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Poluição Do Solo - 3

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FERTILIDADE DO SOLO

Conceitos Iniciais

 Solo fértil é aquele que contém, em quantidades


suficientes e balanceadas, todos os nutrientes
essenciais em formas disponíveis.
 Solo produtivo é aquele que, sendo fértil, se
encontra localizado numa zona climática capaz de
proporcionar suficiente umidade, luz, calor, etc.,
para o bom desenvolvimento das plantas nele
cultivadas.
 Nem todo solo fértil é produtivo, porém todo solo
produtivo é fértil.
FERTILIDADE DO SOLO
Elementos essenciais ao desenvolvimento vegetal
Quando se faz a análise de uma planta fresca verifica-se que a maior
proporção do seu peso, 70 a 95%, é constituída pela água. Secando-
se a planta numa estufa a 80-1000C, praticamente toda essa água é
eliminada por evaporação, obtendo-se assim a matéria seca. Fazendo-
se a análise elementar da matéria seca de uma planta de milho, por
exemplo, encontra-se, em geral, dados como os da Tabela.

Elem. O C H N Si K Ca P Mg S Cl Al Fe Mn Outros Total

% 44 44 6,2 1,5 1,2 0,9 0,2 0,2 0,2 0,2 0,1 0,1 0,1 0,04 1,1 100
FERTILIDADE DO SOLO
A análise desta planta não é suficiente para caracterizar um elemento
como essencial, pois muitos elementos estão presentes na composição da
matéria seca de uma planta e não são considerados essenciais.
Um elemento é considerado essencial, quando satisfaz dois critérios de
essencialidade: O direto e o indireto.
Direto - O elemento participa de algum composto ou de alguma reação,
sem o qual ou sem a qual a planta não vive.

Indireto
 Na ausência do elemento a planta não completa o seu ciclo de vida;
 O elemento não pode ser substituído por nenhum outro;
 O elemento tem de ter efeito direto na vida da planta, sua ação não
consistindo da anulação de condições físicas, químicas ou biológicas
desfavoráveis presentes no substrato.
Fertilidade do Solo

Os elementos essenciais se classificam de acordo


com a proporção em que aparecem na matéria
seca em dois grandes grupos:

Macronutrientes: Nitrogênio (N), o Fósforo (P),


Potássio (K), Cálcio (Ca), Magnésio (Mg) e Enxofre
(S);

Micronutrientes: Boro (B), Cloro (Cl), Cobre (Cu),


Ferro (Fe), Manganês (Mn), Molibdênio (Mo) e
Zinco (Zn).
Fertilidade do Solo

Os elementos, macro e micro, exercem funções


específicas na vida da planta. Tais funções podem ser
classificadas em três grandes grupos:
a) Estrutural - O elemento faz parte da molécula de um ou mais
compostos orgânicos, como por exemplo: o nitrogênio nos aminoácidos e
proteínas; o cálcio no pectato da lamela média da parede celular; o
magnésio que ocupa o centro do núcleo tetrapirrólico das clorofilas.
b) Constituinte de enzima - Refere-se a elementos, geralmente metais
ou elementos de transição (molibdênio, por exemplo), que fazem parte
do grupo prostético de enzimas e que são essenciais às atividades das
mesmas. Este é também o caso do cobre, ferro, manganês e zinco.
c) Ativador enzimático - É o caso em que o elemento sem fazer parte
do grupo prostético da enzima, pois está dissociável da fração protéica, é
porém, necessário à atividade da mesma
Fertilidade do Solo
Os macro e micronutrientes exercem nas plantas diferentes papéis na formação
das colheitas, como mostra a Tabela.
Elemento Função na Planta
Estimula a formação e desenvolvimento de gemas floríferas e frutíferas; maior
Nitrogênio
vegetação e perfilhamento; aumenta o teor de proteína.
Acelera a formação de raízes; aumenta a frutificação; apressa a maturação dos
Fósforo
frutos.
Estimula a vegetação e perfilhamento (gramíneas); estimula o enchimento de
Potássio grãos; promove o armazenamento de açúcar e amido; aumenta a eficiência do uso
da água; aumenta a resistência a seca, geadas, pragas e moléstias.
Estimula o desenvolvimento das raízes; aumenta a resistência a pragas e
Cálcio
moléstias; maior pegamento das floradas.
Magnésio Colabora com o fósforo
Aumenta a vegetação e a frutificação; aumenta o teor de óleos, gorduras e
Enxofre
proteínas
Boro Colabora com o cálcio; aumenta a granação
Cobre Aumenta à resistência às doenças; menor esterilidade masculina(cereais)
Ferro Fixação do nitrogênio
Manganês Aumenta a resistência a algumas doenças
Molibidênio Fixação simbiótica do nitrogênio
Zinco Estimula o crescimento e frutificação.
Leis e Princípios da Fertilidade do Solo

a) Lei da Restituição: É indispensável restituir ao solo, para evitar o


seu empobrecimento, todos os nutrientes removidos pelas colheitas.
b) Lei do Mínimo: As produções das culturas são reguladas pelas
quantidades do elemento disponível que se encontra no mínimo em
relação às necessidades das plantas.
c) Lei dos Acréscimos não Proporcionais: O aumento de produção
não é proporcional ao aumento do fator limitante.
d) Lei do Máximo: Qualquer fator de produção, quando em excesso,
tende a não aumentá-la ou mesmo a diminuí-la.
e) Lei do Decréscimo da Fertilidade do Solo: A fertilidade dos solos
cultivados tende a decrescer com o tempo se não forem executados
trabalhos especiais, possibilitados pela ciência e pela técnica, para
mantê-la ou mesmo elevá-la.
Lei DO MÍNIMO DE LIEBIG (1840)
O professor e químico alemão Justus von Liebig,
nascido em Darmstadt, Alemanha, considerado a
maior autoridade em química de sua época, Liebig
enunciou em 1840 a “Lei do Mínimo” estudando o
crescimento das plantas.

