Prova de Mental
Prova de Mental
Prova de Mental
Mental
(Aula 1)
O que a SAE agrega de benefícios no cuidado ao indivíduo com transtornos mentais?
➔ Possibilita um cuidado individualizado e qualificado;
➔ Melhora na qualidade da assistência;
➔ Estabelece e facilita o Relacionamento Enfermeiro-Paciente;
➔ Promove continuidade e coordenação do cuidado;
➔ Estimula o autocuidado;
➔ Fortalece o vínculo entre profissional e paciente;
Teoria das Relações Interpessoais- Autora: Hildegard Peplau. Ano:1952. A teoria enfoca
a importância da relação enfermeiro-paciente.
Teoria da Relação Pessoa-Pessoa- Autora: Joyce Travelbee. Ano: A teoria aborda que
deve haver uma relação entre a enfermeira e o doente, neste sentido, os enfermeiros são
desafiados à implementação de uma prática mais reflexiva, pautada pela compaixão e pela
simpatia.
Histórico de Enfermagem
Diagnóstico de Enfermagem
• Ansiedade relacionada o estresse;
• Medo relacionado ao estímulo fóbico;
• Risco de solidão relacionado ao isolamento;
• Baixa autoestima situacional relacionada a perdas afetivas.
Planejamento
Implementação
• Leva em conta uma abordagem humanizada, ética e respeitosa; • Deve ser considerado
como ação o estabelecimento do relacionamento terapêutico.
Avaliação
Que dados podem ter escapado? » Fiz algum julgamento inapropriado? » Os resultados
estabelecidos são adequados a esse sujeito, nesse local de atendimento, considerada a
realidade da condição do sujeito e os recursos disponíveis? » Houve melhora ou ganho
com o plano de cuidado elaborado? » As necessidades de enfermagem do sujeito do
cuidado foram atendidas? » Quais ações de enfermagem necessitam de revisão? » Devo
reordenar as prioridades?
Os CAPS se constituem como componente decisivo para a política de saúde mental, por
serem serviços de saúde municipais, abertos, comunitários, compostos por equipe
multiprofissional que oferece atendimento diário às pessoas com transtornos mentais,
oportunizando inserção social e fortalecimento dos laços familiares.
Consulta de Enfermagem em Saúde Mental
(Aula 2)
SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS
ÁLCOOL
MACONHA
● SPA ilícita mais consumida no mundo
● Principais efeitos: sensação de leveza e relaxamento
● Reagudização de quadros psicóticos
● Síndrome do Pânico (uso é interrompido)
NICOTINA
Histórico de Enfermagem
• Entrevista + Observação
• Está emagrecido? Com pele ressecada? Narinas avermelhadas ou lesionadas?
Hematoma nos braços? Fala pastosa? Nega seus problemas? É agressivo? Manipula ou
seduz para obter a SPA?
Diagnóstico de Enfermagem
• Déficit de autocuidado relacionado aos efeitos do uso abusivo do álcool ou outras drogas
• Baixa autoestima situacional relacionada a perdas afetivas.
• Risco de violência direcionada a si mesmo relacionado ao efeito do uso da SPA.
• Interação social prejudicada relacionada a incapacidade de manter relacionamentos
evidenciada pelo isolamento social e rejeição.
Planejamento
• Possíveis intervenções: conhecimento acerca das condições pessoais e sociais do
indivíduo; confecção de lista com comportamentos substitutivos à procura e uso do álcool
ou outras drogas; estímulo ao autocuidado; ênfase na importância e continuidade do
tratamento.
• Resultados esperados: admitir que é dependente do álcool ou outras drogas e os riscos
decorrentes do seu uso; assumir compromisso com as estratégias de controle do uso do
álcool ou outras drogas; afastar-se de pessoas ou situações que influenciarão o uso do
álcool ou outras drogas; apresentar manifestações de recuperação da autoestima, etc.
Implementação
Avaliação
A SAE ao indivíduo com distúrbios relacionados ao uso de álcool e outras drogas vai ao
encontro dos pressupostos da Reforma Psiquiátrica, posto que viabiliza o vínculo,
acolhimento, escuta, os quais são essenciais na atenção em saúde mental, especialmente,
por assegurar ao indivíduo o direito de participar das decisões que o envolvem.
Os TH estão se tornando cada vez mais comuns e se iniciando cada vez mais cedo entre
crianças e adolescentes.
