Aula O1 Hist Do Maranhão

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AULA 01 - 12.11.

2024
Disciplina: HISTÓRIA DO
MARANHÃO
Segmento: Vestibular UEMA
Professor: FLÁVIO COELHO
Conteúdo: CULTURA E MA
COLONIAL
HISTÓRIA
Prof. Flávio Coelho 2
HISTÓRIA DO
MARANHÃO
ESTADO DO
MARANHÃO
SÃO LUÍS
ATHENAS BRASILEIRA
Bumba meu boi

https://franzesilva.com.br/bumba-meu-boi-se-torna-patrimonio-imaterial-do-piaui/
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Bumba meu boi

A tradicional celebração
do Bumba Meu Boi do
Maranhão é Patrimônio
Cultural Imaterial da
Humanidade, título
concedido pela Organização
das Nações Unidas para a
Educação, a Ciência e a
Cultura (Unesco).
https://culturaalternativa.com.br/conheca-o-bumba-meu-boi

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Bumba meu boi

.Tradição oriunda da criação do gado.


.Quando: período colonial e imperial.
.Onde: Nordeste ocidental.
.Protagonistas: o boi, vaqueiro,
Catarina, pajés, fazendeiro.
.Envolve: dança, teatro, encenação, festa, confraternização.
.Tradição: Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade
(UNESCO). 8
Bumba meu boi
O Bumba-Meu-Boi, também conhecido
como Boi de São João ou simplesmente de
Boi é um dos principais folguedos do Brasil.
Retrata a história de Catarina, a mulher de
Chico Vaqueiro, que, estando gestante,
desejou comer o coração do Mimoso – o boi
mais bonito da fazenda. Induzido pela
mulher o vaqueiro matou o animal. A
notícia chegou aos ouvidos do patrão que
embora tendo se enfurecido, após o
julgamento, terminou perdoando o https://segredosdomundo.r7.com/bumba-meu-boi/

acusado.
https://visiteobrasil.com.br/nordeste/piaui/folclore/conheca/bumba-meu-boi

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Bumba meu boi
“O Bumba Meu Boi maranhense
constitui um complexo cultural que
compreende uma variedade de estilos,
multiplicidade de grupos e,
principalmente, porque estabelece
uma relação intrínseca entre a fé, a
festa e a arte, fundamentada na
devoção aos santos juninos, nas
crenças em divindades de cultos de
matriz africana e na cosmogonia e
lendas da região” (Unesco)
https://educacaoeterritorio.org.br/reportagens/bumba-meu-boi-do-maranhao-e-
eleito-patrimonio-cultural-da-humanidade-1/

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COLONIZAÇÃO MARANHENSE
- “Frente Sul”:
- Iniciativa Privada: 1730...
* Fazendeiros/criadores de gado.
* Família Garcia D’Ávila.
* Gado vindo... PE + BA + Piauí.
- Criação de Gado:
* “Sertão de Pastos Bons”.
* Forma de criação: extensiva (“gado solto”).
* Latifúndio + vaqueiro*.
* Mercado interno: Pará/AM, Açúcar (BA + PE)...
COLONIZAÇÃO MARANHENSE

“[...] nas
proximidades do
Parnaíba e de Balsas,
onde os pastos
naturais eram “[...]
realmente bons,
regados por
numerosos e
perenes rios [...]
protegidos por
florestas ciliares e
entremeados por
capões de mato e
palmeiras, com clima
POLÍTICA NO
MARANHÃO IMPERIAL
* Ana Joaquina Jansen Pereira: “Donana”
- “Coronelismo” não foi só de homens:
- Ana Jansen, Don’ana Jansen.
- Nhá Jansen, Nha Jansa.
“Rainha do MA” = “a rainha que não chegou a
baronesa!”
- Rica, poderosa, independente.
- Dona de prédios + líder do Partido Liberal.
- Escravocrata, má e cruel?
- M.M.M.: Mulher, Mandona, Má.
DONANA
(ANA JANSEN)
CASA DE DONANA
(ANA JANSEN)
SÃO LUÍS
ATHENAS BRASILEIRA
* SÃO LUÍS DO MARANHÃO:
TÍTULOS
- Patrimônio cultural da humanidade: Unesco.
- Ilha de Upaon-Açu.
- Cidade dos Azulejos.
- Athenas Brasileira.
- Ilha Indomável.
- Ilha Rebelde.
- Jamaica Brasileira.
- Capital do Reggae.
- Ilha do Amor.
- Manchester do Norte.
SÃO LUÍS
* São Luís: Atenas Brasileira ATENAS BRASILEIRA
- Ideia classe dominante.
- Construção: intelectuais.
- Grupo Maranhense do Romantismo.
- Escritores: “Novos Atenienses”.
- Filhos da elite: estudos na Europa, Recife.
- Intelectuais, doutores, moda paris.
- Discurso: “Maranhão é terra de intelectuais”.

