Aula 2 (23.02) - Trabalho de Parto

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Medicina

Disciplina Obstetrícia
8º Semestre
Profa Eunice Leite
APS: Criar um canal na plataforma YouTube com o
objetivo de esclarecer as gestantes sobre dúvidas
frequentes.
Características do canal:
• Deve ter 3 vídeos, com os temas:
Modificações do organismo materno e sintomas comuns na gestação.
Exames de rastreio e seguimento do pré-natal de baixo risco.
Suplementos e vacinas necessárias durante a gestação.
• Forma clara, com linguagem simples e de fácil compreensão
às gestantes leigas.
• O canal deve ser privado (não listado) e ter o nome dos
integrantes do grupo na sua descrição.
• Cada vídeo deve ter até 10 minutos.
• Os grupos devem ter entre 5 e 6 alunos.
• O link do canal e dos vídeos deve ser postado até o prazo
final da N1.
Roteiro da Aula:
 Casos de pré-natal para cálculo de IG e DPP
 Modelo Humanizado da Assistência ao Parto.
 Assistência ao Parto: boas práticas.
 Trabalho de parto a termo: diagnóstico e fases
clínicas.

3
ANAMNESE OBSTÉTRICA
Salvador, 23/02/22
IDENTIFICAÇÃO: Conceição Lima, 31 anos, técnica de enfermagem, ensino médio, espírita, união estável, raça/cor parda, natural e procedente de
Salvador.
QUEIXA PRINCIPAL: disúria há 3 dias.
HISTÓRIA DA MOLÉSTIA ATUAL: G2P1(PSNV a termo há 3 anos) IG 11 semanas e 1 dia de acordo com DUM 07/12/21 e USG 18/01/22 com 6
semanas.
Apresentou disúria há 3 dias, associada a dor pélvica discreta. Usou buscopan para dor, sem melhora. Houve piora da disuria há 1 dia, com dor
intensa, urina com leve sangramento, urgência miccional e diminuição da frequência urinária, pois fica retendo urina devido à disúria intensa. Veio
iniciar o pré-natal hoje. Trouxe ultrassonografia realizada dia 18/01/22 com idade gestacional (IG) de 6 semanas. Nega dor, vômito, febre,
sangramento vaginal ou saída de líquido via vaginal.
ANTECEDENTES OBSTÉTRICOS: G2P1 Parto normal de 9 meses, sem complicações, precisou somente poucos pontos por laceração do períneo. Ficou
internada somente 2 dias. amamentou 6 meses. Nunca usou contraceptivo hormonal, utiliza condons.
ANTECEDENTES PATOLÓGICOS: nega Hipertensão . Refere alergia à dipirona.
HÁBITOS DE VIDA: faz atividade física 3 vezes na semana, nega tabagismo, nega ingestão de bebida alcoólica.
ANTECEDENTES FAMILIARES NDN
INTERROGATÓRIOSISTEMÁTICO (SINTOMATOLÓGICO): DISÚRIA E DOR PÉLVICA.
QUANDO COMPLETA 9 MESES? DPP 14/09/22
P1. GESTAÇÃO DE RISCO HABITUAL (BAIXO RISCO)
P2. INFECÇÃO URINÁRIA NÃO COMPLICADA

