Apostila Instalações Elétricas

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FICHADOALUNO ^

Nome:

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Telefone:

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Anotagoes
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Institucional
MISSAO

Qualificar profissionais, visando torna-los confiantes em sua area de atuagao para atenderem a
crescente demanda e a exigencia do mercado de trabalho.

VISAO

Ser uma Instituigao de Ensino reconhecida, por proporcionar aos alunos a oportunidade de
enriquecimento de Curriculum , aumentando as perspectivas em iniciar a trajetoria profissional, ou
ate mesmo a possibilidade de retornar ao mercado de trabalho, transmitindo-lhes auto confianga e
credibilidade para lidar com os desafios profissionais, alem de resgatar em muitos de nossos alunos a
autoestima que estava em baixa, pelo fato de ate entao estar fora do mercado de trabalho por nao
ser considerado qualificado para desempenhar uma determinada fungao.

Negocio

Conduzir o aluno em seus estudos, a fim de que prepara-lo para atuar no mercado de trabalho, seja
como funcionario ou proprietario.

VALORES

Integridade

Adotamos uma conduta honesta, transparente e coerente em relagao aos nossos alunos. Confianga
Estabelecer uma interagao com nossos alunos, transmitindo - lhes a confianga necessaria para com a
Instituigao.

Respeito

Valorizar as opinioes dos alunos, pois atraves dessas teremos como avaliar nosso nfvel de qualidade,
nos propondo sempre alcangar melhores resultados.

Agilidade

Atender as necessidades (duvidas, solicitagoes, crfticas e elogios) de nossos alunos e permitir o


acesso aos cursos, no menor prazo de tempo possfvel.

Transparencia

Demonstrar clareza desde o primeiro contato do, ou seja, desde a matrfcula a realizagao de cursos,
avaliagao das atividades propostas e certificagao.

Foco no Aluno

Prezamos sempre pela satisfagao de nossos alunos, comprometendo-nos assim a oferecer sempre os
melhores materiais de apoio, e nos propondo a atualiza-los sempre que necessario.
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APRESENTACAO >>>>

Apresentamos este livro de Instalagoes eletricas escrito com uma proposta didatica
na forma que sempre imaginamos: compreensivel, simplificada, logica, encadeada,
correlacionada e pratica.
Os conteudos foram desenvolvidos almejando o dominio cognitivo do estudante
em quatro objetivos essenciais:

• Conhecer

• Compreender.

•Avaliar

• Aplicar
Norteados por esses objetivos, empregamos uma linguagem apropriada para o
aprendiz, mas sem ferir a qualidade tecnica e, assim, simplificando o acesso as informagoes
universais e especificas dos assuntos abordados.
Os capitulos sao expostos de modo a aproximar o educando do binomio
teoria/pratica: os conteudos sao seguidos por exercicios que expressam casos reais
revelados ao eletricista no cotidiano e os esque mas dos circuitos eletricos sao simples, de
facil compreensao e portanto, podem ser montados, a baixo custo, em qualquer sala
experimental que contenha apenas tomadas para testa-los.
Para delimitar o tema e facilitar a abordagem dos conteudos, o texto esta focado
nas operagoes residenciais, no entanto os conceitos e metodos sao gerais e espelhados nas
normas brasileiras.
Esperamos que tenham a mesma empolgagao em estudar este livro como a
tivemos ao escreve-lo, pois o aprendizado sera garantido.
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SUMARIO >>>>

Capitulo 1

Matematica Aplicada Projetos Eletricos_15

Operagoes fundamentals___15

Fragao_24

Potenciagao__25

Areas de algumas figuras planas _27

Perimetro de figuras planas__30

Escala _31

Sistema metrico decimal__32

Trigonometria___35

Fungao seno___35

Capitulo 2

Nogoes Basicas de Eletricidade para Instalagoes

Eletricas_41

Condutores, isolantes e semicondutores_43

Energia eletrica___43

Corrente eletrica__48

Tensao eletrica___51

Resistencia eletrica em um condutor metalico__52

Potencia eletrica__59
12

Capitulo 3

Protegao e Seguranga em instalagoes Eletricas_65

Cuidados basicos no cotidiano_66

Protegao e seguranga_68

Curto-circuito__75

Dispositivos de protegao_77

Capitulo 4

Ferramentas e Instrumentos de Medigao__79

Ferramentas comuns na execugao de trabalhos eletricos_80

Instrumentos de medigao eletrica_90

Capitulo 5

Materiais Eletricos e Simbologia Grafica__100

Lampadas__101

Interruptor_104

Disjuntores_107

Quadro de distribuigao__109

Tomadas__111

Condutores__113

Capitulo 6

Condutores e Eletrodutos_117

Condutores__117

Eletrodutos___128

Capitulo 7

Calculo de Consumo e Nogoes de Economia de Energia

Eletrica__136

Calculo estimado do consumo__137

Valor da tarifa de energia___142

Calculo da tarifa com impostos (tributos)_145

Nogoes de economia de energia eletrica_146


Capitulo 8
13

Circuitos Eletricos Residenciais_153

Circuito eletrico_ _153

Capitulo 9

Projeto de Instalagoes_172

Previsao de cargas (potencia)_172

Fator de potencia_176

Fator de demanda (FD)_183

Potencia do circuito de distribuigao_184

Tensao de fornecimento_184

Corrente do circuito de distribuigao_185

Divisao dos circuitos terminais_187

Disjuntores e condutores_189

Equivalencia entre DTM e IDR (interruptor diferencial residual)_191

Capitulo 10

Principios Basicos de Automagao__194

Dispositivos de automagao residencial mais comuns_196

Porteiro eletronico_202

Automagao de cortinas e persianas_202

Portao automatico____203

Cerca eletrica__206
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15

Matematica Aplicada a
Projetos Eletricos
Neste capltulo sao apresentados, de forma objetiva e direcionada ao profissio
nal eletricista, calculos triviais de matematica: soma algebrica, multiplicagao, divi sao,
fragao e potencia. No seu cotidiano, o eletricista precisara fazer compras, pagar dividas e
medir dimensoes de uma residencia para avaliar a quantidade de material necessaria para
uma instalagao eletrica.
A previsao de cargas (potencia) de um projeto eletrico exige conhecimentos previos de
conteudos matematicos que estao abordados neste capltulo, como calculos de areas e
perlmetros de figuras geometricas planas. O dominio de calculos de areas ajudara,
tambem, a entender os condutores que sao especificados na escala metrica, em fungao de
suas segoes transversais.
Para a leitura de uma planta arquitetonica, fez-se uma breve exposigao de esca las e,
tambem, de conversao de unidades.
O comportamento da corrente eletrica obedece a uma curva senoidal portanto, fecha-se o
capltulo com uma breve revisao de trigonometria.

Operagoes fundamentais Adigao


A adigao e a uniao de parcelas em um unico numero, denominado soma ou total

Representagao e nomenclatura:
3 + 7 = 10 soma ou total

2§ parcela 1- parcela
• Os comerciantes da idade Media, nas suas praias cotidianas, representam as mer-
cadorias compradan pelo sinal +, expressando a latim plus (mais).
• Quando nao vem expresso o sinal a esquerda do numero, ele e positivo.
• 3= +3 =+++ (tres sinais positivos)
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Subtragao

Subtragao e a retirada de um numero (subtraendo) de determinada quantidade


(minuendo), obtendo-se, como resultado, um valor unico (diferenga ou resto)

Representagao e nomenclatura:

7-3=4 diferenga ou resto


- subtraendo

- minuendo

•Os comerciantes da Idade Media, nas suas praticas cotidianas, representavam as


mercadorias vendidas pelo sinal -, expressando o latim minus (menos).
•- 3 = — (tres sinais negativos)

Soma de numeros inteiros


No princfpio da contagem, o homem associava, por exemplo, pedras a animais: uma pedra
correspondia a um animal, portanto, quando sobravam pedras na conferencia de um
rebanho, ja se sabia que faltavam ovelhas. A longo da historia, os numeros foram
dissociados dos objetos e se tornarar abstratos, isto e, existentes no dominio das ideias e
sem base material.
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No Renascimento (movimento cientffico, cultural e artfstico da transigao da Idade


Media para a Moderna), com a expansao do comercio, surge a necessidade de representar
os lucros e prejulzos auferidos, entao os matematicos sistematizaram o conjunto dos
numeros inteiros (naturais e seus opostos), representados pela letra Z de Zahlen (numero
em alemao).

000

Exemplo: 3 - 3 = 0, pois:

Sinais diferentes, na soma aritmetica, se anulam.

000
Exemplo: 4 - 3 = 1, pois: + + + +

Observe que restou um sinal positivo, portanto + 1 = 1.

Exemplo: - 3 - 2 + 1 = - 4 , pois:

Veja que restaram quatro sinais negativos, portanto - 4.


ATIVIDADE RESOLVIDA

Um eletricista tem 367 m de fio 1,5 mm2. Sabendo-se que ele usara, em um
projeto eletrico, 168 m desse fio, quantos metros sobrarao?
Dispositivo pratico:

centenas

dezenas

unidades

iU
367
-168

1° passo: 7 (unidades) e menor do que 8 (unidades), portanto, pegue uma deze na (10) na
casa das dezenas, perfazendo 17 unidades. Assim, tem-se, na segunda casa, apenas 5
dezenas.

3 5 71

-168
18

2° passo: 5 (dezenas) e menor do que 6 (dezenas), portanto pegue uma centena (100) na
casa das centenas, perfazendo 15 dezenas (150). Passa-se a ter, portanto, na terceira casa,
apenas 2 centenas.

2 51 71 - 1

68

3° passo: efetue as operates: 17 - 8 = 9; 15 - 6 = 9; 2-1=1

2 51 71 - 1 6 8 1 9 9
Portanto, sobrarao 199 m de fio 1,5 mm? Observe que, para conferir se o calculo esta
correto, e necessario apenas refaze-lo, como uma adigao, de modo inverso:
199 + 168 = 367.

Multiplicagao

A multiplicagao e uma operagao pratica de adigao finita de parcelas iguais, resultando em


um terceiro numero (produto).
Representagao e nomenclatura:
3 • = 4 + 4 + 4 = 12 produto
▲A

multiplicando multiplicador ATIVIDADE RESOLVIDA

Efetue a operagao de multiplicagao 356^ 32.

Dispositivo pratico:

Centena

dezenas

unidades
•3 2 356
19

1° passo: 2.6 = 12 (ou seja, uma dezena mais duas unidades), portanto baixe o 2 na casa das
unidades e uma dezena vai para a casa das dezenas.
3 51 6

x 3_2

2
2° passo: 2-5 = 10; 10 + 1 = 11 dezenas (110), portanto baixe uma dezena na casa das dezenas e
uma centena vai para a casa das centenas.
31 5 6

X 3_2

12

3° passo: 2.3 = 6; 6 + 1 = 7 centenas, portanto, baixe-a nas casas das centenas.

3 5 6
Matematicamente, a
X 3_2 casa vazia deveria
712 estar preenchida com
4° passo: 3 ■ 6 = 18. Observe que o 3 do multiplicador esta na casa das dezenas, zero, %3D pois: 356 =
portanto inicie a segunda parcela deixando a casa das unidades vazia.
300 + 50 + %3D 6 e 32
= 30 + 2, logo, a
3 51 6 multiplicagao e por 30
e nao por 3 unidades.
x 3_2
Veja: 2. (300 + 50 + 6)
712
= 600 + 100 + 12 =
8 712; e %3D 30 (300 +
5° passo: 3 ■ 5 = 15; 15 + 1 = 16 50 + 6) = 9 000 +1500
+ 180 = 10 680, e nao
31 5 6
1 068, como se faz
x327
corriqueiramente.
126

6° passo: 3 ■ 3 = 9; 9 + 1 = 10. Em seguida, some as parcelas: 3 5 6 x

3_2 7 1 2 1 0 6 8 1 1 3 9 2
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Divisao
Divisao de numeros inteiros
Divisao e uma operagao matematica que determina quantas vezes um numero (divisor)
esta contido dentro de outro numero (dividendo).
Representagao e nomenclatura:
10 + 2 = 5 quociente
divisor

dividendo

ATIVIDADE RESOLVIDA
Utilize o dispositivo pratico (algoritmo) proprio dessa operagao para dividir R$374,00 entre
dois eletricistas.
Dispositivo pratico:

3 7 4 |2_

1° passo: da esquerda para a direita, inicie a operagao.

2° passo: interrogue-se: "quantas vezes o numero 2

cabe dentro do numero 3?". Imagine o numero

maximo de vezes, sem ultrapassa-lo.

Veja: W = 2; 2^2 = 4; 3^2 = 6; 4^2 = 8; 5^2 = 10; 6^2 = 12;

7^2 = 14; 8^2 = 16; 9^2 = 18.

Logo:

1^2 = 2 que para completar 3 falta 1 (uma unidade), 2^2 = 4 (ultrapassa 3, portanto, nao
convem), assim, o numero 2cabe uma vez dentro do numero 3.
3 7 4 |2_vx 1 1
3° passo: baixe o numero 7 do dividendo, formando, portanto, o numero 17.

3 7 4 |2 x 1
1
21

4° passo: interrogue-se: "quantas vezes o numero 2 cabe dentro do numero 17?".


Veja:

8^2 = 16, que para completar 17 falta 1 (unidade); 9^2 = 18 (ultrapassa 17, portanto, nao
convem); entao coloque o 8 no quociente e, em seguida, multiplique-o pelo divisor.

3 7 4 |2 V 1 7 18
1
5° passo: baixe o numero 4 do dividendo, para
formar o numero 14.

3 7 4 |2 x 1 7 18
14
6° passo: interrogue-se: "quantas vezes o
numero 2 cabe dentro do numero 14?".

6^2 = 12 (nao convem); 7^2 = 14, para completar 14 nao falta nada, portanto, coloque o
numero 7 no quociente e, em seguida, multiplique-o pelo divisor.
3 7 4 |2 <V 1 7 18
14
0 (resto)

Portanto, cada eletricista recebera R$ 187,00.

O mesmo processo pode ser utilizado quando o divisor pertencer as dezenas, as centenas,
etc.

ATIVIDADE RESOLVIDA

Dividir uma compra de R$ 8.754,00, com juros embutidos, referente a aquisigao de


material eletrico, em 12 prestagoes.

Dispositivo pratico:

8754 |12
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1° passo: da esquerda para a direita, inicie a operagao. Observe que 8 e menor que 12,
portanto, comece com 87.

2° passo: interrogue-se: "quantas vezes o numero 12 cabe dentro do numero 87? Veja:

1^12 = 12; 2^12 = 24; 3^12 = 36; 4^12 = 48; 5^12 = 60; 6^12 = 72;

7^12 = 84; 8^12 = 96; 9^12=108.

Logo:
7^12 = 84, para completar 87 faltam 3 (unidades); 8^12 = 96 (ultrapassa 87, portanto, nao
convem); entao coloque o 7 no quociente e, em seguida, multiplique-o pelo divisor.

8 7 5 4 |1 2__x 3 7
3° passo: baixe o numero 5 do dividendo,
formando, portanto, o numero 35.
8 7 5 4 11_2_
35 7
4° passo: interrogue-se: "quantas vezes o numero
12 cabe dentro do numero 35?".

2^12 = 24, para completar 35 faltam 11 unidades;


3^12 = 36 (nao convem); portanto, coloque 2 no
quociente e, em seguida, multiplique-o pelo
divisor.
8 7 5 4 |1 2Kx 3 5 7 2
11
5° passo: baixe o numero 4 do dividendo,
formando, portanto, o numero 114.

8 7 5 4 |1 2 3 5 7 2
114
6° passo: interrogue-se: "quantas vezes o numero
12 cabe dentro do numero 114?".

9^12 = 108, ou seja, para completar 114 faltam 6


(unidades), portanto, coloque 9 no quociente e,
em seguida, multiplique-o pelo divisor.
8 7 5 4 |1 2 3 5 7 2
114

6 (resto)
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7° passo: para continuar a operagao, coloque um zero a direita do resto e, em seguida, uma
virgula no quociente. Quando se acrescenta o zero, o numero e convertido em decimos, dai
a colocagao da virgula no quociente.
8 7 5 4 |1 2 3 5 729,

114

60

8° passo: interrogue-se: "quantas vezes o numero 12 cabe dentro do numero 60?".

5^12 = 60, ou seja, para 60 nao falta nada.


8 7 5 4 |1 2 x 3 5 729,5

114

60

0 (resto)
Portanto, a divida de R$ 8.754,00 sera paga em 12 prestagoes de R$ 729,50, pois 12^729,5
= 8 754.

Divisao por numeros decimais


Numeros decimais sao os numeros de fragoes decimais. Regularmente, aparecem com uma
virgula separando as casas decimais.
Exemplo: efetue a operagao: 465^0,55.

1° passo: acrescentando quantos zeros forem necessarios, iguale as casas decimais do


dividendo com as do divisor.

465,00 - 0,55

2° passo: exclua as virgulas.

46 500 - 055

Observe que 055 = 55 (o zero a esquerda de um numero nao altera o seu valor). Logo:
4650055
3° passo: faga a divisao normalmente como nos exemplos anteriores.
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Fragao

A fragao representa uma parte tomada de um todo.


Considere uma barra de chocolate dividida em cinco partes iguais:

Comendo uma dessas partes, representa-se:

§
Matematicamente, escreve-se: 1_— Numerador

5 Denominador

Numerador: numera a fragao.

Denominador: denomina a fragao, isto e, da-lhe o nome.

Exemplo: 1 . Le-se: um (numero) quinto (nome da fragao).

5
Para fragoes com denominadores maiores que 10, a leitura e o numero sucedido do
substantivo avos.
Exemplo: 1 . Le-se: um doze avos.

12

Existem controversias sobre a origem do vocabulo avos. Acredita-se, atualmente que: 1) seja terminagao
de oitavo, originado, por falsa segmentagao, do latim octavus; 2) seja substantivo latino antigo que
significava parte; 3) historicamente, as fragoes foram desenvolvidas pelos egfpcios que, por meio de nos
em cordas, faziam demarcagoes de terras as margens do rio Nilo e, entao, supoe-se, trabalhavam com
numeros pares nas fragoes e, assim, dividiam a distancia entre os nos em oito partes iguais dando
origem ao oitavos, de onde generalizou sufixo avos.
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Potenciagao

Potenciagao e uma multiplicagao de numeros iguais.

Representagao e nomenclatura:
expoente


23 = 8 potencia

base

Veja: 23 = 2^2^2 = 8. 0 expoente indica quantas vezes a base se repetira na multiplicagao.


Quando o expoente nao vier expresso na base, o seu valor e 1.0 que equivale conservar a
base e somar os expoentes. Logo:
21 •21^21 = 21+1+1 = 23

Exemplo: considere uma cisterna (reservatorio de agua) em forma de cubo com 80 cm de


aresta. Determine o volume de agua quando a cisterna estiver cheia.
Volume de um cubo:
V = comprimento ■ largura altura. Todas as dimensoes sao iguais, logo:

V = 80 cm 80 cm 80 cm = 803 cm.1.1 - 512 000 cm

Sao multiplicados os numeros (80.80.80), que representam os comprimentos, as letras


(cm*cm^cm), expressando a unidade de medida, o centfmetro.

Potencia de base 10
O raio do Sol (6,960 ■ 10° m) e o raio do hidrogenio 05291010 m) sao expressos em
numeros que extrapolam a magnitude daqueles com os quais as pessoas lidam no
cotidiano. No entanto, cientificamente, tais valores ocorrem com frequencia.
26

Grandes quantidades podem ser expressas em potencias de base 10 (o expoente e igual ao


numero de zeros). Observe:

100 = 101. 101 = 102

1 000 = 10 ■ 10 ■ 10 = 103

5 000 = 5.1 000 = 5- 103

Os numeros decimais podem ser representados por potencias de 10 com expoentes


negativos.
Exemplo: 0,005 = 5.10-3 (tres algarismos depois da vfrgula).
Veja: 0,005 = 5 = 5 = 5-10 -3, ou seja, o denominador da fragao passa para

1000 103
o numerador multiplicando e com o sinal do
expoente oposto.

E muito delicado trabalhar com eletricidade, pois uma corrente de 150 mA (0.15 A) e
suficiente para matar uma pessoa adulta. Analise: 150 mA 150-10-3 A= 150
1000

A=0,15 A. 0 m de mili e substitufdo por 10-3 unidade padrao de corrente e o ampere (A).
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Areas de algumas figuras planas


O calculo de areas de figuras planas e fundamental em instalagoes eletricas para
determinar a estimativa da potencia de iluminagao, para facilitar o conhecimento de cabos
e fios etc.

Area do quadrado
Quadrado e uma figura geometrica plana com quatro lados iguais que formam angulos
internos retos (angulos de 90°).

Altura = h

Base=b

Em que: h = b

ATIVIDADE RESOLVIDA
Imagine um quarto quadrado com 4 m de lado. Determine a sua area.

4m

4m

A = 4 m-4 m= 16 m1+1 = 16 m2
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Area do retangulo

Retangulo e uma figura geometrica plana de lados opostos iguais e angulos internos retos.

Altura = h

Base = b

A=b■h

ATIVIDADE RESOLVIDA

Um comodo retangular tem as dimensoes a seguir. Determine sua area.

3m

A= 8m ■ 3m = 24m2

8m
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Area do circulo
O circulo e uma figura geometrica plana que tem como fronteira uma circunferencia cujos
pontos estao a uma mesma distancia do seu centro.

• Raio e o comprimento do centro do drculo ate sua fronteira. Diametro e o dobro do raio

•Comprimento do circulo e a medida do seu contorno,

A=n■R

A = Area do circulo. n (pi) = 3,1415... (numero irracional).

R = Raio do circulo.

Descobrindo o n (pi)
Pegue qualquer objeto de secgao circular (prato, lata, balde, copo etc.) e, com uma fita
metrica, mega o comprimento de seu contorno circular e, tambem, o seu diametro. Em
seguida, divida o comprimento (C) pelo diametro (D). O resultado sera, aproximadamente,
o numero 3,1415..., denominado t n (pi). Portanto:

n=C

ATIVIDADE RESOLVIDA
Determine a area transversal de um fio cujo raio e 0,5 mm.

Secgao transversal: pegue a extremidade de um fio entre os dedos e observe-o de frente.


O contorno circular do fio e a secgao transversal, cujo calculo da area e dado
por:

A = n ■ R2 A = n (0,5)2

A = 0,785 mm2

Os fios e cabos tem segoes transversais circulares e sao denominados pelo calculo da area das segoes. Na
linguagem corrente, diz-se: fio 2,5 (dois e meio), mas, na verdade, tem-se um fio de 2,5 mm2 de area
transversal.
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Perimetro de figuras planas


Perlmetro e a soma dos lados da figura plana geometrica.

No projeto eletrico, segundo a NBR 5410 (Norma Regulamentadora Brasileira), o perlmetro


estima o numero de tomadas por comodos.
Exemplo: determine o perlmetro de um quarto retangular de dimensoes 3 m ■ 4 m.

3m

P = 4+4+3+3=14 m

4m

No Brasil existe a Associagao Brasileira de Normas Tecnicas (ABNT), que e responsavel pela
normatizagao tecnica no pals. Independentemente da empresa que fabrica determinado produto,
ela deve seguir as normas da ABNT. As toma das, por exemplo, tem as distancias dos furos
padronizados, evitando, portanto, que cada fabricante estabelega um modelo, o que geraria uma
grande confusao ao consumidor.
31

Escala
E um modo grafico de representar um objeto mantendo todas as proporgoes reais.

