1 Ano - Crise de Roma e o Império Bizantino

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 18

História 1º ANO

Escola Firjan SESI – Unidade Petrópolis


Professora: Janaína Tré

A CRISE DE ROMA E O IMPÉRIO


BIZANTINO
Compreender os fatores
internos e externos que
levaram o império
romano à crise
• Por volta do século III, o Império Romano passou
por uma enorme crise econômica e política.

• A corrupção dentro do governo e os gastos com


luxo, retiraram recursos que seriam investidos no
exército romano. Com o fim das conquistas
territoriais, diminuiu o número de escravos,
provocando uma queda na produção agrícola.

• Em crise e com o exército enfraquecido, as


fronteiras ficavam a cada dia mais desprotegidas e
passaram a sofrer invasões dos povos germânicos.

• Muitos soldados, sem receber salário, deixavam


suas obrigações militares.
A crise no mundo romano

Internamente, o problema eram os gastos crescentes com a administração do gigantesco Império: gastos com funcionários,
manutenção de estradas, salário de soldados distribuídos por extensas fronteiras. Para arcar com o constante aumento do
soldo (salários) dos soldados o Estado romano fez uso duas estratégias econômicas: o aumento dos impostos e a
desvalorização da moeda. Se para os imperadores a desvalorização da moeda trazia economia de metal, para a população,
que já tinha que pagar altos impostos, significava alta nos preços, reflexo da inflação (desvalorização monetária), carestia e
falta de confiança na moeda do Império, o que acabou provocando várias revoltas.

A partir do século III, a crise agravou-se em virtude de um fator externo: a pressão das invasões sobre o Império Romano se
intensificou, tanto no Oriente quando no Ocidente. À pressão constante na fronteira somou-se a instabilidade política no
coração do Império. Com o agravamento da situação socioeconômica e o aumento da insegurança, os moradores das
cidades perdem a capacidade de sobrevivência: não conseguiam mais encontrar trabalho, pagar aluguel ou encontrar
comida. Além disso, tornaram-se alvo de ataques dos germanos. Muitos então deixaram as cidades e foram para o campo
em busca de segurança e trabalho. Assim, o artesanato e o comércio declinaram, as cidades se esvaziaram e o Ocidente
europeu viveu um processo de ruralização; a vida urbana, porém, eduziu-se não só pelo esvaziamento das cidades, mas
também pela destruição de muitas delas, por ataques e pilhagens, e pelo acentuado declínio demográfico causado pela
fome, pelas doenças e pela guerra. Roma, que no século I tinha 1 milhão de habitantes, chegou ao século V com menos de
300 mil.

No campo, as terras cultiváveis estavam nas mãos dos grandes proprietários; então os pobres que para lá foram tiveram de
trabalhar para esses proprietários no sistema de colonato: para viver nas terras dos senhores teriam que cultiva-las e parte
do trabalho era pago como impostos, em troca recebiam uma parte da terra para subsistência, moradia e proteção. Esses
serão os princípios do feudalismo.
Motivos da Crise do Império:

• Gigantismo de império e dificuldades


de manter sua unidade territorial;

• Anarquia militar;

• Invasões germânicas;

• Escassez de mão de obra escrava e


diminuição da produção agrícola;

• Enfraquecimento do exército.
Soluções para a crise:

• Reformas de Diocleciano – Em 285, cria a


tetrarquia e a divisão do império em quatro
capitais;

• Retorno à monarquia com Constantino, em


324, que transfere a capital do império de
Roma para Bizâncio (Constantinopla);

• No ano de 395, o imperador Teodósio resolve


dividir o império em: Império Romano do
Ocidente, com capital em Roma; e Império
Romano do Oriente (Império Bizantino), com
capital em Constantinopla.
Entender como foram
as relações entre os romanos
e os povos imigrantes a quem
chamavam de bárbaros
Os germânicos eram chamados de
bárbaros pelos romanos porque
não falavam latim e não possuíam
cultura greco-romana.
Os povos europeus de hoje são
descendentes da fusão entre
germanos e romanos.
Alguns povos:
Ostrogodos, Visigodos, Vândalos,
saxões, burgúndios, anglos,
lombardos, alamanos, francos,
suevos, celtas, hunos e muitos
outros.
Entendendo melhor a origem dos povos
germânicos:
Os povos germanos habitavam a Germânia, região da
Europa situada ao norte dos rios Reno e Danúbio. Eles
constituíam vários grupos, conforme visto no mapa
anterior.
Os achados arqueológicos indicam que os germanos
eram povos guerreiros, e as fontes escritas informam
que eles valorizavam a disposição para a luta, a
fidelidade e a coragem nos campos de batalha. Os
jovens guerreiros formavam um bando comandado por
um chefe ao qual prestavam juramento de fidelidade;
esse bando recebia o nome de comitatus . Ao se
envolverem em constantes guerras, os chefes desses
bandos foram ganhando riqueza e poder, e alguns deles
se tornaram reis.
Culturalmente, os germanos eram diferentes entre si,
mas em comum tinham uma dedicação quase integral à
guerra e à agricultura.
Compreender a conjuntura de
formação do Império Bizantino
pós queda do Império Romano
do Ocidente e de que forma a
religião cristã fundamentou
suas bases político-sociais
Constantinopla
Sede do Império Bizantino

