Saude Materno Infantil

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UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO

Ana Claudia Alves Pereira RA 2217112335

Daniela Pinheiro S. Bernardo RA 2217105030

Elis Andrade Xavier RA 2217103891

Paula Graciela Cerqueira dos Santos Almeida RA 2217103145

Silvio Caique dos Anjos Santos RA 2217103682

Thiago Gonçalves de Oliveira RA 2217101392

Vasti Marques de Melo RA 227104749

SAÚDE MATERNO INFANTIL: INDICADORES CLÍNICOS DA SAÚDE MÃE-BEBÊ

SÃO PAULO

2019
Ana Claudia Alves Pereira RA 2217112335

Daniela Pinheiro S. Bernardo RA 2217105030

Elis Andrade Xavier RA 2217103891

Paula Graciela Cerqueira dos Santos Almeida RA 2217103145

Silvio Caique dos Anjos Santos RA 2217103682

Thiago Gonçalves de Oliveira RA 2217101392

Vasti Marques de Melo RA 227104749

SAÚDE MATERNO INFANTIL: INDICADORES CLÍNICOS DA SAÚDE MÃE-BEBÊ

Trabalho apresentado como exigência do


Projeto Integrador; sob orientação do Professor
Mestre Paulo Emilio Pessoa L. Cabral. Turma
5ºA Manhã Santo Amaro.

SÃO PAULO

2019
SUMÁRIO

1.INTRODUÇÃO................................................................................................................................... 3
2.OBJETIVO.......................................................................................................................................... 6
3.JUSTIFICATIVA ................................................................................................................................ 6
4.MÉTODO ............................................................................................................................................ 6
5.ENTREVISTA .................................................................................................................................... 7
6.DISCUSSÃO .................................................................................................................................... 15
7.CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................................................... 19
8.REFERÊNCIAS ............................................................................................................................... 21
ANEXO I............................................................................................................................................... 23
ANEXO II ............................................................................................................................................. 24
ANEXO III ............................................................................................................................................ 25
3

1.INTRODUÇÃO

Os papéis sociais de homens e mulheres em relação à procriação e cuidado


dos filhos se modificaram ao longo da história e do desenvolvimento socioeconômico
dos grupos humanos. A intensidade e o modo que se vivenciará a maternidade e a
maternagem estão diretamente relacionados às influências culturais do meio em que
a mulher se encontra e também de sua história pessoal e afetiva (GRADVOHL;
OSIS; MAKUCH, 2014).

Winnicott (1994) nos diz que a maternagem é necessária, antes do


nascimento do bebê, através do desejo no qual o casal insere o filho. É de grande
importância o contexto do lar onde a criança vai ser gerada, a harmonia e a forma de
convivência do casal, pois são fatores que influenciarão nas possibilidades do
exercício da função materna, para a estruturação e desenvolvimento do psiquismo
da criança.

Hoje, os aspectos emocionais da gravidez, do parto e do puerpério são


amplamente reconhecidos, e a maioria dos estudos converge para a ideia de que
esse período é um tempo de grandes transformações psíquicas, (BRASIL, 2006).
Durante este período essas alterações ocorrem na mulher e no homem, preparando-
os para a parentalidade e exigindo novas adaptações. É um tempo de
vulnerabilidade psicológica que irá ter repercussão na inter-relação com o bebê e no
seu desenvolvimento (BRITO, 2009).

Dessa forma, por ser um período diferenciado de vida, é importante conhecer


quais fatores podem evitar ou contribuir com os eventos estressantes relacionados a
gravidez e que afetam de forma direta a mulher (FLORES, 2012).

Brito (2009) aponta que no 1º trimestre aparecem habitualmente sintomas


psicossomáticos, como enjoos e vómitos, trazendo à tona a ambivalência sempre
presente em relação à gravidez. No 2º trimestre, os movimentos fetais trazem a
realidade da presença do feto o que atenua essa ambivalência, mas aparecem as
angustias sobre eventuais malformações e perda do feto, sobre capacidade de ser
mãe e a respeito de sua imagem corporal. No 3º trimestre aparecem os medos
4

relacionados com o momento do parto, as dores, e pode até mesmo aparecer uma
angustia e medo sobre o luto da própria mãe e/ou do bebê.

Ele também aponta alguns fatores perturbadores desse período; como uma
gravidez não planejada, uma gravidez de alto risco, fatores de risco relacionados
com o contexto familiar e social do casal grávido, violência doméstica, relações
perturbadas com a família de origem entre outras. É essencial o suporte do pai do
bebê, de outros familiares e dos profissionais de saúde para que a mãe se sinta
cuidada, adquira confiança nas suas capacidades maternas, e ultrapasse as suas
ansiedades.

