Terceira Fase Modernista Parte I
Terceira Fase Modernista Parte I
Terceira Fase Modernista Parte I
MELO NETO
a)Iniciou com uma poesia surrealista (de estranhamento,
situações desconcertantes)
b)objetividade na constatação da realidade e do cotidiano
(regionalismo de denúncia, o cenário do Rio Capibaribe, a vida em
Sevilha na Espanha);
c) poesia pensada, racional(a poesia cerebral, organizada,
pesquisa de expressão)
d) utiliza uma linguagem enxuta, concisa, parecida com o falar do
sertanejo; (elaborada, objetiva, a busca da palavra exata, para
explorar seu significado)
e) preocupação com a estética, com a arquitetura da poesia(“O
poeta engenheiro”, o processo de construção, a composição da
poesia);
f) poesia metalinguística;(os metapoemas, questiona o próprio
fazer poético)
g) a educação pela pedra – criação poética – fruto do trabalho e
do esforço – prática (a poesia não é fruto de uma simples
inspiração)
Catar feijão
1.
Catar feijão se limita com escrever:
joga-se os grãos na água do alguidar
e as palavras na folha de papel;
e depois, joga-se fora o que boiar.
Certo, toda palavra boiará no papel,
água congelada, por chumbo seu verbo:
pois para catar esse feijão, soprar nele,
e jogar fora o leve e oco, palha e eco.
2.
Ora, nesse catar feijão entra um risco:
o de que entre os grãos pesados entre
um grão qualquer, pedra ou indigesto,
um grão imastigável, de quebrar dente.
Certo não, quando ao catar palavras:
a pedra dá à frase seu grão mais vivo:
obstrui a leitura fluviante, flutual,
açula a atenção, isca-a como o risco.
Morte e vida severina
“Auto de Natal Pernambucano”.
Poema de caráter dramático (próximo do teatro)
Narrativa de viagem do retirante Severino
Parte do sertão em direção ao litoral (Recife)
Segue o rio Capibaribe (sinônimo de vida para os
sertanejos).
A busca da identidade
Cena 1 - Monólogo no qual Severino se apresenta
e se iguala a tantos outros Severinos: