Principais Epidemias Do Mundo

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Epidemiologia e Saúde Pública

Principais
epidemias no
mundo
Anabela Lage (a45487), Beatriz Cunha (a43283), Beatriz Pinto (a45489),
Liliana Rodrigues (a46431) , Vera Ribeiro (a42604)

Bragança, Janeiro de 2021


Introdução
Desde janeiro de 2020, a crescente proliferação do novo Coronavírus transformou-se em um dos maiores
desafios da humanidade. Entretanto, lidar com uma pandemia infeciosa de proporções continentais e mundiais
não é algo recente na história.

Surtos de doenças repetem-se pelos séculos com algumas semelhanças tanto na forma de propagação quando de
contenção destas doenças. Dessa maneira, podemos equiparar esta pandemia com outras que ocorreram
anteriormente e criar alguns paralelos entre os casos. (Sanar, 2020).
Pandemia não é uma palavra para ser
usada à toa ou sem cuidado. É uma
palavra que, se usada incorretamente,
pode causar um medo irracional ou uma
noção injustificada de que a luta terminou,
oTedrosque leva
Adhanom a sofrimento e mortes
Ghebreyesus

desnecessários.
Diretor-geral da OMS, durante a proliferação da COVID-19 em Março de
2020.
Diz respeito a uma doença que se alastrou em escala mundial, em mais de dois
Pandemia continentes. É a epidemia que ocorre ao redor do mundo aproximadamente ao
mesmo tempo (SBMFC. 2020).

Propagação de uma nova doença num grande número de indivíduos, sem

Epidemia imunização adequada para tal, em uma região específica (OMS, 2020). É o aumento
nos casos, seguido por um pico e depois diminuição (SBMFC. 2020).

Endemia Doenças que se encontram em uma determinada zona de maneira permanente


durante anos e anos (Sanar, 2020).
Objetivos
• Aprofundar o tema das principais epidemias do mundo;
• Perceber o impacto que as mesmas tiveram na saúde pública;
• Reconhecer os métodos utilizados para poder aplicar em futuras epidemias;
Material e Métodos
A investigação foi do tipo pesquisa bibliográfica. Como se trata de uma revisão sistemática é um estudo
descritivo.

A amostra foi constituída por estudos publicados de 2001 a 2020, alguns em inglês, espanhol e português. Os
dados mencionados referem-se a nível mundial.

Para apresentação dos resultados e sua discussão, os estudos foram agrupados em diferentes categorias,
apresentando de forma individualizada cada pandemia que surgiu ao longo da história.
Material e Métodos
O estudo realizado teve como vase pesquisa e selação de artigos científicos e bases de dados estatísticos como
INE e PORDATA, durante um período de dois meses (outubro e novembro). Toda a pesquisa foi realizada
recorrendo à Internet.