“o crescimento dos vegetais é limitado pelo


elemento cuja concentração é inferior a um
valor mínimo, abaixo do qual ocorre uma
paralisação do processo metabólico da
planta”
Ex.: O micronutriente Boro: é indispensável mas
sempre raro no solo; quando esgotado pelas
plantas cultivadas o crescimento pára, mesmo se
lhes forem fornecidos abundantemente os outros
elementos indispensáveis como os
macronutrientes N , P e K .
Esquema geral da lei dos
Mínimos de Liebig
A argila e a fertilidade do solo
A fertilidade natural de um solo depende,
indubidavelmente, de sua capacidade adsortiva, que é
função dos argilo-minerais e dos colóides orgânicos.
Os elementos minerais, essenciais à vida vegetal, serão
então, adsorvidos a estas estruturas minerais e/ou
orgânicas, sendo, gradativamente, liberados e absorvidos
pelas plantas.
Os elementos minerais em forma iônica são
denominados de íons e são chamados de cátions quando
carregados positivamente e ânions quando carregados
negativamente.
Os argilo-minerais e os colóides orgânicos geram cargas
negativas e/ou positivas no solo que são neutralizadas
pelos catíons e/ou aníons.
CTC e CTA
CTC - Quando os cátions dominam o complexo sortivo do
solo (argilo-minerais e colóides orgânicos) dá-se o nome de
capacidade de troca de cátions do solo (CTC).
CTA - Já no caso da adsorção de ânions dá-se o nome de
capacidade de troca aniônica (CTA).
A CTC é um fenômeno mais característico na maior parte
dos solos agrícolas.
A CTC de um solo é dada pela somatória das bases (Ca,
Mg, K e Na) + a acidez potencial (H e Al).

CTC   Ca, Mg , K , Na   H , Al
UNIDADES
Em função da adoção do Sistema Internacional de Unidades (SI), o Brasil teve de
adaptar uma série de unidades das medidas realizadas.
1. As bases de representação serão o (kg) ou o decímetro cúbico (dm 3) no caso
de sólidos e o litro (l) no caso de líquidos;
2. Os conteúdos serão expressos em quantidades de matéria podendo ser usado
o (molc) ou o milimol de carga (mmolc) ou em massa com alternativas de
grama (g) ou miligrama (mg);
3. Os resultados de cátions trocáveis serão apresentados em mmolc/dm 3;
4. Para os resultados que eram apresentados em ppm ou ug/cm 3, como (P), (S-
SO4), (Zn), (Fe), (Mn), (Cu), (B), a nova unidade será mg/dm3;
5. Também poderá ser usado o Cmolc/dm3 (centimol de carga por decímetro
cúbico) ao invés do Mmolc/dm3 .
UNIDADES

 Massa atômica (Tabela Periódica)= massa equivalente x valência

Massa equivalente (ME) = massa atômica


Valência

Ex. ME do Ca++ = 40 = 20 g
2

- Quando a massa Equivalente se divide por 1 000 se obtém miliequivalente:

1 meq Ca++ = 20 = 0,02 g ou 20 mg


1000
 1 meq/100cm3 = 1 cmolc/dm3
 1meq/100cm3 x 10 = 1 mmolc/dm3
 1 cmolc/dm3 x 10 = 1 mmolc/dm3
 1 mg/dm3 = 1ppm = 1g/m3
 % matéria orgânica x 10 = g/dm3 ou g/kg
CTC - CAPACIDADE DE TROCA DE CÁTIONS

A capacidade de Troca de Catíons (CTC) é a capacidade


que os argilo-minerais e a matéria orgânica possuem para
adsorver catíons trocáveis. Esta CTC depende do tipo de
mineral de argila, do teor da matéria orgânica presente no
solo e do pH.
Soma de bases (S) é a soma de todos os catíons
trocáveis no complexo sortivo com exceção do H+ e
Al3+
 S = Ca + Mg +K + Na +........... (Cmolc /dm3)
 Ca, Mg, K e Na são formadores de bases
 H e Al são formadores de ácidos
Saturação das Bases (V)

A saturação de bases (V) é a percentagem da soma


de bases em relação ao complexo sortivo (CTC).

Sx100
V
CTC
Quanto maior a saturação das base mais fértil é
o solo.

V ≥ 50% - Eutrófico
V < 50% - Distrófico
Saturação por Alumínio (m)

A saturação por alumínio (m) é a percentagem do


alumínio em relação a soma de bases mais o
alumínio.
Alx100
m
S  Al
Quanto maior a saturação por Alumínio menos
fértil é o solo. (e mais ácido normalmente)

m ≥ 50% - Álico
m < 50% - Não-álico
Saturação por Sódio (PST)

A saturação por sódio (PST) é a percentagem de sódio


(Na) em relação ao complexo sortivo do solo.

Nax100
PST 
CTC
Quanto maior a saturação por Sódio mais salino é
o solo.