Existem tres tipos de escalas: natural, redugao e ampliagao. Em plantas arquitetonicas, usa-
se a escala de redugao.
Por exemplo: ESC 1:100 (le-se: escala um por cem) significa que uma medida no desenho
corresponde a 100 medidas reais, isto e, 1 cm na planta corresponde a 100 cm no terreno.

Exemplo: considere a sala a seguir na escala indicada e determine suas dimensoes reais.

Escala: 1:50

h = 9 cm

b = 27 cm

Tem-se uma escala de redugao, logo basta multiplicar as dimensoes da sala por ela: h = 9

cm ■ 50 = 450 cm
b = 27 cm ■ 50 = 1 350 cm

Em uma planta arquitetonica ha sempre a indicagao da escala de redugao, portanto, para saber as
dimensoes reais do terreno, basta medir na planta o comprimento desejado com uma regua e
multiplica-lo pela escala. Mega em centfmetros se nao houver indicagao da unidade.
32

Sistema metrico decimal Unidade de comprimento


A unidade-padrao de comprimento e o metro, representado por m. 0 metro tem multiplos,
que expressam quantidades maiores; e submultiplos, que expressam quantidades menores.

• A decima parte do metro: dedmetro (dm).

• A centesima parte do metro: centfmetro (cm). A milesima parte do metro: milfmetro (mm).

Multiplos do metro:

•Dez vezes o metro: decametro (dam).

•Cem vezes o metro: hectometro (hm).

•Mil vezes o metro: quilometro (km).


* Observe que os prefixos (mili, centi, deci, quilo, hecto e deca) dos multiplos e Submultiplos tem como sufixos a
unidade padrao, o metro.
* Um polfgono com dez lados e dez angulos e chamado decagono; um time dez campeao em um mesmo campeonato
e denominado decacampeao,
* Hecto e um prefixo de origem grega e significa cem.

- Khili (quilo) e um prefixo de origem grega e significa mil.

Conversao de unidades
A conversao de unidades e feita deslocando-se a vfrgula do comprimento estudado para a direita ou para a
esquerda, o que e equivalente a dividir ou multiplicar por dez cada casa decimal avangada,
respectivamente.
Quando o numero for inteiro, a vfrgula estara, implicitamente, sempre a sua direita.
Veja: 270 = 270,0 = 270,00 = 270,000.
Exemplo: um condutor tem raio de 50 mm. Qual seria essa medida em metro?
Km hm dam m dm cm mm W W W 3 2 1
33

Observe que, de mm (milfmetro) para m (metro), a vfrgula sera deslocada tres casas decimals
para a esquerda, logo:
50 mm = 0, 0 5 0 m AAA
1 casa para a esquerda
virgula direita
2 casa para a esquerda
3 casa para a esquerda

A vfrgula e deslocada entre os dfgitos. Acrescente, a direita ou a esquerda do numero, quantos


zeros forem necessarios para o avango da virgula.

ATIVIDADES RESOLVIDAS
1)Converter 70,5 cm de fios em metro.
Km hm dam m dm cm W W mm
21

Veja que, de cm (centfmetro) para m (metro), a virgula sera deslocada duas casas decimais
para a esquerda, assim:
70,5 cm = 0 ,7 0 5 m

t t-1 casa para a esquerda

2 casa para a esquerda

2)Um rolo com 35 metros de fio 2,5 mm 2 corresponde a quantos centfmetros?

Km hm dam m dm cm mm 1 2
Desloca-se a virgula, de m (metro) para cm (centfmetro), duas casas decimais para 35 m

= 3 500 cm
2 casa para a
direita 1 casa para
a direita
3)Um eletricista tem 217 cm de fio 1,5 mm 2. Sabendo-se que ele precisa de 5 m do mesmo
condutor, quantos centfmetros ainda necessita comprar? Convertem-se os comprimentos
para uma mesma unidade: metro ou centfmetro.

Km hm dam m dm cm mm
12

Portanto: 5 m = 500 cm. Como ele ja tem 217 cm, basta fazer a seguinte subtragao: 500 cm
-217 cm = 283 cm.
34

Unidade de area
As principais unidades de area sao as seguintes:
Km2 hm2 dam2 m2 dm2 cm2 mm2

Como as unidades estao ao quadrado (expoente dois), entao, para cada casa avangada,
para a direita ou para a esquerda, a vfrgula sera deslocada duas vezes na area que esta
sendo convertida.
Exemplo: a area de uma sala e 80 000 cm. Quantos m 2 (metros quadrados) tem essa sala?

Km2 hm2 dam2 m2 dm2 cm2 mm2 4 2


Agora, a virgula sera deslocada quatro casas decimais para a
esquerda. O equivalente a dividir por 100
cada casa avangada.
80 000 cm2 = 8,0000 m2 = 8 m2

ATIVIDADE RESOLVIDA
Segundo a NBR 5410, para area menor ou igual a 6 m2, deve-se estimar uma potencia
minima de iluminagao de 100 VA (volt-ampere); para area superior a 6 m2, acrescentar,
para cada 4 m2 completos adicionados aos 6 m2, mais 60 VA. Considerando um comodo de
3,3 m. 5,2 m, determine a potencia de iluminagao.
Area = 3,3 m. 5,2 m = 17,16 m2

Logo: 17,16 m2 = 6 m2 + 4 m2 + 4 m2 + 3,16 m2. O que corresponde a 100 VA + 60 VA + 60


VA = 220 VA, pois a fragao 3,16 m2 e desprezada. O comodo teria, entao, uma lampada de
100 VA (watts) e duas lampadas de 60 VA.
35

Trigonometria
Cronologicamente, nao se tem certeza sobre a origem da trigonometria (medida dos lados de um
triangulo). Acredita-se que o desenvolvimento da trigonometria ocorreu em fungao da necessidade
de conhecer a astronomia, da agrimensura e das navegagoes oceanicas,
Os astronomos babilonios dominavam conhecimentos rudimentares do assunto que foram
transmitidos aos gregos, surgindo, assim, a trigonometria esferica, que estuda as fungoes circulares
como seno, cosseno e tangente.
Para o eletricista, e apresentada brevemente a fungao seno - o suficiente para o desempenho da
profissao.

Fungao seno
Os graficos da corrente eletrica, da tensao e da potencia eletrica tem o comportamento senoidal, que
e a denominagao do grafico da fungao seno.

Grafico do circulo trigonometrico


Clrculo trigonometrico e todo circulo cujo raio e uma unidade (1). Duas retas perpendiculares
formam entre si um angulo reto (angulo de 90°).
No sistema cartesiano sao duas retas perpendiculares orienta das. Para cada angulo de 90°, tem-se
um quadrante. Veja:
36

Como o raio do cfrculo trigonometrico e "1", marca-se, nos eixos cartesianos, esse valor e traga-se o
cfrcuio:

O eixo horizontal representa o cosseno; e vertical, o seno de determinado angulo. Nao existe angulo
com seno maior do que 1 (um) ou menor do que - 1 (menos um). O cfrculo trigonometrico tem 360°,
pois e formado por 4 angulos de 90° (4. 90°= 360°). Tambem, observe:
a) IQ (1° quadrante): a variagao do angulo e de 0° a 90°;

b) II Q (2° quadrante): a variagao do angulo e de 90° a 180° (90° + 90°);

c) IIIQ (3° quadrante): a variagao do angulo e de 180° a 270° (90° +90 +90°)

d) IVA (4°quadrante): a variagao do angulo e de 270°a 360 (90 +90°-90°+90°). Portanto,

tem-se:

• O zero coincide com 360°. Abrindo-se o cfrculo nesse ponto, ve-se o infcio (O) sobrepondo-
se ao fim (360°).
O grafico do seno oscila entre o valor maximo que e 1 (um) e o valor mfnimo que e -1(menos
um)
37

Grafico da fungao seno


Analisando o cfrculo trigonometrico, observa-se que o seno dos angulos de 90° e de 270" sao,
respectivamente, 1 e-1. Para os outros angulos (0, 180 e 360) o seno e zero, pois eles estao sobre o
eixo dos cossenos.

Agora, desenha-se o plano cartesiano, seguindo as sugestoes:

• Limite o grafico entre 1 (valor maximo) e-1 (valor mlnimo).

• Divida o plano em quadrantes (IQ II E, III E IVO)


• Em 90° e 270", o seno e-1, respectivamente. Marque-os nos eixos correspondentes (eixo do e eixo
do -1).
• Em 0°, 180 e 360° o seno e zero, portanto marque-os no eixo do zero.

O grafico do plano cartesiano fica, entao, representado, assim:

Observe no cfrculo trigonometrico que, entre 0 (zero) e 180°, tem-se uma curva que sera tragada no
plano cartesiano exatamente pelos tres pontos marcados no 1Qell Q. De 180° a 360, ha uma curva
que sera tragada no plano cartesiano exatamente pelos tres pontos marcados no III Q e lV Q.
Portanto:
38

Esse grafico da fungao seno e denominado senoidal e repete-se indefinidamente tanto para a direita
como para a esquerda. Um exemplo e o grafico da corrente eletrica alternada x tempo.

A corrente eletrica alternada e aquela que alterna de polaridade (positiva e negativa) desde a sua
geragao ate o consumo final.
O tempo para a corrente eletrica fazer uma oscilagao completa, que cor responde a regiao positiva e
a negativa, e denominado perfodo.
A corrente alternada inversor de polaridade 120 vezes em um segundo, percorrendo 60 vezes a
regiao positiva e 60 vezes a regiao negativa, portanto a sua frequencia e 60 Hz (hertz).

A inversao de polaridade da corrente faz com que as lampadas ligadas na rede eletrica "pisquem"
constantemente, mas isso nao e possfvel perceber em fungao da velocidade desse fenomeno.

ATIVIDADES

1)Um metro de fio 1,5 mm custa R$ 0,30. Quantos reais um eletricista pagara por 23 metros desse
fio?

a. R$ 3,90

b. R$ 4,90 C. R$ 5,90

d. R$ 6,90

e. R$ 7,90
39

2) Divida R$ 558,00 entre dois eletricistas.

a. R$ 179,00

b. R$ 250,00

c. R$ 279,00

d. R$ 289,00

e. R$ 259,00
3) Divida uma compra de R$ 5.490,00, com os juros ja embuti dos, referente a aquisigao de material
eletrico, em 9 prestagoes. Valor de cada prestagao:

a. R$ 549,00

b. R$ 610,00.

C. R$ 510,00.

d. R$ 649,00

e. R$ 559,00.

4) Segundo a NBR 5410, deve-se instalar na cozinha uma toma da de 600 VA para cada
3.5 m ou fragao de perfmetro. Obs.: para as tres primeiras tomadas, atribuem-se, para cada uma,
600 VA e, a seguir, 100 VA para cada tomada adicional.

Dimensione a potencia e o numero de tomadas de uma cozinha com as seguintes dimensoes: 3,3 m x
4,2 m.

a. P= 1 800 VA, 3 tomadas.

b. P = 1 900 VA; 4 tomadas.

C. P=2 100 VA; 5 tomadas.

d. P=2 000 VA; 4 tomadas.

e. P= 2 000 VA; 5 tomadas.


5) Segundo a NBR 5410, deve-se atribuir para area interna superior a 6 m, uma tomada de 100 VA
para cada 5 m ou fragao de perfmetro
Determine a potencia e o numero de tomadas de uma sala com as dimensoes: 4 m

4.5 m.

a. P= 1 900 VA; 4 tomadas. e. P= 400 VA; 4 tomadas.

b. P= 400 VA, 3 tomadas.

c. P= 500 VA; 3 tomadas.

d. P= 1 900 VA; 4 tomadas.


40

6) Considere o terreno ao lado.


Escala: 1:100
As dimensoes reais do terreno, em metros, sao:

a. h = 700; b = 1 500.

b. h = 70; b = 150. h=7 cm

c. h= 7; b = 15
b= 15 cm
d. h = 0,7; b = 0,15. e. h= 0,07; b = 0,015.

7) Considere o comodo ao lado.


Escala: 1:50
Determine, em metros, as dimensoes reais do comodo:

a. b = 7,5; h = 4,5
cm
b. b = 375; h = 225 h 4,5

c. b = 37,5; h = 22,5

d. b = 3,75; h = 2,25 b = 7,5 cm

e. b = 0,75, h =0,45.
8) Segundo a NBR 5410, para area interna superior a 6 m, deve-se atribuir potencia de 100 VA para
os primeiros 6 m' e, em seguida, 60 VA para cada 4 m inteiros adicionados.

Determine a potencia de iluminagao de uma sala com as dimensoes: 3,7 m 5,2 m.

a. 280 VA.

b. 500 VA

c. 340 VA.

d. 300 VA.

e. 400 VA

9) O grafico da corrente alternada e:

a. exponencial: b. linear

C. senoidal d. parabolico

e. modular
10) A corrente alternada inversor de polaridade 120 vezes por segundo. Essa inversao e chamada:

a. velocidade b. pisca-pisca

c. positiva d. frequencia e regiao negativa


41

Nogoes Basicas de
Eletricidade para
Instalagoes
EletricasOs fenomenos relacionados as cargas eletricas sao conhecidos desde a Antiguidade, mais
precisamente por volta do seculo VI a.C., quando o filosofo grego Tales de Mileto realizou as
primeiras descobertas envolvendo fenomenos de eletricidade. Em suas experiencias esfregou um
pedago de ambar, que e um tipo de resina fossil em pele de carneiro ou la de avelha e constatou que
o ambar atrafa fragmentos de palhas, pequenos pedagos de madeira e penas. Esses foram os
primeiros conhecimentos das propriedades eletricas dos materiais pelo homem, mas somente com o
avango tecnologico adquirido a partir do seculo XIX que a eletricidade e utilizada e estabelece assim a
Era da Informagao.

Eletricidade vem do vocabulo grego elektron, que significa a- bar, mas o termo serve para
conceituar uma parte da ffsica que estuda justamente os fenomenos relacionados as cargas eletricas.
Partlculas com propriedades eletricas estao presentes nos Atomos de todos os corpos
existentes. Corpo e uma porgao delimitada da materia tomada para determinado estudo. Portanto,
todo corpo e formado por atomos, que sao a constituigao de toda materia existente na natureza.
Esses atomos sao formados por protons e neutrons em seu nucleo, em torno do qual ha eletrons
girando, formando a eletrosfera.
42

O modelo atomico que sera exposto, em fungao da simplicidade didatica, e o de Rutherford-Bohr, em


homenagem aos celebres estudiosos do tema: E tambem conhecido por modelo planetario, pois se
assemelha ao sistema solar.

NSutrons (carga positiva)


(scm carga)

Partlculas elementares do atomo

• Protons - Encontram-se no nucleo do atomo e por convengao, tem cargas positivas


• Eletrons - Estao presentes na eletrosfera do atomo e, por convengao tem cargas negativas
• Neutrons - Encontram-se no nucleo do atomo e nao sao dotados de cargas eletricas

Dentre as partlculas subatomicas, os eletrons apresentam maior mobilidade, isto e, sao mais
facilmente deslocados da estrutura do atomo. Os eletrons mais afastados do nucleo do atomo,
geralmente utilizados nas ligagoes qulmicas, sao denominados eletrons livres ou de valencia
As cargas eletricas que nao podem ser criadas ou destruldas, sao transferidas entre os corpos por
meio de processos de eletrizagao: atrito, contato ou indugao. Um corpo com mesma quantidade de
protons e eletrons apresenta-se neutro: quando o numero de protons exceder o numero de eletrons,
esta eletrizado positivamente, e, por fim, se o numero de protons for menor que o numero de
eletrons, encontra-se eletrizado negativamente.

Os materiais ou substancias existentes na natureza encontram-se eletricamente neutros, ou seja,


possuem iguais quantidades de cargas positivas e negativas.
43

Condutores, isolantes e semicondutores


Os materiais existentes na natureza classificam-se quanto a mobilidade dos eletrons livres, em:
condutores, isolantes e semicondutores.
• Condutores- Materiais com facilidade de movimentagao de cargas eletricas (eletrons livres) pelo
seu interior. Exemplos: os metais em geral, os gases rarefeitos, todos os corpos umidos etc.
• Isolantes - Materiais com grande resistencia a movimentagao de cargas eletricas pelo seu interior
e que, portanto, nao possuem eletrons livres sufi cientes para conduzir a eletricidade. Exemplos
vidro, porcelana, borracha, madeira seca, algodao, seda, agua
•Semicondutores - Materiais com propriedades intermediarias entre as dos condutores e as dos
isolantes. Exemplos germanio (Ge), sillcio (SI) etc. Dispositivos semicondutores: diodos, transistores e
circuitos integrados.

Energia eletrica
Atualmente, a energia eletrica disponfvel para o consumo e resultante de um processo de
transformagao de energia realizado por um gerador: aparelho capaz de transformar qualquer forma
de energia em energia eletrica.
A energia nao e tirada, mas transformada, pois a palavra gerar da ideia de criar. A energia e propria
da natureza, encontrada em diversas formas no meio ambiente. Existem varios processos de
transformagao:
•Processos hidraulicos - A energia mecanica da agua aciona uma turbina acoplada a um gerador que,
assim, transforma a energia cinetica das pas da turbina em eletrica.
44

• Processos qmmicos - Transformam, por meio de reagoes, a energia qulmica em eletrica, como as
baterias

• Processos termicos - Transformam a energia termica em eletrica como as usinas termeletricas, que,
em decorrencia da queima de carvao mineral ou outro produto, aquece a agua em uma caldeira e,
assim, gera vapor que aciona uma turbina acoplada a um gerador, responsavel, portanto, pela
transformagao da energia termica em eletrica.
45

• Processos eolicos - Um cata-vento e integrado ao eixo de um aerogerador, que transforma a


energia cinetica em eletrica.

• Processos nucleares - A fissao (quebra) do nucleo do atomo de alguns elementos qulmicos


radioativos faz ocorrer grande desprendimento de energia termica, utilizada para aquecer agua em
um gerador de vapor; o vapor produzido aciona uma turbina integrada ao gerador que, assim,
transforma energia nuclear em eletrica

Legenda:
a - fonte de agua fria
b-torre de resfriamento com lavatorio
c-condensador
d-gerador de vapor
e-vaso de pressao com hastes de controle f
- turbina g-gerador h-transformador i -
Iinhas de transmissao
46

• Processo fotovoltaico - Tecnologia que converte a radiagao solar em eletricidade por


meio de celulas fotovoltaicas que formam os paineis solares. O termo fotovoltaico e
formado pela uniao de fotons (luz), de origem grega, com voltaico, em homenagem a
Alexandre Volta

O Brasil, um pals de dimensoes continentais, possui uma grande malha fluvial com real
potencial para matrizes renovaveis de energia eletrica, as conhecidas usinas hidreletricas.
Hoje, cerca 67,5% da produgao nacional de energia eletrica e transformada pelos processos
hidraulicos.

Com base no crescimento atual da economia brasileira, estimou-se uma meta de


transformagao de energia eletrica, para 2020, de 171 000 MW (mega watts), dlgitos que
superam os atuais (115 000 MW) em 56 000 MW. Portanto, havera investimentos em
diferentes matrizes de produgao, como nuclear, eolica e hidraulica

Matematicamente, define-se a energia eletrica total fornecida a um aparelho pelo produto


entre a potencia e o tempo que ele permanece em funcionamento. Potencia e uma
grandeza que mede a quantidade de energia transformada em determinado intervalo de
tempo. A energia consumida por aparelhos eletricos e dada pela expressao

E = P. At

Em que:

P - Potencia eletrica, dada em watt (W).

At - Intervalo de tempo, dado em segundo (s).

E- Energia eletrica consumida, dada em joule (J).


47

Mesmo sendo uma unidade de medida do Sistema Internacional, o joule, em fungao de


assumir valores elevados nao e adequado para o uso pratico no cotidiano portanto foi
institulda a unidade quilowatt hora (kWh) para expressar a energia consumida em kWh,
aplica-se a expressao

E = P-At-
1 000

Em que:

P- Potencia eletrica, dada em watt (W)

At - Intervalo de tempo, dado em hora (h).

E- Energia eletrica consumida, dada em quilowatt-hora (Wh).

ATIVIDADES RESOLVIDAS
1)Calcule o consumo mensal (mes comercial) de uma bomba-d'agua de potencia

335 W, ligada 0,5 h (meia hora) por dia.


Obs. um mes comercial tem 30 dias. Logo, convertem-se das para horas

Usando a equagao do consumo de energia eletrica, tem-se


p
~= 335'15 = 502— = 5,03 kWh 1 000 1 000 1
000

2)Calcule o consumo de energia de 4 lampadas de 40 W cada, ligadas 5 h por dia, durante


30 dias.
Inicialmente, para uma lampada, dias sao convertidos em horas de uso

Aplicando-se a equagao da energia consumida:


c P'At _ 40 • 150 _ 6000 _gkwh 1 000 1 000 1
000
Como sao quatro lampadas, entao:
48

Corrente eletrica
Definigao de corrente eletrica
Os eletrons livres, pertencentes a camada de Valencia dos atomos, estao constantemente em estado
vibratorio e aleatorio em torno de um ponto de equillbrio no interior do material ou corpo condutor
Submetendo-se, segundo a figura 2.8, dois pontos quaisquer desse corpo ou material a uma
diferenga de potencial (ddp), entao os eletrons livres vibrarao orientados em uma unica diregao,
fazendo com que os choques entre eles transfiram energia de um para o outro, gerando, assim, a
corrente eletrica

Sentido convencional da
corrente eletrica

Condutor submetido a uma ddp

Os passaros, curiosamente, conseguem pousar sobre fios eletricos, em geral desencapados das redes de
alta e de baixa tensao e nao sofrem descargas eletricas, ou seja, choques. A explicagao esta na pequena
distancia entre as putas dos passaros: nao e suficiente para gerar uma diferenga de potencial eletrico
(ddp) e, portanto, nao ha circulagao de corrente eletrica. No entanto, se o passaro perder o equillbrio e
tocar em outro objeto, ou outra linha ou mesmo em um ponto mais afastado da mesma linha, circula
uma corrente por seu corpo que pode ser fatal, Fato semelhante ocorre com o ser humano, pois existem
linhas de transmissao (LT) de energia eletrica que nao podem ser desligadas. Nessa situagao, o
profissional de manutengao e igado em uma cagamba, ficando suspenso na LT e no mesmo potencial
dela, porem ele nao pode toca-la com as maos separadas em pegar em linhas diferentes, pois isso geraria
uma ddp suficiente para criar uma corrente eletrica que o mataria instantaneamente
49

Efeitos da corrente eletrica no corpo humano


O corpo humano e composto principalmente, por agua, uma boa condutora de eletricidade,
portanto, e suscetivel a passagem de corrente eletrica. Os efeitos fisiologicos causados pela passagem
da corrente eletrica pelo corpo sao conhecidos por choques eletricos

A tabela 2.1 mostra os efeitos incidentes sobre o corpo humano gerados pela

O peixe eletrico ou poraque e de agua doce, encontrado principalmente nos rios amazonicos, e
possui a capacidade de emitir impulsos eletricos que atingem 600 volts em intervalos de tempo
de ate 3 milesimos de segundos. A corrente baixa, mas e suficiente para paralisar um cavalo ou
um homem e tambem, matar peixes e pequenos animais aquaticos Fontes GASPAR 2005.
50

Percursos feitos pela corrente eletrica pelo do corpo


humano
Os caminhos percorridos pela corrente te eletrica estao intimamente ligados aos efeitos sofridos pelo
corpo humano.
O percurso e definido pela tendencia de as cargas eletricas em movimento sem pre escolar para a
terra (solo) ou para outro condutor menos resistente que o corpo humano, ligado ao fio terra.
Provaveis percursos da corrente:
• Percurso um - Corrente entrando em um dos pes e saindo pelo outro. A vltima pode sofrer
perturbagoes nos orgaos abdominais, nos mus- culos e, dependendo da intensi dade da corrente,
queimaduras que podem levar a amputagao dos membros
• Percurso dois - A corrente entra por uma das maos e sai por outra. E um dos caminhos mais
perigosos, pois pode provocar parada cardiaca e levar a morte.

