Aula 2 - Teoria Estruturalista Da Administração
Aula 2 - Teoria Estruturalista Da Administração
Aula 2 - Teoria Estruturalista Da Administração
Administrativo
Aula 2
Profa. MSc. Veruska Albuquerque
[email protected]
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Brasília, setembro/2013
Tópicos
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Teoria Estruturalista:
Origens
Organizações e Poder
Aspectos Principais do
Estruturalismo
Natureza e os Conceitos
da Organização
Apreciação crítica
Estrutura e Estruturalismo
• Estrutura
Há estrutura quando elementos são reunidos em uma totalidade e quando as
propriedades desses elementos dependem desses caracteres da totalidade.
Não é a soma das partes; é preciso que existam entre as partes outras relações
que não a simples justaposição.
• Estruturalismo
É um método analítico e comparativo que estuda os elementos ou fenômenos
com relação a uma totalidade, salientando o seu valor de posição. É a análise
interna de uma totalidade em seus elementos constitutivos, sua disposição,
suas inter-relações, permitindo uma comparação.
A totalidade, a interdependência das partes e o fato de que o todo é maior
que a simples soma das partes são as características básicas do estruturalismo.
Sociedade de Organizações
Organizações
• A Teoria estruturalista concentra-se
no estudo das organizações, na sua
estrutura interna e na interação com
outras organizações.
• Organizações são unidades sociais
intencionalmente construídas e
reconstruídas a fim de atingir
objetivos específicos. São
caracterizadas por um conjunto de
relações sociais estáveis e
deliberadamente criadas com a
explícita intenção de alcançar
objetivos e metas.
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Sociedade de Organizações
Organizações
• Constituem a forma dominante de
instituição da moderna sociedade e
podem ser de dois tipos:
• Organizações formais – burocracias.
Regras, regulamentos e estrutura
hierárquica para ordenar as relações. É um
sistema pré-estabelecido de relações
estruturais impessoais visando aumentar a
previsibilidade do comportamento.
• Organizações complexas – estruturalistas.
Alto grau de complexidade na estrutura e
processos devido ao grande tamanho ou à
natureza complicada das operações.
Existência de muitas variáveis (tamanho,
estrutura organizacional), que complicam EPA. Profa. Veruska Albuquerque
seu funcionamento. Projeção/Sobradinho, Semestre 2/2013
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Sociedade de Organizações
Homem Organizacional
• É o homem que desempenha
diferentes papéis em diferentes Teoria Homo Economicus
organizações, que participa Clássica
simultaneamente de várias
organizações, e tem as seguintes
características de personalidade: Teoria das
Flexibilidade Relações Homem Social
Tolerância às frustrações Humanas
Capacidade de adiar as
recompensas
Permanente desejo de realização Teoria Homem Organizacional
• Dentro das organizações sociais, as Estruturalista
pessoas ocupam papéis. Papel é a
expectativa de desempenho por parte
do grupo social e internalização dos
valores e normas prescritas. EPA. Profa. Veruska Albuquerque
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Objetivos Organizacionais
• Os objetivos organizacionais são
explorados pelos autores neoclássicos
(APO) e estruturalistas.
• Organizações são unidades sociais que
procuram atingir objetivos específicos.
A eficiência de uma organização e
medida pelo alcance dos objetivos
propostos.
• Organizações podem ter, simultânea e
legitimamente, dois ou mais objetivos
que têm várias funções:
Apresentação de uma situação futura.
Constituem uma fonte de legitimidade
que justifica ações.
Servem como padrões para avaliar o
desempenho.
Servem como unidade de medida para
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a produtividade Projeção/Sobradinho, Semestre 2/2013
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Estratégia Organizacional
• Ao lado dos autores neoclássicos, os
estruturalistas também desenvolvem conceitos
sobre estratégia organizacional, com ênfase no
ambiente e na interdependência entre
organização e ambiente.
• Estratégia é a maneira pela qual uma
organização vai lidar com seu ambiente para
atingir seus objetivos.
• Para os estruturalistas, existem 4 tipos de
estratégias:
• Competição: rivalidade; envolve a disputa por
recursos.
• Ajuste ou negociação: comportamento futuro deve
ser satisfatório para todos os envolvidos. Ex:
Acordos coletivos.
• Cooptação ou coopção: absorver novos elementos
para impedir ameaças. Ex: Bancos e investidores.
• Coalizão: combinação de 2 ou mais organizações
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para alcançar objetivos comuns.