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ANAMNESE OBSTÉTRICA
Salvador, 23/02/22
IDENTIFICAÇÃO: Nívia Silva, 21 anos, Estudante, ensino médio, evangélica, união estável, raça/cor branca natural e procedente de Salvador.
Queixa principal: saída de líquido via vaginal há 5 dias.
HISTÓRIA DA MOLÉSTIA ATUAL: primigesta, IG 30 semanas e 1 dia de acordo com DUM 27/07/21 e USG 18/01/22 com 25 semanas.
Relata saída de líquido via vaginal, em moderada quantidade, intermitente, sem odor fétido, incolor. Relata diminuição de movimentos fetais há 1
dia. Todos os exames de laboratório e USG normais. Calendário vacinal atualizado. Em uso de ácido fólico e sulfato ferroso. Pré-natal normal,
porém na última consulta referiu corrimento vaginal com odor fétido, sem tratamento.
Nega dor abdominal, vômito, febre, sangramento via vaginal.
ANTECEDENTES PATOLÓGICOS: nega patologias. Refere alergia à dipirona.
HÁBITOS DE VIDA: não faz atividade física, nega tabagismo, nega ingestão de bebida alcoólica.
ANTECEDENTES FAMILIARES NDN
INTERROGATÓRIO SISTEMÁTICO (SINTOMATOLÓGICO): NDN
QUANDO COMPLETA 9 MESES? DPP 04/05/22
P1. GESTAÇÃO DE RISCO HABITUAL (BAIXO RISCO)
P2. ROTURA PREMATURA DE MEMBRANAS
P3. AFASTAR SOFRIMENTO FETAL
P4. VAGINOSE NÃO TRATADA

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Salvador, 23/02/22
IDENTIFICAÇÃO Sônia Santos, 32 anos, Comerciária, ensino médio, católica, casada, raça/cor preta, natural e procedente de Simões Filho
Queixa principal: foi encaminhada do pré-natal para internamento hoje.
HISTÓRIA DA MOLÉSTIA ATUAL: G3P2 (PSAC COM 7 E 6 MESES), IG 32 semanas e 1 dia de acordo com DUM 13/07/21 e USG 18/01/22 com 27
semanas.
Na consulta do pré-natal de hoje, foi aferida a PA de 160 x 110 mmHg, sendo encaminhada para internamento imediato. Durante o pré-natal foi
prescrito metildopa 750 mg ao dia, mas esquece de usar a medicação. Relata que a pressão arterial estava 150 x 100 mmHg na primeira consulta
de pré-natal com 3 meses de gestação. Nunca usou AHO antes. Tem caderneta de gestante, com registro de 4 consultas de pré-natal, com PA
descompensada. Nega dor, vômito, febre, sangramento ou saída de líquido via vaginal.
ANTECEDENTES OBSTÉTRICOS: Primeiro parto: cesárea com 7 meses, com bebê pequeno e ficou internada por mais tempo após o parto, pois a
pressão arterial estava muito alta. Segundo parto: cesárea com 6 meses por hemorragia e bebê tem paralisia cerebral.
ANTECEDENTES PATOLÓGICOS: nega patologias. Nega alergia.
HÁBITOS DE VIDA: não faz atividade física, nega tabagismo, nega ingestão de bebida alcoólica.
ANTECEDENTES FAMILIARES pai e mãe hipertensos.
INTERROGATÓRIO SISTEMÁTICO (SINTOMATOLÓGICO): NDN
QUANDO COMPLETA 9 MESES? DPP 20/04/22
P1. GESTAÇÃO DE ALTO RISCO
P2. HIPERTENSÃO ARTERIAL CRÔNICA
P3. AFASTAR PRÉ-ECLÂMPSIA
P4. MAU PASSADO OBSTÉTRICO

