Armas Químicas
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Gás Cloro
O gás cloro tem cor verde-amarelada e possui odor muito irritante.
A sua fórmula molecular é Cl2. Aqui temos dois átomos de cloro ligados por
uma ligação covalente.
Cl2
Cl Cl
Gás Mostarda
O gás mostarda tem esse nome pois possui um odor semelhante ao
odor da mostarda.
Apresenta a seguinte fórmula molecular e estrutural:
Fórmula molecular:
[Cl (CH2)2]S
Fórmula estrutural:
Gás Sarin
O gás sarin é um gás incolor e sem cheiro, considerado uma substân-
cia extremamente tóxica.
É um composto organoclorado. Mas o que é isso? É um composto
degradável, que possui ligações entre o fósforo e o carbono. Apresenta a
seguinte formula molecular e estrutural:
Fórmula molecular:
[(CH3)2 CHO]CH3P(O)F
Fórmula estrutural:
3- LUZ E 4- PRESSÃO
CALOR DO AR
1 - Direção do vento
Quando o gás que contém algum agente nocivo é liberado ele se propaga
na direção e sentido do vento. Assim, a região de maior perigo é aquela que se
encontra no caminho do vento, pois é essa a área que será atingida diretamente
pelos agentes letais presentes no gás. Além disso, é na região central da direção
do vento que encontramos maior concentração de gás, por isso que nessa re-
gião existe a tendência de maior número de vítimas.
Agentes neurotóxicos
Começamos pelos agentes neurotóxicos, são os compostos organofosfora-
dos, que atuam inibindo a enzima ecetilcolinesterase. Os principais agentes des-
sa classe são: Tabun (GA); Sarin (GB); Soman (GD) e o agente XV.
A enzima acetilconesterase degrada a acetilcolina, principal neurotransmis-
sor do sistema nervoso autônomo, podendo atuar no sistema nervoso central.
A transmissão do impulso nervoso requer a liberação da acetilcolina na fenda
sináptica, e a ligação desse neurotransmissor aos seus receptores, gerando um
potencial pós-sináptico e a propagação do impulso nervoso. Em seguida, a ace-
tilcolinesterase se desliga dos seus receptores e é então degradada pela enzima
acetilcolinesterase.
Os agentes neurotóxicos se ligam de maneira estável ao sítio de ligação da
enzima acetilcolinesterase inibindo a sua ação sobre a acetilcolina, que por sua
vez acumula-se nas fendas sinápticas, provocando um ritmo descontrolado na
propagação de impulsos nervosos.
Os efeitos podem ocorrer no sistema nervoso autônomo simpático e pa-
rassimpático afetando os brônquios (frequência respiratória), o coração (ar-
ritmias), as pupilas dos
olhos (constrição e dila- pupilas
tação), as glândulas sa- dos olhos glândulas
livares (salivação), e as salivares
glândulas sudoríparas
(sudorese), podendo se glândulas
estender para o sistema sudoríparas
nervoso somático afe- brônquios
tando a parte esqueléti- coração
ca e motora, provocan-
do o não relaxamento da
musculatura.
Os efeitos sobre o sistema ner-
voso central se manifestam como
ansiedade, tontura, confusão e de-
pressão.
Os efeitos e a letalidade dos
agentes neurotóxicos dependem
do tempo de exposição, e da quan-
tidade a que o organismo foi exposto.
Agentes vesicantes
Vamos abordar agora os agentes vesicantes. Esses agentes formam um gru-
po de princípios químicos que em contato com a pele induzem a formação de
bolhas, e podem também ser absorvidos pela via respiratória. O principal agente
dessa classe é o gás mos-
tarda. pupilas
Os efeitos do gás dos olhos
mostarda podem ocorrer vias aéreas
nos olhos (coceira, sensa-
ção arenosa, vermelhidão, dor, quei-
madura, edema e danos na córnea),
nas vias aéreas (espirros, tosse, rou-
quidão) e na pele (bolhas, queima-
duras de primeiro, segundo ou ter-
ceiro grau).
