Hidrologia Und 2
Hidrologia Und 2
Hidrologia Und 2
MONITORAMENTO
1 O conteúdo deste material pode ser reproduzido desde que citada a fonte.
SUMÁRIO
LISTA DE FIGURAS........................................................................................ 03
LISTA DE TABELAS....................................................................................... 03
1 COLETA DE DADOS DE PRECIPITAÇÃO (CHUVA).................................. 04
1.1 Pluviômetros............................................................................................... 05
1.2 Pluviógrafos................................................................................................ 08
1.3 Radares Meteorológicos............................................................................ 10
1.4 Satélite....................................................................................................... 10
2 COLETA DE DADOS DE NÍVEIS DOS CURSOS D'ÁGUA E DESCARGA
LÍQUIDA (VAZÃO).......................................................................................... 12
2.1 Volumétrico................................................................................................ 13
2.2 Calhas Parshall.......................................................................................... 13
2.3 Vertedor..................................................................................................... 16
2.4 Ultrassônico............................................................................................... 19
2.5 Eletromagnético......................................................................................... 21
2.6 Colorimétrico ou radioativo........................................................................ 22
2.7 Molinete..................................................................................................... 23
2.8 Medição do Nível d’água........................................................................... 23
3 COLETA DE DADOS DE DESCARGA SÓLIDA.......................................... 28
3.1 Técnicas de amostragem........................................................................... 35
4 COLETA DE DADOS DE QUALIDADE DA ÁGUA...................................... 44
5 TÉCNICA DE ANÁLISE DE DADOS DE PRECIPITAÇÕES, NÍVEIS E
DESCARGA LÍQUIDA...................................................................................... 49
6 ANÁLISE DE CONSISTÊNCIA DE SÉRIES PLUVIOMÉTRICAS............... 52
2 O conteúdo deste material pode ser reproduzido desde que citada a fonte.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Pluviômetro “Ville de Paris”
Figura 2 – Altura do pluviômetro
Figura 3 - Proveta Pluviométrica
Figura 4 – Pluviógrafo de báscula
Figura 5 – Estimativa de chuva usando radar
Figura 6 – Estimativa de chuva através de imagem de satélite
Figura 7 – Calha Parshall ilustrando as condições de afogamento e saída livre
Figura 8 – Calha ParshallFigura
9 – Vertedor triangular para medição de vazão em pequenos cursos d’água
Figura 10 – Vertedor triangular com soleira delgada em ângulo de 90º
Figura 11– Vertedor trapezoidal (Cipoletti)
Figura 12 – Vertedor retangular
Figura 13 – Esquema Emissor-receptor de ultra-som
Figura 14 – Medidor de vazão ultrassônico baseado no efeito Doppler.
Figura 15 – Esquema de instalação e réguas na margem do rio
Figura 16 – Limnígrafo de boia
Figura 17 – Sensor de pressão
Figura 18 – Gravação contínua em papel
Figura 19 – Distribuição da velocidade da corrente, concentração de sedimentos e da
descarga sólida em suspensão na seção transversal
Figura 20 – Garrafa de amostragem indicando níveis a serem obedecidos
Figura 21 – Exemplo de amostragem pelo método de igual incremento de largura
Figura 22 - Curvas Médias de Variação de Qualidade das Águas
Figura 23 – Análise de Dupla Massa – Sem inconsistências
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Valores de n e K para determinar a vazão
Tabela 2 – Métodos de medição de carga sólida
Tabela 3 – Parâmetros do Índice de Qualidade das Águas (IQA) e respectivos pesos
Tabela 4 – Classificação dos valores do Índice de Qualidade das Águas
Tabela 5 – Calcular Precipitação
3 O conteúdo deste material pode ser reproduzido desde que citada a fonte.
1 COLETA DE DADOS DE PRECIPITAÇÃO (CHUVA)
No Brasil a precipitação é convencionalmente medida por meio de aparelhos
chamados de pluviômetros ou pluviógrafos. Existe ainda a possibilidade de se medir
a precipitação por meio de radar (radares meteorológicos) ou imagens de satélite,
mas os erros associados a esses métodos ainda são relativamente grandes (TASSI
et al., 2007). No entanto, pelo fato de apresentarem medidas em um contínuo
espacial são excelentes ferramentas, que permitem a análise da distribuição
espacial da chuva, ao contrário dos pluviômetros e pluviógrafos, na qual a medição é
de caráter pontual.