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ANAMNESE OBSTÉTRICA
Salvador, 23/02/22
IDENTIFICAÇÃO: Ane Souza, 28 anos, autônoma, ensino médio, católica, casada, raça/cor preta, natural e procedente de Candeias.
Queixa principal: dor abdominal há 5 dias.
HMA: G4P3(PSNV), IG 33 semanas e 1 dia de acordo com DUM 06/07/21 e USG 18/01/22 com 28 semanas.
Relata que vinha sentindo-se bem e iniciou quadro de dor abdominal há 5 dias, dor tipo cólicas algumas vezes durante o dia, com piora ontem, sentindo dor
mais intensa a cada hora, associado a sangramento vaginal discreto, cor rosada, sem coágulos, sem fatores de melhora ou piora. Refere movimentos fetais
ativos. Informa ter feito 3 consultas de pré-natal, sem intercorrências.
Vacinas: calendário atualizado. Está em uso de sulfato ferroso 200 mg e ácido fólico
Nega vômito, febre ou saída de líquido via vaginal.
ANTECEDENTES OBSTÉTRICOS: G4P3, na seguinte ordem: Primeiro parto normal com 8 meses, RN ficou internado 15 dias. Segundo parto normal com 8
meses, RN ficou internado 8 dias. Terceiro parto normal com 6 meses e natimorto (óbito fetal).
ANTECEDENTES PATOLÓGICOS: nega patologias. Refere alergia à dipirona.
HÁBITOS DE VIDA: não faz atividade física, nega tabagismo, nega ingestão de bebida alcoólica.
ANTECEDENTES FAMILIARES mãe com CA de mama
INTERROGATÓRIO SISTEMÁTICO (SINTOMATOLÓGICO): dor pélvica, sangramento vaginal discreto.
QUANDO COMPLETA 9 MESES? DPP 13/04/22
P1. GESTAÇÃO DE ALTO RISCO PARA PREMATURIDADE
P2. TRABALHO DE PARTO PREMATURO
P3. MAU PASSADO OBSTÉTRICO
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ANAMNESE OBSTÉTRICA
Salvador, 23/02/22
IDENTIFICAÇÃO: Rosa Cruz, 43 anos, Costureira, ensino fundamental, evangélica, casada, raça/cor parda, natural e procedente de Salvador
Queixa principal: tonturas há 2 dias.
HMA: G5P2(PSAC)A2, IG 12 semanas e 1 dia de acordo com DUM 30/11/21 e USG 18/01/22 com 7 semanas de gestação. Relata que a menstruação
atrasou e fez USG dia 18/01/21. Sentiu polidipsia e poliúria há alguns dias e tonturas há 2 dias. Procurou a maternidade hoje e fez glicemia capilar com
resultado de 320 mg/dl. Não iniciou o pré-natal. Nega dor, vômito, febre, sangramento ou saída de líquido via vaginal.
Vacinas: calendário atualizado. Está em uso de sulfato ferroso 200 mg e ácido fólico
Nega vômito, febre ou saída de líquido via vaginal.
ANTECEDENTES OBSTÉTRICOS: G5P2A2, na seguinte ordem: Primeira gravidez foi aborto espontâneo com 2 meses, segunda gravidez foi aborto
espontâneo com 3 meses. Primeiro parto cesárea com 9 meses, com RN 4500 g e segundo parto cesárea com 9 meses e RN pesando 5 kg. Informa que
tem diabetes somente na gravidez. Usou insulina na última gestação.
ANTECEDENTES PATOLÓGICOS: nega patologias. nega alergia.
HÁBITOS DE VIDA: não faz atividade física, nega tabagismo, nega ingestão de bebida alcoólica.
ANTECEDENTES FAMILIARES mãe diabética
INTERROGATÓRIO SISTEMÁTICO (SINTOMATOLÓGICO): dor pélvica, sangramento vaginal discreto.
QUANDO COMPLETA 9 MESES? DPP 07/09/22
P1. DM TIPO 2
P2. IDADE MATERNA AVANÇADA
P3. PASSADO DE MACROSSOMIA FETAL
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Pré-natal por trimestres

• 1º trimestre até 13 semanas


• 2º trimestre de 14 a 27 semanas
• 3º trimestre de 28 a 41 semanas

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Casos clínicos
Caso 1
Você atende a paciente abaixo hoje:
Sra. Josefa, 25 anos, primigesta, tem certeza da
DUM 22/12/21 e confirmada por USG.
Veio para consulta pré-natal.

Qual DPP?
Qual a IG hoje?

