Europa Ocidental e Oriental

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COLÉGIO TIRADENTES DA PMMG

AULA - 01
A ALTA IDADE MÉDIA (I)

Objetivo
Principal:
Perceber as três
esferas de poder
do mundo
medieval
ganhando seus
contornos: Rei,
Igreja e Senhores
Locais.

Prof. Kadú
702 / 703
Vídeo: Grande Civilizações – Carolíngios
(Parte 1) (11:07)
BAIXO IMPÉRIO ROMANO
PAX ROMANA (I d.C.) – Estabilização das Fronteiras
* Declínio do Abastecimento de Escravos;
* Consequente aumento do valor dos Escravos;
* Diminuição da Mão-de-Obra e da Produção;
* Arrecadação de Tributos despencava;
* Comércio entra em declínio;
* Crise do Estado e Instabilidade Política (Entre 235 e
284 – Vinte Imperadores = Dezoito morreram de
maneira violenta);
* Dificuldade em manter a burocracia e de Sutentar o
Aparelho Militar;
* Invasões Bárbaras.
QUADRO FINAL DA CRISE DO IMPÉRIO ROMANO

* A Crise econômica enfraqueceu o governo imperial


que, por vezes, ficava sem pagar seus soldados ou
atrasava seus salários.

* Generais ambiciosos nascidos nas províncias


romanas marchavam sobre Roma com seus soldados,
e tomavam o poder à força.

* Assassinato de imperadores tornou-se um fato


comum, e a anarquia militar tomou conta do Império.
RURALIZAÇÃO DA SOCIEDADE
* Crise econômica no meio urbano e fuga para o meio
rural:
1) Aristocratas buscam refúgio;
2) Marginalizados se oferecem como mão de
obra (Surgimento do COLONATO)

Obs.: Colonus = Camponês dependente, vinculado à


propriedade do senhor, pagava pelo arrendamento de
um lote em dinheiro, produtos ou cultivando em
regime de parceria. DIOCLECIANO (285-305),
determinou fixação e hereditariedade da condição.
SOLUÇÕES PARA A CRISE DO IMPÉRIO ROMANO
1) Imperador Diocleciano (285 d.C.) – criou a tetrarquia (Quatro
imperadores, cada um responsável por uma grande região do
Império.
Obs.: Após Diocleciano deixar o poder por motivo de doença, os
generais do exército voltaram a disputar o cargo de imperador
(volta da Anarquia Militar).
2) Imperador Constantino – Combateu os Germanos com
eficiência, mudou a capital do Império para Bizâncio (Motivo:
Segurança)
Obs.: A cidade, em sua homenagem, passou a se chamar
Constantinopla.
3) Imperador Teodósio (395 d.C.) – Dividiu o território romano em
duas partes: Império Romano do Ocidente (Capital Roma) e
Império Romano do Oriente (Capital Constantinopla – Atual
Istambul)
OS BÁRBAROS: GERMANOS E O IMPÉRIO ROMANO

Origem Germânica: Europa – Norte dos rios Reno e Danúbio

Principais Grupos Germânicos: Alamanos, Burgúndios,


Francos, Godos, Jutos, Ostrogodos, Saxões, Suevos, Vândalos,
Visigodos.

Convergências e Divergências: Possuíam culturas diferentes


mas todos eram povos guerreiros e agrícolas.
GERMANOS E O IMPÉRIO ROMANO

Desde o início do Império Romano (Séc. I), os germanos e os romanos


mantiveram contatos frequentes e, quase sempre, pacíficos.

Muitos entraram no território romano como soldados, e parte deles


conseguiu altos postos no exército romano; outros entraram como
lavradores e outros, ainda como comerciantes.