4 O conteúdo deste material pode ser reproduzido desde que citada a fonte.
1.1 Pluviômetros
Ainda segundo Tassi et al. (2007) a quantidade de chuva que entra no pluviômetro
depende da exposição ao vento, da altura do instrumento e da altura dos objetos
vizinhos ao aparelho. O efeito do vento altera as trajetórias do ar no espaço
circundante ao pluviômetro e causa turbulência nas bordas do instrumento,
produzindo erros na observação da chuva.
5 O conteúdo deste material pode ser reproduzido desde que citada a fonte.
A distância mínima dos obstáculos próximos (prédios, árvores, morros, etc.) deve
ser igual a quatro vezes a altura desse obstáculo, devendo o local de instalação
estar protegido do impacto direto do vento. O pluviômetro deve ser instalado a uma
altura de 1,50 m do solo (Figura 2).
6 O conteúdo deste material pode ser reproduzido desde que citada a fonte.
• Graduação da proveta não correspondente à área da boca do pluviômetro;
• Leitura defeituosa da escala da proveta;
• Anotação incorreta na caderneta do observador.
7 O conteúdo deste material pode ser reproduzido desde que citada a fonte.
Para efetuar a determinação da precipitação, a água acumulada no reservatório do
pluviômetro deve ser previamente transferida à proveta. Faz-se a leitura da
quantidade indicada pela coluna de água dentro da proveta sobre a escala, usando
como referência o plano tangente ao menisco da coluna líquida, mantendo-se a
proveta perfeitamente a prumo.
h=πR 2 / ( πr 2 −s ) .
1.2 Pluviógrafos
8 O conteúdo deste material pode ser reproduzido desde que citada a fonte.
O pluviógrafo (Figura 4) permite um monitoramento contínuo; originalmente eram
mecânicos, utilizavam uma balança para quantificar a água e um papel para registrar
o total precipitado. Os pluviógrafos antigos com registro em papel foram
substituídos, nos últimos anos, por pluviógrafos eletrônicos com memória
(data-logger) (TASSI et al., 2007).
9 O conteúdo deste material pode ser reproduzido desde que citada a fonte.
1.3 Radares Meteorológicos
1.4 Satélite
10 O conteúdo deste material pode ser reproduzido desde que citada a fonte.
precipitação (quanto mais quente a nuvem mais água ela contém). Além disso,
existem experimentos de radares a bordo de satélites que permitem melhorar a
estimativa baseada em dados de temperatura de topo de nuvem (TASSI et al.,
2007).
11 O conteúdo deste material pode ser reproduzido desde que citada a fonte.
2 COLETA DE DADOS DE NÍVEIS DOS CURSOS D'ÁGUA E DESCARGA
LÍQUIDA (VAZÃO)
12 O conteúdo deste material pode ser reproduzido desde que citada a fonte.
apresentado a seguir.
2.1 Volumétrico
13 O conteúdo deste material pode ser reproduzido desde que citada a fonte.
Figura 7 – Calha Parshall ilustrando as condições de afogamento e saída livre
14 O conteúdo deste material pode ser reproduzido desde que citada a fonte.
Assim, com o conhecimento do nível da água na região da profundidade crítica
obtêm-se a vazão do canal, uma vez que a forma da seção da calha e a cota do
fundo são conhecidas. Se a saída de jusante se dá de forma livre (sem afogamento),
a vazão pode ser assim definida:
Equação – Vazão
n
Q L =K . H
Onde:
QL = vazão do canal;
H = profundidade crítica;
K e n = constantes que dependem das características da calha.