PST ≥ 15% - Sódico


PST< 15% - Não Sódico
Valores de Alguns Solos
Concentração (Cmolc / dm3)
Sat. Das Sat. Por
TIPO DE SOLO Soma das Bases Alum. M PST (%)
K+ Ca Mg Na H Al CTC V(%) (%)
Bases(S)
SOLOS ÁCIDOS
Gleissolo Háplico Tb Distrófico 0,15 2,72 0,68 0,11 1,45 2,17 7,28 3,66 50,24 37,27 1,51
Latossolo Amarelo Distrófico 0,11 0,92 0,83 0,12 3,28 4,91 10,17 1,98 19,44 71,32 1,18
Argissolo Vermelho-Amarelo Distrófico 0,23 0,43 0,24 0,02 4,34 6,52 11,78 0,92 7,83 87,59 0,17
Neossolo Quartzarênico Distrófico 0,07 0,18 0,07 0,10 1,76 2,63 4,81 0,42 8,75 86,22 2,08
Latossolo Vermelho-Amarelo Distrófico 0,20 0,79 0,33 0,06 1,92 2,89 6,19 1,38 22,23 67,73 0,97
SOLOS ALCALINOS
Cambissolo Háplico TA Eutrófico 0,25 13,98 2,25 0,02 0,87 1,30 18,67 16,50 88,38 7,32 0,11
Latossolo Amarelo Eutrófico 0,76 8,76 1,70 0,05 0,52 0,77 12,56 11,27 89,73 6,43 0,40
Salino-Sódico (SS) 0,23 16,68 4,06 4,36 0,32 0,47 26,12 25,33 96,98 1,84 16,69

1/2 dose do calcário Ara


Exemplo Numérico

Considere um solo cuja análise de Cátions para fins de


classificação é a apresentada a seguir :
Concentração (Cmolc / dm3)
K+ Ca Mg Na H Al
0,07 0,18 0,07 0,10 1,76 2,63
Calcule a CTC, o valor S , o valor V, o Valor M o PST
e classifique este solo quanto as bases .

CTC=0,07 + 0,18+0,07+0,1+1,76+2,63 =4,81


S=0,07 + 0,18+0,07+0,1 =0,42

Sx100 V=0,42 X 100 / 4,81 = 8,75 %


V
CTC
Exemplo Numérico
Alx100 M=2,63 X 100 / (0,42+2,63)= 86,22%
m
S  Al

Nax100 PST=0,1 X 100 / 4,81= 2,08%


PST 
CTC

Classificação do Solo Quanto as Bases


V =8,75 < 50% - Distrófico
m = 86,22 ≥ 50% - Álico
PST =2,08 < 15% - Não Sódico

Solo : Neossolo Quartzarênico Distrófico , álico e


não sódico
ACIDEZ DO SOLO
Sabe-se que, genericamente, os solos apresentam uma reação ácida,
neutra ou alcalina.
Solos ácidos : São comuns nas regiões onde a precipitação
pluviométrica é elevada, e os elementos alcalinos, principalmente, o Ca
e o Mg, são lixiviados das camadas superiores pelas águas carregadas
de CO2, sendo substituídos nos colóides pelos íons H+.
Solos Alcalinos : Ao contrário dos solos ácidos, a alcalinidade resulta na
acumulação de cátions, principalmente, Ca, Mg, K e Na que provocam,
na solução do solo, o predomínio dos íons OH- sobre os H+.
É uma característica das regiões áridas e semi-áridas, onde predomina a
ascenção de sais, junto a água capilar, sobre a lixiviação.
A expressão da acidez do solo é a medida do seu pH que mede a concentração
hidrogeniônica da solução do solo.
Existem no solo íons H+ em vários “estados” que contribuem para a acidez: há os
íons H+ livres na solução; há os adsorvidos á superfície das partículas coloidais; e
há, também, os íons H+ combinados e que podem dissociar-se, como alguns que
fazem parte de compostos orgânicos e de monômeros e polímeros de alumínio.
ACIDEZ DO SOLO
ACIDEZ DO SOLO
ACIDEZ DO SOLO
Ph do Solo
Ácidos são substâncias que em solução aquosa liberam íons hidrogênio (H +)
de acordo com a seguinte reação:
HA = H+ + A-
O ácido HA, em solução aquosa, dissocia-se no cátion H+ e no ânion A- .
O conceito de pH foi introduzido para representar a concentração de H + ,
sendo expresso por :
1
PH = -log (H+) = Log (  )
H
Assim, para uma concentração 0,000001 molar ou 10-6 M em H+, o pH será 6.
A escala de pH varia de 0 a 14.
Em solos podem ser encontrados valores de 3 a 10, com variações mais comuns em
solos brasileiros entre 4,0 a 7,5.
Solos com pH abaixo de 7 são considerados ácidos; os com pH acima de 7 são alcalinos.
ACIDEZ DO SOLO
ACIDEZ DO SOLO
A Tabela a seguir apresenta um enquadramento comum da acidez encontrada em solos
Brasileiros.
Ph Classificação
< 5 Acidez elevada
de 5,0 a 5,9 Acidez média
de 6,0 a 6,9 Acidez fraca
7,0 Neutro
de 7, a 7,8 Alcalinidade fraca
> 7,8 Alcalino

A experimentação tem demonstrado que as plantas suportam variações


um tanto amplas de pH, porém a faixa entre 6,0 e 6,5 tem sido confirmada
por diversos pesquisadores, como ideal para a maioria das culturas
agrícolas.
ACIDEZ DO SOLO

O pH controla a solubilidade dos nutrientes do solo exercendo, por isso,


considerável influência sobre a absorção dos mesmos pelas plantas.
Em solos fortemente ácidos, diversos elementos, mesmo, os considerados
essenciais, podem se tornar tóxicos às plantas, como no caso do Fe, Cu,
Zn, B e Mn.
Solos de reação fortemente ácida, apresentam uma elevada concentração
de íons H+, que provocará uma alta solubilização dos óxidos hidratados de
Al, tornando-o livre em solução, determinando ao mesmo tempo,
predomínio deste elemento no complexo sortivo do solo.
Este efeito é extremamente negativo ao desenvolvimento vegetal, pois o
Al, mesmo em baixas concentrações é altamente tóxico às plantas.
CORREÇÃO DA ACIDEZ DO SOLO
CALAGEM : A Calagem é a prática de adicionar algum tipo de corretivo ao
solo, geralmente calcário, com objetivo de reduzir ao Ph ao nível
desejado.

