quarta-feira, 25 de novembro de 2009
A loucura dos “HOMENS”!...
A loucura dos homens, mulheres, crianças, da humanidade inteira, é a busca da felicidade… facto que só é possível no conhecimento da verdadeira razão da nossa existência, do nosso verdadeiro eu, do que queremos, do que temos e do que somos, pelo que a busca da felicidade será sempre inglória se a não procurarmos bem dentro de nós, pois se não brotar do nosso interior nunca poderá existir!
Cada “Ser Humano”, único e irrepetível, um mistério tremendamente complexo para quem com ele convive, é, antes e acima de tudo, um pavoroso e enormíssimo mistério para ele mesmo. Toda a pessoa nasce sem querer… mas a partir do nascimento, impreterivelmente, tem que aprender a viver… ou a sobreviver. E tal como esponja em água, começa por sorver tudo quanto se passe à sua volta: o bom, o razoável, o menos bom, ou mesmo o mau… de modo que, ao entrar na denominada pré-escola, pelo que adquiriu na família ou instituição onde a família a deu a guardar enquanto trabalhava… ou mesmo na casa de acolhimento total – instituição ou família - já leva a sua personalidade praticamente determinada e pronta, sim, mas só para ser aperfeiçoada nas suas mais diversas facetas. Deste modo, a escola não deveria ter nada a ver com educação, mas apenas com instrução, uma vez que a criança já lá chega transportando consigo tudo quanto a sociedade lhe deu até então, o que, salvo raras excepções, vai determinar todo o decorrer da sua vida, independentemente do que a escola lhe possa vir a dar.
É evidente que a escola e a família devem interagir em comum para o bem total do indivíduo, mas sem descarregar uma em cima da outra a sua quota parte no desenvolvimento total e harmonioso desse mesmo indivíduo. Uma vez que escola e família devem ser complementares, não se pode responsabilizar a escola pela educação que a família não dá… nem responsabilizar a família pela parte da socialização e “saber” que competem realmente à escola.
Ao afirmar-se que a felicidade parte de dentro de nós baseamo-nos em todos os princípios orientadores de uma verdadeira preparação humana, no campo dos afectos e da educação/instrução, o que perfaz os bons princípios de vida no reconhecimento e interiorização das boas normas de vivências individuais/sociais e da forma como vão sendo postos em prática todos os conhecimentos interiorizados, pois a felicidade parte sempre do profundo sentimento do dever cumprido, e isso é obra de cada um.
Cada pessoa, ao olhar para si mesma, terá que admitir que a sua felicidade só pode existir quando estiver contente com todas as acções praticadas, pois ainda que o comportamento dos outros para com ela a faça sofrer e chorar, nunca poderá roubar-lhe a sua satisfação interior.
A felicidade é muito exigente com quem a procura, pois o outro ou a outra onde buscamos a felicidade nunca no-la poderão dar se nós mesmos não a tivermos adquirido pelo reconhecimento e aperfeiçoamento de todas as nossas potencialidades e pelo cada vez melhor cumprimento de todos os nossos deveres e luta por quereres que perfazem a nossa realização pessoal.
A procura da felicidade passa pela verdadeira busca de nós mesmos, que é a tarefa mais difícil que se possa imaginar. Falar de felicidade é falar de vida plena, que por mais que nos esforcemos, nunca poderemos conseguir durante a nossa permanência neste maravilhoso planeta. Aqui, teremos apenas alguns momentos dispersos de maior ou menor felicidade… uma força urgente e necessária para podermos continuar a escalar corajosa e positivamente a montanha da vida, com todas as nossas capacidades e limitações, na busca constante de uma felicidade que não tenha mais fim.
PS: Na crónica passada gostei imenso de interpelações a que fui sujeita, ao que, mesmo com todas as minhas limitações de tempo e não só, sempre responderei com todo o prazer. Para as facilitar, o meu endereço: Maria Hermínia Nadais, Santa Cruz – Macieira de Cambra, 3730-309 Vale de Cambra
Telefones: 256402286; 917798785; 96382679
Blogue: http://textosdaescoladavida.blogspot.com
Há coisas que contamos ao amigo(a), mas não expomos à multidão. Se comentarem no blogue de forma anónima estarão certos de que a resposta será realmente imparcial, uma vez que eu nunca saberei a quem estou a responder. Da discussão nasce a luz! Por tudo quanto fizerem, um muito obrigada!
