A filosofia britânica produzida nos séculos XVII e XVIII abrange temas que passam por quase todas... more A filosofia britânica produzida nos séculos XVII e XVIII abrange temas que passam por quase todas as áreas da filosofia, definindo contornos decisivos para futuras abordagens no campo da filosofia política, da ética, da teoria do conhecimento e da estética.
Do padrão do goato em Hume: a crítica e a racionalidade Andrea rachei Doutorandaem Filosofia pela... more Do padrão do goato em Hume: a crítica e a racionalidade Andrea rachei Doutorandaem Filosofia pela FFLCH-USP.
A filosofia britânica produzida nos séculos XVII e XVIII abrange temas que passam por quase todas... more A filosofia britânica produzida nos séculos XVII e XVIII abrange temas que passam por quase todas as áreas da filosofia, definindo contornos decisivos para futuras abordagens no campo da filosofia política, da ética, da teoria do conhecimento e da estética.
RESUMO: Pretende-se analisar neste artigo a distinção, feita por Hume, entre convenção e contrato... more RESUMO: Pretende-se analisar neste artigo a distinção, feita por Hume, entre convenção e contrato, bem como suas consequências para sua teoria da justiça. Além disso, partindo da discussão quanto ao caráter histórico e artificial da justiça, na filosofia humeana, pretende-se investigar qual o tipo de racionalidade recusada como fundamento das distinções morais e em que medida isso atinge as teorias contratualistas. Nesse sentido, o texto procura apontar como Hume fundamenta o princípio pacta sunt servanda na constituição de um sistema geral de referência, ou seja, numa pressuposição implícita de cumprimento mútuo de acordos. Para tanto, indaga a distinção entre o interesse envolvido na origem da justiça e as paixões naturais da benevolência e do amor próprio, ou seja, dedica-se a compreender o sentido específico da artificialidade da justiça, em sua conexão com a composição do juízo de aprovação dos atos justos.
Neste texto pretendemos abordar o vínculo entre moralidade e beleza em Shaftesbury e Hutcheson, t... more Neste texto pretendemos abordar o vínculo entre moralidade e beleza em Shaftesbury e Hutcheson, tendo em vista sustentar em que medida a noção de prazer desinteressado passa a ser o centro dessa conexão. Também estará em jogo mostrar a construção paulatina, nesses autores, da noção de sentimento ou senso moral, a qual visa compatibilizar o prazer individual e o interesse coletivo e revelar a destinação humana para a virtude. O privilégio da noção de experiência estética e da condição de espectador de quem julga moralmente são também temas a que se dedica o artigo, a fim de permitir que o leitor perceba como Shaftesbury e Hutcheson representam uma etapa importante quanto ao deslocamento da identidade entre o belo e o bom para o campo do juízo, ainda que em suas filosofias subsistam pressupostos metafísicos determinantes.
A intencao do artigo e analisar o projeto humeano de constituicao de uma ciencia da natureza huma... more A intencao do artigo e analisar o projeto humeano de constituicao de uma ciencia da natureza humana, pensando em que medida esse âmbito hipotetico de sua filosofia e coerente com determinados pressupostos empiristas nela presentes. A partir disso procura-se compreender como o sentido de teoria que emerge na filosofia humeana nos permite entender com maior precisao a sua propria natureza, especialmente no que tange as fronteiras entre as imagens de Hume como cetico, naturalista e empirista.
REVISTA DE ESTUDOS DE CULTURA | Nº 02 | Mai.Ago./2015 RESUMO: O artigo pretende analisar em que m... more REVISTA DE ESTUDOS DE CULTURA | Nº 02 | Mai.Ago./2015 RESUMO: O artigo pretende analisar em que medida a filosofia de Hume dialoga com a defi-nição tradicional de conhecimento, traçando um caminho alternativo sobretudo em relação à noção de justificação das nossas crenças epistêmicas e morais mais relevantes. Seguindo o percurso que leva à filosofia humeana, passando principal-mente pelo debate entre o inatismo cartesiano e a descrição do entendimento pos-tulada pelos empiristas. Pretendemos mostrar em que medida a fundamentação dada por Hume à causa e o efeito e às escolhas morais desloca a razão do centro de gravidade da natureza humana. Seu objetivo é explicar o modo como o naturalismo humeano é também antirracionalismo e como ele subverte a própria imagem que a história da filosofia estabeleceu para o que seja o filosofar.