• Situada em dois continentes, Europeu e Asiático.

• Posição geograficamente favorável – localizada


na passagem do mar Egeu para o mar Negro, em
uma verdadeira encruzilhada de importantes vias
marítimas e terrestres;

• Totalmente cercada por muralhas;

• Três edifícios concentravam a vida da cidade:


Igreja de Santa Sofia (religião), O Palácio Imperial
(imperador) e o Hipódromo (Povo).
A Cultura Bizantina
Política, religião, sociedade, economia e arte
• O governo era uma monarquia teocrática;
• Sucessão ao trono de forma hereditária;
• Centro politico Constantinopla, pois comandava
uma vasta região e muitos povos.
• O governo era extremamente centralizador e
intervencionista;
• O Imperador (basileus) era a autoridade absoluta,
nele estava centrado as decisões da Igreja,
exército, corte, administração, sistema fiscal e
econômico, tantos poderes fazia dele um
autocrata.
• Cesaropapismo - Imperador como representante
de Deus, cabendo a ele poderes Estatais e
Religiosos.
Religião
• A Igreja dirigida pelo Patriarca Bizantino, escolhido e
subordinado do Imperador;

• Em todos os lugares da capital do império, havia pessoas que


estavam envolvidas em discussões teológicas e detalhes
religiosos. Podemos destacar duas discussões mais evidentes:
Monofisismo: estes negavam a natureza terrestre de
Jesus Cristo. Para eles Jesus possuía apenas a
natureza divina, espiritual. Esse movimento teve
início no século V com auge no reinado de Justiniano.
Iconoclastia: para estes a ordem era a destruição das
imagens de santos, e a proibição do uso delas em
templos.

• As divergências teológicas eram as mais diversas, e esses


questionamentos religiosos serviam para esconder os objetivos
e disputas politicas.
Sociedade
A sociedade rigidamente hierarquizada, era
constituída de elementos de várias etnias e
nacionalidades: sírios, armênios, eslavos,
gregos.
O povo gostava de espetáculos de circo, de
corridas de carro, do luxo e de discussões
sobre esportes ou religião, denominadas
bizantinismo.
A nobreza quase sempre estava em choque
com o imperador.
O clero, muito influente entre o povo, gozava de
prestígio, porém a Igreja estava submetida ao
Estado.
Economia
• Moeda forte SOLIDUS;
• Baseada no comércio, artesanato e agricultura;
• COMÉRCIO: desenvolvido devido à excelente posição geográfica de
Constantinopla, entre os principais produtos estavam perfumes finos,
tecidos de seda, porcelanas e peças de vidro;
• ARTESANATO: produziam sedas, tecidos de lã, estatuetas, lâmpadas, joias,
artigos religiosos. Eram organizados por corporações de ofícios;
• AGRICULTURA: a maior parte da produção agrícola vinham dos grandes
latifúndios, pertencentes aos mosteiros e as nobrezas fundiárias, o
trabalho era realizado pelos servos que dependiam da terra para comer.
• Pertenciam ao Estado os setores de pesca, metalurgia, armamento e
tecelagem.
• O Estado fiscalizava as atividades econômicas por supervisionar a
qualidade e a quantidade das mercadorias , com o intuito de controlar
preços e os abastecimentos das cidades.
Arte
• Era uma arte a serviço de Deus e do Imperador, para
propagação da fé e exaltação do governante;

• Associava o luxo e exotismo do oriente com o equilíbrio e a


leveza da arte greco-romana;

• Destacou-se pela minúcias ornamentais e no uso das cores;

• Preponderaram o mosaico, as esculturas (ouro, marfim e


vidro) e a arquitetura;

• A Catedral de Santa Sofia, construída pelo imperador


Justiniano (sec. VI) tornou-se um ícone da arquitetura
bizantina, bem como, símbolo do Império Bizantino. Com a
tomada dos turcos no sec. XV, a basílica foi transformada em
mesquita, ganhando ai quatro minaretes (torres) que não
faziam parte do projeto original.

Você também pode gostar