da ética e da postura proissional
Segundo Guimarães et al (2009) a dimensão proissional da ética teria surgido a partir do desenvolvimento da sociedade capitalista,
averiguando as proissões no que dizia respeito questões e técnicas
operacionais (como fazer) e ainda onde estas proissões estavam inseridas socialmente, bem como seus objetivos (para que e porque fazer), surgindo assim a ética proissional que “relete uma dimensão
cotidiana da ética no ambiente do desenvolvimento das relações de
trabalho” (GUIMARÃES, et al, 2009,p.99)
Os autores acima (p.99) ainda acrescentam que a ética proissional pautada nos valores e ações que visam o agir proissional
correto e adequado podem gerar conlitos com os valores de certos
indivíduos. Isto quer dizer que em certo momento de sua atuação
proissional o individuo, passível de erro como é todo o ser humano, pode sentir-se inclinado a não agir corretamente ou por motivos
alheios a sua vontade ou ainda porque os valores morais instalados
dentro de si não estão devidamente trabalhados e sedimentados, turvando a visão neste momento do certo ou errado, dobem ou do mal.
A prática proissional constitui o resultado de uma relação
humano-social, sustentada na expectativa de um usuário quanto à
disposição e domínio de saber que possui um prestador de serviço.
Desse prestador de serviço, o usuário espera não apenas que ele saiba o que fará, como o fará e conheça as condutas técnicas e deliberações sobre como aplicar esse saber, mas que respeite a si próprio
como executor de sua tarefa para minimamente ser humanamente
conveniente com o resultado que proporcionará ao usuário no inal
de seu trabalho. (SOUZA, 2007a).
O mesmo autor ainda acrescenta que “ [...] todos os proissionais, como coletivo que se identiica por sua atividade laborativa,
são levados a estabelecer [...] um conjunto de princípios que orientem as suas condutas pessoais e as suas práticas ou ações proissionais.” (SOUZA, 2007a).
O autor (2007a) ainda comenta sobre as atitudes que constituem um proissional. Elas são decorrentes da preparação proissional e da conduta moral, resultado da socialização, valores, justiça,
porém o autor relete sobre os gostos e preferências individuais, que
intervirão na prática proissional.
[...] a moral proissional poderá ter nuances em sua expressão,
conforme as características do objeto especíico com que trabalha
e da inalidade social a que atende a respectiva proissão, isto é, da
especiicidade da missão proissional de cada proissão socialmente
estabelecida. (SOUZA, 2007a).
Para dar continuidade ao nosso estudo, traçamos aqui a similaridade entre os proissionais arquivistas e bibliotecários. Ambos
são responsáveis pela organização da informação para posterior
uso da sociedade. Muito mais que atividades mecânicas, temos
uma responsabilidade social: proporcionar o alcance da informação
aos usuários de uma forma simples e facilitada. Para que possamos
ÉTICA, ORGANISMOS
DE CLASSE E LEGISLAÇÃO
A ética segundo o Dicionário da Língua Portuguesa Houaiss
(2004, p. 319) “1) conjunto de preceitos sobre o que é moralmente
certo ou errado; 2) parte da ilosoia dedicada aos princípios que
orientam o comportamento humano”.
Segundo Motta, A Ética baseia-se em uma ilosoia de valores
compatíveis com a natureza e o im de todo ser humano, por isso,
“o agir” da pessoa humana está condicionado a duas premissas consideradas básicas pela Ética: “o que é” o homem e “para que vive”,
logo toda capacitação cientíica ou técnica precisa estar em conexão
com os princípios essenciais da Ética. (MOTTA, 1984, p. 69)
A ética é um valor fundamental de nossas atitudes. Deveria ser
um valor habitual, porém a sociedade carece desse valor. Cornelutti
(apud LIMA, 1987, p. 889) fala que “o direito é necessário porque
os homens não são como deveriam ser.”
Muitas atitudes encontradas são exemplos da falta de ética existente nas relações humanas, que englobam desde a família, a política e o trabalho. O enfoque desse trabalho será voltado a conduta
proissional, especiicamente serão analisados os códigos de ética
do bibliotecário e do arquivista, este sob a ótica internacional, por
não haver regulamentação nacional. O debate ético é necessário,
visto que o ser humano com consciência necessitada conduta ética
e assim contribui para a melhoria das atitudes e trazem o bem estar
social. Uma proissão pautada em fundamentos éticos colabora para
a construção deum mundo menos corrupto.
Entrelaçamento da ética, moral e valores
Estas três concepções fazem ou farão parte em algum momento
da vida de todo o ser humano, estão interligadas e convergem em
alguns aspectos e se diferenciam em outros, dependendo do contexto sob os quais são analisadas. O ser humano só poderá fazer uso
destas três abordagens enquanto izer parte de um ecossistema social
uma vez que vivendo isoladamente do âmbito social prescindirá de
tais pressupostos. A seguir constam abordagens teóricas de alguns
autores sobre os termos ética, moral e valores, descortinando o véu
existente sobre os seus signiicados mais intrínsecos.
Para Frei Betto (2003) são termos indissolúveis “Toda atitude
ética está intimamente ligada aos valores morais que predominam
em nosso grupo social. São esses valores que inspiram nossas ações
e servem de referência para avaliar se elas são ou não eticamente
aceitáveis.” (FREI BETTO, 2003, p. 17)
Enquanto que Guimarães et al agrega aos valores uma concepção normativa
[...] os valores, pressuposto da vida em sociedade, são construídos ao longo da historia de cada individuo, em suas diferentes etapas
de desenvolvimento e partem das raízes culturais de cada sociedade,
que os julgam moralmente(relexão ética) e então são admitidos e
respeitados por estes cidadãos. Desse modo, a Ética enquanto re-
Didatismo e Conhecimento
3
CONHECI MENTOS ESPECÍ FI COS/ Auxiliar de Biblioteca
exercer nossas atividades, um código de ética é necessário, para
propor alguns direitos, deveres, proibições e até sanções. A atuação
dos proissionais da informação que atuam na área de organização
e tratamento da informação e representação temática é permeada
pela constante vigília e relexão sobre os aspectos éticos do exercício proissional, portanto a ética é a base que sustenta a atuação do
proissional da informação.
Isto se deve ao fato de que “o proissional desta área medeia,
por meio de linguagens documentárias, os conteúdos informacionais
de documentos de diferentes naturezas e isso requer uma atitude ética constante.” (VALENTIM, 2004, p. 55).
A autora defende ainda que: o fazer do proissional da área está
muito ligado a atitudes e comportamentos éticos, tanto em relação
ao usuário, quanto em relação ao próprio fazer informacional. Na
mesma linha de pensamento Fernades-Molina (2009, p. 66) parte do
princípio de que as bibliotecas e os demais centros de informação
tem missões e objetivos de caráter social atuando com uma série
de valores e a consecução de seus objetivos se obtém através de
uma conduta ética. Pressupondo assim que “os proissionais da informação são agentes morais, responsáveis ante si mesmos, ante os
demais e ante a sociedade em seu conjunto.”
Código de Ética do Proissional Bibliotecário
O Código de Ética do Proissional Bibliotecário foi retirado do
site do Conselho Federal de Biblioteconomia. Esta informação é importante que seja de fácil e livre acesso a todos, principalmente os
proissionais.
Uma das preocupações foi regulamentar o código, dando legalidade ao mesmo, com a publicação no Diário Oicial da União.
Mostrando o comprometimento proissional com a questão ética.
Está dividido em seções e artigos.
Souza explica sobre o Código do Bibliotecário
[...] Código Brasileiro, cujo teor é inteiramente prescritivo, ou
seja, determina uma forma de atuação do bibliotecário. Além disso,
o Código de Ética do bibliotecário brasileiro está redigido segundo
um modelo de redação legislativa e institui penalidades, por eventual má conduta proissional. (SOUZA, 2007b).
E continua:
Os bibliotecários brasileiros, nos termos de seu Código de Ética, mais que autores de sua atuação, são as sujeitados ao cumprimento de um modo de atuar. Talvez, por essa razão, pelo vício de
origem brasileira de legislar sobretudo ou de regular qualquer coisa
em sua existência humana, a prescrição da postura ou conduta de
Código de Ética do bibliotecário brasileiro sirva para obscurecer
a verdadeira intenção de quem criou originalmente tal Código nos
idos da ditadura militar iniciada em 1964. (SOUZA, 2007b).
O código preocupa-se com os aspectos que digniicam a proissão do bibliotecário, além disso tem como direitos a preservação
proissional e o atendimento ao usuário, permeando a proissão com
questões de compaixão e gratiicação. Determina ainda, o sigilo proissional que deveria ser intrínseco a todos, no entanto não é o que
notamos. As proibições são mencionadas visto que num mercado
competitivo e qualiicado muitos se valem de comportamentos antiéticos para obter vantagens individuais. Julgando que estamos numa
sociedade, onde a ética não é respeitada por todos, quem infringir,
deve arcar com penalidades, assim o código postula sanções para
essas atitudes.
Cabe ressaltar que existe na redação do código especiicações
quanto aos honorários proissionais, sendo regulamentada uma remuneração justa.
Didatismo e Conhecimento
Por Luciene Michel; Karin Lorien Menoncin; Natália Gastaud
de Oliveira e Nara Rodrigues.
Relação interpessoal não existe sem trabalho em equipe
Ter uma boa relação interpessoal é fundamental para quem quer
se destacar na carreira. Conlitos são comuns e a convivência diária
é difícil - principalmente com aqueles colegas que não conhecemos
bem, mas um bom clima organizacional pode trazer muitos resultados benéicos, tanto para a empresa quanto ao funcionário.
Tendo em vista a importância do bom relacionamento nos resultados da empresa e na qualidade de vida de seus funcionários,
empresas têm adotado atividades com esse direcionamento. É o caso
da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no qual a área de recursos
humanos desenvolve um trabalho direcionado para estimular as
relações interpessoais entre os seus colaboradores - são realizadas
dinâmicas e atividades destinadas à melhoria do relacionamento interpessoal, que variam de acordo com as questões apresentadas pela
equipe.
“Hoje não se faz mais nada sem trabalho em equipe, as competências e informações não são centralizadas em uma só pessoa.
A ajuda mútua faz parte do desenvolvimento de projetos”, airma
Fátima Motta, professora doutora do núcleo de estudos e negócios
em desenvolvimento de pessoas da Escola Superior de Propaganda
e Marketing (ESPM) e sócia-diretora da FM Consultores.
De acordo com Fátima, o trabalho em equipe faz com que o
desempenho individual se potencialize. “Para crescer precisamos do
outro, nada acontece de forma isolada. Não identiicar a importância
é uma cegueira que as pessoas acabam desenvolvendo”, destaca.
Como o trabalho em equipe deve ser estimulado
Um trabalho harmonioso torna tudo mais fácil e as metas cada
vez mais próximas de serem cumpridas. Fátima explica que o gestor assume um papel importante para a equipe, e deve estabelecer
objetivos claros, que dependam da construção de todos. “O gestor
deve entender que ele constrói junto com os outros. Atitudes como
elogiar, vivenciar e reconhecer a equipe, realizar trabalhos de desenvolvimento, assim como workshops de times são importantes para
aprimorar ainda mais o relacionamento”, explica. E quando em um
trabalho em equipe existirem comandantes e comandados, qual a
relação interpessoal ideal? Segundo Fátima, deve haver o mesmo
vínculo, quem coordena a equipe deve entender que a liderança é
compartilhada e deve reconhecer o valor que o outro tem para contribuir com a equipe. “Saber dar e receber feedback, estimular a
equipe e comunicação aberta, são comportamentos ideais”, airma.
Diiculdades no relacionamento interpessoal
De acordo com Fátima, as maiores diiculdades estão na supericialidade das relações. Hoje em dia existem diversas formas de
nos comunicarmos, como e-mails e redes sociais, não precisando de
contato físico. “A qualidade do contato e o vínculo com o outro é
fundamental naquilo que ele precisa desenvolver da melhor forma”,
airma. Entender que relacionamento interpessoal não signiica amizade também é importante. “Não precisa ser amigo íntimo, apenas
coniar na pessoa dentro do que está proposta e ter respeito mútuo.
Saber se comunicar e entender que o outro é diferente de você, são
fatores importantes para um trabalho em equipe”, complementa.
Por Fátima Motta
Cinco pilares do relacionamento interpessoal no trabalho
Entre os relacionamentos que temos na vida, os de trabalho são
diferenciados por dois motivos: um é que não escolhemos nossos
4
CONHECI MENTOS ESPECÍ FI COS/ Auxiliar de Biblioteca
colegas, chefes, clientes ou parceiros; o outro é que, independentemente do grau de ainidade que temos com as pessoas do ambiente
corporativo, precisamos funcionar bem com elas para realizar algo
juntos.
Esses ingredientes da convivência no trabalho nos obrigam a
lidar com diferenças de opinião, de visão, de formação, de cultura,
de comportamento… Fazer isso pode não ser fácil, mas é possível se
basearmos nossos relacionamentos interpessoais em cinco pilares:
autoconhecimento, empatia, assertividade, cordialidade e ética.
Autoconhecimento – Fundamental para administrar bem os relacionamentos, autoconhecimento implica reconhecer nossos traços
de comportamento, o impacto que causamos nos outros e que comportamentos dos outros nos incomodam. Por exemplo: uma pessoa
objetiva e dinâmica, que gosta de agir com independência e rapidez
para atingir seus objetivos, pode ter conlitos na interação com um
colega de peril mais cauteloso e metódico, que segue regras à risca
e tem um ritmo mais lento por se preocupar com detalhes. Porém,
se pelo menos um dos dois tiver autoconhecimento, pode utilizar
estratégias que minimizam o conlito com o outro.
Empatia – Trata-se de considerar os outros, suas opiniões, sentimentos e motivações. Sem isso, não há como chegar a uma negociação ganha-ganha, fruto de um relacionamento equilibrado. A
empatia também nos torna capazes de enxergar além do próprio umbigo e ampliar nossa percepção da realidade com os pontos de vista
dos outros. Entre as várias coisas que se pode fazer para praticá-la, a
mais básica é saber ouvir.
Assertividade – Para ter relacionamentos saudáveis, não basta
ouvir: é preciso também falar, expressar nossas opiniões, vontades,
diiculdades. É aí que entra a assertividade, a habilidade para nos
expressar de forma franca, direta, clara, serena e respeitosa.
