Quando,
em Fevereiro de 2013, o Estado pela mão do governo de Passos e Portas roubou-me
mais de um quinto da pensão de reforma em nome da “austeridade necessária”
reagi chamando-lhes os nomes que mereciam. Trabalhei por conta d´outrem durante
41 anos, cumpri a minha parte do contrato estabelecido e escrito pelo Estado e
esse roubo provocou em mim uma ruptura irremediável com o poder político. Escrevi então: “Hoje, quebrei o compromisso de
cidadania institucional que mantive com o Estado durante toda uma vida. A
partir de agora sinto-me livre de qualquer obrigação para com os
dirigentes/malfeitores/vigaristas do meu país. Para além do óbvio direito que
pretendo exercer de lhes chamar ladrões, bandidos, mafiosos e outras coisas que
me ocorram na altura que os encontre, espero ter engenho para recorrer aos
meios que ache adequados para os punir.”
Hoje,
depois de saber que os juízes do tribunal constitucional foram coniventes com os
ex-titulares de cargos públicos que depois de trabalharem apenas 12 anos têm
direito a privilégios que os trabalhadores comuns deste país não têm, nem ao
fim de 40 anos de trabalho, voltou-me o desejo de chamar bandidos e mafiosos
aos deputados que solicitaram esse privilégio vergonhoso e iníquo e aos juízes
do tribunal constitucional (também abrangidos) que votaram em causa própria.