Aceleração da Penetração Germânica: Séc. IV – os hunos, povo


nômade vindo da Ásia central, atacaram os germanos.
Os germanos, por sua vez, cruzaram as fronteiras e se estabeleceram
no território romano e, após estabelecidos, se interessaram por
terras e tesouros dos romanos, passando a multiplicar os ataques a
Roma.
CARACTERÍSTICAS GERMÂNICAS – Heranças para o
Feudalismo

*COMITATUS: Relação de fidelidade mútua entre chefes de


tribos e seus guerreiros sob juramento de fidelidade;
* Germanos não prestavam fidelidade a um Estado, mas aos
parentes e ao chefe tribal;
* Germano somente podia ser julgado pela lei de sua própria
tribo;
* Inocência ou Culpa por meio de elementos da natureza
(Vontade de Deus): acusado lançado ao rio. Se afundasse, era
inocente; se boiasse, era a prova divina de culpa.
GERMANOS E O IMPÉRIO ROMANO

PRINCIPAIS INVASÕES GERMÂNICAS:


1) 410 d.C. – germanos saquearam Roma e partiram levando
ouro, pedras preciosas, tapetes.
Obs.: Os portões da cidade foram abertos pelos próprios
escravos dos romanos.

2) 476 d.C. – Conquistaram Roma e colocaram fim ao Império


Romano do Ocidente.
Obs.: O Império Romano do Oriente conseguiu sobreviver por
mais de mil anos com o nome de Império Bizantino.
IMPÉRIO BIZANTINO - (IMPÉRIO ROMANO DO ORIENTE)
Características Básicas:
- Era Extenso
- Abrigava povos de diversas culturas e línguas (Mas o Grego era a
língua oficial).
- Capital: Constantinopla (Posição geográfica privilegiada: Entrada do
Mar Negro, entre a Europa e a Ásia – Passagem obrigatória de
importantes rotas comerciais que ligavam o Oriente ao Ocidente).
Obs.: A fama de Constantinopla devia-se principalmente ao seu
intenso comércio – “Porta do Oriente” – Ponto de encontro de
pessoas e mercadorias de várias partes do mundo: da China vinha a
seda; da Índia e do Ceilão (atual Sri Lanka), as famosas especiarias
(cravo, pimenta-do-reino, etc...).
Obs.: Durante a Idade Média o comércio não desapareceu
totalmente, mas se torna local. “Enquanto o Ocidente Ruía, o Oriente
se Mantinha Firme.”
IMPÉRIO BIZANTINO – POLÍTICA

Política ligada a Religião: Imperador considerava-se


representante de Deus na Terra (Poder Teocrático).

Autoridade do Imperador: Assuntos Terrenos


(Guerras e Administração) e Religiosos.

Obs.: O Imperador escolhia o Patriarca, cargo mais


alto na Igreja Bizantina e o segundo homem depois
dele. O Patriarca auxiliava e aconselhava o Imperador
a governar o Império.
GOVERNO DE JUSTINIANO (527 d.C. A 565 d.C.)
Esposa: Teodora
* Buscou restabelecer a unidade do antigo Império Romano
reconquistando terras perdidas por ele:
* Várias Campanhas Militares:
- Conquistou parte do Norte da África
- Conquistou o sul da Espanha
- Conquistou a Península Itálica
* Resultado Final:
Conquistas custaram caro e para cobrir os gastos da guerra, o
imperador foi aumentando cada vez mais os impostos,
provocando descontentamento e revolta.
REVOLTA DE NIKA
* Data: Segundo Domingo de 532 d.C.
* Local: Hipódromo de Constantinopla
De um lado estavam os verdes e de outro os azuis para uma disputa
de corrida de carros puxados por cavalos (Bigas).
Obs.: Verdes e Azuis eram, ao mesmo tempo, partidos políticos e
agremiações esportivas – Verdes = Mais Populares e Azuis = Mais
Aristocráticos.
* No intervalo, verdes aproveitaram pra fazer uma manifestação
contra o aumento dos impostos e o abuso de autoridade de
funcionários do governo e, para a surpresa, os azuis aderiram às
manifestações.
* A multidão marchou sobre o Palácio Imperial gritando Vitória!
Vitória! (Niké! Niké! em grego)
REVOLTA DE NIKA
O Imperador Justiniano decidiu fugir levando consigo o
tesouro real. Mas aconselhado por sua esposa Teodora,
voltou e empreendeu uma violenta repressão, fazendo
milhares de mortos e pondo fim à revolta.