• Percurso tres - A corrente entra por uma das maos e sai por um dos pes. A corrente percorre parte
do torax, centros nervosos e diafragma provocando grandes danos ao cor po da vltima. Ocorrem
queimadas ras, fibrilagao muscular e parada cardiaca.

• Percurso quatro - A corrente em tra pela cabega e sai pela mao es querda ou por um dos pes. Faz
um longo percurso pelo corpo, passa pelo coragao, provoca queimaduras e leva a morte.

Figura 2.9 - Percurso um: memb

-n . —tfr^

f lA j
'-

m ]|»l
" ” /I

H
Figura 2.11 - Percurso tres: membros superior
e inferior.
51

Tensao eletrica
A tensao eletrica, em termos didaticos, pode ser comparada a uma torneira em que a pressao da
agua esta sempre presente, so havendo vazao, no entanto, quando e aberta a valvula. A tensao esta
sempre presente nas tomadas e, quando e conectado um aparelho eletrico, ela "empurra" os
eletrons para fechar o circuito.
Considere um condutor submetido a uma diferenga de potencial (U), sendo atravessado por uma
corrente eletrica (I). conforme figura 2.13.

Experimentalmente, George Simon Ohm estabeleceu que a razao entre a tensao aplicada nos
terminais de um condutor e a corrente que o percorre e constante. Esse valor constante foi chamado
de resistencia eletrica, representada por R. Veja:

u
- = R -> U = R • I (ohm • ampere = volt)
I

Em que:

U - Diferenga de potencial, cuja unidade e o volt (V). 1 - Corrente eletrica, cuja unidade e o ampere
(A).
R- Resistencia eletrica, cuja unidade e o ohm (2).

ATIVIDADE RESOLVIDA
Determine a tensao de uma lampada de resistencia 488 Q que consome uma corrente de 0,45 A.
52

Resistencia eletrica em um condutor metalico


Os materiais ou substancias existentes a natureza tem a caracterfstica de oferecer dificuldade a
passagem de uma corrente eletrica quando sao submetidos a uma diferenga de potencial. Essa
propriedade ou caracterfstica denomina se resistencia eletrica.

Considere um condutor de forma cilfndrica: A definigao de resistencia eletrica e conhecida como a


segunda Lei de Ohm:

L_
\

Em que

R- Representa a resistencia eletrica do material. p -

Resistividade L - Comprimento do condutor.

A- Area de segao reta transversal

A unidade de resistencia eletrica no Sl e o ohm, em homenagem ao estudio so G. S. Ohm.


Resistividades dos principais condutores utilizados na area eletrica:
53

ATIVIDADES RESOLVIDAS
1)Um fio condutor de cobre, com 25 m de comprimento e secgao trans versal de 2,5 mm, foi utilizado
na instalagao de uma lampada. Qual a resistencia eletrica desse fio condutor?

2)Um fio eletrico condutor de alumlnio, usado na instalagao de uma linha de transmissao de 138 kV,
ao longo de 100 km, tem diametro de 1,3 cm. Qual e a resistencia eletrica do fio?
54

Associagao de resistores
A resistencia eletrica em circuitos eletricos e representada por um resistor, cuja slmbolo e
apresentado na figura 2.15.
Os resistores podem ser associados em serie, paralelo e de forma mista, ou seja, em serie e paralelo
simultaneamente. Uma lampada eletrica incandescente, que tem um filamento metalico de
tungstenio, e um exemplo de resistor, portanto elas podem ser ligadas em serie, em paralelo ou
associagao mista

Associagao em serie de lampadas (resistor)

Ao associar resistores em serie, algumas caracterfsticas devem ser observadas

• A intensidade de corrente eletrica que atravessa resistores associados e a mesma

• Ha uma queda de tensao sobre cada resistor associado


• A tensao total fornecida ao circuito eletrico e igual a soma das quedas de tensoes de cada resistor
associado

Um exemplo de associagao de lampadas em serie sao os circuitos de pisca-pisca de arvore de natal.


Dessa forma, a resistencia equivalente (R) da associagao, ou seja, o resistor que substitui o conjunto
de resistores associados, e dada pela soma:

R = Rj + R, +... + R

Considere um circuito em serie de lampadas, apresentado a seguir:

Portanto, a resistencia equivalente do circuito sera dada por:

R
„ = R, + R2
55

ATIVIDADE RESOLVIDA
Um circuito de um pisca-pisca de arvore de natal contendo 10 lampa das e alimentado com tensao
220 V. Sabendo-se que cada lampada tem uma resistencia eletrica de 10 0, calcule a corrente eletrica
total do circuito e a queda de tensao em cada lampada.

1° passo: como o circuito possui dez lampadas ligadas em serie, entao a resistencia equivalente sera
dada pela soma das resistencias eletri cas de cada lampada associada

Figura 2.17 - Associate de dez lampadas cm serie.

R
«q l
= R
2
+ R + R
3+R4 + R
5+R6+R7 + R
8+R9+Rl0

R =10 + 10 + 10 + 10 + 10 + 10+10 + 10 + 10 + 10
cq

R =100 0

2° passo: a tensao da rede local e 220 V, entao a corrente eletrica total do circuito podera ser
calculada pela 1 Lei de Ohm:

U = RN • I, logo:

I = _U_ = J20_ = 2)20 A


R 100
eq

3° passo: as lampadas estao associadas em serie, entao todas elas serao atravessadas por correntes
iguais e a queda de tensao, em cada uma delas, sera a mesma, pois as resistencias sao identicas:

U1 = U. = U3 = U4 = U5 = U6=U7=U8=U9=U10=RI

UJ = Rj • 1 = 10 - 2,20 = 22 V

4° passo: a tensao total do circuito e dada pela soma das quedas de tensao em cada lampada:

U = U, + U . + U, + U4 + U5 + U6 + U7 + U, + U, + ul0

U _ 22 + 22 + 22 + 22 + 22 + 22 + 22 + 22 + 22 + 22
U = 220 V
56

Associagao em paralelo de lampadas (resistor)


Os resistores associados em paralelo apresentam as seguintes caracterfsticas

• Todos os resistores associados ficam submetidos a mesma

• A corrente eletrica divide-se nos pontos de ligagao em paralelo, isto e, sem pra que existir um
chegando a um no (ponto), entao sairao dele, no mlnimo, dois fios.
Em resumo, diz-se os seus componentes consumidores de energia e a mesma. Em um circuito de uma
cidade onde a tensao e de 220V por exemplo, so podem ser instalados componentes eletricos ou
conectados eletrodomesticos nas tomadas com tensao nominal de 220

As lampadas residenciais sao ligadas em paralelo, por exemplo. A resistencia equivalente de uma
associagao em paralelo, derivada da Primeira Lei de Ohm, e dada pela soma dos inversos das
resistencias associadas, logo:

Um circuito com tres em paralelo de uma residencia, por exemplo, representado por meio do
diagrama da figura 2.18.

Portanto, a resistencia total (equivalente) da associagao em paralelo e dada por:

Opgao pratica de para facilitar os calculos, e possfvel tomar as das duas a duas, portanto:
57

Esse resultado e processado em paralelo com a lampada 3, veja:

R
.,» • R, R^♦
R=
R
,

ATIVIDADES RESOLVIDAS
1)Considerando as resistencias das lampadas anteriores como: R. =850 Q, R = 1220 Q e R= 2
000 Q. Determine a resistencia equivalente.
1° passo: calculo da resistencia equivalente das lampadas 1 e 2:
R -R.
R ,=—-——
",l Ri + R:
850 • 1 220
R -rrr
850 + 1 220
1 037 000 _
R ,=-= 501tl
2 070

2° passo: calculo da resistencia equivalente entre Req1 lampada 3:

Conclusao: uma unica lampada, com resistencia 401 Q, substituiria as tres lampadas ligadas
no circuito.

2)Um circuito residencial contem 5 lampadas identicas, de resistencia 10 Q cada, ligadas a


tensao de 220 V. Calcule a resistencia equivalente do sistema e a corrente eletrica que
atravessa cada lampada.

Considere o circuito da associagao de cinco lampadas em paralelo.


58

1° passo calcula-se a resistencia equivalente pela regra geral da soma dos inversos das
resistencias associadas:

Como todas as resistencias associadas sao identicas, entao:

As fragoes sao iguais, portanto, soma-se o numerador e conserva-se o denominador:

Levando em consideragao que R= 10 Q, logo:

2° passo: partindo-se da primeira Lei de Ohm, a corrente eletrica total sera:

3° passo: considerando que as lampadas sao identicas, entao a cor rente eletrica total sera
dividida igualmente entre as cinco lampadas, logo:

110
= 22 A
5

As lampadas instaladas nas residencias estao associadas em paralelo, e, quando uma


queima, as outras permanecem acesas.
59

Potencia eletrica
Define-se a potencia eletrica como o produto entre a tensao e a corrente eletrica:

Em que:

P- Potencia eletrica, dada em watt (W). U-Tensao

eletrica, dada em volt (V).

I - Corrente eletrica, dada em ampere (A),

Potencia em transformer dieta perfodo de tempo, portanto ela e diretamente proporcional ao


consumo maior potencia consumo. Evidentemente uma lampada compacta 90W brilha mais do e
outra cambiado 20 w. pois e mais potente.

ATIVIDADES RESOLVIDAS
1)Uma lampada de 80 W de potencia e instalada em uma residencia cuja tensao da rede eletrica local
e 220 V. Qual a intensidade de corrente eletrica que circula por essa lampada?

P=U•I
I -p - J*2_ = 0,364 A = 364 mA
U 220

2)Qual a resistencia de uma lampada de potencia 60 W e tensao de 220 V? 1° passo:

calculo da corrente eletrica:

2° passo: calculo da resistencia

U=R•I

0.273
60

Potencia dissipada
Para calcular a potencia dissipada (perdida sob forma termica) por uma resistencia, recorre-se a Lei
de Ohm

U = R • I (tensao)
I = _JL (corrente) R

Substituindo-se a tensao (U) na equagao da potencia, tem-se:

Substituindo-se a corrente (I) na equagao da potencia, tem-se:

Conclui-se, portanto, que a potencia dissipada e dada por:

ATIVIDADE RESOLVIDA
Um circuito eletrico residencial contem duas lampadas ligadas a tensao de 220 Cada lampada possui
uma resistencia de 850. Calcule a potencia total consumo pelo circuito.

1° passo: potencia dissipada por cada lampada:

R
220?
- = 56,94 W 850

2° passo: potencia total consumida (P)

p^p. + p,

P = 56,94 + 56,94 = 113,88 W


61

ATIVIDADES
1) Identifique quais sao as proposigoes verdadeiras:

a. O fluxo orientado de eletrons por um fio condutor submetido a uma ddp e denominado tensao
eletrica

b. As letras utilizadas para representar as grandezas eletricas potencia e resistencia sao,


respectivamente, W e R.
C. A unidade de medida da energia eletrica residencial e o kWh.

d. Toda bateria fornece CC acumulada pela transformagao da energia qulmica em energia eletrica.
2) Um chuveiro eletrico, ligado na rede de 220 V, e percorrido por uma corrente de 10 A, durante 8
minutos. Quantas horas leva ria uma lampada de 50 W, ligada nessa rede, para consumir a mesma
energia eletrica do chuveiro?

a. 6 h 30 min.

b. 5 h 52 min.

C. 4 h 20 min.

d. 3 h 25 min.

e. 2 h 20 min.
3) Um automovel possui uma bateria de 12 V. Quando a chave de ignigao do automovel e acionada, a
bateria fornece uma corrente te eletrica de 48 A, durante 3 s, ao motor de arranque. A energia
fornecida pela bateria, em joules, e de:

a. 360.

b. 720.

C. 1 000.

d. 1728.

e. 2 000.
4) Uma enceradeira de uma repartigao publica tem as seguintes especificagoes: 220V - 500 W. Se ela
funcionar 2 horas por dia, durante 30 dias, entao a energia eletrica consumida sera:

a. 35,5 kWh. b. 86,4 kWh.

c. 30,0 kWh. e. d. 4,32 kWh.

12,7 kWh.
62

5) Considere a conta de uma residencia onde moram tres estudantes.

J Companhia NOSSA LUZ


/ Caracteristica da sua unidade consumidora
Classe Ligag5o Numero medidor Poste C6digo Fat. Media 12 meses Residencial Mono E327194
1.1...1 440

Histdrico de consumo
Mfes/Ano Consumo Mes/Ano Consumo Mes/Ano Consumo Mes/Ano Consumo Jul/13 485 Jun/13 433 Mai/13
348 Abr/13 372 Mar/13 420 Fev/13 386 Jan/13 364 Dez/12 434
Itens Faturados Consumo 514 A RS 0,508789 ContribuigSo lluminagao 261,51
Tarifa sem tributos: A 514 - Publica 18,65

0.362920

Demostrativos de tributos Vencimentos


Composifdo da fatura -

DistribuiQ3o 109,35 Base de cdlculo 261,51 10/09/2013


Energia 64,28 Aliquota ICMS 25,00%

TransmissSo 4,62 Valor do ICMS 65,37 Valor a pagar RS 280,16


8,30 Valor do PIS 1,72
Encargos
74,96 Valor do COFINS_ 7,87
Tributos _

Sabendo-se que os estudantes compraram um ferro eletrico de potencia 1 100 W utilizaram-no por
15 minutos diarios durante 20 dias no mes, entao o acrescimo em reais na conta mensal sera de:

a. R$ 3,00

b. R$ 2,80.

c. R$ 3,50

d. R$ 0,50

e. R$ 4,00
6)Considere um circuito eletrico residencial simples ligado a rede eletrica de 220V e regido por um
fuslvel F (dispositivo de protegao) de 10 A, conforme esquema a seguir:
63

Uma dona de casa precisa passar roupa com a luz acesa. A potencia maxima de um ferro de
passar roupa que pode ser ligado simultaneamente com essa lampada de potencia 100 W,
sem que o fuslvel interrompa o circuito, e aproximadamente:

a. 2 100 W.

b. 1 100 W.

c. 1250 W

d. 2 500 W.

e. 2 150 W.
7)Duas lampadas, L1 e L2, identificadas, respectivamente, pelas informagoes descritas nos
bulbos (25 W - 220V) e (40 W - 220 V), estao associadas em paralelo, conforme mostra o
trecho de circuito a seguir. Entre os terminais A e B, aplicou-se a tensao da rede eletrica
local que e 220 V. A intensidade de corrente eletrica que passa por cada uma das lampadas,
L1 e L2:

a. 2,50 ■ 10-1 A e 3,30 ■ 10-1

A.

b. 3,30 ■ 10-1 A e 1,30 ■ 10-1

A.

c. 1,14 ■ 10-1 A e 1,82 ■ 10-1

A.

d. 1,60 ■ 10-1 A e 1,40 ■ 10-1 A.

e. 2,00 ■ 101 A e 1,20 ■ 10-1 A.


64

8)Considere um circuito de lampadas residenciais ligado a tensao da rede eletrica de 220 V.


Nele, as lampadas L1 e L2, e possuem resistencia de 20 Q lampada L3, possui resistencia de
10 Q. Identifique a alternativa que representa o que ocorrera com a potencia total
consumida pelo circuito, caso o filamento da lampada L3, se rompa conforme apresentado
na figura a seguir:

a. Dobrara.

b. Reduzira a metade.

C. Reduzira um quinto.

d. Aumentara um quinto.

e. Aumentara um tergo.
9) A conta de luz de uma residencia apresentada pela companhia de energia eletrica a
uma famflia com quatro pessoas, referente a um perfodo de 30 dias, indicou um consumo
de 400 kWh. Calcule a potencia media por pessoa:

a. 60,0 W. b. 130,0 W.

C. 160,0 W. d. 138,9 W.

e. 152,5 W
10) Uma churrasqueira eletrica de potencia 3 800 W, ligada em uma rede eletrica de 220
V, consome, em 15 minutos, aproximadamente:

a. 50,00 J. b. 45,30 kWh.

c. 3,42 MJ. d. 46,30 kJ. e. 48,80 kWh.


11) Um ar-condicionado de 10 000 BTU/h, cuja potencia media e 1 350 W, funciona 4
horas por dia, durante 30 dias, consumindo energia eletrica, em kWh, equivalente a:

a. 162 b. 320

C. 180 d. 324
e. 288
65

Protegao e Seguranga
em ^ Instalagoes Eletricas
Trabalhar com seguranga reduz os riscos de acidentes. Na area de Instalagoes eletricas, em que um
erro pode ser fatal, e indispensavel uso de Equipamentos de Protegao Individual (EPIS) e
Equipamentos de Protegao Coletiva (EPC). A NR 10 (Norma Regulamentadora n° 10) regula o setor
eletrico estabelecendo requisitos para a implantagao de medidas de controle e sistemas preventivos
visando, portanto, garantir a seguranga e saude dos trabalhadores. Essa norma e aplicada em todas
as etapas do setor eletrico: geragao, transmissao, distribuigao e consumo

Neste capltulo, serao abordadas normas de seguranga em instala agoes e servigos de manutengao
eletricos em rede de baixa tensao (BT). Alem da NR 10, existem outras NRs que regulamentam os
trabalhos com eletricidade, dentre as quais estao a NR 6, que trata dos equipamentos de protegao
individual (EPIs), a NR 35, referente ao trabalho em altura, e a NBR 5410 (Norma Regulamentadora
Brasileira), que fixa padroes para uma instalagao eletrica de baixa tensao segura

Considera-se EPI todo dispositivo de uso individual de fabricagao nacional ou estrangeira que se
destina a proteger a integridade ffsica e a saude do trabalhador e que possua Certificado de
Aprovagao (CA) emitido pelo Ministerio do Trabalho e Emprego (MTE).
66

Cuidados basicos no cotidiano


O choque eletrico e uma sensagao causada no corpo humano em decorrencia da passagem da
corrente eletrica. Os efeitos fisiologicos provocados podem ser graves e, as vezes, levam a morte. Por
isso, e sempre importante contratar profissionais competentes e de sua confianga para realizar seus
trabalhos de instalagoes eletrica O trabalho com eletricidade exige muito cuidado e atengao, pois a
displicente ou certas negligencias podem provocar acidentes irreparaveis, No quadro 3.1 elencados
alguns cuidados elementares com a eletricidade que devem ser observa

Cuidados basicos no convivio com a eletricidade

1 Nunca atm rv'ou cotoque a m#o no Intortor da 2 Ndo manuseie aparelhos olfetrtcos olou
telcvisAo, mesmo que esteja dostigada N8o ootoquo eletroeletrfinicos eslando com as maos, os pOs ou o
facas, garfos ou quakjuer obieto metatoo dentro do corpo molhados, pot* isso podera causar choquo ou
aparelhos el6tn- descarga ekrtnca

3. Ao instalar antenas do ritdto o TVs, 6 predso fixA-las 4. Ao trocar uma lAmpada desilgue o disjuntor do arcuto e
dstantes da rede el&nca, precaugSo que evita contatos
1
n3o toque na parte metaitca. Segure-a pelo butoo
aodentals entre a antena e a rede Nun-ca toque na parte interna do soquete mesmo
estando I com o circuito desligado.
It.

5. Com cnangas. todo cuidado 6 pouco: coloque 6. Nunca mude a posigSo das chaves (invemo/verSo. liga/
protetores nas tomadas e nunca as deixe cotocar os desliga) de chuveiros ou tomeiras eiatricas enquanto os
dedos nas to-madas ou em aparelhos el6tricos, mesmo aparelhos estiverem em funcionamento.
que eslejam desiigados.
67

ATIVIDADE RESOLVIDA
Analise as situagoes a seguir e exponha seu ponto de vista com relagao a seguranga:

Quadro 3 2-Condigoes de risco de acidente no dia a dia

Analise:
a. Evite colocar andaimes proximos a rede de energia eletrica de distribuigao caso seja inevitavel,
contate a companhia de distribuigao de energia para providenciar o desligamento temporario ou
colocar eletrodutos isoladores nos fios.
b. Nao deixe a caixa do medidor sem a tampa e/ou com os fios desencapados

C. Nunca deixe as criangas mexerem nas tomadas ou nos aparelhos eletricos. Coloque protetores nas
tomadas

d. Nao sobrecarregue a mesma tomada com varios aparelhos, meio de benjamim, "T" (te), ou
extensoes improvisadas Nao use bocais de lampadas com tomadas.
68

Protegao e seguranga
Em toda instalagao eletrica, o aterramento e a principal medida preventiva de acidentes. Por norma,
as instalagoes eletricas realizadas atualmente devem conter o terceiro fio, designado fio terra ou de
protegao. Os aparelhos eletroeletronicos ja estao sendo fabricados com o fio de aterramento,
Na construgao de um aterramento, e preciso considerar os seguintes criterios:

• O fio terra e uma massa condutora com potencial eletrico convencionado igual a zero.
• O ideal e uma ligagao a terra de um dos condutores do sistema (geralmente o fio neutro) visando
garantir o funcionamento correto, seguro e confiavel da instalagao. Por norma, o fio neutro e de cor
azul).
• O condutor de aterramento ou de protegao e de cor verde (ou verde e amarelo).

Para proteger o usuario contra os choques eletricos e prevenir acidentes, veja algumas dicas de
seguranga, a seguir:

1. Toda instalagao eletrica de uma residencia deve ser projetada e executada por um tecnico que
observe as normas da Associagao Brasileira de Normas Tecnicas (ABNT) e tambem as NRs (Normas
Regulamentadoras) especificas da area.

2. Todas as tomadas de uso geral ou especlfico devem ser ligadas a haste de aterramento da
residencia.

3. Os circuitos residenciais devem conter, alem do disjuntor termomagnetico, o dispositivo


diferencial residual (DR) que protege o indivlduo contra choques eletricos, em caso de fuga de
corrente

Disjuntor
diferencial
residual bipolar

Figura 3.1 - Aterramento. Figura 3.2 - Disjuntor diferencial residual.


69

4. Dispositivo protetor de sobretensoes transitorio, conhecido como "para-raios eletronicos",


protege a instalagao eletrica contra tensoes momentaneas elevadas provocadas por raios ou outros
disturbios na rede eletrica.
5. Nos equipamentos mais sensfveis, como computador, televisao, som, DVD ou secretaria
eletronica, use outros sistemas de protegao, alem do aterramento, como fuslveis, contra os surtos de
tensao. Esses sistemas e protegao compoem as extensoes nas quais sao ligados os aparelhos
eletronicos.

6. Nunca tente consertar fios desconectados de uma instalagao eletrica. Chame um eletricista
competente de sua confianga. Lembre-se: insta lagoes eletricas em perfeitas condigoes sao seguras e
ajudam na economia de energia.
7. Utilize sempre as tomadas do novo padrao brasileiro.
70

8. A trocar uma lampada, desligue o disjuntor do circuito ou, na duvida, a chave geral, que se
encontra no quadro geral 9. Nao Ligue varios aparelhos na mesma tomada por meio de uso de
benjamins ou " (tes). pois isso provoca aquecimento nos fios e pode causar curtos-circuitos.

Equipamentos de protegao individual (EPIs)


O profissional em instalagoes eletricas, antes de iniciar o trabalho, deve vestir todos os seus
Equipamentos de Protegao Individual (EPIs).

Os equipamentos necessarios ao desenvolvimento eletrica sao os listados na NR 6/2010, conforme


descrito em seu Anexo I:

I. EPI para protegao da cabega:

-Capacete para protegao contra choques eletricos.

