Aula1 - A Alta Idade Média (4)

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A Alta Idade

Média
Aula 1

Pré-vestibular Carmen Banzas


Monitor: Matheus Rezende Caldas
Civilizações orientais
na Idade Média
• O fim do Império Romano do Ocidente é a marca
cronológica que separa a Antiguidade da Idade
Média.
• Enquanto no Ocidente se desenvolvia o
Feudalismo, no Oriente surgiam dois novos
impérios : o Romano, conhecido como Império
Bizantino, e o Império Árabe, fundado a partir da
criação da religião islâmica.
Império Romano do
Oriente
• Por que Império Bizantino?
• Antes do imperador romano Constantino fundar a
cidade de Constantinopla, que atualmente é
Istambul, a cidade era conhecida pelo nome de
Bizâncio, o que explica o nome do império.
• No Império Romano do Oriente o latim continuava
sendo o idioma oficial e as instituições ainda se
assemelhavam com as do Ocidente.
• No Império Bizantino o rei era chamado de
basileu. O basileu era, ao mesmo tempo, o líder
religioso e político. Essa forma de governar foi
denominada cesaropapismo.
Governo Justiniano
• Tentou recuperar e anexar antigas possessões
romanas.
• Durante seu governo foi elaborado o Corpus Juris
Civilis (Corpo de Direito Civil), também chamado
de Código de Justiniano.
• Seu governo favoreceu às classes ricas, para
grande maioria da população ficou reservado muito
trabalho e o pagamento de impostos.
• Após a morte de Justiniano, o Império Romano do
Oriente passou por um processo de retorno ao seu
passado cultural, fazendo com que no século VII, o
grego substituísse o latim como língua oficial.
Justiniano e sua corte. Mosaico de Belini. (Museu
Nacional de Nápoles, Itália).
As questões religiosas
• O Império Romano do Oriente era profundamente
cristão, havia uma forte ligação entre a Igreja e o
Estado. Acreditava-se que o poder do rei era
estabelecido pela vontade divina.
• A Igreja do Oriente começa a se afastar do poder
central da Igreja Católica.
• Os cristãos do Oriente começaram a questionar
os pressupostos da Igreja Ocidental

Heresias
Heresias
• Duas heresias tornaram-se importantes no
Império Bizantino:
• Monofisismo (uma discussão sobre a natureza
humana ou divina de Jesus)
• Iconoclastismo (condenação do culto a imagens
de santos).
• Os choques entre o cristianismo praticado no
Oriente com o praticado no Ocidente, levaram a
divisão da Igreja Católica, em 1054, entre o
papado de Roma e o patriarcado de
Constantinopla. Tal acontecimento ficou
conhecido como Cisma do Oriente.
Declínio do Império do
Oriente
• Fatores para o fim do Império do Oriente:
• Tentativas de expansão de outros povos
• Crises internas
• Revoltas sociais e religiosas

• O Império Bizantino desapareceu em 1453,


quando Constantinopla foi tomada pelos turcos
otomanos.
O Império Árabe
• Ao sul viviam os grupos sedentários, que se
dedicavam à agricultura e ao comércio; enquanto
que ao norte, viviam os beduínos, grupos
nômades que se deslocavam pelo deserto
praticando p pastoreio e, em alguns momentos,
saqueavam grupos sedentários.
• Os beduínos originalmente eram politeístas. Não
obstante, ao entrarem em contato com cristãos e
hebreus, fez com que eles se tornassem
simpáticos a ideia de um divindade suprema –
que passaram a chamar de Alá.
• É nesse contexto que o Islamismo tem o seu
surgimento entre os árabes.
• “No século VII, segundo a tradição islâmica,
Maomé, que pertencia à tribo dos coraixitas e
conhecia os fundamentos do Cristianismo e do
Judaísmo, recebeu do Arcanjo Gabriel a missão de
pregar a vontade de Alá que lhe foi revelada.
Segundo essa revelação, Alá foi reafirmado como
deus único, eterno, criador de tudo o que existe.
Os seguidores dessa religião têm a obrigação de
rezar diariamente e dar esmolas”. (PETTA, N. L
de; OJEDA, E. A. B., 1999, p.35)
Trajetória de Maomé
• Suas pregações encontraram forte resistência em
Meca, cidade que os árabes visitavam para
cultuar a Pedra Negra, considerada sagrada, e
que se encontra no templo de Caaba.
• Os habitantes de Meca temiam a nova religião.
• Então Maomé se transfere, em 622 para a cidade
de Yatrib, que passou a ser chamada de Medina

