HM Iv-1
HM Iv-1
HM Iv-1
IDENTIFICAÇÃO
Foco em profissão, idade, escolaridade.
QP e HDA
Na maioria das vezes a gestante comparece sem queixas para a consulta de pré-natal.
Perguntas interessantes: como está se sentindo? Como tem passado desde a última consulta? Alguma coisa
diferente que queira contar? Está com alguma dúvida?
IG pela USG: USG de 10/05/2021 = IG de 13 semanas. Maio: 21 dias; junho: 30; julho: 31; agosto: 31;
setembro: 29. 21 + 30 + 31 + 31 + 29 = 142 dias. 142 / 7 = 20 semanas e 2 dias.
20sem e 2 dias + 13 semanas = 33 semanas e 2 dias = IGE.
DPP pela regra de Näegele: DUM: 19/01/2021. + 7 dias + 9 meses = 26/10/2021 = DPP. Utiliza até abril.
DUM: 10/09/2020. + 7 dias - 3 meses = 17/06/2021.
Atenção se trocar o mês com a soma dos 7 dias.
ANTECEDENTES PESSOAIS
Histórico de cirurgia ginecológica, tromboembolismo, cardiopatia congênita, HAS, DM, hipo ou
hipertireoidismo, lúpus, asma, doença mental e hepática, ITU, IST e doenças infecciosas. Alergias.
Vacinação.
ANTECEDENTES FAMILIARES
Anomalias congênitas, pré-eclâmpsia, tromboembolismo, gemelaridade, HAS, DM, tuberculose, neoplasias,
prematuridade, câncer de mama, doenças infectocontagiosas, malformações (se tiver na mãe ou na família
deve-se fazer triagem no feto).
ANTECEDENTES OBSTÉTRICOS
Número de gestações
Paridade: os perigos para a mãe e para o concepto, na gravidez e no parto, são maiores nas primíparas e
naquelas que pariram mais de 4 vezes
Número de PN e PC, horas de duração do parto
Precisou ficar na UTI
Intervalo interpartal
Indicação de cesariana
Histórico de hemorragia pós-parto, prematuridade, idade gestacional ao nascimento e motivo
Peso e comprimento dos recém-nascidos
Histórico de episiotomia, curetagem ou fórceps; malformação congênita
Dificuldades na amamentação, até quantos anos.
ANTECEDENTES GINECOLÓGICOS
Menarca e ciclos menstruais, método anticonceptivo, sexarca, número de parceiros, se todos os filhos são
do mesmo parceiro, cirurgias ginecológicas, IST, doenças mamárias, último CO, gestação foi natural ou
precisou induzir.
CABEÇA E PESCOÇO
Observar cloasma, melasma ou máscara gravídica a partir do 2° trimestre.
Presença de lanugem - sinal de Halban - desaparece após o parto.
MAMAS
Hipertrofia e hiperplasia dos alvéolos e ductos mamários. A eliminação do colostro pode ser observada no
2° trimestre (secreção aquosa e esbranquiçada).
Tipos de mamilos: normal, plano e invertido.
Sinal de Hunter: segunda auréola, mais clara.
Tubérculos de Montgomery: glândulas sebáceas.
Rede venosa de Haller.
Expressão mamilar.
MEMBROS
Marcha: lenta e pesada no último trimestre.
Membros: edema nos braços, mãos, MMII, quando bilateral suspeitar de HAG, unilateral pode estar
relacionado com insuficiência vascular, se tiver faz cacifo; varizes.
Estrias.
Linha nigrans: vertical.
No 1º trimestre ainda não é um abdome gravídico, faz uma exame abdominal normal. Palpação de baço e
fígado só se tiver queixas.
1ª: faz o diagnóstico da situação do feto, se está longitudinal ou transversal. Delimita-se o fundo do útero.
S
4ª: faz o diagnóstico se o feto está ou não insinuado/encaixado.
Se a cabeça do feto subir e descer junto com a mão, não está insinuado.
ALTURA UTERINA
Mensuração: paciente em decúbito dorsal, ventre descoberto e bexiga vazia.
Técnica: com o dedo indicador e médio apoia-se a fita métrica na borda superior da sínfise púbica e a seguir
com a outra mão desliza-se a fita entre os dedos indicador e médio até que a borda cubital tangencie o fundo
uterino, momento em que é feita a leitura.