II. EPI para protegao dos olhos e face:

-Oculos para protegao dos olhos contra impactos de partlculas volantes -Protetor facial para

protegao da face contra impactos de partlculas volantes

III. EPI para protegao do tronco:

-Vestimentas para protegao do tronco contra riscos de origem termica,

IV. EPI para protegao dos membros superiores:

- Luvas para protegao das maos contra choques eletricos.

- Manga para protegao do brago e do antebrago contra choques eletricos


71

V. EPI para protegao dos membros inferiores:

-Calgado para protegao dos pes contra agentes provenientes de energia eletrica.

- Calga para protegao das pernas contra agentes termicos.

VI. EPI para protegao do corpo inteiro:

- Vestimenta condutiva para protegao de todo o corpo contra choques eletricos

VII. EPI para protegao contra quedas com diferenga de nfvei:


-Dispositivo trava-queda para protegao do usuario contra quedas em ope ragoes com movimentagao
vertical ou horizontal. Utilizado com cinturao de seguranga.

-Cinturao de seguranga para protegao do usuario contra riscos de queda em trabalhos em altura,

Observagao: caso o profissional trabalhe em ambientes muito ruidosos, como aeroportos, portos,
estadios etc., devera utilizar o EPI de protegao auditiva, estabelecido na NR 15.

Utilizado para protegao do crSnio contra impactos e


choques eletricos. 0 conjunto e formado por capacete,
carneira e jugular.

6culos

Utilizado para protegao dos olhos contra


particulas, faiscas e respingos de produtos
qufmicos. Os 6culos de lentes escuras protegem
contra radiagao solar.
72
73

Bota sem componentes medicos

Tem a fungfio de proteger os p6s do protissional


contra quedas de materiais, perforates (pregos, por
exemplo),
torques e picadas de animais pegonhentos. 0
equipamen to deixa, tamb6m, o eletricista isolado
da terra.

Camisa

Confeccionada em tecido 100% algodSo com


tratamento retardante a chama.

Calga

Confeccionada em tecido 100% algodSo


com tratamento retardante a chama.

Vestimenta de corpo inlelro

Vestimenta de protegSo contra


queimaduras por arco eldtrlco.
74

Medidas de protegao coletiva


Em trabalhos de instalagoes eletricas algumas medidas de protegao coletiva devem ser previstas e
adotadas para garantir a seguranga e a saude do trabalhador.
Os EPCs sao equipamentos instalados ou fornecidos pelo empregador, nos locais de trabalho, para
dar protegao as pessoas que ali transitam ou executam suas tarefas, preservando a integridade ffsica
de todos suas fungoes. exercfcio de
As medidas de protegao coletiva compreendem, prioritariamente, a desse energizagao eletrica da
rede ou do circuito a ser trabalhado, conforme estabelece a NR 10, e, na sua impossibilidade,
diminuigao do nfvel para uma tensao de seguranga.
Se nao for possfvel implementar a desenergizarao eletrica ou a redugao do nfvel de tensao
estabelecido anteriormente, devem ser utilizadas outras medidas de protegao coletiva, tais como:
isolagao das partes vivas, colocagao de obstaculos ou barreiras, utilizagao de cones de sinalizagao,
ou, entao, sistema de seccionamento automatico de alimentagao e bloqueio do religamento
automatico.
O aterramento das instalagoes eletricas deve ser executado conforme regulamentagao estabelecida
na NBR 5410.
75

Curto-circuito
A maioria dos problemas que surgem em instalagoes eletricas residenciais ocorre por conta dos
curtos-circuitos e/ou em decorrencia do vazamento, ou em um termo mais tecnico, da fuga de
corrente. Esses fenomenos ocorrem principalmente quando existem falhas no isolamento dos
circuitos, ou seja, nos casos em que ha condutores desencapados, ligagoes malfeitas ou fadiga do
material isolante.
Denomina-se curto-circuito o contato acidental entre condutores energizados: dois fios de fases
diferentes ou, entao, um fio fase e um fio neutro. Geralmente, quando isso ocorre, o disjuntor do
circuito desarma. Em geral, e facil detectar o ponto em que ocorreu o curto-circuito, pois ele se
apresenta chamuscado. Os curtos-circuitos ocorrem nos pontos mais frageis das instalagoes: pontos
de emenda de condutores, lustres, torneiras eletricas etc.
No curto-circuito ocorre um pico instantaneo de corrente eletrica, aumentando, assim, a
temperatura dos condutores e gerando fafscas incendiarias, caso o disjuntor nao atue rapidamente.
Na instalagao residencial. o ideal e dividir os circuitos (iluminagao, tomadas de uso geral e tomadas
de uso especifico), colocando uma protegao (disjuntor) em cada um, pois se ocorrer curto-circuito em
algum deles, os outros continuam operando normalmente.
Quando ocorre algum curto-circuito e importante detectar o ponto em que aconteceu. Isso pode ser
feito de forma visual, ou utilizando uma ferramenta de detecgao. O eletricista profissional deve
utilizar uma lampada teste ligada em paralelo ao disjuntor que esta desarmando frequentemente em
fungao do curto- -circuito. O problema e detectado quando o brilho da lampada diminuir ou apagar.
A chave teste normalmente e utilizada para detecgao da existencia de uma cor rente circulando por
um circuito eletrico
76

ATIVIDADE RESOLVIDA
UFMG - Adaptado) um cabo multiplexado de uma rede eletrica, forma do por dois fios, tem
3 km de comprimento. Constatou-se que, em algum ponto ao longo do comprimento desse
cabo, os fios fizeram contato eletrico entre si, ocasionando um curto-circuito. Para
descobrir o ponto que causa o curto-circuito, um tecnico mede as resistencias entre as
extremidades Pe Q, encontrando 20 Q, e entre Re S, 80 Q.

Com base nesses dados, e correto afirmar que a distancia das extremidades PQ ate o ponto
que causa o curto-circuito e de:

a) 1,25 km. b) 4,00 km.

c) 600 m. d) 3,75 km.

e) 200 m.
Is passo: como o cabo tem 3 k de
comprimento, supoe-se o curt -
circuito a uma distincia aleatoric da
extremidade PQ. 0 restante c cabo
e representado por 3 km m nos a
distancia L. Para o esquen a
seguir, aplica-se a Segunda Lei c
Ohm: R = p —.
A

PQ ate o ponto do curto-


representada pela equacao:

RPQ = P-
A

A resistencia RS ate o ponto do curto--


circuito e representada pela equacao:
(3-L)
RRS = p
A
77

Dispositivos de protegao
Os circuitos eletricos residenciais devem possuir um bom sistema de protegao. Os dispositivos de
protegao nao podem desarmar com correntes inferiores a calculada no projeto. A corrente do
circuito tambem nao pode ser superior a corrente tolerada pelos condutores (fios). Portanto, a
corrente nominal do dispositivo de protegao deve ser maior do que a de projeto do circuito e,
simultaneamente, menor do que a de capacidade maxima dos condutores.
Nas instalagoes residenciais, os dispositivos de protegao mais comuns sao os disjuntores, que serao
abordados posteriormente,

ATIVIDADES
1) Identifique quais sao as proposigoes verdadeiras:

a. A NR 10 e a unica que orienta todas as etapas e os procedimentos de manutengao eletrica.

b. "Manter limpo" e "manter seco" sao dois fundamentos da manutengao de instalagoes eletricas.

c. O choque eletrico e uma sensagao causada no corpo humano em decorrencia da passagem da


corrente eletrica.
d. Ao trocar uma lampada, nao se deve desligar o disjuntor do circuito.

e. A manutengao de uma instalagao eletrica so deve ser feita por um eletricista

2) Um circuito eletrico e alimentado por 220 V e tem uma chave geral (fuslvel) de protegao. Nele e
posslvel ligar uma lampada de 250 W, uma TV de 200 W, um refrigerador de 500 W e um chuveiro
de 4 000 W. Assinale a alternativa correta considerando que o fuslvel e dimensionado para suportar
ate 20 A.

a. Pode-se ligar simultaneamente a TV, a lampada e o chuveiro.

b. Pode-se ligar o chuveiro e o refrigerador ao mesmo tempo.

c. Pode-se ligar o chuveiro e a lampada ao mesmo tempo.

d. Pode-se ligar o chuveiro, a lampada e o refrigerador.

e. Pode-se ligar simultaneamente a TV, o refrigerador e o chuveiro.

3) O que significa EPI de acordo com a NR 6? Qual a fungao dos EPIS?


4) Quem e o responsavel por recomendar ao empregador os EPIs adequa dos para o
desenvolvimento de uma determinada atividade?
78

5) Enumere tres obrigagoes do empregador quanto a utilizagao de EPIS.

6) O que significa EPC? Qual a fungao dos EPCS?

7) Elenque alguns EPCS.


8) Em se tratando de EPIs, qual(is) a(s) obrigagao(oes) do fabricante ao comercializar o produto?
a. Substitui-lo quando for extraviado ou danificado.

b. Responsabilizar-se pela qualidade e pelo bom funcionamento do EPI; padrao que deu origem ao
certificado de aprovagao (CA).

c. Treinar o trabalhador para usar o equipamento de protegao individual.

d. Decidir qual EPI sera utilizado.

e. Fazer com que o funcionario utilize o equipamento.

9) Identifique a alternativa que contem apenas EPIS.

a. Fita sinalizagao, grade metalica dobravel, cone sinalizagao.

b. Cone, capacete, banqueta isolante.

c. Capuz, oculos, luvas de borracha.

d. Protetor facial, cone, fita sinalizagao.

e. Luvas de borracha, oculos, banqueta isolante.

10) Identifique a alternativa que contem apenas EPCs.

a. Fita sinalizagao, grade metalica dobravel, cone de sinalizagao.

b. Cone de sinalizagao, capacete, banqueta isolante.

c. Capuz, oculos, respirador de fuga. d. Protetor facial, cone, fita sinalizagao.

e. Todas as alternativas anteriores.

11) Luvas devem ser usadas em atividades que envolvam: a. Material e objetos aquecidos. b. Agentes

biologicos.
C. Materiais escoriastes e abrasivos.

d. Frio

e. Todas as alternativas estao corretas.


Ferramentas e
Instrumentos de Medigao
Para cada atividade desempenhada pelo homem ha ferramentas e instrumentos especlficos. Na
execugao de tarefas de instalagoes eletricas residenciais serao apresentados instrumentos de e
alicates. medigao e as ferramentas mais comuns do dia a dia, como amperfmetro, voltfmetro e
alicates.
Nas embalagens das ferramentas, geralmente estao expressos o tipo de ago, o tratamento termico e
o processo de fabricagao que, para o eletricista, podem ser desconhecidos. O uso de ferramentas de
qualidade contribui para a seguranga do trabalho. Ao comprar ferramentas, observe se elas foram
submetidas a tratamentos termicos e de preferencia as cromadas. Para uma tomada de decisao na
compra de ferramentas, veja alguns conceitos metalurgicos e qulmicos:
• Fundigao: e um processo pelo qual determinado metal liquido e colocado em um molde com a
forma da pega que se deseja produzir: Depois de o metal esfriar e, portanto, solidificar-se, retira-se
ou quebra-se o molde.
•Forjamento e um processo de conformagao mecanica que molda a forma desejada da pega por
martelagem ou prensagem. • Tempera: e um tratamento termico que visa o aumento da dureza de
metais O tratamento e feito com um aquecimento e, em seguida, um resfriamento brusco do metal
• Revenido: e um reaquecimento da pega temperada, a uma temperatura inferior a de tempera,
visando aumentar a elasticidade, a resistencia ao choque e aliviar as tensoes internas do material
• Vanadio: e um metal de transigao de cor cinzenta e brilhante. Ele melhora a rigidez de agos
temperados e, tambem, e usado para produgao de agos inoxidaveis.
• Cromo e um metal de transigao de cor branca. Ele e resistente a oxidagao, a corrosao e a altas
temperaturas
80

Ferramentas comuns na execugao de trabalhos


eletricos

Alicates
Existem diversos tipos e modelos de alicates. O mais comum e o alicate universal, mas existe ainda o
alicate de bico, de corte, de compressao, de eixo movel etc.

Os alicates sao ferramentas manuais fabricadas em ago carbono, pelo processo de fundigao ou
forjamento, compostas por dois bragos e um pino de articulagao, tendo em uma das extremidades
dos bragos suas garras, cortes e pontas temperadas e revenidas. O alicate e utilizado para segurar,
apertar, cortar dobrar, colocar e retirar determinadas pegas ou dispositivos eletricos. A ferramenta
deve ter seu par de cabos revestido por capas isolantes. A seguir, apresentam-se, no quadro 4.1,
alguns modelos de alicates.
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83

ATIVIDADES RESOLVIDAS

1)O anel elastico e um elemento usado em eixos e furos, tendo como principals fungoes: evitar
deslocamento axial de pegas ou limitar o curso de um conjunto deslizante sobre o eixo. Portanto,
para a retirada ou colocagao de forma correta de
aneis elasticos, a ferramenta adequada e:

a. Chave de fenda.

b. Chave cachimbo.

c. Chave fina.

d. Alicate especial para aneis. e. Alicate universal.

Solugao:

A ferramenta mais adequada para manuseio de aneis utilizados em furos ou eixos e o alicate para
aneis internos ou alicate especial para aneis.
Resposta: D

2)Observe abaixo as imagens de ferramentas e faga um diagnostico de riscos caso sejam


empregadas em trabalhos eletricos.

a. Alicate inapropriado para realizagao de reparos ou servigos de instalagoes eletricas, pois


apresenta os cabos com o isolamento danificado. Essa ferramenta pode ser usada para realizagao de
trabalhos domestico COS, mas nao relacionados a eletricidade, uma ferramenta mal conservada,
como uma chave
b. Nao se deve utilizar de fenda com o cabo fissurado ou rachado, pois em algum trabalho de
instalagao ou manutengao eletrica pode ocorrer vazamento de corrente e o profissional podera
sofrer um choque eletrico.
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Chave de fenda
Ferramenta utilizada para apertar ou desapertar parafusos com cabega tenha fendas ou ranhuras
que permitam a entrada da fenda ou cunha. Alguns modelos sao mostrados no quadro 4.2.
A chave de fenda simples e uma ferramenta constitulda por uma haste cillndrica de ago, com uma de
suas extremidades forjada em forma de cunha e a outra em forma de espiga prismatica ou cillndrica
estriada onde se acopla um cabo fabricado em madeira ou plastico.
A chave para parafusos de fenda cruzada e composta por uma cunha em forma de cruz, comumente
conhecida por chave Phillips.
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ATIVIDADE RESOLVIDA

a. Duas situagoes que devem ser evitadas: 1) uma pessoa adulta manusear uma tesoura com o
intuito de fazer algum reparo, dessa forma ela podera receber uma descarga eletrica (choque
eletrico). Qualquer servigo eletrico deve ser realizado por um profissional; 2) os cuidados com
criangas para que nao entrem em contato com as instalagoes eletricas sao prioritarios, portanto,
coloque tampinhas nas tomadas para prevenir que uma crianga insira os dedos ou objetos nos
oriffcios desses dispositivos

b. Como descrito na situagao a todo reparo deve ser feito pelo profissional da area e utilizando as
ferramentas adequadas, portanto, qualquer improviso por meio do uso de estiletes, facas ou algo do
genero deve ser evitado.
C. Deve-se evitar usar a chave de fenda ou os dedos para procurar algum ponto de curto-circuito ou
de descarga eletrica, pois existem alguns componentes eletronicos que se mantem carregados,
mesmo que o aparelho esteja desligado.
d. Semelhante na situagao a, esta sendo feito reparo em uma tomada com o uso de uma ferramenta
inadequada, no caso, um canivete. Como ja foi dito, tais servigos de reparos devem ser realizados por
profissionais treinados e com as ferramentas adequadas: chave de fenda com o cabo e parte do corpo
isolados para suportar tensoes de ate 1 000 VCA.
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Ferro de solda
O ferro de solda e uma ferramenta fundamental na execugao de soldas com estanho, usuais em
instalagoes eletricas e manutengao de aparelhos eletricos e eletro eletronicos. O ferro de solda e uma
ferramenta que contem um fio de nlquel-cromo dentro de um tubo de ferro galvanizado ou latao.
Essa parte e a resistencia do ferro, onde e encaixada uma ponta de cobre recoberta com uma
protegao metalica.
Ao ligar essa ferramenta a rede eletrica, sua ponta e aquecida, pois a corrente eletrica passa por sua
resistencia interna que, assim, transfere calor para a solda e tambem, para as pegas a serem
soldadas. A solda se funde e adere as pegas. A uniao e feita depois da solidificagao da solda. O
quadro 4.4 mostra alguns modelos de ferro de soldar.
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Processos de soldagem
Solda e um tipo de uniao por coalescencia do material, obtida por fusao das partes adjacentes. Os
tipos de solda ou processos de soldagem mais comuns sao:

• Solda eletrica - Usa varetas de solda com revestimento que se vaporiza, protegendo a soldagem.
• MIG (Metal Inert Gas) - A uniao de metais e feita por aquecimento de um ele todo consumfvel. A
protegao do arco e da poga de fusao e obtida por um gas inerte (argonio ou helio).
• TIG (Tungsten Inert Gas) - A uniao e obtida pelo aquecimento das pegas por um arco formado
entre um eletrodo nao consumfvel de tungstenio e a pega, protegidos por um gas inerte, geralmente
o argonio.
• Arco submerso - Um material granular e depositado na frente da solda e cobre a regiao a ser
soldada. O eletrodo consumfvel e protegido pelo filme que e criado pelo material granular aquecido.
• Soldagem por resistencia - Baseia-se na passagem de corrente eletrica pelas superficies em
contato. Essa corrente aquece as superficies causando a soldagem. O efeito e maior com o aumento
da pressao externa entre as superficies.
• Aquecimento - Soldagem por processo de aquecimento das superficies a serem unidas. Esse
aquecimento pode ser por gas, laser ou feixe de eletrons.

Procedimentos de soldagem
Na execugao correta do processo de soldagem, e preciso obedecer aos seguintes procedimentos:

a) Segure o ferro pelo cabo de madeira ou de plastico, de forma semelhante a que voce segura um
lapis ou caneta quando vai escrever

b) Espere ate o ferro chegar a temperatura adequada, ou seja, necessaria para derreter a solda.

c) Limpe ou estanhe a ponta do ferro. d) Encoste a ponta do ferro, ao mesmo tempo, no metal de
solda e na pega que se deseja soldar. Faga uma pressao sem mover a ponta do ferro do lugar

e) Aplique a solda apenas na regiao que deseja soldar. Retire rapidamente a pontado ferro. A solda
devera ficar brilhante.
f) Para limpar ponta do ferro de solda, usar esponja vegetal ou, nao havendo uma, es

Para limpar a ponta do ferro de solda, usa-se esponja vegetal ou, nao havendo uma, es esponja de
ago. Passa-se a ponta do ferro sobre a esponja vegetal umida ate retirar todo o material encrustado.
Nunca se deve lixar ou lixar a ponta do ferro para nao a danificar.
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Furadeiras
Sao equipamentos (maquinas) ou ferramentas utilizadas na execugao de operagoes de furar,
escarear, ou seja, alargar, rebaixar e fazer roscas com parafusos machos. O quadro 4.5 apresenta
alguns tipos de furadeiras.
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Escadas
Em algumas situagoes, o profissional de instalagoes eletricas precisara trabalhar em uma torre, no
teto de uma casa, em uma marquise ou no telhado de uma residencia, portanto as escadas sao a
solugao. Elas sao equipamentos de uso universal, utilizadas para instalagoes e manutengoes variadas.
Ao usar escadas, mostradas no quadro 4.6, alguns cuidados devem ser tomados:
•Escadas de metal conduzem correntes eletricas, portanto nao devem ficar proximas de fios
desencapados ou de redes eletricas.
• Observe se a escada esta apoiada em uma superffcie plana, seca e estavel.

•Fique atento ao peso maximo tolerado pela escada, principalmente, subir com outros objetos.
•Verifique se a escada esta em bom estado de conservagao.

Lembre-se sempre de desenergizar a rede eletrica ao realizar servigos eletricos ou ao efetuar


pequenos reparos na rede de sua casa.
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Instrumentos de medigao eletrica


Os instrumentos de medigao sao equipamentos fundamentais no desempenho de atividades de um
profissional de instalagoes eletrica.

Classificagao quanto as caracteristicas


Quanto as caracteristicas, os instrumentos sao classificados em dois grupos: analogicos e digitais.

Analogicos
Sao aqueles constituldos por bobina movel e ima permanente (BMIP), ou seja, sao eletromecanicos.
Utilizam geralmente um ponteiro e a medida e feita por meio de sua deflexao ao longo de uma escala
graduada, indicadora da grandeza a ser medida, conforme apresentado na figura 4.2.

Digitais
Sao aqueles construldos com dispositivos eletronicos. Geralmente utilizam dlgitos para indicagao de
suas medidas.
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Classificagao quanto a funcionalidade


Quanto a funcionalidade, os instrumentos sao selecionados em dois grupos:

Instrumentos que nao medem grandezas fisicas e instrumentos que medem grandezas fisicas.

Instrumentos que nao medem grandezas


Sao aqueles que apenas detectam a existencia ou ausencia de determinada grandeza em dado
circuito eletrico, como a chave de fenda teste e a lampada teste.

Lampada teste
Trata-se de uma lampada com a fungao de acender quando um dos seus terminais e posto em
contato com um elemento energizado, ou seja, o fio de fase, e o outro e posto em contato com o fio
neutro.

Chave teste tipo fenda


Geralmente, ela se apresenta sob a forma de uma caneta ou chave de parafusos de fenda cujos
terminais sao a ponta da chave (ou da caneta) e a parte superior da ferramenta, na qual o
profissional fecha o circuito utilizando o proprio dedo. Ela auxilia na identificagao do fio fase ou
pontos energizados, pois, quando o circuito e fechado com o dedo, uma lampada neon acende,
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Instrumentos que medem grandezas


Sao aqueles que de fato mede uma grandeza ffsica, como multfmetro, amperfmetro, voltfmetro,
ohmfmetro, wattfmetro, frequencfmetro, osciloscopio e medidor de energia eletrica.

Multimetro ou multiteste
O multfmetro ou multiteste como tambem conhecido, e um dos principais instrumentos de medidas,
bastante utilizado pelo profissional instalador no desempenho de suas atividades, pois como o
proprio nome indica, e constitufdo por multiplos Instrumentos de medidas ou multiplas fungoes. Por
exemplo, os atuais multfmetros possuem as fungoes de amperfmetro de corrente continua (CC) e
corrente alternada (CA), voltfmetro C e CA, ohmfmetro, frequencfmetro, capacimetro, medidor de
temperatura, testador de diodo semicondutor e de transistores PNP e NPN, entre outros. Veja a
seguir um modelo de multfmetro digital e analogico:

Amperfmetro
O amperfmetro e um instrumento de medida de corrente eletrica continua ou alternada de um
circuito. Ele deve ser inserido no circuito em serie com o dispositivo cuja corrente eletrica se deseja
medir. Na figura 4.7. e apresentado o modelo de amperfmetro analogico utilizado para medir
corrente alternada.

I lK'iiii ‘1.7 - Amperfmetro analdglco.


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Voltimetro
O voltimetro e um aparelho utilizado para medir a tensao ou a diferenga de potencial eletrico de um
circuito. Ele deve ser inserido no circuito em paralelo com o dispositivo cuja que da de tensao se
deseja medir

Figura 4.8 - Voltimetro analogico.

