8pressão e Volume

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8Pressão e

volume
Luiza A. C. Polak1, Ezequiel Burkarter2
1Colégio Estadual São José - Lapa - PR
2Colégio Estadual Milton Carneiro - Curitiba - PR

algumas vezes, quando emborcamos


uma garrafa cheia de líquido,
este escoa lentamente.
Em outros momentos, o líquido escoa
rapidamente.
Por que isso acontece?
Vácuo: vazio de verdade?

• Antes de Evangelista Torricelli (1608-1647), uma das questões que intrigava os


cientistas da época era: como a água só subia uma determinada altura não
importando o método utilizado para isso acontecer.
• Nessa época, uma idéia que nos dias atuais pode nos parecer absurda era
considerada como verdadeira:
• A natureza tem horror ao vazio. (Bassalo, 1996, p.97)
• A frase acima foi sentenciada pela escolástica da Idade Média e foi inspirada por
Aristóteles (384-322 a. C.), para quem o vácuo não seria passível de existir, pois
se existisse, o movimento não aconteceria.
• Na concepção de Aristóteles, o ar era o responsável pelo movimento porque
impulsionava os corpos.
• Diante da impossibilidade de retirada do ar, o vácuo não seria provável.
• Entretanto, idéia de não existência do vácuo nos fenômenos naturais não era uma
unanimidade entre os que se dedicavam ao assunto.
• Outra corrente contrária a de Aristóteles defendia que para a existência de
movimento o vazio deveria também existir;
• caso contrário, por onde o corpo poderia passar se o espaço todo fosse ocupado?
• Deste grupo fazia parte Sextus Empiricus (341-270 a. C.), que deixou sua posição
registrada em seu livro Contra os Lógicos.
• Será que esta celeuma acaba aí?
• Pode parecer uma bagunça geral.
• Havia ainda outros, como Platão, que dizia que o vácuo só existiria produzido
pelo homem, não na natureza.
• Na natureza existiria, além da atmosfera, um ar mais tênue, o éter, e também um
pequeno espaço vazio entre as últimas partículas dos corpos.
ATIVIDADE

• Dizemos que a luz é uma onda eletromagnética, ou seja que combina campos
elétricos e magnéticos.
• Portanto, a luz propaga-se no vácuo.
• E é por este motivo que a luz do Sol e das estrelas, em geral, chegam até a Terra,
apesar da não existência de um meio para sua propagação.
• a) Com relação ao texto acima, discuta, em grupos, a existência do vácuo.
• b) Será que no espaço interplanetário existe realmente o vácuo absoluto, ou seja, a
ausência total de matéria?
• c) Será que existem diferentes tipos de vácuo?
Mas o que a existência ou não do vácuo influi na medida de
temperatura?

