Cinoterapia

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CINOTERAPIA

TFC (TERAPIA ASSISTIDA COM CÃES)


Terapia assistida com ajuda de animais
 Esse tipo de tratamento pode ser conhecido por outras siglas, tais como:
 TAA (Terapia Assistida por Animais);
 TFC (Terapia Assistida por Cães);
 TFA (Terapia Facilitada por Animais);
 FAA (Fisioterapia Assistida por Animais ou mesmo zooterapia e pet
terapia).
 A diferença entre as siglas refere-se a quem conduz a terapia. No
caso da TAA, o condutor é um profissional da área da saúde, enquanto
no TFC, a pessoa não precisa ser da área da saúde para realizar o
trabalho.
 Contudo, é muito importante destacar que o tratamento com cão
terapeuta é algo complementar a um tratamento que aborda o uso de
medicamentos ou o acompanhamento psicológico. Certo?
Cinoterapia
Cinoterapia significa: terapia com cães! Usar
cães como base para alguns tipos de tratamento
se mostrou efetivo para uma série de doenças e
condições que acometem o ser humano -
assistida com ajuda de cães.
 A Cinoterapia ou Terapia Facilitada por Cães (TFC)
é uma atividade que utiliza o cão como facilitador no
processo terapêutico. Segundo J. Dotti, autor do
livro Terapia e Animais, os gregos criavam os cães
como terapeutas auxiliares pois acreditavam que
eles tinham a capacidade de curar doenças.
 No Brasil, a Cinoterapia começou na década de 50,
introduzida pela Pesquisadora e Psiquiatra Dr. Nise da
Silveira, tratando os pacientes com esquizofrenia no Centro
Psiquiátrico Pedro II, no Rio de Janeiro. Hoje é realizada
em vários Estados da Federação, nos quais são atendidas
pessoas de todas as idades em hospitais, asilos, APAEs,
entre outros.
 Adestradores com seus cães realizam uma
visita semanal aos hospitais, acompanhados
por equipes especializadas de Psicólogos
e Fisioterapeutas, permanecem por um
período de aproximadamente uma hora com
pacientes selecionados pelos profissionais
dos hospitais.
Dentre os benefícios da Terapia Facilitada por Cães,
estão:

 Desenvolvimento de sentimentos positivos;


 Contato – troca de afeto;
 Amor incondicional, sem julgamentos;
 Prazer em rir e brincar com o animal;
 Sensação de conforto e bem-estar;
 Estímulo mental, físico e emocional.
 Cães também ajudam a controlar a ansiedade, pressão
arterial, colesterol, estresse e até mesmo podem ajudar
pessoas que estão em depressão. Tudo através do
auxílio médico e psicológico, obviamente.
 No caso de trabalhos com pessoas com problemas que
afetam a cognição, como Autismo, Alzheimer e etc., o
acompanhamento e anotações de melhorias devem ser
documentadas com base em relatórios dos médicos.
A cinoterapia ajuda na liberação de endorfina e adrenalina

 Outro ponto muito importante que a cinoterapia pode


nos proporcionar é a liberação de endorfina e
adrenalina.
 Estas duas condições nos fazem ter energia e
motivação, que pode desencadear em nosso
organismo uma série de processos positivos.
 Automaticamente estas condições podem ser usadas
(com suporte médico) em tratamentos específicos.
Melhorias nas condições sociais
 E por fim, os cães ainda nos ajudam a socializar melhor!

 Pois é, este processo faz com que possamos articular melhor e ter melhores condições de
exposição na sociedade a médio e longo prazo.
 Um estudo foi realizado em duas casas de acolhimento existentes no município de Patos/PB em 2012. A
primeira, “Lar dos Velhinhos”, abrigava 24 idosos. A segunda, “Lar de Idoso Jesus de Nazaré”, abrigava
18 idosos.
 O objetivo do estudo foi melhorar a qualidade de vida daqueles que viviam nesses abrigos
independentemente da existência ou não de necessidades especiais, sejam elas clínicas ou não.

Revista mv&z
Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo
 Para tanto, foram realizadas atividades que promoviam estímulos psíquicos e físicos.
Participaram dois cães, sem raça definida (SRD), fêmeas, uma com idade aproximada de
oito anos e a outra com quatro anos. Ambas foram submetidas a exames clínicos e
laboratoriais, a partir dos quais receberam atestado de sanidade. As sessões ocorreram
uma vez por semana, com duração em torno de 60 minutos. As atividades eram realizadas
em conjunto com os idosos, com equipe dividida, sendo cada componente responsável por
um grupo de pessoas para melhor avaliar suas reações diante dos estímulos provocados.
Verificou-se que a cinoterapia contribuiu para melhorar a confiança, a autoestima, a alegria
e o companheirismo dos idosos institucionalizados. Os idosos submetidos às atividades se
mostraram mais dispostos e apresentaram feições de felicidade, espontaneidade e
autoconfiança.
 A cinoterapia trouxe melhorias não apenas aos idosos atendidos pelas suas atividades, mas à
equipe facilitadora, que passou a entender melhor a problemática do idoso no Brasil. A
vivência in loco contribuiu para a proposição de alternativas minimizadoras de algumas delas,
como a carência afetiva e a solidão.
 Os resultados aqui descritos foram verificados em ambos os abrigos, o que pode ser
considerado uma constatação da eficácia da cinoterapia.
 A médio e longo prazo os benefícios são ainda maiores. De acordo com dados de institutos de
zooterapia, após certo tempo de convivência com cachorros terapeutas, os pacientes podem
apresentar melhoras na(o):