Entre os artigos consultados, fomos ao longo da realização do estudo, eliminando alguns por diferentes
motivos, a maioria deles não continham informações adequadas ao nosso objetivo de estudo. Encontramos
dificuldades em encontrar precisão de datas e literaturas mais aprofundadas em alguns temas, mas nada que
impediu o avanço do trabalho.
Apresentação dos
resultados
A Peste Bubónica
Também conhecida como Peste Negra graças às manchas escuras que
deixava na pele, teve início na Ásia Central (Rezende, JM. 2009) durante
o século XIX. A Europa e Ásia viviam um momento de grandes relações
comerciais e religiosas, por isso não demorou muito para que a doença se
espalhasse por via terrestre e marítimas para várias regiões. Onde passava
deixava rastros da morte, devastando vilarejos inteiros, não fazendo
distinção entre a etnia, classe social, idade, ou qualquer outro detalhe
(Rezend, JM. 2009).
Gripe Espanhola
Em 1918, perto do final da Primeira Guerra Mundial, a população mundial
enfrentou um novo inimigo. Também conhecida como Pneumónica, foi uma
pandemia causada por
uma variação do vírus Influenza, apareceu de uma forma inesperada e levou
várias pessoas à óbito muito rapidamente, matando mais do que a própria
guerra.
O que se tem sobre essa epidemia está registado em pesquisas investigativas
baseadas em relatos da população pois, como a maioria dos países estavam
vivendo um período de conflito, os governos abafaram os casos e não
deixaram registo para não enfraquecer o seu poder durante a batalha perante
seus adversários e a mídia mundial (Sequeira, Álvaro. 2001).
Tuberculose
Atualmente, sabemos que a tuberculose é uma doença infetocontagiosa
que, por norma, assume evolução crónica. Em 24 horas um indivíduo
infetado pode expelir até 3,5
milhões de bacilos da tuberculose, muitos deles presentes em gotículas
microscópicas que são eliminadas através da tosse, do espirro ou no
processo da fala. A transmissão aumenta pela exposição frequente ou
prolongada a pacientes não tratados que dispersam grande volume de
bacilos da tuberculose em espaços superlotados, fechados e pouco
ventilados, assim como, pessoas que vivem em
condições precárias ou em instituições têm mais risco (Parente, A. 2004).
Tuberculose
Ainda hoje morrem mais pessoas por tuberculose do que por qualquer
outra doença infecciosa curável, continuando a ser um dos maiores
problemas mundiais de saúde pública, matando cerca de 3 milhões de
pessoas a cada ano. Segundo a Organização Mundial da Saúde, há cerca
de 2 biliões de pessoas infetadas em todo o mundo e nenhum país está
seguro, devido às movimentações da população. Estes números são
particularmente chocantes se considerarmos que estamos perante uma
doença curável, cujo tratamento é acessível e barato. (UOL. 2020).
SIDA
A Sida é provocada pelo Vírus da Imunodeficiência Humana
(VIH) que se penetra no organismo por contacto com uma pessoa ou objeto
infetado.
Ao entrar no organismo, dirige-se ao sistema sanguíneo e
começa de imediato a multiplicar-se, atacando o sistema imunológico,
destruindo as células defensoras do organismo e deixando a pessoa infetada,
mais debilitada e sensível a outras doenças, as chamadas infeções
oportunistas (Sharp, P. Hahn, B. 2011).
SIDA
Embora o tratamento antiretroviral tenha reduzido o número de mortes
relacionadas à SIDA, o acesso à terapia não é universal e as perspetivas de
tratamentos curativos e uma
vacina eficaz são incertas (Barouch 2008; Richman et al. 2009). Assim, a
SIDA continuará a representar uma ameaça significativa à saúde pública nas
próximas décadas (Sharp, P. Hahn, B. 2011).
Gripe A
Em 2009, pela primeira vez, circulou o vírus da gripe A(H1N1)pdm09,
também designada por uma gripe pandémica. Por se tratar de um vírus
novo para o qual a população não tinha imunidade, originou uma
epidemia a nível mundial. Na altura, não se quis associar o nome de um
país à gripe pandémica, como havia ocorrido em 1918/19
(Gripe Espanhola H1N1), em 1957/58 (Gripe Asiática H2N2) e em
1968/69 (Gripe de Hong-Kong H3N2) assim, internacionalmente, optou-
se pela designação “Gripe A” (Gomes, I. Ferraz, L. 2011).
Gripe A
Essa designação apenas foi aplicada em 2009/2010, não estando
atualmente em vigor, pois a partir dessa data, a circulação desse subtipo
do vírus tornou-se natural, passando a ser uma gripe sazonal sem
nenhuma especificidade, nomeadamente no que respeita a cuidados
especiais de isolamento com doentes/contactos. (Gomes, I. Ferraz, L.
2011).
Cólera
A cólera trata-se de uma infeção do intestino delgado causada por uma
bactéria (Vibrio Cholerae). Esta doença produz uma toxina que estimula a
segregação de grandes quantidades de um líquido rico em sais e minerais,
causando diarreias muito graves. Esta forma de diarreia sendo infeciosa
aguda, se não for tratada, pode causar a morte em poucas horas.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, estima-se que, em cada
ano, ocorram de três a cinco milhões de casos de cólera, causando entre
cem mil a duzentas mil mortes (cuf, s.d.). No entanto, cerca de 80% dos
casos de cólera podem ser tratados de modo eficaz recorrendo apenas à
reidratação oral (Cuf)
Varíola
É uma doença infeciosa altamente contagiosa causada pelo vírus
pertencente ao gênero Orthopoxvírus, que pode ser transmitido através de
gotículas de saliva ou pelo espirro. Ao entrar no organismo, esse vírus
cresce e multiplica-se dentro das células (Hinrichsen, s.d.).
Apesar de ser uma doença grave, altamente contagiosa e que não tem
cura, a varíola é considerada erradicada pela Organização Mundial de
Saúde devido ao sucesso relacionado à vacina aprovada em 2018. A
prática da vacinação é fortemente recomenda em função do medo
associado ao bioterrorismo e por ser a melhor forma de prevenção.
Ébola
O Ébola é considerada uma doença altamente infeciosa, rara, grave e muitas
vezes fatal, com uma taxa de mortalidade de 25% a 90%, causando pânico
nas populações infetadas (SNS 24, 2020).
Não possui cura e, por isso, é muito importante evitar a transmissão do
vírus de pessoa para pessoa através do internamento dos pacientes em
isolamento e do uso de equipamentos de proteção especial (EPI) (SNS 24,
2020). Os sintomas iniciais da doença são comuns a várias outras doenças,
o que torna o diagnostico mais complicado. É então necessário aliar os
critérios epidemiológicos (ter estado há menos de 21 dias numa área com
atividade do vírus Ébola ou em contacto com pessoas doentes) aos critérios
clínicos (sintomas) (SNS 24, 2020).
COVID-19
Covid-19 é o nome, atribuído pela OMS, à doença provocada pelo novo
coronavírus SARS-COV2, que pode causar infeção respiratória grave
como a pneumonia. Este
vírus foi identificado pela primeira vez em humanos, no final de 2019, na
cidade chinesa de Wuhan na China, tendo sido confirmados casos em
outros países (SNS 24). Casos de coronavírus já existiam e estão
associados com infeções
associadas ao sistema respiratório. Porém o novo coronavírus teve mais
impacto na sociedade devido a dimensão do seu impacto e o rápido
avanço por todos os continentes.
Mortes
1.885.614

