De acordo com dados de 2014, Amesterdão tem cerca de 813.000 habitantes, um
terço dos quais pertencem a minorias étnicas provenientes de 180 países. Essas
pessoas começaram a chegar à cidade há seculos, em circunstâncias variadas, em
busca de liberdade e de uma vida melhor. É difícil encontrar exemplo semelhante
de tanta mistura de gentes e diversidade cultural em qualquer outro lugar do
mundo.
Das fontes consultadas em museus e folhetos informativos constam estes
números: há 30000 estudantes, 7000 prostitutas, e 3600 polícias.
Das prostitutas já se sabia. A prostituição é legal, controlada,
regulamentada, sujeita a pagamento de impostos. O “Red Light District” existe
há tanto tempo que já faz parte da paisagem urbana. Há protestos em alguns
campos mais conservadores da população mas a maioria aceita o facto como integrante
do particular estilo de vida tolerante que caracteriza a cidade.
Quanto ao número de polícias, a existirem, ou andam muito bem disfarçados
ou então devem estar atrás das câmaras de vigilância, porque na rua não se vêem!
Se calhar é porque não há distúrbios ou cenas que habitualmente convocam a sua presença.
Tudo calmo, pacífico, cada um na sua.
Amesterdão é obviamente uma das cidades mais modernas do mundo. Mas ao
mesmo tempo é admirável a atmosfera de convivência, a forma como as pessoas
socializam, porque é semelhante à das terras pequenas, amigáveis, calorosas e
solidárias. A liberdade, a tolerância, tal como a simpatia, parecem coisas
naturais. É verdade que fazem questão de se afirmar como amantes da cerveja,
que o cheiro a erva paira no ar mas isso, provavelmente acrescenta-lhe cosmopolitismo.
As pessoas, de um modo geral, são bonitas, têm um ar saudável e parecem felizes.