Alicate amperimetro ou voltimetro


E um aparelho de medida de corrente eletrica e, tambem, de tensao eletrica. Comumente, e
conhecido como alicate volt-amperfmetro Ele possui uma chave seletora utilizada para fazer a
selegao da grandeza (corrente ou tensao) que se deseja medir.
Se o profissional nao tiver nenhuma ideia do valor da corrente ou da tensao a ser medida, ele devera
ajustar o aparelho para a maior escala de corrente ou tensao, de acordo com o caso, e, em seguida,
reduzir a escala ate selecionar a mais adequada para efetuar a medida.
O alicate amperimetro possui garras que servem para abragar o fio condutor por onde passa a
corrente eletrica a ser medida. Essas garras funcionam como nucleo de um transformador de
corrente: o primario e o condutor e o secundario e uma bobina. A figura 4.9 apresenta um alicate
amperimetro simulando uma medida de corrente eletrica em um fio.

Ao realizar uma medigao em sistema trifasico, o alicate amperimetro devera abragar apenas um fio.
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Ao medir a tensao, esse instrumento possui dois bornes os quais serao conectadas as pontas de prova

Ohmimetro
O ohmimetro e o aparelho utilizado para medir a resistencia eletrica e, tambem, verificar a
continuidade em um circuito eletrico. Ele detecta se ha um fio ligando dois pontos de um circuito.
Atengao: as medidas de resistencia eletrica deverao ser rea. lizadas com o componente ou dispositivo
desenergizado e desconectado do circuito eletrico Modelo de multfmetros (analogico e digital),
selecionados como ohmfmetros, fazendo testes:
• Medida da resistencia de um resistor:

•Teste de resistencia nula (curto-circuitando as pontas de prova):

•Teste de resistencia infinita (pontas de prova livres):


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Wattimetro
O wattimetro e um instrumento de medidas eletricas que combina dois medidores: um de tensao e
um de intensidade de corrente. Portanto, ele possui dois bornes para inserir as pontas de prova do
medidor de tensao e dois bornes para inserir as pontas de prova do medidor de corrente eletrica. A
medigao da potencia eletrica e feita combinando as fungoes do voltlmetro e do amperlmetro.

Wattimetro inserido em um circuito:

O frequenclmetro e um instrumento eletronico de medida utilizado para me medigao da frequencia


de um sinal periodico, que pode ser uma corrente eletrica ou uma tensao alternada. Os
frequenclmetros sao fabricados em dois modelos: digitais e eletromecanicos. O frequenclmetro
digital apresenta um mostrador de cristal llquido do ou de LED e avalia a frequencia medida em Hz,
kHz, MHz e GHz, conforme a escala selecionada; o eletromecanico e usado para medir a baixa
frequencia em rede eletrica.
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Osciloscopio
O osciloscopio e um instrumento de medidas eletricas, composto de uma tela com eixos cartesianos
o horizontal expressa o tempo, o vertical, a tensao. E utilizado para visualizar as formas de onda de
tensao dos dispositivos que compoem um circuito eletrico. Suas pontas de prova sao em pegadas
para fazer contato com o dia positivo ou circuito a ser analisado.

Uma das pontas de prova deve ser ligada a massa ou ao aterramento do circuito, e a outra ponta e
usada para tocar o ponto cujo sinal se deseja medir. Na ponteira, existe uma chave selecionadora
que multiplica a escala por 1 ou por 10, conforme o modelo.

Medidor de energia eletrica


O medidor monofasico de consumo de energia eletrica e composto por duas bobinas: uma de tensao,
ligada em paralelo com a carga, e uma de corrente ligada em serie com a carga. As bobinas sao
enroladas sobre o mesmo nucleo de ferro.
Um disco colocado junto ao nucleo passa a girar, quando uma carga esta ligada com velocidade
proporcional ao consumo de energia. Por meio de um sistema de engrenagens, a rotagao do disco e
transportada a um mecanismo que integra o sistema e faz a marcagao do consumo de energia.
O valor da energia relativa, usada em determinado perfodo de tempo, corres ponde a diferenga entre
duas leituras realizadas: uma no final e outra no infcio do respectivo perfodo. A unidade de medida e
o quilowatt-hora (kWh).
97

ATIVIDADE RESOLVIDA
Ao medir tensao e corrente eletrica, respectivamente, como sao inseridos, em um circuito ou
dispositivo, o voltimetro e o ampenmetro? O voltfmetro deve ser ligado em paralelo com o
dispositivo ou circuito eletrico a ser medido.

O ampenmetro deve ser inserido em serie com o componente ou ramo do circuito eletrico que se
deseja medir.

ATIVIDADES
1) determinado circuito eletrico contem tres lampadas (Li, L2, e L3), uma bateria de forga
eletromotriz (E), uma resistencia interna desprezwel, um ampenmetro (A) e um voltimetro (V),
considerados ideais. As lampadas L2, L3, estao liga das em paralelo entre si e em serie com a
lampada Li, e a bateria. O voltimetro e o amper^metro estao conectados no circuito de forma a
indicar, respectiva mente, a tensao eletrica e a corrente eletrica na lampada L i. O esquema que
representa corretamente a situagao apresentada e:
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2)Observe o circuito a seguir cada circulo representa o local de um aparelho ideal de medida eletrica.
Indique corretamente o circulo do amperfmetro e o do voltfmetro. Qual a leitura indicada em cada
Instrumento?

3) Dado um circuito eletrico residencial com aparelhos eletronicos conectados, entao avalie

a. Os aparelhos eletricos, inclusive as lampadas, da residencia sao ligados em paralelo. O que


aconteceria se fossem ligados em serie?
b. Qual o problema de ligar varios aparelhos eletricos em uma mesma tomada?

c. Por que o fio terra aumenta a seguranga do usuario que esta operando um aparelho eletrico?
4) Considere o circuito eletrico dado a seguir, no qual ha um voltfmetro conectado, medindo a tensao
da rede. O aparelho esta corretamente ligado? Por que?

5)Dados os circuitos eletricos a seguir:

a. So o amperfmetro do circuito I esta ligado corretamente.

b. So o voltfmetro do circuito Il esta ligado corretamente.

c. Ambos estao ligados corretamente.


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d. Nenhum dos aparelhos esta ligado corretamente.


e. No circuito I, ha um voltfmetro e, no circuito II, um amperfmetro.

6)Considere o circuito a seguir cuja tensao da rede eletrica e 220 V. As potencias nominais
das lampadas sao: Li, (60 W - 220 V) e L2, (40 W - 220 V).

Sabendo que a corrente do circuito e a medida pelo amperfmetro, calcule a potencia


dissipada por cada lampada.
7)Com relagao a seguranga em atividades com eletricidade, descreva a causa do choque no
homem da imagem a seguir:

8) Um medidor de energia eletrica de determinada residencia registrou a leitura de 4 625


kWh em determinado mes do ano. No mes seguinte, apresentou a leitura de 5 143 kWh.
Qual o consumo registrado, em kWh, pelo proprietario dessa residencia no perfodo
considerado?

9) Algumas ferramentas sao submetidas a tempera. Qual a finalidade da tempera?

10) Quais os tipos de alicates mais usados por eletricistas?

11) Enumere os cuidados basicos que devem ser observados ao usar escadas.
100

Materials Eletricos
e Simbologia
Grafica
Aqui sao apresentados os conceitos dos principais materiais eletricos, representando-os,
paralelamente, pelos slmbolos tecnicos utilizados em projetos e diagramas. Evidenciam-se, assim, os
materiais: lampadas, interruptores, disjuntores, caixa de distribuigao, tomadas e condutores O
capltulo e fechado com uma breve introdugao sobre os sistemas de distribuigao de energia visando o
atendimento de ligagoes residenciais em redes eletricas.

Os slmbolos dos componentes eletricos apresentam dos estao de acordo com a NBR 5444 de 28 de
fevereiro de 1989, que trata de slmbolos graficos para instalagoes eletricas prediais. A Associagao
Brasileira de Normas Tecnicas (ABNT) cancelou essa norma em 10 de novembro de 2014, justificando
que atualmente o setor usa os slmbolos da IEC 60417 e 60617. A Comissao Eletrotecnica
Internacional (IEC) tem a missao de fazer a normatizagao das eletro tecnologias. Como havera um
perlodo de transigao para a adesao total do setor as normas internacionais, mantiveram-se os
slmbolos da NBR 5444.
Os componentes eletricos serao representados em tres principais diagramas:

• Diagrama funcional - Os componentes do circuito sao desenhados com clareza e a logica de


funcionamento e de facil interpretagao.

•Diagrama multifilar - Expressa o diagrama funcional por meio de slmbolos normatizados.


•Diagrama unifilar - Descreve linearmente o dia grama funcional.
101

Lampadas
Transformam a potencia eletrica em potencia luminosa e termica.

Lampada fluorescente
Composta por um gas confinado em um tubo de vidro, revestido internamente por um material
fluorescente, a base de fosforo, que emite luz ao ser excitado pela radiagao gerada pelo gas.

Eis as vantagens e desvantagens das lampadas fluorescentes em relagao as incandescentes:

Vantagens:

• Geram uma economia de aproximadamente 80% de energia eletrica.

• Tem uma vida util de ate dez vezes mais.

• O calor que emitem e 70% menor Desvantagens:

• Nao podem ser descartadas no lixo comum


• Contem mercurio e fosforo, que sao contaminantes qu^micos que podem poluir os rios, solo, ar
etc.
102

As lampadas fluorescentes podem existir nas seguintes modalidades:

• tubular • circular • compacta globo:

• compacta espiral • compacta dupla •compacta tripla:

• compacta quadrupla.

O LED, BS ingles Light Emitting Diode (Diodo Emissor de Luz,


transforma a energia eletrica em luz. As lampadas de LED tem
uma vida util de 50 mil horas (aproximadamente dez anos e
apresentam, em comparagao com as compactas atual mente no
mercado, uma economia no consumo de energia que varia entre
70% e 90% para o consumidor existe uma aparente desvantagem,
que prego elevado, no entanto, ele e facilmente com pensando
com a redugao no valor da fatura mensal e tambem pela vida util
longa da lampada.

Lampada incandescente e fluorescente compacta


A lampada incandescente apresenta um bulbo de vidro revestindo um filamento de tungstenio que,
quando percorrido pela corrente eletrica, aquece e emite luz

A lampada fluorescente compacta contem um reator integrado e apropriado para ser conectado em
soquetes (bocais) de lampadas incandescentes. Princlpio de funcionamento: a estimulagao eletrica de
gases inertes a baixa pressao transforma raios ultravioleta em luz branca.

Legends:

f
£ possivel indicar 0 tipo de llmpadj colocwdo

\/\J
\ .10 lado do slmbolo o c6dlRO
correspondcntc Ne «= neon; Xe *
xenon; Na 3 vapor de sddio:
Hg « merctirio: 1 3 iodo) IN - incandescente FL
= fluorescente: LED * diodo emissor de lux.
Figura 5.6 - Simholo de llm pa das em geral (multlfilar).

WX
.— .i Legends:

( ) a polfncu (V00 W) de coda uma A letra m*nu' V —y


\ Ponto de lui no leto. Nvimerode Uinpodas 1- f
aila (a)
Indtca o ponto de comando e o mimere
* " fiuie os tracos (-4*), ocnwito.
Ftguri1 5.5 - Lflmpadas:
(3) in<candescent*:
Figura 5.7 - Stmbolo para plant# arqultetdntca (unlftlarl
(b) fliloresccnte compacta.
103

tic de/embro dc 2U10, do Ministcno d


Specifico quo define os nlvcis minimos d
jgenics As d.atas-limite para fabricacao
Jndescentes para fins dr (.umcri.ijltzar.ao raj pais, quo 11 1
. „ i expiraram e sSo:
a) 61 a 100W 30 dejunho de 2013.
b) 41 a 60 W- 30 de junho de 2014.
c) Ate40W-30 de junho de 2015.
2. 0 ponto de fusao do metal tungst§nio 6 de 3 400 °C, permitindo, portanto, urn a temp-ratura
do filamento em torno de 2 500 °C.
3. A vida util de uma lampada incandescente varia entre mil e se;s mil boras.

No quadro 5.1, esta a representagao grafica das lampadas.


104

Interruptor
E um dispositivo usado para abrir ou fechar circuitos eletricos.

Interruptor simples
Comanda lampadas de um so ponto. Apresenta, no verso, dois para fusos terminais para a conexao
dos condutores de fase e retorno.

Interruptor simples com duas teclas


Cada tecla comanda lampadas de um so ponto. Apresenta, no verso, quatro parafusos terminais para
a conexao dos condutores.
105

Interruptor simples com tres teclas


Cada tecla comanda lampadas de um so ponto, apresenta, no verso, seis parafusos terminais para
ligagao dos condutores.

Interruptor paralelo
Contem tres terminais com parafusos no verso e e utilizado para comandar lampadas de dois pontos
distintos

Interruptor intermediary
Contem quatro terminais com parafusos e e utilizado entre dois interruptores paralelos para acionar
uma lampada de tres ou mais locais diferentes.
106

Interruptor bipolar
Dispositivo eletrico que comanda pontos de luz ligados entre condutores de fase e fase. O interruptor
bipolar simples apresenta quatro terminais de parafusos e acionado por uma unica tecla.

O quadro 5.2 mostra a representagao grafica de interruptores:

aJ s Interruptor simples (uma teda)

-0*0

(To
a
CD" s2 Interruptor simples (duas tedas)

■0^0
0^0 S,
Interruptor simples (tr§s tedas) ^
0^0-
c letras minus-culas indican
os pontos ae

i*
S.
Interruptor para- l"J 1 : lelo ou three-
(Sp) way

& 1fj s*
(Si)
Interruptor iniermedi^rio ou four-
way

b
b® 0 Botao de campainha na
parede
107

Disjuntores
Disjuntor e um dispositivo de manobra e protegao que abre automaticamente o circuito eletrico
quando a corrente e superior tolera. Os disjuntores sao dispositivos seccionadores de corrente

Fungoes basicas:

• proteger os condutores:

• permitir o fluxo natural da corrente:

• garantir a seguranga de pessoas e equipamentos.

Disjuntor termomagnetico (DTM)


Atua contra a corrente de sobrecarga (efeito da temperatura) e contra a corrente de curto-circuito
(efeito eletromagnetico). Os disjuntores termomagneticos interrompem os condutores de fase.

Tipos de disjuntores termomagneticos:

• Unipolar - Protege um condutor de fase.

• Bipolar - Protege dois condutores de fase.

• Tripolar - Protege tres condutores de fase.


108

Interruptor diferencial residual (IDR)


Interruptor conjugado com um sensor que detecta as correntes de fuga.

Utilizado em instalagoes de baixa tensao, de corrente residual ate 30 mA (0,03 AO IDR e sensfvel a
fuga de energia do circuito, portanto, ele abre (desarma) quando, por exemplo, ha o contato direto
ou indireto de pessoas com partes energizadas
• Contato direto - A pessoa toca diretamente no condutor

• Contato indireto - A pessoa toca em algum aparelho acidentalmente energizado por fuga de
energia do circuito.

Fungoes basicas do IDR:

• Proteger as pessoas contra choques eletricos

• Proteger os equipamentos e patrimonio: evita incendio.


O IDR. que protege as pessoas e o patrimonio deve ser instalado em conjunto com o disjuntor
termomagnetico (DTM), que protege o circuito contra sobrecarga e curto-circuito. A corrente do IDR
nao deve ser menor do que a corrente do DTM

A norma NBR 5410 estabelece que o dispositivo DR seja obrigatorio nos casos seguintes:

• Em circuitos que alimentam pontos de areas normalmente molhadas ou sujeitas a lavagem:


cozinha, copa, garagem, banheiro, area de servigo e lavanderia.
• Em circuitos que alimentam tomadas em area externa a residencia.

•Em circuitos que alimentam tomadas em areas internas e que, eventualmente, possam alimentar
aparelhos em area externa.
109

Disjuntor diferencial residual (DDR)


Incorpora as fungoes do DTM e do IDR, portanto proteste as pessoas e, tambem, o circuito de
sobrecarga e curto-circuito,

O quadro 5.3 mostra a representagao grafica de disjuntores

Quadro de distribuigao
Caixa protetora dos disjuntores que sao os pontos de partida dos circuitos ter minais alimentadores
da residencia. O quadro de distribuigao e alimentado pelo quadro medidor.
110

Capacidade de reserva dos quadros de distribuigao

A NBR 5410 determina que todo quadro de distribuigao deve ter uma capacidade de reserva, isto e,
permitir ampliagoes futuras de acordo com o projeto inicial.

A previsao de reserva obedece aos criterios:

a) Quadros com ate seis circuitos: no mlnimo, dois circuitos.

b) Quadros com sete a 12 circuitos: no mlnimo, tres circuitos.

c) Quadros com 13 a 30 circuitos: no mlnimo, quatro circuitos.

d) Quadro com mais de 30 circuitos: no mlnimo, 15% dos circuitos.


O circuito de distribuigao e aquele que alimenta o quadro de distribuigao a partir do quadro medidor.
Veja no quadro 5.4 a representagao grafica da caixa de distribuigao.
111

Advertencias requeridas nos quadros de distribuigao


Segundo a NBR 5410, os quadros de distribuigao destinados a insta lagoes residenciais devem conter
a seguinte advertencia impressa:

Advertencia
SS2* 5
S“«erUau™ ? b"a° a'C“l’° “
nlesmpnto r ' ^un ores ou ^U5,veis por outros de mator cocrento sim' omo regra a
troca de um dlsjuntor ou fusivel por outro de
Ho ™ CQfT0n*0 rBdUer, antes, a troca de cabos e fios el6tncos por outros ae
mator segSo (bitola).

a mesma forma, NUNCA desative ou remova a chave automAtica de


prolegSo contra choques etOtncos (dispositivos DR) mesmo em caso de
desligamento sem causa aparente Se os desllgamentos forem fre-
quentes e, principalmente. se as tentativas de religar a chave n«Jo bve-
rem fixito, Isso significa, multo provavelmente, que a instalagdo apfe-
sonta anomalias Intemas que s6 podem ser identificadas e corrtgidas por
profisstonals quallficados. A DESAT1VAQAO OU REMOQAO DA
CHAVE SIGNIFICA A ELIMINAQAO DE MEDIDA PROTETORA
CONTRA CHOQUES ELdTRICOS E REPRESENTA RISCO DE MORTE
PARA OS USUARIOS DA INSTALACAO.

Tomadas
A tomada e um dispositivo terminal de energia para conexao de plugues (pinos) de equipamentos
eletricos.

Figura 5.31 - Simbolo para circuito e!


6trico (multifilar].

300
V'A -3-

Oriflcio 4,8 mm Orificio 4 mm Figura 5.32 - Simbolo para planta


’ arquitet&nica (unifilar).
Figura 5.30 - Tomadas: (a) oriflcios de 4,8 mm;
(b) orificio de 4 mm. .
112

Padrao atual de TUG (tomada de uso geral) e TUE (tomada


de uso especifico)
Ha dois tipos de plugues (pinos): a) plugues com diametros de 4 mm, para aparelhos com corrente
nominal de ate 10 A; b) plugues com diametros de 4,8 mm, para equipamentos de cor rente nominal
entre 10 A e 20 A.
As tomadas de corrente nominal de ate 10 A sao denominadas TUGs; as tomadas de corrente
nominal entre 10 A e 20 A sao chamadas TUES.
Aparelhos fixos com corrente nominal entre 10 A e 20 A tem circuitos independentes, isto e, iniciam,
no quadro de distribuigao, com um disjuntor proprio.
113

Condutores
Condutores sao fios ou cabos metalicos, geralmente cillndricos, uti lizados para transportar energia
eletrica ou transmitir sinais eletricos.

Dentro de um eletroduto, os condutores sao representados grafica mente de acordo com o quadro
5.6.

Redes de distribuigao de energia


As instalagoes residenciais sao alimentadas por redes de distribuigao de responsabilidade das
concessionarias de energia.

Sistema de distribuigao de 380/220V


r( T —f--
1
—p— 3 BO V Legends:
--- jmi V p . P,use; N - Ncuiro.
------—— _. „ .___^ r... • V.
—- irnsiin CIIIIW in« v —*
Tunsflo cnirc f.m* c faso: 380 V.

tsssissr"*1
is

"

As case* «.\o llgadai alternada* p.ira nunter o


i3 equilibria entt» la*cs.
220 V 220 V
220 V

r, n SIM« ,MI , ,ir .li- i 1 m lie300/220 V.


114

Sistema de distribuigao 220/127 V

Circuitos de entradas residenciais por dois condutores:


condutor
•Circuito monofasico (2 fios) - E composto de fase e condutor neutro.

•Circuito bifasico (3 fios) - E formado por tres condutores: dois condutores de fase e um condutor
neutro.
•Circuito trifasico (4 fios) - Circuito formado por quatro condutores: tres condutores de fase e um
condutor neutro.

O tipo de circuito de entrada e definido em fungao da carga (potencia]instalada na residencia. As


normas da concessionaria local devem ser consultadas

ATIVIDADES
1) O filamento da lampada incandescente, na tabela periodica dos elementos qulmicos, pertence a
famflia dos:

a, semimetais;

b. nao metais;

C. metais;

d. artificias;

e. gases nobres.
115

2) O Simbolo grafico a seguir representa

a. Duas lampadas incandescentes no teto, com potencia de 100 W cada, pertencentes ao circuito 4.
b. Duas lampadas incandescentes no teto, com potencia total de 100 W, pertencentes ao circuito 4
c. Uma lampada incandescente no teto, com potencia de 200 W. pertencente ao circuito 4.

d. Uma lampada incandescente no teto, com potencia de 100 W, pertencente ao circuito 2.

e. Uma lampada incandescente no teto, com potencia de 100 W, instalada a 2 m de altura,


pertencente ao circuito 4. descartadas no lixo

3) Considere as alternativas:

1. As lampadas fluorescentes nao devem ser comuns.

2. As lampadas fluorescentes contem contaminantes qulmicos.

3. As lampadas incandescentes aquecem 70% mais do que as fluorescentes.

4. As lampadas incandescentes consomem menos energia.

Identifique a soma das sentengas verdadeiras

a. 7

b. 9 C. 8

d. 6.

e. 10
4) O simbolo grafico a seguir, segundo a representagao usual, remete a um interruptor:

S3

a. paralelo; c. b. simples de tres teclas, d. simples

bipolar; acionando tres lampadas;


116

e, intermediario

5) O disjuntor termomagnetico (DTM):

a. atua contra sobrecarga e corrente de curto-circuito:

b. protege exclusivamente as pessoas;


c. nao pode ser instalado no mesmo circuito com o IDR (interruptor diferencial residual):

d. detecta fuga acidental de energia em instalagoes de media tensao; e nao pode ser instalado em

circuitos monofasicos:

6) No sistema de distribuigao 380/220 V, a tensao entre as fases vale:

a. 127 V. b. 220 V c. 110 V.

d. 380 V. e. 600 V
7&Considere o modelo do sistema de distribuigao a seguir e faga a ligagao de cinco casas de entradas
monofasicas:

8) No diagrama em planta, e preciso indicar a segao (bitola) do condutor, exceto se ela tiver:

a. 1,5 mm b. 6 mm C. 10 mm d. 2,5 mm e. 4 mm
9) O novo padrao de tomadas apresenta dois tipos de plugues (pinos). Os pinos de tomadas com
aparelhos de corrente nominal de ate 10 A tem diametro:

a. 1,5 mm b. 2,5 mm C. 4 mm

d. 4,5 mm e. 4,8 mm

10) Desligamento frequente de um disjuntor e sinal de sobrecarga, portanto e preciso:

a. substitui-lo por outro de maior corrente nominal;

b. retira-lo do circuito;

c religar o disjuntor quantas vezes forem necessarias,

d. chamar um tecnico eletricista para analisar e corrigir o problema;

e. substitui-lo por outro de menor corrente nominal.