 Socialização;
 Comunicação;
 Memória;
 Concentração;
 Afetividade;
 Autoestima;
 Prática de atividades físicas;
 Estabelecimento de vínculos.
Como é o trabalho de um cão terapeuta?
 Infelizmente, nem todo pet tem o temperamento certo para se tornar um cachorro terapeuta. A
Dra. Alessandra Pedroso, médica-veterinária da Petz, explica que há um padrão de exigências
rigoroso ao qual os cães devem atender para desempenharem a cinoterapia.
 Cães terapeutas precisam ter perfil calmo e pacífico, além de poder lidar com diferentes
faixas etárias, como crianças e idosos.
 Veja a seguir alguns dos traços de personalidade essenciais em um cão terapeuta:
 Perfil do cão terapeuta
 Um cão terapeuta é um cachorro que não tem nenhum histórico de agressividade ou de
violência. Ou seja, ele nunca mordeu seu dono ou rosnou em situações estressantes.
 Além disso, são cachorros que:
 Não são ansiosos ou medrosos;
 São saudáveis e dóceis;
 São amigáveis e dispostos a estabelecer laços com outras pessoas que não são seu dono;
 No geral, os cães terapeutas devem possuir um bom convívio com outras pessoas e animais,
uma vez que o trabalho geralmente é feito com vários animais ao mesmo tempo.
 Geralmente, o cachorro terapeuta é aquele animal que já tem
um certo nível de adestramento e que é calmo em todas as
situações;
 O cão terapeuta consegue lidar bem com o estresse sem latir
ou mesmo apresentar sinais de nervosismo;
 Cães ansiosos ou medrosos não podem ter contato físico com o
paciente;
 Diferentemente do cão-guia, que está
sempre alerta e trabalhando, o cão
terapeuta pode ser mais relaxado e ter
uma vida de um cachorro normal, mas
ainda precisa ter um certo nível de
educação e de flexibilidade emocional.
Como tornar meu cachorro um cão terapeuta?

 O cão terapeuta deve ter no mínimo 5 comandos básicos para ser terapeuta;
 Se não tiver os comandos básicos, é necessária comprovação de que o animal
atenda todos os requisitos comportamentais e sociais mencionados anteriormente;
 A diferença entre uma cão treinado e o não treinado é que o treinado pode facilitar
a aproximação de pacientes receosos que hesitam em manter contato físicos
principalmente por medo, tornando assim o campo de atuação mais amplo para
TFC;
 Cães que aprendem truques de adestramento secundários como: rolar, girar, fingir
de morto, rastejar, ficar em pé e etc.., podem ampliar ainda mais o atendimento
pois mesmo aqueles pacientes com medo, ao assistir sob distância segura,
normalmente têm uma liberação de hormônios benéficos para sua recuperação.
RELEMBRANDO

São 5 os comandos básicos que facilitam a convivência entre humanos e cães.


1. Sentar sob comando;
2. Deitar sob comando;
3. Ficar sob comando;
4. Andar junto sob comando;
5. Aqui sob comando;
 Além dos comandos básicos os cães devem
ser calmos e ensinados a não pular nas
pessoas. Tomar cuidado para os cães NÃO
lamberem o rosto ou curativos dos assistidos,
devido a quantidade de bactérias existentes
na saliva dos cães.
 O uso do cão terapeuta é, majoritariamente, recomendado para pacientes com:
 Autismo;
 Esquizofrenia;
 Deficiências de aprendizado;
 Altas queixas de estresse e de ansiedade.
 Pacientes hospitalizados e pessoas em locais como asilos ou clínicas
também podem receber o apoio de cães terapeutas tranquilamente, se assim
a instituição permitir.
 Os pacientes precisam estar dispostos a
receber esse tipo de apoio, sendo essencial
não ter pavor de cachorros, caso contrário, o
efeito é totalmente reverso.
 Portanto, se notar que um paciente tem
aversão aos animais jamais se aproxime com
cão.
Acompanhamento de um profissional de
saúde
Profissionais de saúde precisam
ter total conhecimento de quais
os benefícios da cinoterapia, a
melhor forma de combiná-la
com tratamentos mais
tradicionais para a melhoria
considerável do paciente, se
atentando ao tópico acima
também!
As raças recomendadas
 Para essa atividade os Labrador Retrivier e Golden Retrivier;
 Em geral, os animais dessas raças possuem uma capacidade de adaptação muito
grande além do entusiasmo para trabalhar com pessoas. São raças muito
utilizadas devido o adestramento ser simples, por possuírem um comportamento
alegre, carinhoso, leal, gostar de aprender e ser extremamente receptivas.
 É importante lembrar que os cães terapeutas não devem obrigatoriamente ser das raças
Labrador ou Golden, existem características como o comportamento, que são avaliadas
independentemente da raça. Cães de várias raças podem ser cães terapeutas, contanto que
tenham comportamento e perfil adequados para este trabalho.
 Recomenda-se por exemplo que para trabalho dentro de clínicas ou hospitais sejam utilizados
cães de pequeno porte para trabalhar com pacientes acamados.
FIM

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