Cordialidade – Tratar as pessoas com cordialidade é ser gentil,
solícito e simpático, é demonstrar consideração pelo o outro de várias formas. Pode ser com o “bom dia” com que saudamos o destinatário de nossa mensagem de e-mail, com o ato de segurar a porta
do elevador para alguém entrar ou apanhar do chão um objeto que
o colega deixou cair. Dizer “obrigado” olhando a pessoa nos olhos,
oferecer-se para prestar uma ajuda, cumprimentar aquele com quem
cruzamos no corredor, mesmo saber seu nome… A cordialidade desinteressada, que oferecemos por iniciativa própria, sem esperar
nada em troca, é um facilitador do bom relacionamento no ambiente
de trabalho.
Ética – Ser ético é ter atitudes que não prejudiquem os outros,
não quebrem acordos e não contrariem o que se considera certo e
justo. Podemos ter muito autoconhecimento, ser altamente empáticos e assertivos, mas, se não nos conduzirmos pela ética, não conseguiremos manter relacionamentos equilibrados.
Fortalecer esses pilares traz melhorias não só para nossas interações no trabalho, mas também para as de outras áreas da vida
– familiar, afetiva, social, de amizade. Vale a pena investir nisso –
ainal, os relacionamentos são a melhor escola para o nosso desenvolvimento pessoal.
Por Regina Giannetti D. Pereira
Conselho Regional de Biblioteconomia:
É o órgão representativo da classe proissional atuante no
Estado, ou região, e tem por inalidade iscalizar o exercício da
proissão.
Autarquia Federal (pessoa jurídica de direito público) criada
pela Lei nº. 4.084/52 (que regulamentou a proissão), responsável
pelo registro obrigatório dos bibliotecários e entrega das respectivas carteiras proissionais, iscalização do exercício da atividade e
defesa da sociedade sob a ótica do exercício da proissão apenas
por proissionais devidamente habilitados. Pode multar bibliotecas
e bibliotecários. Pode abrir processo criminal por exercício ilegal
de proissão por parte de trabalhadores não registrados no CRB.
Associação:
Pessoa jurídica de direito privado, responsável por congregar
os proissionais de determinada área, visando atualização e aprimoramento proissional, através da promoção de eventos, cursos,
vendas de publicações da área, criação de grupos de trabalho por
áreas, etc.
Também atua na Divulgação da Proissão, visando abrir vagas
no mercado de trabalho, podendo disponibilizar bancos de currículos e divulgar vagas.
Os proissionais se associam livremente. É a mais antiga das 3
entidades de bibliotecários e tem por inalidade principal a realização de cursos de interesse dos bibliotecários.
Sindicato:
Pessoa jurídica de direito privado, que têm sua ação voltada
para as questões referentes à relação de trabalho, tais como salário, horas extras, insalubridade, acordos e dissídios coletivos, etc.
(Freitas, 2002). Entidade constituída para ins de proteção, estudo
e defesa de interesses comuns.
Os proissionais podem se associar livremente. Tem as prerrogativas de representante legal da categoria perante os 3 níveis
de governo e junto ao Poder Judiciário. Faz todo ano negociações
salariais com os sindicatos e federações patronais. Ingressa anualmente na Justiça do Trabalho com o dissídio coletivo da categoria,
que ixa o percentual de reajuste dos salários, piso salarial e demais
benefícios dos BIBLIOTECÁRIOS. Mantém a BOLSA DE PROFISSIONAIS (banco de dados/currículos) visando à recolocação
no mercado dos proissionais demitidos. Faz a conferência e homologação das rescisões de contratos de trabalho. Ministra cursos
de atualização e reciclagem proissional.
As atribuições regimentais dos conselhos incluem a defesa da
regulamentação da proissão, o respeito à classe e à ética proissional. As questões relativas à remuneração cabem aos sindicatos. A
promoção de eventos, cursos, etc. são de responsabilidade das associações. Os conselhos regionais e o federal apóiam essas atividades promovidas por entidades co-irmãs na qualidade de parceiros.
Entidades de Classe do Bibliotecario
Conselho Regional de Biblioteconomia, Associação e Sindi-
Extraído de: http://nelsonoliveiradasilva.com.br/entidades.
html
cato
Didatismo e Conhecimento
5
CONHECI MENTOS ESPECÍ FI COS/ Auxiliar de Biblioteca
Dispõe sobre Código do Ética do Conselho Federal de Biblioteconomia.
Art.4º - A conduta do Bibliotecário em relação aos colegas
deve ser pautada nos princípios de consideração, apreço e solidariedade.
O Conselho Federa1 de Biblioteconomia, no uso das atribuições que lhe são conferidas pela Lei no 4.084, de 30 de junho de
1962 e o Decreto no 56.725 de 16 de agosto de 1965, resolve:
Art.5º - O Bibliotecário deve, em relação aos colegas, observar as seguintes normas de conduta:
a) ser leal e solidário, sem conivência com erros que venham
a infringir a ética e as disposições legais que regem o exercício da
proissão;
b) evitar críticas e/ou denúncias contra outro proissional, sem
dispor de elementos comprobatórios;
c) respeitar as idéias de seus colegas, os trabalhos e as soluções, jamais usando-os como de sua própria autoria;
d) evitar comentários desabonadores sobre a atuação proissional;
e) evitar a aceitação de encargo proissional em substituição
a colega que dele tenha desistido para preservar a dignidade ou
os interesses da proissão ou da classe, desde que permaneçam as
mesmas condições que ditaram referido procedimento;
f) colaborar com os cursos de formação proissional, orientando e instruindo os futuros proissionais;
g) tratar com urbanidade e respeito os colegas representantes
dos órgãos de classe quando no exercício de suas funções, fornecendo informações e facilitando o seu desempenho;
h) evitar, no exercício de posição hierárquica, denegrir a imagem de proissionais subordinados e outros colegas de proissão.
CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO
BIBLIOTECÁRIO
SEÇÃO I –
DOS OBJETIVOS
Art.1º - O Código de Ética Proissional tem por objetivo ixar
normas de conduta para as pessoas físicas e jurídicas que exerçam
as atividades proissionais em Biblioteconomia
SEÇÃO II –
DOS DEVERES E OBRIGAÇÕES
Art.2º - Os deveres do proissional de Biblioteconomia compreendem, além do exercício de suas atividades:
a) digniicar, através dos seus atos, a proissão, tendo em vista
a elevação moral, ética e proissional da classe; b) observar os ditames da ciência e da técnica, servindo ao poder público, à iniciativa
privada e à sociedade em geral; c) respeitar leis e normas estabelecidas para o exercício da proissão; d) respeitar as atividades de
seus colegas e de outros proissionais; e) contribuir, como cidadão
e como proissional, para o incessante desenvolvimento da sociedade e dos princípios legais que regem o país.
Art. 6º - O Bibliotecário deve, com relação à classe, observar
as seguintes normas:
a) prestigiar as entidades de Classe, contribuindo, sempre que
solicitado, para o sucesso de suas iniciativas em proveito da coletividade, admitindo-se a justa recusa;
b) zelar pelo prestígio da Classe, pela dignidade proissional e
pelo aperfeiçoamento de suas instituições;
c) facilitar o desempenho dos representantes do órgão iscalizador, quando no exercício de suas respectivas funções;
d) acatar a legislação proissional vigente;
e) apoiar as iniciativas e os movimentos legítimos de defesa
dos interesses da classe, participando efetivamente de seus órgãos
representativos, quando solicitado ou eleito;
f) representar, quando indicado, as entidades de Classe;
g) auxiliar a iscalização do exercício proissional e zelar pelo
cumprimento deste Código de Ética comunicando, com discrição,
aos órgãos competentes, as infrações de que tiver ciência.
Art. 3º - Cumpre ao proissional de Biblioteconomia:
a) preservar o cunho liberal e humanista de sua proissão, fundamentado na liberdade da investigação cientíica e na dignidade
da pessoa humana;
b) exercer a proissão aplicando todo zelo, capacidade e honestidade no seu exercício;
c) cooperar intelectual e materialmente para o progresso da
proissão, mediante o intercâmbio de informações com associações de classe, escolas e órgãos de divulgação técnica e cientíica;
d) guardar sigilo no desempenho de suas atividades, quando o
assunto assim exigir;
e) realizar de maneira digna a publicidade de sua instituição
ou atividade proissional, evitando toda e qualquer manifestação
que possa comprometer o conceito de sua proissão ou de colega;
f) considerar que o comportamento proissional irá repercutir
nos juízos que se izerem sobre a classe;
g) conhecer a legislação que rege o exercício proissional da
Biblioteconomia, assim como as suas alterações, quando ocorrerem, cumprindo-a corretamente e colaborando para o seu aperfeiçoamento;
h) combater o exercício ilegal da proissão;
i) citar seu número de registro no respectivo Conselho Regional, após sua assinatura em documentos referentes ao exercício
proissional;
j) estimular a utilização de técnicas modernas objetivando o
controle da qualidade e a excelência da prestação de serviços ao
usuário;
l) prestar serviços assumindo responsabilidades pelas informações fornecidas, de acordo com os preceitos do Código Civil e
do Código do Consumidor vigentes.
Didatismo e Conhecimento
Art.7º - O Bibliotecário deve, em relação aos usuários e clientes,
observar as seguintes condutas:
a) aplicar todo zelo e recursos ao seu alcance no atendimento
ao público, não se recusando a prestar assistência proissional, salvo por relevante motivo;
b) tratar os usuários e clientes com respeito e urbanidade;
c) orientar a técnica da pesquisa e a normalização do trabalho
intelectual de acordo com suas competências.
Art.8º - O Bibliotecário deve interessar-se pelo bem público e,
com tal inalidade, contribuir com seus conhecimentos, capacidade
e experiência para melhor servir a coletividade.
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CONHECI MENTOS ESPECÍ FI COS/ Auxiliar de Biblioteca
Art.9º - No desempenho de cargo, função ou emprego, cumpre
ao Bibliotecário digniicá-lo moral e proissionalmente.
l) assinar trabalhos ou quaisquer documentos executados por
terceiros ou elaborados por leigos, alheios a sua orientação, supervisão e iscalização;
m) exercer a proissão quando impedido por decisão administrativa transitada em julgado;
n) recusar a prestar contas de bens e numerário que lhes sejam
coniados em razão de cargo, emprego ou função;
o) deixar de cumprir, sem justiicativa, as normas emanadas
dos Conselho Federal e Regionais, bem como deixar de atender
a suas requisições administrativas, intimações ou notiicações, no
prazo determinado;
p) utilizar a posição hierárquica para obter vantagens pessoais
ou cometer atos discriminatórios e abuso de poder;
r) aceitar qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão por sexo, idade, cor, credo, e estado civil.
Art.10 - Quando consultor, é responsabilidade do Bibliotecário apresentar métodos e técnicas compatíveis com o trabalho
oferecido, objetivando o controle da qualidade e a excelência da
prestação de serviços, durante e após a execução dos trabalhos.
SEÇÃO III
DOS DIREITOS
Art. 11 - São direitos do proissional Bibliotecário:
a) exercer a proissão independentemente de questões referentes a religião, raça, sexo, cor e idade;
b) apontar falhas nos regulamentos e normas das instituições
em que trabalha, quando as julgar indignas do exercício proissional, devendo, neste caso, dirigir-se aos órgãos competentes, em
particular, ao Conselho Regional;
c) votar e ser votado para qualquer cargo ou função em órgãos
ou entidades de classe, nos termos da legislação vigente;
d) defender e ser defendido pelo órgão de classe, se ofendido
em sua dignidade proissional;
e) auferir benefícios da ciência e das técnicas modernas, objetivando melhor servir ao seu usuário, à classe e ao país;
f) usufruir de todos os demais direitos especíicos, nos termos
da legislação que cria e regulamenta a proissão de bibliotecário;
g) preservar seu direito ao sigilo proissional, quando portador
de informações conidenciais;
h) formular, junto às autoridades competentes, críticas e/ou
propostas aos serviços públicos ou privados, com o im de preservar o bom atendimento e desempenho proissional.
SEÇÃO V
DAS INFRAÇÕES DISCIPLINARES E PENALIDADES
Art.13 - A transgressão de preceito deste Código, constitui infração ética, sujeita às seguintes penalidades:
a) advertência reservada;
b) censura pública;
c) suspensão do registro proissional pelo prazo de até três
anos;
d) cassação do exercício proissional com apreensão de carteira proissional;
e) Multa de 1 a 50 (cinquenta) vezes o valor atualizado da
anuidade.
§ 1º - A pena de multa, de um a cinqüenta vezes o valor
atualizado da anuidade, poderá ser combinada com qualquer das
penalidades enumeradas nas alíneas “a a d” deste artigo, podendo
ser aplicada em dobro no caso de reincidência.
§ 2º - A falta de pagamento da multa no prazo estipulado,
determinará a suspensão do exercício proissional, sem prejuízo da
cobrança por via executiva.
§ 3º - A suspensão por falta de pagamento de anuidade, taxas
e multas somente cessará com o recolhimento da dívida, podendo
estender-se por até três anos, decorridos os quais o proissional
terá, automaticamente, cancelado o seu registro, se não resgatar o
débito, sem prejuízo da cobrança executiva.
§ 4º - A pena de cassação do registro proissional acarretará
ao infrator a perda do direito de exercer a proissão em todo Território Nacional, e conseqüente apreensão da carteira de identidade
proissional.
§ 5º - Ao infrator suspenso por débito será admitida a
reabilitação proissional, mediante novo registro, satisfeitos, além
das anuidades em débito, as multas e demais emolumentos e taxas
cabíveis.
§ 6º - As penalidades serão anotadas na carteira proissional e
no cadastro do CRB, sendo comunicadas ao CFB, demais Conselhos Regionais e ao empregador.