Recuperados
45.857.715

Casos ativos
87.300.343

COVID-19 Dashboard by the Center for Systems Science and


Engineering at JHY CSSE
Conclusão
Durante o estudo verificamos que:·
• A Varíola atualmente se encontra erradicada. Porém existe uma vacina para prevenir os efeitos
da doença;
• A Gripe Espanhola e a Gripe A não existem casos da doença em si, porém existem casos de
pessoas infetadas por variações dos vírus;
• A Peste Bubónica e o Ébola não se encontram erradicados pois existem surtos isolados de
tempos em tempos;
Conclusão
• A Cólera embora tenha tratamento ainda se verifica uma taxa de incidência elevada;
• A SIDA e a Tuberculose evoluíram muito no desenvolvimento de novos tratamentos para
aumentar a qualidade de vida dos pacientes. No entanto ainda se verificam muitos casos e se
estiverem associadas podem ser fatais;
• A Covid-19 tem tido um grande impacto mundial em todos os setores da sociedade. Já foram
desenvolvidas vacinas que estão em processo de análise a aplicação.
Conclusão
Concluímos também que os métodos de controle e prevenção sofreram
evolução ao longo da história e muitos deles estão sendo aplicados na pandemia atual, como por
exemplo:

• Uso de máscaras;
• O isolamento e o distanciamento social;
• Higienização das mãos e superfícies de contacto;
• Desenvolvimento de vacinas.
Conclusão
Com este trabalho percebemos a importância de algumas medidas que devem ser reforçadas
pelos profissionais de saúde, da epidemiologia e saúde pública entre outros, de modo a:

• Estarem atentos a emergência de novas pandemias levando em consideração as


epidemias passadas;
• Apostarem na formação e sensibilização da população dos cuidados a ter perante um
novo surto;
Conclusão
• Adquirirem novos equipamentos para que todas a equipas estejam preparadas;
• Melhorarem as instalações para que as unidades possam atender melhor seus
utentes;
• Incentivarem nas campanhas de vacinação;
• Investirem na investigação que levará ao desenvolvimento de novas vacinas.
Agradecemos
vossa atenção
BIB LIO GR A FIA

• Sanar. 2020. Pandemias na História: o que há de semelhante e de novo na Covid-19. Disponível em:
https://www.sanarmed.com/pandemias-na-historia-comparando-com-a-covid-19
• Rezende, JM. À sombra do plátano: crónicas de história da medicina [online]. São Paulo: Editora Unifesp, 2009.
As grandes epidemias da história. pp. 73-82. ISBN 978-85-61673-63-5. Aceso em: 16 de Novembro de 2020.
Disponível em: http://books.scielo.org
• Sequeira, Álvaro. (2001). A pneumónica: Spanish influenza. Disponível em:
https://www.spmi.pt/revista/vol08/ch7_v8n1jan2001.pdf.
• Cuf. Colera. (s.d.). Disponível em: https://www.cuf.pt/saude-a-z/colera.
• Gomes, I. Ferraz, L. (2011). Ameaça e controle da gripe A(H1NI): uma análise discursiva de Veja, IstoÉ e Época.
Disponível em: https://scielosp.org/article/sausoc/2012.v21n2/302-313/
B IB LIO GR AFIA

• Parente, A. 2004. A história da tuberculose. JPN. Disponível em: www.jpn.up.pt/2004/04/27/a-historia-da-


tuberculose/
• Sharp, P. Hahn, B. Origins of HIV and the AIDS Pandemic. Cold Spring Harb Perspect, Med. setembro de 2011.
• Hinrichsen, S. (s.d.). Tua saúde. Disponível: em: https://www.tuasaude.com/variola/
• UOL. 2020.Tuberculose é doença infecciosa mais mortal do mundo, diz OMS. Disponível em:
https://noticias.uol.com.br/saude/ultimasnoticias/deutschewelle/2020/03/25/tuberculose-e-doenca-infecciosa-mais-
mortal-do-mundo-diz-oms.htm?cmpid=copiaecola
• OMS declara pandemia de coronavírus: o que isso significa?. Sociedade Brasileira de Medicina de Família e
Comunidade (SBMFC). 2020. Disponível em: https://www.sbmfc.org.br/noticias/oms-declara-pandemia-de-
coronavirus-o-que-isso-significa/

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