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sábado, 25 de outubro de 2014

"Patéticos" e "preguiçosos"


Não é que grande parte dos jornalistas da nossa praça não mereça os epítetos de "patéticos" e "preguiçosos" com que Passos Coelho resolveu brindá-los. Em todo o caso a acusação vinda da boca do suposto primeiro-ministro é um bom sinal, pois tem, de facto, o iniludível significado de que uma parte não despicienda da classe jornalística já deixou de acreditar nas patranhas do pantomineiro-mor e deixou de as reproduzir acriticamente em tudo o que é comunicação social. 
Já não era sem tempo!

terça-feira, 1 de abril de 2014

"Os jornalistas não podem ser cúmplices de encobrimento"

Mais um excelente artigo de opinião sobre o sigilo profissional dos jornalistas da autoria de José Vítor Malheiros, a propósito das peripécias à volta do "encontro informal" entre o secretário de Estado da Administração Pública e vários jornalistas de outros tantos órgãos de informação, tendo, alegadamente, como tema "a convergências das pensões".
Um artigo bem esclarecedor que vale a pena ler, publicado, hoje no "Público" e também aqui.
Para abrir o apetite, aqui fica este extracto :
"Havia uma razão para os jornalistas aceitarem o anonimato? O membro do Governo correria algum risco? Não. Queria apenas evitar responder à oposição e poder negar tudo o que dissera se as reacções fossem muito negativas (como foram), fiando-se na promessa dos jornalistas de que não o identificariam. Tratou-se apenas de uma operação de balão de ensaio com high deniability que é duvidoso que não fosse do conhecimento da ministra das Finanças e do PM.
Só que os jornalistas não existem para ser cúmplices destas manobras. Não era difícil fazer a coisa certa. A regra é simples: os jornalistas não são megafones nem testas-de-ferro do Governo. Se um membro do Governo quiser dizer alguma coisa, que diga e que assuma o que diz. É isso que os cidadãos lhe exigem. E, se por alguma razão inconfessável, não quer assumir o que diz, que se cale em vez de mandar uns jornalistas fazer o seu trabalho. E os jornalistas, quando um membro do Governo lhes manda escrever alguma coisa e ainda lhes diz como o devem escrever, devem simplesmente dizer não."


terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Omo lava mais branco?

Camilo Lourenço, em artigo publicado no Jornal de Negócios, a par dum certo branqueamento das escolhas dos nomes para o CGS da EDP (o articulista apenas não vê com bons olhos os nomes de Celeste Cardona e de Ilídio Pinho) faz passar a mensagem (veiculada pelos accionistas?) de que Passos Coelho não se terá envolvido nas escolhas.
Ora,  sabendo-se, como já foi dito e redito, que a maioria dos escolhidos são pessoas a quem Passos Coelho deve favores, a começar por Catroga (para Camilo, uma escolha pacífica, não sei por que bulas), passando por Braga de Macedo, Ilídio Pinho e a acabar em Paulo Teixeira Pinto, não se concebe como é que um articulista como Camilo Lourenço engole uma tal patranha.
E, se, de facto, não é crível que ele vá nessa conversa, restam poucas dúvidas de que a intenção de Camilo, ao passar a mensagem, só pode ter em vista branquear a actuação de Passos Coelho em todo este caso.
Não é a primeira vez e, por certo, não será a última. 
Omo lava mais branco? Não. Melhor branqueador que Camilo não há.