As mulheres são mais vulneráveis em proporção 2x maior que os homens.
● Episódio maníaco
● Transtorno afetivo bipolar (Transtorno Bipolar do Humor)
● Episódio depressivo
Episódios depressivos
Episódio maníaco
Humor anormal e persistentemente elevado, expansivo ou irritável e pelo menos mais três
dos sintomas abaixo (quatro se o humor for apenas irritado) durante pelo menos uma
semana:
● autoestima elevada ou grandiosidade muito falante,
● loquaz ou logorreico
● fuga de ideias
● distraibilidade
● ↓ necessidade de sono
● aceleração psicomotora
● desinibição social e/ou sexual ou ↑ gasto de dinheiro
● ↑ envolvimento em atividades prazerosas de risco
● Desdobramentos
○ Hipomania
○ Mania sem sintomas psicóticos
○ Mania com sintomas psicóticos
Hipomania
● O humor encontra-se elevado ou irritável, fora dos padrões normais para a pessoa
em foco, e presente há pelo menos 4 dias.
● Não pode haver sintomas psicóticos;
● Os sintomas não perturbam claramente o funcionamento profissional ou social, e
não há necessidade de hospitalização.
● Não impede de fazer as suas atividades diárias.
É marcado por seu caráter fásico, episódico. Os episódios de mania e depressão ocorrem
de modo relativamente delimitado no tempo, e, com frequência, há períodos de remissão,
em que o humor do paciente encontra-se normal, eutímico, e as alterações psicopatológicas
mais intensas regridem
Subtipos de TB:
TB tipo I: episódios depressivos intercalados com fases de normalidade e pelo menos uma
(mas geralmente várias) fase maníaca bem caracterizada. Cursa com mania.
TB ciclotímico: por pelo menos dois anos, deve haver numerosos períodos com sintomas
hipomaníacos e sintomas depressivos.
TB tipo ciclagem rápida: é necessário que o paciente tenha apresentado, nos últimos 12
meses, pelo menos quatro episódios bem caracterizados e distintos de transtorno do humor,
mania (ou hipomania) e/ou depressão. Os episódios podem ocorrer em qualquer
combinação (misto) ou ordem.
Para dois episódios da mesma polaridade, deve-se verificar intervalos de pelo menos dois
meses de remissão parcial ou total dos sintomas ou, no caso de episódios de polaridade
distinta, guinada para episódio de polaridade oposta (depressão para mania ou o inverso,
sem necessidade de períodos intermediários de normalidade do humor).
Histórico de Enfermagem
• Entrevista + Observação
• A pessoa apresenta-se excessivamente alegre ou triste, desinteressado de tudo, se está
com inadequações afetivas, muda bruscamente de humor, irritabilidade, chora sem motivo
aparente, etc.
• No caso de depressão: apresenta tristeza profunda, fala baixo e de forma monossilábica,
descuida da aparência e higiene pessoal, pode apresentar ideação suicida, etc.
• No caso de mania: mantém fisionomia alegre e risonha, fala alto, muda de assunto para
outro sem conclusão do pensamento, pode ser agressivo, gastar exageradamente, etc.
Diagnóstico de Enfermagem
Planejamento
Implementação
Avaliação
• Evidenciar os progressos do indivíduo e suas necessidades emergentes;
• A família e pessoas significativas para o indivíduo precisam ser consideradas.
NÍVEIS DE ANSIEDADE
LEVE
• Associa-se com a tensão da vida diária • Indivíduo alerta, com campo da percepção
aumentado
• Motiva a aprendizagem e a criatividade
MODERADO
INTENSO
• O indivíduo foca em algo específico e não consegue pensar em nenhuma outra coisa
• Redução expressiva da percepção
PÂNICO
RESPOSTAS À ANSIEDADE
TRANSTORNO DO PÂNICO
• Entrevista + Observação
• É fundamental uma postura de acolhimento, atenção e respeito. • Pode-se investigar se a
pessoa tem se tornado menos eficiente no trabalho e escola, distanciado de pessoas,
isolado, apresentando dificuldade de cuidar de si, de se comunicar, de reter informações,
etc.
Diagnóstico de Enfermagem
Implementação
Avaliação
Sintomas positivos
Pensamento: desagregação, sonorização do pensamento, delírios.