15 O conteúdo deste material pode ser reproduzido desde que citada a fonte.
Caso a saída da água do canal se dá sob afogamento, forma-se um ressalto
hidráulico e a vazão calculada pela expressão acima precisa ser corrigida:
Equação – Correção de vazão
Q A =Q L . C
Onde:
QA = vazão do canal:
C = coeficiente de redução:
2.3 Vertedor
Este dispositivo também se baseia na determinação da vazão a partir da medição
do nível d’água. Existem diversos modelos de vertedores com diferentes curvas que
relacionam o nível d’água com a respectiva vazão.
16 O conteúdo deste material pode ser reproduzido desde que citada a fonte.
Figura 9 – Vertedor triangular para medição de vazão em pequenos cursos d’água
Um vertedor triangular de soleira delgada com ângulo de 90° (Figura 10), por
exemplo, tem uma relação entre cota e vazão, que pode ser verificada pela seguinte
equação:
Onde:
Q = vazão (m³/s);
h = carga hidráulica (m) sobre o vertedor que é a distância do vértice ao nível da
água, medido a montante do vertedor.
A relação entre a cota e a vazão de um rio pode ser utilizada diretamente, porém
sugere-se que na maioria dos casos seja realizada a verificação em laboratório.
17 O conteúdo deste material pode ser reproduzido desde que citada a fonte.
Figura 10 – Vertedor triangular com soleira delgada em ângulo de 90º
No caso de abertura trapezoidal, a forma que têm os lados com inclinação 4:1
(indicador de declividade dos taludes -1 unidade na horizontal e 4 unidades na
vertical) é conhecida como vertedor Cipoletti (Figura 11).
Onde:
Q = vazão (m³/s);
L = comprimento da soleira (m);
18 O conteúdo deste material pode ser reproduzido desde que citada a fonte.
h = carga hidráulica (m).
Onde:
Q = vazão (m³/s);
L = comprimento da soleira (m);
h = carga hidráulica (m).
2.4 Ultrassônico
19 O conteúdo deste material pode ser reproduzido desde que citada a fonte.
pulsos de cerca de 4MHz na direção do fluxo de água. De montante para jusante a
propagação do pulso é favorecida pelo fluxo de água, tendo a velocidade “v”
acrescida à sua velocidade de propagação neste meio fluido. No sentido oposto,
ocorre o contrário, conforme (Figura 13). Assim, como os dois pulsos são produzidos
simultaneamente aparece uma defasagem no tempo de recepção (PORTO et al.,
2001).
Onde:
∆T
= diferença de tempo entre a recepção dos pulsos;
C = velocidade de propagação do som no fluido;
L = distância entre os emissor-receptores;
V = velocidade do escoamento na linha que liga os dois aparelhos;
20 O conteúdo deste material pode ser reproduzido desde que citada a fonte.
Figura 14 – Medidor de vazão ultrassônico baseado no efeito Doppler.
Por outro lado, o pulso refletido por uma partícula que se afasta do equipamento
chega com velocidade e frequência menores que as emitidas. Com base nesta
diferença de frequência produzida pelo efeito Doppler, o aparelho calcula
diretamente a vazão do rio. Este equipamento possui um alcance de mais de 22 m e
é bastante utilizado para monitorar a vazão de forma permanente, sendo fixado, por
exemplo, em pilares de pontes (PORTO et al., 2001).
2.5 Eletromagnético
21 O conteúdo deste material pode ser reproduzido desde que citada a fonte.
indiretamente a velocidade com que as partículas carregadas passaram pelo campo
(PORTO et al., 2001).
Existem situações nas quais a aplicação dos métodos anteriores é inviável ou até
mesmo impossível. Por exemplo:
• Escoamentos com velocidades altas, muita turbulência e leito irregular, como rios
de montanhas;
• Perigos devido a transporte de grandes sólidos, como troncos de árvores, ou
ainda presença de cachoeiras, etc.
