Apostila de Hidrostática

EREM ISMENIA LEMOS WANDERLEY APOSTILA DE FSICA HIDROSTTICA PROFESSOR JONNAS CALADO
- EURECA!!! Foi o que disse Arquimedes ao concluir que a gua exerce fora de baixo para cima sobre os corpos nela mergulhada. Quando, em sua banheira, ele percebe seu corpo mais leve teria ficado to satisfeito com essa descoberta que saio pelas ruas gritando EURECA, EURECA, EURECA!!!, que significa descobri. Arquimedes viveu em Siracusa no sculo III a.C, dele os primeiros estudos sobre o comportamento dos lquidos e dele o principio mais importante da hidrosttica: O EMPUXO. Somente muito mais tarde que a cincias deu novos passos nessa ria, atravs de uma importante experincia desenvolvida pelo Italiano Evangelista Torriceli (1608-1647) e pela descoberta de outros princpios bsicos da hidrosttica pelo holands Simon Stevin(1623 1662).
1 DENSIDADE DE UM CORPO
A distribuio da massa de um corpo na unidade de volume constitui uma importante grandeza fsica: a densidade. Quando se trata de substncias puras essa distribuio e chamada de massa especfica ou densidade absoluta.
SLIDOS Alumnio Lato Cobre Cortia Vidro Ouro Gelo(0C) Ferro Chumbo Urnio Madeira (pinho)
DENSIDADE (g/cm) 2,7 8,4 8,9 0,24 2,6 19,3 0,92 7,5 11,4 18,7 0,6
LIQUIDOS Alcool etlico Bezeno Cloroformio Glicerina Mercurio Oleo(Lubrificante) Agua pura Agua do mar
DENSIDADE (g/cm) 0,81 (0 C) 0,90 (0 C) 1,53 (0 C) 1,25 (0 C) 13,60 (0 C) 0,91 (20 C) 1 (4 C) 1,03 (15 C)
A densidade a razo entre massa do corpo (m) ou da substncia e o volume (V) o volume do corpo ou da substancia que depende da temperatura. No Sistema Internacional de Unidades (SI), a unidade de densidade Kg/m. Na prtica, utiliza-se g/cm.
2 PRESSO MDIA
Para entender o que presso mdia, analisemos alguns exemplos: No se consegue furar uma superfcie de madeira com o dedo, mais se voc distribuir a mesma fora num percevejo, ele fura aquela superfcie; da mesma forma, se voc bater um martelo numa superfcie de madeira, ele no a penetra, mais, batendo com a mesma fora o martelo num prego, este entra este entra naquela superfcie com maior facilidade. Um salto fino afunda mais na areia da praia do que o p descalo ou com um tnis. Todo objeto cortante (tesoura, lmina, faca, etc.) vai perdendo o corte medida que usado; isso por que a superfcie de contato vai sendo aumentada como o uso. Podemos concluir, ento que foras distribudas perpendicularmente numa superfcie implicam a possibilidade de ruptura, quanto maior for a intensidade da fora resultante por unidade de rea. Denomina-se presso mdia ou simplesmente presso (P) ao quociente entre a intensidade do componente perpendicular da fora resultante (F) e a rea da superfcie (A):
P=
No SI, a unidade de presso mdia N/m = pascal (Pa), em homenagem ao cientista Blaise Pascal. Para calcular a presso referente a uma fora no perpendicular superfcie, deternina-se antes o componente perpendicular: F = F. sen CURIOSIDADE Presso Atmosfrica A terra envolvida por uma camada de ar atmosfrica. Como o ar tem peso, essa camada exerce presso sobre a superfcie da terra atravs de colunas de ar. Assim, em lugares de maior altitude a presso menor. 3 TEOREMA DE STEVIN Para entender o teorema de Stevin, vamos introduzir o conceito de presso efetiva (P ef) que corresponde presso que uma coluna de lquido exerce num ponto considerado do lquido e presso absoluta (Pabs) resultante da adio entre a presso atmosfera (Patm) e a presso efetiva. A presso efetiva depende da profundidade (h) do ponto, da acelerao da gravidade (g) e da densidade (d) do liquido: Patm