Do padrão do goato em Hume: a crítica e a racionalidade Andrea rachei Doutorandaem Filosofia pela... more Do padrão do goato em Hume: a crítica e a racionalidade Andrea rachei Doutorandaem Filosofia pela FFLCH-USP.
Kant pretende refutar a solucao de Hume para o problema da causa e efeito na Critica da Razao Pur... more Kant pretende refutar a solucao de Hume para o problema da causa e efeito na Critica da Razao Pura, na Segunda Analogia da Experiencia, na qual ele afirma que a relacao de causa e efeito e uma condicao necessaria da experiencia, portanto uma relacao objetiva e nao subjetivamente constituida. Trata-se de uma resposta direta aquilo que foi caracterizado como o centro da conclusao humiana, segundo a qual essa relacao tem origem numa simples necessidade subjetiva. O problema colocado por Hume, entretanto, comporta, ainda, uma outra dimensao, normalmente caracterizada como “o problema da inducao”. Quanto a esse, os comentadores da filosofia kantiana se dividem no entendimento de se Kant respondeu a filosofia humiana tambem na Segunda Analogia, ou se dependia diretamente dos argumentos expostos na Critica do Juizo. Uma discussao desse tema envolve uma serie de aprofundamentos. No que tange a filosofia kantiana, questoes como a decorrencia, ou nao, do principio “das mesmas causas os mesmos...
O objetivo deste artigo é discutir o que representa a instabilidade das reflexões filosóficas, se... more O objetivo deste artigo é discutir o que representa a instabilidade das reflexões filosóficas, segundo a leitura que dela faz a filosofia de Stanley Cavell, em diálogo com Hume, filósofo que teria abordado esse problema em sua maior amplitude. Nesse sentido, em primeiro lugar o texto apresenta as linhas gerais da análise humeana, realizada especialmente no Tratado da Natureza Humana, sobre a alternatividade entre a razão e a imaginação na questão do ceticismo sobre o mundo exterior e concernente à identidade pessoal. Partindo dessa síntese da questão, investiga em que sentido, para Cavell, a instabilidade do ceticismo reflete sua natureza dicotômica face ao ordinário; a naturalidade e a antinaturalidade da filosofia. A intenção é mostrar, com base nesse percurso, que, dado o fato de que as noções filosóficas não são descobertas sobre as crenças comuns e que estas não conseguem evitar por completo as tendências da razão humana, a ideia de uma filosofia imersa no mundo ordinário só po...
Pretende-se discutir a nocao de regra envolvida na "resposta" kantiana exposta na Segun... more Pretende-se discutir a nocao de regra envolvida na "resposta" kantiana exposta na Segunda Analogia da Critica da Razao Pura aos problemas apresentados por Hume quanto a causalidade e a inducao. Particularmente, o foco da analise e a investigacao referente a extensao para o principio "mesmas causas, mesmos efeitos" da deducao apresentada por Kant para o principio "todo evento tem uma causa", a partir do que signifique seguir uma regra, enquanto pressuposto da possibilidade de se determinar uma irreversibilidade da ordem de uma dada sequencia temporal. Em especial, o artigo pretende abordar o tema concernente aos possiveis modos pelos quais a filosofia kantiana poderia conferir legitimidade ao principio "mesmas causas, mesmos efeitos", sem recorrer aos elementos do Apendice a Dialetica Transcendental e da Critica a Faculdade do Juizo. O artigo se concentrara em duas possibilidades, apontadas pelas leituras de Friedman (1992) e Longenesse (2005; ...
O artigo pretende indicar a conexao entre belo natural e moralidade, nos termos abordados por Kan... more O artigo pretende indicar a conexao entre belo natural e moralidade, nos termos abordados por Kant, na Critica da Faculdade do Juizo. Trata-se de mostrar que o sentido etico assumido pela beleza natural envolve a possibilidade da expressao da superioridade da razao em relacao a sensibilidade, a partir da nocao de desinteresse, a representacao da sistematicidade do conhecimento da natureza, com base na ideia de livre jogo entre imaginacao e entendimento, e a sugestao de um substrato suprassensivel da natureza, por meio do alargamento do nosso modo de considerar a natureza. Quanto a remissao ao substrato suprassensivel da natureza, sera objeto do texto apontar as relacoes entre juizo estetico e juizo telelologico, do ponto de vista da relacao de ambos com a moralidade, em Kant. Assim, em que medida a ideia de sistematicidade permeia a analise de belo natural e como uma investigacao sobre o sentido moral que o mesmo possua envolve a questao do encontro entre a multiplicidade da intuica...