BENEFÍCIOS DA CALAGEM :
 Fonte de cálcio e magnésio para as plantas;
 Melhoria das estruturas do solo;
 Neutralizalçao do alumínio tóxico para as plantas;
 Melhoria da disponibilidade dos macro e micronutrientes
para as plantas;
 Melhoria do desenvolvimento do sistema radicular das
plantas e,
 Redução nos gastos com adubos.
CORREÇÃO DA ACIDEZ DO SOLO

Fe, Cu,Mn e Zn
Mo e Cl
P

N,S e B

K,Ca e Mg

AL

5,0 6,0 6,5 7,0 8,0 9,0 pH

Disponibilidade de Nutrientes x pH
CORREÇÃO DA ACIDEZ DO SOLO
CORREÇÃO DA ACIDEZ DO SOLO
Tipos de calcário quanto ao teor de Magnésio
•Calcítico – Originado de rocha calcária possui menos de 5% de magnésio
•Magnesiano – Contém de 5 a 12% de Magnésio
•Dolomítico – Originado da rocha denominada “dolomita” e possui acima
de 12% de magnésio. O calcário dolomítico possui também maior poder de
neutralização química da acidez porque o magnésio nele contido tem esta
propriedade química.
PRNT
• Poder de Neutralização(PN) - É a capacidade química do calcário de
neutralizar a acidez do solo.
• Granulometria – Refere-se ao tamanho da partícula do corretivo.
Quanto mais finamente moído for o calcário, mais rápida será sua reação
com o solo e a neutralização da acidez
• Poder Relativo de Neutralização Total (PRNT) – É o índice que mede a
qualidade física e química do corretivo. É o índice usado para ajustar a
quantidade de calcário recomendada pela análise do solo.

PRNT = ( PN x Granulometria ) / 100


CORREÇÃO DA ACIDEZ DO SOLO
A legislação Brasileira proíbe a comercialização de calcário fora das
condições mínimas a seguir :
 PN < 67 % ;
 Teor de CaO e MgO < 38 % e,
 PRNT < 45 %
Classificação Comercial dos Calcários PRNT
Classe A 45 a 60 %
Classe B 60,1 a 75 %
Classe C 75,1 a 90 %
Classe D > 90,0 %

100 x Recomendação da Análise


Quantidade a Aplicar =
PRNT do Produto Comercial
CORREÇÃO DA ACIDEZ DO SOLO

Características de um calcário expressas na embalagem


CORREÇÃO DA ACIDEZ DO SOLO
No Brasil normalmente são adotados 2 métodos para a determinação da
quantidade de calcário a ser aplicada com base na análise do solo. O
método da saturação de base e o método do Alumínio Trocável.
Método da saturação de base
O método da saturação de bases é bastante difundido nas regiões Sul e Sudeste do
País. O método consiste em elevar a saturação de bases do solo a um determinado
valor desejável, onde a necessidade de calcário é calculada pela expressão:

N.C. = (( V2 - V1 )/100 ). CTCph7 / PRNT onde:

N.C. - Necessidade de calcário ( t/ha) para uma camada de solo de 20 cm de


espessura.
V1 - Saturação de bases (em %), determinada pela análise de solo.
V2 - Saturação de bases (em %), desejada em valor adequado para cada cultura.
CTC - Capacidade de Troca de Catíons ( Cmolc dm-3 ), determinada pela análise de
solo para um Ph de 7,0.
PRNT - Poder relativo de neutralização total do calcário a ser utilizado, informado
pela indústria produtora.
CORREÇÃO DA ACIDEZ DO SOLO
Método do Alumínio Trocável
O método do Alumínio trocável também é largamente utilizado em alguns Estados
do País, principalmente no Nordeste e mostra-se eficiente para elevar o pH dos
solos e reduzir a saturação por alumínio em solos ácidos.
A quantidade de calcário calculada é baseada nas seguintes expressões:

N.C = F . Al trocável ou N.C = F . [ X - ( Ca + Mg trocáveis ) ]


(O que der maior) Onde :
 N.C. - Quantidade de calcário puro (t/ha) para uma camada de solo de 20 cm de
espessura.
 F - Fator de calagem, podendo assumir os seguintes valores, dependendo da classe
textural do solo: 1,0 para solos arenosos; 2,0 para solos argilosos; e 3,0 para solos
argilosos e ricos em matéria orgânica.
 X - Segundo fator de calagem, podendo assumir os seguintes valores, dependendo
da classe textural do solo: 2,0 para solos arenosos e 3,0 para solos argilosos.
 Al trocável - Determinado pela análise de solo (Cmol c dm-3)
 Ca + Mg trocáveis - Determinados pela análise de solo (Cmol c dm-3).
CORREÇÃO DA ACIDEZ DO SOLO
Exemplo numérico . Considere a análise do solo a seguir e calcule a quantidade de
calcário com um PRNT de 60% a ser aplicada para o cultivo de milho.
Resultado da Análise
Concentração (cmolc / dm3)

Soma das Sat. Das Sat. Por


K+ Ca Mg Na H Al CTC ph7 PST (%)
Bases(S) Bases V1(%) Alum. M (%)

1,95 0,80 0,30 0,60 19,24 0,80 6,80 3,65 53,68 17,98 8,82

Método de Saturação das Bases

Para a adoção da saturação de bases desejada (V2)podemos levar em conta a seguinte


tabela de conversão : pH 5,5 -> V2 =~ 65% , pH 6,0 -> V2= ~80% e pH 6,5 -> V2 = ~85%
. Adotando V2 = 80% .