SEÇÃO IV
DAS PROIBIÇÕES
Art. 12 - Não se permite ao proissional de Biblioteconomia,
no desempenho de suas funções:
a) praticar, direta ou indiretamente, atos que comprometam a
dignidade e o renome da proissão;
b) nomear ou contribuir para que se nomeiem pessoas sem
habilitação proissional para cargos privativos de Bibliotecário, ou
indicar nomes de pessoas sem registro nos CRB;
c) expedir, subscrever ou conceder certiicados, diplomas ou
atestados de capacitação proissional a pessoas que não preencham
os requisitos indispensáveis ao exercício da proissão;
d) assinar documentos que comprometam a dignidade da
Classe;
e) violar o sigilo proissional;
f) utilizar a inluência política em benefício próprio;
g) deixar de comunicar aos órgãos competentes as infrações
legais e éticas que forem de seu conhecimento;
h) deturpar, intencionalmente, a interpretação do conteúdo
explícito ou implícito em documentos, obras doutrinárias, leis,
acórdãos e outros instrumentos de apoio técnico do exercício da
proissão, com intuito de iludir a boa fé de outrem;
i) fazer comentários desabonadores sobre a proissão de Bibliotecário e de entidades ains à proissão;
j) permitir a utilização de seu nome e de seu registro a qualquer instituição pública ou privada onde não exerça, pessoal ou
efetivamente, função inerente à proissão;
Didatismo e Conhecimento
Art.14 - Compete originalmente aos CRB o julgamento das
questões relacionadas a transgressão de preceito do Código de
Ética, facultado o recurso de efeito suspensivo, dirigido ao CFB,
competindo a este, ainda, originalmente, o julgamento de ques7
CONHECI MENTOS ESPECÍ FI COS/ Auxiliar de Biblioteca
tões relacionadas à transgressões de preceitos do Código de Ética
praticadas por Conselheiros Regionais e Conselheiros Federais,
bem como transgressões de bibliotecários que atinjam diretamente
o Conselho Federal.
Parágrafo Único - O recurso deverá ser interposto dentro do
prazo 30 (trinta) dias a contar da data do recebimento da
notiicação da decisão de primeira instância.
CONSELHO FEDERAL DE BIBLIOTECONOMIA
RESOLUÇÃO CFB N.º 42 DE 11 DE JANEIRO DE 2002.
Dispõe sobre Código do Ética do Conselho Federal de Biblioteconomia. O Conselho Federa1 de Biblioteconomia, no uso das
atribuições que lhe são conferidas pela Lei no 4.084, de 30 de junho de 1962 e o
SEÇÃO VI
DA APLICAÇÃO DE SANÇÕES
Decreto no 56.725 de 16 de agosto de 1965, resolve:
Art.15 - O CFB, deve baixar resolução estabelecendo normas
para apuração das faltas e aplicação das sanções previstas neste
Código, pautando-se pelo princípio do contraditório e da ampla
defesa, garantidos pela Constituição Federal.
CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO BIBLIOTECÁRIO
SEÇÃO I
DOS OBJETIVOS
Art.16 - Na aplicação de sanções éticas serão consideradas
como atenuantes:
a) falta cometida em defesa de prerrogativa proissional;
b) ausência de punição anterior;
c) prestação de relevantes serviços à Biblioteconomia.
Art.1º - O Código de Ética Proissional tem por objetivo ixar
normas de conduta para as pessoas físicas e jurídicas que exerçam
as atividades proissionais em Biblioteconomia.
SEÇÃO Ii
DOS DEVERES E OBRIGAÇÕES
SEÇÃO VII
DOS HONORÁRIOS PROFISSIONAIS
Art.2º - Os deveres do proissional de Biblioteconomia compreendem, além do exercício de suas atividades:
a) digniicar, através dos seus atos, a proissão, tendo em vista
a elevação moral, ética e proissional da classe; b) observar os ditames da ciência e da técnica, servindo ao poder público, à iniciativa
privada e à sociedade em geral; c) respeitar leis e normas estabelecidas para o exercício da proissão; d) respeitar as atividades de
seus colegas e de outros proissionais; e) contribuir, como cidadão
e como proissional, para o incessante desenvolvimento da sociedade e dos princípios legais que regem o país.
Art.17 - O Bibliotecário deve exigir justa remuneração por seu
trabalho, levando em conta as responsabilidades assumidas, o grau
de diiculdade no desenvolvimento e efetivação do trabalho, bem
como o tempo de serviço dedicado, sendo-lhe livre irmar acordos
sobre honorários e salário.
Art.18 - O Bibliotecário deve ixar previamente o valor dos
serviços, de preferência por contrato escrito, considerados os elementos seguintes:
a) a relevância, o vulto, a complexidade e a diiculdade do
serviço a executar;
b) o tempo que será consumido para a realização do trabalho;
c) a possibilidade de icar impedido da realização de outros serviços;
d) as vantagens que advirão para o contratante com o serviço
prestado;
e) a peculiaridade de tratar-se de cliente eventual, habitual ou
permanente;
f) o local em que o serviço será prestado.
Art. 3º:- Cumpre ao proissional de Biblioteconomia:
a) preservar o cunho liberal e humanista de sua proissão, fundamentado na liberdade da investigação cientíica e na dignidade
da pessoa humana;
b) exercer a proissão aplicando todo zelo, capacidade e honestidade no seu exercício;
c) cooperar intelectual e materialmente para o progresso da
proissão, mediante o intercâmbio de informações com associações de classe, escolas e órgãos de divulgação técnica e cientíica;
d) guardar sigilo no desempenho de suas atividades, quando o
assunto assim exigir;
e) realizar de maneira digna a publicidade de sua instituição
ou atividade proissional, evitando toda e qualquer manifestação
que possa comprometer o conceito de sua proissão ou de colega;
f) considerar que o comportamento proissional irá repercutir
nos juízos que se izerem sobre a classe;
g) conhecer a legislação que rege o exercício proissional da
Biblioteconomia, assim como as suas alterações quando ocorrerem, cumprindo-a corretamente e colaborando para o seu aperfeiçoamento; h) combater o exercício ilegal da proissão;
i) citar seu número de registro no respectivo Conselho Regional, após sua assinatura em documentos referentes ao exercício
proissional; j) estimular a utilização de técnicas modernas objeti-
SEÇÃO VIII
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art.19 - Qualquer modiicação deste Código somente poderá
ser
efetuada pelo CFB, nos termos das disposições legais, ouvidos os CRB.
Art.20 - O presente Código entra em vigor em todo o Território Nacional a partir de sua publicação, revogadas as disposições
em contrário.
José Fernando Modesto da Silva
Presidente do Conselho Federal de Biblioteconomia
Publicado no Diário Oicial da União de 14.01.02, seção I.
p. 64
Didatismo e Conhecimento
8
CONHECI MENTOS ESPECÍ FI COS/ Auxiliar de Biblioteca
vando o controle da qualidade e a excelência da prestação de serviços ao usuário; l) prestar serviços assumindo responsabilidades
pelas informações fornecidas, de acordo com os preceitos do Código Civil e do Código do Consumidor vigentes.
Art.8º - O Bibliotecário deve interessar-se pelo bem público e,
com tal inalidade, contribuir com seus conhecimentos, capacidade
e experiência para melhor servir a coletividade.
Art.9º - No desempenho de cargo, função ou emprego, cumpre
ao Bibliotecário digniicá-lo moral e proissionalmente.
Art.4º - A conduta do Bibliotecário em relação aos colegas
deve ser pautada nos princípios de consideração, apreço e solidariedade.
Art.10 - Quando consultor, é responsabilidade do Bibliotecário apresentar métodos e técnicas compatíveis com o trabalho
oferecido, objetivando o controle da qualidade e a excelência da
prestação de serviços, durante e após a execução dos trabalhos.
Art.5º - O Bibliotecário deve, em relação aos colegas, observar as seguintes normas de conduta:
a) ser leal e solidário, sem conivência com erros que venham
a infringir a ética e as disposições legais que regem o exercício da
proissão;
b) evitar críticas e/ou denúncias contra outro proissional, sem
dispor de elementos comprobatórios;
c) respeitar as idéias de seus colegas, os trabalhos e as soluções, jamais usando-os como de sua própria autoria;
d) evitar comentários desabonadores sobre a atuação proissional;
e) evitar a aceitação de encargo proissional em substituição
a colega que dele tenha desistido para preservar a dignidade ou
os interesses da proissão ou da classe, desde que permaneçam as
mesmas condições que ditaram referido procedimento;
f) colaborar com os cursos de formação proissional, orientando e instruindo os futuros proissionais; g) tratar com urbanidade e
respeito os colegas representantes dos órgãos de classe quando no
exercício de suas funções, fornecendo informações e facilitando
o seu desempenho; h) evitar, no exercício de posição hierárquica,
denegrir a imagem de proissionais subordinados e outros colegas
de proissão.
SEÇÃO III
DOS DIREITOS
Art. 11 - São direitos do proissional Bibliotecário:
a) exercer a proissão independentemente de questões referentes a religião, raça, sexo, cor e idade;
b) apontar falhas nos regulamentos e normas das instituições
em que trabalha, quando as julgar indignas do exercício proissional, devendo, neste caso, dirigir-se aos órgãos competentes, em
particular, ao Conselho Regional;
c) votar e ser votado para qualquer cargo ou função em órgãos
ou entidades de classe, nos termos da legislação vigente;
d) defender e ser defendido pelo órgão de classe, se ofendido
em sua dignidade proissional;
e) auferir benefícios da ciência e das técnicas modernas, objetivando melhor servir ao seu usuário, à classe e ao país;
f) usufruir de todos os demais direitos especíicos, nos termos
da legislação que cria e regulamenta a proissão de bibliotecário;
g) preservar seu direito ao sigilo proissional, quando portador
de informações conidenciais;
h) formular, junto às autoridades competentes, críticas e/ou
propostas aos serviços públicos ou privados, com o im de preservar o bom atendimento e desempenho proissional.
Art. 6º - O Bibliotecário deve, com relação à classe, observar
as
seguintes normas:
a) prestigiar as entidades de Classe, contribuindo, sempre que
solicitado, para o sucesso de suas iniciativas em proveito da coletividade, admitindo-se a justa recusa;
b) zelar pelo prestígio da Classe, pela dignidade proissional e
pelo aperfeiçoamento de suas instituições;
c) facilitar o desempenho dos representantes do órgão iscalizador, quando no exercício de suas respectivas funções;
d) acatar a legislação proissional vigente;
e) apoiar as iniciativas e os movimentos legítimos de defesa
dos interesses da classe, participando efetivamente de seus órgãos
representativos, quando solicitado ou eleito;
f) representar, quando indicado, as entidades de Classe;
g) auxiliar a iscalização do exercício proissional e zelar pelo
cumprimento deste Código de Ética comunicando, com discrição,
aos órgãos competentes, as infrações de que tiver ciência.
SEÇÃO IV
DAS PROIBIÇÕES
Art. 12 - Não se permite ao proissional de Biblioteconomia,
no desempenho de suas funções:
a) praticar, direta ou indiretamente, atos que comprometam a
dignidade e o renome da proissão;
b) nomear ou contribuir para que se nomeiem pessoas sem
habilitação proissional para cargos privativos de Bibliotecário, ou
indicar nomes de pessoas sem registro nos CRB;
c) expedir, subscrever ou conceder certiicados, diplomas ou
atestados de capacitação proissional a pessoas que não preencham
os requisitos indispensáveis ao exercício da proissão;
d) assinar documentos que comprometam a dignidade da
Classe;
e) violar o sigilo proissional; f) utilizar a inluência política
em benefício próprio; g) deixar de comunicar aos órgãos competentes as infrações legais e éticas que forem de seu conhecimento;
h) deturpar, intencionalmente, a interpretação do conteúdo explícito ou implícito
em documentos, obras doutrinárias, leis, acórdãos e outros
instrumentos de apoio técnico do exercício da proissão, com intuito de iludir a boa fé de outrem; i) fazer comentários desabonadores
sobre a proissão de Bibliotecário e de entidades ains à proissão;
Art.7º - O Bibliotecário deve, em relação aos usuários e clientes, observar as seguintes condutas:
a) aplicar todo zelo e recursos ao seu alcance no atendimento
ao público, não se recusando a prestar assistência proissional, salvo por relevante motivo;
b) tratar os usuários e clientes com respeito e urbanidade;
c) orientar a técnica da pesquisa e a normalização do trabalho
intelectual de acordo com suas competências.
Didatismo e Conhecimento
9
CONHECI MENTOS ESPECÍ FI COS/ Auxiliar de Biblioteca
j) permitir a utilização de seu nome e de seu registro a qualquer instituição pública ou privada onde não exerça, pessoal ou
efetivamente, função inerente à proissão;
l) assinar trabalhos ou quaisquer documentos executados por
terceiros ou elaborados por leigos, alheios a sua orientação, supervisão e iscalização; m) exercer a proissão quando impedido por
decisão administrativa transitada em julgado;
n) recusar a prestar contas de bens e numerário que lhes sejam
coniados em razão de cargo, emprego ou função;
o) deixar de cumprir, sem justiicativa, as normas emanadas
dos Conselho Federal e Regionais, bem como deixar de atender
a suas requisições administrativas, intimações ou notiicações, no
prazo determinado;
p) utilizar a posição hierárquica para obter vantagens pessoais
ou cometer atos discriminatórios e abuso de poder; r) aceitar qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão por
sexo, idade, cor, credo, e estado civil.
ticadas por Conselheiros Regionais e Conselheiros Federais, bem
como transgressões de bibliotecários que atinjam diretamente o
Conselho Federal.
Parágrafo Único - O recurso deverá ser interposto dentro do
prazo 30
(trinta) dias a contar da data do recebimento da notiicação da
decisão
de primeira instância.
SEÇÃO VI
DA APLICAÇÃO DE SANÇÕES
Art.15 - O CFB, deve baixar resolução estabelecendo normas
para apuração das faltas e aplicação das sanções previstas neste
Código, pautando-se pelo princípio do contraditório e da ampla
defesa, garantidos pela Constituição Federal.
Art.16 - Na aplicação de sanções éticas serão consideradas
como atenuantes:
a) falta cometida em defesa de prerrogativa proissional;
b) ausência de punição anterior;
c) prestação de relevantes serviços à Biblioteconomia.
SEÇÃO V
DAS INFRAÇÕES DISCIPLINARES E PENALIDADES
Art.13 - A transgressão de preceito deste Código, constitui infração ética, sujeita às seguintes penalidades:
a) advertência reservada;
b) censura pública;
c) suspensão do registro proissional pelo prazo de até três
anos;
d) cassação do exercício proissional com apreensão de carteira proissional;
e) Multa de 1 a 50 (cinquenta) vezes o valor atualizado da
anuidade.
§ 1º - A pena de multa, de um a cinqüenta vezes o valor
atualizado da anuidade, poderá ser combinada com qualquer das
penalidades enumeradas nas alíneas “a a d” deste artigo, podendo
ser aplicada em dobro no caso de reincidência.
§ 2º - A falta de pagamento da multa no prazo estipulado,
determinará a suspensão do exercício proissional, sem prejuízo da
cobrança por via executiva.
