
Este é um tempo de luzes, de todas as cores, tamanhos e feitios! Luzes das que os olhos vêem… mas acima de tudo luzes que iluminam todos os corações, das formas mais diversas, pois ninguém fica indiferente à passagem da quadra de natalícia.
Cada pessoa tem o seu natal, mas o Natal de Jesus Cristo é um Natal tão diferente que mexe com todos nós. E mesmo quem teima em afirmar que não acredita numa vida em Jesus Cristo, ainda assim, na época Natalícia, diferencia, de algum modo, as suas vivências normais.
Como não se sabe ao certo o quando do nascimento de Jesus, o 25 de Dezembro, no solstício de Inverno, foi o dia escolhido para festejar o SEU aniversário devido à importância que tinha para os pagãos pela celebração da festa do deus sol, o Sol que iluminava o mundo e continua a iluminá-lo, agora já não com as atribuições de um deus, mas como obra do verdadeiro Deus que mandou o SEU filho Jesus Cristo ao mundo para mostrar aos homens a luz verdadeira – UMA VIDA PLENA DE AMOR - para que os homens e mulheres possam, a Seu exemplo, viver também em amor.
Num misto de profano e divino, cada pessoa tenta viver a época de Natal como melhor sabe e entende… e de tal modo que até o coração mais duro deixa transparecer caridade.
A época de Natal é aliciante e provocadora: aliciante porque torna as pessoas muito ternas, interessadas, solidárias; provocadora porque nos leva a pensar no verdadeiro porquê de tantos presentes trocados e sorrisos abertos, de tantos acontecimentos maravilhosos pelas consciências tocadas, de tantos corações iluminados, não pelas luzes multicores, mas pela “CHAMA DE AMOR” emanada do Menino de Belém! Menino que não é lendário, existiu! Menino que foi e continua a ser rei, não de povos, mas de corações! Menino que, por mais sépticos e incompreensíveis que os homens sejam, terá o SEU nascimento como um acontecimento real pelos séculos sem fim… não mais como um menino de carne e osso, mas como “vida agraciada” nos corações de todas as pessoas de todas as raças, credos, cores ou ideologias que, das formas mais divergentes, se forem abrindo a uma vida de amor pela prática das regras mais elementares da boa convivência humana e da solidariedade social.
Deus é um Pai tão Amoroso que, mesmo ofendido por desamores, não mete medo a ninguém, porque ama sem peso ou medida e perdoa sem condições. E não admira que o dia escolhido para a festa do aniversário de Jesus tenha coincidido com a data de uma festa pagã, pois ELE nasceu para ensinar a lei do amor a todos os homens, e por isso mesmo, também aos pagãos, pois também eles são obra de Deus e com promessa de verdadeira felicidade.
E quanto a nós, cristãos, por todas as graças recebidas, veremos as nossas más acções muito mais escandalosas diante do mundo e muito mais culpáveis perante Deus.
Então, com todas as nossas fraquezas e limitações, sejamos cristãos autênticos, não só de nome pelo Baptismo mas em espírito e verdade, à boa imitação de Cristo, bem certos da enorme responsabilidade de O mostrar a quem ainda O não conhece, com obras e com palavras, através de uma vida digna e dignificante.
Para todos desejo um Natal cheio de Bênçãos e um próspero 2010!
Hermínia Nadais
A publicar no "Notícias de Cambra"