* Golçalves Dias, Artur de Azevedo, Aluísio,


Sousandrade, Coelho Neto, Nina Rodrigues...
BRASÃO
DO
MARANHÃ
O
Gonçalves Dias
e a Geografia do MA.
SÃO LUÍS
DO MARANHÃO
Cultura Maranhense
Imensa riqueza cultural.
- Tambor de Crioula = dança.
- Bumba meu boi: cultura.
- Tambor de Mina = fé/ religião.
- Reggae de São Luís/MA.
Imensa Riqueza Cultura
Maranhense
TAMBOR DE MINA (TRANSE):
* Forma de religião muito
ritualizada.
* Festas com transe, comida e
dança.
* Relaciona-se com a
religiosidade.
* Origem africana (Jejê, Nagô).
* “Casas de culto”: Terreiros.
Imensa Riqueza Cultura
Maranhense
BUMBA MEU BOI:
* Festa popular: mês de junho.
* Teatraliza um de conflito social.
* Escravos, vaqueiros, brancos.
* Presença de índios (ressuscita o boi).
* Confraternização social: festa.
* Remete ao período da criação de
gado...
Imensa Riqueza Cultura
Maranhense
TAMBOR DE CRIOULA (DIVERSÃO).
* Compreendida como brincadeira.
* Tambores, roda, toadas.
* Punga = “umbigada”.
* Festa: praças, terreiros, ar livre.
* Louvor: São Benedito.
* Ritmos, samba, swing: origem Afro.
* Comemorações: casamento, cura
de doença, aniversário, concurso,
festas...

OBS.: está inscrito no IPHAN como


patrimônio imaterial nacional...
Imensa Riqueza Cultura
Maranhense
Imensa Riqueza Cultura
Maranhense
REGGAE = JAMAICA
BRASILEIRA.
* Influência da música do Caribe.
* Chega nos anos 1970.
* Forma de reggae dançante.
* Mistura brega, forró, swing.
* Radiolas: famosas pelas
disputas.
REGGAE: Riqueza Cultura
Maranhense
SÃO LUÍS = JAMAICA
BRASILEIRA.
* Chegada do Reggae: anos 1970.
* Sintonia de rádios caribenhas.
* LP’s (discos) trocados por
marinheiros.
* Discos adquiridos em Belém/PA.
Estilo "agarradinho" de dançar pode virar Patrimônio
* Zona rural e periferia de São Luís. Cultural / Karlos Geromy (Secap MA)

* Música “lenta” internacional.


* Ritmos próximos conhecidos:
REGGAE: Riqueza Cultura
Maranhense
Do preconceito à aceitação...
* Reggae roots = gosto popular.
* Reggae love = dança agarradinho.
* Explosão: anos 1980 = Bob Marley.
* Radiolas: famosas, intensas disputas.
* Elites do MA: “coisa de negro, drogado”. São Luís tem museu do reggae - Foto: reprodução

* Athenas Brasileira X Jamaica Brasileira.


* Batida/guitarra Reggae, Tambor de Crioula, grave como Bumba-
meu-boi.
REGGAE: Riqueza Cultura
Maranhense
“Eles fizeram uma releitura do reggae e passaram a sentir: há uma questão da batida das
semelhanças musicais do reggae com as nossas tradições locais, que fazem com que o
maranhense acabe se identificando. E, se a gente pensar que São Luís e a Jamaica são
duas ilhas predominantemente negras, que têm uma ancestralidade africana em
comum, muitos ritmos que lá surgiram fazem sentido para a gente”. (Karla Freire).
“O reggae é uma música de negro, com baixos e graves fortes. Por isso existe uma
identificação muito grande com a cultura negra do Maranhão. Em muitos casos, a
mesma pessoa que curte o reggae é quem toca o bumba-meu-boi, o tambor de
crioula” (Karla Freire).
“A guitarra, que no reggae produz o efeito da repetição, tem a função de dar a
ginga ao reggae, assim como as matracas no tambor de crioula”
(Marcos Ramúsyo de Almeida).
REGGAE: Riqueza Cultura
Maranhense
Identidade ludovicense...
* São Luís: Jamaica Brasileira.
* Duas “Ilhas”: negro, reggae, pobreza...
* + 200 radiolas “disputam mercados”.
* Massa regueira, dreads = seguidores.
* Melôs, pedras de responsa, rolando as pedras... Reggae em São Luís do Maranhão: título de capital
nacional foi reconhecido em leiFonte: Agência
Senado

* Indústria $$$: discos, radiolas, DJ’s, roupas, adereços.