Hermínia Nadais
A publicar no "Notícias de Cambra"
quinta-feira, 19 de novembro de 2009
A vida… será sempre um sonho!...
Novembro! Se os que nos precederam nesta caminhada terrena são sempre recordados com imensa saudade, neste mês são-no mais intensamente. Talvez… pela chegada do Outono do tempo nos seja mais presente o Outono e mesmo o Inverno da vida. Até porque não se pode falar de vida sem lembrar a morte, assim como não se pode falar de morte sem evocar a vida, pois, consciente ou inconscientemente, temos, no rodar de todos os nossos dias, a morte e a vida a caminhar connosco de mãos dadas.
Logo ao nascer, frágeis e inseguros, ficamos de imediato à mercê dos progenitores e família, e ainda da sociedade, que nos acolhem ou nos rejeitam – nos deixam viver ou nos roubam a vida.
No traçado genético que nos perfaz vimos dotados de mais ou menos capacidades de desenvolvimento, onde crescerão as práticas do bem ou do mal de acordo com o proceder das pessoas que nos rodeiam e educam, pois ainda que sem o pensarem, vão-nos transmitindo os seus próprios valores – nos ajudam a crescer para o bem ou nos matam quando não somos desviados convenientemente dos caminhos do mal.
E assim, um pouco sem sabermos como e sem nos apercebermos muito bem das intempéries das bruscas mudanças destas etapas, crescemos, corporal, moral e intelectualmente, e acabamos por ficar entregues a nós mesmos – à vida se praticarmos o bem ou à morte se praticarmos o mal – uma vez que “faz o bem e evita o mal” é a grande regra primordial de qualquer vida.
Chegar à adultez, normalmente, traz alegria e bem estar por ser a ocasião exacta de deixarmos de aturar as “vigilâncias impertinentes” dos pais, dos tios, dos avós, dos professores, dos responsáveis pelas instituições… de um sem número de quês e porquês que nos parecem embaraçar a existência – baralhada com a tendência natural e extremista de nos julgarmos muito importantes, os melhores do mundo… ou então uma espécie de lixo sem qualquer importância, os piores do mundo.
Ser bom, ser agradável, ser bem aceite, crescer e ser feliz são os maravilhosos sonhos do ser humano... homem ou mulher… que pensada, ou impensadamente - ou vive de sonhos ou não vive, morre.
Quando se diz que o sonho comanda a vida é porque se tem a certeza de que a vida sem sonhos se torna impossível: a criança sonha passar rapidamente a adolescente e numa adolescência fugaz desenvolver a descoberta da vocação, preparar-se para exercer uma profissão, chegar rapidinho à juventude, encontrar um emprego e situação social estável para puder vir a ser, no mais curto espaço de tempo, pessoa adulta capaz, considerada, realizada e feliz; o doente sonha curar-se; o desempregado sonha com um emprego; o cientista sonha concluir velozmente os trabalhos da descoberta; o escritor sonha que seus textos sejam lidos e apreciados; o industrial, sonha vender… Tantos sonhos!!!... Sonhos generalizados, pessoais, possíveis… impossíveis…
Sem sonhos não vivemos, mas também não nos podemos ficar pelos sonhos… urge agarrá-los com toda a força da nossa vontade e trabalhá-los a preceito para que se vão transformando, ainda que da forma mais lenta e custosa, em realidades autênticas, sempre geradoras das maiores felicidades e alegrias!
Não tenhamos ilusões! O maior sonho de todo o homem ou mulher, é ser feliz! Assim, é pertinente perguntarmo-nos com insistência o que andaremos a fazer com a “nossa felicidade”, porque, não há margem para dúvidas: a felicidade, ou está enraizada bem dentro de nós, ou nunca poderá existir!
Porquê? Será que perguntam porque? A resposta ficará para depois.