Fonte: google

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Casos clínicos
Caso 1
Você atende a paciente abaixo hoje:
Sra. Josefa, 25 anos, primigesta, tem certeza da
1º trimestre
DUM 22/12/21 e confirmada por USG. Até 13 semanas
DPP: 29/09/22
IG 7 semanas.

Quais sintomas comuns nesta fase da gravidez?

Fonte: google

11
Casos clínicos
Caso 1
Você atende a paciente abaixo hoje:
Sra. Josefa, 25 anos, primigesta, tem certeza da
DUM 22/12/21 e confirmada por USG. 1º trimestre
DPP: 29/09/22
IG 7 semanas.

Quais sintomas comuns nesta fase da gravidez?


Josefa queixa-se de náuseas, vômitos, sialorreia,
Tonturas, sonolência, mastalgia, dor pélvica leve.
Fonte: google

12
Casos clínicos
Caso 1
Sra. Josefa, 25 anos, G1, DUM 22/12/21. DPP: 29/09/22 IG 7semanas.
Náuseas/vômitos/sialorreia (salivação excessiva):
Dieta fracionada (6 refeições leves ao dia); evitar frituras, gorduras e
alimentos com cheiros fortes ou desagradáveis; evitar líquidos durante as
refeições, dando preferência à sua ingestão nos intervalos; ingerir alimentos
sólidos antes de se levantar pela manhã, como bolacha de água e sal; ingerir
alimentos gelados; gengibre.
Caso persistência das náuseas e vômitos: Dimenidrinato (dramin), meclizina
(meclin), metoclopramida (plasil), ondansetrona (vonau)
Atentar para hiperemese gravídica.
Quais exames laboratoriais nesta consulta e ultrassonografia?
Vitaminas? Vacinas?

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USG obstétrica morfológica do 1º trimestre: 11 a 13s6d

Vacinas: influenza, covid, 1 dTpa (entre 28 a 36 semanas), 2 dT (se vacinada


há mais de 5 anos) 20 semanas e 32 semanas, hepatite B 3 doses (0,1 mês, 6
meses) 14
Vacinas na gestação
dTpa (tétano, difteria e coqueluche): 3 doses.
Primeira dose com 20 semanas (dT).
Segunda dose com 28 semanas (dTpa).
Terceira dose com 36 semanas (dT), até 20 dias antes do parto.

Caso vacinação da gestante há menos de 5 anos  dTpa


Caso vacinação da gestante incompleta:
Se 2 ou 3 doses de dT  fazer dTpa
Se 1 dose de dT  fazer dTpa e dT (intervalo de 30/60 dias).

Influenza/H1N1: dose única (qualquer trimestre, no período sazonal da doença).

Hepatite B: 3 doses.
Primeira dose na 1ª consulta pré-natal.
Segunda dose com intervalo de 30 dias entre a primeira e a segunda.
Terceira dose com intervalo de 180 dias entre a primeira e a terceira.
(Momentos zero, 1 mês e 6 meses).
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Sra. Josefa

R/
1. Sulfato ferroso 200 mg (FE 40 mg)---------------contínuo
Uso 01 comprimido via oral 30 minutos antes do almoço

2. Ácido fólico 0,4 mg-----------------------------------contínuo


Uso 40 gotas via oral ao dia

3. Dramin ---------------------------------------------------cartela
Uso 01 comprimido via oral de 6/6 h caso náusea ou
vômito

4. Paracetamol 500 mg-----------------------------------cartela


Uso 01 comprimido via oral de 6/6 h caso dor.