N.C. = ( V2 - V1 ) /100 . CTCph7 / PRNT

N.C. = ( 80-53,68 )/100 x 6,80 / 0,60 = 2,98 t/ha


CORREÇÃO DA ACIDEZ DO SOLO

Método do Alumínio Trocável

N.C = F x Al trocável ou N.C = F x [ X - ( Ca + Mg trocáveis ) ]


Admitindo-se um solo argiloso F - Fator de calagem = 2,0 e X = 3,0

N.C = F x Al trocável - N.C = 2,0 x 0,8 = 1,6 t/ha


ou
N.C = F x [ X - ( Ca + Mg trocáveis ) ] - N.C = 2,0 x [3,0 - ( 0,8+0,3) ] = 3,8 t/ha

Adotamos o maior valor N.C = 3,8 t/ha


APLICAÇÃO DO CALCÁRIO
APLICAÇÃO DO CALCÁRIO
APLICAÇÃO DO CALCÁRIO
APLICAÇÃO DO CALCÁRIO
APLICAÇÃO DO CALCÁRIO
APLICAÇÃO DO CALCÁRIO
CORREÇÃO DA ACIDEZ DO SOLO

Execução da Calagem :
Em sistemas de cultivos tradicionais (uma aração e duas gradagens)
o calcário deve ser uniformemente distribuído em toda a superfície e
incorporado a uma profundidade de 20 cm. A calagem deve ser feita
de preferência com o distribuidor de calcário, o qual permite a
regulagem precisa da quantidade e evita perdas pelo vento. A
seqüência de aplicação mais usual é a seguinte :

1/2 dose do calcário Arar 1/2 dose do calcário Gradear


APLICAÇÃO DO CALCÁRIO

Operação de aragem
APLICAÇÃO DO CALCÁRIO

Operação de gradagem
APLICAÇÃO DO CALCÁRIO

Calcário Distribuído a Lanço


APLICAÇÃO DO CALCÁRIO
Classificação da Adubação
I. Quanto à forma de distribuição do adubo
1- adubação a lanço : o adubo é distribuído em toda a superfície da lavoura, através de
avião agrícola ou através de implementos específicos (“ciclone”) tracionados por tratores.
2- adubação em linhas : o adubo é distribuído ao longo das linhas de semeadura, através
de máquinas apropriadas (adubadoras), as quais devem ser ajustadas para distribuir o
adubo abaixo das sementes, a fim de evitar possível causticidade do adubo às plântulas em
germinação, bem como situar o adubo na zona onde se desenvolverá o sistema radicular
das plantas.
3- adubação nas covas de plantio : tipo de adubação usada para culturas plantadas em
covas distanciadas umas das outras, como por exemplo : abóbora, melancia,etc.
4- adubação na “projeção da copa” : forma de adubação utilizada em pomares, onde , nos
primeiros anos após a instalação do pomar , os adubos devem ser aplicados e incorporados
somente na área onde se desenvolve o sistema radicular das frutíferas, guardando-se a
devida distância do tronco das mesmas.
Classificação da Adubação
II. Quanto à época da Adubação

1- adubação de base : adubação feita simultaneamente ao plantio ou


semeadura;

2- adubação em cobertura : adubação feita quando a cultura já se


encontra desenvolvida. A adubação em cobertura é recomendada
principalmente para adubação nitrogenada, e os objetivos são:

minimizar as perdas de nitrogênio;


disponibilizar o nutriente nas fases em que a cultura mais o exige.
Classificação da Adubação
III. Quanto ao Objetivo da Adubação

1) Adubação de correção : é a adubação que visa corrigir deficiências do solo


em 1 ou mais nutrientes, geralmente os níveis de fósforo. Considera
apenas o solo.
2) Adubação de manutenção : é a adubação feita a cada plantio, com o
objetivo de manter os níveis adequados de fertilidade do solo. Considera
solo (perdas) e as exigências da cultura.
3) Adubação de reposição: é a adubação feita com base nas tabelas de
extração por cultura. Considera apenas as exigências da cultura.
Classificação da Adubação
IV. Quanto à aplicação do Adubo
a) Adubação granulada ou em pó.
b) Adubação líquida foliar : é um tipo de adubação recomendada para complementar a
adubação de base ou para ser utilizada em situações especiais que requerem a imediata
absorção de nutrientes pelas plantas. É freqüentemente utilizada para corrigir carências
de micronutrientes nas plantas.
c) Quimigação ou fertirrigação: aplicação de adubos através de equipamentos de irrigação

Aplicação de Adubação granulada Adubação Foliar Fertirrigação

ou em pó
Classificação da Adubação
V. Quanto à origem do Adubo
Adubo Orgânico

A adubação orgânica : é a adubação feita com materiais de origem vegetal ou animal,


desde que bem decompostos.

Vantagens ou benefícios da adubação orgânica:


• Melhoria na estrutura do solo;
• Aumento no teor de matéria orgânica do solo;
• Conservação da umidade no solo;
• Aumento da porosidade total do solo;
• Melhoria no aproveitamento dos adubos químicos pelas plantas;
• Maior proliferação de minhocas;
• Redução na ocorrência de pragas e doenças nas plantas, refletindo-se em menor
uso de pesticidas;
• Redução da poluição das águas subterrâneas por adubos químicos;
Classificação da Adubação
Utilização correta de adubos químicos