AUSCULTA DOS BATIMENTOS CARDÍACOS FETAIS
Paciente em decúbito dorsal, local silencioso, ventre descoberto e bexiga vazia.
Estetoscópio de Pinard a partir da 20ª semana, com o sonar Doppler a partir da 12ª semana e com ultrassom
a partir da 5ª semana.
Utiliza-se gel condutor quando dispomos do sonar Doppler para auscultar o BCF. Este deve ser colocado no
local onde se encontra o dorso fetal.
A variação dos batimentos é de 110 a 160 bpm.
O foco máximo de ausculta se localiza na região dorsal.
Escuta por 1 minuto, percebe se tem variações.
Feto com menos de 20 semanas – ausculta abaixo da cicatriz umbilical, de preferência na linha média.
Pulso do cordão tem que ser o mesmo da FC, diferencia apenas o som.
EXAME GINECOLÓGICO
Genitália externa: vulva, períneo e ânus.
Interna: p. vaginal, colo, toque.
Não é feito sempre, só se tiver queixa ginecológica.
Queixa de vazamento de líquidos (pode ser um trabalho de parto): para fazer o toque tem que verificar se a
placenta está bem posicionada (ultrassom), se estiver prévia pode sangrar.
Toque:
AULA 2 – ASSISTÊNCIA PRÉ-NATAL E ESTRATIFICAÇÃO
Em senso estrito, pré-natal é a assistência médica e de enfermagem prestada à gestante durante todos os
nove meses em que esteja grávida.
A assistência pré-natal deve se iniciar o mais rápido possível, nos primeiros 120 dias da gestação.
O MS considera o mínimo de 7 consultas durante a gestação.
OBJETIVOS DO PRÉ-NATAL
Acolher a gestante desde o início de sua gravidez e esclarecer sobre as transformações, do período
gestacional, que podem gerar menos, dúvidas, angústias e fantasias.
Garantir o melhor estado de saúde possível para a mãe e para o feto.
Reduzir a morbimortalidade materno-infantil.
ALTO RISCO
EXAMES COMPLEMENTARES
Se VDRL der positivo, precisa pedir um teste treponêmico.
Mãe -, pai +, faz o exame (Coombs) no 1°, 2° e 3° trimestre.
Citopatológico: 25 a 64 anos, ou 10 anos depois da sexarca.
Solicitar GTT 75G (teste de tolerância à glicose 75G) entre 24 a 28 semanas, solicitar 3 dosagens: jejum, 1h e
2h após sobrecarga.
Hormônio natogênio placentário: inicia sua produção em torna da 24ª-28ª semana, o que faz com que haja
maior produção de insulina pelo pâncreas.
Solicitar urocultura em todos os trimestres.
VACINAS
Febre amarela: normalmente contraindicada em gestantes. Porém, em situações em que o risco da infecção
supera os riscos potenciais da vacinação, pode ser feita durante a gravidez.
Dose única. Não há consenso sobre a duração da proteção conferida pela vacina.
De acordo com o risco epidemiológico, uma segunda dose pode ser considerada pela possibilidade de falha
vacinal.
É contraindicada em nutrizes até que o bebê complete 6 meses.
Se a vacinação não puder ser evitada, suspender o aleitamento materno por dez dias.
Vacinas contra indicadas: tríplice viral (caxumba, sarampo e rubéola), HPV, varicela, dengue.
Micronutrientes a serem suplementados: ômega 3 (DHA + EPA 200mg/dia), ácido fólico, ferro, vitamina D
(300 a 600 UI/dia); cálcio 1 a 1,5g/dia = 3 derivados de leite por dia; iodo 150 a 200 mcg/dia.
Ácido fólico: suplementar 3 meses antes da gestação até pelo menos 12 semanas, ideal até o final da
gestação.
Pacientes de alto risco: 4 mg/d (histórico pessoal ou familiar de defeito do tubo neural).
Pacientes de risco intermediário: 1mg/d (histórico pessoal ou familiar de anomalia decorrente de deficiência
de ácido fólico, DM tipo I e II, doenças desabsortivas, etilistas)
Pacientes de baixo risco: 0,4 a 0,8 mg/d, 1 mês antes da gestação.