• Os primeiros instrumentos para medida de temperatura, chamados termoscópios,


eram imprecisos, pois a coluna do material termométrico subia ou descia alturas
diferentes para uma mesma temperatura, dependendo da pressão atmosférica do
local onde a medida era feita.
• Mas não foi a diferença obtida na medida dos termoscópios o problema que levou
ao conceito de pressão atmosférica, e sim a impossibilidade, na época, de elevar-
se uma coluna d’água através de bombas aspirantes a uma altura acima de 10
metros.
• Um dos cientistas que se preocupou com o assunto foi Galileu Galilei (1564-
1642).
• Galileu, em seu Discurso relativo a duas novas ciências, publicado em 1638,
adotou uma atitude mais moderada.
• Acreditava em um horror da natureza ao vácuo, mas pensava que esse horror tinha
limites (admitia pois in fine a sua possibilidade).
• Galileu se interessou pela questão do vácuo depois que um jardineiro de Florença
lhe disse que sua bomba completamente nova era incapaz de elevar a água acima
de dez metros:
• “O jardineiro acrescentou”, escreveu Galileu, “que não era possível, nem com as
bombas, nem com as outras máquinas que fazem a água subir por atração, fazer
com que ela subisse o mínimo que fosse além de 18 braças [aproximadamente dez
metros], quer as bombas fossem largas ou estreitas”.
• Galileu explicou esse fenômeno pelo fato de que o valor de dez metros
representava o limite de resistência da coluna de água: ultrapassando esse limite, a
força de coesão exercida pela natureza se tornava inoperante e a coluna de água se
rompia. (RIVAL, 1997, p. 18)
• Galileu acreditava que com a água deveria acontecer o mesmo que acontecia com
outros materiais, como, por exemplo, os fios metálicos, que rompiam após certo
comprimento devido ao próprio peso.
• Da mesma forma que Torricelli, Galileu já tinha também aventado a possibilidade
de materiais diferentes apresentarem alturas diferentes.
• Já se sabia que a altura do líquido do termoscópio seria menor ou maior
dependendo da temperatura, ou seja, já se relacionava aumento de volume com
aumento de temperatura.
• Faltava somente considerar a pressão, o que aconteceu somente após o trabalho de
Torricelli.
• Um conterrâneo de Torricelli, Gaspar Berti, realizou um experimento semelhante
ao que aquele realizou, com uma diferença: ele utilizou água no lugar do mercúrio
• O aparato da experiência de Berti tem duas aberturas, A e B, conforme figura 1.
• No entanto, mesmo lacrado o ponto A, ainda fica a abertura do recipiente superior
por onde o ar pode entrar, influindo na descida da coluna do líquido.
• E, portanto, Berti não conseguiu derrubar a tese de horror ao vácuo.
• Em 1643, dois discípulos de Galileu, Evangelista Torricelli e Vincenzo Viviani
(1622-1703), retomam o experimento utilizando o mercúrio, que é aproximadamente
14 vezes mais denso que a água.
• Estes tinham o conhecimento da experiência de Berti.
• Torricelli considerou que o mercuríco subiria 14 vezes mais alto do que a água.
• O experimento foi confiado por Torricelli a Viviani.
• Viviani encheu de mercúrio um tubo e tapou uma das suas extremidades.
• Em seguida, selou com um de seus dedos a outra extremidade e emborcaram o tubo
uma bacia cheia de mercúrio.
• Curiosamente, o mercúrio do tubo desceu para a bacia deixando uma coluna de 76
cm no tubo. No restante do tubo havia vácuo.
• Qual seria a explicação desse fenômeno?
• Torricelli concluiu que as camadas de ar exerciam, com seu peso, uma verdadeira
pressão sobre o mercúrio da bacia, e que essa pressão mantinha a coluna de
mercúrio em suspensão no tubo.
• Foi por essa razão, disse ele, e não por causa de um hipotético limite de resistência
ao vácuo, que a altura das colunas de água estava limitada a dez metros.
• E provou isso mostrando que a altura da coluna de mercúrio (14 vezes
mais denso que a água) correspondia a 1/14 da altura máxima das
colunas de água.
• Aliás, notou ligeiras variações cotidianas da altura do mercúrio na
coluna, e concluiu que elas deviam a variações da pressão atmosférica.
• Torricelli acabava de demonstrar o peso do ar e de inventar o
barômetro, que permite medí-lo.
• Mas ainda, obteve o vácuo em um recinto fechado, o que provou que a
natureza não tinha nenhum horror a ele! (RIVAL, M., 1997, p. 18)
• Relatando sua experiência Torricelli, afirmava que a coluna de mercúrio era
sustentada por uma força externa ao tubo.
• Acima da coluna de mercúrio ficava um espaço vazio, dizia Torricelli.
• Esse espaço vazio ficou conhecido como vácuo Torricellano.
• Os adeptos da teoria do horror ao vácuo manifestaram-se furiosamente, e foi
preciso que outros cientistas, como Pascal (1623-1662), Florin e Périer repetissem
a experiência na base e no alto de uma montanha.
• Mostrando que o peso do ar não é o mesmo na base e no topo de uma montanha,
Pascal em 1648, finalmente conseguiu derrubar a teoria do horror ao vácuo.
• Ao contrário do apregoado, a experiência mostrou que a natureza teria maior
horror ao vácuo no sopé do que no cume de uma montanha.
• O que em síntese eles demonstraram é que existe muito mais ar sobre nossas
cabeças no sopé que no alto de uma montanha.
• No entanto, nem Pascal nem Torricelli teriam conseguido chegar a essas
conclusões se já não fossem familiarizados com o conceito de pressão do ar de
Beeckam e Galileu, entre outros.
• Atualmente, sabemos também que a densidade do ar muda com a altura, ou seja, o
ar é mais rarefeito no alto de uma montanha do que na sua base.
• Por isso os alpinistas levam oxigênio quando a escalada é de grande porte, isto é,
quando a montanha é íngreme, como o caso do paranaense Waldemar Nicleivicz,
em suas escaladas ao Everest e K2.
• Densidade é razão da massa pelo volume do objeto.
• Assim, considerando dois objetos de mesmo volume, o de maior massa terá uma
densidade maior.
ATIVIDADE

