Material de Apoio - Direito Internacional
Material de Apoio - Direito Internacional
Material de Apoio - Direito Internacional
Internacional
Módulo - A
1.1 - Conceito de Direito
Internacional Público
Módulo A
Item 1.4
Módulo - B
2.1 - Conceito de Tratados
Internacionais
Santa Sé (Vaticano)
Módulo B
Item 2.4
Módulo - C
3.1 - Conceito de Organizações
Internacionais
Trata-se de uma sociedade entre Estados, constituída através
de um tratado, com a finalidade de buscar interesses comuns
através de uma permanente cooperação entre seus membros.
Elas têm autonomia e constituem uma personalidade jurídica
de DIPu diferente daquelas de seus Estados-membros.
Podem ser classificadas em:
Natureza política. Seu traço fundamental está no caráter
político-diplomático de suas atividades. Seu objetivo
primordial é a manutenção da paz e da segurança
internacionais. Ex: ONU e OEA.
Assembleia Geral,
Secretaria e
Conselhos Permanentes.
3.2 - ONU: Organização das Nações
Unidas
Módulo C
Item 3.4
Módulo - D
4.1 - Conflitos Internacionais
O conceito de conflito internacional é todo desacordo
sobre certo ponto de direito ou de fato, uma contradição
ou oposição de teses jurídicas ou de interesse entre dois
Estados.
Entre os Estados podem ocorrer conflitos, muitas vezes
inevitáveis, mas não existe um poder judiciário com
jurisdição em toda a sociedade internacional, fazendo
com que os conflitantes venham a buscar soluções
adequadas para suas controvérsias.
Os Estados devem tentar impedir os conflitos entre si,
mas quando isso não se torna possível, busca-se soluções
por meios amistosos.
As controvérsias internacionais são
classificadas em políticas e jurídicas.
No conflito jurídico o desacordo se da a
propósito do entendimento e da aplicação
do direito existente.
No conflito político, as partes se
antagonizarem justamente porque uma
delas pretende ver modificado esse direito.
As de caráter jurídico podem resultar:
a) da violação de tratados ou convenções;
b) do desconhecido, por um estado, dos direitos de
outro;
c) da ofensa a princípios correntes de direito
internacional, na pessoa de um cidadão estrangeiro.
As de caráter político envolvem apenas choques de
interesses, políticos ou econômicos, ou resultam de
ofensas à dignidade de um estado.
Com a criação da Organização das Nações Unidas,
cuja finalidade é de solucionar as controvérsias entre
os Estados, que passaram a ser os únicos legítimos.
O art. 2 da Carta das Nações Unidas traz o seguinte
principio:
Módulo D
Item 4.4
Módulo - E
5.1 - Conceito de Direito internacional privado (DIPr)
1. Lei
2. Tratados
3. Jurisprudência
4. Doutrina
5. Costumes
O nome da disciplina, aliás, se deve ao juiz da Suprema
Corte e professor de Harvard, Joseph Story, que
cunhou a expressão “Private International Law” , além
de estabelecer duas máximas fundamentais nesta
matéria: a) cada nação decide autonomamente em que
medida deve aplicar o direito estrangeiro; b) é de
interesse mútuo admitir o direito de outro país, ou
seja, um governo deve procurar fazer justiça aos
nacionais de outro país, para que seus nacionais
também tenham justiça naquele país estrangeiro. Essa
questão recebeu influência da escola holandesa, que
propagara a ideia da cortesia internacional (a “comitas
gentium”).
Destacou-se, ainda, nesse período, o jurista Friedrich
Carl Von Savigny, que desenvolveu a “teoria da
recepção do direito”, calcada na ideia de que os povos
civilizados têm os mesmos problemas a enfrentar e por
isso há a necessidade de se compor um direito que
atenda as exigências comuns para os principais
problemas.
Para ele, diante da ampliação do inter-relacionamento
entre povos diversos, o interesse estatal e individual
exige uma igualdade no tratamento de questões
jurídicas conflitantes, com a padronização de soluções
idênticas em qualquer país onde se der o julgamento.
Para F. von Savigny, ao se deparar com um confronto ou
concorrência de leis no espaço, cabe ao Direito Internacional
Privado investigar e descobrir a qual legislação/direito cada
relação pertence ou seja, cabe-lhe determinar a sede de cada
relação jurídica.
Neste ponto, destaca-se por inestimável a contribuição de Savigny,
pois toda relação jurídica que se correlacione com direitos
estrangeiros necessariamente demonstra uma sede ou centro de
gravidade, cabendo à lei do lugar da análise apontar a fórmula que
sirva à solução do caso concreto.
Ainda a respeito de Savigny, cite-se que foi ele quem defendeu a
tese de que os indivíduos devem se submeter à “lei do domicílio”, o
qual deve regular o estado e a capacidade das pessoas, assim
como o direito de família.
A moderna doutrina do Direito Internacional Privado se vale
de dois métodos consagrados na busca de soluções para os
problemas decorrentes de relações jurídicas interestatais: o
particularista (dos seguidores do método conflitual, proposto
por Jitta) e o universalista (a partir das lições de Pillet acerca
da extraterritorialidade da lei).