Ferro: suplementação universal – 15 a 45mg de ferro elementar por dia. 40mg de ferro elementar = 200mg
de sulfato ferroso. 20ª semana.
Anemia na gestante: 120 a 240mg/dia, por 3 a 6 meses.
ATIVIDADE FÍSICA
Ajuda a relaxar
Melhora a postura
Diminui a dor lombar
Combate o risco de desenvolver diabetes gestacional
Ajuda a fortalecer a musculatura do corpo da mulher
Alivia desconfortos causados pelas mudanças no organismo.
Cuidados necessários
1 - Ter a liberação médica é vital;
2 - Ser acompanhada por um profissional de Educação Física;
3 - Organizar a rotina e garantir a continuidade.
Exercícios físicos de baixo impacto, que valorizem a sincronização da respiração com o movimento, como
alongamentos, caminhadas, atividades aquáticas, yoga, bicicleta ergométrica pelo menos 2x por semana.
Pré-natal consiste em acolher, diagnosticar, tratar e aconselhar a gestante, sobre temas que englobam desde
a alimentação ao tipo de parto que ela deseja.
AULA 3 – EXAMES COMPLEMENTARES: PRÉ-NATAL DE BAIXO RISCO
RH
Solicitar na 1ª consulta: tipagem ABO e Rh.
Se a mãe for Rh-, solicitar tipagem do pai.
Se pai for Rh+, solicitar Coombs indireto da mãe todo trimestre.
A prevenção da doença hemolítica perinatal (DHP) é realizada mediante a vacinação das mulheres nas
seguintes condições:
- Até 72h após o parto;
- Após abortamento;
- Histórico de sangramento durante a gestação.
Matergam ou Roghan 300mcg IM.
HEMOGRAMA – HEMOGLOBINA
1º trimestre: >11; 2º: >10,5; 3º: >11.
8 – 10,9 g/dl anemia leve.
< 8 anemia grave.
Suplementação universal: 15 a 45mg de ferro elementar por dia.
A partir de 20 semanas: 40mg de ferro elementar = 200mg de sulfato ferroso (SUS). É absorvido na mucosa
gástrica, tem efeitos colaterais.
Ferro quelato: absorção duodenal, menos efeitos colaterais.
Tratamento anemia: 120 a 240mg/dia por 3 a 6 meses. Consumir carne vermelha, fígado, vegetais verde
escuro.
Não se toma com refeições, sempre uma hora antes ou uma hora depois, junto com algum líquido cítrico.
GLICEMIA DE JEJUM
Entre 92 e 126 – diabetes melitus gestacional.
Maior ou igual a 126 – diabetes anterior à gestação.
Gestante pós cirurgia bariátrica: não pede exame com sobrecarga de glicemia pelo risco de síndrome de
dumping e hipoglicemia rebote. Este exame pode ser substituído pela realização ambulatorial ou residencial
de glicemia capilar por alguns dias.
Dumping: passagem rápida do estômago para o intestino, de alimentos com grandes concentrações de
gordura e/ou açúcar. Ocasiona sintomas de mal estar no paciente, com dores abdominais e sensação de
desmaio.
UROCULTURA
Bacteriúria assintomática: >100.000 UFC/mL. Se não tratadas, 30% evoluem para pielonefrite.
<10.000 negativo
10.000 – 100.000 associar com a clínica
>100.000 positivo.
Cateterismo vesical: acima de 10.000 já é positivo.
TSH
A dosagem do TSH é mais sensível do que o T4 livre para detectar o hipotireoidismo. Se o TSH estiver alterado
recomenda-se dosar o T4 livre.
O tratamento para o hipotireoidismo é recomendado quando os níveis de TSH são:
> 2.5 IU/L no 1º trimestre;
> 3,0 IU/L no 2º e 3º trimestre da gestação
Recomenda-se monitorar o TSH, dosando a cada 4/ 6 semanas.
Ajuste de doses em incrementos de 25 – 50 mcg.
SOROLOGIA HEPATITE B
SÍFILIS
VDRL (não treponêmico) não serve para diagnóstico, precisa do FTA-ABS ou teste rápido (treponêmicos).
VDRL é usado para avaliar a evolução da doença.
