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domingo, 16 de setembro de 2012

Navegação de bombordo a estibordo


Tenho como certo e seguro que este governo de loucos (MST dixit - ver post anterior) "promete não deixar pedra sobre pedra na sociedade portuguesa". (Nicolau Santos dixit - ver no mesmo "post").
Assim sendo, não é menos certo que este governo vai acabar por beber o cálice da amargura, como é mais que justo, face à traição cometida nos idos de Março de 2011.
Quando a bombordo, inclino-me para a queda imediata do governo.
Quando a estibordo, opto por ver o governo beber o cálice da amargura até às fezes. 
E nesta navegação entre bombordo e estibordo me mantenho, enquanto não vir surgir uma saída forjada no seio da oposição que, entretanto, me parece continuar dividida nas suas capelinhas, mesmo depois da memorável jornada do dia 15 de Setembro de 2012, que compartilhei com milhares e milhares de cidadãos, em Lisboa. 

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

O trunfo

A indigitação de José Sócrates para formar o novo Governo põe termo às especulações sobre a possibilidade de Cavaco Silva vir a indigitar alguém que não fosse oriundo do partido mais votado nas eleições legislativas, ou seja, o PS, hipótese que nunca admiti, por grande que seja o desnorte que paira em Belém.
Com a indigitação, começam as dores de cabeça de Sócrates que, no entanto, não terá dificuldades em formar Governo, já que boa parte dos actuais ministros transitarão para o novo executivo. Pelas minhas contas, metade do Governo estava, à partida, escolhida. As dificuldades (de monta) resultam de ir formar um Governo sem apoio parlamentar maioritário, sendo certo que não conta com a boa vontade das oposições, com a possível excepção do CDS/PP (excepção que não será a que mais agrade ao PS) já que o que se tem ouvido por parte dos dirigentes de outros partidos com assento parlamentar e, em particular, do PSD e do BE é sinal de oposição extremada, a roçar, de perto, pela irresponsabilidade.
Não me admiraria, todavia, que, a confirmarem-se as dificuldades do governo minoritário, não se assista, a breve trecho, ao surgimento, entre os eleitores, da ânsia por uma nova maioria absoluta que, passando por cima da vontade das corporações, consiga levar a efeito as reformas e a tomar as medidas de que o país precisa. Este é um trunfo de que o PS e José Sócrates dispõem e, por certo, não deixarão de o lembrar quando for caso disso.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

O inevitável "mas"

A medida é boa mas isto não é forma de governar, diz o CDS.
A medida na actual situação é positiva, mas claramente insuficiente. Peca por tardia, afirma o PCP.
A medida é evidentemente positiva, mas está muito aquém das necessidades, assegura, por sua vez, o BE.
Os comentários acima referenciados reportam-se à decisão ontem aprovada em Conselho de Ministros, no sentido de passarem a ser gratuitos os medicamentos genéricos para pensionistas que recebam menos do que os 450 euros equivalentes ao ordenado mínimo.
Para as oposições há sempre um "mas" para qualquer medida tomada pelo Governo, por muito louvável que seja.
O "mas" do PSD ainda não é conhecido, mas deve vir a caminho, que mais não seja para não pôr em causa a veracidade do "inevitável" do título.

sábado, 8 de novembro de 2008

"Tudo como dantes..."

... quartel general em Abrantes" é o que está a dar! Para estes políticos e estes, mais estes e ainda estes, bom, bom é manter tudo como dantes. Querem lá saber se o ensino precisava e precisa de reformas! Se os professores não gostam de ser avaliados, acabe-se com as avaliações! A receita é simples e a posição é cómoda. Sem dúvida, que sim, mas o país não se governa com com gente timorata. Do que precisamos é de gente corajosa e esta, pelos vistos, não mora nas casas da oposição.

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

A catar como as galinhas ...

Retomo como tema o discurso do Presidente da República nas comemorações do 5 de Outubro para fazer notar que, quer as oposições, quer os jornalistas, se esforçam por encontrar no discurso presidencial qualquer palavra que possa ser considerada como crítica velada ou directa à actuação do Governo, num afã digno de galinhas à cata de milho. Foi assim o que se passou desta vez e não é obviamente caso virgem.
Talvez não seja despropositado lembrar, nesta altura, umas tantas evidências:
1- O que menos falta nos faz, numa época como a actual (a braços com uma crise mundial que já vi qualificar como a mais grave depois da Grande Depressão) é uma situação de conflito institucional entre o Presidente da República e o Governo, sendo necessária, mais que nunca, a existência de uma concertação entre os dois órgãos de soberania, até porque, se não sairmos do atoleiro, ficam os dois e nós todos a perder.
2. O Governo, embora dependa da Assembleia da República, depende também do Presidente da República. Este, não só pode vetar os diplomas do governo, como pode, dentro dos limites constitucionais, pôr termo a qualquer experiência governativa e já tivemos exemplo disso no nosso país, como é sabido. Ora, se assim é, qualquer crítica pública que o Presidente faça a este governo ou a qualquer outro, virar-se-á sempre contra ele, pois é responsável pela sua manutenção no poder.
3. Não é, pois, ao Presidente da República que caberá criticar publicamente o Governo, nem tal lhe deve ser pedido. Essa tarefa pertence por inteiro aos partidos da oposição. É a estes, que cabe fazer a crítica do governo e dos seus actos, dentro e fora do Parlamento.
4. O afã com que os partidos e os jornalistas esgaravatam as palavras do Presidente da República para aí encontrar uma crítica ao Governo, só prova a incapacidade dos partidos da oposição para cumprirem, por forma cabal, o seu papel.
5. Isto é tão claro como água. O que espanta é que nem uns nem outros se dêem conta disso!
(Mensagem reeditada)