a) Adubos fosfatados solúveis em água, tais como superfosfato simples,


superfosfato triplo, DAP, MAP, devem ser utilizados em solos com o pH entre 6,0
e 6,5. Se forem usados em solos ácidos, pouco serão aproveitados, devido ao
fenômeno químico denominado “fixação” (formação de fosfato de ferro e
alumínio, insolúvel em água e inassimilável pelas plantas);
b) Os nitratos e nitritos dos adubos nitrogenados são contaminantes das águas
subterrâneas. Os nitritos podem ser cancerígenos;
c) Adubos nitrogenados amoniacais tais como cloreto de amônio, sulfato de
amônio, sulfonitrato de amônio, DAP, MAP e nitrato de amônio são, em ordem
decrescente, acidificantes do solo;
d) O uso desnecessário ou excessivo de adubos nitrogenados pode provocar efeitos
indesejáveis nas lavouras, tais como: excesso de desenvolvimento da parte aérea
das plantas, acamamento, suscetibilidade do arroz à brusone, além de ser
desperdício de recursos financeiros;
Classificação da Adubação
Utilização correta de adubos químicos

a) Adubos fosfatados solúveis em água devem ser distribuídos de forma a ficar


próximo às raízes das culturas;
b) Adubos químicos nitrogenados não são compatíveis com a inoculação de
leguminosas; prejudicam a nodulação;
c) Todo adubo químico necessita de umidade no solo para sua dissolução e
aproveitamento pelas plantas;
d) Alguns adubos, como por exemplo: sulfato de amônio, sulfonitrato de amônio,
nitrato de amônio e superfosfatos, são incompatíveis com o calcário. Misturas de
uréia e superfosfatos só podem acontecer pouco tempo antes da aplicação;
e) O gesso agrícola (sulfato de cálcio dihidratado) não é corretivo da acidez, mas
estimula o aprofundamento e desenvolvimento radicular das plantas, neutraliza
o alumínio, é fonte de cálcio e de enxofre, e reduz as perdas de amônia dos
adubos orgânicos;
f) Sulfato de potássio é melhor que cloreto de potássio, pois contém enxofre e,
para algumas culturas, o cloro do cloreto de potássio empregado em grandes
quantidades pode se tornar tóxico;
Principais Adubos Nitrogenados

FERTILIZANTES NITROGENADOS :
O nitrogênio é um dos nutrientes mais importantes para as plantas
e, com freqüência, o mais limitante à produção das culturas em
geral, exceto as leguminosas.
A fertilização nitrogenada é uma complementação à capacidade de
suprimento de nitrogênio dos solos, a partir da mineralização de
seus estoques de matéria orgânica, geralmente altos em relação às
necessidades das plantas.

Orgânicos : São provenientes da mineralização dos resíduos vegetais


e animais, através da ação efetiva da microbiota do solo. Pertencem a
essa classificação o esterco eqüino (1,44%N), o esterco bovino
(1,67%N), o esterco suíno (1,86%N), o esterco de galinha (2,76%N),
e as tortas (resíduos) vegetais, entre outros.
Principais Adubos Nitrogenados
Os fertilizantes nitrogenados químicos são subdivididos em
quatro grupos :

 Amoniacais - Apresentam o nitrogênio na forma amoniacal


•Amônia anidra (82%N)
•Sulfato de amônio (21%N)
•Cloreto de amônio (25%N).
 Nítricos - Apresentam o nitrogênio na forma nítrica
•Nitrato de sódio (16%N),
•Nitrato de potássio (13%N),
•Nitrato de cálcio (16%N)
•Nitrofosfato (14%N).
 Nítrico-amoniacais – Apresentam o nitrogênio nas formas nítrica e amoniacal
•Nitrato de amônio (32%N)
•Nitrato de amônio e cálcio (20%N)
 Amídicos - Apresentam o nitrogênio na forma amídica
•Uréia formaldeído (35%N),
•Uréia revestida com enxofre (39%N)
•Ccrotonilidina diuréia (28%N).
Principais Adubos Fosfatados
As fontes minerais de fósforo são todas originadas de rochas
fosfáticas, conhecidas como “fosfatos naturais”, que são
encontrados na forma de compostos de ferro, alumínio e de cálcio.
A necessidade de fósforo é expressa em % de P2O5 .

Principais Adubos Fosfatados :


1. Fosfatos naturais ( 24 a 27 % de P205 ) – Baixa Solubilidade
2. Superfosfato Simples ( 11 % de P205 ) + 18 % S + 19 % de Ca
3. Superfosfato Triplo ( 43 % de P205 ) + 13 % de Ca

4. Fosfato monoamônio (MAP) (48% de P2O5 ) + 9% de N.

5. g) Fosfato diamônio (DAP) (45% de P2O5 ) + 16% de N.

6. Farinha de ossos (16% de P2O5 ) + 1,5% de N + 22% de Ca.


Principais Adubos Potássicos
O potássio constitui, juntamente com o nitrogênio e o fósforo, o grupo
denominado de elementos nobres da fertilização. É de ocorrência generalizada
na natureza, aparecendo sempre em formas combinadas inorgânicas ou, no
solo, em forma iônica.
A fertilização potássica tem que garantir uma concentração de K na solução do
solo suficientemente alta para satisfazer as necessidades da planta nos
períodos em que o elemento é mais exigido. Este objetivo poderá ser alcançado
quando forem evitadas perdas por lixiviação e fixação.
O potássio deve ser aplicado parceladamente em lugar de toda a quantidade
necessária de uma só vez e deve se concentrar o potássio no sulco ou na cova
de plantio, sempre que possível.
A necessidade de fósforo é expressa em % de k 2O .
Principais Adubos Potássicos
a) Cloreto de Potássio ( 60 % de K2O)

b) Sulfato de Potássio ( 50 % de K2O)

c) Sulfato duplo de Potássio e Magnésio ( 22 % de K2O)

d) Nitrato de Potássio ( 44 % de K2O)