Se um teste treponêmico deu positivo, o próximo passo é um VDRL. Se a paciente já tiver tratado (parceiro
também), faz o exame, se der 1:2 ou 1:4 pode ser cicatriz sorológica. Se nunca tiver tratado, faz o teste e
tratamento.
FTA-ABS + → VDRL - → fenômeno prozona. Ocorre devido ao excesso de treponemas no soro. Para evitar
faz diluição do soro.
HIV
Teste rápido + → solicitar ELISA → ELISA + → HIV confirmado → encaminhar para o pré-natal de alto risco.
TOXOPLASMOSE
Avidez alta: contaminação ocorreu antes do período embrionário.
ULTRASSONOGRAFIA
Para que solicitar?
Quantos devem ser solicitados?
Qual a época para realizar os exames?
1° trimestre:
- Localizar a gestação;
- Descrever o saco gestacional, a vesícula vitelínica e o embrião;
- Reconhecer a viabilidade fetal;
- Diagnosticar gravidez ectópica;
- Medir o comprimento crânio-nádega (CCN);
- Medir o diâmetro médio do saco gestacional;
- Diagnosticar a corionicidade e a amnionicidade em gestações múltiplas;
- Diagnosticar malformações fetais;
- Visualizar osso nasal;
- Rastrear anomalias fetais pela translucência nucal;
- Rastrear pré-eclâmpsia: doppler das artérias uterinas.
Quando solicitar: melhor idade gestacional é 12 semanas.
Como solicitar: solicito ultrassom obstétrico transvaginal de 1º trimestre com Doppler, para avaliar IG, TN,
ON e Doppler das A. Uterinas.
2° trimestre:
- Determinar posição fetal.
- Avaliar o bem estar fetal, incluindo movimentos fetais.
- Estimar o volume do líquido amniótico.
- Avaliar a placenta, incluindo a relação com o orifício cervical interno.
- Avaliar a biometria fetal média.
- Avaliar a morfologia fetal entre 20 a 22 sem.
Como solicitar: solicito ultrassom obstétrico morfológico.
Quando solicitar: melhor idade gestacional – 22 semanas, mas pode ser realizado entre 20 e 24 semanas.
Medida do colo uterino: para prevenção de TPP, solicitar USGTV para medida do colo uterino na mesma
época do morfológico. Espera-se que o colo uterino tenha, pelo menos, 25mm de comprimento. Medidas
menores significam um risco aumentado para o parto prematuro. Se for menor que 25mm – uso de
progesterona, reduz índices de TPP. Não é rotina no SUS nem em convênios.
3° trimestre:
- Determinar a posição fetal;
- Avaliar o bem estar fetal, incluindo movimentos fetais;
- Estimar o volume do líquido amniótico (ILA);
- Avaliar a placenta, incluindo a sua relação com o orifício cervical interno;
- Estimar a biometria fetal média.
Não avalia idade fetal.
Ultrassom 4D: 28 semanas é a idade ideal.
CARDIOTOCOGRAFIA
Também conhecida como monitorização fetal eletrônica, é um método não invasivo de monitorização dos
batimentos cardíacos fetais, cujo objetivo primário é a avaliação da vitalidade do concepto (oxigenação).
Classificada em:
- Anteparto (ou basal): para acompanhamento da saúde fetal durante a gestação.
- Intraparto: para monitorar o feto durante o trabalho de parto.
A CTG é o registro gráfico simultâneo da FCF, dos movimentos fetais e das contrações uterinas.
Existem fracas evidências de que a CTG anteparto possa reduzir a morbidade e mortalidade perinatais nas
gestações de baixo risco.
O exame apresenta valores de sensibilidade e especificidade para detecção de acidose metabólica fetal de
57% e 69%, respectivamente.
Quando a CTG revela um padrão considerado normal, o bem-estar fetal pode ser assegurado. Se der
alterada, devem ser solicitados outros exames, pois pode dar falso negativo.
A paciente deve estar alimentada para a realização do exame.
EXPULSIVO
Fase inicial ou passiva: dilatação total do colo sem sensação de puxo involuntário ou parturiente com
analgesia e a cabeça do feto ainda relativamente alta na pelve.
Fase ativa: dilatação total do colo, cabeça do bebê visível, contrações de expulsão ou esforço materno ativo
após a confirmação da dilatação completa do colo do útero, na ausência das contrações de expulsão.