§ 3º - A suspensão por falta de pagamento de anuidade, taxas
e multas somente cessará com o recolhimento da dívida, podendo
estender-se por até três anos, decorridos os quais o proissional
terá, automaticamente, cancelado o seu registro, se não resgatar o
débito, sem prejuízo da cobrança executiva.
§ 4º - A pena de cassação do registro proissional acarretará
ao infrator a perda do direito de exercer a proissão em todo Território Nacional, e consequente apreensão da carteira de identidade
proissional.
§ 5º - Ao infrator suspenso por débito será admitida a
reabilitação proissional, mediante novo registro, satisfeitos, além
das anuidades em débito, as multas e demais emolumentos e taxas
cabíveis.
§ 6º - As penalidades serão anotadas na carteira proissional e
no cadastro do CRB, sendo comunicadas ao CFB, demais Conselhos Regionais e ao empregador.
SEÇÃO VII
DOS HONORÁRIOS PROFISSIONAIS
Art.17 - O Bibliotecário deve exigir justa remuneração por seu
trabalho, levando em conta as responsabilidades assumidas, o grau
de diiculdade no desenvolvimento e efetivação do trabalho, bem
como o tempo de serviço dedicado, sendo-lhe livre irmar acordos
sobre honorários e salário.
Art.18 - O Bibliotecário deve ixar previamente o valor dos
serviços, de preferência por contrato escrito, considerados os elementos seguintes:
a) a relevância, o vulto, a complexidade e a diiculdade do
serviço a executar;
b) o tempo que será consumido para a realização do trabalho;
c) a possibilidade de icar impedido da realização de outros
serviços;
d) as vantagens que advirão para o contratante com o serviço
prestado;
e) a peculiaridade de tratar-se de cliente eventual, habitual ou
permanente;
f) o local em que o serviço será prestado.
SEÇÃO VIII
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art.19 - Qualquer modiicação deste Código somente poderá
ser efetuada pelo CFB, nos termos das disposições legais, ouvidos
os CRB.
Art.20 - O presente Código entra em vigor em todo o Território Nacional a partir de sua publicação, revogadas as disposições
em contrário.
José Fernando Modesto da Silva
CRB-8/3191
Presidente do Conselho Federal de Biblioteconomia
Publicado no Diário Oicial da União de 14.01.02, seção I.
p. 64
Art.14 - Compete originalmente aos CRB o julgamento das
questões relacionadas a transgressão de preceito do Código de
Ética, facultado o recurso de efeito suspensivo, dirigido ao CFB,
competindo a este, ainda, originalmente, o julgamento de questões
relacionadas à transgressões de preceitos do Código de Ética pra-
Didatismo e Conhecimento
10
CONHECI MENTOS ESPECÍ FI COS/ Auxiliar de Biblioteca
Antes do nome do autor deverá ir na icha o número de Cutter
correspondente, que deverá ser retirado da Tabela de Cutter-Sanborn. A tabela é usada da seguinte forma. A entrada será por Silva,
João da. Devemos então encontrar na tabela o número correspondente a SIL, que é 581. Logo, o número será S581. Após esse número, irá entrar a primeira letra da primeira palavra do título, exclui-se
artigo, em minúscula. Se o título começar com A Arte de Estudar, o
cutter será S581a.
Classiicação: Classiicar é atribuir uma classe (um assunto)
ao livro. E isso é importante numa biblioteca, pois cada livro será
classiicado sob um único assunto, ainda que composto por vários
assuntos. Para tanto, as bibliotecas adotam em geral dois esquemas
de classiicação. A Classiicação Decimal de Dewey e a Classiicação Decimal Universal. As duas tem muito em comum. A CDU,
que é baseada na CDD, dá mais liberdade ao classiicador. Mas o
mais importante, como não poderia deixar de ser, são as classes.
Ambas dividem o conhecimento em 10 classes principais, por isso
são chamadas de classiicações decimais. E há apenas uma pequena
diferença entre elas, nas classes 4 e 8, que na CDD continuam como
sempre foram, mas na CDU a classe 4 está vaga enquanto que a 8
abriga além de literatura, linguística.
As principais classes da CDU podem ser acessadas clicando
nos nomes.
Por exemplo, um livro de Literatura Brasileira será classiicado
em 869.3 na CDD e em 869(81) na CDU. Note que a raiz é a mesma,
869, mas o uso das tabelas é diferente para cada caso.
O número da classiicação, ou número da notação ou somente
notação, irá aparecer junto ao Cutter e possíveis informações sobre edição, exemplar ou coleção, no número de chamada. Logo, o
número de chamada, utilizando CDU, para um livro de literatura
brasileira, vamos usar no exemplo Gabriela, cravo e Canela de Jorge
Amado, será: 869(81) A481g
O número de chamada será colocado na etiqueta que ica na
lombada do livro, e é o que permite a identiicação do livro na estante.
2. ACERVO: ORGANIZAÇÃO E TRATAMENTO TÉCNICO, REPRESENTAÇÃO DESCRITIVA DA INFORMAÇÃO (CATALOGAÇÃO),
REPRESENTAÇÃO TEMÁTICA DA INFORMAÇÃO (CLASSIFICAÇÃO E
INDEXAÇÃO), CLASSIFICAÇÃO DECIMAL
UNIVERSAL (CDU);
Segundo o Dicionário de Biblioteconomia e Arquivologia
(CUNHA e CAVALCANTI. Briquet de Lemos, 2008): Acervo é um
“conjunto de documentos conservados para o atendimento das inalidades de uma biblioteca: informação, pesquisa, educação e recreação”. Também é sinônimo de coleção.
Em suma, acervo é tudo que é documento dentro da biblioteca
(essa deinição é minha mesmo).
Seleção/aquisição: Como vimos mais acima, o acervo é formado através de um processo de Formação e desenvolvimento de coleção. Esse processo é formado pela etapa de seleção, que irá dizer
quais documentos devem ser adquiridos de acordo com os desejos
e necessidades da biblioteca, e que é de bom senso estar de acordo
com a Política de Formação e Desenvolvimento e com a Política
de Seleção da Biblioteca. E a etapa de aquisição será responsável
por efetivar as escolhas da seleção, ou seja, adquirir, seja por compra, permuta (troca, que normalmente se dá entre duplicatas que as
bibliotecas possuem) ou doação (que pode ser solicitada, ou seja, a
Biblioteca envia um pedido de doação a uma instituição, editora, ou
mesmo ao próprio autor).
Tratamento técnico:
Tratamento técnico, ou processo técnico, é a atividade que irá
tratar o documento com as técnicas da biblioteconomia para representação do documento (catalogação) e do conteúdo (classiicação
e indexação).
Catalogação: a catalogação é o processo de descrição do documento para a criação de um catálogo. Cada documento será catalogado a partir de um código de catalogação – o código em vigor e
mais utilizado no mundo inteiro é o AACR2 – Regras de Catalogação Anglo Americanas segunda edição, que está em edição revista e
é publicado aqui no Brasil pela FEBAB.
As informações são voltadas para descrever o documento. Então você sabe autor, título, número de páginas, ISBN, e de quais
assuntos, de forma geral, trata, entre outras informações.
O nome do autor sempre será colocado com o último nome na
frente, p.ex.:
Silva, João dos Santos.
Mas caso o último nome indique parentesco, a entrada será pelo
penúltimo nome seguido do parentesco (sobrinho, neto, junior, ilho,
etc.). Exemplo: João dos Santos Silva Sobrinho terá entrada por:
Silva Sobrinho, João dos Santos.
A catalogação se divide em duas partes: acesso (entrada) e descrição física. O acesso irá dizer quais os pontos de acesso para o documento. Existem dois tipos de entrada: principal e secundárias. O
autor lá no alto da icha é a entrada principal. E as demais entradas,
embaixo da icha, são as entradas secundárias.
Didatismo e Conhecimento
Indexação: Indexar vem do termo Index, que signiica índice.
Índice é ” Lista dos elementos identiicadores de um documento,
(autor, assunto, titulo, etc.) dispostos em determinada ordem para
possibilitar seu acesso. ” (Marisa Bräscher Basílio Medeiros) e
podem ser também” Produto da indexação, como instrumento de
pesquisa autônomo ou complemento de outro. “Maria Alexandra
Miranda Aparício. Aqui vale dizer a diferença entre indexação e catalogação. A indexação representa o conteúdo, o tema, a catalogação
representa a parte física, ela descreve.
Em termos práticos, indexar é representar o documento por
meio de palavras. Peguemos como exemplo o livro Português para
Concursos, de Renato Aquino (livro aliás que recomendo toda vida).
11
CONHECI MENTOS ESPECÍ FI COS/ Auxiliar de Biblioteca
As unidades de informação têm investido em softwares para
automatizar os serviços/produtos prestados aos clientes/usuários.
Entretanto, o processo de implantação de um sistema automatizado em uma biblioteca deve seguir uma metodologia para que
realmente agregue valor aos serviços/produtos prestados pela Instituição. Conforme Silva e Favaretto (2005, p. 107):
Qualquer processo de migração entre sistemas e a biblioteca
deve ser o mais suave possível para todos os envolvidos – equipe
responsável, staff da biblioteca e usuários. Para que isso ocorra,
deve haver um planejamento com toda a equipe, ou seja, fornecedor do novo software e os responsáveis por essa tarefa dentro da
biblioteca. (...) migrações de sucesso mantêm os dados (bibliográicos e administrativos), as funcionalidades e o luxo de trabalho (a
biblioteca não pode deixar de disponibilizar seus serviços durante
a conversão) do sistema anterior, até que sejam incorporadas as
características e capacidades do novo sistema ao servidor de produção que atende à biblioteca.
Segundo Silva e Favaretto (2005, p. 107) a obtenção de sucesso na escolha do software apropriado depende, em grande parte, da
instituição. É fundamental a compreensão do conceito moderno de
gestão da informação e fazer uma leitura real da instituição como
um todo, para apresentar um sistema que atenda aos itens obrigatórios, imprescindíveis e desejáveis aos gestores.
Na pesquisa de Campregher; Oliveira; Thiry (2001, p. 30) o
processo de avaliação de softwares deve ser composto por uma
comissão de bibliotecários e analistas, levando-se em consideração um conjunto de requisitos baseados nas necessidades da instituição.
Outro fator importante a ser levado em consideração na implantação de um sistema informatizado de biblioteca é a capacitação da equipe. É necessário ajustar um programa de treinamento
em aplicações de computador para a equipe de funcionários envolvida com o trabalho da automatização. Cabe ressaltar que não
adianta somente contar com um programa inicial de capacitação, a
instituição deve realizar capacitações regularmente para aprimorar
a qualidade dos seus serviços/produtos. O treinamento contínuo
é necessário se manter lado a lado com as tecnologias. (CHANDRAKAR, 2003).
Neste âmbito, percebe-se que o processo de implantação de
um sistema informatizado de bibliotecas não é simples, mas pode
trazer inúmeros benefícios tanto para os proissionais da informação, quanto para os usuários da biblioteca, desde que seja bem
planejado.
http://www.pergamum.pucpr.br/
Quais palavras nós usaríamos para representar seu conteúdo? Português e Concursos são duas prováveis. Mas poderíamos utilizar
também Língua Portuguesa, Gramática, Testes, Provas, enim. O
indexador irá decidir quais palavras serão usadas com base na política de indexação da biblioteca, no público-alvo da indexação, e nos
instrumentos que tiver em mãos (vocabulários controlados).
Preparação física do livro: Cada livro será devidamente
etiquetado com o número de chamada e carimbado, antes de ir para
o acervo. Isso irá ajudar a identiicar a propriedade do livro em caso
de extravio. Nas bibliotecas que possuem sistemas de segurança,
cada livro receberá um alarme.
A maioria das bibliotecas costuma colocar o número do tombo
no exemplar, em alguns casos, ainda se coloca data de aquisição.
Além dos carimbos e etiquetas, também podem ser colocados
bolso e (não lembro como chama) uma “folha de devolução”, onde é
carimbada a data em que o livro deve ser entregue. Tanto um quanto
outro são mais comuns em sistemas não automatizados.
Armazenagem da documentação, preservação do acervo:
Os livros são guardados nas estantes de acordo com sua classiicação, no que se chama de ordem relativa. Ou seja, a ordem do livro
é relativa ao seu assunto. É preciso atentar para a correta ordem de
arquivamento do sistema decimal utilizado pela biblioteca.
Além da ordem relativa, existe a ordem ixa, ou sistema de localização ixa. Se diz ixa pois cada livro tem o seu lugar garantido
e preservado na estante. Tipo – Corredor X, Estante 3, Prateleira 4,
Posição 7 (este é apenas um exemplo ilustrativo). Quando o livro é
retirado do seu local, é colocado um objeto para guardar o seu lugar.
Esse objeto é chamado de “fantasma”. Outro ponto importante sobre
localização ixa é que, em geral, as bibliotecas que a utilizam trabalham com os acervos fechados ao público. Apenas os funcionários
é que tem acesso ao acervo. Faz sentido pois para um usuário interessado em um assunto especíico é muito mais difícil achar livros
daquele assunto, pois os livros estão agrupados pelo acaso e não
pelo assunto.
Preservação do acervo são os cuidados tomados para que os
livros tenham longa vida. Evitar comida na biblioteca é um dos mais
importantes. Outro ponto importante é manusear os livros com cuidado. Retirar o livro da estante com a o polegar e o indicador e não
puxando pela lombada. Entre outros.
Por Gustavo Henn
A evolução da tecnologia da informação tem atingido a área da
Ciência da Informação. Consequentemente as bibliotecas vêm evoluindo tecnologicamente para atender a demanda de usuários que é
cada vez mais exigente, ou seja, eles esperam que os serviços prestados pelas bibliotecas sejam reinados e com grande valor agregado
à informação.
Os proissionais da informação são fundamentais para fazer o
elo entre os usuários e novo paradigma informacional .
No Brasil as bibliotecas começaram a ser efetivamente automatizadas na década de 90, já em outros lugares do mundo a informatização se iniciou muito antes. Muitas bibliotecas começaram
a pensar sobre automatização por volta de 1970. (EKPENYONG,
1997).
Para Burin, Lucas e Hoffmann (2004) “A inalidade da informatização é agilizar e aumentar a eiciência e a precisão na recuperação da informação”.
