Cinoterapia
Cinoterapia
Cinoterapia
Pois é, este processo faz com que possamos articular melhor e ter melhores condições de
exposição na sociedade a médio e longo prazo.
Um estudo foi realizado em duas casas de acolhimento existentes no município de Patos/PB em 2012. A
primeira, “Lar dos Velhinhos”, abrigava 24 idosos. A segunda, “Lar de Idoso Jesus de Nazaré”, abrigava
18 idosos.
O objetivo do estudo foi melhorar a qualidade de vida daqueles que viviam nesses abrigos
independentemente da existência ou não de necessidades especiais, sejam elas clínicas ou não.
Revista mv&z
Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo
Para tanto, foram realizadas atividades que promoviam estímulos psíquicos e físicos.
Participaram dois cães, sem raça definida (SRD), fêmeas, uma com idade aproximada de
oito anos e a outra com quatro anos. Ambas foram submetidas a exames clínicos e
laboratoriais, a partir dos quais receberam atestado de sanidade. As sessões ocorreram
uma vez por semana, com duração em torno de 60 minutos. As atividades eram realizadas
em conjunto com os idosos, com equipe dividida, sendo cada componente responsável por
um grupo de pessoas para melhor avaliar suas reações diante dos estímulos provocados.
Verificou-se que a cinoterapia contribuiu para melhorar a confiança, a autoestima, a alegria
e o companheirismo dos idosos institucionalizados. Os idosos submetidos às atividades se
mostraram mais dispostos e apresentaram feições de felicidade, espontaneidade e
autoconfiança.
A cinoterapia trouxe melhorias não apenas aos idosos atendidos pelas suas atividades, mas à
equipe facilitadora, que passou a entender melhor a problemática do idoso no Brasil. A
vivência in loco contribuiu para a proposição de alternativas minimizadoras de algumas delas,
como a carência afetiva e a solidão.
Os resultados aqui descritos foram verificados em ambos os abrigos, o que pode ser
considerado uma constatação da eficácia da cinoterapia.
A médio e longo prazo os benefícios são ainda maiores. De acordo com dados de institutos de
zooterapia, após certo tempo de convivência com cachorros terapeutas, os pacientes podem
apresentar melhoras na(o):
Socialização;
Comunicação;
Memória;
Concentração;
Afetividade;
Autoestima;
Prática de atividades físicas;
Estabelecimento de vínculos.
Como é o trabalho de um cão terapeuta?
Infelizmente, nem todo pet tem o temperamento certo para se tornar um cachorro terapeuta. A
Dra. Alessandra Pedroso, médica-veterinária da Petz, explica que há um padrão de exigências
rigoroso ao qual os cães devem atender para desempenharem a cinoterapia.
Cães terapeutas precisam ter perfil calmo e pacífico, além de poder lidar com diferentes
faixas etárias, como crianças e idosos.
Veja a seguir alguns dos traços de personalidade essenciais em um cão terapeuta:
Perfil do cão terapeuta
Um cão terapeuta é um cachorro que não tem nenhum histórico de agressividade ou de
violência. Ou seja, ele nunca mordeu seu dono ou rosnou em situações estressantes.
Além disso, são cachorros que:
Não são ansiosos ou medrosos;
São saudáveis e dóceis;
São amigáveis e dispostos a estabelecer laços com outras pessoas que não são seu dono;
No geral, os cães terapeutas devem possuir um bom convívio com outras pessoas e animais,
uma vez que o trabalho geralmente é feito com vários animais ao mesmo tempo.
Geralmente, o cachorro terapeuta é aquele animal que já tem
um certo nível de adestramento e que é calmo em todas as
situações;
O cão terapeuta consegue lidar bem com o estresse sem latir
ou mesmo apresentar sinais de nervosismo;
Cães ansiosos ou medrosos não podem ter contato físico com o
paciente;
Diferentemente do cão-guia, que está
sempre alerta e trabalhando, o cão
terapeuta pode ser mais relaxado e ter
uma vida de um cachorro normal, mas
ainda precisa ter um certo nível de
educação e de flexibilidade emocional.
Como tornar meu cachorro um cão terapeuta?
O cão terapeuta deve ter no mínimo 5 comandos básicos para ser terapeuta;
Se não tiver os comandos básicos, é necessária comprovação de que o animal
atenda todos os requisitos comportamentais e sociais mencionados anteriormente;
A diferença entre uma cão treinado e o não treinado é que o treinado pode facilitar
a aproximação de pacientes receosos que hesitam em manter contato físicos
principalmente por medo, tornando assim o campo de atuação mais amplo para
TFC;
Cães que aprendem truques de adestramento secundários como: rolar, girar, fingir
de morto, rastejar, ficar em pé e etc.., podem ampliar ainda mais o atendimento
pois mesmo aqueles pacientes com medo, ao assistir sob distância segura,
normalmente têm uma liberação de hormônios benéficos para sua recuperação.
RELEMBRANDO