• Após ler os textos, responda as questões


• Texto 1: Em regiões da África, da Ásia e da América do Sul, muitas pessoas vivem
permanentemente em locais muito altos, e nas montanhas andinas algumas vivem até 5000 m
acima do nível do mar.
• As pessoas em geral não viveriam confortavelmente nessas condições, mas as que nascem e vivem
ali sofrem modificações no corpo que lhes permitem continuar saudáveis.
• O tórax cresce mais, aumentando assim a capacidade pulmonar;
• além disso, o sangue contém mais glóbulos vermelhos do que a capacidade normal do sangue de
outras pessoas, podendo carregar, portanto, mais oxigênio. (Ward , 1988, p. 44)
• Texto 2: Os pulmões dos seres humanos funcionam como se fossem um fole ou
uma gaita, o diafragma faz o papel da mão que pressiona e solta esse fole.
• No momento da inspiração, os pulmões aumentam de tamanho e a pressão dentro
deles diminui.
• Os corpos sempre se movimentam na direção da menor pressão, portanto o ar
entra nos pulmões.
• Na expiração ocorre o inverso, o diafragma pressionando os pulmões faz com que
estes se contraiam, diminuindo seu tamanho e aumentando a pressão interna
destes.
• Nesse caso, o ar é expelido, pois a pressão fora dos pulmões é menor. (Adaptado
de Ward, 1988)
• 1. Charles Darwin (1809-1882), em sua Teoria da Evolução, diz que os indivíduos, os seres,
adaptam-se ao ambiente em que vivem e que estas adaptações são transmitidas para as gerações
seguintes.
• Lamarck (1744-1829), um antecessor de Darvim também tratou da evolução.
• A diferença entre eles é que para Lamarck as adaptações são transmitidas para a geração seguinte;
• já Darwin fala de seleção natural, em que os mais aptos sobrevivem e tendem a ter maior número
de descendentes, e estes descendentes terão também um maior grau de adaptação.
• No caso dos seres humanos que vivem em regiões inóspitas como no texto 1, poderiam ser usados
para corroborar a teoria de Darwin ou de Lamarck? Justifique sua resposta.5
• 2. A pressão do meio externo sendo baixa pode ocasionar algum problema respiratório no caso dos
seres humanos? Por quê?
Pressão: uma distribuição da força

