domingo, 28 de junho de 2015

O MUNDO ESTÁ PERIGOSO

Esta é a sensação que me acompanha desde que os “rebentos” dos mais radicais dos radicais islâmicos atacaram locais de trabalho em França, de lazer na Tunísia e de culto no Kuwait, sem contar com as outras atrocidades levadas a cabo esta semana por estes filhos desnaturados de uma causa qualquer que ela seja, na Nigéria, na Síria, no Iraque, no Burundi.
Não é difícil ir à procura dos responsáveis ocidentais que armaram, desarmaram, derrubaram e apoiaram os amigos e inimigos de cada ocasião. Pedir-lhes responsabilidades já é outra conversa. A geoestratégia comanda a política dos interesses das grandes potências, com os USA à cabeça, e o resto é treta de embalar consciências aqui no lado “civilizado” do mundo. Mas de uma coisa não se livram: ficarão na história como os que armados em polícias do mundo abriram a caixa de Pandora donde desataram a sair “rebentos” sem controlo.
Não faço ideia de como se resolve o problema da Grécia. O facto de suspeitar que nesta incerteza sou acompanhado pela maior parte das pessoas que no mundo ainda se preocupam com este tipo de coisas, não me descansa sobremaneira. Os proeminentes líderes europeus trocam acusações de chantagistas, amadores, gastadores compulsivos, mentirosos, agiotas e outros mimos trocados em jogos infantis, tipo “palavra – puxa – palavra,” “estica –  a – corda”, “pisca – o – olho”, e outros jogos “hard core” para adultos, jogados nos bastidores.    
Para ontem, estava anunciado o encontro decisivo, o último dos últimos entre ministros e outros representantes dos donos do dinheiro. Varoufakis abandonou o jogo a meio mas não levou a bola, porque a bola é da Alemanha. Até ontem, no futebol acontecia o mesmo. Dizia-se até, explicando-o, “É um jogo com uma bola, duas balizas, onze contra onze… e no fim ganha a Alemanha”. Ontem foram derrotados por Portugal, 5 a 0. Mas tenho a impressão que nos jogos financeiros o resultado vai ser o mesmo do futebol de antigamente: no fim, ganha a Alemanha.

Só desejo que essa vitória não torne o mundo ainda mais perigoso.