Equação – Vazão
q . C 1=( Q+q ) .C 2
Onde:
q = vazão do produto traçador;
Q = vazão do rio;
22 O conteúdo deste material pode ser reproduzido desde que citada a fonte.
C1 = concentração inicial do traçador;
C2 = concentração após total diluição no rio.
O produto químico utilizado como traçador não deve reagir com impurezas
existentes na água do rio e muito menos se prejudicial à fauna ou à flora. Caso seja
radioativo, deve-se corrigir o efeito do decaimento no tempo (PORTO et al., 2001).
2.7 Molinete
Molinetes: são aparelhos que permitem, desde que bem aferidos, o cálculo da
velocidade mediante a medida do tempo necessário para uma hélice ou concha dar
um certo número de rotações. Através de um sistema elétrico, o molinete envia um
sinal luminoso ou sonoro ao operador em cada, 5, 10 ou 20 (ou outro número
qualquer) voltas realizadas. Marca-se o tempo decorrido entre alguns toques, de
forma a se ter o número de rotações por segundo (n). Cada molinete, quando
tarado, recebe a sua curva V = a.n+b, onde “n” tem um significado acima visto e “a”
e “b” são constantes do aparelho, o que permite o calculo da velocidade V (m/s) em
cada ponto considerado (Pinto, 1976).
23 O conteúdo deste material pode ser reproduzido desde que citada a fonte.
• Régua (limnímetro)
A forma mais simples para medir o nível de um curso d’água é colocar uma régua
vertical na água e observar sua marcação. As réguas na maioria das vezes são
constituídas de elementos verticais de 1 metro graduados em centímetro. São
placas de metal inoxidável ou de madeira colocadas de modo que o elemento
inferior fique na água mesmo em caso de estiagem excepcional conforme a (Figura
15).
A leitura de cotas é feita pelo observador com uma frequência definida pelo órgão
operador da estação, pelo menos uma vez por dia. Normalmente a precisão destas
observações é da ordem de centímetros.
• Limnígrafo
Segundo Porto et al., (2001), este equipamento grava as variações de nível
continuamente no tempo. Isto permite registrar eventos significativos de curta
duração ocorrendo essencialmente em pequenas bacias.
24 O conteúdo deste material pode ser reproduzido desde que citada a fonte.
Quanto à medição:
Boia flutuante (Figura 16);
25 O conteúdo deste material pode ser reproduzido desde que citada a fonte.
Figura 17 – Sensor de pressão
A coluna d’água sobre o bico injetor é obtida a partir da pressão necessária para que
as bolhas de ar comecem a sair.
Mecânica, (pena ou codificador colocado na ponta de uma alavanca tipo “rosca sem
fim” movimentada com cabo e roldana) com sistema de redução da amplitude do
sinal em uma escala definida (1:1, 1:2, etc, sendo 1:10 a mais comum). O
mecanismo de rosca sem fim permite que se registrem níveis d’água quaisquer sem
a necessidade de se alterar a dimensão do limnígrafo. Quando o cursor (“pena”)
atinge o final do curso, seu trajeto é revertido. No gráfico do limnigrama (NA x
tempo) esta reversão aparecerá como um ponto anguloso.
26 O conteúdo deste material pode ser reproduzido desde que citada a fonte.
Eletrônica (cálculo e digitalização do sinal transmitido pelo sensor).
Quanto à gravação
Em suporte de papel, que pode ser: fita colocada em volta de um tambor com
rotação de uma hora a 1 mês; (Figura 18).
27 O conteúdo deste material pode ser reproduzido desde que citada a fonte.
3 COLETA DE DADOS DE DESCARGA SÓLIDA
28 O conteúdo deste material pode ser reproduzido desde que citada a fonte.
Tabela 2 – Métodos de medição de carga sólida
Equipamentos ou
Descarga
Medição Descrição metodologia de
Sólida
medida
Descarga Usa
Sólida em equipamentos
Suspensão que medem Medidor Nuclear
diretamente (portátil ou Fixo);
no curso d' Ultrassônico ótico;
água a Ultrassônico
concentração Doppler de
Direta
ou outra dispersão;
grandeza Turbidímetro;
como a ADCP (Doppler)
turbidez ou
ultrassom.