Segundo o Manuel Técnico do Ministério da Saúde (2006), a relação pós-


parto entre mãe e bebê é pouco estruturada, com uma comunicação não-verbal,
sendo intensamente emocional e mobilizadora. O bebê deixa de ser idealizado e
passa a ser vivenciado como um ser real e diferente da mãe. As necessidades
próprias da mulher são postergadas em função das necessidades do bebê e ela
ainda continua a precisar de amparo e proteção, assim como ao longo da gravidez.

Flores (2012) salienta que as condições físicas e psicológicas da mãe no


período pré e pós-parto constituem um fator crítico para as bases do
desenvolvimento infantil que se estabelecem nessa mesma época e dependem
intimamente da relação mãe-bebê. Desse modo, o amparo psíquico da figura
materna para com seu bebê é de extrema relevância para a constituição do eu,
sendo a base principal para todos os demais relacionamentos do bebê, e para o
desenvolvimento adequado do aparelho psíquico.

Para Moreira (2009) nesse início o narcisismo dos pais pode afetar a posição
narcísica da criança. Quando a idealizam como o filho perfeito que pode em um só
movimento representar aquilo que eles gostariam de ser, ou que já foram, ou que
ainda são, e também, representar a criança que se diferencia das outras por suas
qualidades incomparáveis.

Segundo Freud (1996) o comovedor amor parental, no fundo, não é outra


coisa que o narcisismo ressuscitado dos pais que, revelando sua primitiva natureza
na constituição do eu, que precisa ser desenvolvido, pois ele não se encontra lá
5

desde o nascimento e, para que isso ocorra, algo tem que se somar às pulsões para
a constituição narcísica.
Para Brito (2009), a criança nasce com um equipamento neurofisiológico
programado, mas para que as suas potencialidades possam se desenvolver, elas
precisam ser estimuladas por experiências sensoriais e afetivas assim como ter suas
necessidades satisfeitas. Neste último caso, se não forem satisfeitas, ou ainda se
forem de forma irregular, o bebê poderá não encontrar nenhuma previsibilidade no
meio que o rodeia não adquirindo a capacidade de antecipar, o que prejudica o seu
desenvolvimento emocional e cognitivo.

Kupfer et al (2009) aponta que a maturação, o crescimento, e especialmente


o desenvolvimento dependem dos processos de formação que são governados
pelos que rodeiam a criança, sendo os responsáveis por seus cuidados e por sua
evolução (familiares, profissionais da saúde, etc). Estando atentos aos “indicadores
clínicos de risco para o desenvolvimento infantil” – chamado IRDI – que foram
desenvolvidos a partir de S. Freud e das vertentes psicanalíticas de W. Winnicott e
de J. Lacan, como um instrumento preciosos na detecção de problemas clínicos de
risco psíquico ou de desenvolvimento infantil durante a primeira infância.
6

2.OBJETIVO

Identificar os principais aspectos psíquicos envolvidos no processo mãe e


bebê, apresentando as características peculiares dessa fase à luz da psicanálise.
Relatando os impactos dessa interação e de qual forma esses aspectos estão
correlacionados com a formação do eu e do desenvolvimento adequado do aparelho
psíquico infantil.

3.JUSTIFICATIVA

O tema justifica-se por apresentar subsídios para a sociedade na relação dos


aspectos psíquicos pré e pós-parto apresentados pela mãe durante a fase crítica do
desenvolvimento infantil que se estabelecem nessa mesma época. Apresentando
como um alerta o poder dos indicadores (IRDI) para a detecção precoce de
problemas de desenvolvimento na primeira infância, e a importância da prevenção e
tratamento precoce, para que a intervenção aconteça antes que os primeiros
desvios se concretizem.

4.MÉTODO

Participante: A entrevista foi realizada com a J. 33 anos, mãe de três crianças. A


criança citada na entrevista tem 3 anos.

Equipamento/Material: Foi utilizado para a realização da entrevista, caneta, papel


e aparelho de celular para gravação de áudio, autorizado pela entrevistada.

Procedimento: Após o convite e a entrega da carta convite de participação e do


termo de consentimento livre esclarecido à entrevistada, a entrevista foi realizada na
sala da casa da mesma. Ambiente tranquilo, com a presença apenas da
entrevistada e da aluna que realizou a entrevista. A entrevista foi feita em formato de
19 perguntas abertas e semi-dirigidas, deixando claro a não existência de respostas
certas e erradas, ficando a critério da entrevistada responde-las ou não.
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5.ENTREVISTA

Entrevistamos “J” que é mãe de 3 filhos, tem 33 anos e nos contou sua
experiência com o filho do meio que atualmente tem 3 anos de idade.

1.Nos conte sobre sua estrutura familiar, você conheceu seus pais? Tem irmãos?
Quantos homens e quantas mulheres?