Amostragem
Para que se possa fazer uma indicação correta de adubação, é indispensável o
conhecimento do nível atual de fertilidade do solo a ser cultivado. É através da análise
química da amostra do solo que se determina a sua fertilidade, permitindo o
conhecimento prévio das quantidades dos nutrientes e da necessidade de correção
destes e da reação do solo.
As análises são processadas em pequenas quantidades de solo e assim, facilmente,
verifica-se a importância que representa a amostragem. Pouco valor terá uma análise
feita com todo rigor, se a amostra não for representativa da área a ser cultivada.
Por essa razão, é de máxima importância que a amostragem do solo seja bem
executada.
Tipos de Amostras
a) Amostra Simples
A que representa apenas um indivíduo, ou seja, um volume de solo
proveniente de um ponto na área e numa profundidade única.
b) Amostra Composta
A oriunda da homogeneização das amostras simples. É o indivíduo que
representa a área.
Amostragem
Amostragem

A área da propriedade deve ser dividida em subáreas. Considerando a variabilidade


do terreno, a subárea não deve ser superior a 20 ha e a máxima tolerável é de 40
ha. Em geral, não é conveniente amostrar áreas maiores que 10 ha. Se entretanto,
a propriedade for extensa, o que a torna impraticável amostrar completamente,
recomenda-se selecionar algumas áreas representativas de situações diferentes.
É importante ter um mapa ou fazer um croquí da propriedade, indicando a posição
das áreas que serão amostradas e identificadas. O croquí deve ser guardado junto
com os resultados analíticos, para acompanhamento da evolução da fertilidade do
solo nos anos subseqüentes.
Dependendo da maneira como o solo vem sendo usado, as subáreas terão as
seguintes dimensões :
Tamanho das subáreas homogêneas, segundo o uso
Cultivo Área (ha)
Pastagem natural 5 - 10 ha
Terreno plano com culturas anuais 2 - 7 ha
Terreno erodido com culturas anuais 1 - 2 ha
Terreno irrigado com culturas anuais 0,5 - 1 ha
Pomar (fruticultura) 0,5 - 1 ha
Hortaliças irrigadas 0,5 - 1 ha
Amostragem
Após a divisão da área e a identificação das subáreas, o número de amostras
simples para formar uma amostra composta, é estabelecido conforme a tabela a
seguir.
Área No. De Amostras
Menor do que 3,0 ha 15
de 3,0 a 5,0 ha 20
de 5,0 a 7,0 ha 25 a 30
No caso de áreas novas, principalmente aquelas destinadas à implantação de
culturas perenes, é ideal realizar a amostragem nas camadas de 0 a 20 cm; de 20 a
40 cm e de 40 a 60 cm.
Este sistema permite ao técnico avaliar os solos das áreas onde as culturas
apresentarão mais problemas para o desenvolvimento normal das raízes em
profundidade, e sugerir medidas práticas de manejo para contornar seus efeitos
nas futuras produções.
No caso de área ainda não arada, antes da coleta, deve-se ter o cuidado de limpar a
superfície do solo nos locais escolhidos para retirar as amostras simples,
removendo resíduos não decompostos de tecido vegetal, folhas, talos, etc.; fezes
de animais; pedras; tomando-se a devida cautela para não remover a parte
superficial do solo.
Amostragem

Plano de amostragem
Amostragem

Equipamentos usados na amostragem


Análise de Rotina
No laboratório a amostra de solo é seca ao ar, destorroada, passada em
peneira de 2 mm de diâmetro e analisada segundo a metodologia proposta
pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária.
Nos laboratórios de rotina são realizadas normalmente as seguintes
determinações :
 pH (H2O)
 Fósforo Disponível (mg/dm3)
 Potássio disponível (Cmolc /dm3)
 Alumínio Trocável (Cmolc /dm3)
Hidrogênio + Alumínio Trocável (Cmolc /dm3)
 Cálcio Trocável (Cmolc /dm3)
 Magnésio Trocável (Cmolc /dm3)

Podem ainda ser feitas análise de Micronutientes tais como (Fe,Zn,Mn,Cu)


Análise de Rotina
Escolha do Adubo
Os resultados das análises de fertilidade do solo vêm acompanhados de sugestões
de fertilização, geralmente expressas em kg/ha de N, P2O5 e K2O.
Estas sugestões de adubação que acompanham o resultado da análise são feitas
levando-se em consideração a cultura a ser cultivada , seu potencial, inclusive
econômico, e o local de cultivo.
Cada estado tem suas curvas de calibração de resposta econômica para adubação.
Uma sugestão de 20-80-40 por exemplo, indica que na fertilização deverão ser
aplicados 20 kg/ ha de N, 80 kg/ha de P2O5 e 40 kg/ha de K2O .
Essa fertilização poderia ser atendida pela aplicação de fertilizantes simples ou
través de misturas já preparadas, conhecidas no comércio por fórmulas.
Escolha do Adubo

A Escolha dos adubos a serem utilizados deve ser feita considerando-se suas
características físico-químicas, a espécie a ser cultivada e os aspectos
econômicos.
Com relação aos aspectos econômicos deve-se considerar o custo por hectare a
fim de se recomendar a adubação mais econômica ao produtor.

