Farmácia - Saude Coletiva 1

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SAÚDE COLETIVA

Política Nacional de Atenção Básica (Pnab)


Infraestrutura e Funcionamento da Atenção
Básica:
– Principais características estruturais da Unidade
Básica de Saúde (UBS):
• A infraestrutura deve ser adequada à população do
território, bem como as suas necessidades e aos processos
de trabalho das equipes.
• Devem seguir as normas da vigilância sanitária. Devem estar
cadastradas ao SCNES (Sistema de Cadastro Nacional dos
Estabelecimentos de Saúde).
• Podem ser necessários alguns pontos de apoio para o
atendimento de populações em locais diversos (populações
rurais, ribeirinhas, assentamentos...) entre outras
características.
Política Nacional de Atenção Básica (Pnab)
Infraestrutura e Funcionamento da Atenção
Básica:
– Principais pontos para o funcionamento das
Unidades Básicas de Saúde (UBS):
• A carga horária mínima de atendimento é de 40horas
semanais, 05 dias da semana e 12 meses do ano.
• A população adscrita por equipe de atenção básica deve ser
de 2000 a 4000.
• Cada UBS pode ter até 4 equipes de saúde da família, que
deve ser decidido considerando-se o número da população
no território, para que tenha o seu potencial resolutivo.
Política Nacional de Atenção Básica (Pnab)
Infraestrutura e Funcionamento da Atenção Básica:
– Tipos de equipe da Atenção Básica:
• Equipe de Saúde da Família (eSF): principal estratégia da atenção básica
para sua reorganização.
• Deve ser composta por no mínimo: médico (preferencialmente da
especialidade medicina de família e comunidade), enfermeiro
(preferencialmente especialista em saúde da família), auxiliar ou técnico
de enfermagem e agente comunitário de saúde (ACS). Podendo fazer
parte da equipe o agente de combate às endemias (ACE) e os profissionais
de saúde bucal: cirurgião-dentista, preferencialmente especialista em
saúde da família, e auxiliar ou técnico em saúde bucal.
• A quantidade de ACS deve ser escolhida com base na população do
território, de modo que no máximo 750 pessoas sejam atendidas por cada
ACS. Cada profissional da equipe de Saúde da Família deve trabalhar
obrigatoriamente 40hrs semanais e por tanto só podem estar vinculados a
uma equipe no SCNES.
Doenças Transmissíveis
 Na década de 30, as doenças
transmissíveis eram a principal causa
de morte nas capitais brasileiras,
respondendo por mais de um terço dos
óbitos registrados nestes locais,
percentual provavelmente muito
inferior ao que ocorria na área rural, da
qual não se tem registros adequados.
 As melhorias sanitárias, o
desenvolvimento de novas tecnologias
como as vacinas e os antibióticos, a
ampliação do acesso aos serviços de
saúde e as medidas de controle,
fizeram com que este quadro se
alterasse significativamente.
Doenças Transmissíveis
A partir da década de 60 as doenças do aparelho
circulatório passaram a ser a principal causa de morte no
Brasil, superando a mortalidade por doenças
transmissíveis, que passou a ocupar o quinto grupo de
doenças responsáveis pelo óbito.

Todavia, apesar desta considerável redução, as doenças


transmissíveis ainda tem um impacto importante sobre a
morbidade, principalmente por aquelas doenças para as
quais não se dispõe de mecanismos eficazes de prevenção
e/ou que apresentam uma estreita associação com causas
ambientais, sociais e econômicas.
Doenças Transmissíveis
 A alteração do quadro de morbimortalidade, com a perda de
importância relativa das doenças transmissíveis, dá a
impressão de que essas doenças estariam todas extintas ou
próximas a isso. Contudo, essa não é a realidade no Brasil
nem mesmo em países mais desenvolvidos.

 Nos Estados Unidos, por exemplo, no ano de 2003, observou-


se o registro de um total de 1.588 casos de doença
meningocócica. As meningites assépticas (geralmente
causadas por vírus) registraram uma média anual de 10 mil
casos no início da década passada, quando ainda eram de
notificação compulsória.
Doenças Transmissíveis
 A doença de Lyme, transmitida por um tipo de
carrapato, acometeu 18.387 pessoas no ano de 2003. A
coqueluche apresentou uma tendência de crescimento
desde o início da década de 80, chegando ao patamar
de 8.483 casos em 2003, e a varicela (catapora)
apresentou um registro de 13.474 neste mesmo ano.

 Agregando-se à ocorrência destas doenças infecciosas


que já vinham sendo registradas no país, nas últimas
décadas, novas doenças infecciosas têm sido
introduzidas e disseminadas em todo seu território.
Doenças Transmissíveis
 O HIV tem sido uma das infecções* mais emblemáticas deste processo
denominado de "emergência das doenças infecciosas", a partir do seu
surgimento no início da década de 80 naquele país. Mais recentemente uma
doença originada na África e transmitida por mosquitos, a febre do oeste do
Nilo, a partir de sua introdução em Nova Iorque, desde 1999 vem gerando
surtos com elevado número de casos e óbitos. Somente no último ano foram
registrados 1.933 casos.
 Mesmo doenças que já estão sendo eliminadas em todo o continente
americano, como o sarampo, apresenta transmissão ainda em vários países
do continente europeu, representando um risco constante para sua
disseminação para os países que conseguiram a sua eliminação.

*Pelo Decreto nº 8.901/2016 publicado no Diário Oficial da União em 11.11.2016,


o Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das IST, do HIV/Aids e das
Hepatites Virais passou a usar a nomenclatura “IST” (infecções sexualmente
transmissíveis) no lugar de “DST” (doenças sexualmente transmissíveis).
Doenças Transmissíveis
Tais dados ajudam na compreensão do verdadeiro
momento em que se encontram as doenças
transmissíveis.
O enorme êxito alcançado na prevenção e controle de
várias destas doenças, que hoje ocorrem em
proporção ínfima quando em comparação com
algumas décadas atrás, não significa que foram todas
erradicadas.
Essa é uma falsa percepção e uma expectativa
irrealizável, pelo menos em curto prazo e com os
meios tecnológicos atualmente disponíveis.
Doenças Transmissíveis
Por causa das diferenças associadas às condições
sociais, sanitárias e ambientais, as doenças
transmissíveis ainda se constituem em um dos
principais problemas de saúde pública no mundo.
Doenças antigas ressurgem com outras
características e doenças novas se disseminam
com uma velocidade impensável há algumas
décadas. A varíola, ainda é o único do produto de
anos e décadas de esforços contínuos dos
governos e sociedade.
Algumas Doenças Transmissíveis com Tendência
Descendente
Difteria:
– A difteria é uma doença
transmissível aguda, toxi-infecciosa,
causada por bacilo toxigênico que
frequentemente se aloja nas
amígdalas, na faringe, na laringe,
no nariz e, ocasionalmente, em
outras mucosas e na pele.
– O número de casos de difteria
notificados no Brasil vem
decrescendo progressivamente,
provavelmente em decorrência do
aumento da utilização da vacina
tríplice bacteriana (DTP).
Algumas Doenças Transmissíveis com Tendência
Descendente
Coqueluche:
– No início da década de 1980, eram notificados mais de 40
mil casos anuais, e o coeficiente de incidência era superior a
30/100.000 habitantes. Este número caiu abruptamente a
partir de 1983, mantendo desde então, uma tendência
decrescente.
– Na década de 1990, foram notificados 15.329 casos,
resultando em um coeficiente de incidência de
10,64/100.000 habitantes, sendo que a partir de 1996, o
número de casos anuais não excedeu 2.000, mantendo-se
com coeficiente de incidência em torno de 1/100.000
habitantes.
Algumas Doenças Transmissíveis com Tendência
Descendente
Coqueluche:
– Com o Programa Nacional de Imunizações, em 1973, a
vacina tríplice bacteriana (DTP) passou a ser recomendada
para crianças menores de 7 anos, observando-se a partir
disso o decréscimo na incidência da coqueluche.
– A partir dos anos 90, a cobertura foi se elevando,
principalmente a partir de 1998, resultando em uma
modificação importante no perfil epidemiológico desta
doença.
– Entretanto, nos últimos anos, surtos de coqueluche vêm
sendo registrados em populações com baixa cobertura
vacinal, principalmente em populações indígenas.
Algumas Doenças Transmissíveis com Tendência
Descendente
Tétano:
– O tétano é uma doença transmissível, não contagiosa, que
apresenta duas formas de ocorrência: acidental e neonatal.
– A primeira forma geralmente acomete pessoas que entram
em contato com o bacilo tetânico ao manusearem o solo ou
através de ferimentos ou lesões ocorridas por materiais
contaminados, em ferimentos na pele ou mucosa.
– O tétano neonatal é causado pela contaminação durante a
secção do cordão umbilical pelo uso de instrumentos
esterilizados inadequadamente; pelo uso de substâncias
contaminadas no coto umbilical como teia de aranha, pó de
café, fumo, esterco.
Algumas Doenças Transmissíveis com Tendência
Descendente
 Tétano:
– As mortes pelo tétano acidental acompanham uma tendência
declinante, das 713 ocorrências anuais registradas em 1982, para
menos de 300 desde 1998. Tal enfermidade apresenta uma letalidade
média de 70%, o que implica em um impacto importante na
mortalidade infantil neonatal.
– O tétano acidental pode ser evitado pelo uso da vacina DPT na
infância e com a vacina dupla adulto (dT) em adultos, além dos
reforços a cada dez anos para quem já tem o esquema completo.
Outra medida importante é a adoção de procedimentos adequados de
limpeza e desinfecção de ferimentos ou lesão suspeita para tétano,
nas unidades de saúde. Com relação ao tétano neonatal pode ser
evitado principalmente por meio da vacinação das gestantes durante
o pré-natal.
Algumas Doenças Transmissíveis com Tendência
Descendente
Poliomielite:
– A poliomielite responsável pela paralisia infantil, doença
que pode deixar sequelas graves e levar ao óbito,
chegou a acometer 3.596 crianças no ano de 1975.
– A intensificação da vigilância e ações de controle,
particularmente a ampliação da vacinação de rotina e a
introdução das Campanhas Nacionais de Vacinação
diminuíram o número de casos confirmados nos anos
de 1987 e 1988, sendo em 1989 notificado o último
caso com isolamento do polivírus selvagem no país,
sendo erradicado em 1994 no Brasil.
Algumas Doenças Transmissíveis com Tendência
Descendente
Poliomielite:
– O alcance da erradicação foi possível devido às
estratégias de coberturas vacinal adequada de
forma homogênea em todo o território nacional e
cumprimento de metas adequadas dos indicadores
de vigilância epidemiológica.
Algumas Doenças Transmissíveis com Tendência
Descendente
Sarampo:
– Em 1980, essa doença provocou aproximadamente 3.236
mortes. O sarampo é uma doença transmissível e contagiosa,
que acometeu de 2 a 3 milhões de crianças nos anos epidêmicos
na década de 70.
– Apresentando redução em 1991 a 2000, sendo que em 2001
alcançou-se a eliminação da circulação do vírus autóctone,
apesar do surto ocorrido em 1997.
– O Ministério da Saúde implantou o Plano de Erradicação do
Sarampo em 1999 com o intuito de intensificar as ações de
vigilância epidemiológica objetivando detectar e investigar de
forma oportuna todos os casos suspeitos de sarampo e rubéola.
Algumas Doenças Transmissíveis com Tendência
Descendente
Sarampo:
– Com isso, realizar de forma oportuna o bloqueio vacinal
diante de todos os casos suspeitos e garantir que todos
os municípios atinjam a cobertura vacinal adequada na
rotina, de 95% nas crianças de um ano de idade.
– Em 2001 e 2002, apenas 1 caso foi confirmado de
sarampo importado do Japão. Em 2003 mais dois casos
importados foram confirmados, sendo o caso índice
procedente da Alemanha.
– Esse quadro reforça a expectativa de garantir a execução
do objetivo de erradicar a doença no Brasil.
Algumas Doenças Transmissíveis com Tendência
Descendente
Rubéola:
– Introduzida na lista de doenças de notificação compulsória
no Brasil na segunda metade da década de 90.
– Em 1997, ano em que o País enfrentou a última epidemia
de sarampo, foram notificados cerca de 30.000 casos de
rubéola.
– No período de 1999/2001 ocorreram surtos desta doença
em vários estados do Brasil.
– Em 2001, a rubéola chegou a 5/105 mulheres na faixa
etária de 15 a 19 anos e de 6,3/105 mulheres na faixa
etária de 20-29 anos.
Algumas Doenças Transmissíveis com Tendência
Descendente
Rubéola:
– A partir do Plano de Erradicação do Sarampo no País, em
1999, houve um aumento na vigilância e controle dos casos.
– Em 2002, ocorreram 443 casos de rubéola no Brasil,
representando uma diminuição de 90% se comparado à
incidência de 1997.
– Consequência da realização de uma campanha de vacinação
em massa dirigida às mulheres em idade fértil em todo o
País com uma cobertura média de 95,68% e introdução da
vacina dupla ou tríplice viral no calendário básico de
imunização.
Algumas Doenças Transmissíveis com Tendência
Descendente
Rubéola:
– A partir do Plano de Erradicação do Sarampo no
país, em 1999,
– Atualmente a vacinação de mulheres em idade
fértil tem possibilitado uma importante redução
dos casos de SRC, alcançando a ocorrência de 13
casos registrados em todo o país, o que indica a
possibilidade de interrupção na sua transmissão.
Algumas Doenças Transmissíveis com Tendência
Descendente
Raiva humana:
– Doença infecciosa aguda, de etiologia viral,
transmitida por mamíferos, que apresenta dois
ciclos principais de transmissão: urbano e silvestre.
– Apresenta letalidade de 100% e é passível
eliminação no ciclo urbano por meio de medidas
eficientes de prevenção tanto em relação ao homem
quanto à fonte de infecção, cão e gato por exemplo.
– No Brasil, o morcego hematófago é o principal
responsável pela manutenção da cadeia silvestre.
Algumas Doenças Transmissíveis com Tendência
Descendente
Raiva humana:
– Nas duas últimas décadas houve uma redução
significativa no número de casos humanos registrados
por ano, caindo de 173, em 1980, para 17 casos em 2003,
tendo o cão como o principal transmissor da doença.
– Atualmente esses casos estão concentrados
principalmente na Região Norte e Nordeste.
– Desde 2003 todas as Unidades da Federação
disponibilizam, na rede de serviços de saúde, vacina de
alta qualidade para a profilaxia da Raiva Humana, a
vacina de cultivo celular.
Algumas Doenças Transmissíveis com Tendência
Descendente
Doença de Chagas:
– Transmitida, principalmente por um inseto que se
alimentam de sangue (hematófago), o barbeiros,
apresentava uma elevada incidência no Brasil no fim da
década de 70, em cerca de 100 mil casos novos por ano.
– Atualmente, devido à estratégia de monitoramento
para identificação do vetor e as ações de combate com
inseticidas específicos, melhorias habitacionais
realizadas nas áreas endêmicas, há um controle sobre a
doença com uma prevalência de média geral de 0,13%
de acordo com pesquisas realizadas.
Algumas Doenças Transmissíveis com Tendência
Descendente
Doença de Chagas:
– Visando avaliar o impacto das ações de prevenção
e controle da doença de Chagas, vem sendo
desenvolvido em todo o país novo inquérito
sorológico, que tem indicado uma importante
redução na prevalência de infecção na população
menor de cinco anos.
Doenças Transmissíveis