* São Luís: título de Capital Nacional do Reggae (2023).
"inegável e contagiante vigor "Não há dúvida de que a
artístico, tanto na melodia, no origem africana,
ritmo e nos arranjos como nas transformada em moderna
letras". Desde sua origem, o reggae expressão afrocaribenha,
esteve vinculado à expressão da foi um fortíssimo fator que
vida da maioria da população da impulsionou essa
Jamaica e "à ânsia de convergência do reggae
transformação, associada à com o povo do Maranhão,
promoção do igualitarismo, da com sua elevada
negritude e do anticolonialismo". participação de
(Cid Gomes. Fonte: Agência Senado) afrodescendentes"
Cacuriá

Cacuriá de Dona Tetê: nem tão nova...


* Dança típica do Estado do Maranhão.
* Apresentações: festa do Divino Espírito Santo.
* Dança profana: feita aos pares ou forma de roda.
* Moças: blusa curta e saia rodada comprida.
* Homens: colete sem camisa, calça curta.
* Ritmo: caixas/tambores, ladainha, coro.
* Músicas às vezes feitas na forma de improviso
Dona Tetê
Cacuriá
"Bananeira:
Bananeira ou banana
Ainda ontem eu comi
Uma banana de lá
Não me bota n'água
Que eu não sei nadar
A toada é a mesma
Olha lá
O mel é bom com cará
A toada é a mesma
Olha lá
Vamos dançar cacuriá
A toada é a mesma
Olha lá“
https://brasilescola.uol.com.br/
ÍNDIOS DO MARANHÃO

Sônia Guajajara, Ministra dos Povos Indígenas, é do povo


Guajajara/Tentehar, que habita nas matas da Terra Indígena Arariboia,
no Maranhão / Nunah Alle
ÍNDIOS DO
MARANHÃO
ÍNDIOS DO MARANHÃO
Problemas atuais nas Reservas Indígenas

No Maranhão, povo Ka'apor inicia nova


operação contra invasão de madeireiros na
TI Alto Turiaçu | Cimi
INVASÃO FRANCESA: 1612 -
- Rivalidades: 1615
* Desrespeito a Tordesilhas.
* FRA x União Ibérica (POR + ESP).
* França x Habsbusrgo (ESP).
- França Equinocial.
* Daniel de la Touche.
* Fort Saint Louis (São Luís).
- Interesses:
* Participar da colonização.
* Explorar: drogas do sertão/riquezas.
OCUPAÇÃO DE SAINT LOUIS
- Aliança com os Tupinambás.
- Dificuldades na ocupação:
* Acesso à Ilha de Upaon-Açú.
* Resistências: índios inimigos (Jês).
- Expulsão dos Franceses:
* Frota luso-espanhola.
* Colonos do Pernambuco.
* Jerônimo de Albuquerque.
- Batalha de Guaxenduba: 1614.
* “Jornada Milagrosa”: imagem N. S. da Vitória.
EXPULSÃO DOS
FRANCESES

Estátua: Batalha de Guaxenduba


19 de novembro de 1614 ÍNDIO DO MARANHÃO
EXPULSÃO DOS
FRANCESES

Expulsão dos franceses do Maranhão


Tela de Armando Viana
INVASÃO HOLANDESA: 1641 -
1644
- Governo: Maurício de Nassau.
- Rivalidades: contexto...
* HOL x ESP (U. Ibérica) + embargo espanhol.
- Interesses no Maranhão:
* Expandir os domínios Flamengos.
* Produzir açúcar no Maranhão.
* Explorar: Drogas do Sertão.
- Expulsão dos Holandeses:
* Resistência’s: colonos + Jesuítas + índios.
* Saída de Nassau da Cia. Índias Ocidentais.
INVASÃO HOLANDESA: 1641 -
1644
COLONIZAÇÃO MARANHENSE

- “Frente Norte” :
- Iniciativa do Estado (Coroa):
* Presença de militares. CONSTRUÇÃO: FORTES.
* Garantir o controle.
- Presença de Religiosos:
* Padres da Cia. de Jesus.
* Catequese + educação + trabalho do nativo.
- Economia: pequenas propriedades (colonos - Açores)
* Caráter de subsistência = trabalho: índio
* Drogas, essências, resinas, açúcar, arroz vermelho, milho, mandioca...
COLONIZAÇÃO REGIÃO NORTE