Base Legal ao Governo de Justiniano:


- Encarregou juristas de reunir e atualizar as principais leis
romanas.
- Criação do Corpus Juris Civilis (Código Justiniano) –
responsável por trazer aos dias atuais o funcionamento do
Direito Romano para servir como base de vários códigos civis.
O GRANDE CISMA DO ORIENTE

Cristianismo Próprio Para o Império Romano do Oriente:


- Missa em Grego;
- Rituais apelavam para os sentimentos e negavam a
existência do purgatório;

Aumento das Divergências entre Patriarca e o Papa:


De um Lado: Patriarca era considerado o dirigente supremo
da cristandade, rejeitado a autoridade do Papa.
De outro Lado: O Papa não abria mão do seu poder.

O CISMA DO ORIENTE: 1054: Igreja cristã dividiu-se em duas:


1) Igreja Católica Apostólica Romana (chefiada pelo Papa)
2) Igreja Cristã Ortodoxa Grega (dirigida pelo Patriarca)
Obs.: A Igreja Cristã Ortodoxa Grega cresceu para
além de suas fronteiras e conseguiu converter povos
eslavos (habitavam a Europa Central e Oriental há
cerca de 5 mil anos) como os russos e os húngaros.

Representantes Eslavos Atuais: Russos, Bielo-Russos,


Sérvios, Croatas, Macedônios, Eslovênios, Tchecos,
Eslovacos e Poloneses.
ESPLENDOR E QUEDA DO IMPÉRIO BIZANTINO

Após Justiniano, o Império Bizantino começou a declinar, mas


este processo não foi contínuo:

1) Séculos IX e XI - Período de Grande Prosperidade:


- Reconquistou terras que havia perdido para o Árabes;
- Retomou o controle do Mar Mediterrâneo;
- Economia voltou a crescer.

Explicação deste prosperidade:


- Posição Geográfica de Constantinopla (entre Europa e Ásia);
- Existência de ótimos portos, como o de Alexandria (no Egito);
- Força marinha.
ESPLENDOR E QUEDA DO IMPÉRIO BIZANTINO
2) Século XI – Império Bizantino voltou a declinar sob o peso
dos enormes gastos militares pra defender suas fronteiras,
ameaçadas por diferentes povos.

1453: após sucessivos ataques, os turcos-otomanos


conquistaram Constantinopla com balas de canhão.

Obs.: Constantinopla passou a se chamar Istambul.


REINO FRANCO (Gália)
* Mais bem sucedido dos reinos germânicos.
- Estado e Igreja consolidam suas relações (Clóvis converte-
se ao cristianismo e passa a combater heresias, tornando o Reino
Franco o primeiro germânico sob influência papal);

* Carlos Magno (Império Carolíngio):


- Ampliou fronteiras do Estado e Áreas de Influência da
Igreja – Ideia de um Império Cristão Universal;
- Estrutura Precária: levou à divisão do Império Franco
em 250 condados;
- Fiscalização dos Condes: Missi Dominici
(Mensageiros Reais – Um Leigo e um Padre);
- Reforma Educacional: Escolas Monaicas
(responsabilidade dos mosteiros), Catedrais ou Palatinas –
Estudos de Textos Gregos e Latinos – Renascimento
Carolíngio (Efervescência Cultural).
REINO FRANCO (Gália)
* Luís (O Piedoso):
- Início do Declínio Franco;
- Nobres buscam aumentar seu poder e os filhos
de Luís rebelam-se contra o pai;
- TRATADO DE VERDUM (843): Divisão do império
entre os três filhos de Luís.