 Doença de Chagas:
Algumas Doenças Transmissíveis com Tendência
Descendente
Hanseníase:
– É uma doença infecciosa crônica causada pelo
Mycobacterium leprae.
– A preferência por nervos periféricos confere
características peculiares à bactéria, tornando o
seu diagnóstico simples.
– A hanseníase tem apresentado uma redução
significativa de sua prevalência, de 16,4 por 10.000
habitantes em 1985 para 4,52 por 10.000
habitantes em 2003.
Algumas Doenças Transmissíveis com Tendência
Descendente
Hanseníase:
– Mesmo assim, o Brasil continua sendo o segundo
maior número de pacientes de hanseníase do mundo,
excedido apenas pela Índia em relação ao total de
casos, encontrando-se também entre os seis países
que não atingiram a eliminação da hanseníase em
2005.
– Consequentemente, ainda é um problema de saúde
pública no Brasil, exigindo esforços para um plano de
intensificação das ações de eliminação e de vigilância.
Algumas Doenças Transmissíveis com Tendência
Descendente
Hanseníase:
– O estado de Pernambuco por sua vez é considerado
endêmico para hanseníase, com mais de 3.000 novos
pacientes por ano e taxas de detecção por volta de 4 para
cada 10.000.
– O maior número dos pacientes é encontrado na área
metropolitana do Recife. Sendo que em 2010, de acordo
com o Sinan, foram registrados 3.067 casos em PE e no
Recife 994, ou seja, 32,4% dos números de casos do
estado, demonstrando com isso que a doença se
encontra propagada em diferentes áreas do Pernambuco.
Algumas Doenças Transmissíveis com Tendência
Descendente
Hanseníase:
– Com isso, os resultados encontrados demonstram a
necessidade de continuar à execução das
atividades que produzam efeito negativo quanto à
transmissão da doença.
– O objetivo de acordo com o Plano de Eliminação da
Hanseníase no Brasil estabelecido pelo Ministério
da Saúde, é atingir a prevalência inferior a 1
caso/10.000 habitantes em cada município de
acordo.
Algumas Doenças Transmissíveis com Tendência
Descendente
Peste:
– Transmitida por roedores silvestres, atualmente está
restrita a algumas áreas serranas ou de planalto,
principalmente na região Nordeste, sendo geralmente
associada com o cultivo e armazenagem de grãos.
– Os últimos casos foram registrados no Estado da Bahia
em 2000.
– As atividades permanentes de vigilância sobre os
roedores.
– A mortalidade por essa doença praticamente inexiste
atualmente no país, com apenas um óbito registrado em
toda a década de 1990.
Algumas Doenças Transmissíveis com Quadro de
Persistência
Malária:
– Acometia cerca de seis milhões de brasileiros por ano na
década de 40, em todas as regiões.
– As mudanças sociais ocorridas e o intenso trabalho de
controle desenvolvido por meio da Campanha de Erradicação
da Malária possibilitaram o relativo controle da doença, que
passou a apresentar uma ocorrência de menos de 100 mil
casos anuais e restringindo-se a Amazônia Legal que responde
por mais de 99% dos casos registrados no País.
– Com os projetos de desenvolvimento da Amazônia houve
dispersão da malária pelas regiões Norte e Centro-Oeste, com
um aumento significativo do número de casos, passando-se a
alcançar níveis de 450 a 500 mil casos anuais.
Algumas Doenças Transmissíveis com Quadro de
Persistência
Malária:
– Diante disso, o Ministério da Saúde elaborou o
Plano de Intensificação das Ações de Controle da
Malária (PIACM), desencadeando uma série de
ações na Região Amazônica.
– Estas ações, executadas em parceria com estados e
municípios, colaboraram na inversão da tendência
de crescimento desta endemia.
Algumas Doenças Transmissíveis com Quadro de
Persistência
 Tuberculose:
– A tuberculose (TB) é uma das enfermidades mais antigas e
conhecidas do mundo, porém não é uma doença do passado,
visto que foi decretada pela Organização Mundial de Saúde
(OMS) como enfermidade reemergente desde 1993.
– Ainda de acordo com a OMS, a doença possui atualmente como
principais causas para a gravidade da situação no mundo os
seguintes fatores: desigualdade social, advento da AIDS,
envelhecimento da população, grandes movimentos
migratórios.
– O Brasil ocupa a 18ª posição entre os 22 países responsáveis por
80% dos casos de TB no mundo e contempla 35% dos casos
notificados na Região das Américas de acordo com a
Organização Mundial de Saúde em 2009.
Algumas Doenças Transmissíveis com Quadro de
Persistência
 Tuberculose:
– Dentre as doenças infecciosas e
parasitárias, a tuberculose de vias
respiratórias é a maior causa de morte
entre os idosos recifenses.
– Em 2010, PE apresentou 5.048 casos,
Recife 2.506 (49,6% dos casos de PE).
Caracterizando-se assim, como uma
doença negligenciada.
– A tuberculose tem sido objeto de ações e
investimentos recentes do Ministério da
Saúde e demais instâncias do Sistema
Único de Saúde - SUS, com o intuito de
garantir a continuidade do tratamento e
ampliar a capacidade de detecção de
novos casos e aumentar o percentual de
cura.
Algumas Doenças Transmissíveis com Quadro de
Persistência
Meningite:
– Caracterizada por processos inflamatórios das meninges que
podem estar relacionados com uma grande variedade de
agentes infecciosos como: vírus, bactérias, fungos e
protozoários.
– Para a saúde pública são relevantes as meningites infecciosas,
causadas por agentes etiológicos transmissíveis. O quadro
clínico da doença pode variar de acordo com a etiologia, mas
em geral a doença é grave e pode evoluir para óbito.
– A meningite constitui um problema complexo e multifacetado,
por ser uma doença com diferentes etiologias, possui distintos
impactos sobre a saúde pública e estratégias de prevenção e
controle diversas.
Algumas Doenças Transmissíveis com Quadro de
Persistência
 Meningite:
– Durante a primeira metade da década de 90 observou-se um
aumento no número de casos notificados de doença meningocócica,
atingindo o pico em 1996, com o registro de 7.321 casos.
– Esse aumento decorreu, em grande parte, de surtos localizados em
municípios com grande contingente populacional, como São Paulo,
Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.
– A partir de 1996 há uma tendência de redução constante no número
de casos, de 7.321 casos, neste ano, para 2.923 casos em 2003.
– Alguns fatores podem ter colaborado com esta redução, dentre eles
destacam-se a adoção oportuna das medidas de controle
(quimioprofilaxia e vacinação de bloqueio), decorrente da ampliação
da assistência à saúde da população.
Algumas Doenças Transmissíveis com Quadro de
Persistência
Hepatites:
– As hepatites virais apresentam distribuição universal
e magnitude variável de acordo com a região do País.
– As hepatites A e E apresentam alta prevalência nos
países em desenvolvimento, onde as condições
sanitárias e socioeconômicas são precárias.
– A prevalência de hepatite B tem sido reduzida em
países onde a vacinação foi implementada, contudo
ainda possui uma alta prevalência em populações de
risco acrescido e em países onde a transmissão
vertical e horizontal intradomiciliar não é controlada.
Algumas Doenças Transmissíveis com Quadro de
Persistência
Hepatites:
– A Organização Mundial de Saúde estima que cerca
de dois bilhões de pessoas já tiveram contato com
o vírus da hepatite B, tornando 325 milhões de
portadores crônicos.
– O Brasil, por sua vez, segundo a Organização Pan-
Americana de Saúde (Opas) possui estimativa de
infecção pelo HAV de aproximadamente 130 casos
novos por 100.000 habitantes ao ano e de que
mais de 90% da população maior de 20 anos tenha
tido exposição ao vírus.
Algumas Doenças Transmissíveis com Quadro de
Persistência
Hepatites:
– De acordo com o Ministério da Saúde, ainda não
existem estudos capazes de estabelecer sua real
prevalência no país, com relação a hepatite C.
– Com base em dados da rede de hemocentros de
pré-doadores de sangue, em 2002, a distribuição
variou entre as regiões brasileiras: 0,62% no Norte,
0,55% no Nordeste, 0,28% no Centro-Oeste, 0,43%
no Sudeste e 0,46% no Sul.
Algumas Doenças Transmissíveis com Quadro de
Persistência
Hepatites:
– Contudo, a vigilância epidemiológica das hepatites
virais no país utiliza o sistema universal e passivo,
baseado na notificação de casos suspeitos.
– O número de notificações não reflete a real
incidência da infecção, pois a maioria dos
acometidos possuem formas assintomáticas ou
oligossintomáticas.
Algumas Doenças Transmissíveis com Quadro de
Persistência
Esquistossomose:
– A esquistossomose mansônica tem ampla
distribuição geográfica no Brasil, com maior
intensidade de transmissão na região Nordeste do
país e norte de Minas Gerais.
– Desde o início da década de 1950 até o presente
ano tem sido observada redução nas prevalências
de infecção.
Algumas Doenças Transmissíveis com Quadro de
Persistência
Esquistossomose:
– Nos últimos 20 anos o percentual tem situado entre 5,5 a
11,6% da população examinada. Os Estados de Alagoas,
Pernambuco, Bahia, Sergipe, Paraíba e Minas Gerais,
possuem os maiores percentuais da doença.
– A tendência histórica para estes indicadores aponta para
uma redução na morbidade e mortalidade por formas
graves pela doença, para o País como um todo.
– Entretanto, nas áreas endêmicas da região Nordeste do
Brasil, a ocorrência da forma hepatoesplênica, que pode
levar ao óbito por hemorragia digestiva, ainda representa
um importante problema de saúde.
Algumas Doenças Transmissíveis Emergentes e
Reemergentes
Antes de tratarmos das doenças transmissíveis, é
importante observar que a partir de novembro de 2016 o
Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das
DST, do HIV/Aids e das Hepatites Virais passou a utilizar
nomenclatura “IST” no lugar de “DST”.
Ou seja, o que antes tínhamos por Doenças Sexualmente
Transmissíveis (DST), passou a ser Infecções Sexualmente
Transmissíveis (IST).
Tal medida se deu em função da atualização da estrutura
regimental do Ministério da Saúde, mediante Decreto nº
8.901/2016, publicado no Diário Oficial da União em
11.11.2016, Seção I, páginas 03 a 17.
Algumas Doenças Transmissíveis Emergentes e
Reemergentes
HIV:
– Identificada no Brasil em 1980, apresentou um
crescimento na incidência até 1998, quando foram
registrados 25.732 casos novos, com um coeficiente
de incidência de 15,9 casos/100.000 hab.
– Posteriormente, observou-se uma desaceleração nas
taxas de incidência de HIV no Brasil, a despeito da
manutenção das principais tendências da epidemia:
heterossexualização, feminização, envelhecimento e
pauperização do paciente, aproximando-o cada vez
mais do perfil socioeconômico do brasileiro médio.
Algumas Doenças Transmissíveis Emergentes e
Reemergentes
 HIV:
– Desde o início da década de 1980 até setembro de 2003, o Ministério
da Saúde notificou 277.154 casos de HIV no Brasil.
– Deste total, 197.340 foram verificados em homens e 79.814 em
mulheres.
– Em 2003, foram notificados 5.762 novos casos da epidemia e, destes,
3.693 foram verificados em homens e 2.069 em mulheres,
evidenciando o aumento entra as mulheres.
– Até 2016 verifica-se também o crescimento da HIV em adolescentes do
sexo feminino cuja faixa etária é de 13 a 19 anos.
– Tal crescimento pode estar relacionado com o início precoce da
atividade sexual em relação aos adolescentes do sexo masculino,
normalmente os homens com maior experiência sexual são mais
expostos aos riscos de contaminação por Infecções sexualmente
transmissíveis (IST) e HIV.
Algumas Doenças Transmissíveis Emergentes e
Reemergentes
HIV:
– As principais categorias de transmissão do HIV entre
os homens e mulheres se dão através das relações
sexuais correspondendo a 58% e 86,7%
respectivamente dos casos positivos.
– Segundo a UNAIDS (agência da ONU especializada na
epidemia de HIV), entre os anos de 2010 e 2018 o
Brasil andou na contramão da tendência mundial de
queda em relação ao número de novas infecções por
HIV que chegou a 16% o que daria aproximadamente
1,7 milhões de infecções no mundo todo em 2018.
Algumas Doenças Transmissíveis Emergentes e
Reemergentes
HIV:
– Enquanto isso, no mesmo ano, o Brasil registrou 53 mil
novos casos, perdendo apenas para Chile e Bolívia que
tiveram dados mais preocupantes que o Brasil, mas
ainda assim por diferença mínima.
– O risco de infecção por HIV até 2019, ainda segundo a
UNAIDS, é:
• 26 vezes maior entre homens que praticam sexo com outros
homens;
• 29 vezes maior entre pessoas que utilizam drogas injetáveis;
• 30 vezes maior em trabalhadoras do sexo;
• 13 vezes maior para transexuais.
Algumas Doenças Transmissíveis Emergentes e
Reemergentes
Cólera:
– Apesar de todo o conhecimento acumulado durante 30
anos, esta doença continua sendo um desafio não
somente em função das características do agente, mas
principalmente pela vulnerabilidade de grande parcela
da população mundial, sobrevivendo em condições de
pobreza extrema.
– No Brasil, os primeiros casos foram detectados em abril
de 1991, no Estado do Amazonas, de onde se alastrou
progressivamente pela região Norte. No final do ano
atingiu o município de São Luiz do Maranhão e em 1992
todos os Estados do Nordeste.
Algumas Doenças Transmissíveis Emergentes e
Reemergentes
Cólera:
– Entre 1991 e 2001 foram registrados no Brasil um total
de 168.598 casos e 2.035 óbitos, com registro de
grandes epidemias na região nordeste.
– O coeficiente de incidência de cólera em 1993, ano em
que ocorreu o maior número de casos, foi de
39,81/100.000 habitantes, com 670 óbitos e letalidade
de 1,11%.
– Estudos evidenciam a complexidade do processo de
determinação da cólera e a importância dos
determinantes sociais, do ambiente natural ou
modificado.
Algumas Doenças Transmissíveis Emergentes e
Reemergentes
Cólera:
– As condições ambientais precárias, abastecimento de
água insuficiente e sistemas de esgoto inadequados são
obstáculos para o controle do desenvolvimento de
surtos e epidemias por cólera.
– Com os esforços do sistema de saúde de reduzir de
maneira drástica estes valores a partir de 1995, em
2001 registrou-se sete casos confirmados (quatro casos
no Ceará e um caso em Pernambuco, Alagoas e
Sergipe).
– Em 2002 e 2003, não foram detectados casos
confirmados de cólera no Brasil.
Algumas Doenças Transmissíveis Emergentes e
Reemergentes
Cólera:
– Contudo, o risco de sua reintrodução em áreas já atingidas
ou ainda indenes continua presente tendo em vista que
persistem as baixas coberturas de saneamento.
– As equipes técnicas de vigilância epidemiológica e
ambiental dos três níveis de governo têm desenvolvido
atividades de prevenção, com a realização de investigação
de casos suspeitos, envolvendo a coleta de amostras
clínicas e de amostras de água e de meio ambiente,
principalmente nos mananciais que abastecem os
sistemas de captação da água para consumo humano.
Algumas Doenças Transmissíveis Emergentes e
Reemergentes
Dengue:
– É uma arbovirose, transmitida pelo mosquito
Aedes aegypti, que se tornou um grave problema
de saúde pública no Brasil, e em outras regiões
tropicais do mundo.
– Sua transmissão essencialmente urbana, ambiente
no qual se localizam fatores ideais para o seu
desenvolvimento como o homem, o vírus, o vetor e
principalmente as condições políticas, econômicas
e culturais que formam a estrutura que permite o
estabelecimento da cadeia de transmissão.
Algumas Doenças Transmissíveis Emergentes e
Reemergentes
Dengue:
– Tal doença é responsável por uma das maiores
campanhas de saúde pública realizadas no País.
– O mosquito transmissor da doença que havia sido
erradicado de diversos países do continente
americano nas décadas de 50 e 60, retornou na
década de 70, devido aos erros da vigilância
epidemiológica, mudanças sociais e ambientais
consequência de uma urbanização acelerada da
época.
Algumas Doenças Transmissíveis Emergentes e
Reemergentes
Dengue:
– Atualmente, o mosquito transmissor é encontrado numa
larga faixa do continente americano, que se estende
desde o Uruguai até o sul dos Estados Unidos, com
registro de surtos importantes de dengue em vários
países como Venezuela, Cuba, Brasil e Paraguai.
– De acordo com o Ministério da Saúde as dificuldades de
erradicar um mosquito domiciliado têm exigido um
esforço enorme da esfera da saúde, com um gasto
estimado de quase R$ 1 bilhão por ano, quando
computados todos os custos dos dez componentes do
Programa Nacional de Controle da Dengue.
Algumas Doenças Transmissíveis Emergentes e
Reemergentes
Dengue:
– Entre 1999 e 2002 foi registrado um aumento na
incidência de dengue, alcançando 794.219 casos
notificados em 2002.
– Em 2003, verificou-se uma redução de 56,6% no
total de casos notificados em relação a 2002, o que
este relacionado com o fortalecimento das ações
para controlar a doença.
Algumas Doenças Transmissíveis Emergentes e
Reemergentes
Dengue:
– Outro fator, contudo, poderá piorar esse cenário com a
entrada em circulação de um novo tipo do vírus da dengue, o
DENV-4.
– Com isso, o Ministério da Saúde, através da Secretaria de
Vigilância em Saúde junto com as Secretarias Estaduais e
Municipais de Saúde vem executando um conjunto de ações
com o aumento da intensificação das ações de combate ao
vetor, fortalecimento das ações de vigilância epidemiológica ,
integração das ações de vigilância e de educação sanitária com
o Programa de Saúde da Família e de Agentes Comunitários de
Saúde e uma forte campanha de mobilização social e de
informação para garantir a efetiva participação da população.
Algumas Doenças Transmissíveis Emergentes e
Reemergentes
Hantavirose:
– Doença emergente com duas formas clínicas: renal
e cardiopulmonar. Sendo a primeira de maior
frequência na Europa e na Ásia, e a segunda possui
presença maior no continente americano.
– A doença se faz presente em quase todos os países
da América do Norte e da América do Sul.
– A infecção humana ocorre frequentemente, pela
inalação de aerossóis formados a partir de
secreções e excreções dos reservatórios, que são
roedores silvestres.
Algumas Doenças Transmissíveis Emergentes e
Reemergentes
Hantavirose:
– No Brasil, os primeiros casos foram detectados em 1993 na cidade
de São Paulo, nos dias atuais a doença tem sido detectada
principalmente na região Sul, além dos estados de São Paulo,
Minas Gerais e Mato Grosso.
– De 1993 a 2003 foram registrados 338 casos em 11 estados
brasileiros com uma letalidade média de 44,5%.
– O Ministério da Saúde implantou da vigilância epidemiológica
dessa doença, o desenvolvimento da capacidade laboratorial para
realizar diagnóstico, a divulgação das medidas adequadas de
tratamento com o intuito de reduzir a letalidade, e aumentar o
conhecimento da situação de circulação de alguns hantavírus nos
roedores silvestres brasileiros, objetivando o controle e a
prevenção da doença.
Programa Nacional de Imunização
 O Programa Nacional de Imunizações (PNI) foi criado em 1973,
com o objetivo de promover a vacinação da população brasileira
e consequentemente diminuir ou erradicar, várias doenças no
território brasileiro. O PNI é mantido pelo Ministério da Saúde,
através da Secretaria de Vigilância em Saúde, e contribuiu de
modo expressivo para erradicar a febre amarela urbana e varíola
no país.

