Aula 6 - Abordagem Contingencial

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Evolução do

Pensamento
Administrativo
Aula 6
Profa. MSc. Veruska Albuquerque
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Brasília, outubro/2013
Tópicos
2/32

Abordagem
Contingencial:
• Contextualização
• Origens
• Ambiente
• Ambiente Geral
• Instrumentos
Administrativos
Decorrentes da Teoria
• Apreciação Crítica
EPA. Profa. Veruska Albuquerque
Projeção/Sobradinho, Semestre 2/2013
Contextualização
 Contingência: algo incerto ou eventual,
que pode suceder ou não, dependendo
das circunstâncias. Proposição cuja
verdade ou falsidade somente pode ser
conhecida pela experiência e pela
evidência, e não pela razão.
 B. F. Skinner – modelo estímulo-
resposta: O comportamento aprendido
opera sobre o ambiente externo para
provocar alguma mudança. Se o
comportamento causa uma mudança no
ambiente, então a mudança ambiental
será contingente em relação àquele
comportamento.
 Contingência envolve um estado
ambiental, um comportamento e uma
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consequência. Projeção/Sobradinho, Semestre 2/2013
Contextualização
 Estudos inerentes à contingência se
iniciaram em 1958, mas apenas em
1972 se consolidaram.
 A abordagem contingencial enfatiza o
efeito das consequências ambientais
sobre o comportamento.
 Há um deslocamento da visualização
de dentro pra fora da organização: a
ênfase é colocada no ambiente e nas
demandas ambientais sobre a
dinâmica organizacional.
 São as características ambientais que
condicionam as características
organizacionais.
 As características organizacionais
somente podem ser entendidas
EPA. Profa. Veruska Albuquerque mediante a análise das características
Projeção/Sobradinho, Semestre 2/2013 ambientais com as quais se defrontam.
Teoria da Contingência - Origens
 Realização de várias
pesquisas para verificar os
modelos de estruturas
organizacionais mais
eficazes em determinados
tipos de empresas.

 Objetivo: confirmar se as
organizações mais eficazes
seguiam os pressupostos da
Teoria Clássica, como divisão
do trabalho, amplitude de
controle, hierarquia de
autoridade, etc. EPA. Profa. Veruska Albuquerque
Projeção/Sobradinho, Semestre 2/2013
Teoria da Contingência - Origens
1. Pesquisa de Burns e Stalker (1961):
pesquisaram indústrias inglesas para verificar a
relação entre práticas administrativas e
ambiente externo dessas indústrias.
Identificaram dois sistemas divergentes de
práticas administrativas: um mecanístico
(apropriado para empresas que operam em
condições ambientais estáveis) e um orgânico
(organizações em condições ambientais em
mudança).
2. Pesquisa de Chandler (1962): Investigação
histórica sobre mudanças estruturais de 4
empresas americanas: DuPont; General Motors;
Standard Oil Co; Sears. As grandes organizações
passaram por 4 fases: acumulação de recursos;
racionalização do uso dos recursos; continuação
do crescimento; racionalização do uso dos
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recursos em expansão. Projeção/Sobradinho, Semestre 2/2013
Teoria da Contingência - Origens
Pesquisa de Burns e Stalker: Propriedades da estrutura mecanística e orgânica
Desenho Mecanístico Desenho Orgânico

• Coordenação centralizada. • Elevada interdependência.


• Padrões rígidos de interação em • Intensa interação em cargos
cargos bem definidos auto-definidos, flexíveis e mutáveis.
• Limitada capacidade de • Capacidade expandida de
processamento da informação. processamento da informação.
• Adequado para tarefas simples • Adequado para tarefas únicas e
e repetitivas. complexas.
• Adequado para •Adequado para criatividade e
eficiência da produção. inovação.
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Teoria da Contingência - Origens
3. Pesquisa de Lawrence e
Lorsch (1969):

 pesquisa sobre o
defrontamento entre
organização e ambiente que
provocou o aparecimento da
Teoria da Contingência.
 observaram que a
diferenciação entre as
organizações decorre da
diferenciação do mercado em
que atuam.