terça-feira, 7 de junho de 2011

As Vestais

Sabe-se que a comunicação social em geral está, actualmente, infestada duma estranha fauna que só por hábito ainda designamos por jornalistas, tão longe está da objectividade que estes, supostamente, deviam cultivar. Viu-se isso, mais uma vez, ao longo de toda a campanha eleitoral, onde pudemos assistir ao favorecimento descarado dum dos partidos concorrentes e que, não por mero acaso, acabou por sair vencedor: o PSD..
Por isso, já nada que venha desses lados nos devia causar particular admiração e, no entanto, ainda há quem nos consiga surpreender. Refiro-me, neste caso à jornalista Susana Martins, colega da (des)Graça Franco, da RR que, no final da digna declaração de despedida proferida por José Sócrates, não encontrou melhor pergunta para lhe fazer senão esta: Receia que o resultado das eleições abra caminho a novos processos judiciais ou acelere processos judiciais em curso? 
Que uma tão insólita pergunta e tão a despropósito, tendo em conta as circunstâncias, não tenha suscitado nem uma simples observação entre os seus pares já é facto bem revelador das águas turvas em que a generalidade da classe dos jornalistas navega. A pergunta "obscena" não os perturbou. O que, pelos vistos e a avaliar pelo que vi escrito de relance por um tal Catarino numa coluna do Correia da Manha, foi o facto de a jornalista ter ouvido uns assobios de repúdio vindos da assistência, assobios prontamente interrompidos por José Sócrates. 
Que fauna é esta, pergunto-me, que se delicia a escrever sobre vaias e insultos dirigidos aos ditos "poderosos", mas perde a compostura perante uns simples assobios de protesto? Serão os jornalistas intocáveis quais virgens vestais ? É que não vejo que tenham algum templo sob a sua guarda. A admitir que possa existir algum, só pode tratar-se do templo da lama, que é o meio ambiente onde agora vive uma boa parte de tal classe. 

sábado, 18 de setembro de 2010

Baratas tontas

O alarido que a comunicação social tem feito a propósito da anulação do concurso para a construção do troço Lisboa-Poceirão do TGV, como se se tratasse duma surpreendente (*)  novidade quando é sabido que a decisão foi tomada há meses e, na altura, amplamente noticiada, revela que os jornalistas portugueses ou têm memória fraca, ou não passam de baratas tontas. Ou padecem dos dois males.
(*) Surpreendente é que tenha que ser  o presidente do Governo Regional da Extremadura espanhola a lembrar aos jornalistas que a decisão de anular TGV é conhecida desde Maio e não menos surpreendente é que os jornalistas façam  notícia desta declaração. Será que eles nem se dão conta do ridículo da situação ?

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

O que é que o Cerejo tem que outros não têm ?

Lama, meus senhores, muita lama. Isto que ele escreve não é uma notícia, pois se o fosse, teria sido dado conhecimento dos factos, na altura própria. Publicado agora, em vésperas de eleições autárquicas, não é mais que uma cavadela, contando, para ser perfeita, com a colaboração do "Público" que, na sua edição impressa, chama o escrito à primeira página, onde se lê "Câmara pagou um milhão sem esperar pelo juiz", para lhe dedicar no interior (p. 26) uma página quase inteira onde o milhão se reduz a meio milhão. Em que ficamos, Zé Manel ? Um milhão, ou meio milhão? E, já agora, ainda que mal pergunte: a Câmara de Lisboa tinha mesmo que "esperar pelo juiz"? Porquê e em nome de quê ? Expliquem lá, sff. Talvez para o processo se arrastar durante anos pelos tribunais. Será ? É que eu até compreendo o motivo da publicação, mas não vi nada de censurável no relato. A não ser a "lama", claro está.

sábado, 11 de abril de 2009

O "corporativismo" já não é o que era

Quando o "ódio" é muito e não cansa, quem está ao lado, por regra, arrisca-se, mesmo sem ponta de culpa, a "apanhar" por tabela. É o que Fernanda Câncio já teve ocasião de experimentar, pois, não obstante ter um currículo à prova de intriga, (ainda há dias o pude confirmar pela leitura de um jornal dito de referência) já nem os seus colegas de profissão a poupam.
O "corporativismo" dos jornalistas já não é o que era. Está visto !

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Afinal, a polícia inglesa não descobriu a pólvora !

Pontos 6º e 7º da NOTA PARA A COMUNICAÇÃO SOCIAL da Procuradoria-Geral da República/Departamento Central de Investigação e Acção Penal:
"6º
A carta rogatória inglesa agora divulgada pela Comunicação Social, foi recebida no Departamento Central de Investigação e Acção Penal em 19 de Janeiro do corrente ano e irá ser cumprida, de acordo com a Convenção sobre a Cooperação Internacional em Matéria Penal, como tem acontecido durante a investigação.

Os alegados factos que a Polícia inglesa utiliza para colocar sob investigação cidadãos portugueses são aqueles que lhe foram transmitidos em 2005 com base numa denúncia anónima, numa fase embrionária da investigação, contendo hipóteses que até hoje não foi possível confirmar, pelo que não há suspeitas fundadas."