Hégira = “emigração” Considerado o primeiro


ano no calendário
islâmico.
A volta de Maomé a
Meca
• Maomé voltou à Meca em 630, com um exército
poderoso de mulçumanos e destruiu os ídolos que
ficavam em Caaba, preservando apenas a Pedra
Negra.
• Após essa conquista, surge a tese da
predestinação, segundo a qual os homens
ocupavam no mundo um lugar determinado por
Alá.
• O Jihad, ou Guerra Santa, foi usado como
Justificativa para o expansionismo árabe.
Civilizações ocidentais
da Idade Média
• Um dos fatores responsáveis pelo fim do Império
Romano do Ocidente foi o avanço dos povos
germânicos.
• Esses povos formavam um grande grupo
divididos em nações: francos, lombardos,
visigodos, ostrogodos, anglos, saxões, vândalos,
suevos, burgúndios, etc.
• Por terem um modo de vida diferente dos
romanos e, por não falarem nem grego nem
latim, tais povos ficaram conhecidos como
bárbaros.
germânicos no
território romano
• Se deu de duas maneiras:
• Por migrações, incentivadas pelos próprios
romamos, pois muitos jovens germânicos
auxiliavam o exército no controle das fronteiras.
• E também por invasões, feitas com violência e
muita destruíção, com o objetivo de expulsar os
romanos e ocupar as terras.
O Reino Franco
• Sobre o Reino Franco, Petta e Ojeda destacam o
seguinte:
• “Desde o século II os francos faziam incursões
nas terras da Gália, que pertenciam ao Império
Romano. Chegaram a ocupar uma pequena área
na província romana. Ao contrário da maioria dos
outros reinos germânicos, o reino franco criou
uma sólida estruturas política que foi responsável
pela sua expansão.” (Ibidem, p. 37)
• A primeira dinastia que governou o reino franco foi a
merovíngia.
• Dinastia que deu início a expansão do Império
Franco.
• Aliança entre Igreja Católica e o governo de Clóvis,
fortalecendo a autoridade do rei e também permitiu
ao papa, encontrar apoio político e militar nos reis
francos contra o Império Bizantino.
• Porém o apogeu do reino franco é com a dinastia
carolíngia.
• O mais importante rei dessa dinastia foi Carlos
Magno.
• Adotou a política de suserania e vassalagem, muito
comum entre os senhores feudais durante a Idade
Média.
O império de Carlos
Magno
• Suas conquistas não só contribuíram para expansão
do reino franco, mas também contribuiu para a
expansão do cristianismo.
• Suas principais realizações foram:
 Em 733 derrotou os lombardos e anexou o Norte da Itália.

 Em 788 estabeleceu uma possessão franca no território da Espanha.

 Em 804 submeteu os saxões, que haviam se fixado ao norte do seu reino

• No ano 800 Carlos Magno recebeu do papa Leão III a


bandeira do Santo Sepulcro e foi aclamado
“Imperador dos Romanos”.
Sacro Império
Romano-Germânico
• Tratado de Verdum: assinado em 843, por Carlos, Luís
e Lotário, todos netos de Carlos Magno. O tratado dividia
entre os três o antigo império do avô.
• A parte que ficou com Luís, deu origem a um novo
império: o Império Germânico.
• Com a extinção da dinastia carolíngia, a Germânia passou
a ser controlada por cinco famílias, divididas em cinco
ducados: Saxônia, Lorena, Francônia, Baviera e Suábia.
• Os reis eram escolhidos pelas famílias de forma que não
havia uma dinastia no poder.
• Os reis germânicos, mantiveram a tradição carolíngia,
aliando-se ao papa, o que levou o Império Germânico a
ser denominado Sacro Império Romano – Germânico.
Feudalismo
• “O Feudalismo foi uma formação social resultante
da articulação entre valores romanos, católicos e
germânicos. Houve um longo processo de
transformação cultural que se iniciou nos
primeiros séculos da era cristã e que resultou no
Feudalismo, sistema que dominou a vida dos
reinos europeus do século X ao século XIII”.
(Ibidem, p. 38)
Origens do Feudalismo
• O Feudalismo se origina a partir da crise do Império
Romano no século III
• Principais características:
 O retorno ao campo