29 O conteúdo deste material pode ser reproduzido desde que citada a fonte.
principalmente a
série
norte-americana -
U-59, DH-48,
DH-59, D-49, P-61
e amostrador de
saca).
Equipamentos ou
Descarga
Medição Descrição metodologia de
Sólida
medida
Descarga Direta Amostradores ou 1) Cesta ou caixa -
Sólida de medidores medidores
Arrasto portáteis de Muhlhofer,
três tipos Ehrenberger, da
principais (a Autoridade Suiça e
amostra é outros;
coletada em 2) Bandeja ou tanque -
diversos medidores
pontos da Losiebsky,
seção Polyakov, SRIHH e
transversal, outros 3)
determinada Diferença de
o seu peso pressão -
seco, a medidores
granulometria Helly-Smith,
é calculada a Arnhem, Sphinx, do
descarga de USCE, Karolyi, do
30 O conteúdo deste material pode ser reproduzido desde que citada a fonte.
arrasto); o
medidor fica
apoiado no
leito entre 2
min. a 2 PRI, Yangtze,
horas de tal Yangtze-78 VUV e
forma a outros
receber no
receptor 30 a
50% de sua
capacidade.
31 O conteúdo deste material pode ser reproduzido desde que citada a fonte.
White, Colby,
Einstein,
Engelund e
Hansen,
Kalinske,
Laursen, amostra por vácuo
Meyer-Peter parcial.
e Muller,
Rottner,
Schoklitsch,
Toffaleti, Yang
e outras).
Equipamentos ou
Descarga
Medição Descrição metodologia de
Sólida
medida
Descarga Sólida Indireta 1) Traçadores Métodos:
de Arrasto radioativos 1) Por coloração
2) Traçadores direta do traçador
de diluição, no sedimento do
sendo ambos leito do rio
os métodos 2) Por coleta do
com a sedimento,
colocação do colocação do
traçador no traçador no
sedimento e sedimento e seu
seu retorno ao leito.
32 O conteúdo deste material pode ser reproduzido desde que citada a fonte.
acompanham
ento com
equipamento
apropriado (o
traçador deve
ser escolhido
de tal forma a
não poluir o
meio
ambiente).
Método acústico -
utilizado para
pedras que se (Pouco eficiente)
chocam no
medidor.
33 O conteúdo deste material pode ser reproduzido desde que citada a fonte.
fica sem
suspensão.
Equipamentos ou
Descarga
Medição Descrição metodologia de
Sólida
medida
Descarga Sólida Indireta Coleta de material Diversos tipos de
Total em suspensão equipamentos: de
e do leito, bombeamento,
análise de equipamentos
concentração, que usam
análise garrafas ou
granulométric sacas, sendo
a, medida de pontuais
temperatura, instantâneos,
parâmetros pontuais por
hidráulicos e integração e
cálculo da integradores na
descarga total vertical (no Brasil
- método usa-se
modificado de principalmente a
Einstein e série
método norte-americana -
simplificado U-59, DH-48,
de Colby. DH-59, D-49,
34 O conteúdo deste material pode ser reproduzido desde que citada a fonte.
P-61 e
amostrador de
saca).
• Instantâneos ou integradores;
• Portáteis ou fixos;
• De bocal ou com bico;
• Instantâneos pontuais, pontuais por integração e por integração na vertical;
• Amostrador de tubo horizontal, de garrafa, de saca compressível, de
bombeamento, de integração, fotoelétrico, nuclear, ultrassônico ótico,
ultrassônico de dispersão e ultrassônico Doppler;
• Os equipamentos também podem ser classificados pela orientação de seus
bicos ou bocais como na direção da corrente ou em 90º com a corrente.