PRESENÇA DE MILITARES E
RELIGIOSOS
COLONIZAÇÃO MARANHENSE

- “Frente Sul”:
- Iniciativa Privada: 1730...
* Fazendeiros/criadores de gado.
* Família Garcia D’Ávila.
* Gado vindo... PE + BA + Piauí.
- Criação de Gado:
* “Sertão de Pastos Bons”.
* Forma de criação: extensiva (“gado solto”).
* Latifúndio + vaqueiro*.
* Mercado interno: Pará/AM, Açúcar (BA + PE)...
COLONIZAÇÃO MARANHENSE
EXPULSÃO DOS
JESUÍTAS
I . 1655-1662: Pe. Antonio Vieira.
* Questão da escravidão indígena.
* Atritos com colonos: S. Luís.

II . 1684: Revolta dos Beckman.


* Problema da escravidão.
* Atritos: colonos x jesuítas.

III . Período Pombalino: 1759.


* Anticlericalismo (Iluminismo).
EXPULSÃO DOS JESUÍTICAS DO
MARANHÃO

Expulsão do Padre António Vieira e outros Jesuítas de São Luís do


Maranhão, 8 de Setembro de 1661, Brasil (gravura Séc. XVIII)
REVOLTA DOS BECKMAN: 1684
- 1682: Cia. Comércio do Maranhão:
* Monopólio comercial: 20 anos.
* Venda de escravos: 10 mil – 500/ano.
* Exclusivismo na compra/venda de produtos.
* Na prática: abusos, atraso, roubo...
- Colonos/produtores: Elite do MA.
* Contra a Companhia e contra o monopólio.
* Contrários à presença dos jesuítas.
- Líderes: Manuel/Tomás Beckman.
Obs.: Não é separatista... É nativista.
REVOLTA DOS BECKMAN: 1684
- Tomada do poder em São Luís:
* Prisão dos membros da Companhia.
* Expulsão dos Jesuítas.
* Fim do monopólio da Cia de Comércio.
* Envio de comitiva a Portugal.
- Reação da coroa.
* Gov. Gomes Freire de Andrade.
* Prisão e punição dos envolvidos: mortes.
OBS.: Fim do monopólio e da companhia de
comércio.
PERÍODO
POMBALIN
ILUMINISMO
ABSOLUTISMO +
DESPOTISMO

MERCANTILISMO +
ESCLARECIDO

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Retrato do Marquês de Pombal (1766),


Louis-Michel van Loo e Claude Joseph Vernet.
TRANSFORMAÇÕES NO
MARANHÃO
PERÍODO POMBALINO: 1750-1777.
* Cia. Comércio do Grão-Pará & MA.
* Estímulo à produção algodoeira.
* Integração ao comércio exterior.
* Atração de portugueses, investidores.
* Dinamiza a produção e o comércio.
* Grande movimentação: porto de São Luís.
* Sociedade mais diversificada: imigrantes, escravos,
índios, comerciantes, portugueses, ingleses, escoceses.
Obs.: É O 1º BOOM DA ECONOMIA MARANHENSE.
TRANSFORMAÇÕES NO
MARANHÃO
PERÍODO POMBALINO: 1750-1777.
* Fco Xavier de Mendonça Furtado.
* Gov: Estado do Grão-Pará e MA.
* Sede em Belém do Pará.
* Aplicação da lei das Liberdades (índios)
* Índio: colono livre = “integrar à sociedade”...
* Estímulo à entrada de negros escravizados.
* Lembrar: despotismo esclarecido – expulsão dos jesuítas.

Obs: BRA: Pombal extinguiu o Sist. de Capitanias Hereditárias.


PERÍODO POMBALINO: 1750-
1777
CIA DE COMÉRCIO DO GRÃO-PARA E MA: SEDE BELÉM
- Estímulo à produção agrícola.
- “Renascimento Agrícola”.
* Algodão: L – E – M – E .
- Circuito exportador.
- Mão de obra escrava negra.
* Arroz de Carolina.
- Mercado externo.
Obs.: Prosperidade, pujança, riqueza, escravos... São Luís.
- Maranhão (1800): 4ª capitania + rica + escravos...
ESCRAVIDÃO NEGRA

“O algodão branco, transformou negro o Maranhão!”


BOM
DIA!

QUE
OS
ILUMINE

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