Esta é a sensação que me acompanha desde que os “rebentos”
dos mais radicais dos radicais islâmicos atacaram locais de trabalho em França,
de lazer na Tunísia e de culto no Kuwait, sem contar com as outras atrocidades
levadas a cabo esta semana por estes filhos desnaturados de uma causa qualquer
que ela seja, na Nigéria, na Síria, no Iraque, no Burundi.
Não é difícil ir à procura dos responsáveis ocidentais que
armaram, desarmaram, derrubaram e apoiaram os amigos e inimigos de cada
ocasião. Pedir-lhes responsabilidades já é outra conversa. A geoestratégia
comanda a política dos interesses das grandes potências, com os USA à cabeça, e
o resto é treta de embalar consciências aqui no lado “civilizado” do mundo. Mas
de uma coisa não se livram: ficarão na história como os que armados em polícias
do mundo abriram a caixa de Pandora donde desataram a sair “rebentos” sem
controlo.
Não faço ideia de como se resolve o problema da Grécia. O
facto de suspeitar que nesta incerteza sou acompanhado pela maior parte das
pessoas que no mundo ainda se preocupam com este tipo de coisas, não me
descansa sobremaneira. Os proeminentes líderes europeus trocam acusações de
chantagistas, amadores, gastadores compulsivos, mentirosos, agiotas e outros
mimos trocados em jogos infantis, tipo “palavra – puxa – palavra,” “estica
– a – corda”, “pisca – o – olho”, e
outros jogos “hard core” para adultos, jogados nos bastidores.
Para ontem, estava anunciado o encontro decisivo, o último
dos últimos entre ministros e outros representantes dos donos do dinheiro.
Varoufakis abandonou o jogo a meio mas não levou a bola, porque a bola é da
Alemanha. Até ontem, no futebol acontecia o mesmo. Dizia-se até, explicando-o,
“É um jogo com uma bola, duas balizas, onze contra onze… e no fim ganha a
Alemanha”. Ontem foram derrotados por Portugal, 5 a 0. Mas tenho a impressão
que nos jogos financeiros o resultado vai ser o mesmo do futebol de antigamente:
no fim, ganha a Alemanha.
Só desejo que essa vitória não torne o mundo ainda mais
perigoso.