• Mas qual é a relação entre a densidade do ar no alto ou na base de uma


montanha com a pressão?
• Você já ouviu falar em faquir?
• E em cama de um prego?
• Ou, ainda, em cama com muitos pregos?
• Pois é, o faquir é o cara que deita em uma cama com muitos pregos!
• Como isso é possível?
• O faquir, está submetido a ação de força Peso.
• Esta força, distribuída sobre um prego, concentraria sua atuação em uma área
muito pequena, a cabeça do prego, causando um grande impacto e até dor.
• Se, no entanto, fossem vários pregos, essa força se distribuiria neles, diminuindo o
impacto sobre o corpo do faquir.
• Esse impacto é o que chamamos de pressão, ou seja, é a força distribuída, ou
dividida, ao longo da superfície, quantitativamente definida desta forma: P = F/A.
• A cama com muitos pregos aumenta a área em que a força é aplicada, por isso
diminui a pressão.
• Por exemplo, se sobrepuséssemos dois cubos idênticos pintados de cores
diferentes de lados 10 cm, e de massas 2 kg, (conforme Figura 2), qual seria a
pressão exercida pelo cubo A sobre o cubo B?
• Inicialmente devemos saber que a força que atua sobre o cubo B, é a força peso do
cubo A, isto se ninguém estiver pressionando o cubo A.
• É preciso saber também que peso é massa multiplicada pela aceleração da
gravidade.
• Portanto, a força sobre o bloco B, supondo que a aceleração da gravidade é 10
m/s2, é 20 N (vinte newtons).
• Como cada lado do cubo tem dez centímetros a área de qualquer lado do cubo,
visto que tem lados iguais, é de 100 cm2, portanto, a pressão exercida no cubo B
pelo cubo A é de 0,2 N/cm2 (P= 20 N 100 cm2).
• No caso da montanha, podemos considerar que a área é a mesma tanto no alto
como na base.
• No entanto, no alto teremos menos ar que na base, o que diminui sua pressão.
• Daí a necessidade de adaptação dos alpinistas .
• O holandês Isaak Beeckmam (1588-1637), em 1614, propôs que o ar, assim como
a água, pressiona os objetos; alguns objetos não parecem afetados, pois a
compressão é uniforme.
• Galileu em seu Discorsi e Dimostrazione Matematiche, de 1638, dizia que a
ruptura aconteceria em alturas diferentes para fluidos diferentes.
• Note que a idéia de Beeckmam parece-se muito com o enunciado do princípio de
Pascal, que diz:
• A pressão exercida em um ponto de um fluido ideal em equilíbrio é transmitida
integralmente a todos os pontos deste fluido.
ATIVIDADE

• Leia o texto e responda as perguntas colocadas na seqüência:


• Os alpinistas executam uma adaptação gradual para a escalada, este é o motivo de
existirem acampamentos bases em várias altitudes até chegar-se ao último antes
do ataque final ao cume da montanha.
• Os mergulhadores de grandes profundidades também o fazem, só que através das
câmaras hiperbáricas (locais onde a pressão é manipulada, pode-se aumentá-la ou
diminuí-la gradualmente) tanto na descida como na subida, quando mergulham a
grandes profundidades
• 1. Por que a adaptação dos alpinistas é feita de maneira diferente da dos
mergulhadores ?
• 2. Quais as conseqüências para o mergulhador se ele não fizer a adaptação e for
mergulhar a uma grande profundidade rapidamente?
• 3. Os dois, mergulhadores e alpinistas, levam oxigênio. O motivo é o mesmo?
• 4. Os peixes têm um sistema respiratório diferente dos seres humanos.
• Sua respiração não é pulmonar e sim branquial, isto é, feita através das brânquias.
• Peixes bentônicos, que vivem em grandes profundidades oceânicas, sob alta
pressão, sobreviveriam se fossem transportados, rapidamente, até à superfície?
Justifique sua resposta.
• A principal conseqüência da descoberta de Pascal e Torricelli foi que os
termoscópios, agora chamados termômetros, foram fechados para escaparem da
influência da pressão atmosférica.
• Será que você já tem uma idéia do que aconteceu com as garrafas?
• Por que o líquido escoa mais rapidamente em uma do que em outra garrafa, que é
aparentemente idêntica à primeira?
• Existe alguma diferença entre elas?
• Guillaume Amonstons (1663-1705), físico francês, em 1699, demonstrou que, nas
mesmas condições de pressão, a água sempre fervia a uma mesma temperatura.
• E que em um gás, mantendo-se constante seu volume, dependendo da pressão,
obtinha-se uma temperatura.
• Anteriormente, Robert Boyle (1627-1691), em 1661, enunciou uma lei, que
relaciona o volume à pressão após estudar o comportamento dos gases em várias
situações de pressão e volume mantendo a temperatura constante
• O volume de um gás é inversamente proporcional à pressão, mantendo-se uma mesma temperatura
• Edmé Mariotte (1620-1684), padre e físico francês, alguns anos após, também
estudando os gases, chegou à mesma conclusão que Boyle, por esse motivo é que
o enunciado acima é conhecido como Lei de Boyle-Mariotte atualmente.
• O químico Gay-Lussac (1778 – 1850), em 1801, também francês como Amotons e
Mariotte, observou, assim como Amontons já o tinha feito, que os gases mudam a
sua pressão em função de sua temperatura, quando seu volume é mantido
constante.
• Você pode estar se perguntando, mas não foi isso que Boyle e Mariotte disseram?
• E estará com a razão, mas existe uma diferença: no caso de Amontons e Gay-
Lussac, a pressão é que era mantida constante.
• Graficamente podemos representar assim:
• Esta extrapolação confirmava, na época, o que Amontons pensava: “deveria haver
uma temperatura mínima onde os gazes teriam sua pressão e volume reduzidos a
zero”.
• Calculando esta temperatura, Amontons chegou a um valor, bem próximo da
temperatura absoluta na escala Kelvin, de –239,5ºC.
• (adaptado de Medeiros, 1999)
• Existe realmente a possibilidade do volume de uma certa quantidade de gás
ser reduzida a zero?
• E volume negativo é possível de existir?
• Como posso fazer uma extrapolação?
• Se tivermos um gráfico que seja uma reta inclinada, como o gráfico ao lado, isto é
possível.
• Uma função afim é descrita pela equação (Y = ax + b), onde o coeficiente a
representa a inclinação da reta (tangente do ângulo formado pela reta e o eixo
horizontal) e o coeficiente b é o ponto onde a reta corta o eixo vertical.
• Então, para determinar a equação da reta, precisaremos de a e b.
• Vamos usar os valores do gráfico ao lado para descobrir sua função (fórmula).
• No ponto i temos o conjunto de valores (3,8), e no ponto h o conjunto (2,5).
• Na função Y = ax + b representada pelo gráfico a seguir, no qual V representa Y e
T representa X, temos
• 3 = 8a + b e 2 = 5a + b
• Resolvendo o sistema de equações pelo método da subtração:
• 3 = 8a + b
• 2 = 5a + b
• 1 = 3a – 0