Sim, conheço meus pais. Eles são divorciados há muitos anos, quando eu tinha 3
anos de idade meu pai foi preso por tráfico de drogas, cumpriu pena em reclusão
total por 5 anos, durante um bom tempo fui visita-lo nos finais de semana achando
que lá era o trabalho dele, Passados 3 anos percebi que aquilo era estranho e
perguntei para minha mãe que trabalho era aquele, que não deixava ele voltar pra
casa, pois os pais dos meus colegas trabalhavam mas voltavam pra casa em algum
horário do dia, então minha mãe me explicou que ele estava preso, não me deu
detalhes sobre o que ele tinha feito para estar lá, mas desde então eu já passei a ter
receio de ir visita-lo, sabia que ele não tinha sido uma pessoa “boa” e por isso
estava preso e que todos que estavam naquele lugar eram “ruins” como ele. Quando
eu tinha 8 anos ele foi começou a cumprir o regime semiaberto, só que para ter esse
benefício era preciso ter um emprego, foi quando meu avô abriu uma empresa de
entregas para ele e aí, ele trabalhava durante o dia e a noite ele voltava para o
presidio, nos finais de semana ele passava o dia conosco e ia dormir no presidio.
Desse período para frente o relacionamento dele com minha mãe já não era mais o
mesmo, vivam na mesma casa, mas já não eram um casal, quando eu tinha 12 anos
a pena dele com a justiça terminou. Nesse momento eu tive coragem de contar para
minha mãe que ele havia abusado de mim algumas vezes, ela o confrontou, mas ele
negou, fui inclusive fazer um exame de corpo e delito, mas nada foi constatado,
então para mantê-lo longe de casa durante o processo de divórcio minha mãe
inventou uma queixa de agressão, fez um Boletim de Ocorrência e conseguiu uma
medida protetiva, que o impedia de se aproximar de nossa casa. Não tenho contato
com meu pai desde esse período, as vezes o encontro em situações familiares como
velórios ou enterros. Já com minha mãe tenho um ótimo relacionamento, ela sempre
foi meu suporte e apoio. Tenho um irmão que é 1 ano mais novo do que eu, quando
ele tinha 18 anos acabou se desentendendo com minha mãe e resolveu ir morar
com meu pai, ficamos sem nos falar por alguns anos, só nos aproximamos
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novamente com o nascimento do Lucas (meu filho de 3 anos). Ele ainda é solteiro e
vive com meu pai até hoje.

2.Voce passou sua infância junto com a sua família?

Até os 7 anos vivi muito na casa dos meus avós paternos. Pelo fato do meu pai estar
preso meus avós nos assumiram como filhos, minha mãe nunca havia trabalhado na
vida e também não tinha feito uma faculdade, acabou entrando em depressão e eu e
meu irmão passávamos mais tempo com meus avós e tias e tios maternos. Nesse
aspecto fomos bastante mimados pois havia um desejo de todos nos compensarem
pelo que estávamos passando. Após o divórcio minha mãe não conseguia nos
manter apenas com a pensão alimentícia, então ela levou minha avó materna para
morar conosco e ajudar nas despesas, mas ainda assim era insuficiente para arcar
com tudo, foi aí que começaram muitas desavenças entre minha mãe e os meus
avós paternos. Minha mãe, inclusive, chegou a entrar na justiça solicitando que a
pensão fosse paga pelo meu avô visto que o salário do meu pai era muito baixo e
por isso insuficiente para o nosso sustento. Eu e meu irmão chegamos a participar
de algumas audiências confirmando inverdades na justiça para conseguirmos a
pensão de nosso avô. De alguma forma ela queria se vingar do meu pai, como ela
não conseguia atingi-lo diretamente, acabou descontando nos meus avós e aí
apesar dela conseguir o dinheiro que precisava acabamos nos afastando deles e
dos meus tios, pois haviam muitas mágoas de ambos os lados, só mesmo depois de
adulta é que me reconciliei com eles.

3.Você é casada? Vive com o pai do seu (sua) filho (a)?

Meu marido foi meu primeiro namorado, começamos o namoro quando eu tinha 14
anos, nos conhecemos na escola. Quando eu tinha 19 anos fiquei gravida, quando
contei ele ficou desesperado, disse que não podia ser pai naquele momento que
precisava terminar a faculdade, que tinha que comprar uma casa, etc, enfim disse
que seria melhor que eu abortasse e aí tudo desandou, chegando ao ponto dele me
levar para fazer um aborto da nossa primeira filha sem eu saber. Me disse que me
levaria junto com a mãe dele para passar no obstetra dela e eu fui, só quando o
médico começou o procedimento me dei conta que havia algo errado e mandei que
parasse tudo, saí de lá arrasada, por saber que ele e a família dele tentaram tirar
minha filha de mim sem o meu consentimento. Recebi todo o suporte necessário da
9

