Aula 11, 12

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CURSO: MEDICINA GERAL

DISCIPLINA: SAÚDE DA COMUNIDADE


Sub Modulo: Programa Alargado de Vacinações
VACINAÇÃO E CALENDÁRIO VACINAL

VACINAR É PREVENIR!
VACINAR É PREVENIR

INTRODUÇÃO AO PAV

PAV-PROGRAMA ALARGADO DE
VACINAÇÃO
O Programa Alargado de Vacinação (PAV) foi
lançado em Moçambique em 1979, após a 1ª
campanha nacional de vacinação pós independência Vacinações fora do quadro normal
nacional, tendo mostrado ao longo dos anos notáveis
ganhos de saúde. VACINAR É PREVENIR
CONT. GRUPOS ALVOS DO PAV
PAV é um programa nacional e gratuito,
destinado, principalmente, a vacinação
de mulheres em idade fértil e crianças,
bem como de outros grupos sob
condições especiais (como
trabalhadores em risco de contrair
tétano, por exemplo), para prevenção
de doenças infecciosas preveníveis pela
vacinação (tuberculose, difteria, tétano,
tosse convulsa, pólio, hepatite B,
sarampo, tétano e as pneumonias e
meningite por haemophilus influenzae
tipo b).
VACINAR É PREVENIR
Vacinas – são substâncias biológicas preparadas no laboratório a partir de
microrganismos causadores de doenças - bactérias ou vírus, e que
induzem a produção de certas substâncias protectoras no corpo (chamados
de anticorpos).
Vacinar é o acto de administrar substâncias biológicas no organismo de
forma a criar um estado de protecção contra determinadas doenças,
através de produção (pelo organismo - a pessoa nesse caso) de defesas
contra as bactérias e vírus que causam tais doenças.
A meta do PAV é proteger todas as mães e suas crianças menores de 5
anos de todas as doenças preveníveis por vacina.
O principal objectivo do PAV é reduzir a mortalidade infantil,
morbilidade e incapacidade, utilizando as melhores vacinas, tecnologias
médicas e práticas seguras disponíveis
VACINAR É PREVENIR
ESTRATÉGIAS DO PAV NO PAÍS
As estratégias do PAV no país incluem vacinação de rotina, brigadas
móveis e campanhas de vacinação
Vacinação rotineira nas unidades sanitárias
É uma estratégia adoptada pelo Ministério da Saúde para oferecer os
serviços de vacinação às crianças menores de um ano de idade, mulheres
grávidas e mulheres em idade fértil. Para o cumprimento desta medida,
todas as unidades que prestam cuidados de saúde primários,
nomeadamente Postos e Centros de Saúde devem dispor de um serviço de
medicina preventiva, onde são feitas as vacinas de rotina. Geralmente, os
hospitais rurais, provinciais e centrais dispõem de vacinação para as
vacinas dadas à nascença e que, normalmente, são dispensadas nas
maternidades, sendo que a continuação das vacinações é feita nos postos e
centros de saúde VACINAR É PREVENIR
CONT.
Brigadas Móveis (e Campanhas de Vacinação)

Para além das vacinações de rotina nas US, há também estratégias de


mandar equipas (brigadas móveis) das unidades às localidades distantes,
com vista a alcançar aquelas crianças que não conseguem chegar às
unidades
Para além das visitas de brigadas móveis, há políticas e princípios
traçados pela Organização Mundial da Saúde, que visam, essencialmente,
eliminar e erradicar algumas doenças, tais como sarampo, tétano neonatal
e poliomielite.
Para a implementação dessas políticas são levadas a cabo campanhas de
vacinação, direccionadas a grupos de idade diferentes daqueles da
vacinação de rotina.
VACINAR É PREVENIR
PRINCIPAIS VACINAÇÕES DO PAÍS
As vacinas quando são introduzidas no organismo, estimulam-no a criar
defesas, chamadas de anticorpos, contra as mesmas bactérias ou vírus de
que foram feitas.
Por exemplo, a vacina contra o Sarampo contém os vírus que provocam o
Sarampo, mas estão modificados de modo a não provocarem a doença,
mas ainda ajudam o organismo a produzir as defesas que vão-lhe
defender se esse vírus lhe atacar.
Lista de Doenças Alvos do PAV Hepatite B
 Doenças causadas pelo haemophilus influenzae
 Sarampo tipo B
  Poliomielite  Vitamina “A” e desordens por deficiência de
  Tétano Neonatal vitamina “A” – não é uma doença prevenível por
  Tuberculose vacinas, é um suplemento para a prevenção e
  Difteria tratamento da deficiência de vitamina A que se
  Pertussis (Tosse convulsa) aproveita administrar na mesma altura que as vacinas
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Principais Vacinações no País

 Vacina da BCG (Bacilo de Calmette e Guerin)


  VAP (Vacina Anti-Pólio)
  Vacina da DPT/HepB+Hib – também chamada de “pentavalente”
 (Difteria/Pertusses/Tétano/Hepatite B/Haemophilus influenzae tipo B)
  VAS (Vacina Anti-Sarampo)
  VAT (Vacina Anti-Tetânica)
 IPV (Vacina Injectal da Polio)
 ROTAVIRUS OU RV (Doenca diarreica aguda)
 PVC13

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Vacina da BCG
Protege contra formas graves da tuberculose (meningite tuberculosa,
tuberculose miliar).
É feita de uma micobactéria atenuada.
A vacina deve ser dada, de preferência, à nascença, mas em caso de falha,
pode ser dada desde a nascença até aos 23 meses de idade.
A vacina deve ser administrada por via intradérmica, na parte superior do
ombro direito, numa dose de 0,05 ml para crianças com menos de um ano e
0,1 ml para crianças com um ou mais anos.
A vacina da BCG apresenta-se em pó num frasco e deve ser diluída antes
da administração. No estado de pó pode ser conservada e transportada a
temperaturas entre - 15 e - 25º C.