 Destacando-se também, a ausência de registros da paralisia


infantil há 14 anos e do sarampo há três. Além da imunização de
crianças, o PNI também prevê a vacinação de adultos,
principalmente de mulheres em idade fértil e de idosos a partir
de 60 anos de idade.
Programa Nacional de Imunização
A Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) coordena
o Programa Nacional de Imunizações (PNI).
Define normas e procedimentos técnicos, mediante
ações estratégicas sistemáticas de vacinação da
população, com base na vigilância epidemiológica
de doenças imunopreveníveis e no conhecimento
técnico e científico da área.
Estando também sobre sua responsabilidade a
aquisição, conservação e distribuição dos
imunobiológicos que integram o PNI.
Programa Nacional de Imunização
 O Ministério da Saúde, por intermédio do PNI, em atenção a
Constituição da República Federativa do Brasil e a Lei
Orgânica da Saúde, com vistas ao atendimento equitativo da
população brasileira, oferece os chamados imunobiológicos
especiais, disponibilizados nos Centros de Referência para
Imunobiológicos Especiais – CRIE estes destinados à
vacinação de grupos portadores de quadros clínicos especiais,
ou seja, portadores de imunodeficiências, seus comunicantes,
usuários que apresentaram evento adverso pós-vacinação aos
imunobiológicos disponibilizados pelo Ministério e profilaxia
pré e pós-exposição aos agentes imunopreveníveis.
 Além disso, grupos, como a população indígena.
Programa Nacional de Imunização
Ano Histórico da vacinação
1804 Instituída a primeira vacinação no País - contra a varíola

1885 Introdução da primeira geração da vacina antirrábica

1897 Primeira geração da contra a peste

1904 Decreto da obrigatoriedade da vacinação contra varíola

1937 Produção e introdução da vacina contra a Febre Amarela


Início da década de 1950 - implantação do toxoide tetânico (TT) e a
vacina DTP, em alguns estados
Primeira campanha contra a poliomielite, projeto experimental em
1961
Petrópolis – RJ e Santo André – SP
1962 Primeira campanha nacional conta a varíola
Programa Nacional de Imunização

Ano Histórico da vacinação


Introdução da vacina contra o sarampo para as crianças de oito meses
1967
a quatro anos de idade
1968 Inicia-se a vacinação com a vacina BCG
Registros oficiais do Ministério da Saúde sobre casos de doenças
preveníveis por vacinação:

 11.545 casos – poliomielite


1970  1.771 casos – varíola
 10.496 casos – difteria
 81.014 casos – coqueluche
 109.125 casos – sarampo
 111.945 casos – tuberculose
Programa Nacional de Imunização

Ano Histórico da vacinação

1971 Ocorrência no Brasil do último caso de varíola

1973 Criado o Programa Nacional de Imunizações – PNI

Instituição do Programa Nacional de Imunizações - PNI e do


1975
Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica (Lei 6.259)
1976 Regulamentado o PNI

Instituído em Portaria nº 452 o primeiro Calendário Básico e o


1977 Cartão de Vacinas com as vacinas obrigatórias para os menores de 1
ano de idade
Implantação gradativa nos estados da vacina dupla (sarampo e
1992 a 2002
rubéola) ou tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola)
Programa Nacional de Imunização

Ano Histórico da vacinação


Redefinição das estratégias de vacinação contra Hepatite B em menores de 1
1996 ano de idade em todo o país e ampliação da faixa etária para 15 anos na
Amazônia Legal, SC, ES, PR e DF
Substituição da vacina TT pela dupla tipo adulto (difteria e Tétano) no calendário
1999
básico para a faixa etária de 7 anos e mais
2002 Introdução da vacina Tetravalente para os menores de 1 ano

2003 Atualização do calendário na faixa etária de 12 meses a 11 anos de idade

2004 Instituído o Calendário Básico de Vacinação em Portaria de nº 597

2004 Campanha de Vacinação de Seguimento contra Sarampo


Caxumba e Rubéola para as crianças de 12 meses a 4 anos, na qual foram
vacinadas 12.777.709 crianças, 92.80% de cobertura vacinal
Inclusão da vacina contra o rotavírus humano para os menores de 6 meses de
2006
idade.
Programa Nacional de Imunização

Ano Histórico da vacinação


2008 Campanha de vacinação para eliminação da Rubéola

2010 Instituição do calendário de vacinação para os povos indígenas

2011 Campanha nacional de vacinação contra influenza


Introdução da vacina Pentavalente (DTP, Hib e Hepatite B) e da VIP (Pólio com
2012 vírus inativo) substituindo a VOP, que foi mantida como dose de reforço no
calendário da criança
2013 Inclusão da varicela (catapora) na vacina tetraviral (tríplice viral + varicela)
Introdução de 3 vacinas: Hepatite A para crianças; contra HPV para meninas de
2014
9 a 13 anos e dTpa (difteria, tétano e coqueluche acelular) para gestantes
2018 Vacina de HPV é ampliada para meninos de 11 a 15 anos
Programa Nacional de Imunização

Eventualmente, o calendário vacinal sofre


alterações, que são divulgadas pelo
calendário do PNI. Por isso, para ter acesso à
integra do calendário mais atualizado faça
uma busca nas páginas oficiais do Ministério
da Saúde e do PNI
Programa de Hanseníase e Tuberculose
 A hanseníase é uma das mais antigas doenças que acomete
o homem, caracterizando-se como crônica granulomatosa,
proveniente de infecção causada pelo Mycobacterium
leprae, que tem a capacidade de infectar grande número de
indivíduos o que lhe confere uma alta infectividade, porém
poucos adoecem demonstrando uma baixa patogenicidade,
pois a manifestação da doença está relacionada com o grau
de imunidade do hospedeiro e o nível de endemicidade do
meio, somatizados com outros aspectos.
 Acomete principalmente nervos periféricos, mas também
pode se manifestar como doença sistêmica comprometendo
articulações, olhos, testículos, gânglios, entre outros órgãos.
Hanseníase
 O alto potencial incapacitante da hanseníase está diretamente
relacionado à capacidade do bacilo de Hansen penetrar a célula
nervosa e também ao seu poder imunogênico.
 Diante disso, considera-se a doença como um grande problema de
saúde pública que atinge principalmente as pessoas em faixa
etária economicamente ativa comprometendo seu
desenvolvimento profissional e/ou social.
 O domicílio do indivíduo é um importante espaço de transmissão
da doença, embora ainda existam lacunas de conhecimento
quanto aos prováveis fatores de risco implicados, especialmente
aqueles relacionados ao ambiente social.
Hanseníase
No Brasil, cerca de 47.000 casos novos são
detectados a cada ano, sendo 8% deles em
menores de 15 anos.
A melhoria das condições de vida e o avanço do
conhecimento científico modificaram
significativamente o quadro da hanseníase, que
atualmente tem tratamento e cura, contudo
ainda há uma necessidade de esforços para um
plano de intensificação das ações de eliminação e
de vigilância.
Hanseníase
Agente Etiológico:
– O Mycobacterium leprae, ou bacilo de Hansen, que
é um parasita intracelular obrigatório com forma
de bastonete, possui afinidade por células cutâneas
e por células dos nervos periféricos, que se instala
no organismo da pessoa infectada, podendo se
multiplicar.
– Seu tempo de multiplicação é lento e pode durar,
em média, de 11 a 16 dias.
Hanseníase
Modo de Transmissão:
– O homem é considerado a única fonte de infecção da
hanseníase. A transmissão se dá por meio de uma pessoa
doente (forma infectante da doença-MB), sem tratamento
elimina o bacilo para
o meio externo contagiando pessoas susceptíveis.
– A principal via de eliminação do bacilo, pelo indivíduo doente de
hanseníase, e a mais provável via de entrada deste no organismo
são as vias aéreas.
– O aparecimento da doença na pessoa infectada pelo bacilo, e
suas diferentes manifestações clínicas, dependem dentre outros
fatores, da relação parasita/hospedeiro e pode ocorrer após um
longo período de incubação, de 2 a 7 anos.
Hanseníase

 Aspectos Clínicos:

 Principais sinais e sintomas da doença são: manchas


esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas em qualquer parte
do corpo com perda ou alteração de sensibilidade; área de pele seca
e com falta de suor; área da pele com queda de pelos,
especialmente nas sobrancelhas; perda ou ausência de sensibilidade
local ao calor, dor e tato; sensação de formigamento (Parestesias);
dor e sensação de choque, fisgadas e agulhadas ao longo dos nervos
dos braços e das pernas, edema (inchaço) de mãos e pés;
diminuição da força dos músculos das mãos, pés e face devido à
inflamação de nervos, úlceras de pernas e pés; caroços (nódulos) no
corpo; febre e dor nas juntas; entupimento, sangramento, ferida e
ressecamento do nariz; ressecamento nos olhos.
Hanseníase

 Os locais do corpo com maior predisposição para o surgimento


das manchas são as mãos, pés, face, costas, nádegas e pernas.
Vale ressaltar que de acordo com o Ministério da Saúde em
alguns casos, a hanseníase pode ocorrer sem manchas.
Hanseníase

 Diagnóstico:

 Um caso de hanseníase é uma pessoa que apresenta uma ou


mais de uma das seguintes características e que requer
quimioterapia: lesão (ões) de pele com alteração de
sensibilidade; acometimento de nervo(s) com espessamento
neural; baciloscopia positiva.

 O diagnóstico precoce da hanseníase e o seu tratamento


adequado evitam a evolução da doença, consequentemente
impedem a instalação das incapacidades físicas por ela
provocadas..
Hanseníase

 Classificação Operacional para Fins de Tratamento


Quimioterápico:

 O diagnóstico, portanto, baseia-se na identificação desses sinais


e sintomas, e uma vez diagnosticado, o caso de hanseníase deve
ser classificado, operacionalmente, para fins de tratamento. Esta
classificação também é feita com base nos sinais e sintomas da
doença:

▪ Paucibacilares (PB): casos com até 5 lesões de pele;


▪ Multibacilares (MB): casos com mais de 5 lesões de pele.
Hanseníase

 O diagnóstico da doença e a classificação operacional do


paciente em Pauci ou em Multibacilar são importantes para que
possa ser selecionado o esquema de tratamento quimioterápico
adequado ao caso.
Hanseníase

 Tratamento Poliquimioterápico – PQT:

 O tratamento específico é encontrado nos serviços públicos de


saúde e é chamado de poliquimioterapia (PQT), por utilizar a
combinação de três medicamentos. Os medicamentos utilizados
consistem na associação de antibióticos, conforme a
classificação operacional, sendo:

▪ Paucibacilares: rifampicina, dapsona - 6 doses em até 9


meses;
▪ Multibacilares: rifampicina, dapsona e clofazimina – 12 doses
em até 18 meses;
Hanseníase

 O paciente vai ao serviço mensalmente tomar a dose


supervisionada pela equipe de saúde, e pegar a medicação para
as doses que ele toma diariamente em casa.

 Para crianças com hanseníase, a dose dos medicamentos do


esquema-padrão é ajustada, de acordo com a sua idade. No
caso de pessoas com intolerância a um dos medicamentos do
esquema-padrão, são indicados esquemas alternativos.

 Com relação a alta por cura, essa é dada após a administração


do número de doses preconizadas pelo esquema terapêutico.
Ressaltando que regularidade do tratamento somatizado com
início mais precoce do mesmo, levariam a cura da hanseníase de
modo mais rápido e seguro.
Tuberculose

 Tuberculose é uma doença infectocontagiosa causada por uma


bactéria chamada Mycobacterium tuberculosis ou Bacilo de
Koch (BK) que afeta principalmente os pulmões, podendo
ocorrer em outros órgãos do corpo como ossos, rins e meninges
(membranas que envolvem o cérebro).

 De acordo com a Organização Mundial de Saúde - OMS, dois


bilhões de pessoas correspondendo a um terço da população
mundial, está infectada por esta bactéria. Destes, 8 milhões
desenvolverão a doença e 2 milhões morrerão a cada ano.
Tuberculose

 Com relação ao Brasil, este ocupa o 15º lugar entre os 22 países


responsáveis por 80% do total de casos de tuberculose no
mundo. De acordo com os dados do Sistema de Informação de
Agravos de Notificação (Sinan/ MS), são verificados cerca de 6
mil óbitos por ano em decorrência da doença.

 Estudos demonstram que a tuberculose ainda é um sério


problema de saúde pública e o elevado número de casos esta
interligado com a pobreza e à má distribuição de renda, além do
estigma que implica na não adesão dos portadores e/ou
familiares/contactantes. Com o advento da AIDS e o
aparecimento de focos de tuberculose multirresistente, o
problema tem se agravado ainda mais no mundo.
Tuberculose

 Agente Etiológico:

 Mycobacterium tuberculosis ou Bacilo de Koch (BK). Outras


espécies de micobactérias também podem causar a tuberculose.
São elas: Mycobacterium bovis, africanum e microti.
Tuberculose

 Modo de Transmissão:

 A transmissão ocorre de modo direto (pessoa a pessoa) por


meio de gotículas contendo os bacilos expelidos por um doente
com tuberculose pulmonar ao tossir, espirrar ou falar. Somente
5% a 10% dos infectados pelo Bacilo de Koch adquirem a
doença.

 Pessoas com AIDS, diabetes, insuficiência renal crônica (IRA),


desnutridas, idosos doentes, alcoólatras, viciados em drogas e
fumantes possuem uma maior predisposição para contrair a
tuberculose.
Tuberculose

 Aspectos Clínicos:

 Os sinais e sintomas mais frequentemente descritos são tosse


seca contínua no início, depois com presença de secreção por
mais de três semanas, transformando-se, na maioria das vezes,
em uma tosse com pus ou sangue; cansaço excessivo; febre
baixa geralmente à tarde; sudorese noturna; falta de apetite;
palidez; emagrecimento acentuado; rouquidão; fraqueza; e
prostração.
Tuberculose

 Aspectos Clínicos:

 Os casos graves apresentam dificuldade na respiração;


eliminação de grande quantidade de sangue, colapso do pulmão
e acumulo de pus na membrana que reveste o pulmão (pleura).
Caso haja um comprometimento dessa membrana, pode ocorrer
dor torácica. Porém, alguns pacientes não exibem indício da
doença ou apresentam sintomas aparentemente simples que
são ignorados durante alguns meses.
Tuberculose

 Diagnóstico:

 São utilizados os exames bacteriológico direto do escarro


(baciloscopia e cultura) responsável por detectar 70 a 80% dos
casos de tuberculose, radiológico, prova tuberculínica,
anatomopatológicos (histológico e citológico) e bioquímico.
Tuberculose

 Tratamento:

ESQUEMA BÁSICO PARA ADULTOS E ADOLESCENTES (2RHZE/4RH)


R (Rifampicina) – H (Isoniazida) – Z (Pirazinamida) – E (Etambutol)
Tuberculose

 Tratamento:

 Indicações:

▪ Casos novos de todas as formas de tuberculose pulmonar e


extrapulmonar (exceto meningoencefalite) infectados ou não
pelo HIV.
▪ Retratamento: recidiva (independentemente do tempo
decorrido do primeiro episódio) ou retorno após abandono
com doença ativa.

Observação – Entende-se por caso novo todo paciente que nunca


usou ou usou por menos de 30 dias medicamentos antituberculose.
Tuberculose

 Tratamento:

ESQUEMA PARA MENINGOENCEFALITE PARA ADULTOS E


ADOLESCENTES (2RHZE/7RH)

ESQUEMA PARA MULTIRRESISTÊNCIA (2S5ELZT / 4S3ELZT / 12ELT)


S (Estreptomicina) – E (Etambutol) – L (Levofloxacina) –
Z (Pirazinamida) – T (Terizidona).
Tuberculose

 Indicação:

 Resistência à RH, resistência à RH e outro(s) fármaco(s) de


primeira linha, falência ao esquema básico ou na
impossibilidade do uso do esquema básico por intolerância a
dois ou mais fármacos.

 Observação – Entende-se por falência a persistência de


baciloscopia positiva ao final do tratamento; fortemente
positivos (++ ou +++) no início do tratamento, mantendo essa
situação até o quarto mês de tratamento; ou positividade inicial
seguida de negativação e nova positividade a partir do quarto
mês de tratamento.
Programa de Hipertensão (HAS)
e Diabetes (DM)
 As doenças cardiovasculares constituem a principal causa de
morbimortalidade na população brasileira.

 HAS e o DM representam um dos principais fatores de risco para


o agravamento do quadro, por estar relacionada com o
surgimento de outras doenças crônicas não transmissíveis que
acarretam danos algumas vezes irreversíveis a saúde diminuindo
assim, a qualidade de vida do indivíduo.
Programa de Hipertensão (HAS)
e Diabetes (DM)
 Dentre estes danos, a hipertensão é responsável pelo risco de
doenças cardiovasculares, cerebrovasculares e renais, sendo a
causa de pelo menos 40% das mortes de acidente vascular
cerebral, e por 25% das mortes por doença arterial coronariana
e, em combinação com o diabete, 50% dos casos de insuficiência
renal terminal.

 O controle da HAS reside na redução das suas complicações, tais


como: doença cerebrovascular, doença arterial coronariana,
insuficiência cardíaca, doença renal crônica, doença arterial
periférica.
Programa de Hipertensão (HAS)
e Diabetes (DM)
 O diabetes por sua vez, atinge todas as faixas etárias sem
distinção de raça, sexo ou condições socioeconômicas. Na
população adulta, sua prevalência é de 7,6%. Podendo levar o
indivíduo à invalidez parcial ou total com repercussões para o
paciente, sua família e sociedade.