minha mãe que ficou comigo durante a gravidez e permitiu que eu continuasse
morando com ela depois do nascimento do bebê. No final da gravidez, ele se
arrependeu e pediu para registrá-la e conhece-la. Durante 7 anos há cada 15 dias
ele pegava nossa filha para passar o final de semana com ele. Durante todo esse
tempo tanto eu quanto ele tivemos outros relacionamentos, nunca passou pela
minha cabeça a possibilidade de voltarmos pois eu ainda não conseguia esquecer o
fato dele ter me enganado na tentativa de realizar o aborto sem o meu
consentimento e para piorar sabia que os pais dele estavam envolvidos naquela
trama ajudando ele. Quando nossa filha estava com seis anos, ela começou a
querer juntar nós dois. O tempo havia passado e nós estávamos numa fase boa em
que conseguíamos conversar como amigos, ele demonstrava que queria voltar, mas
eu não confiava. Depois de um ano de insistência eu resolvi dar mais uma chance e
resolvemos começar a vida em família indo morar juntos com a nossa filha. Passado
um ano juntos minha filha e meu marido me convenceram de que era hora de
aumentar a família, de início tive medo, mas depois achei que realmente era o
momento por questão da minha idade e também pela diferença de idade entre os
irmãos. Parei de tomar o remédio e logo no segundo mês, durante uma viagem de
férias engravidei do L.

4.Quando você ficou grávida, qual foi a reação dos seus familiares diante da notícia?

Minha mãe ficou muito feliz, ela sempre teve a ideia da casa cheia de netos, meu pai
e meu irmão, como não tínhamos convivência ficaram indiferentes. Recebi todo
apoio dos avós e tios paternos. O grande problema surgiu com os meus sogros, eles
nunca quiseram que nós voltássemos a formar uma família, minha sogra sempre
teve nos filhos o apoio que o marido dela não dava a ela, portanto ”perder” o filho
para outra mulher era demais. Ela sofria agressões do marido e muitas vezes os
filhos é que a defendiam. Ela chegou a inventar para meu marido uma estória de
traição da minha parte, dizendo que aquela gestação não era dele. Ele acabou
brigando com os pais e se afastou da mãe. Durante toda a gestação eu me
questionava se eu tinha tomado a decisão correta de estar me prendendo cada vez
mais àquela família, pedia a Deus que meu filho se parecesse comigo e não tivesse
nenhum traço físico e muito menos de temperamento do lado paterno, quando meu
filho nasceu, ele não tinha semelhança alguma com o pai, inclusive a cor era bem
diferente, foi então que eu e meu esposo fizemos questão de fazer o exame de DNA
10

para dar um cala boca nessa intriga. Eu cheguei a dizer para os meus sogros que
apesar do meu filho ter o sangue deles, Deus tinha sido tão bom que ele não tinha
deixado ele herdar nenhum traço físico da família e que eu jamais ensinaria ele a
chamá-los de vô e vó.

5. Qual a idade da criança? É seu único filho? (Se não for o único, perguntar qual
deles é e quantos filhos a pessoa tem).

Ele está com 3 anos é o filho do meio, tem uma irmã mais velha com 12 anos e uma
irmã mais nova com 1 ano.

6. Como transcorreu o período gestacional desde o diagnóstico da gravidez até o


parto?

As questões relacionadas a dúvida da paternidade levantada pelos meus sogros,


trouxeram muito estresse e momentos de angústia por estar grávida de novo e por
ser a segunda gestação com interferência negativa por parte deles, cheguei a me
sentir culpada de ter insistido no relacionamento trazendo ao mundo mais um filho
que sofreria por ter escolhido novamente a pessoa errada para ser o pai. Durante a
gestação eu tive muito enjoo, praticamente vomitava tudo o que ingeria, quando
engravidei estava com sobrepeso e acabei terminando a gestação com 10 quilos a
menos do peso inicial. Terminei a gravidez mais bonita fisicamente do que antes
dela. Tive muitas crises de bronquite durante todo o período e por conta da minha
asma, a médica já havia feito o planejamento do nascimento do bebê agendando
uma cesárea para o final do 8 º mês, visto que as dificuldades respiratórias eram
cada vez piores para mim. Porém as contrações vieram antes do tempo previsto e a
médica optou por fazer o parto antes do combinado, ele nasceu na metade do 7º.
mês de gestação.

7. Além do obstetra, você teve um acompanhamento durante a gestação com outros


profissionais da área da saúde? Recebeu destes profissionais algum tipo de
orientação ou abordagem que auxiliasse você com suas angustia emocionais?

Assim que desconfiei da gravidez, procurei pelo mesmo obstetra que havia feito o
meu primeiro parto, ele acabou me tratando de forma geral da minha saúde. Me
orientou com relação a alimentação tendo em vista minimizar meus enjoos e
também me medicou quando tive as crises de asma. Não busquei outro tipo de
11

ajuda profissional como um terapeuta ou algo semelhante visto que não me restava
muito tempo disponível tão pouco dinheiro para um tratamento.

8. Você se sentiu bem amparada pelas pessoas mais importantes para você ao seu
redor? Se sim, nos dê detalhes. Se não, nos dê detalhes.