RESULTADO: Fragmentação do poder central (Europa se


torna uma colcha de retalhos)

OBS.: Maior respeito ao Senhor feudal que ao Rei


(Condado ou Castelania).
Luís – O Piedoso

Clóvis – Conversão
para o Cristianismo

Pepino – O Breve –
Pai de Carlos Magno

Carlos Magno
(FGV-SP)
O sacerdote, tendo-se posto em contato com Clóvis, levou-o pouco a pouco e
secretamente a acreditar no verdadeiro Deus, criador do Céu e da Terra, e a
renunciar aos ídolos, que não lhe podiam ser de qualquer ajuda, nem a ele nem a
ninguém [...] O rei, tendo pois confessado um Deus todo poderoso na Trindade, foi
batizado em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo e ungido do santo Crisma com
o sinal da cruz. Mais de três mil homens do seu exército foram igualmente batizados
[...]. São Gregório de Tours. “A conversão de Clóvis.” História e Eclesiastica E Francorum. Apud PEDRERO-
SÁNCHES, M. G. História da Idade Média. Textos e Testemunhas. São Paulo: Ed. Unesp, 2000. p. 44-45.
A respeito dos episódios descritos no texto, é correto afirmar:
a) A conversão de Clóvis ao arianismo permitiu aos francos uma aproximação com
os lombardos e a expansão do seu reino em direção ao Norte da Itália.
b) A conversão de Clóvis, segundo o rito da Igreja Ortodoxa de Constantinopla,
significou um reforço político-militar para o Império Romano do Oriente.
c) Com a conversão de Clóvis, de acordo com a orientação da Igreja de Roma, o
reino franco tronou-se o primeiro Estado germânico sob influência papal.
d) A conversão de Clóvis ao cristianismo levou o reino franco a um prolongado
conflito religioso, uma vez que a maioria dos seus integrantes manteve-se fiel ao
paganismo.
e) A conversão de Clóvis ao cristianismo permitiu à dinastia franca merovíngia a
anexação da Itália a seus domínios e a submissão do poder pontifício à autoridade
monárquica.
Vídeo: Grande Civilizações – Carolíngios
(Parte 2) (11:10)
PAPEL DA IGREJA NA EUROPA OCIDENTAL
- Principal Característica: Procurava doutrinar o
comportamento (Instrumento de Ordem);
* O caminho para o Céu passava pela Igreja (Deus a
criara para administrar os sacramentos e os ritos);
* Sem a Igreja os pecados persistiriam.
- A sociedade medieval era concentrada na interpretação
do Cristianismo (Cristandade)
- Vida dos religiosos medievais:
* monakos: se isolavam nos mosteiros para servir a
Deus. – Língua diária: Latim – Destaque: Trabalho como
Copistas (Salvação da Palavra).
* Pobreza e Contemplação.
(UEL-PR)
A chamada “desintegração” do Império Romano remodelou a Europa. As
modificações que ocorreram levaram à formação de uma sociedade com
características próprias, conhecida como sociedade medieval.
Sobre o período da Alta Idade Média (do século V ao X), é correto afirmar:
a) os povos que ocuparam o Império Romano mantiveram a estrutura
política anterior, com uma divisão equilibrada e estável das funções
públicas.
b) Chamados de “Bárbaros”, povos como os germanos e os hunos foram
responsáveis pela retomada da atividade mercantil e pela urbanização da
Europa.
c) Com o caráter de migração ou invasão, a chegada dos chamados
“bárbaros” esteve relacionada à falência do mundo escravista e à
debilidade militar de Roma.
d) A população residente no antigo Império Romano integrou-se com as
várias tribos germânicas invasoras, formando federações como a Gália e a
Hispânia.
e) Os conflitos entre romanos e germanos, decorrentes das invasões,
acabaram caracterizando a denominada Guerra dos Cem Anos.

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