Unidade Curricular - Uc: Controle Social E Direito Penal História Do Direito Penal - Sociologia Jurídica

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UNIDADE CURRICULAR - UC

CONTROLE SOCIAL E DIREITO PENAL


História do Direito Penal – Sociologia Jurídica

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CONTROLE SOCIAL E DIREITO PENAL
• História do Direito Penal.
Penal

•A contribuição da sociologia para o Direito Penal.

• Educação das Relações Étnico-raciais e Histórias


e Culturas Afro-brasileira, Africana e Indígena: A
Criminologia, o Direito Penal e a Política Criminal
CONTROLE SOCIAL E DIREITO PENAL
• História do Direito Penal.
 Direito Penal Primitivo:
Primitivo
• A conduta do homem primitivo, em coletividade, estava
vinculada a ideia de magia e de retribuição;
• Acreditava e venerava os “totens” (exemplo:
mandamento divino);
• Criação de tabus pela coletividade inter – desrespeito a
eles era o mesmo que desrespeitar o que era sagrado;
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• História do Direito Penal.
• Criou-se uma ideia naquela coletividade de veneração
aos totens;
• Criação de rituais – medo, superstição e magia;
• Criou-se então uma ideia de unidade entre o grupo
primitivo e este período ficou conhecido como “totemismo”;
• A quebra dos tabus;
• Se quebrados – punição do indivíduo ou ao grupo pelo
divino;
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• História do Direito Penal.
• O descumprimento do tabu gerava a ira do divino.
Era, também, considerada a quebra do convívio
coletivo;
• O primeiro tabu a ser criado foi a proibição do
incesto sendo ela a norma que eleva a comunidade
a condição sociológica de comunidade humana;
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• História do Direito Penal.
 Direito Penal Antigo:
Antigo
• O direito penal na mesopotâmia reunia penas públicas e privadas;
• Surgimento do Código de Hamurabi, no 1º Império Babilônico (1750
a.C.);
• No 2º Império a prisão-pena ganha corpo;
• Já no Egito o direito de punir estava vinculado a divindade e detentor
deste direito era o Faraó (penas cruéis);
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• História do Direito Penal.
• O direito penal na mesopotâmia reunia penas públicas e
privadas;
• Surgimento do Código de Hamurabi, no 1º Império Babilônico
(1750 a.C.);
• No 2º Império a prisão-pena ganha corpo;
• Já no Egito o direito de punir estava vinculado a divindade e
detentor deste direito era o Faraó (penas cruéis);
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• História do Direito Penal.
• No direito hebraico o aparelho penal tinha três pressupostos básicos: expiação;
compensação e pena para incutir o medo;
medo
• O rol de penas graves não tinha medida;
• A lei de Talião trouxe a primeira ideia de proporcionalidade entre a conduta e a
pena;
• Também proibia a vingança privada;
• Para os hindus, com seu código chamado Manu, trazia a ideia de aplicação de
pena pelas castas;
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• História do Direito Penal.
• No sistema dos hindus havia privilégios concedidos pela lei para os
“brâmanes”;
• Já em Atenas, com seu código draconiano, havia uma nítida desproporção
entre a conduta e a pena aplicada;
• Tal desproporção levava com frequência a não aplicação da lei pelos
julgadores;
• Os atenienses seguiam o que se chamava de Lei de Sólon, que era
implacável contra os “vagabundos”, desocupados;
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• História do Direito Penal.
• As penas eram pecuniárias e aquelas vinculadas ao corpo
do infrator;
• Para os infratores cidadãos e pena é a pecúnia e para o
escravo a pena era aplicada ao seu corpo;
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• História do Direito Penal.
As leis penais em Roma:
Roma
• Sistema de grande influência ainda hoje sobre o direito;
• No início de Roma a lei penal não era estruturada e as punições passavam
pelo arbítrio do julgador;
• Os reis possuíam poder de vida e de morte sobre os autores das infrações;
• Havia uma confusão entre religião e direito, logo, o infrator estava sujeito a
ira dos deuses;
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• História do Direito Penal.