Me senti bem amparada, minha mãe e meu esposo sempre me acompanhavam nas
consultas e exames, sempre estiveram por perto quando algo não saia como o
esperado! Minha família paterna também esteve comigo, nos dando apoio espiritual
e emocional. Com exceção dos meus sogros e do meu pai e irmão, não tive queixas
quanto ao amparo que recebi da minha família.

9.Como foi o parto? Você esteve acompanhada por quem no momento do parto?

O parto foi tranquilo, sem intercorrências. Fui acompanhada pela minha mãe, ela é
instrumentadora cirúrgica e fez questão de estar comigo no durante a cesárea, até
porque meu marido passa mal só com a ideia de entrar no centro cirúrgico.

10.Você queria amamentar o seu bebê? Conte para nós o motivo?

Sim! Já tinha amamentado minha primeira filha e por isso sabia de todos os
benefícios da amamentação tanto para a mãe quanto para o bebê, ele mamou no
peito até os 2 anos, só parou, pois, engravidei novamente!

11. Como foi a experiência de nutrir o bebê com leite materno?

Sempre tive muito leite, nunca precisei complementar com fórmula, amamentar é
prazeroso, mas cansativo, principalmente quando a gente prioriza a saúde e o bem-
estar do filho. Nunca deixei de amamentar por estar em algum lugar público ou num
horário inadequado para mim ele sempre foi prioridade, cheguei a deixar de ir em
alguns lugares pois sabia que poderia ter problemas quanto aos horários da
amamentação dele.

12. Como foi o desmame?

O desmame foi difícil, até porque ele usava o peito como chupeta, ele nunca gostou
da “chupeta” mas adorava usar meu mamilo como uma. Eu precisei ser bastante
firme nesse processo pois ele tinha um paladar muito seletivo para a alimentação e
o aleitamento acabava sendo um complemento principalmente à noite. Foram uns 4
12

meses de muitas tentativas de novos cardápios e estratégias para que ele


esquecesse o peito, de fato o que funcionou foi que tive um problema de saúde e
precisei ficar internada em isolamento por 20 dias e aí quando voltei para casa ele já
não procurou mais pelo peito.

13. Você trabalhava quando engravidou? Se sim ou não, retornou ao trabalho, após
o parto? Cumpriu o período legal da licença maternidade?

Quando engravidei eu trabalhava, como instrumentadora cirúrgica, no final da


gravidez já não conseguia mais trabalhar pois em algumas cirurgias chegávamos a
ficar 12 horas seguidas em pé e sem nos alimentar. Como era autônoma, não tive
licença maternidade, simplesmente após o parto, não retornei as atividades visto
que minha profissão exigia que eu me ausentasse de casa em horários não
convencionais, as vezes invadindo a madrugada ou tomando muitas horas
consecutivas do dia, dificultando nossa rotina com o bebê, tanto para uma escolinha
quanto para a contratação de uma babá então resolvi abrir mão da minha profissão
e passei a vender roupas pela Internet.

14. Como concilia sua vida profissional com os cuidados com a criança?

É difícil conciliar, mesmo trabalhando a maior parte do tempo em casa, afinal tenho
outra bebe, quando por algum motivo não podem ir para a escolinha, se minha mãe
estiver de folga do trabalho ela fica com as crianças, senão me viro com eles em
casa mesmo. A cada 15 dias tenho uma pessoa que limpa a casa e passa minha
roupa.

15. A criança está frequentando uma creche/escola? Em que momento da vida ele
passou a frequentar a escola? Como foi a adaptação na creche/escola?

Sim, ele frequenta a escola desde os 2 anos, no começo achei que seria muito difícil
a adaptação dele pois ele queria sempre estar grudado comigo, mesmo na casa de
familiares ele queria minha atenção exclusiva na hora de comer, ir ao banheiro, etc ,
no final a experiência foi super positiva, na primeira semana ele chorou todos os dias
na hora que chegávamos na escolinha, a cada dia ele chorava um pouco menos, na
segunda semana ele já estava ansioso no domingo perguntando se não ia para a
escola. Todos os dias ele vai feliz e volta animado contando das atividades e dos
amigos. Tivemos um pouco de problemas no período de desfralde. Como tive outra
13

bebe quando ele fez 2 anos não conseguia dar a ele a atenção suficiente para
acompanha-lo ao banheiro todas as vezes que precisava fazer suas necessidades,
até por uma questão de comodidade minha acabei adiando o desfralde e na escola
as professoras não aceitavam que ele com quase 3 anos ainda não tinha iniciado o
processo, então tivemos uma reunião com a coordenadora e a professora e elas me
ajudaram muito para conseguir tirá-lo das fraldas.

Atualmente fui chamada pela coordenadora para uma reunião individual. Ela me
explicou que o “L”, tem apresentado um desenvolvimento para a sua faixa etária e
que como tem tido dificuldade em acompanhar os colegas acaba chorando e não
quer participar. Já passei com ele numa neurocientista que está iniciando uma série
de testes para verificar se é somente um atraso de desenvolvimento ou se ele tem
alguma síndrome. A coordenadora insinuou que ele tem características de uma
criança autista com grau baixo do transtorno.