Sensopercepção: alucinações
Comportamento bizarro
Sintomas negativos
Afetividade: apatia, embotamento
Pensamento: pobreza do pensamento, respostas incoerentes
TIPOS DE ESQUIZOFRENIA
PARANÓIDE
• Mais comum
• Delírios persecutórios, de ciúme, grandeza e de referência e alucinações auditivas que lhe
dão ordens ou contém ameaças.
=> A forma paranóide, é caracterizada por alucinações e ideias delirantes, principalmente
de conteúdo persecutório (perseguição).
HEBEFRÊNICA
• Hiperatividade e incongruência emocional
• Pouco contato com a realidade
• Delírios e alucinações auditivas inconsistentes
• Mais exuberante em relação ao comportamento
=> A forma hebefrênica caracteriza-se por pensamento desorganizado, comportamento
bizarro e afeto marcadamente pueril (infantilizado).
CATATÔNICA
• Permanência em uma posição por longo período
• Não responde a estímulos
• Agitação violenta súbita
=> A forma catatônica é marcada por alterações motoras, hipertonia flexibilidade cerácea, e
alterações da vontade, como negativismo, mutismo e impulsividade;
❖ Flexibilidade Cerácea: O examinador coloca um segmento do corpo do paciente _
um membro, a cabeça ou o tronco _ nas mais diversas posições e o paciente irá
manter passivamente a postura corporal por bastante tempo, mesmo que esta seja
desconfortável. O corpo do paciente é amoldável, como se fosse de cera.
❖ Hipertonia: aumento do tônus muscular, em que o músculo perde a capacidade de
relaxar, resultando em rigidez.
SIMPLES
• Hipoatividade, hipobulia, embotamento afetivo
• Expressão facial de quem está alheio à realidade
• Atenção voltada a objetos ou animais
❖ Embotamento afetivo é a dificuldade de expressar emoções e sentimentos.
❖ Hipobulia é o sentimento da perda de energia, motivação, do sentimento de força,
vigor.
❖ Hipoatividade é um distúrbio de aprendizagem que afeta a capacidade de um
indivíduo de processar e reagir a informações ou situações em tempo hábil
=> Apesar de faltarem sintomas característicos, seria observado um lento e progressivo
empobrecimento psíquico e comportamental, com negligência quanto aos cuidados de si
(higiene, roupas, saúde), embotamento afetivo e distanciamento social.
DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO
Diagnóstico:
• Quadro clínico, manifestações comportamentais, relatos da família e da própria pessoa.
Tratamento:
• Antipsicóticos, TCC, atividade física, psicoterapia, intervenções familiares, etc.
Histórico de Enfermagem
• Entrevista + Observação
• Observar aparência (desleixada, em geral), vestimenta (inadequada para as condições
climáticas ou ambiente), agitação e agressividade, expressão facial fora de sintonia com a
realidade, conduta estranha, etc.
Diagnóstico de Enfermagem
• Isolamento social relacionado ao retraimento
• Risco de violência direcionado a si mesmo
• Risco de violência dirigida a outros relacionado a agressividade
• Falta de adesão ao tratamento evidenciado pelo não seguimento das orientações
recebidas
Planejamento
• Resultados esperados: manifesta confiança nas pessoas, demonstra afetividade coerente
com a situação, não expressa autoagressividade nem heteroagressividade, reconhece que
as percepções das alucinações são irreais, reconhece que o conteúdo dos delírios não
condiz com a realidade, etc.
• Possíveis intervenções: Encorajamento a manter-se na realidade, estabelecimento de
relação de confiança, escuta atenta, estímulo a expressar sentimentos, atentar para a
comunicação não verbal, esforçar-se para compreender o paciente, incluir a família no
tratamento e plano de cuidados, etc.
Implementação
• Leva em conta uma abordagem humanizada, ética e respeitosa;
• Deve ser considerado como ação o estabelecimento do relacionamento terapêutico.
Avaliação
• Evidenciar os progressos do indivíduo e suas necessidades emergentes;
• A família e pessoas significativas para o indivíduo precisam ser consideradas.
CRISE
A crise surge quando a pessoa se depara com uma situação de conflito para o seu
equilíbrio e sente-se incapaz de ignorar ou resolver com seus mecanismos habituais de
enfrentamento.
A intervenção na crise tem por finalidade ajudar a pessoa a retornar aos seu nível de
funcionamento anterior à crise.