Alguns estudos mostram que
os efeitos do gás mostarda podem pele
se estender ao nível celular, inclu-
sive causando danos na síntese
proteica e no ciclo celular, alteran-
do o material genético. Embora
menos tóxico que os agentes neu-
rotóxicos são igualmente letais.
Agentes sanguíneos
Os agentes sanguíneos são substâncias asfixiantes (cianetos) interferem no
transporte de oxigênio a nível celular, causando hipóxia tecidual.
As células sanguíneas deixam de transportar o gás oxigênio e passam a
transportar o cianeto, que acaba interferindo na respiração celular aeróbica,
pois ocupa o lugar do gás oxigênio na fosforilação oxidativa, impedindo assim a
produção de energia, e causando a morte celular.
Os efeitos podem ocorrer no sistema cardíaco (arritmias), sistema nervo-
so (convulsões, perda da consciência), sistema vascular (vasodilatação) e ainda
pode ocorre acidez sanguínea e perda do foco visual. Podendo ocorrer a morte
por asfixia.
sistema
nervoso
sistema
vascular
sistema cardíaco
Agentes sufocantes
Os agentes sufo- garganta
cantes são substâncias e olhos
que, absorvidas pelos
pulmões, induzem a alta
secreção de fluidos pelos alvéolos,
impedindo, assim, a respiração. O pulmões
principal agente sufocante é o gás
cloro.
Após a exposição, provoca
tosse, sensação de ardor na gar-
ganta e olhos, falta de ar e sensa-
ção de sufocamento, provoca le-
são pulmonar.
Este composto pode produ-
zir efeitos a longo prazo, tais como:
fibrose, edema, bronquiolite, doença
pulmonar obstrutiva, destruição dos al-
véolos, anormalidades na função pulmo-
nar acarretando em outras enfermidades
pulmonares.
E assim como os agentes sanguíne-
os podem competir com o gás oxigênio,
ocupando o lugar nas células sanguíneas,
e consequentemente interferindo na pro-
dução de energia através da respiração ce-
lular aeróbica.
Toxinas
Toxinas são definidas como material tóxico produzido por plantas, animais,
microrganismos, vírus, fungos ou substância infecciosa ou molécula recombi-
nante. Vamos abordar duas bactérias utilizadas como armas biológicas, a Clos-
tridium botulinum e a Bacillus anthracis.
A bactéria Clostridium botulinum foi inicialmente pesquisada pelos EUA no
começo da 2ª Guerra Mundial e cessou após a Convenção de 1972. No final dos
anos 80, a ex- URSS e o Iraque retomaram pesquisas para emprego como arma
biológica.
O uso de tal agente deu-se através de uma seita religiosa japonesa “Aum
Shinriko” – Verdade Suprema, que promoveu três atentados utilizando a toxina
na forma de aerossol em cidades japonesas.
A síndrome provocada pela exposição ao agente se manifesta em torno de
6 a 10 dias e é caracteriza por sintomas neurológicos e sinais decorrentes do
bloqueia das funções autônomas e musculatura voluntária, além de provocar
vômitos, diarréia, náuseas, dor abdominal, até comprometer os músculos respi-
ratórios e provocar a falência respiratória.
O bactéria antrax (Bacillus anthracis) é encontrada nas zonas temperadas
como Américas Central e do Sul, leste e sul europeu, Ásia, África e Caribe. A
infecção pelo bacilo se dá através da inalação e contato cutâneo como arma
biológica.
Quando acontece contato cutâneo, ocorre a formação de bolhas com área
necrótica ao centro e edema.
Quando o contato acontece através da inalação, ocorre febre, fadiga, tosse,
desconforto no tórax, complicações respiratórias (pneumonia). A letalidade é de
aproximadamente 100% dos casos, após 24-36 horas da inalação dos esporos da
bactéria.
O principal emprego como arma biológica foi em 2001 ocorreu um atenta-
do bioterrorista no EUA, cartas contendo o antrax foram enviadas para pessoas
ligadas ao governo americano, emissoras de televisão e alguns civis. O atentado
gerou pânico entre os americanos e alerta em todo o mundo.