16. Quando a criança começou a comer outras comidas além de leite? Como foi
esse processo para você e para a ela?

Aos 6 meses comecei a introduzir outros alimentos, segundo a recomendação do


pediatra. Foi um processo difícil, ele se recusava a comer e queria sempre mamar.
Eu passava o dia todo insistindo, diversificava os alimentos a fim de encontrar algo
que agradasse o paladar dele, mas foi muito desgastante, até hoje ele é muito
resistente a provar coisas novas e diferentes, chega a ter ânsia se insisto com um
determinado alimento.

17. Quais são as coisas que mais frequentemente sua criança faz que você precisa
explicar para ela que não deve fazer? Nesse momento como ela reage?

Normalmente é na hora de comer, ele abandona a comida no prato se negando a


comer. Se alimenta muito mal, ainda é muito seletivo com os alimentos, não gosta
de provar coisas diferentes, quando explico a importância de comer (os alimentos
que ele rejeita) para crescer e ficar forte, ele acaba comendo um pouco, mas sempre
reluta e chora.

18. Como é o comportamento da criança quando ela precisa ficar longe de você?
14

Quando fica na escola, ou com a minha mãe, ou outro familiar fica muito bem, não
dá trabalho algum, até se alimenta melhor do que quando está comigo! Nunca
experimentei deixá-lo com alguém que não fosse do nosso convívio para saber a
reação.

19. Tem alguma coisa que você queira falar sobre a sua história como mãe desse
bebê que você ache importante e ainda não foi perguntado?

Acredito que tudo foi relatado.


15

6.DISCUSSÃO

Segundo Kupfer et al (2009), a criação de instrumentos com indicadores


capazes de detectar, ainda na primeira infância, transtornos mentais, precisa ser
levada adiante. O uso de indicadores clínicos de risco pode encontrar uma aplicação
significativa no campo da saúde mental, especialmente como um auxiliar precioso
na detecção de problemas de desenvolvimento em crianças. Ela nos apresenta em
seu trabalho a pesquisa multicêntrica de indicadores clínicos de risco para o
desenvolvimento infantil – doravante chamada de pesquisa IRDI – buscou construir
e validar dois instrumentos, de modo a constituir os primeiros passos nessa direção.
Ela foi realizada no período 2000-2008 pelo GNP que desenvolveu, a partir de S.
Freud e das vertentes psicanalíticas de W. Winnicott e de J. Lacan, um instrumento
composto por 31 indicadores clínicos de risco psíquico ou de problemas de
desenvolvimento infantil observáveis nos primeiros 18 meses de vida da criança,
privilegiou-se, sem desconsiderar o âmbito da maturação, a articulação entre
desenvolvimento e sujeito psíquico, elencando dois tipos de “problemas de
desenvolvimento”: um que afeta a instalação do sujeito psíquico e o outro que
apresenta dificuldades de desenvolvimento sinalizadoras de entraves no processo
mesmo de constituição subjetiva, indicando problemas mais estruturais, apontando
um risco de evolução em direção às psicopatologias graves da infância.
Os indicadores de risco pretendem verificar a detecção precoce de problemas
de desenvolvimento na primeira infância, e selecionar os que se referem ao
desenvolvimento psíquico para serem incluídos na ficha de acompanhamento do
Desenvolvimento de Crianças de zero a cinco anos proposta pelo Ministério da
Saúde. Sendo importante considerar o “período sensível” para as diferentes
aquisições da infância ressaltando a importância da prevenção e tratamento
precoce, para que a intervenção aconteça antes que os primeiros desvios se
consolidem em padrões de funcionamento pouco adaptativos (KUPFER et al 2009).
Verificamos em nossa entrevista que em nenhum momento houve uma abordagem
mais ampla feita pelo profissional de saúde a entrevistada, o obstetra se ateve as
questões gestacionais em aspectos meramente biológicos, desconsiderando todo o
entorno da paciente, não levando em consideração seus problemas familiares,
angústias emocionais e tão pouco os sintomas físicos que indicavam claramente
problemas de caráter emocional, pois de acordo com Brasil (2006) este é um
16

momento em que muitas ansiedades estão presentes e todas as condições


emocionais dessa gestação devem ser observadas como por exemplo se a gestante
tem um companheiro ou está sozinha, se tem outros filhos, se conta com o apoio da
família, se desejou conscientemente engravidar e se planejou a gravidez e o
contexto em que essa gravidez ocorreu e as repercussões dela na gestante. E que o
profissional deve se tornar uma espécie de apoio emocional durante todo este
processo.