Duração normal da fase ativa: primíparas: cerca de 0,5–2,5 horas sem peridural e 1–3 horas com peridural
(não sente dor, então não tem o comando involuntário de expulsar o feto). Multíparas: até 1 hora sem
peridural e 2 horas com peridural.
SECUNDAMENTO
O terceiro período do parto é o momento desde o nascimento da criança até a expulsão da placenta e
membranas. Considerar terceiro período prolongado após decorridos 30 minutos.
O útero tem que contrair para que todas as artérias fechem, quando não contrai, elas jorram sangue.
Dequitação placentária. Descolamento da placenta e das membranas ovulares. Duração de 5 - 30 min após
o período expulsivo.
Fases: descolamento, descida e expulsão.
Se a placenta não sair, faz curagem (com a mão toda), se não sair, faz curetagem na sala cirúrgica e, se ainda
assim não sair, precisa realizar histerectomia.
GREEMBERG OU QUARTO PERÍODO
Até uma hora após o parto. Período que se perde a mãe por hemorragia.
Nesta fase ocorre a hemostasia do local onde estava inserida a placenta.
Mecanismos: miotamponagem, trombotamponagem, indiferença uterina, contração uterina fixa.
AMNIOTOMIA
Diante da suspeita de falha de progresso no primeiro estágio do trabalho de parto considerar:
Realização de amniotomia se as membranas estiverem íntegras. Explicar o procedimento e avisar que o
mesmo irá diminuir o trabalho de parto por cerca de 1 hora e pode aumentar a intensidade e dor das
contrações.
Se a amniotomia for ou não realizada, realizar um exame vaginal após 2 horas e confirmar falha de progresso
se a dilatação progredir menos que 1 cm.
OCITOCINA
Não prescreve ocitocina quando o colo está fechado.
Usada para melhorar contrações ineficientes.
Se a dilatação cervical aumentou menos que 2 cm após 4 horas, uma revisão obstétrica adicional deve ser
realizada para avaliar a necessidade de cesariana.
Se a dilatação cervical aumentou 2 cm ou mais após 4 horas, continuar observação do progresso do parto.
Informar às mulheres que a ocitocina irá aumentar a frequência e intensidade das contrações e que a criança
deverá ser monitorada continuamente ou com mais frequência.
Se a ocitocina for utilizada assegurar que os incrementos na dose não sejam mais frequentes do que a cada
30 minutos. Aumentar a dose de ocitocina até haver 4-5 contrações em 10 minutos.
Explicar que o uso de ocitocina após a ruptura das membranas irá diminuir o tempo para o parto mas não
influenciará no tipo de parto ou outros desfechos.
Oferecer apoio e controle efetivo da dor a todas as mulheres com falha de progresso no primeiro estágio do
trabalho de parto.
Realizar exame vaginal 4 horas após o início da ocitocina.
FALHA NA PROGRESSÃO
Dilatou, mas o feto não desceu. Pode ser posição transversa, período com musculatura forte segurando,
desproporção cefalo-pélvica.
Observar indicação de: analgesia locorregional (peridural, raqui ou anestesia do pudendo); amniotomia; uso
de ocitocina; parto instrumental; orientar a mulher e realizar uma cesariana se o parto vaginal não for
possível.
A conduta fisiológica no terceiro período do parto envolve um conjunto de cuidados que inclui os seguintes
componentes:
- Sem uso rotineiro de uterotônicos;
- Clampeamento do cordão após parar a pulsação;
- Expulsão da placenta por esforço materno.
Solicitar assistência de médico obstetra, se este não for o profissional responsável, se qualquer das seguintes
situações forem atingidas:
- Pulso >120 bpm em 2 ocasiões com 30 minutos de intervalo;
- PA sistólica ≥ 160 mmHg OU PA diastólica ≥ 110 mmHg em uma única medida;
- PA sistólica ≥ 140 mmHg OU diastólica ≥ 90 mmHg em 2 medidas consecutivas com 30 minutos de intervalo;
- Proteinúria de fita 2++ ou mais E uma única medida de PA sistólica ≥ 140 mmHg ou diastólica ≥ 90 mmHg;
- Temperatura de 38°C ou mais em uma única medida OU 37,5°C ou mais em 2 ocasiões consecutivas com 1
hora de intervalo;
- Bexiga palpável e ausência de micção 6 horas após o parto;
- Emergência obstétrica – hemorragia pós-parto, convulsão ou colapso materno;
- Placenta retida ou incompleta;
- Lacerações perineais de terceiro e quarto graus ou outro trauma perineal complicado.