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Projeção/Sobradinho, Semestre 2/2013
Teoria da Contingência - Origens
4. Pesquisa de Joan Woodward:
Principal idealizadora da Teoria da Contingência.
Buscou avaliar se as práticas dos princípios de
administração propostos pelas teorias
administrativas se correlacionavam com o êxito do
negócio.
Identificou 3 tipos de tecnologia: produção unitária
ou oficina; produção em massa ou mecanizada;
produção em processo ou automatizada.
Conclusões: As organizações de mais
1.O desenho industrial é afetado pela tecnologia sucesso são as que
usada pela organização. conseguem que haja
2.Há uma forte correlação entre estrutura
interação da sua melhor
organizacional e previsibilidade das técnicas de
estrutura organizacional
produção.
com suas tecnologias
3.As empresas com operações estáveis necessitam de
estruturas diferentes das organizações com
básicas.
tecnologia mutável. EPA. Profa. Veruska Albuquerque
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Teoria da Contingência - Origens
 Constatações a partir das pesquisas:
a) nova concepção de organização: a
estrutura da organização e seu
funcionamento são dependentes da
interface com o ambiente externo.
b) Não há um único e melhor jeito de
organizar

 Em resumo:
A teoria administrativa disponível era
insuficiente para explicar os
mecanismos de ajustamento das
organizações aos seus ambientes de
maneira proativa e dinâmica
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Teoria da Contingência - Origens
Teoria da Contingência – aspectos
básicos:
- Organizações têm natureza sistêmicas –
sistemas abertos.
- As características organizacionais
apresentam uma interação entre si e
com o ambiente.
- As características ambientais funcionam
como variáveis independentes, enquanto
as características organizacionais são
variáveis dependentes.

Em resumo:
- Não existe uma única maneira melhor de
organizar.
- As empresas precisam sistematicamente
ser ajustadas às condições ambientais. EPA. Profa. Veruska Albuquerque
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Ambiente - Conceito
 É o contexto que envolve externamente a
organização (ou o sistema). É a situação dentro da
qual uma organização está inserida. Como a
organização é um sistema aberto, tudo o que
ocorre externamente no ambiente influencia
internamente o que ocorre na organização
 O gerenciamento do ambiente compreende:
 Mapeamento ambiental – tatear, explorar e
discernir o ambiente para reduzir a incerteza ao
seu respeito.
 Seleção ambiental – selecionar os ambientes e
variáveis que interferem na organização.
 Percepção ambiental – interpretar o contexto
de acordo com expectativas, experiências,
convicções e motivações.
 Aumento da consonância e redução da
dissonância – buscar coerência no
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comportamento. Projeção/Sobradinho, Semestre 2/2013
Ambiente - Desdobramentos
O ambiente é multivariado e complexo; é
preciso analisá-lo de acordo com seu
conteúdo, ou seja, com as complexas
variáveis que o compõem. Compreende-se
o ambiente em dois tipos:
Ambiente Geral - Macroambiente –
ambiente genérico e comum a todas as
organizações. Composto por um conjunto
de condições comuns para todas as
organizações:
• Condições tecnológicas
• Condições legais
• Condições políticas
• Condições econômicas
• Condições demográficas
• Condições ecológicas
• Condições culturais EPA. Profa. Veruska Albuquerque
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Ambiente - Desdobramentos
Ambiente de Tarefa – ambiente mais
próximo e imediato de cada organização. É o
ambiente de operações de cada organização, e é
constituído por:
• Fornecedores de entradas
• Clientes ou usuários
• Concorrentes
• Entidades reguladoras
 O conhecimento do ambiente de tarefa permite
verificar:
• Quais são os clientes (reais e potenciais) da
organização?
• Quais são os fornecedores (reais e potenciais)?
• Quais são os concorrentes (para entradas e
saídas)?
• Quais são os elementos regulamentadores (reais EPA. Profa. Veruska Albuquerque
e potenciais)? Projeção/Sobradinho, Semestre 2/2013
Ambiente - Desdobramentos
Ambiente Geral
Condições Tecnológicas