Segundo Langer (1981) a rejeição oral da grávida pode aparecer pelo


aparelho respiratório (nossa entrevistada tinha crises intensas de asma) assim como
no aparelho digestivo com os sintomas de náuseas e vômitos demonstrando
evidente ambivalência materna, ainda que a gravidez as vezes se interprete como
uma atitude positiva frente ao feto, justamente por expressar uma necessidade de
afirmar a gravidez, é que se indica a existência de um desejo contrário, o de
expulsar o feto (vômito) ou o que esse representa para o seu inconsciente, visto que
esse elege para seu protesto o trato alimentício pela persistência de velhas teorias
infantis quanto a concepção. Pudemos associar aqui os sintomas da entrevistada a
rejeição demonstrada pelos sogros ao feto quando colocaram em dúvida a
paternidade, chegando a própria gestante a se arrepender de estar novamente
grávida daquele homem e se ligando cada vez mais àquela família. Entendemos que
se o profissional de saúde tivesse abordado a paciente em sua inteireza,
provavelmente tivesse percebido a gravidade da situação, podendo ajuda-la durante
este período de forma que ela não perdesse tanto peso (quando o normal é ganhar
algum) nem tão pouco sofresse tanto com as questões respiratórias fazendo com
que o parto ocorresse na metade do sétimo mês. O que conforme aponta Langer
(1981) o parto prematuro está diretamente relacionado com as ansiedades
vivenciadas pela mãe durante este período. Ressaltando também que embora tais
mulheres possam ter gestações difíceis, podem ter partos fáceis, possivelmente
expressando pela rapidez e facilidade de seus partos o desejo de se livrarem deles.
O que pode ser evidenciado pela resposta da entrevistada em que se refere ao seu
parto como tranquilo e sem intercorrências.
17

Percebeu-se também as características narcísicas da mãe quando desejou


que o filho não tivesse nenhuma característica física ou temperamental do marido,
visto que não poderia aceitar que com toda a situação de rejeição a criança ainda
carregasse semelhanças com a parte que lhe ofendia.

Na pesquisa de Flores (2012) percebe-se que mulher grávida esteja vivendo


um momento de grandes desafios, pois precisa lidar com o trabalho, com os demais
filhos e com os desafios inerentes às condições sociais atuais, sendo assim, a
gravidez exige um novo posicionamento, o que nem sempre é fácil, aumento seu
nível de ansiedade podendo chegar a depressão, isso fica claro quando a
entrevistada nos diz que não procurou ajuda terapêutica durante a gestação pois
não tinha tempo e nem condições financeiras para tal, acarretando a sobrecarga de
tarefas e responsabilidades a mãe.

As ideias expostas por Flores (2012), vêm corroborar com as nossas


percepções de que os fatores psicológicos podem acarretar complicações durante a
gestação, o parto e o puerpério, como também para o bebê. As consequências da
ansiedade materna não se limitam ao período do puerpério, mas podem ter efeitos a
longo prazo para o desenvolvimento da criança. Notadamente percebemos isso
quando a mãe nos conta que foi chamada recentemente a escola por que o filho
apresenta desenvolvimento abaixo do esperado em relação a idade e ao grupo que
está inserido e dificuldade na interação com outras crianças.
Freud (1996) postulou que a possibilidade de se tornar mãe, encontra seu
alicerce na infância da mulher, sendo assim cada gravidez impõe à mulher um
retorno inconsciente às etapas mais primitivas por ela vivenciadas com a pessoa
que exerceu a função materna. Que por vezes geram fantasias e expectativas em
relação à gravidez, ao parto, ao bebê e seu desenvolvimento, que podem ser
gratificantes ou frustrantes, as quais poderão ou não ajudar a mãe a encontrar
prazer na maternidade, e a amar ou não a sua criança, tendo esse princípio por
base, pode-se supor pelos relatos da entrevistada, que sua boa relação com a
própria mãe foi o fator determinante para que ela conseguisse reviver com o filho o
que ganhou da mãe quando criança. Pois para a entrevistada a sua experiência
durante a amamentação foi relatado como um momento de grande satisfação, na
qual a mesma relata que postergou suas necessidades para realizar tal experiência.
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Segundo Langer (1981) o momento da lactancia além de ajudar a mãe a elaborar o


trauma de separação do filho durante o parto, também ajuda o filho a aliviar o efeito
do trauma de seu nascimento. E uma vez sendo essa experiência prazerosa para a
mãe quando também era pequena, a mesma gozará em repetir a mesma
experiência satisfatória com o seu bebê.

No estudo de Flores (2012) à associação entre IRDIs e estados maternos,


combinados ou isolados, confirma a proposição teórica clássica acerca da
dependência do bebê em relação a um Outro primordial, função que é normalmente
desempenhada pela mãe e que corresponde àquela que é possuidora dos
significantes e cuidados que dão sentido ao que no início é apenas reflexo, fazendo
com que o bebê possa advir ao mundo da linguagem.

Busca-se aqui compreender até que ponto as dificuldade apresentas pela


criança “L” no campo da sociabilização e comunicação podem estar relacionadas
com as suas primeiras experiências infantis e na díade mãe-bebê a estas possíveis
disfunções em seu desenvolvimento.
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7.CONSIDERAÇÕES FINAIS

Nota-se de forma clara que a relação do ambiente com a grávida desde antes
desde a fecundação é primordial para o desenvolvimento global do feto, mantendo
essa importância depois do parto.