• O direito romano passou com o tempo a distinção entre o que se chama de
delicta pública e delicta privada;
• O que era delito contra o Estado transformava-se o infrator a um “inimigo do
Estado”;
• Caberia ao magistrado aplicar a punição contra este inimigo que poderia ser
interno ou externo;
externo
• Já o sistema de direito penal privado estava vinculado ao interesse privado e
proporcionava a composição entre as partes e a imposição de sanção;
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• História do Direito Penal.
• Existia uma espécie de Tribunal arbitral que assumia o papel de conciliar;
• Quando não ocorria a conciliação o magistrado aplicaria a pena que poderia
tornar o infrator escravo da pessoa ofendida (a pena pública também era
aplicada para os crimes privados);
• No período até 510 a.C. o rol de penas passava pela morte, a flagelação e
multas;
• Durante o período da República vigeu a Lei das XII Tábuas com caráter
religioso da aplicação das penas (451-450 a.C);
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• História do Direito Penal.
• Já no final da República tinha Roma muitas leis penais que se devia a Silas,
César e Augusto e esse conjunto de leis constituía o “núcleo do direito penal
romano;
• Por meio deste sistema se reduz o caráter privado das penas e desaparece
a vingança;
• Os crimes públicos foram expandidos e passou-se ao julgamento por
tribunais de jurados permanentes;
• O caráter de penas no Império vai da morte aos trabalhos forçados;
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• História do Direito Penal.
• Um embrião de sistema jurídico-penal surge neste
período (o magistrado com poder de decidir conforme os
limites impostos pela lei; o monopólio da acusação e
julgamento do Estado);
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• História do Direito Penal.
A vingança divina:
• No período pré-iluminista o interesse religioso era o bem protegido;
•O direito de castigar era um desrespeito a lei divina, logo, quem cometia crime
cometia uma ofensa a Deus;
• O Direito Canônico passou a ser cada vez mais aplicado e suas penas calcadas
na intolerância religiosa foi cada vez mais aplicada;
• A Igreja Católica Apostólica Romana impõe seu dogma;
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• História do Direito Penal.
• Ocorre neste período a associação entre Estado e Igreja e os Reis se aproximam
dela para se fortalecer;
• Crime e pecado passaram a se confundir, quase uma fusão entre eles;
• Iniciou-se a perseguição para quem negasse os dogmas da Igreja;
• Os julgamentos eram tendenciosos;
• As penas eram cruéis e desumanas;
• Surge o Processo Inquisitório;
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• História do Direito Penal.
• O Tribunal do Santo Ofício deixa grandes marcas;
• No Concílio de Latrão, de 1215, o processo inquisitório tem suas raízes com a
codificação de suas práticas calcadas na tortura;
• Há um destaque a ser dado para a Inquisição Espanhola com a criação da
figura de Inquisidor Geral sendo um dos mais famosos da história o Frei Tomás
de Troquemada, que foi o grande responsável pela aplicação de penas cruéis e
torturas para obtenção da confissão;
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• História do Direito Penal.
A vingança Pública:
Pública
• A vítima e seu prestígio começa a perder força na virada da Idade Média para a Idade
Moderna;
• Aproximadamente no século XII que ocorre a efetiva neutralização da vítima como foco
do processo penal;
• Um dos motivos foi que a grande desigualdade sócio-econômica fragilizou a ideia de
composição de danos;
• Em segundo a ideia de contrato social também serviu como motivo de tal fragilização;
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• História do Direito Penal.
• O contrato social serviu para que os particulares confiassem ao Estado a tutela de
valores jurídicos;
• O Estado também passa a ser beneficiário da sua proteção;
• Por conta desta nova concepção de proteção a vítima foi afastada da relação
processual;
• Passou a ser público o processo penal;
• O Estado se fortaleceu com ambos os papeis;
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• História do Direito Penal.