117

► Condutores
e Eletrodutos
Neste capltulo, sao abordadas a definigao e construgao de condutores. Quanto a flexibilidade,
mostra-se a classificagao dos condutores, diferenciando-os em Fungao da secgao transversal.
Apresenta-se, tambem, a conversao de medida de condutores da escala metrica, usada no Brasil,
para o codigo americano AWG
De forma pratica, e feito o dimensionamento de conduto res de fase, neutro e de protegao,
utilizando o metodo da queda de tensao e, tambem, da capacidade de condugao de corrente.
O texto encerra-se com o dimensionamento, por meio de situagoes reais, de eletrodutos pelos
metodos: condutor de maior diametro e calculo de area de condutores e eletrodutos.

Condutores
Condutores sao fios ou cabos metalicos, geralmente cillndricos, utilizados para transportar energia
eletrica ou transmitir sinais eletricos
Olhando a secgao transversal (bitola) dos condutores cillndricos de frente, tem-se:

Alma condutora (fio)

Camada isolante

V
Figura 6.1 - Secgao transversal de um condutor.
118

• Alma condutora - Fio ou conjunto de fios que formam o nucleo central de um cabo

• Camada isolante - Camada constitulda por um material isolante. A camada isolante impede que a
corrente gerada pela tensao se apresente em torno do cabo atualmente, os materiais isolantes mais
comuns sao: o cloreto de polivinila, conhecido como PVC (polyvinyl chloride), EPR (borracha etileno -
propileno) e XL.PE (polietileno reticulado).
• Cobertura - Revestimento externo nao metalico e continuo, sem fungao de isolagao. A cobertura
protege a camada isolante de agressoes: ataque de agentes qulmicos, impactos, cortes etc. O
revestimento e, geralmente, termoplastico e define a cor do fio ou cabo,
- No revestimento externo (cobertura) devem ser impressas, de forma legfvel, as mlnimas
informagoes:

a) Nome e/ou marca do fabricante.

b) Segao nominal do condutor (mm").

c) Material:

- Da alma condutora: cobre ou alumlnio;

- Da camada isolante: PVC, por exemplo:

- Da cobertura

d) Tensao de isolamento.

e) Ano de fabricagao,

f) Numero da norma.

Caracterfsticas dos cabos:

a) Resistencia a propagagao de chamas.

b) Resistencia as intemperies.

Identificagao da cobertura dos condutores em uma instalagao, segundo as cores (NBR 5410):
a) Condutor neutro: azul-claro.

b) Condutor de protegao (terra): verde e amarelo ou verde.

c) Condutor de fase: qualquer cor, exceto as anteriores. As cores mais utilizadas no condutor de
fase sao: branca, preta ou vermelha.
119

Classificagao dos condutores quanto a flexibilidade


Segundo a NBR NM 280, quanto a flexibilidade, os condutores dos classificados da seguinte maneira:

• Fio rlgido - Metal Linear macigo e flexfvel, geralmente utilizado como condutor eletrico. A seguir, as
representagoes da secgao transversal do fio (bitola) e do aspecto ffsico.

•Condutor encordoado - Componente formado pela agao de torcer fios ou grupos de fios em torno
de um eixo imaginario. Tem o formato semelhante ao de uma corda. A figura 6.3 mostra, uma
representagao de sua secgao transversal.

• Condutor flexfvel - Constituldo pelo encordoamento de fios de diametro reduzido.

Cobertura

Ingvar B|oik/Shuncrstock

L camada isolante ____


120

A NBR 5410 admite, exceto em casos especiais, uma queda maxima de tensao de 4%

Os aparelhos eletricos sao projetados para trabalharem dentro de uma faixa -limite de
tensao, sofrendo uma pequena variagao, chamada de tolerancia. Em valores percentuais, o
calculo da variagao de tensao e simples:

Em que:

• U (%) - Variagao da tensao em porcentagem.

• Un - Tensao nominal (127 V ou 220 V).

• Uc - Tensao na carga.

Isolando o R, tem-se:

Sabe-se, tambem, que a resistencia e dada por:

Em que:

• p- Resistividade do material condutor (12 mm / m),

• L- Comprimento do condutor (m)

• A- Area da secgao transversal (bitola) do condutor (mm)


Em circuitos com dois fios, monofasicos ou bifasicos, a equagao apresenta-se desta forma:

R = 2p_
,, „rn/, „ L_UB-U(%1
Como R = —HI—L, logo, igualam-se as equagoes. 2p ^ ^
100-I . .. . p
u„ • U(%) • A _ Lembrando que 1 -
U
200 ■ p
que podem ser reescritas assim: L • I = nominal (V] e 1 - corrente (AH, entao:

f(p - pot^ncia nominal (W); Un - tensao


p U • U (%) • A
n- "v_

200 • p
121

Imediatamente, deduz-se a formula para a carga maxima, em cada metro de comprimento,


tolerada por um condutor de fase:

Em que:

• Comprimento do condutor (m)

• Pn - Potencia (W).

• Un- Tensao de instalagao: 127 V ou 220 V.

• A- Area da bitola do fio (mm)

• U(%) - Porcentagem da queda de tensao

• p- Resistividade do material condutor.

Resistividade do cobre (material condutor mais comum):

Em consonancia com a NBR 5410, e estabelecida a secgao minima dos condutores:

• Circuitos de iluminagao: 1,5 mm

• Circuitos de forga (TUGs e TUES): 2,5 mm.

ATIVIDADES RESOLVIDAS
1)Calcule a maxima potencia suportada, em cada metro de comprimento, por condutor de
cobre de secgao 1,5 mm, considerando as tensoes de 127V e 220 V, tambem, uma queda
de tensao de 2%.

- —= 14 032.23 W m 1
1,5 2

58 42

42 108,00 Wm
122

Repetindo os calculos anteriores para varias segoes, padroniza-se a tabela 6.2 para dimensionamento
do condutor de fase pelo metodo da queda de tensao. O material do condutor e o cobre, e a queda
de tensao media e de 2%

2)Um ar-condicionado de 18 000 BTU/h (2 600 W), tensao de 220 V, esta a 12 m do quadro de
distribuigao. Dimensione o condutor de fase para esse circuito.
Nao £ necessario usar a formula, apenas a tabela 6.2.
P • L = 12 • 2 600 = 31 200 W-m
Verificando a tabela 6.2, observa-se que 31 200 < 42 108 (maxima carga tolerada por urn fio
de secgao 1,5 mm2), portanto o condutor sena esse, mas a norm* determine que, para
circuitos de forga (circuitos de tomadas), a secgao minima ao condutor deve ser 2,5 mm2.
Conclusao: condutor de 2,- r m .

3)Um ar-condicionado de 18 000 BTU/h (2 600 W) e tensao 127V esta a 12 m do quadro de


distribuigao. Dimensione o condutor de fase para esse circuito.

= 2 600 • 12 = 31 200 W-m


123

4) A potencia total de um circuito de iluminagao e 48o w e tensao 220 V. O comprimento


do circuito e de 25 m, dimensione o condutor de fase.
P, • L 480 2S 12 000 W m

Consultando a tabela 6.2, observa-se que 12 000 < 42 108 (carga maxima tolerada),
portanto, como o circuito e de iluminagao, indica-se um condutor de secgao 1,5 mm 2
5) Determine os condutores de fase para os dois circuitos de uma sala e, tambem para o
circuito de distribuigao. O circuito 1 (4 000 W) e de um ar-condicionado, e o circuito 2, de
iluminagao.

a. Circuito 1 (forga: tomada do ar-condicionado):

P • L = 4 000 • 16 = 64 000 W-m


Na tabela 6.2, compara-se: 64 000 < 70 180; portanto, condutor de secgao 2,5 mm 2

b. Circuito 2 (iluminagao):
p • L = 60 • 5 ~ 300 W-m
p ■ L = 100 • 9 = 900 W-m
P • L = 100 • 16 = 1 600 W-m
d tem-se- P • L = 300 + 900 + 1 600 = 2 800 W-m. s°man o _ ^ observa.se; 2 800 < 42 108. portanto
condutor

c. Circuito de distribuigao - circuito entre o quadro de medigao (QM) e o quadro de


distribuigao (OD):

P • L = (4 000 + 260) • 20 = 4 260 • 20 = 85 200 W-m


Observa-se na tabela 6.2 que 85 200 < 112 288. portanto, condutor de
secgao 4 mm2.
124

Observa-se na tabela 6.2 que 85 200 < 112 288, portanto, condutor de secgao 4 mm 2

Ao medir um circuito, considere o comprimento do condutor que inicia no quadro de


distribuigao (QD) e vai ate a carga considerada. Medida aproximada, evidentemente.

Considere o diagrama em planta de uma lampada de 60 W, tensao 220 V, acionada por um


interruptor simples: Dimensione o condutor de fase.

Dimensionamento do condutor de fase pelo metodo da


capacidade de condugao de corrente
Capacidade de condugao de corrente de condutores de cobre com isolagao de PVC. Os
condutores ou cabos unipolares passam em eletroduto de secgao circular embutido em
alvenaria.

0.5 8
0,75 10
1 12
15 15.5
2.5 21
4 28
6 36
10 50
16 68
25 89
35 110
50 134
125

2)Em um circuito de iluminagao a secgao dos condutores e 1,5 mm 2 (14 AWG). Sabendo
que a tensao e de 220 V, calcule a quantidade de lampadas de 60 W que podem ser ligadas
nele simultaneamente.
Sabe-se que I = — Logo, a corrente consumida por caba lampaca sera
(J
I = = 0,27 A. Como o fio tolera uma corrente maxima de 15.5 A
220
(tabela 6.3), entao a maxima quantidade de lampadas I gadas simultaneamente e dada pela
regra de tres:
1 lampada-- 0,27 A
X -15,5 A

X = = 57 lampadas de 60 W
0,27
126

Dimensionamento do condutor neutro


Em circuito monofasico, o condutor neutro deve ter a mesma secgao do condutor de fase.
Para o mesmo material do condutor de fase e do neutro, tem-se a tabela 6.4

Atengao: nunca se deve colocar um dispositivo de protegao (disjuntor) no condutor neutro, mas
sempre no condutor de fase

ATIVIDADE RESOLVIDA
Dimensione os condutores de fase e neutro para o circuito de uma copiadora de 3500 W/220 V,
situada a 16 m do quadro de distribuigao.
P„ • L = 3 500 • 16 = 56 000 W m

Consultando a tabela 6.2, v§-se que 56 000 < 70 180 (carga maxima tolerada),
portanto, o condutor de fase tern secgao de 2,5 mm\ Da tabela 6.4, extrai-se a
secgao do condutor neutro: 2,5 mm ;.
127

Dimensionamento do condutor de protegao (terra)


Dimensionamento do condutor de protegao constitmdo do mesmo material do condutor de fase:

ATIVIDADE RESOLVIDA
Dimensione os condutores para o circuito de um micro-ondas de 2 000 W/220 V, situado a 13 m do
quadro de distribuigao.

P . L = 2 000 • 13 = 26 000 W m
n

Verificando a tabela 6.2, percebe-se que 26 000 < 46 108 (carga


maxima tolerada), portanto, a sec?ao do condutor de fase seria
1.5 mm2, mas para circuito de tomada (for^a), a sec$ao minima
do condutor de fase e 2,5 mm2. Conclusao: condutor de fase:
2.5 mm2; condutor neutro: 2,5 mm2 (tabela 6.4); condutor de
prote?ao: 2,5 mm2 (tabela 6.5).
128

Eletrodutos

Definigao e taxa maxima de ocupagao


Eletroduto e um elemento de segao circular, quadrada ou retangular destinado a passagem de
condutores em uma instalagao eletrica.

Figura 6.11 - Eletrodutos de I’VC; (a) bobina; (b) rlgido (roscavel)

Segundo a NBR 5410, em qualquer situagao, os eletrodutos devem suportar as solicitagoes


mecanicas, qulmicas, eletricas e termicas a que forem submetidos nas condigoes da instalagao.
Nao e permitida a improvisagao de mangueiras ou tubos como eletrodutos. Os condutores devem ser
instalados nos eletrodutos com facilidade, portanto e limitada a taxa maxima de ocupagao:
• 53% para um condutor ou cabo passando por um eletroduto.
129

•31% para dois condutores ou cabos passando por um eletroduto

• 40% para tres ou mais condutores ou cabos passando por um eletroduto

Por efeito joule, todo condutor percorrido por uma corrente eletrica sofre aquecimento, portanto o
espago dentro do eletroduto nao ocupado pelos condutores facilita a dissipagao do calor.

Padronizagao dos diametros nominais dos eletrodutos:

Tabela 6.6 - Diametros nominais de eletrodutos

Dimensionamento de eletrodutos

Primeiro metodo: dimensionamento pelo condutor de


maior diametro
Criterios praticos:

• Conta-se a quantidade de condutores que passarao pelo eletroduto.


130

• Dimensionar o eletroduto em fungao do fio de maior secgao trans versal (bitola). Por
exemplo: em um eletroduto deverao passar dois fios de secgao 1,5 mm 2 e dos fios de
secgao 2,5 mm2; portanto, contam-se quatro fios de 2,5 mm 2.

Consulta-se a tabela-padrao a seguir, que sugere, para fios e cabos, uma pogao maxima dos
eletrodutos de PVC

ATIVIDADE RESOLVIDA
Dimensionar um eletroduto para a instalagao

Os fios do circuito 1 tem secgao de 2,5 mm 2, e os do circuito 2, de 4 mm 2

a. Dois fios no circuito 1, mais tres fios no circuito 2, perfazendo um total de cinco fios
131

b. A maior secgao e 4 mm2, portanto, considera-se os cinco fios com secgao de 4 mm cada
c. Consultando a tabela 6.7, tem-se! vertical: cinco condutores no eletroduto: horizontal:
secgao de 4 mm2- Na intersecgao da coluna com a linha, encontra-se o diametro nominal
do eletroduto: 20mm.

Segundo metodo: calculo da area do eletroduto e dos


condutores
A area de um cfrculo e dada por:

Em que:

• R = D/2

• R- Raio do cfrculo.

• D- Diametro.
Substituindo-se o raio (R) por —, tem-se a formula a seguir.

A = 71 C° J2 4

Em que:

• A- Area util interna.

• Dint- Diametro interno do eletroduto (mm)

ATIVIDADE RESOLVIDA
Calcule a area de ocupagao maxima do eletroduto rigido de PVC com 1 polegada de
diametro. 2
D . = 16,4 mm; n = 3,1415.

A - 71 (16,4)- _ 211,23 mm’


4

Como os condutores so podem ocupar 40% (40/100 = 0,4) dessa area, entao:

A - 40
• 711 33 = 84,49 mm2
100
132

Obs.: para facilitar a consulta da area, ela foi aproximada para 85 mm2.

Para evitar calculos cansativos, a area util de ocupagao dos eletrodutos em fungao do diametro
nominal de cada condutor esta exposta na tabela 6.8.

De maneira similar, sao calculadas a area util e a area de ocupagao maxima pelos condutores dentro
do eletroduto bobina (corrugado), conforme expresso na tabela 6.9.

A area total ocupada pelos condutores dentro do eletroduto e calculada pela formula a seguir e
expressa na tabela 6.10.
133

Em que:

• A- Area total do condutor.

• Dext - Diametro externo do condutor (alma, isolagao e cobertura)

O diametro nominal corresponde apenas ao diametro da alma condutora.

16.10 - Area total


ocupada polos condutore

mam
15 3.0 7.1
2.5 3.7 10.7
4 4.2 13,8
6 4,8 18,1
10 5,9 27.3
16 6.9 37,4
25 8,5 56,7
35 9,5 71,0
50 11,5 104,0

Dimensionar um eletroduto bobina por onde passarao: dois fios de secgao 1,5 mm 2 e tres
fios de secgao 2,5 mm2.

Na tabela 6.10, tem-se: area dos dois fio 14,2


mm'.
Na tabela 6.10, terns;e: 3rea dos tres fios de secgao 2,5 mrtr : 10,7 + 10,7 +
10,7 = 32,1 mm'.
;|os condutores = 14,2 + 32,1 = 46,3 mnv.
Area total ocupada p<
Consultando a tabela6.9 (eletroduto bobina), observa-se que 46,3 < 75 (area ),
maxima de ocupagao
portanto, o eletroduto tera diametro de 20 mm.

ATIVIDADES

1)Os condutores, segundo a NBR 5410, podem ser identificados pelas cores:

a. Neutro: verde; fase: azul-claro; protegao: amarela.

b. Neutro: azul-claro; fase: verde ou verde e amarela; protegao: preta,


134

c. Neutro: azul-claro; fase: vermelha; protegao: verde ou verde e amarela.

d. Neutro: preta; fase: vermelha; protegao: azul-claro.

e. Neutro: vermelha; fase: azul-claro; protegao: verde amarela.

2) O condutor e constituldo por:

a. Camada unipolar, camada isolante e cobertura.

b. Alma condutora, camada isolante e cobertura

c. Alma condutora, camada neutra e camada isolante.

d. Alma protetora, camada isolante e camada neutra.

e. Camada de fase, cobertura e camada neutra.


3) Uma das caracterfsticas dos cabos e a resistencia a propagagao de chamas. Os fios e
cabos percorridos por uma corrente eletrica aquecem em fungao do efeito:

a. Watt. b. Ampere.

c. Volt. d. Joule.

e. Ohm
4) Em uma festa na zona rural, para a iluminagao do patio, foi comprado o fio de secgao 1,5
mm2. Sabendo que a tensao e 220 V, calcule quantas lampadas de 100 W podem ser ligadas
no circuito simultaneamente.

a. 13 lampadas. b. 23 lampadas

c. 34 lampadas. d. 43 lampadas.

e. 53 lampadas.
5) As secgoes mlnimas dos condutores para circuitos de iluminagao e de tomadas sao,
respectivamente:

a. 1,5 mm2 e 4 mm2 b. 1,5 mm2 e 1,5 mm2

c. 2,5 mm2 e 2,5 mm2 d. 1,5 mm2 e 2,5 mm2

e. Nao existe secgao minima para os condutores.


6) Calcule a carga maxima suportada, em cada metro de comprimento, por um condutor de
cobre de secgao 2,5 mm2, considerando a tensao de 220 V e uma queda de tensao de 3%:

a. 1 052 W^m.
135

b. 10 527 W^m.

c. 105 270 W^m.

d. 15 270 W^m.

e. 1052 700 W^m.

7) um ar-condicionado de 30 000 BTU/h (3 600 W), 220 V, esta situado a 17 mdo quadro de
distribuigao. O condutor de fase indicado para esse circuito tera secgao de:
a. 4 mm2 b. 6 mm2

c. 1,5 mm2 d. 2,5 mm 2

e. 10 m2

8)Considere o diagrama de um circuito de distribuigao residencial e dimensione os


condutores: fase e neutro.

9) Considerando uma queda de tensao de 2% e tensao de 220 V, dimensione os condutores


(fase, neutro e protegao) para cada um dos tres circuitos da instalagao residencial: circuito
1: TUE (ar-condicionado de 2 600 W); circuito 2: iluminagao; e

10) Dimensionar um eletroduto rlgido para a instalagao a seguir, pelos metodos:

a. condutor de maior diametro:

b. area util de ocupagao maxima.


136

Os condutores do circuito 1 tem secgao de 4 mm 2, e os do circuito 2, secgao de 2,5 mm 2

Calculo de Consumo e
Nogoes de Economia
de Energia Eletrica
Ate o fim do seculo XX, as companhias de distribuigao de energia eletrica estimulavam o
consumo exacerbado, pois assim aumentavam os lucros. No entanto, houve um sensfvel
crescimento do numero de consumidores residenciais, comerciais e industriais e, por falta
de planejamento e investimentos, o setor eletrico brasileiro nao acompanhou a demanda.
Logo, chegou-se a um perfodo de blecautes, os conhecidos "apagoes", uma crise nacional
de energia eletrica que afetou o fornecimento e distribuigao de energia no Brasil. Os
governantes tomaram medidas para solugao do problema, como:

• A abertura do mercado eletrico, permitindo que empresas privadas pudessem investir


nas etapas de geragao, transmissao e distribuigao.
• Privatizagao da maioria das companhias de distribuigao de energia eletrica que, com o
aumento das tarifas ao consumidor final, melhoraram a prestagao de servigos
• Planejamento de construgao de varias usinas hidreletricas.

• Programas de incentivo ao consumo consciente, como o Programa Nacional de


Conservagao de Energia Eletrica (Procel) e o Programa de Incentivo as Fontes Alternativas
de Energia Eletrica (Proinfa).
No Brasil, mesmo com o aumento dos investimentos e a disseminagao dos programas de
incentivo, ainda ha deficit de energia eletrica,
137

Calculo estimado do consumo


A energia eletrica consumida pelas lampadas ou pelos aparelhos de uma residencia pode
ser calculada partindo da seguinte definigao:
E = P • At

Em que

• E- Energia eletrica consumida.

• P- Potencia nominal do aparelho ou eletrodomestico.

• At - Intervalo de tempo de funcionamento do aparelho.

A unidade de energia no Sistema Internacional:

E = P • At (watt • segundo = W • s = joule = I)


No entanto, a leitura no medidor residencial de consumo de energia e dada em quilowatt-
hora (kWh). Quando a unidade de potencia e o quilowatt (kW) e o intervalo de tempo de
funcionamento do aparelho considerado e dado em horas (h), tem-se:

E = P • At (quilowatt-hora = kWh)

E possfvel relacionar as unidades kWh e joule (). pois o prefixo k (quilo) equivale a 10 3 e o
tempo h (hora) corresponde a 3 600 s = 3,6^10 6 S, entao:

1 kWh = 1 • 103 • 3,6 • 103 = 3,6 • 106 W-s = 3,6 • 106 j Logo, para a conversao de unidades,
usa-se:
1 kWh = 3,6 • 106 j

E possfvel, portanto, calcular o consumo de energia eletrica dos aparelhos, na mesma


unidade do medidor instalado pela companhia de energia nas residencias aplicando a
seguinte expressao:

Em que a potencia e dada em watt (W), o tempo em hora (h) e a energia e expressa
diretamente em kWh.
138

Nos aparelhos domesticos, geralmente ha uma placa indicando a potencia e a tensao. O manual do
aparelho tambem informa a sua potencia. Caso nao encontre a potencia do aparelho, verifique a
corrente eletrica de consumo e a tensao da rede de sua regiao para aplicar a equagao:

Em que:

P- Potencia eletrica do aparelho (W).

U- Tensao (V).

I- Corrente eletrica que circula pelos circuitos do aparelho (A).