Resumo: No Tratado, Hume procura investigar as causas da crenca nos objetos exteriores, admitindo... more Resumo: No Tratado, Hume procura investigar as causas da crenca nos objetos exteriores, admitindo ser impossivel provar se os mesmos existem ou nao. Sua analise consistira na investigacao da origem da inteligibilidade das nocoes de continuidade e distincao dos objetos sensiveis, em ultima instância, a crenca do senso comum na continuidade e distincao das proprias percepcoes. Este texto pretende mostrar como essa discussao humeana e um dialogo direto com a filosofia berkeleyana, a defesa humeana da crenca na materia implicando inicialmente uma certa aceitacao da filosofia de Berkeley, para, na sequencia, representar uma dissensao direta com o seu principio fundamental: ser e ser percebido. Tais colocacoes tem, entre outras, a finalidade de argumentar que Berkeley exerce um papel central na filosofia humeana, nesse caso como seu interlocutor direto, e que a compreensao desse papel e parte obrigatoria de um melhor esclarecimento do problema da objetividade em Hume. Palavras-chave: Ceti...
O artigo pretende analisar em que medida a filosofia de Hume dialoga com a defi- nição tradiciona... more O artigo pretende analisar em que medida a filosofia de Hume dialoga com a defi- nição tradicional de conhecimento, traçando um caminho alternativo sobretudo em relação à noção de justificação das nossas crenças epistêmicas e morais mais relevantes. Seguindo o percurso que leva à filosofia humeana, passando principal- mente pelo debate entre o inatismo cartesiano e a descrição do entendimento pos- tulada pelos empiristas. Pretendemos mostrar em que medida a fundamentação dada por Hume à causa e o efeito e às escolhas morais desloca a razão do centro de gravidade da natureza humana. Seu objetivo é explicar o modo como o naturalismo humeano é também antirracionalismo e como ele subverte a própria imagem que a história da filosofia estabeleceu para o que seja o filosofar.
Revista de Filosofia Moderna e Contemporânea, 1969
Este artigo pretende analisar a discussão humeana sobre a crença nos corpos, apresentada na seção... more Este artigo pretende analisar a discussão humeana sobre a crença nos corpos, apresentada na seção Do ceticismo quanto aos sentidos, do Tratado da Natureza Humana, e na seção Da Filosofia Acadêmica ou Cética, das Investigações acerca do Entendimento Humano. Em especial, ele procura mostrar que a inteligibilidade da existência externa funda-se em uma atividade da mente, por meio da atuação da imaginação, e pressupõe uma resignificação dos conceitos de mente e de percepção. Para tanto, parte da exposição de alguns pressupostos da questão, tais como a tradução da existência externa nas noções de continuidade e distinção, a separação entre sistema vulgar e filosófico e o significado da rejeição dos sentidos e da razão como possíveis causas da crença no mundo.
Passando por uma abordagem do contexto de análise no qual Hume está inserido, o debate entre Lock... more Passando por uma abordagem do contexto de análise no qual Hume está inserido, o debate entre Locke e Berkeley quanto à abstração da extensão,o artigo expõe a discussão humeana acerca da ideia de espaço, a partir da sua rejeição da tese da divisibilidade infinita da extensão e da sua defesa do atomismo perceptivo. Nesse contexto, é apresentado o debate humeano que resulta na sustentação da existência dos pontos matemáticos, bem como a sua análise quanto à natureza da matemática, especialmente da geometria. Pretende-se apontar, por fim, como a concepção relacional do espaço é a forma humeana de buscar a mediação entre o atomismo perceptivo e o abstracionismo.
Resumo: No Tratado, Hume procura investigar as causas da crença nos objetos exteriores, admitindo... more Resumo: No Tratado, Hume procura investigar as causas da crença nos objetos exteriores, admitindo ser impossível provar se os mesmos existem ou não. Sua análise consistirá na investigação da origem da inteligibilidade das noções de continuidade e distinção dos objetos sensíveis, em última instância, a crença do senso comum na continuidade e distinção das próprias percepções. Este texto pretende mostrar como essa discussão humeana é um diálogo direto com a filosofia berkeleyana, a defesa humeana da crença na matéria implicando inicialmente uma certa aceitação da filosofia de Berkeley, para, na seqüência, representar uma dissensão direta com o seu princípio fundamental: ser é ser percebido. Tais colocações têm, entre outras, a finalidade de argumentar que Berkeley exerce um papel central na filosofia humeana, nesse caso como seu interlocutor direto, e que a compreensão desse papel é parte obrigatória de um melhor esclarecimento do problema da objetividade em Hume.