• Portanto: 3a = 1, isto significa que:


• a =1/3
• , substituindo em qualquer das equações este valor, obteremos o valor de b:
E aí, conseguiu entender a questão colocada anteriormente?
Equação para os Gases “ideais”

• Em 1834, o engenheiro e físico francês Emile Clapeyron (1799-1864) publicou


um trabalho no qual aparece pela primeira vez o ciclo de Carnot e os fenômenos
gasosos, representados graficamente em um sistema de eixos ortogonais, hoje
chamado diagrama PV.
• Nesse trabalho, além das figuras de transformações dos gases, também se encontra
uma equação que nos dias atuais é escrita da seguinte forma:
• PV = nRT
• Você pode observar que se mudarmos a temperatura para o outro lado da
igualdade ficará uma constante (nR) no lado oposto.
• Portando podemos escrever esta equação desta forma:
• Ou seja, o produto da pressão pelo volume em razão da temperatura no início do
processo é igual ao do final, isto é, mantém-se constante.
• Os índices 1 e 2 representam dois estados do gás, o estado inicial e o estado final
respectivamente.
• Portanto a equação geral dos gases é uma função de estado, pois depende
unicamente dos estados final e inicial não importando o que acontece para que o
sistema passe de um estado para o outro
• Será que as equações acima sempre são válidas?
• As equações acima são válidas para os gases ideais, ou seja, gases que se mantêm
sempre no estado gasoso, e obedecem rigorosamente as leis acima
• Os gases reais são considerados perfeitos para pequenas variações de temperatura
e pressão.
• Entretanto, os gases que não são facilmente levados do estado gasoso ao líquido
têm uma variação maior de temperatura e pressão, para esses as equações acima
podem ser usadas
ATIVIDADE

• Uma função constante (Y = a) é representada por uma reta paralela a um dos


eixos, e uma função do 1º grau (y = ax + b) é representada por uma reta inclinada.
• 1. Com base na equação acima, obtenha as equações e gráficos ( p . V) dos gases
ideais nos os seguintes processos:
• a) Isovolumétrico ou isocórico (volume não muda);
• b) Isotérmico (temperatura não muda);
• c) Isobárico (pressão não muda).
• 2. Existe algo em comum entre esses gráficos? O que?
Uma equação mais abrangente