PUERPÉRIO
Período de tempo de seis a oito semanas após o parto e a dequitação da placenta.
Fases: puerpério imediato – 1º ao 10º dia. Tardio – 10º ao 45º dia. Remoto – além do 45º dia.
O útero torna-se intra-pélvico ao redor 15 º dia pós parto, retorna as dimensões normais ao redor da 4 ª
semana pós parto.
A vagina e o introito vaginal gradativamente reduzem de tamanho.
A função ovulatória retorna ao redor da 6 ª a 8 ª semana caso a paciente não amamente.
A apojadura (descida do leite) ocorre no terceiro dia pós parto.
Princípios:
- A progressão da dilatação cervical na fase ativa do TP não deve ser mais lenta que 1cm/h
- O tempo de 4h entre a lentificação da progressão do TP e a necessidade de intervenção é insuficiente para
comprometer mãe ou feto.
Linha de alerta: traçada cruzando o quadrado abaixo da marca da dilatação, atravessando todos os
quadrados na diagonal.
Linha de ação: é traçada paralela 4 quadrados (horas) à direita da linha de alerta.
Movimento para a direita da linha de alerta: necessidade de maior vigilância. Linha de ação é o ponto crítico,
uma decisão específica de conduta deve ser tomada.
NOVOS ESTUDOS
Os dados de Friedman são antigos e não refletem necessariamente o padrão normal de evolução do TP.
Cerca de 50% das mulheres não dilatam 1cm/hora até alcançarem 5-6cm.
Padrão de evolução diferente pode ser usado para definir fase ativa. Em estudo prospectivo recente, a OMS
indica 5cm como definidor da fase ativa.
O uso da linha de alerta é pobre para detecção de desfechos adversos e não deve ser utilizado.
No 1º período: dilatação cervical > ou igual a 6cm e ruptura de membranas com: nenhuma mudança cervical
depois de 4h, apesar de contrações adequadas; nenhuma mudança cervical depois de 6 horas, com
contrações inadequadas.
No 2º período: nenhum progresso (descida ou rotação). Nulíparas: maior ou igual a 3h. Multíparas: maior ou
igual a duas horas.
Avaliar vitalidade fetal.
PREENCHIMENTO DO DOCUMENTO
Nome da paciente e idade no topo da folha.
Sempre preenche da esquerda para a direita, porque cada quadradinho representa uma hora.
Hora real ex: 15, 16, 17...
Hora de registro: 1ª, 2ª, 3...
Símbolo triângulo preenchido: indica a dilatação.
As vezes começa a colocar o triângulo na segunda hora, porque na primeira ainda estava em fase latente,
ou seja, com 2cm de dilatação.
A linha de ação é sempre colocada 4 horas depois da linha de alerta. Foi definido devido ao tempo médio
necessário para chegar a um serviço de referência. Linha de ação não indica necessariamente uma cesárea.
BCF
A contração, na prática, é verificada a cada duas horas, para não ficar fazendo o toque muitas vezes na
paciente, se estiver com a bolsa rota aumenta muito as chances de infecção.
Mas o BCF por sonar é feito de hora em hora.
Simbolizado por um círculo preenchido.
Normal entre 110 e 160bpm.
CONTRAÇÃO
Se for uma contração efetiva, ou seja, igual ou mais de 40s, pinta o quadrado completamente.
Se estiver entre 20 e 39s, pinta metade do quadrado, traçando uma diagonal.
A quantidade de quadrados pintados representa quantas contrações.
Ex, a primeira coluna tem um preenchido inteiro e um preenchido apenas metade, isso indica um erro de
preenchimento de partograma, pois para estar em trabalho de parto ativo precisa de duas contrações
efetivas.
BOLSA
I = íntegra.
R = rota.
Só anota I ou R a cada hora.
LA
Se estiver rota, diz como está o líquido amniótico, se está claro (LC) ou meconial (LM).
Se for realizado amniotomia: escreve AT.