• A resposta penal só podia ser estatal ou pública;
• Neste período a resposta que a pena criminal passou a dar deixou de ter um
sentido individual e passou a ter sentido como uma resposta social infligida,
não mais pelo Sacerdote mas pela autoridade soberana do Estado;
• A aflição começou a ser prática do Estado na aplicação da pena, pois
objetivava a proteção do soberano, passando-se a fazer uso de forma larga da
pena de morte e do suplício;
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• História do Direito Penal.
Período Humanitário:
• No período compreendido entre os séculos XVII e XVIII ganhou relevância o
movimento liberal e humanistas com os nomes no campo da filosofia Montesquieu,
Voltaire e Rousseau;
• Mas a grande marca se deu com o Marquês de Beccaria, em 1764, ou seja,
Cesare Bonesana Beccaria, que com seu livro “Dos Delitos e das Penas” transmite
uma nova forma de técnica jurídica, protestando contra os horrores da Lei Penal;
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• História do Direito Penal.
• Indicou nesta obra o fim da pena de morte e também da tortura;
• Apresentou um caminho para a reforma penal trazendo a margem a ideia de
proporcionalidade e um caráter humanitário para a aplicação da pena;
• A partir deste período surgirá o estudo das escolas criminológicas,
iniciando-se pela Escola Clássica Criminal;
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• Sociologia Jurídica.
Objeto:
• Por um lado a relação entre os mecanismos jurídicos de uma sociedade, ou seja,
aquelas normas que regulam as condutas
• Por outro a relação do direito com os outro ramos da ordem social;
• Logo, a sociologia jurídica tem a ver com a estrutura normativa da comunidade e
as condições e os efeitos das normas sobre as pessoas;
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• Sociologia Jurídica.
• Portanto, a Sociologia Jurídica se ocupa por: modos de ação e de comportamento em
comunidade;
• Estes modos de ação recebem as seguintes análises:
 As consequências das normas jurídicas (estudos das instâncias de aplicação do direito, o
modus operandi e comportamento legislativo e os costumes como fonte do direito);
 os comportamentos percebidos como efeitos das normas jurídicas presentes naquela
comu-
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• Sociologia Jurídica.
 - nidade (o controle social por meio do direito, o problema da sua efetividade e
a análise sobre a aceitação e conhecimento do direito);
 Colocação dos comportamentos e das ações e seus modelos verificando suas
consequências e os seus efeitos;
 Sob outra ótica: o estudo da ação direta e indireta de determinados grupos
sociais com interesse na criação do direito e da sua aplicação;
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• Sociologia Jurídica.
Objeto da Sociologia do Direito Penal:
• Corresponde a três categorias de objeto da Sociologia Jurídica, sendo eles: as ações e
comportamentos normativos que se resumem na forma como se produz o direito e na forma
como ele é aplicado, com foco no direito penal;
• Estudará também a reação ao comportamento desviante e seu controle social, chamado
como o aspecto institucional;
• Também estudará o que chama a doutrina de “reações não-institucionais” ao comportamente
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• Sociologia Jurídica.
• que é o objeto de análise. Ainda, de forma mais abstrata a ligação entre a estrutura
econômico –social e o direito penal;
Este campo do saber estudará e dará azo a análise pelo viés da sociologia criminal,
que estuda o comportamento desviante que tem relevância pena e sua estrutura e
função dentro desta estrutura. Também, a análise partirá para a sociologia jurídico-
penal que estuda propriamente a reação frente a este comportamento desviante.
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• Referêncais.
BARATTA, Alessandro. Criminologia crítica e crítica do direito penal: introdução a sociologia
do direito penal. 3ed. Tradução de Juarez Cirino dos Santos. Rio de Janeiro: Revan e Instituto
Carioca de Criminologia. 2002.

MARTINELLI, João Paulo Orsini. Direito penal parte geral:7ed. Belo Horizonte, São Paulo:
D’Plácido. 2022.

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