Hume, no segundo livro do Tratado e na Investigação acerca do Entendimento Humano, sustenta a pos... more Hume, no segundo livro do Tratado e na Investigação acerca do Entendimento Humano, sustenta a posição de que a vontade atua segundo a necessidade e não conforme a liberdade. A filosofia humeana é defensora da existência de uma causa necessária para as ações voluntárias, causa essa que não seria a vontade, como iniciadora da cadeia causal, mas sim algo anterior que a determina na geração de efeitos necessários. Este artigo pretende expor seus argumentos, mostrando como essa temática evidencia a importância que passa a ter a busca por regularidades, o que pretende nos permitir breves reflexões sobre o estatuto conferido por Hume a certas áreas do conhecimento, bem como a respeito do estatuto da própria filosofia humeana.
A filosofia britânica produzida nos séculos XVII e XVIII abrange temas que passam por quase todas... more A filosofia britânica produzida nos séculos XVII e XVIII abrange temas que passam por quase todas as áreas da filosofia, definindo contornos decisivos para futuras abordagens no campo da filosofia política, da ética, da teoria do conhecimento e da estética.
Do padrão do goato em Hume: a crítica e a racionalidade Andrea rachei Doutorandaem Filosofia pela... more Do padrão do goato em Hume: a crítica e a racionalidade Andrea rachei Doutorandaem Filosofia pela FFLCH-USP.
A filosofia britânica produzida nos séculos XVII e XVIII abrange temas que passam por quase todas... more A filosofia britânica produzida nos séculos XVII e XVIII abrange temas que passam por quase todas as áreas da filosofia, definindo contornos decisivos para futuras abordagens no campo da filosofia política, da ética, da teoria do conhecimento e da estética.
RESUMO: Pretende-se analisar neste artigo a distinção, feita por Hume, entre convenção e contrato... more RESUMO: Pretende-se analisar neste artigo a distinção, feita por Hume, entre convenção e contrato, bem como suas consequências para sua teoria da justiça. Além disso, partindo da discussão quanto ao caráter histórico e artificial da justiça, na filosofia humeana, pretende-se investigar qual o tipo de racionalidade recusada como fundamento das distinções morais e em que medida isso atinge as teorias contratualistas. Nesse sentido, o texto procura apontar como Hume fundamenta o princípio pacta sunt servanda na constituição de um sistema geral de referência, ou seja, numa pressuposição implícita de cumprimento mútuo de acordos. Para tanto, indaga a distinção entre o interesse envolvido na origem da justiça e as paixões naturais da benevolência e do amor próprio, ou seja, dedica-se a compreender o sentido específico da artificialidade da justiça, em sua conexão com a composição do juízo de aprovação dos atos justos.
Neste texto pretendemos abordar o vínculo entre moralidade e beleza em Shaftesbury e Hutcheson, t... more Neste texto pretendemos abordar o vínculo entre moralidade e beleza em Shaftesbury e Hutcheson, tendo em vista sustentar em que medida a noção de prazer desinteressado passa a ser o centro dessa conexão. Também estará em jogo mostrar a construção paulatina, nesses autores, da noção de sentimento ou senso moral, a qual visa compatibilizar o prazer individual e o interesse coletivo e revelar a destinação humana para a virtude. O privilégio da noção de experiência estética e da condição de espectador de quem julga moralmente são também temas a que se dedica o artigo, a fim de permitir que o leitor perceba como Shaftesbury e Hutcheson representam uma etapa importante quanto ao deslocamento da identidade entre o belo e o bom para o campo do juízo, ainda que em suas filosofias subsistam pressupostos metafísicos determinantes.
A intencao do artigo e analisar o projeto humeano de constituicao de uma ciencia da natureza huma... more A intencao do artigo e analisar o projeto humeano de constituicao de uma ciencia da natureza humana, pensando em que medida esse âmbito hipotetico de sua filosofia e coerente com determinados pressupostos empiristas nela presentes. A partir disso procura-se compreender como o sentido de teoria que emerge na filosofia humeana nos permite entender com maior precisao a sua propria natureza, especialmente no que tange as fronteiras entre as imagens de Hume como cetico, naturalista e empirista.