VACINAR É PREVENIR
Precauções
 Deve-se verificar a data da expiração da vacina e do diluente antes da
utilização.
 Verificar se o diluente é apropriado e se está na temperatura
recomendada.
 Misturar a vacina com o diluente sem agitar, para evitar estragá-la.
3.4.2 Ter atenção à técnica na hora de aplicar a vacina de modo a evitar
traumatizar a criança.
Contra-indicações
A única contra-indicação para a BCG é o aparecimento de criança com
manifestações de SIDA.
A suspeita de infecção por HIV, o baixo peso à nascença e a
prematuridade não são contra-indicações para a BCG.
VACINAR É PREVENIR
Vacina Anti-Pólio (VAP)
Protege contra a poliomielite. A vacina contém o vírus vivo da poliomielite
atenuado, que se estraga facilmente pelo calor.
Esta vacina deve ser dada em 4 doses, a primeira das quais (pólio zero) à
nascença, com intervalo mínimo de 4 semanas entre elas, de acordo com o
seguinte esquema:
1ª dose (pólio zero): a idade preferida para ser dada é à nascença, mas pode
ser dada num intervalo que vai desde o nascimento até às 5 semanas de vida;
2ª dose (pólio 1): a idade preferida para ser dada é aos 2 meses, mas pode ser
dada num intervalo que vai desde as 6 semanas até aos 23 meses de vida;
3ª dose (pólio 2): a idade preferida para ser dada é aos 3 meses, mas pode ser
dada num intervalo que vai desde as 10 semanas até aos 23 meses de vida;
4ª dose (pólio 3): a idade preferida para ser dada é aos 4 meses, mas pode ser
dada num intervalo que vai desde as 14 semanas até aos 23 meses de vida;
VACINAR É PREVENIR
Vacina da DPT/HepB+Hib
A vacina deve ser dada em 3 doses, a primeira das quais aos dois meses de
vida, com intervalo mínimo de 4 semanas entre elas, de acordo com o
seguinte esquema:
1ª dose: a idade preferida para ser dada é aos 2 meses, mas pode ser dada
num intervalo que vai desde as 6 semanas até aos 23 meses de vida;
2ª dose: a idade preferida para ser dada é aos 3 meses, mas pode ser dada
num intervalo que vai desde as 10 semanas até aos 23 meses de vida;
3ª dose: a idade preferida para ser dada é aos 4 meses, mas pode ser dada
num intervalo que vai desde as 14 semanas até aos 23 meses de vida;
Precauções
 Verificar a data de expiração.
 Agitar bem as vacinas para certificar que não ficam congeladas.
 Certificar-se de chegar ao músculo para ai libertar a vacina.
Contra-indicações
Geralmente não há contra-indicações, com excepção para os casos em que há hipersensibilidade para algum dos
componentes, como por exemplo ao toxóide do tétano ou da
VACINAR difteria
É PREVENIR
Vacina Anti-Sarampo (VAS)
Protege contra o sarampo. A vacina é de vírus atenuado e é muito sensível à luz.
É administrada em dose única, preferivelmente aos 9 meses, mas pode ser dada desde
os 8,5 até aos 23 meses de vida (na população deslocada pode ser administrada até aos
4 anos).
É administrada por via subcutânea numa dose de 0,5 ml, na porção superior do braço
esquerdo.
Apresenta-se na forma liofilizada e deve permanecer congelada (- 15 a – 25º C) até ser
diluída. Ao nível das unidades sanitárias deve ser conservada entre + 2 e + 8º C. Para a
diluição deve ser usado somente o diluente fornecido pelo fabricante da vacina.
Precauções
 Verificar a data de expiração da vacina.
 Certificar-se de que usa o diluente indicado.
 Não agitar a vacina para não estragar.
 Limpar o local onde irá administrar a vacina com algodão mergulhado em água.
 Informar à mãe que a criança pode ter uma erupção ligeira, mas que vai passar espontaneamente.
Contra-indicações
Não existem contra-indicações. VACINAR É PREVENIR
Falsas contra-indicações
As situações que se seguem são consideradas de relativa pouca gravidade
e, por isso, indivíduos que as apresentem devem ser vacinados.
  Infecções respiratórias superiores ou diarreia;
  Febre baixa (menor que 38.5º C);
  Alergia ou asma;
  Malnutrição;
  Amamentação;
  Pessoas com ataques (convulsões/epilepsia) na família;
  Crianças que estejam a ser tratadas com antibióticos;
  Infecção pequena na pele;
  Doença prolongada do coração, pulmões e fígado;
  Pele da criança amarela logo depois de nascer.

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REFERENCIAS

MISAU, Manual do PAV


MISAU, Manual de Saúde da Comunidade 2012;
MISAU, Manual de Saude Ambiental 2011
B. SOERENSEN, K. MARULLI, Manual de saúde Publica, editora artes e ciências 1999

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