35 O conteúdo deste material pode ser reproduzido desde que citada a fonte.
trabalhos específicos ou científicos, sendo a mais rotineira a integração na
vertical, porque permite a obtenção da concentração e da granulometria média
na vertical. Na amostragem por integração a amostra é coletada em um certo
tempo, normalmente superior a 10s, o que permite a determinação da
concentração média mais significativa do que a pontual instantânea.
36 O conteúdo deste material pode ser reproduzido desde que citada a fonte.
atrás de bancos de areia e pilares de pontes.
Para Carvalho et al., (2000), a amostragem por integração na vertical pode ser
realizada em um só sentido ou em dois, de descida e subida. Faz-se em um só
sentido apenas quando se controla a entrada da amostra por abertura e fechamento
de válvula, como no caso do amostrador P-61. Os equipamentos DH-48, DH-59,
D-49, amostrador de saca e outros só permitem a amostragem em dois sentidos.
37 O conteúdo deste material pode ser reproduzido desde que citada a fonte.
Neste tipo de amostragem por integração na vertical, a mistura água-sedimento é
acumulada continuamente no recipiente, e o amostrador se move verticalmente em
uma velocidade de trânsito constante entre a superfície e um ponto a poucos
centímetros acima do leito, entrando a mistura numa velocidade quase igual à
velocidade instantânea da corrente em cada ponto na vertical.
Para que a velocidade de entrada da amostra seja igual ou quase igual à velocidade
instantânea da corrente é necessário que o bico fique na horizontal, ou seja, o
amostrador deve ter cuidado para se movimentar sem haver inclinação. Isso ocorre
quando a velocidade de trânsito, ou de percurso é proporcional à velocidade média.
Sendo
Vt – velocidade máxima de trânsito ou de percurso do amostrador
Vm – velocidade média da corrente na vertical de amostragem
38 O conteúdo deste material pode ser reproduzido desde que citada a fonte.
Equação – Tempo de amostragem para Bico de 1/8”
2. p 2. p
=
Vt 0,2 .Vm
tmin =
39 O conteúdo deste material pode ser reproduzido desde que citada a fonte.
Figura 20 – Garrafa de amostragem indicando níveis a serem obedecidos
Para isso deve-se usar sempre o mesmo amostrador com o mesmo bico. Como as
velocidades médias em cada vertical são diferentes, diminuindo geralmente do
talvegue para as margens, então as quantidades amostradas por garrafa vão se
reduzindo a partir do talvegue com quantidades proporcionais ao fluxo conforme
mostrado na (Figura 21).
40 O conteúdo deste material pode ser reproduzido desde que citada a fonte.
Segundo Carvalho et al., (2000), para a operação de campo e obtenção adequada
das diversas amostras, em primeiro lugar é realizada a medida da descarga líquida
com verticais escolhidas igualmente espaçadas para se obter as velocidades médias
da corrente para o cálculo dos tempos de amostragem. Em seguida, selecionam-se
as verticais escolhidas para as amostragens, dentre as quais é escolhida a vertical
de referência, a qual apresenta a maior velocidade média, se a seção for regular, ou
o maior produto entre velocidade média e profundidade, se a seção for irregular.
Ainda segundo Carvalho et al., (2000), é necessário que a primeira amostra parcial
seja otimizada, isto é, que seja coletado um volume até o limite permitido pela
garrafa do amostrador utilizados na posição de coleta, ou seja, na horizontal. As
41 O conteúdo deste material pode ser reproduzido desde que citada a fonte.
amostras parciais obtidas em cada vertical devem ser combinadas em uma só
amostra composta para determinação da concentração média e, caso seja
necessário, da granulometria.
• Anotações necessárias
42 O conteúdo deste material pode ser reproduzido desde que citada a fonte.
identificação das amostras: o primeiro é etiquetar cada garrafa com todos os dados
necessários; o segundo é simplificar a etiquetagem da garrafa e criar uma lista
paralela.