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Conflitos Organizacionais
É preciso buscar
Teoria
harmonia entre patrões
Clássica
e empregados
Conflitos Organizacionais
• Para os estruturalistas, conflito tem • (Blau e Scott). Dilemas da organização:
importantes funções sociais e não Dilemas são escolhas entre alternativas nas
deve ser reprimido. Se ele é quais algum objetivo terá de ser sacrificado no
disfarçado e sufocado, procurará interesse de outro. Há 3 dilemas básicos:
outras formas de expressão, como entre coordenação e comunicação livre; entre
abandono do emprego ou aumento disciplina burocrática (organização) e
de acidentes. especialização profissional (pessoal); entre a
necessidade de planejamento centralizado e a
• Existem três tipos de situações dentro necessidade de iniciativa individual.
das organizações que provocam Conflito
conflitos:
Dilema
(Etzioni). Conflito entre autoridade do
especialista (conhecimento) e a • Conflitos entre linha e assessoria (“staff”):
autoridade administrativa (hierarquia): Em função da ambição de comportamento
Conhecimento traz conflitos com a individualista dos altos funcionários de
hierarquia, seja qual for o tipo de linha, da oferta de serviços do staff para
organização – especializada (ex. justificar sua existência; quando promoções
universidade), não especializada (ex. dependem de aprovações dos dois lados,
empresas, exército) ou de serviços (ex. etc.
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consultorias). Projeção/Sobradinho, Semestre 2/2013
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Sátiras à Organização
Os estruturalistas abordam a organização sob um ponto de vista eminentemente
crítico. À época, surgiram também livros de cunho humorístico e irreverente que
expõem à sátira alguns aspectos tradicionalmente aceitos nas organizações. Todos
têm uma crítica exacerbada e contundente à organização.
Sátiras à Organização
3. Dramaturgia Administrativa de
Thompson
• Existe nas organizações forte desequilíbrio entre
autoridade e a habilidade.
• Assim, administradores, executivos e burocratas
desenvolvem mecanismos de defesa para
reforçar sua posição de autoridade às custas da
racionalidade da organização, por meio dos
seguintes mecanismos de defesa:
Manipulação do sistema de informações – para
proteger e reforçar suas posições de mando.
Comportamento dramatúrgico – habilidade
dramática para dar impressão de serem os mais
capazes.
Ideologia administrativa – crença de que o chefe
é um super herói.
Buropatia – chefes que se apegam à
regulamentos e rotinas e resistem a toda forma
de mudança.
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Sátiras à Organização
4. Maquiavelismo nas Organizações
• A nova ciência da administração não é, na
verdade, mais do que uma continuação da
velha arte de governar.
• Principais aspectos do maquiavelismo
(século XV):
Independência da política em relação à
moral; os fins justificam os meios.
O princípio deve agir de acordo com o
interesse particular, sem considerar a
palavra empenhada ou os acordos
estabelecidos.
Oportunismo
• Antony Jay publicou um livro mostrando que
o maquiavelismo é aplicado nas
organizações de hoje.
• Maquiavel defende o desapego à moral; por
isso a palavra passou a ser usada para
designar ações sagazes e hipócritas.
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Sátiras à Organização
5. As Tiras de Dilbert
• Dilbert é um personagem de Scott Adams, que cria tirinhas a respeito do mundo dos
negócios em função das práticas administrativas que o autor percebia enquanto
trabalhava numa grande organização.
Sátiras à Organização
Apreciação Crítica da
Teoria Estruturalista
Embora o estruturalismo não constitua uma teoria própria e distinta da TGA, trouxe
para a teoria administrativa uma série de contribuições.
1. Convergência de várias abordagens divergentes.
Tentativa de integrar e ampliar os conceitos das Teorias Clássica, das Relações Humanas e
da Burocracia.
2. Ampliação da abordagem.
Tira o foco de atenção voltado para o indivíduo (TC) e para o grupo (TRH) para a estrutura
da organização como um todo, como estrutura social. Visão mais ampla.
3. Dupla tendência teórica.
Visão integrativa (organização como um todo) e visão conflitiva (poder), que podem ser
combinadas.
4. Análise organizacional mais ampla.
Estímulo ao estudo de organizações não industriais de organizações não lucrativas,
focando em organizações complexas.
5. Inadequação das tipologias organizacionais.
Embora as tipologias sejam necessárias para o pensamento, as tipologias oferecidas pelos
estruturalistas são limitadas quanto à aplicação prática.
6. Teoria de crise.
A teoria tem mais a dizer sobre os problemas e patologias das organizações complexas do
que sua normalidade. Os autores são críticos e revisionistas.
7. Teoria de transição e de mudança.
O estruturalismo representa uma trajetória à abordagem sistêmica.
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Teoria Estruturalista
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