REVISTA DE ESTUDOS DE CULTURA | Nº 02 | Mai.Ago./2015 RESUMO: O artigo pretende analisar em que m... more REVISTA DE ESTUDOS DE CULTURA | Nº 02 | Mai.Ago./2015 RESUMO: O artigo pretende analisar em que medida a filosofia de Hume dialoga com a defi-nição tradicional de conhecimento, traçando um caminho alternativo sobretudo em relação à noção de justificação das nossas crenças epistêmicas e morais mais relevantes. Seguindo o percurso que leva à filosofia humeana, passando principal-mente pelo debate entre o inatismo cartesiano e a descrição do entendimento pos-tulada pelos empiristas. Pretendemos mostrar em que medida a fundamentação dada por Hume à causa e o efeito e às escolhas morais desloca a razão do centro de gravidade da natureza humana. Seu objetivo é explicar o modo como o naturalismo humeano é também antirracionalismo e como ele subverte a própria imagem que a história da filosofia estabeleceu para o que seja o filosofar.
Do padrão do goato em Hume: a crítica e a racionalidade Andrea rachei Doutorandaem Filosofia pela... more Do padrão do goato em Hume: a crítica e a racionalidade Andrea rachei Doutorandaem Filosofia pela FFLCH-USP.
Kant pretende refutar a solucao de Hume para o problema da causa e efeito na Critica da Razao Pur... more Kant pretende refutar a solucao de Hume para o problema da causa e efeito na Critica da Razao Pura, na Segunda Analogia da Experiencia, na qual ele afirma que a relacao de causa e efeito e uma condicao necessaria da experiencia, portanto uma relacao objetiva e nao subjetivamente constituida. Trata-se de uma resposta direta aquilo que foi caracterizado como o centro da conclusao humiana, segundo a qual essa relacao tem origem numa simples necessidade subjetiva. O problema colocado por Hume, entretanto, comporta, ainda, uma outra dimensao, normalmente caracterizada como “o problema da inducao”. Quanto a esse, os comentadores da filosofia kantiana se dividem no entendimento de se Kant respondeu a filosofia humiana tambem na Segunda Analogia, ou se dependia diretamente dos argumentos expostos na Critica do Juizo. Uma discussao desse tema envolve uma serie de aprofundamentos. No que tange a filosofia kantiana, questoes como a decorrencia, ou nao, do principio “das mesmas causas os mesmos...
O objetivo deste artigo é discutir o que representa a instabilidade das reflexões filosóficas, se... more O objetivo deste artigo é discutir o que representa a instabilidade das reflexões filosóficas, segundo a leitura que dela faz a filosofia de Stanley Cavell, em diálogo com Hume, filósofo que teria abordado esse problema em sua maior amplitude. Nesse sentido, em primeiro lugar o texto apresenta as linhas gerais da análise humeana, realizada especialmente no Tratado da Natureza Humana, sobre a alternatividade entre a razão e a imaginação na questão do ceticismo sobre o mundo exterior e concernente à identidade pessoal. Partindo dessa síntese da questão, investiga em que sentido, para Cavell, a instabilidade do ceticismo reflete sua natureza dicotômica face ao ordinário; a naturalidade e a antinaturalidade da filosofia. A intenção é mostrar, com base nesse percurso, que, dado o fato de que as noções filosóficas não são descobertas sobre as crenças comuns e que estas não conseguem evitar por completo as tendências da razão humana, a ideia de uma filosofia imersa no mundo ordinário só po...
Pretende-se discutir a nocao de regra envolvida na "resposta" kantiana exposta na Segun... more Pretende-se discutir a nocao de regra envolvida na "resposta" kantiana exposta na Segunda Analogia da Critica da Razao Pura aos problemas apresentados por Hume quanto a causalidade e a inducao. Particularmente, o foco da analise e a investigacao referente a extensao para o principio "mesmas causas, mesmos efeitos" da deducao apresentada por Kant para o principio "todo evento tem uma causa", a partir do que signifique seguir uma regra, enquanto pressuposto da possibilidade de se determinar uma irreversibilidade da ordem de uma dada sequencia temporal. Em especial, o artigo pretende abordar o tema concernente aos possiveis modos pelos quais a filosofia kantiana poderia conferir legitimidade ao principio "mesmas causas, mesmos efeitos", sem recorrer aos elementos do Apendice a Dialetica Transcendental e da Critica a Faculdade do Juizo. O artigo se concentrara em duas possibilidades, apontadas pelas leituras de Friedman (1992) e Longenesse (2005; ...