Características:
● Ocorrência em pessoas sem diagnóstico de transtorno mental.
● Caráter agudo
● Duração limitada.
● Ser experimentada como uma reação emocional excessivamente opressora.
● A gravidade do evento é definida pela pessoa que o experimenta.
Fatores de vulnerabilidade:
● Desemprego.
● Perdas significativas.
● Separação conjugal.
● História de Transtorno mental.
● Dificuldade para lidar com problemas do cotidiano
Tipos de Crise:
● Do desenvolvimento:
• Crise em decorrência da mudança de estágio da vida.
• O período de transição pode ser estressante ou opressor.
● Situacional:
• Fator externo que interfere no equilíbrio da pessoa
• Pode relacionar-se com a morte de pessoa querida, perdas, gravidez indesejada,
impacto de doença grave, testemunho de um crime, etc.
● Acidental:
• Crise em decorrência de situações que não fazem parte da vida diária da pessoa
• Pode ocorrer em caso de incêndio, inundação, terremoto, acidentes aéreos, etc.
Fases da Crise
A evolução da crise é previsível e descrita em 4 fases relacionadas ao aumento da
ansiedade quando os mecanismos de enfrentamento falham, gerando uma desorganização
da pessoa.
Fase 1: • Mecanismos habituais de enfrentamento não são suficientes para diminuir o nível
de ansiedade ou resolver o problema.
Fase 2:•Aumento do desconforto e ansiedade. Desorganização do funcionamento da
pessoa. Ensaio-erro. Sentimento de impotência e incapacidade.
Fase 3:• Ansiedade intensa. Isolamento, fuga.
Fase 4:• Ansiedade em nível de pânico. Confusão mental, pânico, violência a Fase 4 outros
e até suicídio.
Intervenção em Crise e o PE
Histórico de enfermagem:
● Obter dados e identificar necessidades.
● É fundamental uma postura de acolhimento, atenção e respeito.
● O enfermeiro deve identificar os comportamentos da pessoa em crise, o evento
desencadeante, a percepção do evento, os sistemas de apoio, recursos de
enfretamento, etc.
● Avaliar risco para suicídio e homicídio.
Diagnóstico de enfermagem:
● Ansiedade em grau elevado relacionada a ameaça.
● Isolamento relacionado relacionado à percepção de suas limitações.
● Enfrentamento ineficaz individual.
Planejamento:
● Resultados esperados: Identifica padrões ineficazes de enfretamento para a crise,
identifica enfrentamento eficaz, verbaliza necessidade de ajuda, procura ajuda
profissional, utiliza o apoio social disponível, etc.
● Possíveis intervenções: Ouvir atentamente, encorajar a expressão de sentimentos,
oferecer apoio, identificar e encaminhar o indivíduo e a família para sistemas de
apoio, evitar explicações longas e focar na necessidades do momento, etc.
Implementação:
● Leva em conta uma abordagem humanizada, ética e respeitosa;
● Deve ser considerado como ação o estabelecimento do relacionamento terapêutico.
Avaliação:
● Evidenciar os progressos do indivíduo e suas necessidades emergentes;
● A família e pessoas significativas para o indivíduo precisam ser consideradas;
● Verificar a necessidade de encaminhamento para outro profissional.
Considerações finais:
Conhecimento, segurança e firmeza são essenciais para o enfermeiro na abordagem em
situações de crise/emergência psiquiátrica.
RESUMO:
● Cuidar de um familiar com transtorno mental exige que o cuidador auxilie nas
diversas atividades cotidianas, gerando dificuldades para quem cuida.
● Buscou-se conhecer como o cuidador ajuda o familiar nessas atividades e como
percebe o cuidado.
● Foi realizado um estudo qualitativo com oito cuidadores de familiares assistidos no
Hospital Dia, sendo os dados coletados em dois grupos focais e submetidos à
análise temática de conteúdo.
● Foi observado que a ajuda ao ente cuidado envolve sobrecarga pelo acúmulo de
funções desempenhadas e pelo despreparo do cuidador, sinalizando que os
equipamentos de saúde mental necessitam intervir na saúde do cuidador e capacitá-
lo para a oferta de cuidados.
LINK DO ARTIGO:
https://www.scielo.br/j/sdeb/a/df7MBfpXSMx3n54tm5BKPgw/