Condições Legais Ambiente de Tarefa Condições Culturais

Concorrentes

Fornecedores Empresa Clientes

Condições Políticas Condições Ecológicas

Entidades Reguladoras

Condições Econômicas Condições Demográficas

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Projeção/Sobradinho, Semestre 2/2013
Principais Contribuições
1. Maior abrangência no estudo dos
assuntos administrativos das
organizações
a) Saber trabalhar com o todo mais
amplo, mas também com suas
partes, desde que sejam
perfeitamente identificadas
b) Ter pleno entendimento do
problema em questão antes de
estabelecer regras e estratégias de
ação
c) Cada situação é única e o
administrador deve ter a capacidade
de antecipar a incerteza e a
possibilidade do futuro, reduzindo
as incertezas, garantindo previsões EPA. Profa. Veruska Albuquerque
mais certas sobre o futuro. Projeção/Sobradinho, Semestre 2/2013
Principais Contribuições
2. Obrigatoriedade do conhecimento e
do uso dos assuntos administrativos de
forma interligada e global
a) Contribuição inicialmente
proporcionada pela Teoria de
Sistemas mas que ainda não tinha se
efetivado plenamente.
b)Análise das organizações – com seus
fatores internos e controláveis –
perante suas interações com os
fatores variáveis externos ou não
controláveis.
c) Possibilitou identificar “quem é
quem” no raciocínio estratégico das
organizações
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Principais Contribuições
3. Desenvolvimento e consolidação da adhocracia nas organizações
a) Adhocracia – estruturação temporária, flexível, inovadora e
antiburocrática, em que se formam equipes multidisciplinares para
resolver rapidamente problemas complexos e não programáveis.
b) Idealizada por Warren Bennis e se constitui uma opção às tradicionais
formas de se departamentalizar as organizações.

As principais características de uma organização adhocrática são:


 Equipes de trabalho autônomas, temporárias e multidisciplinares;
 Estrutura organizacional orgânica;
 Pouca formalização dos processos e maior liberdade de trabalho;
 Forte presença da especialização do trabalho na formação;
 Coordenação e controle efetuados pelas próprias equipes e grupos de
trabalho;
 Elevado grau de descentralização;
 Certa dificuldade na comunicação formal e na definição de papéis.
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Instrumentos Administrativos Decorrentes
da Teoria da Contingência
1. Análise Externa da Organização
 É a identificação das oportunidades e
das ameaças inerentes à organização,
bem como das melhores maneiras de
usufrui-las e de evita-las.
 Fatores:
• Concorrentes
• Mercado comprador
• Mercado fornecedor
• Sindicatos
• Governos
• Sistema financeiro
• Evolução tecnológica
• Mercado de mão-de-obra
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Instrumentos Administrativos Decorrentes
da Teoria da Contingência
2. Planejamento Estratégico
 É a metodologia administrativa que
proporciona sustentação para se
estabelecer a melhor direção a ser
seguida pela organização, visando ao
otimizado grau de interação com os
fatores externos – não controláveis – e
atuando de forma inovadora e
diferenciada.
 Instrumento administrativo que mais
tem contribuído para a eficácia das
organizações
 Deve ser bem estruturado e interligar
todos os planejamentos da organização,
EPA. Profa. Veruska Albuquerque de forma interativa e completa.
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Processo de Planejamento Estratégico
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Instrumentos Administrativos Decorrentes
da Teoria da Contingência
3. Estratégias e técnicas estratégicas
 Técnica estratégica é a forma estruturada
e interativa para o tratamento das
informações básicas inerentes ao
processo decisório no estabelecimento
das estratégias das organizações.
 Servem como roteiro a ser seguido por
cada organização.
 Deve prever variações resultantes das
realidades atuais e situações futuras
idealizadas, focando seus negócios e
produtos ou serviços atuais e potenciais
 Auxiliam no estabelecimento de um
portfólio de negócios e produtos ou
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Projeção/Sobradinho, Semestre 2/2013 serviços.
Instrumentos Administrativos Decorrentes
da Teoria da Contingência
3. Estratégias e técnicas estratégicas
 Exemplos de algumas técnicas:
• Ciclo de vida do negócio, produto ou
serviço
• Matriz de atratividade de mercado
• Modelo de análise do processo de
negócio
• Matriz do custo e valor
• Modelo de retorno e risco
• Matriz de Petrov
• Matriz do posicionamento competitivo
• Matriz de liderança
• Modelo de Porter
• Modelo integrado de análise de posição
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competiviva (MIP) Projeção/Sobradinho, Semestre 2/2013
Instrumentos Administrativos Decorrentes
da Teoria da Contingência
4. Cenários estratégicos
 Representam critérios e medidas
alternativas para a preparação do futuro da
organização
 São uma descrição idealizada e aproximada
das situações futuras as quais estão, em
maior ou menor escala, condicionadas à
ocorrência ou mudanças de estados das
variáveis principais que explicam a situação
atual do fenômeno, bem como o tipo de
influência proporcionada para a
organização.
 Contribuem para o aprimoramento
estratégico das organizações
 Cenários: Econômicos; Político-legais;
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Projeção/Sobradinho, Semestre 2/2013 Demográficos; Socioculturais; Tecnológicos
Instrumentos Administrativos Decorrentes
da Teoria da Contingência
5. Modelos organizacionais
a) Departamentalização
Matricial: Interação da
estrutura funcional com a
Diretoria
estrutura por projetos. Ex:

Coordenação
Mecânica Eletricidade Eletrônica
de Projetos

Recursos Recursos Recursos


Projeto A Projeto B Projeto C humanos, humanos, humanos,
recursos recursos recursos
tecnológicos, tecnológicos, tecnológicos,
materiais, materiais, materiais,
equipamento equipamento equipamento
se se se
financeiros financeiros financeiros
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Instrumentos Administrativos Decorrentes
da Teoria da Contingência
5. Modelos organizacionais
b) Departamentalização por Unidade Estratégica de Negócios (UEN):
especialização por finalidade ou resultado. Ex:

Presidência

Divisão
Divisão Divisão Divisão Rede
Administrativa
Química Farmacêutica de Farmácias
e Financeira

UENs EPA. Profa. Veruska Albuquerque


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Análise Crítica
1. Relativismo em administração
 Rechaça os princípios universais e
definitivos em administração
 A prática administrativa é situacional e
circunstancial, ou seja, depende de
situações e circunstâncias diferentes e
variadas
 Requer habilidades de diagnóstico
situacional e não somente habilidades de
aplicar ferramentas ou esquemas de
trabalho
2. Bipolaridade contínua
 Os conceitos básicos são utilizados em
termos relativos, como um continuum
 Não existem conceitos únicos e estáticos e
em termos absolutos e definitivos, mas
EPA. Profa. Veruska Albuquerque dinâmicos, que podem ser abordados em
Projeção/Sobradinho, Semestre 2/2013 diferentes graus de variação
Análise Crítica

3. Ênfase na tecnologia
 Focaliza a organização como um meio de
utilização racional da tecnologia
 A tecnologia constitui a variável
independente que condiciona a estrutura e
o comportamento organizacionais
 A organização funciona como um meio de
se utilizar adequadamente a tecnologia que
lhe permite produzir e distribuir seus
produtos e serviços
 A tecnologia representa uma variável
ambiental (exógena) e uma variável
organizacional (endógena)

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Projeção/Sobradinho, Semestre 2/2013
Análise Crítica
4. Ênfase no ambiente
 Focaliza a organização de fora pra
dentro
 O ambiente determina e condiciona as
características e o comportamento das
organizações que nele atuam

5. Compatibilidade entre abordagens de


sistema fechado e aberto
 Uma mesma organização possui
simultaneamente características
mecanicísticas e orgânicas.
 Enquanto os níveis inferiores trabalham
dentro da lógica de sistema fechado, os
mais elevados trabalham dentro da
lógica aberta
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Análise Crítica
6. Caráter eclético e integrativo
 Absorve os conceitos das teorias
administrativas no sentido de alargar
horizontes e mostrar que nada é absoluto
 Não há método ou técnica que seja válido,
ideal ou ótimo para todas as situações, o
que existe é uma variedade de métodos e
técnicas das diversas teorias apropriados
para determinadas situações
 Em primeiro lugar, deve-se diagnosticar as
características do ambiente e da tecnologia
e a partir daí adotar a abordagem mais
adequada
 Consegue abranger e dosar todas as cinco
variáveis básicas da teoria administrativa:
tarefas, estrutura, pessoas, tecnologia e
EPA. Profa. Veruska Albuquerque ambiente
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Referências
• Chiavenato, I. Introdução à
Teoria Geral da Administração.
Campus, 8ª ed., 2011.

• Rebouças, D.P.O. Teoria Geral


da Administração. Uma
abordagem Prática. Atlas, 2ª
ed., 2010.

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Comentários,
Sugestões,
Dúvidas
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