O método universalista, pensando o ser humano no âmbito
da sociedade internacional, busca soluções uniformizadoras
aos embates de leis diferentes, por meio de tratados bilaterais
e/ou multilaterais, a evitar-se assim conflito de leis;
Já o método particularista defende a incorporação das
normas de DI Privado ao direito positivo interno de cada país,
por meio de um sistema de opções (regras de conexão)
voltado a determinar qual a legislação interna a se aplicar em
casos de conflitos entre particulares conectados a sistemas
jurídicos autônomos e divergentes.
Para os países americanos foram particularmente
relevantes as Conferências Especializadas
Interamericanas de Direito Internacional Privado, sob a
chancela da OEA, iniciadas em 1975.
Antes disto, o diploma internacional mais significativo
assinado no continente foi a Convenção de Havana de
Direito Internacional Privado, mais conhecida por
“Código de Bustamante”, aprovada em 20/02/1928 e
ratificada por quinze países, mas que na prática tem sido
muito pouco aplicada, dada as inúmeras reservas
formuladas pelos contratantes e também em face da
grande abrangência de suas normas.
De modo geral, dentre tantos outros organismos com
reconhecidas contribuições à evolução do Direito
Internacional Privado vale destacar o Instituto de Direito
Internacional (sediado na Bélgica desde 1873), a Câmara
de Comércio Internacional – ICC (fundada em Paris –
1919), e o Instituto Internacional para a Unificação do
Direito Privado – UNIDROIT, entidade fundada em 1926
na cidade de Roma e restabelecida em 1940, com a
aprovação do seu Estatuto, contando hoje com cerca de
63 países.
No âmbito da “lex mercatória” resta lembrar, ainda, o
papel da Comissão das Nações Unidas para o Direito
Comercial Internacional (UNCITRAL), estabelecida em
1966, como o principal órgão da ONU voltado a tratar de
questões envolvendo o Direito Mercantil Internacional.
5.3 - Conflito de leis no Espaço e
Elementos de conexão do (DIPr)
Em princípio, um Estado poderia aplicar seu ordenamento jurídico
a qualquer fato social que estivesse ao alcance de seu poder
soberano. Entretanto, é possível que mais de uma ordem jurídica
nacional aparentemente incida, ou pretenda incidir, sobre relações
privadas que tenham alguma conexão com mais de um ente
estatal. É também possível que ocorram situações em que um ato,
fato ou relação jurídica, embora tenha lugar dentro de um Estado,
possua maior vínculo com outro. Em casos como esses, pode haver
dúvida acerca da norma nacional aplicável, configurando o
chamado “conflitos de leis o espaço” e o aparecimento da
possibilidade de recorrer ao Direito de um ente estatal para regular
uma relação que tem lugar em outro Estado. Portla (2011, p. 561)
Assim nesse sentido cuidou Portela (2001)
em definir o que seriam conflitos de leis, se
não vejamos:
“Os conflitos de leis no espaço são, portanto,
as situações em que mais de um
ordenamento nacional possa incidir sobre
uma relação privada que transcende as
fronteiras de um ente estatal, ou seja, que
tenha conexão internacional. A resolução
desses conflitos é um dos objetos do Direito
Internacional Privado”
Os elementos de conexão
O primeiro elemento de conexão apontado pela doutrina
é o domicílio, sendo definido como principal elemento de
conexão sob o ponto de vista o direito brasileiro, também
conhecido como lex domicili, determina que aplicar-se-á a
lei do domicílio de uma das partes envolvidas neste
conflito de normas.
Um segundo elemento de conexão é a nacionalidade,
também conhecida como lex patriae, esta norma
soluciona o conflito existente entre as normas dizendo
que aplica-se aos conflitos de leis a norma do Estado em
que a pessoa é nacional.
Lex loci executionis ou lex loci solutionis é o
elemento de conexão que determina a aplicação
da norma do local de execução de um contrato ou
de uma obrigação.
Esta regra no âmbito do direito interno encontra-
se disposta na Súmula 207 do TST, sendo na
maioria das vezes aplicável aos contratos de
trabalho.
O elemento locus regit actum é o elemento de
conexão como o “lugar de constituição da
obrigação”, devendo ser aplicado a lei do lugar em
que a obrigação foi contraída.
Desta feita, o Direito Internacional Privado cuida de solucionar
conflitos de leis no espaço. Estes conflitos surgem toda vez que nos
casos concretos há a possibilidade de aplicação de mais de uma
nacional ao mesmo caso.
Mesmo que pelo princípio da soberania e da territorialidade as
normas que devessem ser aplicadas fossem as normas existente
em cada Estado, há situações concretos que pelas qualidades
pessoais ou em razão do negócio firmado, mais de um Estado
poderá ter sua lei aplicada.
O Direito Internacional Privado por sua vez tem regras, chamadas
pela doutrina por elementos de conexão, que cuidam de definir
quais regras devem ser aplicadas em cada caso concreto.
Momento Peer to Peer
Módulo E
Item 5.4