Fonte: google Salvador, 17/11/2021


Dr.
16
Casos clínicos
Caso 2 2º trimestre
Sra. Maria, 30 anos. Primigesta. 14-27semanas
Traz resultado USG realizado dia 23/02/22
com gestação de 20 semanas (IG atual também
confirmada por USG do 1º trimestre).
Queixa-se de azia, obstipação, corrimento vaginal.
PA 110 x 70 mmHg IMC 24 kg/m2.
Exame físico segmentar normal.
Exame obstétrico: abdome semi globoso, útero
gravídico, BCF 144 bpm.
Exame especular: fluxo vaginal abundante, fluido, claro,
sem odor ou hiperemia local.
Solicita exame de lab? De USG? Vacinas? Fonte: google
Alguma receita médica?
Qual data de retorno?
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USG obstétrico morfológico do 2º trimestre: 20 a 24 semanas

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Sra. Maria

R/
1. Sulfato ferroso 200 mg (FE 40 mg)---------------contínuo
Uso 01 comprimido via oral 30 minutos antes do almoço

2. Ácido fólico 0,4 mg-----------------------------------contínuo


Uso 40 gotas via oral ao dia

Salvador, 23/02/2022
Dr.

Fonte: google

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Casos clínicos
Caso 3
Sra. Joana, 20 anos, procurou o posto de saúde hoje para consulta pré-natal
subsequente. G3P2(PSNV). IG 38 semanas.
Queixa-se de azia, obstipação, polaciúria, dor lombar e “falta de ar”.
Pré-natal de risco habitual, sem intercorrências. Nega patologias. Nega
sangramento ou saída de líquido via vaginal.
Traz USG realizada há 3 semanas com laudo normal.
PA 120 x 80 mmHg IMC 26 kg/m2. Exame físico segmentar normal.
Exame obstétrico: abdome globoso, útero gravídico, altura uterina 34 cm,
feto único, situação longitudinal, posição à direita, apresentação cefálica,
insinuada. Ausculta fetal em QID BCF 144 bpm. Ausência de metrossístoles.
Sangramento genital ausente.
Solicita exame de lab? De USG?
Orientações?
Qual data de retorno?
20
USG obstétrico no 3º trimestre: avaliar crescimento fetal
adequado para IG, volume de líquido amniótico, posição da
placenta.

21
e st re
3 º tri m a s
se m a n
28-4 1

22
 Trabalho de Parto
Definição:
Trabalho de parto é o processo fisiológico que tem por
objetivo expulsar o feto, a placenta e as membranas,
para o exterior do útero, através do canal de parto com
idade gestacional igual ou superior a 20 semanas
.

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25
Trabalho de parto a termo - 37 a 40
semanas de gestação

As fases do trabalho de parto normal


ocorrem na ordem abaixo:

Dilatação do colo do útero, período


expulsivo e a saída da placenta,
primeira hora após o parto
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1ª Fase ou período – Dilatação

 Contrações
 Dilatação do colo do útero e do canal de parto até que atinja
10 cm.

Latente- dilatação do colo do útero é menor que 4-5 cm e é


caracterizada pelo aumento gradual da atividade uterina,
presença de contrações uterinas irregulares e aumento das
secreções cervicais, pode sair o tampão mucoso.
Ativa- dilatação superior a 4-5 cm e a mulher já começa a
apresentar contrações regulares.
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1ª Fase ou período – Dilatação
O que fazer na fase LATENTE ?

 Verificação dos sinais vitais (pressão arterial, pulso arterial e temperatura).


 Mensuração da altura do fundo uterino.
 Manobras de Leopold.
 Avalição da dinâmica uterina: intensidade, frequência, duração e regularidade.
 Exame de toque vaginal:
Avaliar dilatação, apagamento (esvaecimento) e posição do colo uterino, formação da
bolsa das águas, tipo de apresentação, variedade de posição fetal e grau de deflexão do
polo cefálico (caso haja).

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Apresentação cefálica

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Variedade de apresentação (cefálica)
Apresentação cefálica
Defletida defletida defletida
fletida 1º grau 2º grau 3º grau

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1ª Fase ou período – Dilatação
O que orientar na fase LATENTE ?

 Orientar retorno ao serviço de saúde em caso de presença de sinais de trabalho de


parto ativo ou sinais de alerta (perda de líquido, sangramento uterino, contrações a
cada 5 minutos, diminuição dos movimentos fetais).
 Manter pacientes em observação e reavaliá-las dentro de 1-2h.
 Orientar a mulher e a família sobre as contrações do trabalho de parto ativo, bem
como a frequência e duração das mesmas.

Não foi estabelecida uma duração padrão para o primeiro período latente e pode
demorar muitas horas para evoluir ao TP ativo..

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1ª Fase ou período – Dilatação
O que fazer na fase ATIVA ?
 Tudo que foi realizado na fase latente, mais ...
 Abertura do partograma
Nas pacientes em trabalho de parto na fase ativa, deve-se proceder à abertura do partograma
(após 6 cm de dilatação) descrevendo-se, nos devidos espaços, uma gama de informações úteis no
acompanhamento do TP, já obtidas durante a propedêutica de admissão.
 Verificar tipagem sanguínea realizada no pré-natal.
Solicitar ABO/Rh na admissão se não houver registro no cartão de pré-natal ou se gestante Rh
negativo.
Oferecer teste rápido para HIV, hepatite B, hepatite C e Sífilis.
Ver sorologias no cartão de pré-natal.

NOTA: Assistência ao parto com Boas Práticas


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1ª Fase ou período – Dilatação
O que fazer na fase ATIVA ?
A) Ausculta fetal de 110 a 160 bpm
cada 15min (alto risco) ou 30min (risco habitual), sempre antes, durante e após as
contrações uterinas (ausculta fetal intermitente), por pelo menos 1 minuto.

B) Dinâmica uterina: deve ser 2/3 a cada 10 minutos com duração entre 30- 60s.

C) Toque vaginal
A cada 2 ou 3 horas: dilatação, apagamento e posição do colo uterino, integridade da
bolsa amniótica, variedade de posição do polo fetal, altura da apresentação e presença de
bossa serossanguinolenta. Em casos que a bolsa já rompeu, o toque vaginal deve ser
realizado a cada três horas.

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2ª Fase – Período Expulsivo
O que fazer?

 Preparar a paciente para o parto


 Ambiente escolhido pela paciente
 Posição escolhida pela paciente – estimular a verticalização
 Puxos espontâneos
 Hans on ou Hands off
 Prevenção HPP – Ocitocina 10 UI, Intramuscular após saída do ombro fetal.
 Contato pele a pele

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3ª Fase – Dequitação, delivramento ou secundamento.
O que fazer?

 Atualmente, a conduta ativa é recomendada no terceiro período.


 Tração contolada do cordão umbilical
 Revisão da placenta
 Prevenção HPP

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4ª Fase – Primeira hora após o parto
 Prevenção HPP
 Vigilância da paciente

41
42
???
r to
p a
E o

Fonte: google

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Diretrizes Nacionais de Assistência ao Parto
Normal
As Diretrizes Nacionais de Assistência ao Parto Normal foram
elaboradas por equipe multiprofissional em esforço conjunto
para qualificar o modo de nascer no Brasil com ação de:
Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS
(CONITEC)
Secretaria de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde.
Outras instituições, sociedades e associações de profissionais
(médicos e de enfermagem) e das mulheres.
Foi publicada esta Portaria nº 353 em 14 de fevereiro de 2017.
Assistência ao parto: Linha do tempo

Nos últimos séculos, o avanço da obstetrícia contribuiu com a


melhoria dos indicadores de morbidade e mortalidade materna
e perinatais.

Modelo atual: uma assistência menos intervencionista, mais


respeitosa e individual (mulher como protagonista), mantendo a
segurança para a gestante e seu filho.
Esse modelo atual é denominado
“assistência ao nascimento baseado em evidências e no
respeito”.
Parto humanizado e Febrasgo (Federação Brasileira
de GO)
Gestantes sem fatores de risco importantes e com pré-natal
normal podem ter complicações imprevisíveis (risco habitual).
O modelo de parto domiciliar é desaconselhado pela FEBRASGO.
A assistência obstétrica baseada em evidências e no respeito
deve ser universal.
Gestações de alto risco necessitam de cuidado e monitorização.
A taxas de cesariana estão em queda, as indicações são mais
claras e a cesárea é um procedimento extremamente importante
por reduzir muito as complicações com as gestantes e seus
filhos quando há indicação adequada.
Boas Práticas de Assistência ao Parto

• Quem assiste ao parto?