 O diagnóstico precoce evita complicações e retardam a


progressão das perdas existentes. A possibilidade de associação
das duas doenças é da ordem de 50%, o que requer, na grande
maioria dos casos, o manejo das duas patologias num mesmo
paciente.
Programa de Hipertensão (HAS)
e Diabetes (DM)
 A HA e o DM são doenças que apresentam vários aspectos em
comum:

▪ Etiopatogenia: identifica-se a presença, em ambas, de


resistência insulínica, resistência vascular periférica aumentada
e disfunção endotelial;

▪ Fatores de risco: obesidade, dislipidemia e sedentarismo;

▪ Tratamento não medicamentoso: as mudanças propostas nos


hábitos de vida são semelhantes para ambas as situações;
Programa de Hipertensão (HAS)
e Diabetes (DM)
 A HA e o DM são doenças que apresentam vários aspectos em
comum (cont.):

▪ Cronicidade: doenças incuráveis, requerendo


acompanhamento eficaz e permanente. Complicações crônicas
que podem ser evitadas, quando precocemente identificadas e
adequadamente tratadas; geralmente assintomáticas e na
maioria dos casos, de difícil adesão ao tratamento, pela
necessidade de mudança nos hábitos de vida e participação
ativa do indivíduo
Programa de Hipertensão (HAS)
e Diabetes (DM)
 Hipertensão

 A Hipertensão Arterial é definida como pressão arterial sistólica


maior ou igual a 140 mmHg e uma pressão arterial diastólica
maior ou igual a 90 mmHg, em indivíduos que não estão fazendo
uso de medicamentos anti-hipertensivo.

 Devem-se considerar no diagnóstico da HAS, a presença dos


fatores de risco para lesões nos órgãos-alvo e as comorbidades
associadas.
Programa de Hipertensão (HAS)
e Diabetes (DM)
 Para indivíduos sem diagnóstico prévio e níveis de PA elevada
em uma aferição, recomenda-se repetir a aferição de pressão
arterial em diferentes períodos, antes de caracterizar a presença
de HAS. É necessário conhecer a pressão usual do indivíduo, não
sendo suficiente uma ou poucas aferições casuais.
Programa de Hipertensão (HAS)
e Diabetes (DM)
 Classificação da pressão arterial para adultos com mais de
18 anos:

Classificação PAS (mmHg) PAD (mmHg)


Normal < 120 < 80
Pré - hipertensão 120 - 159 80 - 89
Hipertensão
Estágio 1 140 - 159 90 - 99
Estágio 2 > 160 ≥ 100
Programa de Hipertensão (HAS)
e Diabetes (DM)
 Para crianças e adolescentes de 1 a 17 anos constam de tabelas
especiais que levam em consideração a idade e o percentil de
altura em que o indivíduo se encontra.

 Admite-se como pressão arterial ideal, condição em que o


indivíduo apresenta o menor risco cardiovascular, PAS < 120
mmHg e PAD < 80 mmHg.

 A pressão arterial de um indivíduo adulto que não esteja em uso


de medicação anti-hipertensiva e sem comorbidades associadas
é considerada normal quando a PAS é < 130 mmHg e a PAD < 85
mmHg. Níveis de PAS entre 130 e 139 mmHg e/ou de PAD entre
85 e 89 mmHg são considerados limítrofes.
Programa de Hipertensão (HAS)
e Diabetes (DM)
 Diabetes Melitus

 O DM é uma síndrome de origem múltipla, consequência da


ausência de insulina e/ou da incapacidade de a insulina exercer
adequadamente seus efeitos. Caracteriza-se por hiperglicemia
crônica com distúrbios do metabolismo dos carboidratos,
lipídeos e proteínas.

 As consequências do DM a longo prazo, incluem disfunção e


falência de vários órgãos, principalmente os rins, olhos, nervos,
coração e vasos sanguíneos.
Programa de Hipertensão (HAS)
e Diabetes (DM)
 Diabetes Melitus

Classificação:
DM tipo 1:

 Resulta primariamente da destruição das células beta


pancreática e tem tendência à cetoacidose. Esse tipo ocorre em
cerca de 5 a 10% dos diabéticos. Inclui casos decorrentes de
doença autoimune e aqueles nos quais a causa da destruição
das células beta não é conhecida, dividindo-se em:
imunomediado e idiopático.
Programa de Hipertensão (HAS)
e Diabetes (DM)
 Diabetes Melitus

 Características Clínicas:

• Maior incidência em crianças, adolescente e adulta jovem.


• Início abrupto dos sintomas.
• Pacientes magros.
• Facilidade para cetose e grandes flutuações da Glicemia.
• Pouca influência hereditária.
• Deterioração clínica, se não tratado Imediatamente com
insulina.
Programa de Hipertensão (HAS)
e Diabetes (DM)
 Diabetes Melitus

DM tipo 2:

 Obesidade, especialmente de distribuição abdominal (obesidade


"androide ou tipo maçã") diagnosticada quando a razão entre a
circunferência da cintura e do quadril (RCQ) é maior que 1 m,
para os homens, e maior que 0,80 m, para as mulheres. Esta
condição está presente em 80% dos pacientes no momento do
diagnóstico. Forte componente hereditário.
Programa de Hipertensão (HAS)
e Diabetes (DM)
 Diabetes Melitus

 Características Clínicas:

• Idade maior que 30 anos, embora possa ocorrer em


qualquer época. A prevalência aumenta com a idade,
podendo chegar a 20% na população com 65 anos ou mais.
Atualmente, têm surgido casos de DM tipo 2 em crianças e
adolescentes, principalmente em obesas e as que
apresentam características de resistência insulínica.
• Pode não apresentar os sintomas clássicos de hiperglicemia
(poliúria, polidipsia, polifagia e emagrecimento).
Programa de Hipertensão (HAS)
e Diabetes (DM)
 Diabetes Melitus

 Características Clínicas:

• Evidências de complicações crônicas micro e


macrovasculares, ao diagnóstico, pelo fato desses pacientes
evoluírem 4 a 7 anos antes, com hiperglicemia não
detectada.
• Não propensão à cetoacidose diabética, exceto em situações
especiais de estresse agudo (sepsis, infarto agudo do
miocárdio, etc.).
Programa de Hipertensão (HAS)
e Diabetes (DM)
 Diabetes Melitus

 Condições de risco do DM tipo 2:

• Idade > 40 anos.


• Histórico familiar (pais, filhos, irmãos, etc.).
• Excesso de peso (IMC >25 kg/m2).
• Obesidade (particularmente do tipo androide ou central).
• HAS.
• Presença de doença vascular aterosclerótica antes dos 50
anos.
Programa de Hipertensão (HAS)
e Diabetes (DM)
 Diabetes Melitus

 Rastreamento do DM - Sinais e sintomas:

• Poliúria/nictúria.
• Polidipsia/boca seca.
• Polifagia.
• Emagrecimento rápido.
• Fraqueza / astenia / letargia.
• Prurido vulvar ou balanopostite.
• Diminuição brusca da acuidade visual.
• Achado de hiperglicemia ou glicosúria em exames de rotina.
Programa de Hipertensão (HAS)
e Diabetes (DM)
 Diabetes Melitus

 Rastreamento do DM - Sinais e sintomas:

• Sinais ou sintomas relacionados às complicações do DM:


proteinúria, neuropatia periférica, retinopatia, ulcerações
crônicas nos pés, doença vascular aterosclerótica,
impotência sexual, paralisia oculomotora, infecções
urinárias ou cutâneas de repetição, etc.
• Histórico prévio de hiperglicemia e/ou glicosúria.
• Mães de recém-nascidos com mais de 4 kg.
• Mulheres com antecedentes de abortos frequentes, partos
prematuros, mortalidade perinatal, polidrâmnio, diabetes
gestacional.
Programa de Hipertensão (HAS)
e Diabetes (DM)
 Diabetes Melitus

 Rastreamento do DM - Sinais e sintomas:

• HDL - colesterol = 35 mg/dl.


• Triglicerídeos = 200 mg/dl.
• Uso de medicamentos diabetogênicos (corticoides,
anticoncepcionais, etc.).
• Sedentarismo.
• A glicemia capilar pode ser utilizada para rastreamento de
DM, devendo-se confirmar o diagnóstico com glicemia
plasmática.
Programa de Hipertensão (HAS)
e Diabetes (DM)
 Diabetes gestacional:

 Na primeira consulta de pré-natal deve-se realizar uma glicemia


de jejum aplicando os critérios gerais de diagnóstico. O
rastreamento do DM gestacional é realizado entre a 24ª e 28ª
semanas de gravidez, podendo ser em uma ou duas etapas:

• Em uma etapa - é aplicado diretamente o teste oral de


tolerância à glicose - TOTG, com ingestão de 75 g de glicose;
Programa de Hipertensão (HAS)
e Diabetes (DM)
• Em duas etapas - inicialmente, é aplicado um teste de
rastreamento incluindo glicemia de jejum ou glicemia de
uma hora após ingestão de 50 g de glicose (jejum
dispensado). Testes são considerados positivos quando a
glicemia após 50 g de glicose for = 140 mg/dl. Nos casos
considerados positivos, é aplicado o TOTG, com 75 g de
glicose.
Programa de Hipertensão (HAS)
e Diabetes (DM)
 Diagnóstico Laboratorial:

 Glicemia de jejum:

• Por sua praticidade, a medida da glicose plasmática em


jejum (8 a 12 horas) é o procedimento básico empregado
para fazer o diagnóstico do DM.
Programa de Hipertensão (HAS)
e Diabetes (DM)
 Teste oral de tolerância à glicose (TOTG):

 O teste padronizado de tolerância à glicose é realizado com


medidas de glicemia nos tempos de 0 e 120 minutos após a
ingestão de 75 g de glicose anidra (ou dose equivalente de 82,5
g de dextrosol). A realização do teste de sobrecarga de 75 g está
indicada quando:

• A glicose plasmática de jejum for >110 mg/ dl e < 126 mg/dl;


• A glicose plasmática de jejum for < 110mg/ dl na presença
de dois ou mais fatores de risco para DM nos indivíduos com
idade superior a 45 anos.
Programa de Hipertensão (HAS)
e Diabetes (DM)
 Tratamento do DM e da HAS

 O tratamento do DM e HAS incluem as seguintes estratégias:


educação, modificações dos hábitos de vida e, se necessário,
medicamentos. O tratamento concomitante de outros fatores de
risco cardiovascular é essencial para a redução da mortalidade
cardiovascular.

 O paciente deve ser estimulado a adotar diariamente hábitos


saudáveis como a manutenção de peso adequado, prática
regular de atividade física, suspensão do hábito de fumar, baixo
consumo de gorduras e de bebidas alcoólicas.
Programa de Hipertensão (HAS)
e Diabetes (DM)

Tratamento do DM e HAS
Programa de Hipertensão (HAS)
e Diabetes (DM)
 O tratamento deve ser individualizado, respeitando-se as
seguintes situações:

• Idade do paciente;
• Presença de outras doenças;
• Capacidade de percepção da hipoglicemia;
• Estado mental do paciente;
• Uso de outras medicações;
• Dependência de álcool ou drogas;
• Cooperação do paciente;
• Restrições financeiras.
Programa de Hipertensão (HAS)
e Diabetes (DM)
 Tratamento medicamentoso da HAS:

 Quando da opção pelo uso de drogas anti-hipertensivas algumas


noções básicas devem ser lembradas: Iniciar sempre com doses
menores do que as preconizadas; Evitar os efeitos colaterais,
associando nova droga antes da dose máxima estabelecida,
favorecendo associações de baixas doses; Estimular a medida da
PA no domicílio, sempre que possível; Lembrar que
determinadas drogas anti-hipertensivas demoram de 4 a 6
semanas para atingir seu efeito máximo, devendo-se evitar
modificações do esquema terapêutico antes do término desse
período;
Programa de Hipertensão (HAS)
e Diabetes (DM)
 Tratamento medicamentoso da HAS:

 O paciente deve ser orientado quanto ao uso do medicamento,


horário mais conveniente, relação com alimentos, sono, diurese
e mecanismos de ação; Antes de aumentar ou modificar a
dosagem de um anti-hipertensivo, monitorar a adesão – que
significa que o paciente está com a pressão controlada e aderiu
as recomendações de mudanças nos hábitos de vida. A principal
causa de hipertensão arterial resistente é a descontinuidade da
prescrição estabelecida.
Programa de Hipertensão (HAS)
e Diabetes (DM)
 Classes de anti-hipertensivos:

 Estão disponíveis seis classes de anti-hipertensivos: os


diuréticos, os inibidores adrenérgicos (os de ação central, os
alfa-1 bloqueadores e os betabloqueadores), os vasodilatadores
diretos, os inibidores da enzima conversora da angiotensina
(ECA), os antagonistas dos canais de cálcio e os antagonistas do
receptor da angiotensina II.
Programa de Hipertensão (HAS)
e Diabetes (DM)
 Tratamento medicamentoso do DM

 Vários fatores são importantes na escolha da terapêutica para o


DM tipo 2: gravidade da doença, condição geral do paciente
(presença ou não de outras doenças), capacidade de
autocuidado, motivação, idade.

 Existem dois tipos de tratamento medicamentoso do DM: os


antidiabéticos orais e as insulinas. Os antidiabéticos orais devem
ser empregados, no DM tipo 2, quando não se tiver atingido os
níveis glicêmicos desejáveis após o uso das medidas dietéticas e
do exercício, exemplo: Sulfonilureias (Clorpropamida,
Glibenclamida, Glipizida, Gliclazida, Glimepirida), Biguanidas,
Metformina.
Programa de Hipertensão (HAS)
e Diabetes (DM)
 Tratamento medicamentoso do DM

 As insulinas (insulina humana regular de ação rápida; NPH


insulina de ação intermediária; Suspensão de zinco humana,
cristalina de ação lenta; Insulina Aspart; Insulina Lispro; Insulina
de ação super lenta), devem ser conservação em temperatura
de 2°a 8°C.

 O Governo Federal criou o Programa Farmácia Popular do Brasil


para ampliar o acesso aos medicamentos para as doenças mais
comuns entre os cidadãos. O Programa possui uma rede própria
de Farmácias Populares e a parceria com farmácias e drogarias
da rede privada, chamada de “Aqui tem Farmácia Popular”.
Programa de Hipertensão (HAS)
e Diabetes (DM)
 Tratamento medicamentoso do DM

 Abaixo, estão listados os princípios ativos dos medicamentos


contra hipertensão e diabetes que passaram a ser oferecidos
gratuitamente nos estabelecimentos credenciados ao Aqui Tem
Farmácia Popular:

 Hipertensão (princípio ativo e concentração):


• Captopril 25 mg – comprimido.
• Maleato de enalapril 10 mg – comprimido.
• Cloridrato de propranolol 40 mg – comprimido.
• Atenolol 25 mg – comprimido.
• Hidroclorotiazida 25 mg – comprimido.
• Losartana Potássica 50 mg – comprimido.
Programa de Hipertensão (HAS)
e Diabetes (DM)
 Diabetes (princípio ativo e concentração):Captopril 25 mg –
comprimido.
• Glibenclamida 5 mg, comprimido.
• Cloridrato de metformina 500 mg – comprimido.
• Cloridrato de metformina 850 mg – comprimido.
• Insulina Humana NPH 100 UI/ml – suspensão injetável,
frasco-ampola 10 ml.
• Insulina Humana NPH 100 UI/ml – suspensão injetável,
frasco-ampola 5 ml.
• Insulina Humana NPH 100 UI/ml – suspensão injetável,
refil 3ml (carpule).
• Insulina Humana NPH 100 UI/ml – suspensão injetável,
refil 1,5ml (carpule).
Programa de Hipertensão (HAS)
e Diabetes (DM)
 Diabetes (princípio ativo e concentração):Captopril 25 mg –
comprimido.
• Insulina Humana Regular 100 UI/ml – solução injetável,
frasco-ampola 10 ml.
• Insulina Humana Regular 100 UI/ml – solução injetável,
frasco-ampola 5 ml.
• Insulina Humana Regular 100UI/ml – solução injetável,
refil 3ml (carpules).
• Insulina Humana Regular 100UI/ml – solução injetável,
refil 1,5ml (carpules).
Programa Nacional de Atenção Integral
à Saúde da Mulher
 As mulheres são a maioria da população brasileira (50,77%) e as
principais usuárias do Sistema Único de Saúde (SUS).
Frequentam os serviços de saúde para o seu próprio
atendimento, mas, sobretudo, acompanhando crianças e outros
familiares, pessoas idosas, com deficiência, vizinhos, amigos.

 São também cuidadoras, não só das crianças ou outros


membros da família, mas também de pessoas da vizinhança e da
comunidade. A situação de saúde envolve diversos aspectos da
vida, como a relação com o meio ambiente, o lazer, a
alimentação e as condições de trabalho, moradia e renda.
Programa Nacional de Atenção Integral
à Saúde da Mulher
 No caso das mulheres, os problemas são agravados pela
discriminação nas relações de trabalho e a sobrecarga com as
responsabilidades com o trabalho doméstico.

 Outras variáveis como raça, etnia e situação de pobreza realçam


ainda mais as desigualdades. As mulheres vivem mais do que os
homens, porém adoecem mais frequentemente.

 Possui uma maior vulnerabilidade diante de certas doenças e


causa de morte está mais relacionada com a situação de
discriminação na sociedade do que com fatores biológicos.
Programa Nacional de Atenção Integral
à Saúde da Mulher
 Os indicadores epidemiológicos do Brasil mostram uma
realidade na qual convivem doenças dos países desenvolvidos
(cardiovasculares e crônico-degenerativas) com aquelas típicas
do mundo subdesenvolvido (mortalidade materna e
desnutrição).