Didatismo e Conhecimento
Do Sistema de Bibliotecas
a) Elaborar e propor a institucionalização da Política de Formação e Desenvolvimento do Acervo do Sistema de Bibliotecas;
b) Constituir e operacionalizar as ações da Comissão de Desenvolvimento do Acervo, formada por docentes e bibliotecários;
c) Cumprir e fazer cumprir a Política;
d) Manter a Política atualizada, procedendo a sua revisão
sempre que o contexto acadêmico, editorial e tecnológico assim
requerer;
e) Divulgar a Política aos diferentes segmentos da comunidade universitária.
12
CONHECI MENTOS ESPECÍ FI COS/ Auxiliar de Biblioteca
O processamento técnico envolve um conjunto de trabalhos
voltados para análise dos livros que compõem o acervo. Esses trabalhos vão permitir que se faça a descrição única de cada livro, tanto
do ponto de vista físico (autor, título, edição, páginas etc.), quanto
do ponto de vista de seu conteúdo.
Tais descrições geram condições para que as informações sejam
recuperadas. Fazem parte desse conjunto: seleção, registro, classiicação, catalogação, alfabetação, colocação de etiquetas, ordenação
dos livros nas estantes e preparo técnico do livro.
Embora a importância desse processamento não seja percebida
pela maioria dos usuários, ele é o ponto de partida para a organização de cada biblioteca.
Nesta unidade, vamos orientar somente o processo manual,
pois o processo automatizado depende de recursos inanceiros e da
escolha do recurso técnico de cada biblioteca.
Antes de descrever as etapas do processamento técnico precisamos estudar as partes do livro.
Processo manual: feito pelas mãos do catalogador (manufaturado).
Processo automatizado: feito com o auxilio de máquinas de
computador, resultando geralmente em uma base de dados.
Errata: lista apresentando os erros corrigidos, com indicação de
páginas, parágrafo e linhas. É inserida, como encarte, antes da folha
de rosto. Nem sempre os livros vêm com errata, é claro, ela só é
inserida caso a edição tenha saído com erros.
- Partes internas (ligadas ao conteúdo)
- Pré-textual
Folha de guarda: páginas em branco, encontradas no início e
no inal da obra.
Falsa folha-de-rosto: é opcional; precede a página de rosto e
contém apenas o título e subtítulo da publicação.
Folha-de-rosto: contém, normalmente, os elementos essenciais
que identiicam um livro: autor; título; número da edição; o local
(cidade) da publicação do livro; editor ou editora; ano da publicação.
Observação: nem todos os livros possuem esses itens.
O verso da folha-de-rosto: contém os dados complementares
de uma obra, tais como: títulos da série e número do volume; título original da obra; copyright; relação de colaboradores; relação
de edições e reimpressões anteriores, com os respectivos editores e
datas; nome e endereço da editora.
Dedicatória: folha opcional em que o autor presta homenagem
ou dedica o livro a alguém.
Agradecimentos: folha opcional em que o autor indica o eventual apoio recebido na elaboração do livro.
Epígrafe: folha opcional em que o autor apresenta uma citação,
seguida de indicação da autoria, relacionada com a matéria tratada
no corpo do livro.
Sumário: enumeração das principais divisões, seções e outras
partes do livro, na ordem em que nele se sucedem.
Lista de abreviaturas: relação em ordem alfabética das abreviaturas, siglas e símbolos utilizados no texto, escrita por extenso.
Prefácio: texto de esclarecimento, justiicação, comentário ou
apresentação, escrito pelo autor ou por outra pessoa.
Copyright: registro dos direitos autorais ou editoriais.
- Miolo do livro
Textual: conjunto de folhas, reunidas em cadernos que formam
o corpo do livro em que é exposto o conteúdo.
-Pós-textual
Posfácio: matéria informativa ou explicativa posterior à elaboração do texto.
Apêndice: desenvolvimento autônomo elaborado pelo autor; a
im de complementar sua argumentação, sem prejuízo da unidade
nuclear do trabalho.
- Conjunto de partes de um livro
Um livro é dividido em partes para facilitar a leitura técnica.
Externamente, suas partes dizem respeito à sua condição física e,
internamente, mais ao conteúdo, sendo dividido em pré-textual, textual e pós-textual.
- Partes externas
Sobrecapa: proteção para a capa. Inclui as mesmas informações
contidas na capa. É uma capa solta, colocada nas edições especiais,
nem todos os livros vêm com a sobrecapa, pois é um acessório que
encarece a edição. Geralmente ao preparar o livro para ser colocado
na estante, retiramos a sobrecapa.
Capa: protege o livro externamente, podendo ser encadernada
ou em brochura. O anverso (frente) da capa deve conter na parte
central nome de autor, título e subtítulo. A capa pode ser de diversos
materiais, como papel, cartolina, couro ou plástico. A elaboração da
capa ica a critério do editor.
Orelhas: geralmente, a capa apresenta orelhas, ou abas, ou asas,
que contêm dados biográicos do autor ou comentários da obra. As
orelhas excedem-se da capa e dobram-se sobre si mesmas para dentro. Muitas vezes usamos as orelhas como marcador de página.
Lombada ou dorso: é a parte que liga as folhas do livro, onde
se encontra a costura. Fica no lado externo do livro, oposta ao corte
de páginas.
Didatismo e Conhecimento
13
CONHECI MENTOS ESPECÍ FI COS/ Auxiliar de Biblioteca
Anexo: documento, nem sempre do próprio autor, que serve de
fundamentação, comprovação ou ilustração.
Glossário: lista em ordem alfabética de palavras ou expressões
técnicas de uso restrito ou de sentido obscuro, acompanhadas das
respectivas deinições.
Índice: lista alfabética de autores e/ou assuntos e/ou nomes geográicos, por exemplo, contidos na obra, com indicação das páginas
em que são encontrados. O índice pode ser também cronológico.
Colofão: informações do impressor, endereço, local e data de
impressão, localizada de preferência na página ímpar da última folha do miolo.
Suplemento: documento que se adiciona a outro para ampliá-lo
ou aperfeiçoá-lo, sendo sua relação com aquele apenas editorial e
não física, podendo ser editado com periodicidade e/ou numeração
própria.
O livro deve ser carimbado no lado contrário da lombada, ou
seja, no corte do livro e na folha de rosto do livro. Algumas bibliotecas usam, também, carimbar uma página padrão em todos os livros,
carimbando sempre a página que contém determinada numeração.
Por exemplo: carimbar qualquer livro da biblioteca sempre a página
23.
-Descrição do item
Para se descrever um item é preciso conhecer o tipo de material
que se tem em mãos (livro, CD, ita VHS, outros), pois é reconhecendo-o que se saberá onde se encontra sua fonte principal de informação e os elementos que deverão ser descritos.
Classiicação
Classiicar é na realidade uma tarefa muito importante, pois é
ela que vai deinir o local em que o livro vai icar na estante.
A ideia é sempre partir do geral para o particular, ou seja, deve-se ter um assunto principal e esse é subdividido sucessivamente até
se chegar a um termo que não admite mais ser dividido. A classiicação cria condições para que os livros possam ser dispostos nas
estantes de maneira sistemática, proporcionando assim seu uso. Para
isso é primordial que a classiicação possibilite:
- localizar um livro em uma coleção;
- retirar um livro para consulta com rapidez;
- devolver um livro à coleção com rapidez;
- inserir novo livro aos já existentes na coleção, sem que esses
percam a sua ordem lógica.
A classiicação por assuntos é a única a preencher as inalidades
acima. É frequente um leitor chegar a uma biblioteca sem deinir
o assunto que procura. Ao chegar às estantes, ele muitas vezes se
admira de encontrar outros livros de assuntos bem mais especíicos
dos quais nem tinha conhecimento.
A classiicação por assuntos oferece essa possibilidade.
O livro, por sua forma física, só pode ocupar um lugar na coleção, por isso, quando ele tratar de diferentes assuntos, deve-se escolher somente um, de acordo com o objetivo da biblioteca, icando a
cargo do catálogo relacionar os diferentes assuntos.
O processo de classiicar implica agrupar livros pelos assuntos
que tratam, trocando o nome ou o termo desses por sinais ou símbolos correspondentes, chamados de notação da classiicação.
É comum que diferentes livros tenham uma mesma notação,
para diferençá-los deve-se usar a notação de autor.
O conjunto dessas duas notações recebe o nome de número de
chamada. Esse número é quem individualiza o livro dentro de uma
coleção, assim, numa biblioteca não pode haver dois livros com o
mesmo número de chamada. A notação de uma classiicação precisa
ser simples e permitir a expansão de novos assuntos.
Quando for classiicar pense sempre nas regras básicas citadas
a seguir:
- classiicar o livro onde ele é mais procurado;
- classiicar primeiro pelo assunto;
- quando um assunto inluenciar o outro, classiicar pelo assunto
inluenciado. Exemplo: a informática na biblioteconomia, classiicar
em biblioteconomia;
- quando dois assuntos são subdivisões de um assunto maior,
classiicar pelo maior;
Registro
Depois de identiicado, o livro precisa ser registrado. Ele vai
receber um número de registro único.
Para você entender melhor, vamos comparar os livros a pessoas. Cada um de nós tem um registro geral de identidade ou de
certidão de nascimento. Mesmo as pessoas gêmeas têm números de
registros de identidades diferentes. Então, cada livro, mesmo que
seja igual a outros dez livros na biblioteca, vai receber sempre um
número diferente.
- Elementos para descrição
Página de rosto: é considerado o elemento mais precioso para
o catalogador. Quando ela aparecer deve ser tomada como fonte
principal de informação, pois é nela que deverá aparecer o nome
do autor ou autores, o título, a edição, o local de publicação, a casa
publicadora (editora) e a data de publicação.
Deve-se observar a frente e o verso da folha de rosto para a
retirada de informações.
Veja detalhadamente quais são essas informações:
- autor(es): pessoa(s) física(s) responsável(eis) pela criação do
conteúdo intelectual ou artístico de um documento;
-autor(es) entidade(s): instituição(ões), organização(ões),empresa(s),
comitê(s), comissão(ões), evento(s), entre outros,responsável(eis) por publicações em que não se distingueautoria pessoal;
- edição: todos os exemplares produzidos a partir de um original
ou matriz. Pertencem à mesma edição de uma obra, todas as suas
impressões, reimpressões, tiragens etc., produzidas diretamente ou
por outros métodos, sem modiicações, independentemente do período decorrido desde a primeira publicação;
- editora: casa publicadora, pessoa(s) ou instituição(ões)
responsável(eis) pela produção editorial. Conforme o suporte documental, outras denominações são utilizadas: produtores (para
imagens em movimento), gravadora (para registros sonoros), entre
outras.
- título: palavra, expressão ou frase que designa o assunto ou o
conteúdo de um documento;
- subtítulo: informações apresentadas em seguida ao título, visando esclarecê-lo ou complementá-lo, de acordo com o conteúdo
do documento.
O livro precisa, primeiramente, de uma identiicação, ou seja,
de um carimbo com o nome da biblioteca. O livro da biblioteca também precisa ser identiicado para não ser confundido com outros
livros de outras pessoas ou de outras bibliotecas. Como uma biblioteca em geral possui muitos livros, a forma mais prática de se identiicar cada livro é por meio de um carimbo que contenha seu nome.
Didatismo e Conhecimento
14
CONHECI MENTOS ESPECÍ FI COS/ Auxiliar de Biblioteca
- quando um livro tratar da história de um assunto, classiicar
pelo assunto;
- quando um item tratar de método investigativo, classiicar
pelo assunto investigado.
Ministério da Educação
Como qualquer sistema de classiicação, a CDD tem seus
pontos negativos e positivos. Para tanto, aqui, vale salientar apenas os pontos positivos, como sua grande lexibilidade, o sistema
de Dewey é altamente memorizável e sempre atualizado por novas
edições ou por suplementos.
Classiicação Decimal de Dewey
Sendo muito utilizada em todo o mundo e especialmente em bibliotecas públicas, CLASSIFICAÇÃO DECIMAL DE DEWEY foi
criada pelo bibliotecário Melvil Dewey e teve sua primeira edição
publicada em 1876.
Idealizando um sistema de classiicação baseado no uso de números em ordem decimal e inluenciado pelo sistema de W. T. Harris, Dewey criou o seu próprio sistema.
Em 1976, anonimamente, foi publicada a 1. Edição de Dewey, sob o título A classiicação and subject índex for cataloging and
arranging the books and pamphlets of a library. Só depois da 16.
Edição é que o nome de Dewey passou a fazer parte integrante do
título (BARBOSA, 1969, p. 199).
A expansão de seu sistema se deu pela facilidade de memorização e da fácil localização dos livros.
O Instituto Internacional de Bibliograia, atualmente conhecido
por Federação Internacional de Documentação, tomou por base a
CDD para criar seu sistema de organização conhecido hoje como
Classiicação Decimal Universal ou CDU.
De acordo com Barbosa “a responsabilidade editorial do sistema de Dewey está hoje a cargo de um comitê misto”. Este Comitê tem a responsabilidade de dar continuidade e ser íntegro a
numeração estabelecida pelo idealizador do sistema.
Com as Ciências e as Tecnologias em constante mudança e com
o surgimento de novas ciências, o Comitê responsável pela CDD
entra num dilema: continuar com a integridade ao sistema ou acompanhar a evolução das ciências a cada edição reformulada.
O dilema está, conforme citado por Barbosa, em:
...se um sistema não evolui em terminologia e expansão de assuntos, torna-se, com o passar do tempo, obsoleto e é logo abandonado; se, por outro lado, quer seguir à risca essa mesma evolução,
motiva uma eterna reclassiicação das coleções, implicando em desperdício de tempo, pessoal e material, o que acaba, também, por
levá-lo ao abandono.
Portanto, para serem íntegros com a ideia de Dewey, e não estagnarem na corrente do tempo, os editores da CDD tentam se adequar a essas duas questões, dando primazia a integridade.
Quem também se utilizou da CDD para suas ichas impressas
foi a Library of Congress.
A CDD tem por base a seguinte estrutura:
As classes principais correspondem a grosso modo, às disciplinas fundamentais do conhecimento, a saber: 100 Filosoia, 200 Religião, 300 Ciências Sociais, 500 Ciência, 600 Tecnologia, 700/800
Artes, 900 História (400 Filologia não representa uma disciplina
fundamental). A ordem parece não apresentar qualquer princípio
(LANGRIDGE, 1977, p. 84).
Para representar uma classe principal são necessários três algarismos.
Quando os grandes campos do conhecimento não são subdivididos, a notação é preenchida com um ou dois zeros.
