Parlamentarismo Holanda

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11ºAno

Módulo 4 - A EUROPA NOS SÉCULOS XVII E XVIII – SOCIEDADE,


PODER E DINÂMICAS COLONIAIS
Unidade 1 – A População da Europa nos séculos XVII e XVIII: crises e
crescimento

As ordens sociais do Antigo Regime,


segundo pintura francesa do século XVII.
11ºAno

Sumário: A Europa Dos Parlamentos: Sociedade e Poder Político


Afirmação política da burguesia
nas Províncias Unidas
 No século XVII, a Holanda e a Inglaterra constituíram dois
modelos de sociedades e de Estados diferentes dos restantes
países europeus.
 Mais de metade da população holandesa vivia nas cidades
 A estrutura da sociedade holandesa apresentava um aspecto
diferente:
- A nobreza era numericamente reduzida
- A maior parte da sua população pertencia à burguesia
- O nível de vida da sua população era dos mais elevados da Europa

A Burguesia Holandesa teve um papel fundamental na formação


de uma “república de mercadores” no século XVII.
 Em 1579, impelidos por um forte desejo de liberdade política e
religiosa, sete províncias dos Países Baixos do Norte, revoltaram-se
contra o domínio espanhol. À revolta seguiu-se uma longa guerra
pela independência, durante a qual nasceu e se consolidou a
República das Províncias Unidas cuja independência foi
reconhecida pela Espanha em 1609
As Províncias Unidas eram uma pequena república que se tinha libertado do domínio espanhol em
1609. Os seus habitantes dedicavam-se sobretudo ao comércio e à construção naval.
Os Holandeses dispunham de grandes navios que lhes permitiam fazer fretes baratos. Deste modo,
tornaram-se intermediários do comércio europeu: levavam, para os países do Sul, cereais, madeira e
minérios das costas do Báltico e têxteis da Inglaterra e dos Países Baixos. Transportavam para o
Norte, o açúcar e o sal de Lisboa e a prata de Sevilha.

BURGUESIA PRÓSPERA E AUSTERA A HEGEMONIA MARÍTIMA


HOLANDESA
Na Ásia a Companhia das Índias
O comércio fez crescer uma activa burguesia nas cidades,
Orientais desalojou os portugueses de
sobretudo em Amsterdão. Era uma burguesia de hábitos
quase todos os seus pontos
simples e austeros, maioritariamente protestante, que
estratégicos. Passaram a dominar a
investia todos os seus lucros no desenvolvimento do
Rota do Cabo, tornando-se a principal
negócio.
fornecedora da Europa em especiarias,
Por outro lado a tolerância religiosa, que se fazia sentir em sedas, chá e porcelanas.
todo o país, atraía muitos capitalistas estrangeiros, entre os
No Atlântico, a Companhia das Índias
quais numerosos judeus.
Ocidentais apoderou-se da Mina e de
Dispondo de apoios do estado e de capitais a burguesia algumas Antilhas. Mas a sua ambição
holandesa fundou companhias de comércio e lançou-se no de controlar o comércio de açúcar e de
tráfico colonial. escravos não foi bem sucedida.
Ao longo do século XVII, a Holanda
manteve a supremacia dos mares.
 A prosperidade da Holanda assentou :

1- Predomínio da burguesia, tolerância religiosa, liberdade


de pensamento e valorização do indivíduo;

2- desenvolvimento das actividades produtivas internas

3- Alargamento das redes marítimo-comerciais externas: a


nível europeu, com o transporte de produtos entre o
Báltico e a Europa Ocidental; a nível mundial, com o
tráfico dos produtos das Caraíbas e do Oriente.
A burguesia nas estruturas do poder

 A República das Províncias Unidas era uma federação de


estados com uma estrutura bastante descentralizada, o que
multiplicava os cargos e as oportunidades de interferir na
governação.

 Aos nobres : As funções militares

 À burguesia : Os conselhos das cidades e das províncias


Era a elite burguesa que assumia a condução dos destinos de toda
a República.
 Épocas houve em que o domínio institucional
da burguesia se fez sentir claramente
 Ao poder centralizado do rei e á
preponderância da nobreza que marcaram o
século XVII europeu, opunham as Províncias
Unidas a descentralização governativa e o
domínio da burguesia
Grotius e a legitimação da
liberdade dos mares

 Os holandeses lançaram-se, desde finais do século XVI,


na aventura comercial ultramarina

 Os holandeses nunca aceitaram verdadeiramente o


monopólio mercantil ultramarino dos povos ibéricos e
foram das primeiras nações a contestá-lo com o frequente
corso que faziam nas suas rotas.
Grotius e a legitimação da
liberdade dos mares

 No século XVII, foi um jurista Holandês, Hugo Grotius,


quem mais contribuiu, com a sua argumentação, para o fim
da doutrina do mare clausum e definitiva aceitação do
mare liberum.
 Um dos textos publicados por Grotius rejeitava o direito
das nações ibéricas à exclusividade das navegações
transoceânicas, alegando entre outros aspectos que os
mares eram inesgotáveis e essenciais à vida, pelo que
constituíam propriedade comum de toda a humanidade.

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