 Os padrões de morbimortalidade encontrados nas mulheres


revelam também essa mistura de doenças, que seguem as
diferenças de desenvolvimento regional e de classe social.
Programa Nacional de Atenção Integral
à Saúde da Mulher
 Dentro da perspectiva de buscar compreender o alinhamento de
fatores que condicionam o padrão de saúde da mulher, este
documento analisa, sob o enfoque de gênero, os dados
epidemiológicos extraídos dos sistemas de informação do
Ministério da Saúde propondo diretrizes para a humanização e a
qualidade do atendimento, questões ainda pendentes na
atenção à saúde das mulheres, tomando como base os dados
epidemiológicos e as reivindicações de diversos segmentos
sociais.
Programa Nacional de Atenção Integral
à Saúde da Mulher
 No Brasil, a saúde da mulher foi incorporada às políticas
nacionais de saúde nas primeiras décadas do século XX, sendo
limitada, nesse período, às demandas relativas à gravidez e ao
parto.

 Os programas materno-infantis, elaborados nas décadas de 30,


50 e 70, traduziam uma visão restrita sobre a mulher, baseada
em sua especificidade biológica e no seu papel social de mãe e
doméstica, responsável pela criação, pela educação e pelo
cuidado com a saúde dos filhos e demais familiares.
Programa Nacional de Atenção Integral
à Saúde da Mulher
 Há análises que demonstram que esses programas
preconizavam as ações materno-infantis como estratégia de
proteção aos grupos de risco e em situação de maior
vulnerabilidade, como era o caso das crianças e gestantes.

 Outra característica desses programas era a verticalidade e a


falta de integração com outros programas e ações propostos
pelo governo federal. As metas eram definidas pelo nível central,
sem qualquer avaliação das necessidades de saúde das
populações locais.
Programa Nacional de Atenção Integral
à Saúde da Mulher
 Em 1984, o Ministério da Saúde elaborou o Programa de
Assistência Integral à Saúde da Mulher (PAISM), marcando,
sobretudo, uma ruptura conceitual com os princípios
norteadores da política de saúde das mulheres e os critérios
para eleição de prioridades neste campo.

 O PAISM incorporou como princípios e diretrizes as propostas de


descentralização, hierarquização e regionalização dos serviços,
bem como a integralidade e a equidade da atenção, num
período em que, paralelamente, no âmbito do Movimento
Sanitário, se concebia o arcabouço conceitual que embasaria a
formulação do Sistema Único de Saúde (SUS).
Programa Nacional de Atenção Integral
à Saúde da Mulher
 O programa para a saúde da mulher incluía ações educativas,
preventivas, de diagnóstico, tratamento e recuperação,
englobando a assistência à mulher em clínica ginecológica, no
pré-natal, parto e puerpério, no climatério, em planejamento
familiar, DST, câncer de colo de útero e de mama, além de outras
necessidades identificadas a partir do perfil populacional das
mulheres.
Programa Nacional de Atenção Integral
à Saúde da Mulher
 A mortalidade materna é um bom indicador para avaliar as
condições de saúde de uma população. A partir de análises das
condições em que e como morrem as mulheres, pode-se avaliar
o grau de desenvolvimento de uma determinada sociedade.

 Estudo realizado pela OMS estimou que, em 1990,


aproximadamente 585.000 mulheres em todo o mundo
morreram vítimas de complicações ligadas ao ciclo gravídico-
puerperal. Apenas 5% delas viviam em países desenvolvidos.
Programa Nacional de Atenção Integral
à Saúde da Mulher
 Com relação ao aborto, encontra-se sendo realizado em
condições inseguras e está entre as principais causas de morte
materna e é causa de discriminação e violência institucional
contra as mulheres nos serviços de saúde.

 Violência que pode traduzir-se no retardo do atendimento, na


falta de interesse das equipes em escutar e orientar as mulheres
ou mesmo na discriminação explícita com palavras e atitudes
condenatórias e preconceituosas.
Programa Nacional de Atenção Integral
à Saúde da Mulher
 Pela representação simbólica da maternidade, como essência da
condição idealizada do ser mulher e da realização feminina, o
aborto pode sugerir uma recusa da maternidade e por isso pode
ser recebido com muitas restrições por parte dos profissionais de
saúde.

 Considerando que nem todas as mulheres buscam os serviços de


saúde por ocasião de um aborto, portanto supõe-se que os
registros do SUS não retratam a realidade brasileira.
Programa Nacional de Atenção Integral
à Saúde da Mulher
 Com relação aos métodos contraceptivos se observou que existe
uma concentração no uso de dois métodos: a laqueadura tubária
e a pílula (40% e 21%, respectivamente).

 A prevalência da ligadura tubária é maior nas regiões onde as


mulheres têm menor escolaridade e condições socioeconômicas
mais precárias segundo uma Pesquisa Nacional sobre Demografia
e Saúde.
Programa Nacional de Atenção Integral
à Saúde da Mulher
 DST – HIV – AIDS

 As Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) estão entre os


problemas de saúde pública mais comum em todo o mundo.
Estimativas apontam para a ocorrência de mais de 10 milhões de
novas infecções de transmissão sexual que podem evoluir para
doenças sintomáticas, como úlceras e verrugas genitais, ou
permanecerem assintomáticas.
Programa Nacional de Atenção Integral
à Saúde da Mulher
 DST – HIV – AIDS

 Isso, associado ao alto índice de automedicação, torna o


problema ainda maior, já que muitos dos casos não recebem
orientação e tratamento adequados, tornando-se subclínicos,
permanecendo transmissores e mantendo-se como elos
fundamentais na cadeia de transmissão das infecções.

 Se, por um lado, não é possível conhecer a real magnitude das


DST no Brasil, a sua transcendência é por demais conhecida: são
consideradas, o principal fator facilitador da transmissão sexual
do HIV; algumas, quando não diagnosticadas e tratadas a tempo,
podem evoluir para complicações graves e até mesmo para o
óbito;
Programa Nacional de Atenção Integral
à Saúde da Mulher
 DST – HIV – AIDS

 Durante a gestação, algumas podem ser transmitidas ao feto,


causando-lhe importantes lesões ou mesmo provocando o
abortamento; podem causar grande impacto psicológico em
seus portadores, levando-os muitas vezes a tomar iniciativas
equivocadas, como procurar assistência com pessoas sem a
devida formação para tal (balconistas de farmácia, curandeiros,
etc.), e mesmo adotando a prática inadequada da
automedicação, o que é facilitado pela falta de controle na
venda de medicamentos que existe em nosso País;
Programa Nacional de Atenção Integral
à Saúde da Mulher
 DST – HIV – AIDS

 Causam também grande impacto social, que se traduz em custos


indiretos para a economia do País e que, somados aos enormes
custos diretos decorrentes das internações e procedimentos
necessários para o tratamento de suas complicações, elevam os
custos totais.

 Provavelmente, devido ao fato de ser o principal fator facilitador


da transmissão sexual do HIV, nos últimos anos o trabalho com
as outras DST passou a ter redobrada importância.
Programa Nacional de Atenção Integral
à Saúde da Mulher
 DST – HIV – AIDS

 Os danos mais graves à saúde causados pelas DST, excetuando-


se o HIV, tendem a ocorrer em mulheres e em recém-nascidos.
As complicações nas mulheres incluem a doença inflamatória
pélvica (DIP), tendo como consequência a infertilidade, a dor
crônica, à gravidez ectópica, podendo causar a mortalidade
materna associada e o câncer de colo uterino, pela estreita
correlação dessa patologia com alguns subtipos do HPV e com a
imunodeficiência promovida pela infecção por HIV.
Programa Nacional de Atenção Integral
à Saúde da Mulher
 DST – HIV – AIDS

 As complicações em recém-nascidos incluem a sífilis congênita,


a infecção por gonococo, pela clamídia, pelo HPV, pela hepatite
B e pelo HIV.

 Com relação à sífilis materna, a prevalência encontrada pelos


estudos sentinela em maternidades é de 1,7%, o que leva a uma
estimativa de aproximadamente 116.000 gestantes com sífilis e
cerca de 29.000 crianças com sífilis congênita (taxa média de
transmissão de 25%).
Programa Nacional de Atenção Integral
à Saúde da Mulher
 A Saúde de Mulheres Adolescentes

 A adolescência é marcada por um rápido crescimento e


desenvolvimento do corpo, da mente e das relações sociais. O
crescimento físico é acompanhado de perto pela maturação
sexual.

 A capacidade de abstração e o pensamento crítico também se


desenvolvem na juventude, juntamente com um maior senso de
independência emocional e de autoconhecimento.
Programa Nacional de Atenção Integral
à Saúde da Mulher
 A Saúde de Mulheres Adolescentes

 Na adolescência, a sexualidade tem uma dimensão especial que


é o aparecimento da capacidade reprodutiva no ser humano,
concomitante à reestruturação do emocional.

 Ocorre ainda a incorporação de novos comportamentos e


atitudes frente a uma estrutura de padrões sociais e sexuais,
fortemente influenciados pelas relações de gênero,
estabelecidos social e culturalmente.
Programa Nacional de Atenção Integral
à Saúde da Mulher
 A Saúde de Mulheres Adolescentes

 Nessa etapa, são importantes as ações educativas e de redução


da vulnerabilidade das adolescentes aos agravos à saúde sexual
e reprodutiva.

 Assim, cabe aos serviços de saúde a prestação de uma


assistência adequada e o desenvolvimento de ações educativas
que abordem a sexualidade com informações claras e científicas,
introduzindo gênero, classe social e as diferenças culturais de
iniciação da vida sexual e reprodutiva, de modo que a
informação aporte maiores conhecimentos e seja mais
resolutiva.
Programa Nacional de Atenção Integral
à Saúde da Mulher
 Saúde da Mulher no Climatério/Menopausa

 Climatério é a fase de transição entre o período reprodutivo e o


não reprodutivo da vida da mulher, estendendo-se até os 65
anos de idade.

 Menopausa é um marco dessa fase, correspondendo ao último


período menstrual, somente reconhecida após passados 12
meses da sua ocorrência. A idade média de ocorrência da
menopausa é 50 anos.
Programa Nacional de Atenção Integral
à Saúde da Mulher
 Saúde da Mulher no Climatério/Menopausa

 O climatério/menopausa não é uma doença e sim uma fase da


vida da mulher. A maioria das mulheres passa por ela sem
apresentar queixas e sem necessitar de medicamentos.

 Outras apresentam sintomas de intensidade variável e que são,


geralmente, transitórios. Entre os sintomas que podem ocorrer
no climatério/menopausa, alguns são devido ao brusco
desequilíbrio entre os hormônios e outros estão ligados ao
estado geral da mulher e ao estilo de vida adotado até então.
Programa Nacional de Atenção Integral
à Saúde da Mulher
 Saúde da Mulher no Climatério/Menopausa

 A autoimagem, o papel e as relações sociais, as expectativas e


projetos de vida também contribuem para o aparecimento e a
intensidade dos sintomas.

 Existe na nossa sociedade uma discriminação sistemática contra


as pessoas por sua idade cronológica. No caso das mulheres,
essa discriminação é mais evidente e acontece não só em
relação ao corpo físico, pela supervalorização da maternidade
em relação a outras capacidades e pelo mito da eterna
juventude – como a outros aspectos da vida.
Programa Nacional de Atenção Integral
à Saúde da Mulher
 Saúde Mental e Gênero

 Trabalhar a saúde mental das mulheres sob o enfoque de gênero


nasce da compreensão de que as mulheres sofrem duplamente
com as consequências dos transtornos mentais, dadas às
condições sociais, culturais e econômicas em que vivem.

 Condições que são reforçadas pela desigualdade de gênero tão


arraigada na sociedade brasileira, que atribui à mulher uma
postura de subalternidade em relação aos homens.
Programa Nacional de Atenção Integral
à Saúde da Mulher
 Saúde Mental e Gênero

 De acordo com o Guia de Direitos Humanos, as mulheres


ganham menos, estão concentradas em profissões mais
desvalorizadas, têm menor acesso aos espaços de decisão no
mundo político e econômico, sofrem mais violência (doméstica,
física, sexual e emocional), vivem dupla e tripla jornada de
trabalho e são as mais penalizadas com o sucateamento de
serviços e políticas sociais, dentre outros problemas.

 Outros aspectos agravam a situação de desigualdade das


mulheres na sociedade: classe social, raça, etnia, idade e
orientação sexual, situações que limitam o desenvolvimento e
comprometem a saúde mental de milhões de mulheres.
Programa Nacional de Atenção Integral
à Saúde da Mulher
 Saúde Mental e Gênero

 Pensar em gênero e saúde mental não é apenas pensar no


sofrimento causado pelos transtornos mentais que acometem as
mulheres, ou então nas tendências individuais que algumas
mulheres apresentam em desencadear crises e depressões.

 Antes de tudo, é necessário contextualizar os aspectos da vida


cotidiana das mulheres, conhecer com que estrutura social
contam ou não, para resolver as questões práticas da vida, e
reconhecer que a sobrecarga das responsabilidades assumidas
pelas mulheres tem um ônus muito grande, que muitas vezes se
sobrepõe às forças de qualquer pessoa.
Programa Nacional de Atenção Integral
à Saúde da Mulher
 Doenças Crônico-Degenerativas e Câncer Ginecológico

 As mudanças de hábitos, aliadas ao stress gerado pelo estilo de


vida do mundo moderno, contribuem para que as doenças
crônico-degenerativas estejam entre as principais causas de
morte na população feminina.

 Alguns fatores, como o tipo de alimentação, o sedentarismo, o


tabagismo, a sobrecarga de responsabilidades – aumento
considerável do número de mulheres chefes de família – a
competitividade, o assédio moral e sexual no mundo do
trabalho, têm relevância destacada na mudança do perfil
epidemiológico das mulheres.
Programa Nacional de Atenção Integral
à Saúde da Mulher
 Doenças Crônico-Degenerativas e Câncer Ginecológico

 A hipertensão arterial e o diabetes mellitus constituem-se nos


principais fatores de risco populacional para as doenças
cardiovasculares responsável por grande parte das causas de
morte.

 No Brasil, em 20 anos (1979 – 1999), observa-se um aumento


importante no número total de casos de câncer e nos óbitos por
essa causa. Entre os homens, a taxa bruta de mortalidade
aumentou 16,72%, enquanto entre as mulheres o aumento foi
de 14,72% (www.inca.gov.br).
Programa Nacional de Atenção Integral
à Saúde da Mulher
 Doenças Crônico-Degenerativas e Câncer Ginecológico

 No mundo, o câncer de mama situa-se entre as primeiras causas


de morte por câncer em mulheres. Até o momento, não existem
medidas de prevenção primária para a doença.

 Porém, estudos observacionais indicam que é possível reduzir o


risco de câncer de mama com mudanças de hábitos: redução do
tabagismo, do uso de álcool, da obesidade e do sedentarismo.
Programa Nacional de Atenção Integral
à Saúde da Mulher
 Doenças Crônico-Degenerativas e Câncer Ginecológico

 O câncer de mama é diagnosticado tardiamente em cerca de


60% dos casos, e mudar essa situação é um desafio necessário,
pois a detecção precoce aumenta significativamente a
perspectiva e a qualidade de vida das mulheres posteriormente
ao diagnóstico da doença.

 A prevenção do câncer ginecológico, assim como o diagnóstico


precoce e o tratamento, requerem a implantação articulada de
medidas como sensibilização e mobilização da população
feminina; investimento tecnológico e em recursos humanos,
organização da rede, disponibilidade dos tratamentos e
melhoria dos sistemas de informação.
Programa Nacional de Atenção Integral
à Saúde da Mulher
 Princípios de Política de Atenção Integral à Saúde da
Mulher

 Essenciais para que as ações de saúde se traduzam na resolução


dos problemas identificados, na satisfação das usuárias, no
fortalecimento da capacidade das mulheres frente à
identificação de suas demandas, no reconhecimento e
reivindicação de seus direitos e na promoção do autocuidado.

 As histórias das mulheres na busca pelos serviços de saúde


expressam discriminação, frustrações e violações dos direitos e
aparecem como fonte de tensão e mal-estar psíquico-físico.
Programa Nacional de Atenção Integral
à Saúde da Mulher
 Princípios de Política de Atenção Integral à Saúde da
Mulher

 Por essa razão, a humanização e a qualidade da atenção


implicam na promoção, reconhecimento, e respeito aos seus
direitos humanos, dentro de um marco ético que garanta a
saúde integral e seu bem-estar.
Programa Nacional de Atenção Integral
à Saúde da Mulher
 Objetivos Gerais da Política Nacional de Atenção Integral à
Saúde da Mulher:

• Promover a melhoria das condições de vida e saúde das


mulheres brasileiras, mediante a garantia de direitos
legalmente constituídos e ampliação do acesso aos meios e
serviços de promoção, prevenção, assistência e recuperação
da saúde em todo território brasileiro.
Programa Nacional de Atenção Integral
à Saúde da Mulher
 Objetivos Gerais da Política Nacional de Atenção Integral à
Saúde da Mulher:

• Contribuir para a redução da morbidade e mortalidade


feminina no Brasil, especialmente por causas evitáveis, em
todos os ciclos de vida e nos diversos grupos populacionais,
sem discriminação de qualquer espécie.