Ou seja, a famosíssima carta rogatória diz respeito a "alegados factos" que foram fornecidos à polícia inglesa pelas autoridades portuguesas.
Quando se assiste a toda especulação que tem sido feita nos media sobre esta carta rogatória, chegando-se ao ponto de afirmar que a polícia inglesa é que sabe, não podemos deixar de ficar perplexos: Afinal, a polícia inglesa sabe o que as autoridades portuguesas lhe ensinaram.
Não foi a polícia inglesa quem descobriu a pólvora!
Quanta saloiice, Zeus meu!

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

A catar como as galinhas ...

Retomo como tema o discurso do Presidente da República nas comemorações do 5 de Outubro para fazer notar que, quer as oposições, quer os jornalistas, se esforçam por encontrar no discurso presidencial qualquer palavra que possa ser considerada como crítica velada ou directa à actuação do Governo, num afã digno de galinhas à cata de milho. Foi assim o que se passou desta vez e não é obviamente caso virgem.
Talvez não seja despropositado lembrar, nesta altura, umas tantas evidências:
1- O que menos falta nos faz, numa época como a actual (a braços com uma crise mundial que já vi qualificar como a mais grave depois da Grande Depressão) é uma situação de conflito institucional entre o Presidente da República e o Governo, sendo necessária, mais que nunca, a existência de uma concertação entre os dois órgãos de soberania, até porque, se não sairmos do atoleiro, ficam os dois e nós todos a perder.
2. O Governo, embora dependa da Assembleia da República, depende também do Presidente da República. Este, não só pode vetar os diplomas do governo, como pode, dentro dos limites constitucionais, pôr termo a qualquer experiência governativa e já tivemos exemplo disso no nosso país, como é sabido. Ora, se assim é, qualquer crítica pública que o Presidente faça a este governo ou a qualquer outro, virar-se-á sempre contra ele, pois é responsável pela sua manutenção no poder.
3. Não é, pois, ao Presidente da República que caberá criticar publicamente o Governo, nem tal lhe deve ser pedido. Essa tarefa pertence por inteiro aos partidos da oposição. É a estes, que cabe fazer a crítica do governo e dos seus actos, dentro e fora do Parlamento.
4. O afã com que os partidos e os jornalistas esgaravatam as palavras do Presidente da República para aí encontrar uma crítica ao Governo, só prova a incapacidade dos partidos da oposição para cumprirem, por forma cabal, o seu papel.
5. Isto é tão claro como água. O que espanta é que nem uns nem outros se dêem conta disso!
(Mensagem reeditada)

sábado, 17 de maio de 2008

"Coração mole"




"Uma vez dei uma boleia a um pacóvio que, quando chegou ao seu destino, foi ter com o guarda da Brigada de Trânsito e chamou-o à atenção para o selo da inspecção do meu carro que estava caducado.
Lembrei-me desta relevância devido à crise de credibilidade que se instalou no País por um convidado mal-criado ter resolvido trair a confiança de quem o convidou." (in A barbearia do senhor Luís)
"(...) também digo que é preciso ter um estômago à prova de vómitos para, sendo jornalista convidado a bordo do avião do Governo, aproveitar a oportunidade para denunciar as fraquezas íntimas dos governantes" (Miguel Sousa Tavares, in Expresso, de 17 de Maio de 2008).
"Eu, se fosse o primeiro-ministro, da próxima vez dizia-lhes: "Agora vão em voo comercial e paguem os vossos bilhetes"" (idem, ibidem).

Estes extractos chamaram-me a atenção para uma nota que acompanhava as notícias do "Público" sobre a viagem do primeiro-ministro à Venezuela, nota onde se dizia: " O PÚBLICO viajou num avião fretado pelo gabinete do primeiro-ministro", o que, em jornalês, significa que os jornalistas do "Público" viajaram à borla e com direito a regresso (concretizado).
Este simples facto (o regresso em viagem à borla) revela que afinal o "mau feitio" do Eng. Sócrates é uma fábula e a fama de ser um "animal feroz" não passa de um mito!
Ao aceitar que os jornalistas regressassem no avião fretado o primeiro-ministro mostra que, afinal, é um "coração mole". Se o caso fosse comigo, os jornalistas vinham mas era a pé. Olaré!

Post Scriptum
Retrato-me: Bem vistas coisas, talvez o Eng. Sócrates nem seja, afinal, tão "coração mole" quanto isso e eu talvez não obrigasse os jornalistas a vir a pé. Talvez pudessem vir a nado, pois o caminho sempre era mais curto!
(O comentário sofreu uma emenda depois de publicado)