Onde: P a presso no ponto e h profundidade do ponto Pef = d x g x h Portanto num liquido a presso em pontos num mesmo nvel ou numa mesma profundidade (h) igual.
Patm
Patm
Patm
h . . .
Nestes trs recipientes, de formatos diferentes, dispostos horizontalmente num mesmo local e contendo lquidos de mesma densidade e altura h a presso a mesma no fundo dos trs recipientes. Ento podemos enunciar o teorema de Stevin assim: A presso de um lquido homogneo incompressvel, de densidade d e numa profundidade h igual presso atmosfrica. CURIOSIDADE Uma pessoa explodiria se fosse retirada da atmosfera terrestre para o espao sideral, onde reina o vacou. A diferena de presso entre o interior do corpo e o vcuo (presso atmosfera nula) empurra para fora as molculas do corpo, produzindo a exploso. Isso explica por que os astronautas precisam usar roupas especiais. 4 PRINCPIO DE PALCAL O principio de Pascal um aperfeioamento do Teorema de Stevin, que, como voc j sabe, mostra a ocorrncia de presso igual sobre todos os pontos de um lquido localizados na mesma profundidade. Pascal estudou o que acontece quando um ponto de um lquido sofre um acrscimo de presso. Ele verificou experimentalmente que quando isso ocorre, todos os outros pontos do liquido tambm sofrem o mesmo acrscimo de presso. Uma das aplicaes prticas desse princpio a prensa hidrulica. Criada por Pascal, esse mecanismo consiste em dois vasos comunicantes cilndricos de dimetros diferentes em forma de U. Sobre as superfcies do liquido colocado nesse recipiente h dois mbolos, de reas A 1 e A2. Quando se aplica no mbolo de menor rea uma fora perpendicular, os pontos do lquido em contato com esse mbolo sofrem um acrscimo de presso P1, que transmitido integralmente para todos os outros pontos do lquido. O mbolo de maior rea fica, ento, sujeito a um acrscimo de presso
5 PRINCPIO DE ARQUEIMEDES A maior contribuio de Arquimedes para a hidrosttica foi a descoberta de que todo corpo mergulhado num liquido recebe por parte deste a aplicao de uma fora de baixo para cima denominada empuxo E. Arquimedes verificou tambm que a intensidade do empuxo igual ao peso do volume do liquido deslocado pelo corpo. Definio: "Todo corpo imerso, total ou parcialmente, num fluido em equilbrio, dentro de um campo gravitacional, fica sob a ao de uma fora vertical, com sentido ascendente, aplicada pelo fluido; esta fora denominada empuxo, cuja intensidade igual do peso do fluido deslocado pelo corpo."
6 TENSO SUPERFICIAL A tenso superficial uma camada na superfcie do lquido que faz com que sua superfcie se comporte como uma membrana elstica que no deixa o objeto adentrar-los, ou seja, afundar. Isso ocorre devido s molculas da gua, que interagem entre si. As molculas que esto no interior do liquido interagem com as demais em todas as direes (em cima, em baixo, dos lados e nas diagonais), j as que esta na superfcie s interage com as molculas que esto dentro do liquido.

Apostila de Hidrostática

Enviado por

Direitos autorais:

Formatos disponíveis

Apostila de Hidrostática

Enviado por

Dados do documento

Título original

Direitos autorais

Formatos disponíveis

Compartilhar este documento

Compartilhar ou incorporar documento

Opções de compartilhamento

Você considera este documento útil?

Este conteúdo é inapropriado?

Direitos autorais:

Formatos disponíveis

Apostila de Hidrostática

Enviado por

Direitos autorais:

Formatos disponíveis

EREM ISMENIA LEMOS WANDERLEY APOSTILA DE FSICA HIDROSTTICA PROFESSOR JONNAS CALADO

Você também pode gostar