Exceto por obras gerais e icção, as obras são classiicadas principalmente por assunto, com extensões para relações entre assuntos,
local, época ou tipo de material, produzindo números de classiicação de no mínimo três dígitos e de tamanho máximo indeterminado,
com um ponto decimal antes do quarto dígito.
- Classiicação Decimal Universal (CDU).
Esquema internacional de classiicação de documentos (qualquer que seja o suporte do documento: ex.: CD, ita K-7, ita VHS
etc.), baseado no conceito de que todo o conhecimento pode ser dividido em dez classes principais e estas, individualmente, podem
ainda ser divididas em outras classes sucessivamente.
Isso ocorre em virtude da hierarquia decimal, que pode ser
exempliicada da seguinte forma: suponha que o número 3 represente todo o assunto relacionado às ciências sociais. Suponha, ainda,
que dentro dessa classe você quer fazer menção ao assunto referente
ao direito, representado pelo número 34.
Portanto, embora a classiicação seja escrita sem a casa decimal, sua disposição deve ser entendida como se ela fosse um número decimal. Desse modo, o número 3 (0,3) deverá vir sempre primeiro que o número 34 (0,34) quando da organização dos documentos
(livros, CDs etc.) nas estantes. Deve-se ressaltar que a classe 4 da
CDU está vaga, ou seja, não é utilizada no momento para representar qualquer tipo de assunto.
Logo, na sua biblioteca, o número 4 e seus derivados não deverão ser utilizados para representar assuntos.
Uma das vantagens em se utilizar esse tipo de classiicação é
que ela permite que outros documentos sejam incorporados ao acervo sem que se tenha que refazer toda a classiicação já existente.
Abaixo segue uma Tabela de CDU adaptada e simpliicada.
0 Generalidades. Informação. Organização.
1 Filosoia. Psicologia.
2 Religião. Teologia.
3 Ciências sociais. Economia. Direito. Política. Assistência social. Educação.
4 Classe vaga.
5 Matemática e ciências naturais.
6 Ciências aplicadas. Medicina. Tecnologia.
7 Arte. Belas-artes. Recreação. Diversões. Desportos.
8 Linguagem. Linguística. Literatura.
9 Geograia. Biograia. História.
0 Generalidades. Informação. Organização.
01 Bibliograias. Catálogos.
02 Bibliotecas. Biblioteconomia.
030 Livros de referência: enciclopédias, dicionários.
040 Ensaios, panletos, e brochuras.
050 Publicações periódicas. Periódicos.
06 Instituições. Academias. Congressos. Sociedades. Organismos cientíicos. Exposições. Museus.
070 Jornais. Jornalismo. Imprensa.
08 Poligraias. Poligraias coletivas.
09 Manuscritos. Obras notáveis e obras raras.
Didatismo e Conhecimento
1 Filosoia. Psicologia.
11 Metafísica.
133 Metafísica da vida espiritual. Ocultismo.
14 Sistemas e pontos de vista ilosóicos.
159.1 Psicologia.
16 Lógica. Teoria do conhecimento. Metodologia da lógica.
17 Filosoia moral. Ética. Filosoia prática.
15
CONHECI MENTOS ESPECÍ FI COS/ Auxiliar de Biblioteca
2 Religião. Teologia.
21 Teologia natural. Teologia racional. Filosoia religiosa.
22 A Bíblia. Sagradas escrituras.
23 Teologia dogmática.
24 Teologia prática.
25 Teologia pastoral.
26 Igreja cristã em geral.
27 História geral da igreja cristã.
28 Igrejas cristãs. Seitas. Denominações (conissões).
29 Religiões não cristãs.
8 Linguagem. Linguística. Literatura.
80 Linguística. Filologia. Línguas.
81 Vaga.
82 Literatura em língua inglesa.
83 Literatura alemã/escandinava/holandesa.
84 Literatura francesa.
85 Literatura italiana.
86 Literatura espanhola/portuguesa.
87 Literatura clássica (latim e grego).
88 Literatura eslava.
89 Literatura em outras línguas.
3 Ciências sociais. Economia. Direito. Política. Assistência social. Educação.
31 Demograia. Sociologia. Estatística.
32 Política.
33 Economia. Ciência econômica.
34 Direito. Jurisprudência.
35 Administração pública. Governo. Assuntos militares.
36 Assistência social. Previdência social. Segurança social.
37 Educação.
38 Metrologia. Pesos e medidas.
9 Geograia. Biograia. História.
90 Arqueologia. Antiguidades.
91 Geograia, exploração da Terra e viagens.
929 Biograias.
93 História.
94 História medieval e moderna em geral. História da Europa.
95 História da Ásia.
96 História da África.
97 História da América do Norte e Central.
98 História da América do Sul.
99 História da Oceania, dos territórios Árticos e da Antártida.
5 Matemática e ciências naturais.
50 Generalidades sobre as ciências puras.
51 Matemática.
52 Astronomia. Astrofísica. Pesquisa espacial. Geodesia.
53 Física.
54 Química. Mineralogia.
55 Ciências da Terra. Geologia. Meteorologia.
56 Paleontologia.
57 Biologia. Antropologia.
58 Botânica.
59 Zoologia.
http://repositorio.ufrn.br:8080/; Ministério da Educação
3. ARMAZENAGEM E REPOSIÇÃO DO
MATERIAL NO ACERVO, CONSERVAÇÃO E
PRESERVAÇÃO DO ACERVO;
6 Ciências aplicadas. Medicina. Tecnologia.
61 Ciências médicas.
62 Engenharia. Tecnologia em geral.
63 Agricultura. Silvicultura. Agronomia. Zootecnia.
64 Ciência doméstica. Economia doméstica.
65 Organização e administração da indústria, do comércio e dos
transportes.
66 Indústria química. Tecnologia química.
67 Indústrias e ofícios diversos.
68 Indústrias, artes e ofícios de artigos acabados.
69 Engenharia civil e estruturas em geral. Infra-estruturas. Fundações. Construção de túneis e de pontes. Superestruturas.
Este tópico já foi abordado no tópico anterior.
CATÁLAGOS;
Catálogo é o local onde estão ordenadas as ichas catalográicas. Se for automatizado, então existirá apenas um. Se for manual,
existirá vários, cada um com um tipo de entrada diferente.
Existem dois tipos de catálogo manual: os do público, ou externos, e os auxiliares, ou internos. Os primeiros, como o nome indica,
servem para o uso dos usuários da bibliotecas. Os segundos, para
ins de uso interno pelo pessoal da biblioteca.
Em geral, ainda hoje, é possível encontrar nas bibliotecas três
tipos de catálogo externo. De nome de autor, de título e de assunto. O catálogo de autor também pode ser chamado de catálogo
onomástico. O de título, de catálogo didascálico. E o de assunto,
catálogo ideográico.
7 Arte. Belas-artes. Recreação. Diversões. Desportos
70 Generalidades.
71 Planejamento regional e urbano. Paisagens, jardins etc.
72 Arquitetura.
73 Artes plásticas. Escultura. Numismática.
74 Desenho. Artes industriais.
75 Pintura.
76 Artes gráicas.
77 Fotograia e cinema.
78 Música.
79 Entretenimento. Lazer. Jogos. Desportos.
Didatismo e Conhecimento
Esses catálogos podem ser organizados:
- Alfabeticamente
- Como um todo, com todas as entradas (autor, título e assunto) em um único catálogo, chamado de catálogo dicionário.
16
CONHECI MENTOS ESPECÍ FI COS/ Auxiliar de Biblioteca
- Com três catálogos diferentes, um para cada tipo de entrada.
Ou podem ser organizados sistematicamente, com as entradas
organizadas pelo número de classiicação.
Catálogo de assunto
Refere-se ao conteúdo de cada uma das obras. Facilita para o
leitor a procura de livros sobre determinado assunto e temas correlatos.
Catálogo dicionário
Apresenta, em uma única ordem alfabética, as entradas de autor, título e assunto. A alfabetação pode ser feita palavra por palavra
ou letra por letra.
Já os catálogos internos podem ser:
- De identidade, organizado pelos nomes dos autores e entidades.
- De assuntos, organizado pelos assuntos dos livros.
- Catálogo de número de classiicação
- Catálogo de séries e títulos uniformes
- Catálogo decisório, que organiza as decisões tomadas pela
biblioteca concernentes à catalogação.
- Catálogo topográico, que é o catálogo utilizado para ins de
inventário da biblioteca, pois é organizado pela número de chamada dos livros.
- Catálogo oicial, que é uma réplica dos catálogos externos,
mas inclui apenas o ponto de acesso principal.
- Catálogo de registro, para ins de controle do patrimônio da
biblioteca. Atualmente, a maioria das bibliotecas utiliza o livro de
tombo para isso.
- Regras para descrição bibliográica
Mas como se prepara a icha catalográica?
A descrição bibliográica é a representação das características
de um livro, para torná-lo único entre os demais. A catalogação descritiva baseia-se no estudo do livro, na preparação e na organização
das representações de mensagens (ichas catalográicas).
Para atingir seus objetivos, a catalogação descritiva deve ser:
a) clara – criando um código de fácil compreensão;
b) precisa – a representação deve referir-se apenas e a um único
livro;
c) padronizada – no sentido de ser sempre usada da mesma forma para informações semelhantes.
A catalogação é um dos processos técnicos utilizados para se
recuperar informações. É importante se ter em mente que catalogar
é muito mais que registrar itens, ele controla o acervo com vistas a
sua disponibilização, o que faz do catálogo um canal de comunicação entre a biblioteca e os usuários.
Então para que serve um catálogo?
- Para encontrar um livro do qual se conheça o autor, o título
ou o assunto.
- Para mostrar o que uma coleção contém com relação a um
determinado autor.
- Para mostrar o que uma coleção contém com relação a uma
determinada edição.
- Para mostrar o que uma coleção contém com relação a um
assunto.
Os catálogos podem vir dispostos em diferentes formas, tais
como: livros, folhas soltas ou ichas catalográicas, guardadas em
um móvel especíico para elas. Aqui, vamos explorar mais o ichário por entendermos ser o método mais simples.
A escolha do melhor tipo de catálogo depende dos recursos
disponíveis em cada biblioteca, do tamanho do seu acervo e das
características dos usuários que deverão utilizá-lo. Nesse processo, o catalogador deve ter sempre em mente que a conveniência
do público deve ser colocada à frente da facilidade dos trabalhos.
Os principais tipos de catálogos, de acordo com a função de
cada um, podem ser: Catálogo de autor.
Reúne todas as ichas, por exemplo, sob as entradas principais
e secundárias de autor (pessoal ou entidade coletiva) e as remissivas numa única ordem alfabética. Lembre-se que remissiva quer
dizer que você deverá remeter, ou melhor, relacionar, aqui no caso,
o autor ao assunto tratado. Por exemplo, se o autor Alexandre de
Moraes estiver tratando do assunto direito constitucional, deve-se
fazer uma entrada para Moraes, Alexandre, escrever logo abaixo,
ver direito constitucional.
- Regras gerais para descrição
A descrição do livro é feita por partes. Primeiramente se descreve o título, o subtítulo e a indicação de responsabilidade; depois
a edição e assim por diante. A soma dessas partes pode chegar até
oito, e a adoção de quais partes serão utilizadas, ou não, dependerá
de cada biblioteca e de seus responsáveis.
Uma biblioteca sempre tende a ser diferente da outra, levando
em consideração não só os usuários, como também o meio no qual
está inserida. Daí ser importante propor um catálogo adaptado à realidade de cada biblioteca, ou seja, a descrição bibliográica deve
estar voltada aos desejos dos seus usuários.
Sendo assim, cada icha catalográica deve ser descrita de acordo com as políticas adotadas por cada biblioteca. Abaixo segue uma
descrição simples, porém eiciente, contendo elementos mínimos.
a) Primeiramente, descreva o nome do autor ou da entidade responsável pela autoria, seguido de ponto inal.
b) Segundo, descreva na linha logo abaixo do nome do autor,
abaixo da 3ª ou 4ª letra do sobrenome, o título do item seguido de
barra inclinada e do nome do autor novamente, agora na ordem normal, seguido de ponto inal.
c) Terceiro, descreva a edição da obra, seguida de ponto inal.
d) Quarto, descreva o local de publicação, seguido de dois pontos sem espaço, depois o nome da editora, seguido de vírgula e, por
im, a data de publicação, seguida de ponto inal.
Um acervo pode ser composto por diferentes coleções, formadas por diferentes itens. Portanto, o catalogador deve reconhecer o
tipo de material que tem em mãos para que a descrição seja direcionada à coleção correta. Além disso, deve-se estar atento ao fato de
que cada item possui uma fonte principal de informação, aquela com
prioridade sobre as demais fontes e que fornece os elementos para o
preparo de uma descrição.
Como montar um catálogo
A descrição catalográica é uma tarefa necessária para recolher
elementos para a elaboração de um catálogo, instrumento essencial
no processo de comunicação entre a biblioteca e os seus usuários.
Deve ser feita em uma icha, reunindo todos os elementos de um
único item, julgados necessários pelo catalogador de acordo com a
realidade de cada biblioteca.
Catálogo de título
Reúne todas as entradas principais (das obras que tem entrada
pelo título) e secundárias (desdobramentos de título) e as remissivas,
em uma única ordem alfabética (alfabetação).
Didatismo e Conhecimento
17
CONHECI MENTOS ESPECÍ FI COS/ Auxiliar de Biblioteca
Para os catálogos que icam à disposição dos usuários, as bibliotecas geralmente utilizam ichas de cor clara, tamanho de 7,5
X 12,5cm, acondicionadas geralmente em ichários. Além disso,
costuma-se furá-las e atravessá-las com um tipo de vareta, com o
objetivo de que as ichas não sejam retiradas do lugar.
As ichas não podem ser reunidas e colocadas de qualquer maneira dentro do ichário. É preciso adotar certos critérios para facilitar sua organização, tais como a ordem alfabética de autor, do título
e do assunto. Essa organização não só facilita para o catalogador,
como também facilitará a busca de informações dos usuários.
Nesse processo, vamos usar outra técnica que será de extrema
importância: a alfabetação.
Alfabetar é colocar em ordem alfabética. O alfabeto usado baseia-se em 26 letras: a, b, c, d, e, f, g, h, i, j, k, l, m, n, o, p, q, r, s, t,
u, v, w, x, y, z.
Continuando, o arranjo básico das entradas das ichas deve ser
alfabético, considerando palavra por palavra, letra por letra.