43 O conteúdo deste material pode ser reproduzido desde que citada a fonte.
4 COLETA DE DADOS DE QUALIDADE DA ÁGUA
Para uma adequada gestão dos recursos hídricos são primordiais o monitoramento e
a avaliação da qualidade das águas superficiais e subterrâneas, permitindo assim a
caracterização e análise de tendências em bacias hidrográficas, sendo essenciais
para várias atividades de gestão, tais como: planejamento, outorga, cobrança e
enquadramento dos cursos de água.
44 O conteúdo deste material pode ser reproduzido desde que citada a fonte.
• Protocolos para a determinação de parâmetros em campo, para a coleta e
preservação das amostras, para análise laboratorial dos parâmetros de
qualidade e para identificação das amostras.
• Estrutura lógica de envio das amostras: locais para o envio das amostras,
disponibilidade de transporte, logística de recebimento e encaminhamento
das amostras para laboratório.
O Índice que Qualidade das Águas (IQA) foi elaborado em 1970 pelo National
Sanitation Foundation (NSF), dos Estados Unidos, a partir de uma pesquisa de
opinião realizada com especialistas em qualidade de águas.
A avaliação da qualidade da água obtida pelo IQA apresenta limitações, já que este
45 O conteúdo deste material pode ser reproduzido desde que citada a fonte.
índice não analisa vários parâmetros importantes para o abastecimento público, tais
como substâncias tóxicas, protozoários patogênicos e substâncias que interferem
nas propriedades organolépticas da água.
O IQA é composto por nove parâmetros, com seus respectivos pesos (W), que
foram fixados em função da sua importância para a conformação global da
qualidade da água (Tabela 3).
Além de seu peso (w), cada parâmetro possui um valor de qualidade (q), obtido do
respectivo gráfico de qualidade em função de sua concentração ou medida (Figura
22).
46 O conteúdo deste material pode ser reproduzido desde que citada a fonte.
Figura 22 - Curvas Médias de Variação de Qualidade das Águas
C o l if o r m e s F e c a i s pH D e m a n d a B i o q u í m i c a d e O x ig ê n i o
p a ra i = 1 p a ra i = 2 p a ra i = 3
100 100 100
90 w 1 = 0 ,1 5 90 w 2 = 0 ,1 2 90 w 3 = 0 ,1 0
80 80 80
70 70 70
60 60 60
q1 50 q 2 50 q 3 50
40 40 40
30 30 30
20 20 20
10 10 10
0 0 0
1 10¹ 10² 10³ 104 105 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 1 2 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50
C . F. # / 1 0 0 m l p H , U n id a d e s D B O 5, m g /l
5
N o ta : s e C . F . > 1 0 , q 1 = 3 ,0 N o ta : s e p H < 2 ,0 , q 2 = 2 ,0 N o ta : s e D B O 5 > 3 0 ,0 , q 3 = 2 ,0
s e p H > 1 2 ,0 , q 2 = 3 ,0
T e m p e ra tu ra
N i t r o g ê n io T o t a l F ó s fo ro T o ta l ( a f a s t a m e n t o d a t e m p e r a t u r a d e e q u il í b r i o )
p a ra i = 4 p a ra i = 5 p a ra i = 6
100 100 100
90 w 4 = 0 ,1 0 90 w 5 = 0 ,1 0 90 w 6 = 0 ,1 0
80 80 80
70 70 70
60 60 60
q 4 50 q5 50 q 6 50
40 40 40
30 30 30
20 20 20
10 10 10
0 0 0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 100 0 1 2 3 4 5 6 7 8 10 -5 0 5 10 15 20
N . T . m g /l P O 4 - T m g /l A t, ° C
T u r b id e z R e s íd u o T o ta l O x ig ê n io D is s o lv id o
p a ra i = 7 p a ra i = 8 p a ra i = 9
100 100 100
90 w 7 = 0 ,0 8 90 w 8 = 0 ,0 8 90 w 9 = 0 ,1 7
80 80 80
70 70 70
60 60 60
q 7 50 q8 50 q 9 50
40 40 40
30 30 30
20 20 20
10 10 10
0 0 0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 100 0 100 200 300 400 500 0 40 80 120 160 200
T u r b id e z U . F . T . R . T . m g /t O .D . % d e s a tu ra ç ã o
N o ta : s e tu rb id e z > 1 0 0 , q 7 = 5 ,0 N o ta : s e R . T . > 5 0 0 , q 8 = 3 2 ,0 N o ta : s e O D . % s a t. > 1 4 0 , q 9 = 4 7 ,0
O cálculo do IQA é feito por meio do produtório ponderado dos nove parâmetros,
seguindo a seguinte fórmula:
i=1
Onde:
IQA = Índice de Qualidade das Águas, um número entre 0 e 100;