O Procel, estimando o tempo medio diario e a quantidade de dias mensal de uso de alguns aparelhos
eletricos, aplicou a equagao do consumo medio de energia, como na atividade resolvida a seguir, e
desenvolveu a tabela 7.1.
139

Bomba-d'Agua 3/4 cv 049 1/2 30 12,74


Bomba-d'Agua 1 cv 1051 1/2 30 15,77
Bomba aqudno grande 10 24 30 7,2

Bomba aqu/ino pequeno 5 24 30 3,6


Cafeteira Guinea 600 1 30 18,0
Churr3squeira 3000 4 5 76.0
Chuveiro eietnco 3 500 2/3 30 70,0

Circulador de ar grande 200 8 30 48,0


Circulador de ar medio 90 8 30 21,6
Computador mpressora/estabilizador 180 3 30 16.2
Corlador de grama grande 1 140 2 2 4,5

Cortador de grama pequeno 500 2 2 2,0


Enceradeira 500 2 2 2,0
Escova de dentes etetrica 50 1/6 30 ':

Espremedor de frutas 65 1/6 20 0.22


170 4 30 20.4
Exaustor fogao
110 4 30 13,2
Exaustor parede
220 1/6 5 0,18
Faca eletrica
Ferro eletrico automatico 1 000 1 12 12,0
60 1/12 30 0,15
FogSo comum
9120 4 30 1 094.4
Fogao elfetnco 4 chapas
Fomo a resistenda grande 1 500 1 30 45,0

Fomo a resistfenda pequeno 800 1 20 16,0

Fomo micro-ondas 1 200 1/3 30 12.0


130 - - 50
Freezer verticat/horizontal
- - 25.0
70
Frigobar T
Fritadeira el6trica 1000 1/2 15
30
90
Geladeira 1 porta 55
130
Geladeira 2 portas 4.5
900 1/2 10
Grill
26 1/2 10 0.1
logurteira 5 30 1,65
Limpada (luorescente compaclB -11 W
11
C 30 2.2
LSmpada fluorescenle compacta- 15 15 D
W K 30 3,5
23 D

Lampada fluorescenle compacta - 23 40 5 30 6,0


W LSmpada incandescente - 40 W fin 5 30 9,0
LSmpada incandescente - 60 W ou
140

Umpada incandescenle -100 W 100 5 30 15.0


Lavadora de louqas 1500 2/3 30 30,0

Lavadora de roupas 500 1 12 6,0


300 1/4 15 1,1
Liquid'ificador
M&quina de costura 100 3 10 3,9
M&quina de furar 350 1 1 0,35

Miaocomputador 120 3 30 10,8


Moedor de carries 320 1/3 20 1,2
Multiprocessador 420 1 20 8,4
Nebulizador 40 8 5 1,6
Ozonizador 100 10 30 30,0
Panela eletnca 1 100 2 20 44,0
Pipoqueira 1 100 1/4 10 2,75

Radio el&rico grande 45 10 30 13,5


Radio etetrico pequeno 10 10 30 3,0

Radiorrelbgio 5 24 30 3,6
Sauna 5 000 1 5 25,0
Secador grande de cabelos 1400 1/6 30 7,0
Secador pequeno de cabelos 600 15 30 4,5
Secadora de roupa grande 3 500 1 12 42,0
Secadora de roupa pequena 1 000 1 8 8,0
SecretSria eletrdnica 20 24 30 14,4
Sorveteira 15 2 5 0,1
Torneira e!6trica 3 500 1/2 30 52,5
Torradeira 800 1/6 30 4,0
TV em cores -14" 60 5 30 9,0

TV em cores -18“ 70 5 30 10,5


TV em cores - 20" 90 5 30 13,5
TV em cores - 29" 110 5 30 16,5

TV em preto e branco 40 5 30 6,0


TV portatil 40 5 30 6,0
Ventilador de teto 120 8 30 28,8
Ventilador pequeno 65 8 30 15,6
Videocassele
10 2 8 0,16
Videogame 15 4 15 0,9
141

ATIVIDADES RESOLVIDAS
1)Considerando que a potencia de um televisor de LED de 40 polegadas e 130 W e que ele fique ligado
seis horas diarias, calcule seu consumo mensal em kWh.

Como o televisor funciona seis horas diarias entao, em 30 dias, o tempo total ser

E = —= -i30 l180 = 23400 = 23,4 kWh 1000 1000 1000

Conclusao: o consumo medio do televisor sera 23,4 kWh no perfodo de um mes.

Um aspirador de po portatil de potencia nominal 100 W funciona diariamente por


20 minutos, determine o consumo medio mensal para um mes comercial (30
dias).

1° passo: conversao de minutos para horas:

2° passo: considerando um mes com 30 dias, tem-se:


1 i

Tempo total mensal = 30 • —— h = 10 h 3° passo: calculo do

consumo de energia:

Conclusao: o consumo total mensal do aparelho e de 1 kWh.

Considerando a tabela 7.1, calcule o consumo medio mensal dos seguintes aparelhos: uma TV em
cores de 29 polegadas, um secador de cabelo pequeno, um radio eletrico pequeno, um liquidificador,
dez lampadas fluorescentes compactas de 11W e uma geladeira de duas portas.

Consultando, na tabela 7.1, o consumo medio mensal de cada aparelho, tem-se Consumo medio total

= 16,5+ 4,5 +3,0+ 1,1 + 10 1,65+ 55.

Consumo medio total = 16,5+4,5 +3,0 +1,1 + 16,5 +55.

Consumo medio total = 96,6 kWh mensal.


142

Valor da tarifa de energia


Na fatura mensal de energia eletrica esta expresso o valor a ser pago por quilo watt-hora consumido.
Veja o exemplo de uma fatura de consumo de energia eletrica:

CONSUMO (WVF TOTAL A PAGAR ,RS j


502 1 364 52
COWTAMES I VENCIMENTO ~ \ 10/06/2015
Daias da tertura
Atuai 25/05/2015 Anterior 24/04/2015
Prdxima Fatura 2506/2015 EmissSo
Dados da leitura ' ,v” 25/052015 ApresentagSo 25/052015
Atuai 41769 Anterior 4.23-Consume de Mutopi’capSo Consumo
Medido
_ „ w? FCAM Consumo Faturado •'TT___

DADOS DA UNIDADE CONSUMIDORA


LigagSo Poste C6d F at. Media 12
Classe'Subdasse Numero Medidor
Mono 1 1.1.1 meses 502
Residential xxxxxxx
DescrigSo de conta:
Hlstdrico kWh_
540.78
mfis/ano consumo Consumo 502 A -,RS 0 67886^
23.74
ABR/15 352 Contr. HuminagSo pub. (COSIP) A
MAR/15 375 Adidonal bandeira vermelha = 27,59
FEV/15 411 Tanfa com tnbutos estacuas
JAN/15 546 e federats
DE2/14 545

NOV/14 514
OLIT/14 659
SET/14 575

AGO/14 584
JUL/14 554
Tarifa sem tributos
Tanfa sem tnbutos

Imposto/tributos - RS
Base de Cdlculo, 340,78
DistnbuipSo Allquota ICMS 25.00%
Energia Valor do ICMS: 85.19
TransmissSo Valor do PIS: 3,23
Encargos Valor do COFINS 14.89
Tnbutos
SEU CODIGO TOTAL A PAGAR (RS)

Companhia NOSSA LUZ 628547-3 364,52

M£S FATURADO VENCIMENTO

05/2015 10/06/2015
N« DA NOTA FISCAL 000934901 FCAM
143

Observe que o consumo mensal for de 502 kWh e o valor da tarifa e de RS0,473030/KWH, portanto o
valor total a ser pago e dado pela expressao:
V = E^Vt

Em que:

• V- Valor total a pagar (RS)

• E- Energia mensal consumida (kWh)

• Vt- Valor da tarifa (R$/kWh). O valor a pagar segundo a tarifa informada, seria:

V=502^ 0,473030=RS237,46
No entanto, o consumidor pagou R$ 364,52. Por que? Porque existem as allquotas dos impostos
federais, estadual e municipal.
• Impostos federais - Programa de Integragao Social (PIS/Pasep) e Contribuigao Social para
Financiamento da Seguridade Social (COFINS). O PIS tem a finalidade de financiar o seguro-
desemprego e o COFINS e destinado a financiar as despesas das areas de saude, previdencia e
assistencia social.
• Imposto estadual - Imposto sobre Circulagao de Mercadoria e Servigos (ICMS). Previsto na
Constituigao Federal de 1988 e e de competencia de cada estado
• Imposto municipal - Contribuigao para Custeio do Servigo de iluminagao Publica (Cosip) ou
simplesmente CIP. Previsto na Constituigao de 1988 e e de competencia do municlpio regular a base
de calculo.
A partir de janeiro de 2015, as bandeiras tarifarias foram implantadas nas contas de energia com uma
representagao metaforica de cores: verde, amarela e vermelha; indicando se havera ou nao um
acrescimo no valor monetario da fatura do consumidor estabelecido em fungao das condigoes de
geragao de eletricidade,
O sistema foi espelhado nas cores dos semaforos que, na interpretagao tarifaria, significam:
• Bandeira verde: condigoes favoraveis de geragao de energia pelo processo hidraulico. A tarifa nao
sofre nenhum acrescimo.

• Bandeira amarela: condigoes menos favoraveis de geragao energia pelo processo hidraulico.
Adiciona-se ao sistema interligado a geragao termica movida a gas natural e carvao mineral. A tarifa
sofre um acrescimo de R$ 0,025 para cada quilowatt-hora (kWh) consumido

• Bandeira vermelha: condigoes desfavoraveis de geragao de energia pelo processo hidraulico.


Adiciona-se ao sistema interligado a geragao termica movida a oleo diesel. A tarifa sofre um
acrescimo atual de RS 0,055 para cada quilowatt-hora (kWh) consumido.
144

A Agencia Nacional de Energia Eletrica (Aneel) regula as relagoes do setor eletrico, garantindo uma
tarifa justa ao consumidor e, paralela- mente, preservando a estabilidade financeira das
concessionarias.
Segundo a Aneel, calcula-se a tarifa de tributos (PIS, COFINS e ICMS) por meio da equagao:

Tarifa com tributos = Valor da tarifa publicada pela Aneel

1- (PIS + COFINS + ICMS)

Como a corregao do PIS e COFINS e mensal, escolheu-se ao acaso, para fins de estudo, a planilha de
Processo de Faturamento e Arrecadagao da Eletrobras (PI) a seguir:

/ Companhia NOSSA LUZ


Caracteristica da sua unidade consumidora

'Maio/isj)
RES ANNEL- 1858 VIG^NCIA a partir da 02/03/2015

Tarifas de baixa tensao (Grupo B)

ICMS 20% PIS 0 0095 \ 0,7468

ICMS 25% COFINS 0,0437/ 0,6968

B1 Residenclal baixaenda (RS 1 kWh) - Anexo 1

Tarifa homclogada Tanfa com ICMS de 20% - Tarifa com ICMS de 25% -
Farxa de consumo
AGO/2013 Consumo ate 200 kWh Consumo acima de 200 kWh

De 00 a 30 kWh 0163489 0.218919 0.234628

0.280266 0,375289 0 402219


De 31 a 100 kWh
0 420399 0,562934 0.603328
De 101 a 220 kWh
0467110 0.625482 0.670365
Acima de 220
ncial baixa renda <R$ / kWh) - Consumo de atd SO
B1 Reside Isento de ICMS
kWh
0.172675
De 00 a 30 kWh 0,163489
0,296014
De 31 a 100 kWh 0 280266
0,444021
De 101 a 220 kWh 0420399
0.493357
Acima de 220 0.457110

B1 Resldencia(RS / kWh) - Anexo I


-— „
0,633409 ^0.678861J)
Monotesica (j),473030j)
0.473030 0,633409 0.678861
Tritesica

Figura 7.2 - Processo de faturamento e arrecadagao.


145

Calculo da tarifa com impostos (tributos)


Consultando a figura 7.2, observa-se: aliquota do PIS: 0,0095: aliquota do COFINS: 0,0437; consumo
acima de 200 kWh, portanto ICMS de 25%; residencia de categoria B1: tarifa Aneel sem tributos de
0473030 Aplicando a equagao da Aneel, tem-se:

Veja o valor indicado por uma seta na figura 7.1. Calcula-se o valor com tributos:

V = E^Vt

V = 502^ 0,67886 V =

R$ 340,78

Tributo municipal
A contribuigao de iluminagao publica (Cosip), discriminada na fatura da figura 7.1, vale R$ 23,74

Conclusao: a conta, em fungao dos impostos, passou de R$ 237,46 para R$ 364,52. Um aumento de
R$ 127,06.
146

Quanto foi pago de adicional de bandeira vermelha?


O valor adicional de bandeira vermelha esta incluldo no valor da fatura com tributos. O valor atual
cobrado por quilowatt-hora (kWh) de energia consumida R$ 0,0550, portanto, aplica-se a equagao:

SAIBA MAIS

As allquotas do PIS e COFINS podem ser acessadas no site da concessionaria local de distribuigao de
energia. A allquota do ICMS esta expressa na fatura mensal

Nogoes de economia de energia eletrica


O Procel foi instituldo e e coordenado pelo Ministerio de Minas e Energia (MME). O programa visa
estimular a fabricagao nacional de equipamentos com menor consumo de energia e, portanto,
orientar o consumidor na ocasiao da compra.
Foi desenvolvido, em 1993, um selo que e concedido, de acordo com a classe, aos fabricantes de
equipamentos ASTE que apresentem os melhores Indices de eficiencia energetica. A concessao do
selo e de responsabilidade da Eletrobras - Centrais Eletricas Brasileiras S.A.

Selo Procel de eficiencia de energia


147

Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE)


O Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) e a Eletrobras sao parceiros no
Programa Brasileiro de Etiquetagem (PB) que tem os seguintes objetivos:
1. Prover informagoes uteis que influenciam a decisao de compra dos consumidores.

2. Estimular a competitividade da industria em fungao consciente dos consumidores, escolha


A Etiqueta Nacional de Conservagao de Energia (Ence) e o principal produto do PBE e classifica os
aparelhos de acordo com o consumo de energia. Os equipamentos sao qualificados em um codigo
decrescente de A a G, em que o A e o mais eficiente e o G, o menos.

A letra em destaque na bandeirola preta representa a eficiencia do aparelho etiquetado, nesse caso,
a melhor qualificagao: letra A.

Dicas de economia de energia


Geladeira
•Evitar colocar alimentos quentes,

•Regular a temperatura interna segundo o manual.

•Nao abrir a porta frequentemente

•Nao secar roupas na parte traseira: o calor interno precisa ser liberado.
148

•Nao cobrir as grades internas: elas devem ficar livres para a circulagao do ar por convecgao.
•Verificar a vedagao da borracha da porta: percorra toda a sua extensao tentando inserir uma folha
de papel. Se houver folga, troque-a. Fazer degelo periodicamente.
•Nao instalar o aparelho em locais quentes, como proximo de janela com incidencia solar ou de
fogao.

Lampadas
•Substituir as lampadas incandescentes por fluorescentes ou LEDs, pois sao mais economicas.

•Instalar sensor de presenga em garagens, corredores, escadas e locais de pouca movimentagao de


pessoas.

•Para lampadas incandescentes, instalar dimmer nos quartos para reduzir a intensidade da luz.
•Limpar periodicamente as lampadas.

•Instalar fotocelulas em areas de iluminagao externa: patio, jardins etc.


149

Ambiente

•Pintar as paredes com tons claros.

•Usar iluminagao natural abrindo janelas, persianas e cortinas. •Evitar

luzes acesas em ambientes vazios.

•Manter janelas e paredes limpas.

Cuidados gerais
•Desconectar os aparelhos eletronicos da tomada mesmo depois de desligados, pois continuam
consumindo energia,
•Utilizar o ferro eletrico quando tiver muita roupa acumulada, pois isso evita o seu manuseio varias
vezes em um mesmo perfodo
•Nao deixar aparelhos no modo espera (stand-by), pois continuam consumindo energia

•Limpar periodicamente os filtros do ar-condicionado

•Reduzir o tempo de banho e, ao ensaboar-se, desligar o chuveiro.

•Ao viajar, desligar a chave geral.


150

ATIVIDADE RESOLVIDA
Para produtos com mesma capacidade de operagao, qual refrigerador julga ser mais vantajoso
comprar um de classe E por R$ 1,253,00 ou um de classe A por R$ 1.535,007?
Nesse caso, aconselha se a compra do refrigerador de classe A pois e mais eficiente e com o tempo de
uso, a diferenga de prego sera compensada pela economia na conta mensal de energia.

SAIBA MAIS

As tabelas com os produtos aprovados no Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE) estilo no Naka
Hein Essas tabelas de atualizadas periodicamente e representam o estagio atual, em termos de
consumo de energia e/ou eficiencia energetica, dos diversos produtos avaliados.

ATIVIDADES
1) Considere um aparelho de som, com potencia media de 80 W, que e usado tres horas por dia,
durante 20 dias. Qual o consumo medio mensal desse aparelho, em kWh
2) Sabe-se que uma residencia possui os aparelhos apresentadas na tabela a seguir

3)Calcule o consumo de energia eletrica nessa residencia em um mes comercial (30 dias)
151

3) Quais sao as lampadas mais eficientes para uso residencial?

4) Em uma casa de campo, observam-se quatro lampadas de 100 cada, acionadas por um sensor
fotoeletrico que permanecem liga das, em media, 12 horas por dia; uma geladeira de 200 W que fica
ligada, em media, 20 horas por dia e um aparelho de som de 120 W, que fica ligado, em media, seis
horas por dia. Supondo um desperdlcio de energia eletrica em torno de 10% e sabendo que cada kWh
custa R$ 0,45, ja incluldos os impostos, determine o custo da energia eletrica consumida nessa casa
em uma temporada de dez dias.
5) uma lampada fluorescente compacta de 15 W tem a mesma luminosidade de uma incandescente
de 60 W. Considere as lampadas ligadas dez horas por dia, ao longo de 30 dias. Qual a economia da
compacta sobre a incandescente?
6) Quais os objetivos do Programa Brasileiro de Etiquetagem?

7) Alguns medidores de energia eletrica residencial sao construldos a base de relogios que
representam, da direita para esquerda, as unidades, dezenas, centenas e milhar; outros registram
esses valores digitalmente. Considere o medidor analogico de energia a seguir:

Calcule o consumo de energia eletrica no mes considerado e o valor da fatura, sabendo que o kWh, ja
incluldo os impostos, e R$ 0,49.

a. R$ 101,80

b. R$ 102,00.

C. R$ 103,00

d. R$ 103,80

e. R$ 107,80
152

8) considere um circuito domestico simples, ligado a rede de 220 V e protegido por um


fusivel de 15 A, como esquematizado a seguir 220 V

A potencia maxima de um ferro de passar roupa que pode ser ligado, simultaneamente,
com uma lampada de 150 W, sem que o fusivel interrompa o circuito, e aproximadamente
de

a. 1 100 W

b. 1 500 W.

c. 3 150 W

d. 2 250 W

e. 2500 W

9) Enumere algumas dicas de economia de energia eletrica


10) (UFMS - Adaptado) A energia solar e uma das fontes alternativas de energia utilizadas
pelo homem com bastante frequencia nos paises europeus, e recentemente esta sendo
explorada no Brasil. A intensidade media anual da radiagao solar na cidade de Campo
Grande-MS e igual a 700 W/m2 em incidencia solar media de seis horas por dia.

11)Um equipamento de captagao de energia solar, para aquecer a agua destinada ao


consumo domestico, possui rendimento igual a 60%, com area de captagao de irradiagao
de 4 m2. Toda a potencia util e consumida. Se o custo da energia eletrica no local e de R$
0,60 por kWh, a economia media anual (365 dias) em reais, nessa residencia, sera:

a. maior que R$ 2.124,00;

b. igual a R$ 551,88

c. igual a R$ 367,92,

d. menor que R$ 367,92 e

igual R$ 1.980,00
153

Circuitos
Eletricos
Residenciais
A estrutura basica deste capltulo esta organizada com circuitos eletricos residenciais, apresenta dos
por meio de diagramas: funcional, multifilar, unifilar e em planta arquitetonica Os circuitos de facil
compreensao e montagem, e podem ser testados em um laboratorio simples ou mesmo na propria
sala de aula, desde que todas as regras de seguranga sejam observadas.

Destaca-se, aqui, a abordagem dos circuitos compostos por interruptores paralelos e intermediarios,
usados para comandar lampada de varios pontos distintos. Sao usados, por exemplo, em corredores,
escadas e dormitorios.

O encerramento do texto evidencia a ligagao, em fungao dos diagramas de campainhas, tomadas e


lampadas fluorescentes

Circuito eletrico
E um circuito fechado composto por condutores (fios) conectados a componentes que consomem
energia oriunda de um gerador
154

Representagao grafica de um circuito


A representagao grafica de um circuito eletrico e denominada dia grama. Ha outros tipos de
diagramas, no entanto, serao apresentados os mais usuais: funcional, multifilar unifilar e em planta
para diferentes tipos de circuitos eletricos

Acionamento de uma lampada por um interruptor simples


(uma tecla)
Diagrama funcional
Representa em um esquema todos os componentes de um circuito eletrico, de uma forma de facil
compreender.

Observagoes:

1. No verso do interruptor simples existem tres furos, mas apenas dois parafusos terminais. O fio de
fase e conectado no furo central.

2. Os condutores (fios) de fase e neutro partem de um disjuntor instalado no quadro de distribuigao


da residencia, formando um circuito terminal de iluminagao
3. O retorno e um condutor de fase que fica depois do interruptor ou conjunto de interruptores e
volta (retorna) ao ponto de luz.
155

Diagrama multifilar
Representa o diagrama funcional por meio de sfmbolos normalizados

Neutro

IMS!'

Retorno

Interruptor L3mpada

Figura 8.3 - Diagrama multifilar.

Observagao: a conexao (emenda) de dois fios e representada por um ponto no local da intersecgao
de ambos.

Diagrama unifilar
Descreve linearmente o diagrama funcional

QD>

Legenda:
QD Quadro de distribuivao
~1|- Eletroduio com dois rondutores: neuiro e iase.
Q Umpada de 60 W pertcncente ao drcuito 1

Q Interruptor simple* que comanda .1 Umpada a

Eletroduio com dois condutores: retorno c lase.

Figura 8.4 - Diagrama unifilar.

Observe que no diagrama multifilar o interruptor esta conectado ao fio da fase e ao de retorno.
156

Diagrama em planta Os interruptores sempre devem


interromper o con-dutor (fio) de
Expressa na planta baixa arquitetonica o diagrama unifilar fase e nun* ca o condutor
neutro. Interrompendo o
neutro, a lampada apaga; no
en-tanto, ha risco de chocjue
para (|uem toca-la aciden-
talmente ou. entao, fizer a
manuten$ao da insta-lacao: a fase
conttnuara ativa no soquete [bocal].

Interruptor de duas segoes (teclas) comandando duas


lampadas

Diagrama funcional Diagrama multifilar

Interruptor

Figura 8.6 - Interruptor de duas teclas


acionandn duas lampadas.

Diagrama unifilar Diagrama em planta

a 2b b

J3_
ra-
a d)b

Flgura 8.8-Diagrama unifilar


157

Acionamento de uma lampada por dois interruptores


paralelos
Diagrama funcional

Observances:

1. Os interruptores ficam localizados em pontos distintos, como no inlcio e no topo de uma escada;
na entrada do quarto e proximo a cama; no inlcio e no fim de corredores, etc.

2. Na pratica, os fios de retorno sao fixados paralelos aos condutores de fase e de neutro, descendo
pelos eletrodutos para os interruptores.

3. O condutor de fase e o de retorno para a lampada sao conecta dos nos parafusos terminais
centrais do interruptor paralelo.
158

Diagrama multifilar

N
F

Figura 8.12 - Diagrama multi filar.

Observagao: o interruptor paralelo ou three-way (tres vias) possui tres terminais de parafusos. O
terminal central e denominado terminal comum.

Diagrama unifilar

Interpretagao do esquema: o interruptor 1 esta conectado ao condutor de fase e a dois condutores


de retorno; o interruptor 2 esta conectado a tres fios de retorno. Ambos os interruptores acionam a
lampada desde pontos distintos.

Diagrama em planta
159

Lampada acionada por interruptor intermediario


Diagrama funcional

Caracterfsticas: o interruptor intermediario ou four-way (quatro vias) apresenta, geralmente, seis


furos no verso; no entanto, so contem quatro para fusos terminais. Na instalagao do interruptor, os
furos vazios (sem parafusos) devem ficar do lado direito do eletricista. No interruptor intermediario
modular a logica de montagem e a mesma: a parte mais afastada dos pontos de conexao dos fios
deve ficar a direita do eletricista.