• Ampliar, qualificar e humanizar a atenção integral à saúde da


mulher no Sistema Único de Saúde.
Programa de Atenção Integral
à Saúde da Criança
 Em 1983 a Divisão Nacional Materno Infantil (DINSAMI)
elaborou o Programa de Assistência Integral da Mulher e da
Criança (PAISMC), com o objetivo de reduzir a morbimortalidade
da mulher e da criança, incrementando a cobertura e a
capacidade resolutiva da rede pública de serviços de saúde do
país.
Programa de Atenção Integral
à Saúde da Criança
 Em 1984, o PAISMC foi implantado na FHDF, sendo que
posteriormente houve a separação do programa da mulher
passando, então, a ser denominado Programa de Assistência
Integral à Saúde da Criança (PAISC), hoje Núcleo de Atenção
Integral à Saúde da Criança (NAISC).

 Fazem parte deste Núcleo a Coordenação de Bancos de Leite


Humano da SES, e a Coordenação de Hipotireoidismo Congênito
e Fenilcetonúria e a Coordenação do PAISC.
Programa de Atenção Integral
à Saúde da Criança
 Objetivo Geral:

 Criar condições para um atendimento integrado à saúde da


criança de zero a cinco anos com a prioridade para os grupos de
risco, através de aumento de cobertura e melhoria da qualidade
do atendimento, visando a diminuição da morbimortalidade
infantil.

 A infância é um período em que se desenvolve grande parte das


potencialidades humanas. Os distúrbios que incidem nessa
época são responsáveis por graves consequências para
indivíduos e comunidades.
Programa de Atenção Integral
à Saúde da Criança
 Objetivo Geral:

 Nesse aspecto, a equipe multiprofissional passa a ter um caráter


incomensurável dentro de uma organização do processo de
trabalho, utilizando-se de um conjunto de conhecimentos e
técnicas disponíveis para solucionar as dimensões envolvidas.

 De acordo com o Ministério da Saúde, o aleitamento materno é


a mais sábia estratégia natural de vínculo, afeto, proteção e
nutrição para a criança e constitui a mais sensível, econômica e
eficaz intervenção para redução da morbimortalidade infantil.
Admitido um enorme impulso na promoção da saúde integral da
dupla mãe/bebê e regozijo de toda a sociedade.
Programa de Atenção Integral
à Saúde da Criança
 Objetivo Geral:

 Se a manutenção do aleitamento materno é vital, a introdução


de alimentos seguros, acessíveis e culturalmente aceitos na
dieta da criança, em época oportuna e de forma adequada, é de
notória importância para o desenvolvimento sustentável e
equitativo de uma nação, para a promoção da alimentação
saudável em consonância com os direitos humanos
fundamentais e para a prevenção de distúrbios nutricionais de
grande impacto em Saúde Pública.
Programa de Atenção Integral
à Saúde da Criança
 Objetivo Geral:

 Porém, a implementação das ações de proteção e promoção do


aleitamento materno e da adequada alimentação complementar
depende de esforços coletivos intersetoriais e constitui enorme
desafio para o sistema de saúde, numa perspectiva de
abordagem integral e humanizada.

 Na atenção Básica à Saúde, a Estratégia Saúde da Família, desde


a sua criação, no ano de 1993, vem se consolidando como um
dos eixos estruturantes do Sistema Único de Saúde (SUS), por
meio de um movimento de expressiva expansão de cobertura
populacional, aprimorando em muito o acesso da população às
ações de saúde.
Programa de Atenção Integral
à Saúde da Criança
 Objetivo Geral:

 Dentro desse processo, o Pacto pela Redução da Mortalidade


Materna e Neonatal, o Pacto pela Vida e a Política Nacional de
Atenção Básica vieram para contribuir como instrumentos para
o fortalecimento da Saúde da Família no âmbito do SUS.

 Recentemente, o Unicef, em sua publicação “Situação Mundial


da Infância 2008 –Sobrevivência Infantil”, reconheceu a
Estratégia Saúde da Família como uma das principais políticas
adotadas pelo País responsável pela redução da mortalidade
infantil nos últimos anos.
Programa de Atenção Integral
à Saúde da Criança
 Objetivo Geral:

 Segundo dados do Unicef, o Brasil ocupa o segundo lugar no


ranking de países capazes de atingir a meta de redução da
mortalidade infantil em dois terços, de acordo com os Objetivos
de Desenvolvimento do Milênio, da Organização Mundial da
Saúde.

 O Brasil apresentou expressiva evolução na redução da


mortalidade na infância entre 1990 e 2006, o que permite
prever o possível cumprimento da meta.
Programa de Atenção Integral
à Saúde da Criança
 Objetivo Geral:

 A promoção da saúde integral da criança e o desenvolvimento das


ações de prevenção de agravos e assistência são objetivos que,
para além da redução da mortalidade infantil, apontam para o
compromisso de se prover qualidade de vida para a criança, ou
seja, que esta possa crescer e desenvolver todo o seu potencial.

 Com isso, o Ministério da Saúde também vem desenvolvendo


projetos voltados para concretizar tais objetivos como o Mãe-
Canguru e a promoção do aleitamento materno são iniciativas
que têm promovido uma mudança no atendimento à criança,
reduzindo tempo de internação e a incidência de infecções
hospitalares.
Programa de Atenção Integral
à Saúde da Criança
 Cuidado da atenção integral da saúde da criança e redução da
mortalidade infantil:

 O cuidado em saúde demanda uma visão integral do usuário em


todos os aspectos, assim é imprescindível uma escuta atenta,
olhar zeloso e estabelecimento de vínculo e responsabilização.
Este cuidado requer um olhar amplo na vida dos usuários o que
possibilita respostas também globais, consequência do
resultado de um trabalho em equipe.

 Da mesma maneira, é necessária a visão integral da rede de


assistência, potencializando os recursos disponíveis para
oferecer a resposta imediata, completa e resolutiva à
necessidade do usuário.
Programa de Atenção Integral
à Saúde da Criança
 Com o intuito de garantir tais linhas do cuidado é indispensável
abranger alguns aspectos como:

• Ações da saúde da mulher: atenção humanizada e


qualificada;
• Atenção humanizada e qualificada à gestante e ao recém-
nascido;
• Triagem neonatal: teste do pezinho;
• Incentivo ao aleitamento materno;
• Incentivo e qualificação do acompanhamento do
crescimento e desenvolvimento (CD) da criança;
• Alimentação saudável e prevenção do sobrepeso e
obesidade infantil;
Programa de Atenção Integral
à Saúde da Criança
 Com o intuito de garantir tais linhas do cuidado é indispensável
abranger alguns aspectos como:

• Combate à desnutrição e anemias carenciais;


• Imunização;
• Atenção às doenças prevalentes como diarreias; sífilis e
rubéola congênitas; tétano neonatal; HIV/aids; doenças
respiratórias/alergias;
• Atenção à saúde bucal;
• Atenção à saúde mental;
• Prevenção de acidentes, maus-tratos/violência e trabalho
infantil;
• Atenção à criança portadora de deficiência.
Atenção Integral à Saúde da Criança e
Redução da Mortalidade Infantil
 Relatório da 10ª Conferência Nacional de Saúde:

 Princípios da Atenção Integral à Saúde - Saúde da Criança e do


Adolescente:

 O Ministério da Saúde e as Secretarias Estaduais e Municipais de


Saúde devem implantar e implementar a Atenção Integral à
Saúde da Criança e do Adolescente em todas as Unidades e
Serviços de Saúde, tendo como um dos objetivos a redução da
morbimortalidade nesta faixa etária
Atenção Integral à Saúde da Criança e
Redução da Mortalidade Infantil
 Os gestores do SUS devem executar, entre outros:

a) Programas de Saúde Coletiva, em todos os Municípios,


voltados para os espaços onde convivem crianças e
adolescentes (moradias, creches, escolas, locais de lazer e
trabalho);

b) Vigilância e atenção sistemáticas aos recém-nascidos de


risco, até completarem um ano de idade ou enquanto perdurar
os riscos a sua saúde;
Atenção Integral à Saúde da Criança e
Redução da Mortalidade Infantil
c) Programas de saúde específicos para a faixa etária escolar
devem ser garantidos mesmo àqueles que se encontrarem fora
do sistema escolar;

d) Ações específicas que atendam às necessidades das crianças


ou adolescentes com deficiência (física, auditiva, visual ou
mental) ou com paralisia cerebral;

e) O Teste do Pezinho em todos os Municípios, conforme prevê


o Estatuto da Criança e do Adolescente, bem como as ações de
assistência no caso dos distúrbios metabólicos e da diabetes na
infância e adolescência;
Atenção Integral à Saúde da Criança e
Redução da Mortalidade Infantil
f) Programas de proteção à criança ou adolescente vítima de
maus-tratos, abuso sexual e demais formas de violência, bem
como ações de prevenção e tratamento da dependência
química, inclusive com o apoio à construção ou adequação de
centros públicos de convivência para assistência a essas
crianças ou adolescentes.

g) Ações de promoção da saúde voltadas às crianças e aos


adolescentes que vivem na rua e aos seus familiares.
Atenção Integral à Saúde da Criança e
Redução da Mortalidade Infantil
h) O Ministério da Saúde e as Secretarias Estaduais e
Municipais de Saúde devem zelar pelo fiel cumprimento da Lei
Federal nº 8069/90, que dispõem sobre o Estatuto da Criança e
do Adolescente, quanto ao direito à vida e à saúde,
contribuindo para a ampla informação e esclarecimento dos
pais e dos Trabalhadores em Saúde quanto aos mesmos, bem
como à obrigatoriedade de comunicar qualquer afronta a esses
direitos aos Conselhos Tutelares ou às Varas da Infância e da
Juventude nas localidades onde os primeiros ainda não estejam
implantados.
Atenção Integral à Saúde da Criança e
Redução da Mortalidade Infantil
i) O Ministério da Saúde e as Secretarias Estaduais e Municipais
de Saúde devem assegurar no que se refere às crianças e aos
adolescentes hospitalizados, o alojamento conjunto e o
acompanhamento dos pais, conforme lhes é garantido pelo
Estatuto da Criança e do Adolescente.

j) Os Gestores do SUS devem apoiar as atividades de atenção à


saúde de crianças que são desenvolvidas pela Pastoral da
Criança e pelos Agentes Comunitários de Saúde.
Atenção Integral à Saúde da Criança e
Redução da Mortalidade Infantil
 Programa de Atenção à Saúde do Adolescente:

Na organização da atenção à saúde do adolescente e do jovem


devem ser levados em consideração os seguintes aspectos:
Adequação dos serviços de saúde às necessidades específicas
de adolescentes e jovens, respeitando as características da
atenção local vigente e os recursos humanos e materiais
disponíveis;

 Respeito às características socioeconômicas e culturais da


comunidade, além do perfil epidemiológico da população local;
Atenção Integral à Saúde da Criança e
Redução da Mortalidade Infantil
 Programa de Atenção à Saúde do Adolescente:

Na organização da atenção à saúde do adolescente e do jovem


devem ser levados em consideração os seguintes aspectos:
Adequação dos serviços de saúde às necessidades específicas
de adolescentes e jovens, respeitando as características da
atenção local vigente e os recursos humanos e materiais
disponíveis;

 Respeito às características socioeconômicas e culturais da


comunidade, além do perfil epidemiológico da população local;

 Participação ativa dos adolescentes e jovens no planejamento,


no desenvolvimento, na divulgação e na avaliação das ações.
Atenção Integral à Saúde da Criança e
Redução da Mortalidade Infantil
 Os princípios fundamentais na atenção aos adolescentes são:

• Ética – a relação profissional de saúde com os adolescentes


e jovens deve ser pautada pelos princípios de respeito,
autonomia e liberdade, prescritos pelo Estatuto da Criança e
do Adolescente e pelos códigos de ética das diferentes
categorias.

• Privacidade – adolescentes e jovens podem ser atendidos


sozinhos, caso desejem.
Atenção Integral à Saúde da Criança e
Redução da Mortalidade Infantil
• Confidencialidade e Sigilo – adolescentes e jovens devem ter
a garantia de que as informações obtidas no atendimento
não serão repassadas aos seus pais e/ou responsáveis, bem
como aos seus pares, sem a sua concordância explícita. No
entanto, eles devem ser informados sobre as situações que
requerem quebra de sigilo, ou seja, sempre que houver risco
de vida ou outros riscos relevantes tanto para o cliente
quanto para terceiros, a exemplo de situações como abuso
sexual, ideia de suicídio, informação de homicídios e outros.
Atenção Integral à Saúde da Criança e
Redução da Mortalidade Infantil
 Esses princípios reconhecem adolescentes e jovens como
sujeitos capazes de tomarem decisões de forma responsável. O
atendimento, portanto, deve fortalecer sua autonomia,
oferecendo apoio sem emitir juízo de valor, contribuem assim
para uma melhor relação cliente-profissional, favorecendo a
descrição das condições de vida, problemas e dúvidas.

 Também ampliam a capacidade do profissional no


encaminhamento das ações necessárias e favorecem o vínculo
dessa clientela aos serviços.
Atenção Integral à Saúde da Criança e
Redução da Mortalidade Infantil
 É necessário que inicialmente, um levantamento considerando
os aspectos relacionados ao adolescente:

• Características dos adolescentes e jovens que residem na


área de atuação da unidade de saúde como idade, sexo,
orientação sexual, etnia, raça, nível socioeconômico,
escolaridade, inserção no mercado de trabalho (formal e
informal), pessoas com deficiências;

• Informações sobre morbimortalidade, uso de álcool, tabaco


e outras drogas, gravidez na adolescência, conhecimento e
uso de contraceptivos;
Atenção Integral à Saúde da Criança e
Redução da Mortalidade Infantil
• Aspectos subjetivos, como desejos, valores, insatisfações,
ídolos, vínculos com a família, amigos e percepção sobre a
escola, a comunidade e a unidade de saúde;

• Características das famílias: renda, estrutura e dinâmica


familiar;

• Condições de vida: tipo de moradia, saneamento, destino do


lixo, condições de segurança, transporte;

• Recursos comunitários: escolas, atividades


profissionalizantes, culturais e esportivas, áreas de lazer,
igrejas, grupos organizados da sociedade civil;
Atenção Integral à Saúde da Criança e
Redução da Mortalidade Infantil
• Condições de atendimento nas unidades de saúde: acesso,
distribuição dos adolescentes e jovens nos diferentes
serviços, programas, projetos e atividades, percentagem de
homens e mulheres, concentração de consultas, captação de
gestantes por trimestre, principais motivos de atendimento,
serviços oferecidos a adolescentes e jovens.

 Diante disso, é recomendável que o profissional que atende


adolescentes e jovens adquira uma série de competências que
permitam a realização adequada das ações de promoção da
saúde, prevenção de agravos, assistência e reabilitação. A
educação permanente deve visar, mais que um simples domínio
de conhecimentos e habilidades técnicas, à transformação da
prática profissional e da qualidade do serviço.
Atenção Integral à Saúde da Criança e
Redução da Mortalidade Infantil
 Os profissionais de saúde devem incluir nessas medidas de
promoção da saúde e de prevenção de agravos como
componentes fundamentais da consulta.

 As visitas de rotina de adolescentes, jovens e suas famílias aos


serviços de saúde configuram-se como oportunidades com o
intuito de desenvolver ações de educação em saúde; realizar
imunizações de acordo com o calendário vacinal;
Atenção Integral à Saúde da Criança e
Redução da Mortalidade Infantil
 Desenvolver vínculos que favoreçam um diálogo aberto sobre
questões de saúde e de outros interesses; identificar
precocemente fatores de risco que impliquem em
vulnerabilidade;

 incentivar a participação em atividades esportivas, culturais, de


lazer, bem como em grupos organizados na comunidade;
incentivar o diálogo nas famílias e orientá-las sobre as etapas
normais do desenvolvimento de seus filhos.
Atenção Integral à Saúde da Criança e
Redução da Mortalidade Infantil
 Visto que, todos os adolescentes e jovens deverão receber
esclarecimentos a respeito de seu crescimento físico e
desenvolvimento psicossocial e sexual. Deve ser enfatizada a
importância de se tornarem ativamente participantes nas
decisões pertinentes aos cuidados de sua saúde, contribuindo
para sua autonomia. Essa prática visa também a favorecer a
adesão ao serviço e uma maior cooperação nas atividades
planejadas.
Atenção Integral à Saúde da Criança e
Redução da Mortalidade Infantil
 Situação Sociodemográfica

 O Brasil, nas últimas décadas, viveu uma importante


modificação demográfica relacionada à queda da mortalidade
infantil e da fecundidade, ao aumento da expectativa de vida,
aos movimentos migratórios e de urbanização.

 Houve uma desaceleração do ritmo de crescimento da


população adolescente e jovem com a expectativa de que esse
segmento continue crescendo, o crescimento da população
jovem na faixa etária de 10 a 24 anos de idade é a mais
numerosa em toda a história do Brasil, representando, de
acordo com o censo de 2002, o que equivale a 30,3% da
população brasileira.
Atenção Integral à Saúde da Criança e
Redução da Mortalidade Infantil
 Desses 84% dos adolescentes e jovens brasileiros vive em áreas
urbanas, enquanto que 16% vivem em áreas rurais.

 Autores relatam que entre os anos de 2000 a 2010 o Brasil se


encontra no melhor momento para se investir na juventude
como integrante e sujeito da aceleração do crescimento
econômico nacional.

 Porém, vale ressaltar que são esses mesmos jovens que estão
expostos às mais elevadas taxas de mortalidade por causas
externas.
Atenção Integral à Saúde da Criança e
Redução da Mortalidade Infantil
 E, além disso, é a fecundidade das mulheres nessa faixa etária
que, atualmente, mais tem contribuído para o nível geral
prevalecente no Brasil o que aumentam a necessidade de acesso
aos serviços de saúde que os acolham em suas necessidades e
demandas específicas e que sejam enérgicos na integralidade da
atenção à saúde.
Atenção Integral à Saúde da Criança e
Redução da Mortalidade Infantil
 Escolaridade:

 Entre as pessoas jovens brasileiras de 15 a 24 anos, dados de


1996 a 2006 (PNAD/IBGE, 2006) evidenciam uma diminuição do
analfabetismo: a taxa de 6,5 passou para 2,3 com uma variação
de 64,6%.