47 O conteúdo deste material pode ser reproduzido desde que citada a fonte.
qi = qualidade do i-ésimo parâmetro, um número entre 0 e 100, obtido da respectiva
“curva média de variação de qualidade”, em função de sua concentração ou medida
e,
wi = peso correspondente ao i-ésimo parâmetro, um número entre 0 e 1, atribuído
em função da sua importância para a conformação global de qualidade, sendo que:
Equação
n
∑ W i =1
i=1
Onde:
n = número de variáveis que entram no cálculo do IQA.
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5 TÉCNICA DE ANÁLISE DE DADOS DE PRECIPITAÇÕES, NÍVEIS E
DESCARGA LÍQUIDA
Após a análise, as séries poderão apresentar falhas, que devem ser preenchidas por
alguns dos métodos indicados a seguir.
• Preenchimento de falhas
Quando se trabalha com precipitação deseja-se uma série ininterrupta e mais longa
possível de dados. No entanto, podem ocorrer dias, ou períodos maiores em que o
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dado de precipitação não foi obtido, ocasionando assim uma falha. Para o
preenchimento de falhas podemos utilizar os seguintes métodos:
• Método de Ponderação Regional;
• Método de Regressão Linear.
Px=
1
3 ( NA
Nx
PA+
Nx
NB
PB+
Nx
NC
PC )
Onde:
PA, PB e PC = Precipitação nas estações A, B, C.
NA, NB e NC = Médias nas estações A, B, C.
Px, Nx = Precipitação média na estação em questão.
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Tabela 5 – Calcular Precipitação
Ano A B C D
1965 284,60 232,00 289,60 216,60
1966 129,00 139,00 122,70 117,50
1967 95,80 96,60 100,70 97,80
1968 89,80 80,00 92,70 131,10
1969 129,20 124,50 128,70 118,80
1970 158,60 149,80 174,60 150,00
1971 53,20 147,30 163,40 140,40
Média 148,60 138,46 153,13 140,18
Fonte: Nota do autor
Assim, temos:
Px= (
1 140,18
3 148,60
89,80 +
140,18
138,46
80,00+
140,18
153,13
92,70 )
P x=83,52
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6 ANÁLISE DE CONSISTÊNCIA DE SÉRIES PLUVIOMÉTRICAS
• Método da Dupla Massa
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Figura 23 – Análise de Dupla Massa – Sem inconsistências
Quando o gráfico anterior formar uma reta quer dizer que o posto pertence àquela
região meteorológica.
Caso 1: Ok
- Série de valores proporcionais, homogênea;
Série confiável.
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Caso 2: Pode estar correto
- Erros sistemáticos;
- Mudança nas condições de observação;
- Existência de uma causa física real, por exemplo, presença de um reservatório
artificial e mudança no microclima;
- Pode ter ocorrido mudança de localização dos postos.
Pode-se modificar a reta dependendo do segmento que se considerou mais correto.
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Caso 4: Não está correto
- Postos em regiões meteorológicas diferentes.
Onde:
Pc = precipitação acumulada ajustada à tendência desejada.
Pa = Valor da ordenada correspondente à interseção das duas tendências.
Ma = Coeficiente angular da tendência desejada.
Mo = Coeficiente angular da tendência a corrigir.
Po = Valor acumulado a ser corrigido.
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Fonte: Barbosa, 2010.
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