O artigo pretende indicar a conexao entre belo natural e moralidade, nos termos abordados por Kan... more O artigo pretende indicar a conexao entre belo natural e moralidade, nos termos abordados por Kant, na Critica da Faculdade do Juizo. Trata-se de mostrar que o sentido etico assumido pela beleza natural envolve a possibilidade da expressao da superioridade da razao em relacao a sensibilidade, a partir da nocao de desinteresse, a representacao da sistematicidade do conhecimento da natureza, com base na ideia de livre jogo entre imaginacao e entendimento, e a sugestao de um substrato suprassensivel da natureza, por meio do alargamento do nosso modo de considerar a natureza. Quanto a remissao ao substrato suprassensivel da natureza, sera objeto do texto apontar as relacoes entre juizo estetico e juizo telelologico, do ponto de vista da relacao de ambos com a moralidade, em Kant. Assim, em que medida a ideia de sistematicidade permeia a analise de belo natural e como uma investigacao sobre o sentido moral que o mesmo possua envolve a questao do encontro entre a multiplicidade da intuica...
Resumo: No Tratado, Hume procura investigar as causas da crenca nos objetos exteriores, admitindo... more Resumo: No Tratado, Hume procura investigar as causas da crenca nos objetos exteriores, admitindo ser impossivel provar se os mesmos existem ou nao. Sua analise consistira na investigacao da origem da inteligibilidade das nocoes de continuidade e distincao dos objetos sensiveis, em ultima instância, a crenca do senso comum na continuidade e distincao das proprias percepcoes. Este texto pretende mostrar como essa discussao humeana e um dialogo direto com a filosofia berkeleyana, a defesa humeana da crenca na materia implicando inicialmente uma certa aceitacao da filosofia de Berkeley, para, na sequencia, representar uma dissensao direta com o seu principio fundamental: ser e ser percebido. Tais colocacoes tem, entre outras, a finalidade de argumentar que Berkeley exerce um papel central na filosofia humeana, nesse caso como seu interlocutor direto, e que a compreensao desse papel e parte obrigatoria de um melhor esclarecimento do problema da objetividade em Hume. Palavras-chave: Ceti...
O artigo pretende analisar em que medida a filosofia de Hume dialoga com a defi- nição tradiciona... more O artigo pretende analisar em que medida a filosofia de Hume dialoga com a defi- nição tradicional de conhecimento, traçando um caminho alternativo sobretudo em relação à noção de justificação das nossas crenças epistêmicas e morais mais relevantes. Seguindo o percurso que leva à filosofia humeana, passando principal- mente pelo debate entre o inatismo cartesiano e a descrição do entendimento pos- tulada pelos empiristas. Pretendemos mostrar em que medida a fundamentação dada por Hume à causa e o efeito e às escolhas morais desloca a razão do centro de gravidade da natureza humana. Seu objetivo é explicar o modo como o naturalismo humeano é também antirracionalismo e como ele subverte a própria imagem que a história da filosofia estabeleceu para o que seja o filosofar.
Revista de Filosofia Moderna e Contemporânea, 1969
Este artigo pretende analisar a discussão humeana sobre a crença nos corpos, apresentada na seção... more Este artigo pretende analisar a discussão humeana sobre a crença nos corpos, apresentada na seção Do ceticismo quanto aos sentidos, do Tratado da Natureza Humana, e na seção Da Filosofia Acadêmica ou Cética, das Investigações acerca do Entendimento Humano. Em especial, ele procura mostrar que a inteligibilidade da existência externa funda-se em uma atividade da mente, por meio da atuação da imaginação, e pressupõe uma resignificação dos conceitos de mente e de percepção. Para tanto, parte da exposição de alguns pressupostos da questão, tais como a tradução da existência externa nas noções de continuidade e distinção, a separação entre sistema vulgar e filosófico e o significado da rejeição dos sentidos e da razão como possíveis causas da crença no mundo.