Todas as palavras devem ser consideradas com exceção dos artigos deinidos e indeinidos. Veja alguns exemplos de como proceder na alfabetação nos casos de:
- Cabeçalho de assunto
Para ordenação dos cabeçalhos de assunto cujas partes principais sejam idênticas, adota-se a seguinte ordem:
a) cabeçalho simples;
Exemplo:
Caça
b) cabeçalho com subdivisões:
– subdivisão de forma (bibliograia, periódica etc.) e de assunto;
– subdivisão de épocas, arranjadas cronologicamente;
– subdivisão geográica;
Exemplo:
Caça – Bibliograia
Caça – História – Séc. XX
Caça – Brasil
c) cabeçalhos seguidos de parênteses;
Exemplo:
Caça (animal)
d) cabeçalhos invertidos;
Exemplo:
Caça, material de
e) cabeçalhos compostos, constituídos por um conjunto de
palavras em ordem direta, com um substantivo e um adjetivo.
Exemplo:
Caça submarina
- Nomes compostos
A ordem de colocação de ichas no ichário de duas ichas com
os nomes Santo André e Santo Amaro icaria na seguinte ordem:
Santo Amaro; Santo André
- Nomes próprios
Os nomes próprios em português, inglês devem ter sua entrada
pelo último sobrenome. Por exemplo:
Machado de Assis = Assis, Machado.
João Guimarães Rosa = Rosa, João Guimarães.
- Siglas
As siglas devem ser consideradas como palavras, desconsiderando os pontos que vêm entre as letras. Por exemplo:
U.R.F.F.A = URFFA
- Abreviaturas
As abreviaturas devem ser alfabetadas como se essas tivessem
sido escritas por extenso. Por exemplo:
Dr. = Doutor; Sr. = Senhor
- Nomes espanhóis
Os nomes espanhóis são registrados pelo penúltimo sobrenome, que corresponde ao nome da família do pai. Por exemplo:
José Oviedo y Banõs = Oviedo y Banõs, José
Francisco Pina Mello = Pina Mello, Francisco
Angel Arco y Molinero = Arco y Molinero, Angel
- Cedilha
A cedilha deve vir sempre após o C.
Ex.: Caca; Caça
- Nomes orientais
Nomes orientais (japonês, chineses, árabes etc.) são registrados
ou arquivados tal como se apresentam, separando-se o primeiro elemento por vírgula. Por exemplo:
Al Ben Hur = Al, Ben Hur
Li Yutang = Li, Yuntang
Mao Tse Tung = Mao, Tse Tung
- Parentesco
Os nomes que exprimem grau de parentesco, como Filho, Júnior, Sobrinho e Neto são considerados parte integrante do último
sobrenome. Por exemplo:
Antônio Almeida Filho = Almeida Filho, Antônio
Paulo Ribeiro Sobrinho = Ribeiro Sobrinho, Paulo
Henrique Viana Neto = Viana Neto, Henrique
Washington Rocha Júnior = Rocha Júnior, Washington
- Números
Os números devem ser considerados como se estivessem escritos por extenso. Por exemplo: 1001= Mil e um.
- Sobrenomes com Mc’, M’, St.
Alfabetam-se como se estivessem escrito por extenso:
Mac, Saint.
McHenry, James = MacHenry, James
Mc’Laren = MacLaren
St. Simon = Saint Simon
Mcdonalds = Macdonalds
- Entrada homógrafa
Reúne-se segundo seu sentido ou função, na seguinte ordem:
Autor (nome próprio) Exemplo: Brasil, Vitor
Autor (entidade coletiva) Exemplo: Brasil. Ministério da Educação
Assunto Exemplo: Brasil–História
Didatismo e Conhecimento
- Congressos
Os congressos, as conferências, as reuniões etc. arquivam-se
pelos nomes oiciais dos eventos, seguidos do número, data e local
de realização, entre parênteses. Por exemplo:
18
CONHECI MENTOS ESPECÍ FI COS/ Auxiliar de Biblioteca
Bibliotecas universitárias se deparam com a necessidade constante de treinar e orientar os usuários, especialmente os calouros
(muitos dos quais estão indo pela primeira vez em uma biblioteca na
universidade), no uso do sistema de gerenciamento de livros (como
fazer uma busca por título, por autor, por assunto, como identiicar a
data, como saber se o livro está disponível, etc.) e depois de encontrar o livro no sistema, como encontrá-lo nas estantes.
É comum as bibliotecas oferecerem visitas guiadas, para uma
ambientação inicial com os novos alunos.
Nas bibliotecas que não possuem sistemas informatizados, o
treinamento para o uso do catálogo é essencial.
- Referência (ou serviço de referência): é o intermediário entre
o acervo e o usuário. O usuário quando se depara com a biblioteca
precisa de referência, por isso esse nome. (Para alguns autores, e eu
concordo com essa linha de pensamento, todos os serviços voltados
para os usuários estão dentro do serviço de referência. Mas isso é
apenas a minha visão.) Ainal de contas, como encontrar a informação que você quer diante de um mundo de documentos? É preciso
de ajuda.
O serviço de referência tem por base a 4ª lei de Ranganathan, e
aproveito para colocar todas aqui:
1 – Os livros são para usar
2 – A cada leitor o seu livro
3 – A cada livro o seu leitor
4 – Poupe o tempo do leitor
5 – A biblioteca é um organismo em crescimento
Por poupar o tempo do leitor, entende-se se esforçar para que
o tempo entre a solicitação do usuário ao sistema e a sua resposta
seja mínimo. Para tanto, as bibliotecas cada vez mais investem em
sistemas automatizados, por um lado, e em treinamento de pessoal,
por outro.
O serviço de referência também pode ser feito à distância. O
que dá mais comodidade ao usuário. Em geral, as bibliotecas oferecem telefone, para receber críticas e sugestões e tirar dúvidas, e
e-mail ou formulários web para solicitações mais detalhadas. Neste
caso, pode ser chamado de serviço de referência virtual ou digital.
Serviço de referência é o serviço responsável pelo atendimento
do usuário na biblioteca. É, de forma simples, a ponte entre o acervo
informacional da biblioteca e o usuário que pretende encontrar alguma informação ali. O primeiro trabalho sobre serviço de referência
data de 1876, nos EUA. A origem do Serviço de Referência está
diretamente ligada à urbanização e à industrialização, que fez com
que as grandes cidades recebessem pessoas sem o mesmo grau de
cultura e letramento daquelas que frequentavam bibliotecas até então. Isso fez com que os bibliotecários passassem a se preocupar em
como atender melhor pessoas que muitas vezes sequer sabiam ler.
Dennis Grogan, um dos principais autores sobre o tema, coloca
8 etapas para o processo de referência, a saber:
O problema: o processo é iniciado com um problema que atrai
a atenção de um usuário;
A necessidade de informação: explicitação do problema pelo
usuário, seja por necessidade de conhecer e compreender, seja por
curiosidade ou qualquer outro motivo;
A questão inicial: o usuário formula a questão e solicita auxílio
do bibliotecário; inicia-se o processo de referencia, que compreende
duas fases: a análise do problema e a localização das respostas às
questões;
a) II Congresso de Pintura Moderna, em 1940, no Rio de Janeiro
Registra-se:
Congresso de Pintura Moderna (2.: 1940: Rio de Janeiro)
b) 2ª Conferência de Ensino Proissional 1970, São Paulo
Registre-se:
Conferência de Ensino Proissional (2.: 1970: São Paulo)
c) Primeira Reunião de Assessores do Governo, em 1972, em
Belo Horizonte
Registre-se:
Reunião de Assessores do Governo (1.:1972: Belo Horizonte)
- Firmas
As irmas devem ser consideradas tais como se apresentam.
Por exemplo:
Álvaro Ramos & Cia. = Álvaro Ramos & Cia.
Barbosa e Santos Ltda. = Barbosa e Santos Ltda.
Pereira Vieira & Irmãos = Pereira Vieira & Irmãos
Serviços auxiliares:
- separar as ichas pelo tipo, isto é, ichas principais (autor) e
ichas secundárias (título, assunto, remissiva etc.).
Observação: essa rotina só se aplica nas bibliotecas que ainda
mantêm catálogos convencionais em ichas.
Nas bibliotecas automatizadas, o catálogo em ichas foi substituído por listagens (catálogos impressos) que já são alfabetadas
automaticamente pelo sistema automatizado.
Neste caso, você só terá o trabalho de separar e colocar no lugar
devido as listagens especíicas de autor, título e assunto, além de
substituí-las quando estiverem desatualizadas.
Ministério da Educação
5. SERVIÇOS AOS USUÁRIOS: ORIENTAÇÃO
E CONSULTA, REFERÊNCIA, PESQUISAS E
LEVANTAMENTOS BIBLIOGRÁFICOS,
CIRCULAÇÃO DO ACERVO, NOÇÕES DE
NORMALIZAÇÃO DE DOCUMENTOS (ABNT).
Serviços aos usuários são os serviços prestados pelas bibliotecas às pessoas que usam a biblioteca, os usuários. Os usuários são
basicamente de 2 tipos: os reais, que efetivamente usam a biblioteca
e seus serviços; e os potenciais, que podem vir a usar a biblioteca. Cabe a biblioteca atender as demandas tanto dos usuários reais
quanto dos potenciais. Para isso, ela oferece vários serviços, a saber.
- Treinamento, orientação e consulta: Quando o usuário chega à biblioteca, principalmente aqui no Brasil, é um alumbramento,
um espanto. Ainda tem muita gente, mesmo em cidades grandes,
que nunca foi em uma biblioteca. Por isso, a maior parte da atenção de treinamento, orientação e consulta é voltada para ensinar essas pessoas a utilizar os recursos e serviços da biblioteca da forma
mais completa possível. Isso vai desde de ensinar como encontrar
um dicionário na organização das estantes da biblioteca até ensinar
como fazer uma busca por ordem alfabética de uma palavra em um
dicionário.
Didatismo e Conhecimento
19
CONHECI MENTOS ESPECÍ FI COS/ Auxiliar de Biblioteca
Conforme a Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT,
normalização é a atividade que estabelece, em relação a problemas
existentes ou potenciais, prescrições destinadas à utilização comum
e repetitiva com vistas à obtenção do grau ótimo de ordem em um
dado contexto.
É do conhecimento de toda comunidade acadêmica que a produção cientíica é tida como um dos indicadores de competência dos
departamentos no ambiente universitário, e que todo trabalhador intelectual precisa estabelecer padrões formais para garantir a efetiva
qualidade das fases do processo cientiico, isto é, desde a primeira
comunicação das ideias até a apresentação inal do trabalho.
Ressaltamos que a normalização documentária é um fator não
só de qualidade, mas um facilitador da transferência da informação
cientíica – pois a inexistência desta diiculta a recuperação das fontes utilizadas para elaboração da pesquisa acadêmica – por meio de
regras, métodos e normas que proporcionam:
- Identiicar melhor um documento;
- Facilitar a comunicação no universo acadêmico;
- Melhorar a qualidade formal da produção cientíica.
a) Artigo Cientíico (NBR 6022);
b) Referência (NBR6023);
c) Numeração Progressiva (NBR 6024);
d) Sumário (NBR 6027);
e) Resumo (NBR 6028);
f) Citação (NBR 10520);
g) Relatórios Técnico Cientíicos (NBR 10719);
h) Trabalho Acadêmico (NBR 14724);
i) Projeto de pesquisa (NBR 15287).
A questão negociada: o bibliotecário solicita esclarecimentos
sobre a questão inicial para atender satisfatoriamente a necessidade
do usuário;
A estratégia de busca: o bibliotecário analisa minuciosamente a
questão, identiicando seus conceitos e suas relações, para traduzi-la
em um enunciado de busca apropriado à linguagem de acesso ao
acervo de informações; a seguir, são escolhidos os vários caminhos
possíveis para o acesso às fontes especiicas para responder a questão apresentada.
O processo de busca: estabelecimento de estratégias lexíveis
que comportem mudança de curso para otimizar a busca;
A resposta: para a maioria dos casos será encontrada uma resposta, porém isso não constitui o im do processo, pois a resposta
encontrada pode não ser a esperada;
A solução: o bibliotecário e o usuário devem avaliar se o resultado obtido é suiciente para inalizar o processo de busca.
- Clipping (ou clipagem): É uma atividade que consiste em fazer leituras de jornais, revistas e periódicos em geral a im de selecionar matérias de interesse para a instituição ou para os usuários
individualmente.
- Pesquisas e levantamentos bibliográicos: É uma das atribuições mais importantes da biblioteca e, mais nas bibliotecas especializadas, constitui boa parte das solicitações. Consiste em executar
pesquisas para os usuários sobre temas especíicos nas fontes de
informação disponíveis às bibliotecas. Levantamento bibliográico
é um sinônimo para “o que tem sobre determinado assunto” ou “o
que tem de determinado autor” na biblioteca. Isso é muito comum.
O que tem sobre história do Brasil? Então será feito um levantamento bibliográico a im de identiicar a bibliograia disponível na
biblioteca sobre o tema, incluindo não apenas livros, mas artigos de
periódicos e demais documentos.
- DSI (disseminação seletiva da informação): É o serviço que
leva a informação ao usuário, ou seja, dissemina a informação selecionada para a pessoa que precisa/deseja receber a informação.
Em geral, o usuário tem um cadastro na biblioteca em que indica seus interesses, e a biblioteca envia informações selecionadas
para ele.
- Empréstimo (Circulação): É o serviço de circulação dos
exemplares (documentos) do acervo. Em geral, toda biblioteca tem
um balcão de empréstimo/devolução, com sistema automatizado ou
não, em que o usuário leva o livro que quer levar, preenche as informações necessárias, e leva o livro para casa durante o período
permitido de empréstimo. Caso o usuário deseja icar mais tempo
com o livro, poderá renová-lo caso não esteja reservado, no caso de
sistemas automatizados é possível fazer isso sem ir presencialmente
na biblioteca. E caso o usuário queira pegar um livro que está emprestado, poderá fazer a reserva do livro. Também aqui, em caso de
sistema automatizado, a reserva pode ser feita pelo próprio sistema.
Por Gustavo Henn
Artigo em publicação periódica (NBR 6022/2003)
Estabelece sistema para a apresentação dos elementos que
constituem o artigo em publicação periódica cientíica, que se apresenta sob a forma de revista, boletim, anuário etc., com periodicidade e ISSN.
a) artigo cientíico: publicação com métodos, técnicas, processos e resultados nas diversas áreas do conhecimento;
b) artigo de revisão: publicação que resume, analisa e discute
informações já publicadas;
c) artigo original: publicação que apresenta temas ou abordagens originais (relatos de experiência de pesquisa, estudo de caso
etc.).