 A Concentração de terras

 A servidão Desenvolvimento do colonato

• “É possível perceber que a servidão característica


da sociedade feudal foi um desdobramento do
sistema de colonato dos últimos tempos do
Império Romano”. (Ibidem, p. 38)
Aspectos políticos
• As marcas mais fortes da vida política no sistema
feudal eram:
• A descentralização do poder
• A relação de suserania e vassagem
Descentralização do
poder
• Fatores:
• Fim do Império Romano do Ocidente
• Crescente fortalecimento dos poderes regionais
• Obs: “Embora a figura do rei, também denominado
suserano maior, não tenha desaparecido, o monarca
deixou de exercer seu poder em várias esferas da vida
do reino. A descentralização política gerou a
descentralização monetária e o desaparecimento da
moeda única para todo o reino. Da mesma forma,
provocou a descentralização militar, o
desaparecimento do exército nacional e a formação de
milícias particulares a serviço dos senhores feudais”
(Ibidem, p. 39)
Suserania e
vassalagem
• “A relação de suserania e vassalagem era uma
relação de dependência e compromisso de
fidelidade de um homem em relação a outro. O
vassalo se colocava sob a dependência e
proteção do suserano, a quem jurava fidelidade
política e militar. Mas observe que o vassalo não
era um servo”. (Ibidem, p. 39)
• O vassalo era um proprietário de terras, um
senhor feudal que inclusive detinha servos.
• A relação de suserania e vassalagem era de um
pacto militar.
Aspectos religiosos
• O clero da Igreja Católica começa a fugir do
padrão religioso conhecido até então.
• Muitos Clérigos
• Prestígio social elevado
• Grande poder político e econômico
• Corrupção
• Conversões forçadas
• Críticas de Francisco de Assis
Aspectos econômicos
• A economia feudal era baseada na atividade
agrícola
• Terra como principal valor de riqueza
• Comércio pouco valorizado no Ocidente
• Formação dos feudos: principal unidade de
produção da Idade Média
• O feudo era dividido em domínio ou manso
senhorial, manso servil e as terras comunais
ou manso comunal
Aspectos sociais
• A sociedade feudal era dividida em dois grupos: os
proprietários e trabalhadores, vigorando o regime de
servidão
• Era uma sociedade estamental, isto é, nela não havia
mobilidade social (no sentido vertical)
• Classes proprietárias: nobres e o clero
• Classe trabalhadora: basicamente formada por servos
• Senhor feudal: único proprietário do feudo, dentro dele
exercia a justiça sobre as pessoas que viviam sob sua
proteção e também poderia intervir nas famílias servis.
• Clero: outra parcela da classe dominante, tornou-se rico
a partir de doações, era dividido em alto clero e baixo
clero
• Servos: responsáveis pelo trabalho que sustentava o
regime feudal e não eram livres.
• Servos da gleba = pessoa presa a terra
• Principais obrigações servis:
 Corvéia: consistia no trabalho gratuito no manso senhorial
 Talha: a parcela da produção do manso servil destinada ao senhor.
 Capitação: o imposto pago pelo servo correspondente a cada pessoa de sua
família.
 Tostão de Pedro: o pagamento feito à Igreja e que era usado para fazer a
manutenção da capela local
 Banalidades: valor cobrado aos camponeses pelo uso das instalações que
pertenciam ao senhor, como o moinho, forno e celeiro
 Albergagem: dever de entregar gêneros alimentícios ou hospedar o senhor e
sua comitiva quando estivessem em viagem.
 Mão-morta: imposto pago por ocasião da morte do servo, quando sua
tenência era transferida para seus herdeiros.
• A vida dos servos eram, em geral, marcada pela fome
e miséria
• Essa condição desigual do regime feudal, era tratado
como uma condição “natural” pela Igreja.
Rebeliões populares
• Rebelião de 829, nas proximidades da cidade de
Tours, na França.
• Revolta camponesa na região da Normandia, em
996
• Entre 1250 e 1251, houve uma revolta de servos
nas aldeias próximas a Paris, contra o pagamento
de impostos aos padres da abadia de Notre
Dame, localizada na cidade.
• Entre outras revoltas
Cultura e mentalidade
na Idade Média
• Visão do homem como fruto do pecado
• Medo da morte
• Riso visto como uma emanação do diabo (fora
algumas celebrações)
• Sociedade Teocêntrica
• Porém, também havia algumas festas populares,
que se opunham ao imobilismo social
característico da Idade Média, pois permitia a
inversão de papéis. Ademais, tais festas também
se opunham contra a rigidez conservadora do
regime e das concepções estabelecidas, que não
podiam ser contestadas.
Literatura paródica
• Literatura popular
• Usadas nas festas populares, subvertia o caráter
dos textos sagrados
• Por serem cômicas, as paródias funcionavam
como uma repulsa a serenidade imposta pela
ordem da época
Teatro
• Na Alta Idade Média as encenações eram feitas nas
igrejas inicialmente, depois passando para as praças
com o aumento do público
• Presença de peças que representavam cenas bíblicas
• As encenações em praça pública, aconteciam
geralmente, em momentos de festa, principalmente
durante o Natal e na Páscoa.
• Ao passar para as praças, o teatro também sofreu
alterações, com representações a respeito do
cotidiano, outras fazendo críticas as autoridades etc.,
o que fez com que posteriormente os padres
proibissem as apresentações teatrais.
Referência
• PETTA, Nicolina L. de; OJEDA, Eduardo A. Baez.
História: uma abordagem integrada. São Paulo:
Editora Moderna, 1999.

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