Passando por uma abordagem do contexto de análise no qual Hume está inserido, o debate entre Lock... more Passando por uma abordagem do contexto de análise no qual Hume está inserido, o debate entre Locke e Berkeley quanto à abstração da extensão,o artigo expõe a discussão humeana acerca da ideia de espaço, a partir da sua rejeição da tese da divisibilidade infinita da extensão e da sua defesa do atomismo perceptivo. Nesse contexto, é apresentado o debate humeano que resulta na sustentação da existência dos pontos matemáticos, bem como a sua análise quanto à natureza da matemática, especialmente da geometria. Pretende-se apontar, por fim, como a concepção relacional do espaço é a forma humeana de buscar a mediação entre o atomismo perceptivo e o abstracionismo.
Resumo: No Tratado, Hume procura investigar as causas da crença nos objetos exteriores, admitindo... more Resumo: No Tratado, Hume procura investigar as causas da crença nos objetos exteriores, admitindo ser impossível provar se os mesmos existem ou não. Sua análise consistirá na investigação da origem da inteligibilidade das noções de continuidade e distinção dos objetos sensíveis, em última instância, a crença do senso comum na continuidade e distinção das próprias percepções. Este texto pretende mostrar como essa discussão humeana é um diálogo direto com a filosofia berkeleyana, a defesa humeana da crença na matéria implicando inicialmente uma certa aceitação da filosofia de Berkeley, para, na seqüência, representar uma dissensão direta com o seu princípio fundamental: ser é ser percebido. Tais colocações têm, entre outras, a finalidade de argumentar que Berkeley exerce um papel central na filosofia humeana, nesse caso como seu interlocutor direto, e que a compreensão desse papel é parte obrigatória de um melhor esclarecimento do problema da objetividade em Hume.
Hume, no segundo livro do Tratado e na Investigação acerca do Entendimento Humano, sustenta a pos... more Hume, no segundo livro do Tratado e na Investigação acerca do Entendimento Humano, sustenta a posição de que a vontade atua segundo a necessidade e não conforme a liberdade. A filosofia humeana é defensora da existência de uma causa necessária para as ações voluntárias, causa essa que não seria a vontade, como iniciadora da cadeia causal, mas sim algo anterior que a determina na geração de efeitos necessários. Este artigo pretende expor seus argumentos, mostrando como essa temática evidencia a importância que passa a ter a busca por regularidades, o que pretende nos permitir breves reflexões sobre o estatuto conferido por Hume a certas áreas do conhecimento, bem como a respeito do estatuto da própria filosofia humeana.
interior. A vontade e a razão são auxiliadas pela graça divina justamente para uma purificação mo... more interior. A vontade e a razão são auxiliadas pela graça divina justamente para uma purificação moral e para a submissão do corpo à alma A alma humana, porém, não adere ao corpo, e pela racionalidade e a inteligência, potências superiores ao sentido corporal, é superior ao corpo, dele tende a se desligar por sua potencialidade, e se dirige mais aos bens interiores do espírito [...] Aconselha-se à alma não se apegar aos sentidos além do absolutamente necessário (AGOSTINHO, 1997, p. 130).
Essa coletânea reúne estudos sobre filosofia moderna e contemporânea na área é ética, filosofia p... more Essa coletânea reúne estudos sobre filosofia moderna e contemporânea na área é ética, filosofia política, estética...
- Merleau-Ponty, no coração da práxis. Claudinei Aparecido de Freitas da Silva (UNIOESTE)
-A prática da vida nãorequer nenhuma redução! Interseções fenomenológicas entre teoria e práxis. Giovanni Jan Giubilato (UFLA)
-A questão social e a liberdade individual: sociedade civil e emancipação integral nos estudos do jovem Karl Marx. Gianni Fresu (UFU)
- O filósofo dentro e fora do ordinário: Hume, Stanley Cavell e a instabilidade das conclusões céticas. Andrea Cachel (UEL/UFRGS)
- Consciência, eu, ipiseidade: cadernos de anotações. Alexandre de Oliveira Torres Carrasco (UNIFESP)
- Covid-19 no Brasil e diagnóstico do presente: análise do discurso e biopolítica. Daniel Verginelli Galantin (PUC-PR/PNPD) e Thiago Fortes Ribas (UFRJ)
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-Editoriale
Elena Pagni (UFJF)
Artigos:
- Merleau-Ponty, no coração da práxis.
Claudinei Aparecido de Freitas da Silva (UNIOESTE)
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Giovanni Jan Giubilato (UFLA)
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Daniel Verginelli Galantin (PUC-PR/PNPD) e Thiago Fortes Ribas (UFRJ)