Custo da adubação = custo do adubo/ha + frete + custo da


aplicação/ha
custo do adubo/hectare : custo unitário x
quantidade/hectare
custo de aplicação/hectare : custo do combustível + mão-
de-obra
Adubos Químicos e Nutrientes
Cálculos de Adubação
Os resultados das análises de fertilidade do solo vêm acompanhados de sugestões
de fertilização, geralmente expressas em kg/ha de N, P2O5 e K2O. Uma sugestão de
20-80-40 por exemplo, indica que na fertilização deverão ser aplicados 20 kg /ha
de N, 80 kg/ha de P2O5 e 40 kg/ha de K2O .
Essa fertilização poderia ser atendida pela aplicação de fertilizantes simples ou
através de misturas já preparadas, conhecidas no comércio por fórmulas.
No caso de se adquirir os fertilizantes simples, são necessárias as seguintes
a)etapas:
Verificar a concentração dos nutrientes nos fertilizantes escolhidos , além de
sua compatibilidade.
Exemplo: Suponha que para atender a sugestão de fertilização acima citada,
foram escolhidas as seguintes fontes: uréia (44% de N), superfosfato simples (18%
de P2O5) e cloreto de potássio (58% de K2O)
b) Calcular as quantidades dos fertilizantes simples
 Uréia (44% de N)
100 kg de uréia ------------ 44 kg de N
X kg de uréia ----------- 20 kg de N recomendados
X= 20 x 100 / 44 = 45,54 Kg de Uréia
Cálculos de Adubação
• Superfosfato simples - SS (18% de P2O5)
100 kg de SS --------------- 18 kg de P2O5
Y kg de SS ---------------- 80 kg de P2O5 recomendados

Y = 100 x 80 / 18 = 444 kg de superfosfato simples

• Cloreto de potássio - KCl (58% de K2O)


100 kg de KCl --------------- 58 kg de K2O
Z kg de KCl - ----------------- 40 kg de K2O recomendados

Z = 100 x 40 / 58 = 68,9 kg de cloreto de potássio


Por hectare deveriam ser aplicados aproximadamente 45 kg de uréia, 445 kg de
superfosfato simples e 70 kg de cloreto de potássio, totalizando 560 kg da
mistura, para atender a fertilização sugerida de 20-80-40 kg/ha de N, P2O5 e K2O,
respectivamente.
Cálculos de Adubação
Usando Misturas Prontas
Nas fórmulas comerciais, os três números expressam a percentagem dos nutrientes
na mistura. Assim, uma fórmula 8-24-16 mostra a presença na mistura de 8% de N,
24% de P2O5 e 16% de K2O, logo uma tonelada dessa fórmula contém 80 kg de N, 240
kg de P2O5 e 160 kg de K2O.
Caso a escolha recaia sobre essa opção, deve-se, primeiramente estabelecer a relação
entre os nutrientes recomendados. A recomendação de 20-80-40 kg/ha de N, P2O5 e
K2O respectivamente, corresponde a uma relação de nutrientes de 1: 4: 2 e poderá ser
atendida por uma fórmula que tenha essa mesma relação.
Para encontrá-la basta dividir cada percentagem por aquela de menor valor.
Considerando-se que se disponha das fórmulas: 5-10-10, 10-30-15, 6-24-12 e 20-10-20
que apresentam relação 1: 2: 2; 1: 3: 1,5; 1: 4: 2; 2: 1: 2, respectivamente.
Deve-se escolher a fórmula 6-24-12 para atender a recomendação de 20-80-40 de N,
P2O5 e K2O, pois apresenta a mesma relação de nutrientes indicada para a fertilização.
Cálculos de Adubação
Para calcular a quantidade da fórmula a ser aplicada por hectare, dividir a dose do
elemento recomendado, pelo teor do mesmo elemento existente na fórmula e
multiplicar o resultado por 100.
Por exemplo: Dose recomendada: 20-80-40 kg/ha de N, P2O5 e K2O.
Fórmula indicada: 6-24-12
Quantidade a aplicar:
a) Tomando-se como base a dose de nitrogênio
100 kg da fórmula -------------- 6 kg de N
X----------------------------------- 20 kg de N recomendados
X = 20 x 100 / 6 = 333,33 kg/ha da fórmula 6 - 24 – 12
b) Tomando-se como base a dose de fósforo
100 kg da fórmula ------------- 24 kg de P2O5
Y --------------------------------- 80 kg de P 2O5 recomendados
Y = 80 x 100 /24 = 333,33 kg /ha da fórmula 6 - 24 – 12
Cálculos de Adubação
c) Tomando-se como base a dose de potássio
100 kg da fórmula --------------- 12 kg de K2O
Z ------------------------------------ 40 kg de K 2O recomendados
Z = 40 x 100 = 333,33 kg/ha da fórmula 6 - 24 - 12

Para o cálculo, basta usar apenas a dose de um dos nutrientes da fórmula , o


resultado será sempre o mesmo, pois as relações entre os nutrientes da fórmula é a
mesma da recomendada.
Outra maneira de calcular a quantidade da fórmula a aplicar é somar as doses dos
nutrientes recomendados, dividir pela soma dos teores dos nutrientes da fórmula e
multiplicar por 100.
Por exemplo: Dose recomendada: 20-80-40 kg ha-1 de N, P2O5 e K2O.
- Fórmula indicada - 6-24-12
- Quantidade a aplicar (x) = (20+80+40) x 100 = 333,33 kg/ha da fórmula 6-24-12
6+24+12
Os exemplos mencionados mostram a facilidade desses cálculos. No entanto, nem
sempre as indicações de fertilização obedecem às relações exatas; porém, pequenas
variações são perfeitamente aceitáveis.
Adubação Orgânica
Ao invés da adoção dos adubos químicos a adubação orgânica constitui uma
alternativa interessante para a adubação dos solos pois, além de incorporar os
nutrientes necessários, melhora a estrutura do solo, como também suas
microfauna e flora. Como desvantagens vale lembrar a possibilidade de
contaminação do lençol freático e o manejo de grande volumes dentro da
propriedade.
Adubação Orgânica
Adubação Orgânica
Adubação Orgânica
Adubação Orgânica
Adubação Orgânica
Adubação Orgânica
Adubação Orgânica
Adubação Orgânica
Adubação Orgânica
Adubação Orgânica
Adubação Orgânica

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