• Na derivação da equação dos gases ideais, estudada até aqui, devemos considerar
que não aparece nenhuma referência ao tamanho das moléculas do gás.
• Como o nome diz, é uma idealização!
• Ora, um gás de verdade tem muitas moléculas, e se considerarmos que essas
moléculas têm volume nulo, então o gás também deveria ter volume nulo?!
• Clausius (1822-1888) sugeriu que na equação dos gases ideais não se deveria
apenas usar o volume do recipiente, mas o volume realmente acessível a uma
molécula.
• Tal volume deveria ser um pouco menor que o volume total, devido a presença de
outras moléculas no recipiente.
• Duas moléculas não podem ocupar o mesmo lugar ao mesmo tempo.
• Se representarmos o volume “inacessível” (associado às outras moléculas) por
“b”, então a equação para um gás que contenha “n” mols de mólecula pode ser
escrita conforme sugere Hirn (1815-1890):
• Além de desconsiderar o tamanho das moléculas, a equação dos gases ideais
também não considera a possibilidade de interação entre as moléculas.
• Em 1873, Van der Waals (1837-1923) incluiu um segundo termo de correção na
equação dos gases ideais. Por quê?
• Uma molécula é composta por átomos, que por sua vez possuem cargas elétricas.
• Van der Waals propôs, então, que as moléculas no interior de um recipiente
interagem entre si por meio de forças atrativas e de natureza eletrostática
• De fato, por uma questão de simetria, as forças entre as moléculas no interior do
recipiente se cancelam.
• Contudo, as forças sobre as moléculas que se encontram nas camadas externas não
são canceladas, há uma força resultante para o interior do gás.
• Devido a essa força resultante, Van der Waals propôs que a pressão média das
moléculas contra a parede do recipiente seria um tanto menor que a mostrada na
equação dos gases ideais.
• A pressão da equação Hirn sofreria a redução
• É importante, contudo, que se saiba que a questão ainda não está fechada, a
natureza e a dinâmica dessas interações têm sido alvo de muitas pesquisas desde
então.
• Num dos modelos teóricos para a descrição de propriedades macroscópicas de
gases, a aplicação das leis de Newton às moléculas individuais foi usada como
base para a descrição macroscópica de algumas propriedades de alguns gases,
trata-se da “teoria cinética dos gases”.
• Já em meados do séc. XX alguns insucessos do modelo da teoria
cinética levaram a uma outra hipótese, a de que sistemas
microscópicos não obedecem necessariamente as mesmas leis que
sistemas macroscópicos.
• Algumas hipóteses que pareciam uma evolução foram, sob alguns
aspectos, um retrocesso.
• A teoria quântica e os modelos estatísticos davam os primeiros passos
• Mesmo com as considerações presentes na equação de Van der Waals, não se tem
um modelo pronto.
• Os atuais modelos apontam até para uma releitura dos conceitos como pressão e
interações.
• Mas voltando à questão inicial:
• Algumas vezes quando emborcamos uma garrafa cheia de líquido, este escoa
lentamente.
• Em outros momentos, o líquido escoa rapidamente .
• Por que isso acontece?
• Será que agora você pode respondê-la?
Referências

• BASSALO, J. M. F. Nascimentos da Física. Revista Brasileira de Ensino de


Física. v 18, n 2, 1996.
• MEDEIROS, A. A termometria de Galileu a Fahrenheit. Recife: Editora Líber,
1999.
• RIVAL, M.. Os grandes experimentos científicos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar
editores, 1997.
• WARD. B. R. Os pulmões e a respiração. Série O Corpo Humano. São Paulo:
Editora Scipione, 1988.
Obras Consultadas

• ADKINS, C. J. Equilibrium Termodynamics. 3.ed. Cambridge: Cambridge


University Press, 1983.
• FEYMMAN, R.P; SANDS, M; LEYGTON, R. B. The Feymman Lectures on
Physics. v I. 1964. Palo Alto/Califórnia: Addison -Wesley Publishing Company.
• LONGUINI, M. D.; NARDI, R. Origens Históricas e Considerações Acerca do
Conceito de Pressão Atmosférica. In: Revista Caderno Brasileiro de Ensino de
Física. Vol. 19, N.º 1, 2000.
• SEARS, F. W.; SALINGER, G. L. Termodinâmica, Teoria Cinética e
Termodinâmica Estatística. 3.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Dois, 1975

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