 Essa melhora, entretanto, face às disparidades regionais, não foi


acompanhada por todas as regiões, evidenciando a necessidade
de ações voltadas para as regiões Norte e Nordeste
Atenção Integral à Saúde da Criança e
Redução da Mortalidade Infantil
 Escolaridade:

 Em 2004, a PNAD mostrou que 8,9% do grupo etário de 5 a 17


anos estavam sem estudar. Em 2008 esses números revelaram
sensível melhora do acesso: 97,5% das crianças entre 6 e 14
anos e 72,8% de 4 e 5 anos estavam frequentando a escola. No
entanto, ainda é preocupante o analfabetismo funcional, que
chega a 30 milhões de pessoas acima de 15 anos de idade.

 Apesar da melhora do acesso escolar na faixa etária de 5 a 17


anos, na faixa etária de 18 anos ou mais foi constatado que esta
população tinha, em média, 7,4 anos de estudo (considera-se
que este grupo já teria idade suficiente para ter concluído o
ensino médio, tendo cursado pelo menos 11 anos de estudo).
Atenção Integral à Saúde da Criança e
Redução da Mortalidade Infantil
 Escolaridade:

 Aos 25 anos ou mais de idade o número médio de anos de


estudo foi calculado em 7,0 anos, com ênfase para as
disparidades sendo Região Nordeste, um indicador de quase o
dobro do índice nacional. Ressaltando o alto índice (50%) de
evasão dos cursos de alfabetização.
A Situação de Saúde

 Adolescentes e jovens, por serem considerados pessoas


saudáveis, não têm a necessária atenção à saúde, a não ser nas
questões de saúde reprodutiva.

 Hoje, no entanto, as condições de saúde desse grupo


populacional tornaram-se um diferencial que evidencia a sua
vulnerabilidade frente às diferentes formas de violências e a
crescente incidência de mortalidade, evidenciadas
especialmente pelas causas externas.
Atenção Integral à Saúde da Criança e
Redução da Mortalidade Infantil
 O Trabalho:

 O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), no art. 60


determina a proibição de qualquer trabalho a menores de
dezesseis anos de idade, salvo na condição de aprendizes a
partir de quatorze.

 Preconiza ainda, no art. 61, a proteção ao trabalho de


adolescentes que respeite a sua condição de pessoas em
desenvolvimento e que sua capacitação profissional seja
adequada ao mercado de trabalho. No caso de adolescentes
com deficiência, assegura o direito ao trabalho protegido.
A Situação de Saúde

 Com relação à violência em adolescentes e jovens,


especificamente a Violência Intrafamiliar e Violência Sexual
dados demonstram que as mulheres, em todas as faixas etárias,
são as principais vítimas de violência doméstica, sexual e outras
violências, com 6.636 casos (74%).

 As mulheres jovens e adultas de 20 a 59 anos sofreram maior


violência, tendo registrado 79,9% das agressões. Em segundo
lugar as adolescentes de 10 a 19 anos de idade, correspondendo
a 77, 9% dos atendimentos.
A Situação de Saúde

 A violência sexual representou 56% dos atendimentos; seguida


das agressões psicológicas (50%), físicas (48%) e negligências e
abandono (13%). A taxa de mortalidade por causas externas na
adolescência, 10 a 19 anos corresponde a (70,7%), e na faixa
adulta, que engloba os jovens de 20 a 24 anos (29,8%). As
causas externas ocupam o primeiro lugar na mortalidade desse
grupo populacional.
A Situação de Saúde

 O Estatuto da Criança e do Adolescente-ECA (Lei nº 8.069, de


13/07/1990):

 O Estatuto se embasa na Doutrina da Proteção Integral, que


reconhece todas as crianças e adolescentes de 12 a 18 anos de
idade como sujeitos de direitos nas diversas condições sociais e
individuais.

 A condição de “pessoa em situação peculiar de


desenvolvimento” (Art. 6º) não retira de crianças e adolescentes
o direito à inviolabilidade da integridade física, psíquica e moral,
abrangendo a identidade, autonomia, valores e ideias, o direito
de opinião e expressão, de buscar refúgio, auxílio e orientação.
A Situação de Saúde

 O Estatuto da Criança e do Adolescente-ECA (Lei nº 8.069, de


13/07/1990):

 Tais direitos estendem-se aos adolescentes em conflito com a


lei, que cumprem medidas socioeducativas. O ECA destaca as
políticas e programas de assistência social, que determina o
fortalecimento e ampliação de benefícios assistenciais e políticas
compensatórias ou inclusivas como estratégias para redução dos
riscos e agravos de saúde dos jovens.
A Situação de Saúde

 Programa de DST/Aids:

 As DST são transmitidas de um corpo ao outro pelo contato


sexual, através dos líquidos vaginais e espermas que são
trocados durante as relações sexuais. Também é a principal via
de transmissão do vírus da AIDS, imunodeficiência humana,
mais conhecido pela sigla HIV.

 Esse pode ser contraído pelo sangue (transfusão, seringas e


agulhas contaminadas), leite materno contaminado e da mãe
para o bebê durante a gravidez (transmissão vertical).
A Situação de Saúde

 Programa de DST/Aids:

 Com isso, é importante ressaltar a importância da promoção da


saúde e prevenção das DST/HIV/AIDS para que os indivíduos
possam se proteger durante as relações sexuais utilizando o
preservativo; seringas descartáveis e com os cuidados
necessários na hora da gravidez, do parto e da amamentação.

 As DSTs de acordo com o Programa Nacional de DST e AIDS (PN-


DST/AIDS) estão entre os problemas de saúde pública mais
comuns em todo o mundo e possuem com consequências
infertilidade feminina e masculina, a transmissão da mãe para o
filho, determinando perdas gestacionais ou doença congênita e
o aumento do risco para a infecção pelo HIV.
A Situação de Saúde

 Programa de DST/Aids:

 Diante disso, o programa solicita o apoio e participação de


estados, municípios, organizações não governamentais e outras
instituições envolvidas.

 Levando em consideração a alta incidência estimada dessas


doenças no Brasil, as graves consequências sobre a saúde da
população e pela existência de meios para o seu controle
Relatos demonstram que em 1999, a Organização Mundial de
Saúde (OMS) estimou um total de 340 milhões de casos novos
por ano de DST curáveis em todo o mundo, entre 15 e 49 anos,
10 a 12 milhões destes casos no Brasil
A Situação de Saúde

 Programa de DST/Aids:

 Outros tantos milhões de DST não curáveis (virais), incluindo o


herpes genital (HSV-2), infecções pelo papilomavirus humano
(HPV), hepatite B (HBV) e infecção pelo HIV ocorrem
anualmente.

 Dentre mulheres com infecções não tratadas por gonorreia e/ou


clamídia, 10 a 40% desenvolvem doença inflamatória pélvica
(DIP). Destas, mais de 25% se tornarão inférteis.
A Situação de Saúde

 Programa de DST/Aids:

 Informações de países desenvolvidos indicam que mulheres que


tiveram DIP têm probabilidade 6 a 10 vezes maior de
desenvolver complicações na gravidez como: abortos
espontâneos, natimortos, baixo peso ao nascer, infecção
congênita e perinatal. Nos homens estudos demonstram que a
clamídia também pode causar infertilidade.

 O HPV, por sua vez, pode causar carcinoma de colo uterino, de


pênis e de ânus. Pesquisas evidenciam que pessoas com DST e
infecções do trato reprodutivas não ulcerativas têm um risco
aumentado em 3 a 10 vezes de se infectar pelo HIV, o que sobe
para 18 vezes se a doença cursa com úlceras genitais.
A Situação de Saúde

 Programa de DST/Aids:

 Outros estudos demonstram que o herpes genital pode ser


responsável pela maior proporção de novas infecções por HIV,
cuja prevalência levada no Brasil.

 As DST de notificação compulsória são: AIDS, HIV na


gestante/criança exposta, sífilis na gestação e sífilis congênita.
Para as outras DST, não há um sistema de notificação
compulsória.
A Situação de Saúde

 Programa de DST/Aids:

 O atendimento imediato de uma DST não é apenas uma ação


curativa; mas também uma ação preventiva da transmissão e do
surgimento de outras complicações.

 Os sintomas podem vir a desaparecer podendo levar o indivíduo


a uma falsa cura. Consequentemente, a infecção pode evoluir
para formas crônicas graves e manter transmissão.
A Situação de Saúde

 Programa de DST/Aids:

 Com relação à abordagem dos parceiros sexuais o melhor é que


os parceiros sejam trazidos para aconselhamento, diagnóstico e
tratamento pelos próprios clientes. Caso não compareçam pode-
se realizar uma busca ativa e desenvolver com os parceiros
convidados outras atividades de acordo com as condições do
serviço.
A Situação de Saúde

 Tipos de DST:

• AIDS: Causada pela infecção do organismo humano pelo HIV


(vírus da imunodeficiência adquirida). O HIV compromete o
funcionamento do sistema imunológico humano,
impedindo-o de executar adequadamente sua função de
proteger o organismo contra as agressões externas, tais
como: bactérias, outros vírus, parasitas e células
cancerígenas.
A Situação de Saúde

 Tipos de DST:

• Cancro mole: Também chamada de cancro venéreo,


popularmente é conhecida como cavalo. Manifesta-se
através de feridas dolorosas com base mole.

• Condiloma acuminado ou HPV: É uma lesão na região


genital, causada pelo Papilomavirus Humano (HPV). A
doença é também conhecida como crista de galo, figueira ou
cavalo de crista.
A Situação de Saúde

 Tipos de DST:

• Clamídia: Também é uma DST muito comum e apresenta


sintomas parecidos com os da gonorreia, como, por
exemplo, corrimento parecido com clara de ovo no canal da
urina e dor ao urinar. As mulheres contaminadas pela
clamídia podem não apresentar nenhum sintoma da
doença, mas a infecção pode atingir o útero e as trompas,
provocando uma grave infecção. Nesses casos, pode haver
complicações como dor durante as relações sexuais,
gravidez nas trompas (fora do útero), parto prematuro e até
esterilidade.
A Situação de Saúde

 Tipos de DST:

• Gonorreia: É a mais comum das DST. Também é conhecida


pelo nome de blenorragia, pingadeira, esquentamento. Nas
mulheres, essa doença atinge principalmente o colo do
útero.

• Herpes: manifesta-se através de pequenas bolhas


localizadas principalmente na parte externa da vagina e na
ponta do pênis. Essas bolhas podem arder e causam coceira
intensa. Ao se coçar, a pessoa pode romper a bolha,
causando uma ferida..
A Situação de Saúde

 Tipos de DST:

• Linfogranuloma venéreo: caracteriza-se pelo aparecimento


de uma lesão genital de curta duração (de três a cinco dias),
que se apresenta como uma ferida ou como uma elevação
da pele. Após a cura da lesão primária surge um inchaço
doloroso dos gânglios de uma das virilhas. Se esse inchaço
não for tratado adequadamente, evolui para o rompimento
espontâneo e formação de feridas que drenam pus.
A Situação de Saúde

 Tipos de DST:

• Sífilis: manifesta-se inicialmente como uma pequena ferida


nos órgãos sexuais (cancro duro) e com ínguas (caroços) nas
virilhas. A ferida e as ínguas não doem, não coçam, não
ardem e não apresentam pus. Após um certo tempo, a
ferida desaparece sem deixar cicatriz, dando à pessoa a falsa
impressão de estar curada. Se a doença não for tratada,
continua a avançar no organismo, surgindo manchas em
várias partes do corpo (inclusive nas palmas das mãos e
solas dos pés), queda de cabelos, cegueira, doença do
coração, paralisias.
A Situação de Saúde

 Tipos de DST:

• Sífilis: manifesta-se inicialmente como uma pequena ferida


nos órgãos sexuais (cancro duro) e com ínguas (caroços) nas
virilhas. A ferida e as ínguas não doem, não coçam, não
ardem e não apresentam pus. Após um certo tempo, a
ferida desaparece sem deixar cicatriz, dando à pessoa a falsa
impressão de estar curada. Se a doença não for tratada,
continua a avançar no organismo, surgindo manchas em
várias partes do corpo (inclusive nas palmas das mãos e
solas dos pés), queda de cabelos, cegueira, doença do
coração, paralisias.
A Situação de Saúde

 Tipos de DST:

• Tricomoníase: os sintomas são, principalmente, corrimento


amarelo-esverdeado, com mau cheiro, dor durante o ato
sexual, ardor, dificuldade para urinar e coceira nos órgãos
sexuais. Na mulher, a doença pode também se localizar em
partes internas do corpo, como o colo do útero. A maioria
dos homens não apresenta sintomas. Quando isso ocorre,
consiste em uma irritação na ponta do pênis.
Política Nacional de Assistência
à Saúde do Idoso
 No Brasil, o direito universal e integral à saúde foi conquistado
pela sociedade na Constituição de 1988 e reafirmado com a
criação do Sistema Único de Saúde (SUS), por meio da Lei
Orgânica da Saúde nº 8.080/90.

 Por esse direito, entende-se o acesso universal e equânime a


serviços e ações de promoção, proteção e recuperação da
saúde, garantindo a integralidade da atenção, indo ao encontro
das diferentes realidades e necessidades de saúde da população
e dos indivíduos.
Política Nacional de Assistência
à Saúde do Idoso
 Em 1999, a Portaria Ministerial nº 1.395 anuncia a Política
Nacional de Saúde do Idoso, a qual determina que os órgãos e
entidades do Ministério da Saúde relacionados ao tema
promovam a elaboração ou a readequação de planos, projetos e
atividades na conformidade das diretrizes e responsabilidades
nela estabelecidas (Brasil, 1999).

 Essa política assume que o principal problema que pode afetar o


idoso é a perda de sua capacidade funcional, isto é, a perda das
habilidades físicas e mentais necessárias para realização de
atividades básicas e instrumentais da vida diária.
Política Nacional de Assistência
à Saúde do Idoso
 O Estatuto do Idoso amplia a resposta do Estado e da sociedade
às necessidades da população idosa, mas não traz consigo meios
para financiar as ações propostas.

 O Capítulo IV do Estatuto reza especificamente sobre o papel do


SUS na garantia da atenção à saúde da pessoa idosa de forma
integral, em todos os níveis de atenção.

 Assim, embora a legislação brasileira relativa aos cuidados da


população idosa seja bastante avançada, a prática ainda é
insatisfatória.
Política Nacional de Assistência
à Saúde do Idoso
 A vigência do Estatuto do Idoso e seu uso como instrumento
para a conquista de direitos dos idosos, a ampliação da
Estratégia Saúde da Família que revela a presença de idosos e
famílias frágeis e em situação de grande vulnerabilidade social e
a inserção ainda incipiente das Redes Estaduais de Assistência à
Saúde do Idoso tornaram imperiosa a readequação da Política
Nacional de Saúde da Pessoa Idosa (PNSPI).
Política Nacional de Assistência
à Saúde do Idoso
 Em fevereiro de 2006, foi publicado, por meio da Portaria nº
399/GM, o documento das Diretrizes do Pacto pela Saúde que
contempla o Pacto pela Vida. Neste documento, a saúde do
idoso aparece como uma das seis prioridades pactuadas entre
as três esferas de governo sendo apresentada uma série de
ações que visam, em última instância, à implementação de
algumas das diretrizes da Política Nacional de Atenção à Saúde
do Idoso.
Política Nacional de Assistência
à Saúde do Idoso
 Finalidade

 A finalidade primordial da Política Nacional de Saúde da Pessoa


Idosa é recuperar, manter e promover a autonomia e a
independência dos indivíduos idosos, direcionando medidas
coletivas e individuais de saúde para esse fim, em consonância
com os princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde. É alvo
dessa política todo cidadão e cidadã brasileiros com 60 anos ou
mais de idade.
Política Nacional de Assistência
à Saúde do Idoso
 Considerando:

• o contínuo e intenso processo de envelhecimento


populacional brasileiro;
• os inegáveis avanços políticos e técnicos no campo da
gestão da saúde;
• o conhecimento atual da Ciência;
• o conceito de saúde para o indivíduo idoso se traduz mais
pela sua condição de autonomia e independência que pela
presença ou ausência de doença orgânica;
• a necessidade de buscar a qualidade da atenção aos
indivíduos idosos por meio de ações fundamentadas no
paradigma da promoção da saúde;
Política Nacional de Assistência
à Saúde do Idoso
 Considerando:

• o compromisso brasileiro com a Assembleia Mundial para o


Envelhecimento de 2002, cujo Plano de Madri fundamenta-
se em: participação ativa dos idosos na sociedade, no
desenvolvimento e na luta contra a pobreza; fomento à
saúde e bem-estar na velhice: promoção do envelhecimento
saudável; e criação de um entorno propício e favorável ao
envelhecimento; escassez de recursos socioeducativos e de
saúde direcionados ao atendimento ao idoso;
Política Nacional de Assistência
à Saúde do Idoso
 A necessidade de enfrentamento de desafios como:

• a escassez de equipes multiprofissionais e interdisciplinares


com conhecimento em envelhecimento e saúde da pessoa
idosa; e
• a implementação insuficiente ou mesmo a falta de
implementação das Redes de Assistência à Saúde do Idoso.
Política Nacional de Assistência
à Saúde do Idoso
 Justificativa

 O Brasil envelhece de forma rápida e intensa. No Censo de 2000,


contava com mais de 14,5 milhões de idosos, em sua maioria
com baixo nível socioeconômico e educacional e com uma alta
prevalência de doenças crônicas e causadoras de limitações
funcionais e de incapacidades.