A relação de maternagem ocorrida com o bebê pode ajudar muito em


possíveis disfunções em seu desenvolvimento. Segundo Theisen (2014), a função
materna é fundamental na constituição de um sujeito, tendo em primeiro lugar, a
função de satisfazer as necessidades básicas, como alimentação, calor, abrigo e
proteção, e também proporcionar um ambiente no qual possa desenvolver suas
capacidades físicas, mentais e sociais. Quando essa função não é exercida, a
criança pode desenvolver patologias. A experiência do olhar e do toque na
maternagem são estruturantes para o psiquismo e constituição da imagem corporal.
É o desejo de quem exerce a maternagem que vai impulsionar o desenvolvimento
da criança, fornecendo-lhe elementos que irão estabelecer um lugar de onde ela
poderá dar início à sua subjetividade.

Estudos também revelam que, nem sempre, o estado emocional materno se


traduz em interações disfuncionais entre a mãe e o bebê, o que pode indicar uma
capacidade resiliente da mãe ou do filho. Outros trabalhos apontam que tanto a
depressão quanto a ansiedade podem ser neutralizadas pelo apoio familiar e não
necessariamente se refletir nas interações mãe-bebê. Nesse processo não pode ser
esquecida a contribuição genética do bebê que determina sua prontidão e
habilidades para a interação. O bebê nunca é passivo nas relações iniciais. Assim,
não se pode compreender distúrbios funcionais do bebê fora da qualidade da
relação mãe-bebê porque se relacionam com as variações do ambiente familiar e
social, com as características e predisposições da própria criança e com a saúde
mental dos outros parentais (FLORES, 2012). Diante disso pode-se supor que a
entrevistada mesmo tendo vivido experiências difíceis em sua infância, pode contar
com o apoio de outros familiares que exerceram a maternagem assim como a
função paterna preparando-a para que repetisse com seus próprios filhos, porém
temos que contar com as dificuldades encontradas em seu histórico de gestações
20

que sem o devido amparo profissional emocional pode ter levado as consequências
no desenvolvimento de seu filho.

Esse trabalho nos mostrou o quanto é importante que o profissional de saúde


se envolva mais profundamente com a gestante, compreendendo o meio em que
vive, seus relacionamentos e suas angustias, de forma que ele venha a prevenir ou
amenizar danos futuros a própria mãe e principalmente a criança em questão e que
muitas patologias psíquicas poderiam ser evitadas se essa fosse uma prática em
nosso sistema de saúde.
21

8.REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de


Ações Programáticas Estratégicas. Pré-natal e puerpério: atenção qualificada e
humanizada: manual técnico. Brasília, DF, 2006. Disponível em:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_pre_natal_puerperio_3ed.pdf

BRITO, Isabel. A saúde mental na gravidez e primeira infância. Revista Portuguesa


de Medicina Geral e Familiar, v. 25, n. 5, p. 600-4, 2009.

FLORES, Mariana Rodrigues et al. Associação entre indicadores de risco ao


desenvolvimento infantil e estado emocional materno. Revista CEFAC, v. 15, n. 2, p.
348-360, 2012.

FREUD, Sigmund. (1914). Sobre o narcisismo: uma introdução. In: Obras


Psicológicas Completas. V: XIV. Rio de Janeiro: Imago, 1996.

GRADVOHL, Silvia Mayumi Obana; OSIS, Maria José Duarte; MAKUCH, Maria
Yolanda. Maternidade e formas de maternagem desde a idade média à
atualidade. Pensando familias, v. 18, n. 1, p. 55-62, 2014.

KUPFER, Maria Cristina Machado et al. Valor preditivo de indicadores clínicos de


risco para o desenvolvimento infantil: um estudo a partir da teoria psicanalítica. Latin
American Journal of Fundamental Psychopathology, v. 6, n. 1, p. 48-68, 2009.

LANGER, Marie. Maternidade e sexo. 2.ed. Porto Alegre, Editora ARTES MÉDICAS,
1981.

MOREIRA, Jacqueline de Oliveira. Revisitando o conceito de eu em Freud: da


identidade à alteridade. Estud. pesqui. psicol., Rio de Janeiro , v. 9, n.
1, abr. 2009 . Disponível em
22

<http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-
42812009000100018&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 09 abr. 2019.

THEISEN, Ana Paula. A função materna na constituição psíquica. Estud. pesqui.


psicol., Rio Grande do Sul, julho 2014. Disponível em
http://bibliodigital.unijui.edu.br:8080/xmlui/handle/123456789/2894?show=full.
acessos em 10 abril. 2019.

WINNICOTT, D. W. Privação e Delinquência. São Paulo, SP: Martins Fontes, 1994.


23

ANEXO I
24

ANEXO II
25

ANEXO III

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