A Pedagogia Nos Tempos de Jesus

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A PEDAGOGIA NOS TEMPOS DE JESUS

PROF. JOSIMAR
Introdução

O presente estudo tem por objetivo, refletir o contexto pedagógico da época de


Jesus. Ou seja, a palestina do século I. Para tanto, iremos expor as
características dessa educação, seus objetivos e finalidades. Em contrapartida a
isso, veremos também a proposta pedagógica de a Jesus e como ele via a
importância do ensino em sua época. Em face disso, buscaremos aplicar as
lições aprendidas do referido estudo, pois precisamos sempre nos dedicar ao
modelo de ensino que Jesus desenvolveu de forma eficaz em sua época.
A EDUCAÇÃO PEDAGÓGICA DA PALESTINA DO SÉCULO I
Nesse período, a educação era um elemento muito importante da sociedade.
Quando a criança tinha a oportunidade de, além do ofício do lar, aprender na
escola dos rabinos, sua rotina não era fácil. Ela passava a manhã inteira na
sinagoga, em uma sala com cerca de 25 alunos. A parte da tarde era dedicada
ao trabalho que estava aprendendo com o pai. A escola fundamental que as
crianças frequentavam na sinagoga era conhecida pelo nome de BeitHa Sêfer,
isto é, A Casa do Livro. Ali aprendia-se a ler, escrever, fazer contas e falar em
público. Memorização, repetição e resolução de problemas eram os métodos
pedagógicos mais usados na ocasião.
As Escrituras, especialmente a Torá, formavam a base do ensino. O mestre e os alunos
repetiam-na todos os dias, até que os textos ficassem bem memorizados. Os judeus do
primeiro século estudavam, sobretudo, o Antigo Testamento. Para eles, aquele era sua
principal fonte de ensino, aliás, tudo o que se aprendia partia das Escrituras O cálculo
matemático, por exemplo, era ensinado a partir do tempo de duração da vida dos patriarcas
ou das profecias que incluem cronologia. A geografia era ilustrada nas guerras de Israel. Já a
medicina, por meio das prescrições mosaicas, e assim por diante. Para os judeus, as
Escrituras eram um livro completo, que permitia integrar todo o conhecimento e encontrar o
princípio de toda a sabedoria disponível aos seres humanos. O estudo delas era tão
importante que, mesmo quem não frequentasse a escola, precisava pelo menos saber ler para
ter acesso ao conteúdo da Torá. Nesse caso, a pessoa era ensinada em casa, pelos pais. As
mulheres também tinham que conhecer a Torá, embora de maneira simples, devido ao
espírito patriarcal daqueles dias.
O período da escola primária ia dos cinco aos 12 ou 13 anos de idade. Depois, o aluno
passava por um estágio mais avançado na Beit Midrash, ou Casa da Interpretação, que
ficava em um lugar separado da sinagoga. Ali, o aluno poderia receber uma espécie de
educação superior acompanhado por algum mestre da lei. De fato, estudar em uma Beit
Midrash era um privilégio de poucos. Assim, se um jovem quisesse avançar em seus
estudos, deveria iniciar-se no mundo rabínico, no qual se tornaria um escriba ou doutor da
lei. Para isso, ele deveria escolher como tutor um mestre ou rabino de renome e segui-lo, na
condição de que o rabino aceitasse o aluno. Paulo, por exemplo, foi aceito pelo grande sábio
Gamaliel. De acordo com o livro de Atos 22:3, foi aos pés dele que Paulo praticamente
aprendeu tudo o que sabia, possivelmente, até muitos dos idiomas que falava.
AS ESCOLAS QUE EXISTIAM NA PALESTINA DO SÉCULO I
Dentro do movimento dos escribas, por exemplo, de afinidade mais farisaica, existiam duas
correntes básicas.
Uma era a escola fundada pelo rabino Hilel, citado anteriormente. Ali, um jovem, antes
de ser aceito oficialmente por um mestre, deveria se submeter a um estágio de 30 dias para
realizar e conhecer as prescrições rituais de purificação.
Em outra escola, a de Shamai, esse período se estendia por pelo menos um ano. Embora
não tenhamos muita documentação direta do tempo de Jesus, temos informações valiosas
no segundo século de nossa época e que podem nos servir de chave interpretativa daqueles
tempos. Segundo essas antigas fontes, a partir do segundo século, quando um jovem estava
estudando no colégio superior da Beit Midrash, deveria caminhar o dia inteiro e se abster de
outros trabalhos, já que o estudo começava no alvorecer e terminava apenas ao pôr-do-sol.
A PEDAGOGIA DE JESUS E SUAS CARACTERÍSTICAS
Jesus viu no ensino a gloriosa oportunidade de formar os ideais, as atitudes e a conduta do povo
em geral. Ele não se distinguiu primeiramente como orador, como reformador, nem como chefe, e,
sim, como mestre. Vemos perfeitamente que ele não pertenceu à classe dos escribas e rabinos que
interpretavam minuciosamente a Lei. Não.
Ele ensinou. De forma alguma se distinguiu ele como "agitador da massa popular". A ênfase que
Jesus deu ao ensino ressalta do fato de em geral ser ele reconhecido como Mestre. "À luz dos
Evangelhos, vemos que seus discípulos e contemporâneos o tornavam como mestre." Ele foi
mesmo chamado Mestre, Professor ou Rabi; e tudo isto, traz em seu bojo a mesma ideia geral
expressa por Nicodemos quando disse: "Rabi, sabemos que és mestre vindo da parte de Deus"
(João 3:2).
Enfim, o ensino de Jesus era “construtivista” devido a importância de construir junto ao ouvinte
uma nova mentalidade a partir dos conhecimentos da vida, e esse ensino proporcionava uma nova
oportunidade de pensar, refletir e questionar a vida. Construtivismo, segundo pensamos, é esta
forma de conceber o conhecimento: sua gênese e seu desenvolvimento – e, por consequência, um
novo modo de ver o universo, a vida e o mundo das relações sociais.
Aplicações

I. A primeira lição – Aprendemos aqui que, a pedagogia de Jesus, se caracteriza como


uma educação para redenção. Ou seja, sua pedagogia nos mostra que o conhecimento
da verdade, pode libertar o homens de seus pecados (João 8.32)
II. A segunda lição - Aprendemos que, a pedagogia de Jesus além de ser para redenção
do homem, ela também instruía esse homem no caminho que ele devia seguir.
III.A terceira lição é que, Jesus enfatizou a busca pelo conhecimento, como marca
característica dos seus verdadeiros discípulos (João 5.39)

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