• O que é equipe de parto multiprofissional?

Médico obstetra...
Boas Práticas de Assistência ao Parto

• Quem assiste ao parto?


• O que é equipe de parto multiprofissional?

Assistência ao parto normal de risco habitual:

Médico (a) obstetra.


Enfermeiro (a) obstetra.
Doula.
Pediatra (neonatologista)
Anestesiologista.
Boas Práticas de Assistência ao Parto

• Ofereça métodos não farmacológicos de alivio da dor.


• Ofereça analgesia farmacológica do parto.
• Não realize Manobra de Kristeller.
• Não realize episiotomia de rotina.
• Respeite a escolha da gestante paraa posição mais confortável para
o parto.
• Ausculte o feto a cada 30 minutos no período de dilatação e a cada 5
minutos no período da expulsão. Puxos devem ser espontâneos.
• Promova contato pele a pele de mãe e filho imediatamente ao
nascimento.
• Faça clampeamento tardio do cordão.
• Faça prevenção de hemorragia no pósparto (ocitocina intramuscular
universal)

• NOTA: Adoção do modelo de Boas Práticas em Clínica Privada e no SUS.


Fonte: google
Não!!!

Google
Boas Práticas de Assistência ao Parto

Fonte: google
Métodos não farmacológicos de alívio da dor

Google
Métodos farmacológicos de alívio da dor
Analgesia inalatória:
O óxido nitroso a 50% em veículo específico pode ser oferecido para
alívio da dor no trabalho de parto, quando possível e disponível (os
efeitos colaterais: náusea, tonturas, vômitos e alteração da memória).
Analgesia intramuscular e endovenosa:
Os opióides (morfina) podem ser utilizados, com alívio limitado da dor
(efeitos colaterais: náusea, sonolência e tontura).
Analgesia regional:
A solicitação materna por analgesia de parto é indicação suficiente
para sua realização, independente da fase do parto e do grau de
dilatação.
A analgesia peridural e a analgesia combinada raqui – peridural (RPC)
constituem técnicas eficazes para alívio da dor de parto. A escolha
entre elas será influenciada pela experiência do anestesiologista com a
técnica.
Google
56
Fonte: google
Fonte: google
60
ço !!!
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Fonte: google
Roteiro da Aula:
 Casos de pré-natal para cálculo de IG e DPP
 Modelo Humanizado da Assistência ao Parto.
 Assistência ao Parto: boas práticas.
 Trabalho de parto a termo: diagnóstico e fases
clínicas.

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A datação da gestação é etapa fundamental do
atendimento pré-natal.
O modelo de assistência com boas práticas
promove o resgate do desejo da mulher pelo
parto normal.
A mulher é a protagonista do parto, deve ser
tratada com respeito, ter acesso à informação
baseada em evidências e ser incluída em tomada
de decisões.
Os profissionais devem estabelecer relação de
confiança com a mesma e com a família, 64
Bibliografi a complementar

http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cadernos_atencao_basica_32
_prenatal.pdf

https://www.febrasgo.org.br/images/arquivos/manuais/Manuais_Novos/
Manual_Pre_natal_25SET.pdf
Obstetrícia, Williams, 20ª edição, Editora Guanabara.
Obstetrícia Básica, Bussâmara Neme, 3ª edição,
Editora Sarvier.
Obstetrícia, Rezende, Editora Guanabara.
Obstetrícia, Marcelo Zugaib, Editora Manole.

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