Elementos pré-textuais
a) título e subtítulo: página de abertura do artigo, diferenciados
tipograicamente;
b) autor(es): nome(s) do(s) autor(es) e breve currículo, endereços postal e eletrônico, em rodapé indicado por.
c) resumo na língua do texto: elemento obrigatório, constituído
de uma sequência de frases concisas e objetivas (até 250 palavras);
d) palavras-chave e/ou descritores: após resumo e separadas por
ponto.
Elementos textuais
a) introdução: parte inicial do artigo, onde devem constar a
delimitação do assunto tratado, os objetivos da pesquisa e outros
elementos necessários para situar o tema do artigo;
b) desenvolvimento: parte principal do artigo, que contém a exposição ordenada e pormenorizada do assunto tratado. Divide-se em
seções e subseções, conforme a NBR 6024, que variam em função
da abordagem do tema e do método;
Noções de Normalização de Documentos (ABNT).
Para a área de informação e documentação, a normalização
tem a inalidade de estruturar e apresentar graicamente documentos
como: livros, relatórios, teses, dissertações, periódicos, etc., e parte
deles como: referências, resumos, índices, sumários e outros. Seu
objetivo é facilitar a pesquisa e o acesso aos documentos.
Didatismo e Conhecimento
20
CONHECI MENTOS ESPECÍ FI COS/ Auxiliar de Biblioteca
c) conclusão: parte inal do artigo, na qual se apresentam as
conclusões correspondentes aos objetivos e hipóteses.
Elementos pós-textuais
a) título, e subtítulo (se houver) em língua estrangeira;
b) resumo e palavras-chave em língua estrangeira;
c) nota(s) explicativa(s);
d) referências;
e) glossário;
f) apêndice(s);
g) anexo(s).
Tipos de autoria
a) Autor pessoal
- um autor ;
- dois autores;
- três autores;
- mais de três autores.
b) Autor entidade
- associações;
- empresas;
- instituições;
- eventos, etc.
c) Órgãos governamentais
d) Autoria desconhecida
e) Organizadores, compiladores, editores, adaptadores etc.
f) Outros tipos de responsabilidade
- tradutor;
- prefaciador;
- ilustrador, etc.
Referências (NBR 6023/2002)
NBR 6023/2002 - Estabelece os elementos a serem incluídos
nas referências; ordem de apresentação e transcrição da informação
originada do documento.
Deinição - Conjunto padronizado de elementos descritivos, retirados de um documento, que permite sua identiicação individual.
Elementos essenciais e formato
a) autor;
b) título e subtítulo;
c) edição (número);
d) imprenta (local: editora e data).
SOBRENOME, Prenome. Título: subtítulo. Local: Editora,
Ano.
Título
Título de Monograias (livros, teses, artigos etc.)
- reproduzido tal como aparece no documento;
- diferenciado tipograicamente (negrito, itálico, sublinhado),
apenas a primeira palavra, inicial em maiúscula (exceção dos nomes
próprios);
- subtítulo (sem destaque, precedido por dois pontos) e indicado
após o título.
O título do periódico pode ser abreviado (NBR 6032) ou não, e
segue o título do artigo escrito com a primeira letra de cada palavra
em maiúscula destaque.
Tipos de documentos
a) Monograias consideradas no todo
- livros;
- dicionários e enciclopédias;
- atlas;
- bibliograias ;
- biograias;
- bíblias;
- normas técnicas;
- patentes;
- dissertações e teses;
- publicações de congressos, conferências, simpósios,
workshops, jornadas, etc.
b) Partes de monograias
- capítulos de livros;
- verbetes de dicionários e enciclopédias;
- trabalhos apresentados; etc.
c) Documento jurídico
- legislação (constituições; leis e decretos;
- jurisprudência (súmulas, sentenças, etc.);
- doutrina (monograia jurídica);
d) Publicações periódicas
- periódico;
- revistas;
- coleções;
- fascículos;
- jornais;
e) Parte de publicações periódicas
- artigo de revista
- artigo de jornal, etc.
- boletim.
Didatismo e Conhecimento
Edição
a) Indica-se a edição, em algarismo(s) arábico(s) seguido(s) de
ponto e abreviatura da palavra edição, no idioma da publicação:
2. ed.
5. th.
b) Quando necessário indicam-se emendas e acréscimos a edição:
3. ed. rev. e aum.
Local
Quando houver homônimos, indique a localização.
Viçosa, MG Viçosa, RN
Quando o local não aparece na publicação, deve-se indicar, entre colchetes, a expressão sine loco (Sem local)
[S. l.]
Quando não aparece, mas pode ser identiicada, coloca-se entre
colchetes.
[Florianópolis]
Editora
a) Suprimir natureza jurídica/comercial (Gráica, Impressora,
Editora, Livraria, etc).
CASTELLS, Manuel. A sociedade em rede. São Paulo: Paz e
Terra, 1999.
Na publicação: Paz e Terra Editora.
b) Quando o editor é o mesmo autor, ele não deve ser mencionado novamente.
21
CONHECI MENTOS ESPECÍ FI COS/ Auxiliar de Biblioteca
SISTEMA de ensino Tamandaré: sargentos do Exército e da
Aeronáutica. [Rio de Janeiro]: Colégio Curso Tamandaré, 1993.
Não paginado.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA. Catálogo de Graduação, 1994-1995.
Viçosa, MG, 1994.
c) Quando houver mais de uma editora, indica-se a que aparecer
com maior destaque, as demais podem ser também registradas com
os respectivos lugares.
Rio de Janeiro: MAST; São Paulo: UNESP.
Quando a editora não puder ser identiicada, usa-se a expressão sine nomine
[s. n.]
Quando o local e o editor não puderem ser identiicados usa-se
as duas expressões, entre colchetes.
GONÇALVES, F. B. A história do Mirador. [S.l.: s.n.], 1993.
Ordenação das referências
As referências podem ser ordenadas por duas maneiras: sistema alfabético e numérico.
Em casos de referências de autoria igual ou título de várias
edições de um documento referenciado sucessivamente, na mesma
página, pode ser substituído por seis espaços.
FREYRE, Gilberto. Sobrados e mucambos: decadência do patriarcado rural no Brasil. São Paulo: Nacional, 1936. 405 p.
Numeração progressiva das seções de um documento escrito
(NBR 6024/2012)
“Estabelece um sistema de numeração progressiva das seções
de documentos, de modo a expor em uma sequência lógica o inter-relacionamento da matéria e permitir sua localização.”
Data
A data de publicação (ano) deve ser indicada em algarismos
arábicos.
2000 e não 2.000
uando houver dúvida quanto à data, indica-se, sempre entre
colchetes
[1997?] para data provável
[ca. 1995] para data aproximada
[199-] para década certa
[19--] para século certo
[19--?] para século provável
[entre 2005 e 2007] intervalo
Em publicações virtuais, insere-se também, a data de acesso
ao documento.
Em publicações periódicas, é necessário acrescentar os meses,
e devem ser indicados de forma abreviada (exceto maio) e no idioma original da publicação.
ALCARDE, J. C.; RODELLA, A. A. O equivalente em carbonato de cálcio de corretivos da acidez dos solos. Scientia Agrícola,
Piracicaba, v. 53, n. 203, p. 204-210, maio/dez. 1996.
Séries e coleções
Séries ou Coleções são indicadas no inal da referência, entre
parênteses, e suprimindo as expressões: coleção/série.
MIGLIORI, R. Paradigmas e Educação. São Paulo: Itú, 1993.
(Visão do Futuro, v. 1).
Deinição
a) seção: parte em que se divide o texto de um documento;
b) seção primária: principal divisão do texto de um documento;
c) seção secundária, terciária, quaternária, quinária (limite): divisão do texto de uma seção primária, secundária, terciária, quaternária, respectivamente;
d) alínea: cada uma das subdivisões de um documento, indicada
por uma letra minúscula e seguida de parênteses;
e) subalínea: subdivisão de uma alínea; deve começar por travessão seguido de espaço, com recuo em relação à alínea;
f) indicativo de seção: número ou grupo numérico que antecede
cada seção do documento.
Sumário (NBR 6027/2012)
Enumeração das divisões, seções e outras partes de uma publicação, na mesma ordem e graia do documento. Último elemento
pré-textual.
a) a palavra sumário deve ser centralizada e com a mesma tipologia da fonte utilizada para as seções primárias;
b) os elementos PRÉ-TEXTUAIS não devem constar no sumário;
c) os indicativos das seções que compõem o sumário, são alinhados à esquerda.
Notas
Sempre que necessário à identiicação da obra, devem ser incluídas notas com informações complementares, ao inal da referência, sem destaque tipográico.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA. Biblioteca Universitária. Biblioteca virtual universitária 2.0. Catálogo de livros, enciclopédias e documentos virtuais. Acesso mediante matrícula e senha da Biblioteca/UFSC. Florianópolis, 2010.
Disponível em:
<http://150.162.4.10/pergamum/biblioteca_s/php/login_pearson.php>. Acesso em: 24 set. 2010.
Resumo (NBR 6028/2003)
Estabelece os requisitos para redação e Apresentação de resumos.
Apresentação concisa dos pontos relevantes de um documento.
a) crítico (resenha): redigido por especialistas com análise crítica de um documento;
b) indicativo: pontos principais do documento, não apresentando dados; não dispensa consulta documento;
c) informativo: informa ao leitor inalidades, metodologia, resultados e conclusões do documento, dispensa consulta documento.
- 150 a 500 palavras - trabalhos acadêmicos e relatórios técnico-cientifícos;
- 100 a 250 palavras - artigos de periódicos;
- 50 a 100 palavras - a indicações breves;
- não aplicável para resenha.
Paginação irregular
Quando o documento não possuir numeração de página ou
possuir paginação irregular, insira as expressões ao inal da referência.
MARQUES, M. P.; LANZELOTTE, R. G. Banco de dados e
hipermídia: construindo um metamodelo para o projeto Portinari.
Rio de Janeiro: PUC, 1993. Paginação irregular.
Didatismo e Conhecimento
22
CONHECI MENTOS ESPECÍ FI COS/ Auxiliar de Biblioteca
Citação (NBR 10520/2002)
Especiica as características exigíveis para citação em documentos.
Deinição: Menção, no texto, de uma informação extraída de
outra fonte.
Por quê utilizar citação?
a) dar credibilidade/fundamentação ao trabalho cientíico;
b) fornecer informações a respeito dos trabalhos desenvolvidos
na área de pesquisa;
c) fornecer exemplos de pontos de vista semelhantes ou não
sobre o assunto de sua pesquisa.
Formas de citação
a) Citação direta
b) Citação indireta
c) Citação de citação
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA de respostas, de cima para baixo.
a) D, D, U, D, D.
b) D, U, D, U, U.
c) D, D, U, D, U.
d) U, D, U, D, U.
e) U, U, D, U, D.
Relatórios técnico-cientíicos (NBR 10719/2011)
Especiica os princípios gerais para a elaboração e a apresentação de relatórios técnico-cientíicos. Quando oportuna, pode ser
aplicada em outros tipos de relatório.
Deinição: O relatório técnico - cientiico é um documento que
relata formalmente os resultados ou progressos obtidos em investigação de pesquisa e desenvolvimento ou que descreve a situação de
uma questão técnica ou cientíica.
http://www.bu.ufsc.br/
05. (IFRO 2013) Leia o trecho a seguir:
‘‘A ______________ deine-se como um conjunto de medidas especíicas e preventivas necessárias para a manutenção da
existência física do documento.”
Preenche corretamente a lacuna acima o exposto em:
a) restauração
b) conservação
c) recuperação
d) reconstrução
e) documentação
Questionário:
06. (IFRO 2013) O Sistema de Classiicação de Melvil
Dewey abrange todos os campos do conhecimento humano,
dividindo-os em dez classes que, por sua vez, são subdivididas
minuciosamente, possibilitando às bibliotecas classiicarem os
seus livros da maneira mais detalhada possível. São classes do
Sistema de Dewey as explicitadas a seguir, EXCETO:
a) Filosoia.
b) Literatura.
c) Ciências Puras.
d) Ciências Exatas.
e) Ciências Aplicadas.
04. (IFRO 2013) De acordo com o Ministério da Cultura,
Direitos Autorais são as denominações utilizadas para deinir
posse sobre obras intelectuais que podem ser
a) Políticas, literárias ou cientíicas.
b) Artísticas, literárias ou cientíicas.
c) Literárias, bibliográicas ou políticas.
d) Artísticas, ideológicas ou cientíicas.
e) Políticas, ideológicas ou bibliográicas.
01. (IFRO 2013) O espaço físico da biblioteca deve consistir
em um ambiente agradável, amplo, bem iluminado, com mobiliário adequado e que tenha, dentre outros fatores, as condições
necessárias para a conservação dos livros. Essa forma de distribuir melhor o espaço físico da biblioteca recebe o nome de:
a) Layout.
b) Acervo.
c) Handout.
d) Estrutura.
e) Retrato ou paisagem.
Gabarito:
02. (IFRO 2013) Otimizar cada espaço da biblioteca é essencial, tanto no que diz respeito à organização, quanto ao visual.
Dessa forma, os livros devem ser dispostos de maneira correta,
de modo que para saber a quantidade de livros a ser colocada
em determinado espaço, pode-se usar um cálculo padrão, segundo o qual:
a) 1m2 pode comportar até 15 volumes.
b) 1m2 pode comportar até 20 volumes.
c) 1m2 pode comportar até 50 volumes.
d) 1m2 pode comportar até 100 volumes.
e) 1m2 pode comportar até 150 volumes.
03. (IFRO 2013) Analise as airmativas a seguir e assinale
(D) para o que for pertinente à Classiicação Decimal de Dewey
e (U) para o que for pertinente à Classiicação Decimal Universal, classiicações utilizadas para a organização de documentos
em bibliotecas.
(__) Apresenta notação pura.
(__) Possui sete tabelas auxiliares.
(__) Possui dezenove tabelas auxiliares.
(__) Possui quatro volumes e um guia prático.
(__) Possui dez classes, sendo a quarta classe vaga.
Didatismo e Conhecimento
23
01
A
02
C
03
C
04
B
05
B
06
D