 A cada ano, 650 mil novos idosos são incorporados à população


brasileira. Essa transição demográfica repercute na área da
saúde, em relação à necessidade de (re)organizar os modelos
assistência.
Política Nacional de Assistência
à Saúde do Idoso
 Justificativa

 A maior causa de mortalidade entre idosos brasileiros é o


acidente vascular. Na transição epidemiológica brasileira
ocorrem incapacidades resultantes do não-controle de fatores
de risco preveníveis.

 O sistema de saúde brasileiro tradicionalmente está organizado


para atender à saúde materna infantil e não tem considerado o
envelhecimento como uma de suas prioridades.
Política Nacional de Assistência
à Saúde do Idoso
 Justificativa

 Uma importante consequência do aumento do número de


pessoas idosas em uma população é que esses indivíduos
provavelmente apresentarão um maior número de doenças e/ou
condições crônicas que requerem mais serviços sociais e
médicos e por mais tempo.

 Isso já pode ser notado, uma vez que a população idosa, que
hoje representa cerca de 9% da população, consome mais de
26% dos recursos de internação hospitalar no SUS.
Política Nacional de Assistência
à Saúde do Idoso
 Justificativa

 Além disso, é notável a carência de profissionais qualificados


para o cuidado ao idoso, em todos os níveis de atenção. Outro
fato importante a ser considerado é que saúde para a população
idosa não se restringe ao controle e à prevenção de agravos de
doenças crônicas não transmissíveis.

 Saúde da pessoa idosa é a interação entre a saúde física, a saúde


mental, a independência financeira, a capacidade funcional e o
suporte social.
Política Nacional de Assistência
à Saúde do Idoso
 Justificativa

 As políticas públicas de saúde, objetivando assegurar atenção a


toda população, têm dado visibilidade a um segmento
populacional até então pouco notado pela saúde pública.

 É possível a criação de ambientes físicos, sociais e que


possibilitem melhorar a saúde das pessoas com incapacidades
tendo como uma das metas ampliar a participação social dessas
pessoas na sociedade. Por isso mesmo, é imprescindível
oferecer cuidados sistematizados e adequados a partir dos
recursos físicos, financeiros e humanos de que se dispõe hoje.
Política Nacional de Assistência
à Saúde do Idoso
 Diretrizes

 Não se fica velho aos 60 anos, visto que o envelhecimento é um


processo natural que ocorre ao longo de toda a experiência de
vida do ser humano, por meio de escolhas e de circunstâncias.

 O preconceito contra a velhice e a negação da sociedade quanto


a esse fenômeno colaboram para a dificuldade de se pensar
políticas específicas para esse grupo. Ainda há os que pensam
que se investe na infância e se gasta na velhice
Política Nacional de Assistência
à Saúde do Idoso
 Diretrizes

 Com isso, deve ser um compromisso de todo gestor em saúde


compreender que, ainda que os custos de hospitalizações e
cuidados prolongados sejam elevados na parcela idosa, também
aí está se investindo na velhice “Quando o envelhecimento é
aceito como um êxito, o aproveitamento da competência,
experiência e dos recursos humanos dos grupos mais velhos é
assumido com naturalidade, como uma vantagem para o
crescimento de sociedades humanas maduras e plenamente
integradas” (Plano de Madri, Artigo 6º).
Política Nacional de Assistência
à Saúde do Idoso
 Diretrizes

 Envelhecer, portanto, deve ser com saúde, de forma ativa, livre


de qualquer tipo de dependência funcional, o que exige
promoção da saúde em todas as idades. Importante acrescentar
que muitos idosos brasileiros envelheceram e envelhecem
apesar da falta de recursos e da falta de cuidados específicos de
promoção e de prevenção em saúde.

 Entre esses estão os idosos que vivem abaixo da linha de


pobreza, analfabetos, os sequelados de acidentes de trabalho,
os amputados por arteriopatias, os hemiplégicos, os idosos com
síndromes demenciais, e para eles também é preciso achar
respostas e ter ações específicas.
Política Nacional de Assistência
à Saúde do Idoso
 São apresentadas abaixo as diretrizes da Política Nacional de
Saúde da Pessoa Idosa:

• promoção do envelhecimento ativo e saudável;


• atenção integral, integrada à saúde da pessoa idosa;
• estímulo às ações intersetoriais, visando à integralidade da
atenção;
• provimento de recursos capazes de assegurar qualidade da
atenção à saúde da pessoa idosa;
• estímulo à participação e fortalecimento do controle social;
• formação e educação permanente dos profissionais de
saúde do SUS na área de saúde da pessoa idosa;
Política Nacional de Assistência
à Saúde do Idoso
 São apresentadas abaixo as diretrizes da Política Nacional de
Saúde da Pessoa Idosa:

• divulgação e informação sobre a Política Nacional de Saúde


da Pessoa Idosa para profissionais de saúde, gestores e
usuários do SUS;
• promoção de cooperação nacional e internacional das
experiências na atenção à saúde da pessoa idosa; e
• apoio ao desenvolvimento de estudos e pesquisas.
Política Nacional de Assistência
à Saúde do Idoso
 Promoção do Envelhecimento Ativo e Saudável:

 A promoção do envelhecimento ativo, isto é, envelhecer


mantendo a capacidade funcional e a autonomia, é
reconhecidamente a meta de toda ação de saúde.

 Ela permeia todas as ações desde o pré-natal até a fase da


velhice. Esta abordagem envelhecimento ativo baseia-se no
reconhecimento dos direitos das pessoas idosas e nos
princípios de independência, participação, dignidade,
assistência e auto realização determinados pela Organização
das Nações Unidas em 2002.
Política Nacional de Assistência
à Saúde do Idoso
 Promoção do Envelhecimento Ativo e Saudável:

 Para tanto é importante entender que as pessoas idosas


constituem um grupo heterogêneo. Também será necessário
vencer preconceitos e discutir mitos arraigados em nossa
cultura. Os profissionais de saúde e a comunidade devem
perceber que a prevenção e a promoção de saúde não é
privilégio apenas dos jovens.

 A promoção não termina quando se faz 60 anos e as ações


de prevenção sejam elas primárias, secundárias ou terciárias
devem ser incorporadas à atenção à saúde, em todas as
idades.
Política Nacional de Assistência
à Saúde do Idoso
 Promoção do Envelhecimento Ativo e Saudável:

 Envelhecimento bem sucedido pode ser entendido a partir


de seus três componentes: menor probabilidade de doença;
alta capacidade funcional física e mental; e engajamento
social ativo com a vida.
Política Nacional de Saúde Mental

 A internação de pessoas portadoras de transtornos mentais no


Brasil remonta à metade do Século XIX. Desde então, atenção
aos portadores de transtornos mentais foi quase sinônimo de
internação em hospitais psiquiátricos especializados. Tal
atendimento hospitalar, concentrou-se nos centros de maior
desenvolvimento econômico do país, deixando vastas regiões
carentes de qualquer recurso de assistência em saúde mental.

 A partir dos anos 70, têm início experiências de transformação


da assistência, pautadas no começo pela reforma intramuros das
instituições psiquiátricas e mais tarde pela proposição de um
modelo centrado na comunidade e substitutivo ao modelo do
hospital especializado.
Política Nacional de Saúde Mental

 Com a Constituição, em 1988, cria-se o Sistema Único de Saúde


(SUS) e são estabelecidas as condições institucionais para a
implantação de novas políticas de saúde, entre as quais a de
saúde mental, a partir das diferentes experiências de reforma da
assistência psiquiátrica no mundo ocidental, e as
recomendações da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS)
contida na Carta de Caracas (1990), o Ministério da Saúde,
definiu uma nova política de saúde mental que redireciona os
recursos da assistência psiquiátrica para um modelo substitutivo
de base comunitária.
Política Nacional de Saúde Mental

 Incentiva-se a criação de serviços em saúde mental de atenção


comunitária, pública, de base territorial, ao mesmo tempo em
que se determina a implantação de critérios mínimos de
adequação e humanização do parque hospitalar especializado.

 Com a reforma psiquiátrica houve uma ampla mudança do


atendimento público em Saúde Mental, que garantiu o acesso
da população aos serviços e o respeito a seus direitos e
liberdade. Amparada pela lei 10.216/2001, foi uma conquista de
uma luta social que durou 12 anos e significa uma mudança do
modelo de tratamento: no lugar do isolamento, o convívio na
família e na comunidade.
Política Nacional de Saúde Mental

 O atendimento é feito em CAPS – Centros de Atenção


Psicossocial - Residências Terapêuticas, Ambulatórios, Hospitais
Gerais, Centros de Convivência; As internações, quando
necessárias, são feitas em hospitais gerais ou nos CAPS/24
horas. Os hospitais psiquiátricos de grande porte estão sendo
progressivamente substituídos.
Política Nacional de Saúde Mental

 O Governo brasileiro tem como objetivo reduzir


progressivamente os leitos psiquiátricos, qualificar, expandir e
fortalecer a rede extra-hospitalar (CAPS, serviços residenciais
terapêuticos - SRT e Unidades Psiquiátricas em Hospitais Gerais),
incluir as ações da saúde mental na atenção básica, implementar
uma política de atenção integral aos usuários de álcool e outras
drogas, implantar o programa “De Volta Para Casa”, manter um
programa permanente de formação de recursos humanos para
reforma psiquiátrica, promover direitos de usuários e familiares
incentivando a participação no cuidado.
Política Nacional de Saúde Mental

 Visando garantir tratamento digno e de qualidade ao louco


infrator, superando o modelo de assistência centrado no
Manicômio Judiciário e avaliar continuamente todos os hospitais
psiquiátricos por meio do Programa Nacional de Avaliação dos
Serviços Hospitalares – PNASH/ Psiquiatria.
Política Nacional de Saúde Mental

 Caps:

 Os Centros de Atenção Psicossocial (Caps), entre todos os


dispositivos de atenção à saúde mental, têm valor estratégico
para a Reforma Psiquiátrica Brasileira. É o surgimento destes
serviços que passa a demonstrar a possibilidade de organização
de uma rede substitutiva ao Hospital Psiquiátrico no país.
Política Nacional de Saúde Mental

 Caps:

 É função dos Caps prestar atendimento clínico em regime de


atenção diária, evitando assim as internações em hospitais
psiquiátricos; promover a inserção social das pessoas com
transtornos mentais através de ações intersetoriais; regular a
porta de entrada da rede de assistência em saúde mental na sua
área de atuação e dar suporte à atenção à saúde mental na rede
básica.

 É função, portanto, e por excelência, dos CAPS organizar a rede


de atenção às pessoas com transtornos mentais nos municípios.
Os CAPS são os articuladores estratégicos desta rede e da
política de saúde mental num determinado território.
Política Nacional de Saúde Mental

 Caps:

 Estes serviços devem ser substitutivos, e não complementares


ao hospital psiquiátrico. Cabendo aos CAPS o acolhimento e a
atenção às pessoas com transtornos mentais graves e
persistentes, procurando preservar e fortalecer os laços sociais
do usuário em seu território.

 Visto que este é o núcleo de uma nova clínica, produtora de


autonomia, que convida o usuário à responsabilização e ao
protagonismo em toda a trajetória do seu tratamento.
Política Nacional de Saúde Mental

 Caps:

 São serviços de saúde municipais, abertos, comunitários, que


oferecem atendimento diário às pessoas com transtornos
mentais severos e persistentes, realizando o acompanhamento
clínico e a reinserção social destas pessoas através do acesso ao
trabalho, lazer, exercício dos direitos civis e fortalecimento dos
laços familiares e comunitários.

 Os projetos desses serviços, muitas vezes, ultrapassam a própria


estrutura física, em busca da rede de suporte social,
potencializadora de suas ações, preocupando-se com o sujeito e
a singularidade, sua história, sua cultura e sua vida quotidiana.
Política Nacional de Saúde Mental

 Caps:

 São serviços de saúde municipais, abertos, comunitários, que


oferecem atendimento diário às pessoas com transtornos
mentais severos e persistentes, realizando o acompanhamento
clínico e a reinserção social destas pessoas através do acesso ao
trabalho, lazer, exercício dos direitos civis e fortalecimento dos
laços familiares e comunitários.

 Os projetos desses serviços, muitas vezes, ultrapassam a própria


estrutura física, em busca da rede de suporte social,
potencializadora de suas ações, preocupando-se com o sujeito e
a singularidade, sua história, sua cultura e sua vida quotidiana.
Política Nacional de Saúde Mental

 Caps:

 A posição estratégica dos Centros de Atenção Psicossocial como


articuladores da rede de atenção de saúde mental em seu
território, é, por excelência, promotora de autonomia, já que
articula os recursos existentes em variadas redes:
sociossanitárias, jurídicas, sociais e educacionais, entre outras.

 A tarefa de promover a reinserção social exige uma articulação


ampla, desenhada com variados componentes ou recursos da
assistência, para a promoção da vida comunitária e da
autonomia dos usuários dos serviços.
Política Nacional de Saúde Mental

 Caps:

 Os CAPS, no processo de construção de uma lógica comunitária


de atenção à saúde mental, oferecem então os recursos
fundamentais para a reinserção social de pessoas com
transtornos mentais.
Política Nacional de Saúde Mental

 Residências Terapêuticas:

 O Serviço Residencial Terapêutico (SRT) - ou residência


terapêutica ou simplesmente “moradia” - são casas localizadas
no espaço urbano, constituídas para responder às necessidades
de moradia de pessoas portadoras de transtornos mentais
graves, institucionalizadas ou não.

 O número de usuários pode variar desde 1 indivíduo até um


pequeno grupo de 8 pessoas, que deverão contar sempre com
suporte profissional sensível às demandas e necessidades de
cada um.
Política Nacional de Saúde Mental

 Residências Terapêuticas:

 O processo de reabilitação psicossocial deve buscar de modo


especial a inserção do usuário na rede de serviços, organizações
e relações sociais da comunidade.

 Ou seja, a inserção em um SRT é o início de longo processo de


reabilitação que deverá buscar a progressiva inclusão social do
morador. A questão central do SRT enquanto modelo de atenção
psicossocial é a moradia e o viver em sociedade.
Política Nacional de Saúde Mental

 Residências Terapêuticas:

 Assim, tais residências não são precisamente serviços de saúde,


mas espaços de habitação, que devem possibilitar à pessoa em
sofrimentos mental o retorno, ou até mesmo início, à vida social,
usufruindo de um espaço que seja seu por direito, não o
transformando em um local de tratamento, clínica, ou até
mesmo de exclusão, contenção ou enclausuramento. É um
espaço de reconstrução de laços sociais e afetivos para aqueles
cujas vidas encontravam-se confinadas ao universo hospitalar.
Política Nacional de Saúde Mental

 Atenção Básica:

 A Política Nacional de Saúde Mental propõe que as práticas de


saúde mental na atenção básica/saúde da família devam ser
substitutivas ao modelo tradicional e não medicalizantes ou
produtoras da “psiquiatrização” e “psicologização” do sujeito e
de suas necessidades.

 Por isso, é necessária a articulação da rede de cuidados, tendo


como objetivo a integralidade do sujeito, constituindo um
processo de trabalho voltado para as necessidades singulares e
sociais e não somente para as demandas.
Política Nacional de Saúde Mental

 Atenção Básica:

 Considera-se que a atenção básica/saúde da família é a porta de


entrada preferencial de todo o Sistema de Saúde, inclusive no
que diz respeito às necessidades de saúde mental dos usuários.
Busca-se resgatar a singularidade de cada usuário, investindo no
seu comprometimento com o tratamento, apostando em seu
protagonismo, tentando romper com a lógica de que a doença é
sua identidade e de que a medicação é a ‘única’ responsável
pelas melhoras; investir nas suas potencialidades; auxiliar na
formação de laços sociais e apostar na força do território como
alternativa para a reabilitação social.
Política Nacional de Saúde Mental

 Atenção Básica:

 Dessa forma, há uma convergência de princípios entre a saúde


mental e a atenção básica. Para que a saúde mental aconteça de
fato na atenção básica é necessário que os princípios do SUS se
transformem em prática cotidiana.
Política Nacional de Saúde Mental

 Leitos de Atenção Integral:

 São considerados Leitos de Atenção Integral em Saúde Mental


todos os recursos de hospitalidade e acolhimento noturno da
rede de atenção à saúde mental (leitos dos Hospitais Gerais, dos
CAPS III, das emergências gerais, dos Serviços Hospitalares de
Referência para Álcool e Drogas), quando articulados em rede –
podendo estar associados aos leitos de hospitais psiquiátricos
de pequeno porte, quando eles existirem.
Política Nacional de Saúde Mental

 Leitos de Atenção Integral:

 Estes leitos devem ofertar o acolhimento integral ao paciente


em crise, devendo estar articulados e em diálogo com outros
dispositivos de referência para o paciente. A tendência é de que
esta rede de leitos de atenção integral, à medida de sua
expansão, e à medida da expansão de toda rede aberta de
atenção à saúde mental, apresente-se como substitutiva à
internação em hospitais psiquiátricos convencionais.
Política Nacional de Saúde Mental

 Leitos de Atenção Integral:

 Para tanto, é preciso investimento dos gestores em regulação –


os leitos de atenção integral em saúde mental são um
componente essencial da porta de entrada da rede assistencial e
um mecanismo efetivo de garantia de acessibilidade.

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