O interruptor intermediario opera exclusivamente entre dois interruptores paralelos.


Diagrama multifilar

N
F-1 %
Lampada

R
Retorno Retorno^
,--—
P
-'ey--
Retorno Retorno , . ,
Paralelo 2 aralelo 1
Intermediario

Figure 8.16-Diagrams multifilar.


A lampada e acionada (ligada/desligada) desde tres pontos distintos.

Seguindo a ligagao a partir do terminal comum do paralelo 1, percebe-se que a lampada esta
desligada, pois o circuito esta aberto no terminal do paralelo 2.
160

Simulates simplificadas dos interruptores


•Ligando a lampada por meio do interruptor paralelo 1


I<cu31\ 'N
F
-
<?>
p, 1 P2
Figure 8.17 - Comandando a lampada do interruptor 1

•Desligando a lampada por meio do interruptor intermediario

Figure 8.18 - Acionamento da tecla do intermediario,

No paralelo 2, o circuito esta aberto.

•Ligando a lampada pelo interruptor paralelo 2:

Figure 8.19 - Acionamento da tecla do interruptor 2.

O paralelo 2 fechou o circuito.

O processo se repete normalmente e, portanto, a lampada podera ser ligada ou desligada em


qualquer um dos tres interruptores.
Diagrama unifilar

Para compreender melhor o diagrama unifilar, compare-o com o diagrama funcional, observe que o
paralelo 1 esta conectado ao condutor de fase e aos dois condutores de retorno; o Intermediario esta
conectado a quatro condutores de retorno, e, por fim, o paralelo 2, a tres condutores de retorno.
161

Diagrama em planta

Representa o diagrama unifilar com todos os componentes devidamente localizados na planta baixa
arquitetonica.

Interruptores intermediarios para acionamento de uma


lampada
Diagrama funcional

Agora, a lampada podera ser acionada de quatro pontos distintos. De acordo com a necessidade,
mais interruptores intermediarios podem ser inseridos entre os paralelos.
162

Diagrama multifilar

ra>

P. = Paralelo 1 l( -
Intrrmediario 1 I. =
Intormediiirio 2 P,
= Paralelo 2

Figura 8.23 -
Diagrama
multifilar.

Seguindo o circuito a partir do paralelo 1. percebe-se que a lampada esta desligada, pois o paralelo 2
esta aberto

Simulates simplificadas
Ligando a lampada pelo paralelo 1:

Desligando a lampada pelo Intermediario 1:

O paralelo 2 esta aberto.


163

Ligando a lampada pelo intermediario 2:

Desligando a lampada pelo paralelo 2:

Da esquerda para a direita ou vice-versa, o processo se repete, portanto, a lampada podera ser
ligada ou desligada a partir de qualquer um dos interruptores.
Diagrama unifilar

Diagrama em planta.
164

Campainha
A campainha e ligada de maneira similar a uma lampada. O interruptor e substituldo
pelo botao da campainha.

Diagrama funcional

As cigarras sincronizadas sao comuns nas


residencias e apresentam um mecanismo de
funcionamento mais simples do que o das
campainhas. As cigarras eletricas sao construfdas
Diagrama multifilar
por um eletrofma que atrai uma lamina metalica e
gera um som caracterfsticas, parecido com o da
cigarra cantando na natureza; enquanto na
campainha o eletrofma atrai um badalo que bate
em um gongo. As campainhas mais novas sao
musicais.

Diagrama unifilar
165

Tomadas
O novo padrao brasileiro, definido pela NBR 14136, estabelece que as toma das tenham tres
pinos (fase, neutro e terra). O pino central da tomada e o terra.

Do pontn de vista do observador.


Fase - Orificto da esquerda.
Neutro - Orifldo da direlta.
Terra - Orifldo central, desalmhado para bairn

Figura 8.33 - Novo padrao de tomada.

O aterramento e constituldo por um condutor (verde ou verde e amarelo) que percorre todas as
tomadas instaladas em uma residencia e e conectado em uma haste metalica enterrada no
chao.
Para a representagao dos esquemas de circuitos com tomadas, acrescenta-se, portanto, mais
um condutor, chamado de aterramento ou PE
A seguir temos os diagramas para representagao de Instalagao de tomadas

Diagrama funcional

b-
N-
PE

Figura 8.34-Tomada.

Diagrama multifilar

F---1 __------

N -PE

-Q
Figura 8.35 - Diagrama multifilar.
166

Diagrama unifilar

Para tomada baixa (30 cm acima do piso):

Figura R.36 - Tomada baixa.

Para tomada a media altura (1,3 m acima do piso):

Figura 8.37 - Tomada a media altura.

Para tomada alta (2 m acima do piso):

Figura 8.38 - Tomada alta.

Diagrama em planta

Lampada fluorescente
A lampada fluorescente tubular funciona acoplada a um reator constituldo de bobinas com
um nucleo. Em sfntese, o reator permite a ignigao e estabiliza a corrente nominal da
lampada.
167

Os reatores podem ser classificados da seguinte maneira.

• Partida lenta- Operam com starter que e um dispositivo termico de chaveamento

• Partida rapida - Operam sem starter


As seguintes informagoes estao impressas nos reatores: tensao. potencia, corrente, esquema de
ligagao e quantidade de lampadas.

Diagramas de ligagao de uma lampada com reator de partida rapida Diagrama funcional

A lampada fluorescente e, geralmente, instalada em suporte ou calha, observe que a lampada


fluorescente necessita de aterramento

Diagrama multifilar

___________ —--
N
p-« ____\------------------
PE-----

i L-p 1

S7\
--

Fl gura 8.41-Diagrama multifilar.


168

Diagrama unifilar

Diagrama em planta

ATIVIDADES
1)Considerando o novo padrao de tomadas brasileiro, aos oriffcios (esquerda, central e
direita), do ponto de vista do observador, devem ser conectados:

a. Fase, terra, protegao.

b. Fase, terra, fase C.

Neutro, terra e fase.

d. Neutro, fase e terra. e. Fase, terra e neutro.


169

2)Faga em diagramas funcional, multifilar, unifilar e em planta. o esquema de iluminagao da


escadaria a seguir. Considere uma lampada LED e dois interruptores paralelos

3)Considere o diagrama unifilar:

Desenhe os correspondentes diagramas: funcional, multifilar e em planta. Considere a perspectiva de


instalagao de um comodo residencial.
4)Os interruptores comandam a mesma lampada. Esboce os diagramas: funcional, multifilar, unifilar e
em planta.
170

5)Considere a perspectiva de uma dependencia residencial.

A lampada e acionada por um interruptor simples. Ha duas tomadas baixas e, tambem, o


quadro de distribuigao. Faga, para a instalagao apresentada, os diagramas: unifilar e em
planta.

6)Considere a instalagao de uma lampada fluorescente no teto e uma tomada baixa. Reproduza e
complete o diagrama em planta:

7)Desenhe os diagramas (funcional, multifilar, unifilar e em planta) de um interruptor


simples acionando uma lampada LED de 40 W/127 V.
8)Reproduza o diagrama a seguir completando os elementos faltantes.
171

9)Observe a perspectiva de um corredor

Ilumine-o instalando um interruptor intermediario e uma lampada LED. Esboce os diagramas.

10) Observe o diagrama em planta de uma lampada incandescente e uma tomada baixa

Segundo o projeto, no eletroduto I passarao:

a. Um condutor de fase, dois condutores neutros e dois condutores de protegao.

b. Um condutor de fase, um condutor neutro e um condutor de protegao.

c. Dois condutores de fase e um condutor neutro.

d. Dois condutores de fase, dois condutores neutros e dois condutores de protegao

e. Dois condutores de fase, dois condutores neutros e um condutor de protegao


Projeto de
Instalagoes Eletricas
O projeto de instalagoes eletricas e fundamental para a estimativa de carga (potencia) de iluminagao
residencial. Embasado na NBR 5410, faz-se a previsao, passo a passo, por meio de um projeto real, da
potencia minima de iluminagao e, ao mesmo tempo, da quantidade de tomadas (TUEs e TUGS) por
comodo de uma residencia.
Este capitulo mostra, tambem, como fazer o calculo da potencia do circuito de distribuigao e, em
seguida, determina-se, para facilitar a manutengao pelo eletricista, os circuitos terminais da
instalagao do projeto Independentemente, cada circuito e avaliado para uma toma da de decisao
sobre o dimensionamento de disjuntores e condutores, Ao final deste texto e feita a equivalencia de
corrente nominal entre disjuntores termomagneticos e interruptor diferencial residual.

Previsao de cargas (potencia)


E o calculo teorico das potencias mlnimas de iluminagao e das tomadas previstas no projeto.

Potencia da iluminagao
E estimada em fungao da area de cada comodo da residencia: Observe alguns criterios da
norma NBR 5410:

• Atribuir, para area interna igual ou inferior a 6 m 2, no minimo 100 VA. Para
area superior a G m\ atribuir 100 VA para os primeiros 6 m e, em seguida, 60
VA para cada 4 ma inteiros adicionados.
• A iluminacao de area externa ficara a criterio do projetista.
• Cada comodo ou dependencia devera ter, no minimo, um ponto de luz.
173

Veja um exemplo:

Considere uma sala residencial retangular com as seguintes dimensoes: 5 mx 4 m.


Calcule a potencia minima de iluminagao

Area do retangulo (sala) = 5 m • 4 m = 20 m 2 (6 m2 + 4 m2 + 4 m2 + 4 m2 + 2 m).

Atribuigao da potencia minima para a area calculada:

Tabela 9.1 - Potencia correspondente

Observe que para area menor de 4 m 2 nao se atribui potencia.

Potencia total = 280 VA.


174

Quantidade de tomadas Tomadas de uso geral (TUGS)


Sao tomadas que alimentam equipamentos com corrente nominal inferior ou igual a 10 A

Considere um quarto retangular de dimensoes 5 m x 4 m. Calcule o numero mlnimo de tomadas com


suas respectivas potencias.
175

Perfmetro do retangulo - 5m + 5m + 4m + 4m = 18 m (5m+ 5m +5m+ 3m) Para Compreender


melhor, os dados sao expostos na tabela 93

Observe que para fragao do perfmetro menor que 5 m, atribui-se potencia Numero de tomadas =4
de 100 VA cada.
• Potencia total = 400 VA.

Tomadas de uso especffico (TUES)

Sao tomadas que alimentam equipamentos com corrente nominal na faixa entre 10 A e 20 A. A
quantidade de aparelhos com corrente nominal nessa faixa determina numero de circuitos
independentes. Equipamentos fixos, como chuveiro e torneira eletrica, exigem circuitos
independentes.

A potencia nominal do equipamento deve ser adicionada na previsao de carga do projeto. A tabela
9.4 apresenta a potencia de aparelhos domesticos

sbeia 9.4 - Potencia de alguns aparelhos

1
Chuveiro 2 500 a 5 400
1 300 1 500
Ar-condicxxiado (janeia) - 8 500
1400 1 650
BTU/h 10
000 BTU/h 1600 1900
12 000 1900 2100
BTU/h 14 2600 2 860
000 BTU/h 2 800 3 080
18 000 4000
BTU/h 21 3 600
000 BTU/h 1 500 a 2 000 2
30 000 500
BTU/h 800 a 1 650
1 200 a 2 800
Micrcxinda*
2 500 a 6 000 2
FogSo
500 a 3 200
Ferro ei^rnco
La/adoca de pratoe (Upo rwdenctal)
Secadora de roupaa (#po rewJenoal)
Torneira
176

Fator de potencia Potencia


Potencia e o trabalho realizado em determinado tempo, isto e, a velocidade com que
determinado trabalho e realizado.
Trabalho e a conversao de uma forma de energia em outra.
Potencia eletrica ou potencia aparente e o produto da tensao pela corrente eletrica

Em que:

• P- Potencia eletrica ou aparente, dada em volt-ampere (VA).

•U- Tensao eletrica, dada em volt (V).

• I- Corrente eletrica, dada em ampere (A).

A tensao e o produto da resistencia pela corrente:

U=R•I

Em que:

• U-Tensao eletrica, dada em volt (V).

• R- Resistencia eletrica, dada em ohm (Q)

• I- Corrente eletrica, dada em ampere (A).

Logo, substituindo na formula da potencia aparente, tem-se:

p = R • i2
177

A potencia eletrica ou aparente e composta por duas parcelas:

1. Potencia ativa

Parcela da potencia aparente efetivamente transformada em outro tipo de energia (mecanica,


termica ou luminosa). A sua unidade e o W (watt), os aparelhos sem bobinas, como lampadas
incandescentes, secadores de cabelo, ferro e chuveiros eletricos, dissipam esse tipo de potencia.

2. Potencia reativa:

Parcela da potencia aparente transformada em campos eletromagneticos. A sua unidade e o


VAr (volt-ampere reativo). Os equipamentos com bobinas, como motores, reatores de lampadas
e maquinas de solda, dissipam esse tipo de potencia.
178

Fator de potencia (FP)


O fator de potencia expressa a potencia ativa em porcentagem em relagao a potencia
aparente. Logo:

Como a potencia aparente esta dividindo no segundo membro da equagao, a formula pode
ser escrita assim:

Veja um exemplo de aplicagao:

Um ferro eletrico de tensao 220 V consome uma corrente de 5 A. Calcule a potencia dissipada

Para circuitos resistivos, isto e, circuitos exclusivamente com resistencia eletrica (lampada
incandescente, ferro eletrico, aquecedor de agua, etc.), o fator e potencia e 1,0, portanto, a
potencia ativa sera:

p =1-1100 = 1 100 w

Projetos residenciais
Em projetos residenciais, admitem-se os seguintes fatores de potencia:
179

ATIVIDADE RESOLVIDA
Considere a planta residencial da figura 9.5. Estime a carga ativa total da residencia
(iluminagao e tomadas):

Previsao da potencia de iluminagao:


Quarto Area = 3,5^3,5 = 12,25 m 2 (6 m2 44 m2 +2,25 m2)

2.2
5
0

Potencia total = 160 VA


180

Quarto II
Area = 3,0 • 3.5 = 10,5 m- (6 m + 4 nr + 0,5 rtv)

Tabela 9.8 - Potencia estimada do quarto II


Area do quarto (m*) 6 4 0.5
Potencia (VA) 100 60 0

Potencia total = 160 VA

Sala
Area = 4,5 • 3,5 = 15,75 m (6 m + 4 mJ + 4 nv + 1,75 m')

Tabela 9.9 - Potencia estimada da sala

Area da sala (m7) 6


4 4 1,75
Potencia (VA) 100 60 60 0

Potencia total = 220 VA


Cozinha
Area = 2,0 • 3,5 = 7 m? (6 nr’ + 1
m)

Tabela 9.10 - Potencia estimada da cozinha

Area da cozinha (m1) 6 1


Potencia (VA) 100 0

Potencia total = 100 VA Banheiro


Area = 1,8 • 3,5 = 6,3 mJ (6 mJ + 0,3 nr’)

Tabela 9.11 - Potencia estimada do banheiro

Area da banhalro (m1)

Potdncla (VA)

Potencia total = 100 VA


Potencia aparente total de iluminagao (soma das potencias de todas as dependencies) = 160 + 160 +
220 + 100 + 100 = 740 VA.
Previsao da potencia e quantidade de tomadas de uso geral (TUGs)

Quarto I
A = 12,25 m > 6 nr, portanto uma tomada de 100 VA para cada 5 m de perimetro
ou fra^ao.
Perimetro = 3,5 m + 3,5 m + 3,5 m + 3,5 m = 14 m (5 m + 5 m + 4 m).

Tabela 9.12 - Numero de tomadas do quarto I

5 5 4
Perimetro do quarto (m)
100 100 100
Niimoro de tomadas 1 1 1

Quantidade de tomadas = 3 de 100 VA cada.


Potencia = 300 VA

Quarto II
A = 10,5 nr’ > 6 nr
Pen'metro = 3 m + 3 m + 3,5 m + 3,5 m = 13 m (5 m + 5 m + 3 m)

Quantidade de tomadas = 3 de 100 VA cada


Potencia = 300 VA

Sala
A = 15,75 nr > 6 nv'
m + 3,5 m + 3,5 m = 16 m (5 m + 5 m + 5 m + 1 m)
Perimetro = 4,5 m + 4,5

Tabela 9.14 - Numero de tomadas da sala

5 1
Perimetro da 5 5
100 100
s*Ia(m) Potincla(VA) to 100
1 1
Numero de tomades o 1

Quantidade de tomadas = 4 tie 100 VA cada


Potencia = 400 VA
182

Coringa

Uma tomada de 600 VA para cada 3,5 m de perfmetro ou fragao. Para as tres primeiras
tomadas, atribuem-se 600 VA, para cada adicional, 100 VA
Perfmetro = 2 m +2 m+3,5 m3,5 m= 11 m (3,5 m+3,5 m+ 3.5m 0,5 m)

Tabela 9.15 - Ntimero de tomadas da cozinha

Perimetro da cozinha (m) 3,5 3,5 3.5 0.5


600 600 600 100

IfflWBWfSW 1 1 1 1
M

Quantidade de tomadas = quatro (tres de 600 VA cada e uma de 100 VA)

Potencia = 1900 VA Banheiro

Quantidade de tomada = uma de 600 VA Potencia = 600 VA


Potencia aparente total das TUGS = 300 VA+ 300 VA+ 400 VA+ 1900 VA + 600 VA = 3500 VA

Conversao da potencia aparente em potencia ativa Potencia aparente total de iluminagao = 740 VA
A conversao em potencia ativa e feita por meio do fator de potencia para iluminagao (tabela 9.5),
portanto:
Potencia ativa de iluminagao = 740 • 1,00 = 740 W

Potencia aparente total das TUGS = 3 500 VA

A conversao em potencia ativa e feita por meio do fator de potencia para pontos de tomadas (tabela
9.5), portanto:
Potencia ativa das tomadas = 3 500^0,8 = 2 800 W

A potencia ativa total e a soma da potencia ativa de iluminagao mais a potencia ativa dos pontos de
tomada, logo:

Potencia ativa total = 740 W + 2 800 W = 3 540 W


183

Fator de demanda (FD)


Determina a porcentagem maxima da potencia prevista que efetivamente sera utilizada ao
mesmo tempo na residencia
O fator de demanda (FD) divide-se em

Fator de demanda para iluminagao e TUG


E estabelecido em fungao da carga (potencia) ativa de iluminagao e de tomadas de uso geral
instaladas na residencia.

Tabela 9.16 - Fator de demanda

0 a 1 000 0,86
1 001 a 2 000 0,75
2 001 a 3 000 0,66
3 001 a 4 000 0,59
4 001 a 5 000 0,52
Residencies
5 001 a 6 000 0,45
individuals (casas ou
apartamentos) 6001 a 7 000 0,40
7 001 a 8 000 0,35
8 001 a 9 000 0,31
9 001 a 10 000 0,27
Acima de 10000 0,24

Fator de demanda para TUE


E estabelecido em fungao do numero de circuitos previsto no projeto.
184

Potencia do circuito de distribuigao


Circuito de distribuigao, ou ramal de distribuigao, e o conjunto de conduto res e acessorios eletricos
compreendidos entre o quadro medigao e o quadro de distribuigao.
1 passo: somam-se, depois de corrigidas pelos respectivos fatores de demanda, as potencias de
iluminagao, de tomadas de uso especifico e de tomadas de uso geral.
2° passo: a potencia aparente de distribuigao e a divisao da soma total das potencias ativas maximas
(iluminagao + TUGS + TUES) pelo fator medio de potencia, isto e, 0,95. Logo:

Potencia aparente (VA) = Potencia ativa maxima (W) FP

Tensao de fornecimento
Considera-se a seguinte tensao de fornecimento: 0 fornecimento de energia eletrica em tensao
secundaria a unidade consumidora individual e realizado em 380/220 V, quando trifasica, e 220 V
quando monofasica, na frequencia de 60 Hz, com os respectivos limites de carga instalada conforme
a tabela 9.18.

Tabela 9.18 - Tensao de fornecimento

220 Monofasico com neutro aterrado (fase e neutro) Ate 15 000


380/220 Trifesico, estrela com neutro aterrado (tr6s fases e
neutro) 15000 < Cl* S 75 000

Consulte as normas de fornecimento da concessionaria de sua cidade, que a gente titular de


consensuado ou permissao federal para prestar servigo publico de energia eletrica.
185

Corrente do circuito de distribuigao


A corrente de distribuigao a corrente maxima do circuito que faz o percurso entre o quadro de
medigao e o quadro de distribuigao, no qual e dividida para todos os circuitos secundarios da
residencia. A corrente de distribuigao e dada pela formula:

Em que:

Id- corrente de distribuigao (A).

P max total - Potencia ativa maxima total (W).


K- Fator de corregao. Para circuitos monofasicos ou bifasicos, K = 1: para circuitos trifasicos, K =
1,73.

FP - Fator de potencia para o circuito de distribuigao.

U- Tensao do circuito de distribuigao (V).

A tensao (U do circuito de distribuigao depende do fornecimento da concessional local

a) Sistema 380/220 V.

Trifasico U=380V

Monofasico U=220V

b) Sistema 220v/127V:

Monofasico U=127V

Bifasico U= 220V

ATIVIDADE RESOLVIDA
Na residencia da atividade resolvida anterior (pagina 177) sera instalado, no quarto I, um ar-
condicionado de 18 000 BTU/h (2 600 W). Determine corrente do circuito de distribuigao da
residencia.

Dados anteriores

- potencia ativa de iluminagao = 740W;

- Potencia ativa das TUGS = 2 800 W.

Dado novo: - potencia ativa da TUE (ar-condicionado) = 2 600W;

potencia ativa total do projeto = 740 W 2 800 W 2600 W = 6 140 W.


Conclusao: segundo a concessionaria local (tabela 9.18), o sistema para esse projeto sera monofasico
220 V, pois 6 140W < 15.000 W.
186

Calculo da potencia do circuito de distribuigao:

le passo: somam-se a potencia ativa de iluminagao e a potencia attva das TUGs para o calculo
da demanda maxima, isto e, a previsao de potencia maxima solicitada ao mesmo tempo pela
instalagao.
Potencia ativa de iluminagao e de TUGs = 740 W + 2 800 W = 3 540 W.

Na tabela 9.16. esse valor esta entre 3 001 W e 4 000 W, portanto o fator de demanda (FD)
sera 0,59.

Potencia maxima do circuito de iluminagao e de TUGs = 3 540 • 0,59 = 2 OSS,6 W.

2? passo: calcula-se a demanda maxima para o circuito de uso especifico (TUE).


Potencia ativa da TUE = 2 600 W.

Como a tensao (U) da rede e 220 V, determina-se a corrente de consumo apenas para
confirmar que esse e um circuito independente:
I = P/U = 2 600/220 = 11,82 A > 10 A.

Na tabela 9.17, entra-se com o numero de circuitos e, entao, extrai-se o fator de demanda
(FD). No caso em estudo, tem-se apenas um circuito de TUE (ar-condicionado), portanto FD =
1.
Potencia maxima do circuito de TUE = 2 600 • 1,00 = 2 600 W.

35 passo: calculo da demanda maxima total.

Potencia maxima total = Potencia maxima de iluminapao e TUGs + potencia maxima de TUE =
2 033,6 W + 2 600 W = 4 633,6 W.
A potencia maxima total corresponde a potencia ativa no circuito de distribuipao.

42 passo: calculo da corrente de distribuicao.

Para o calculo da corrente de distribuigao, utiliza-se a formula:

p
1^ “ r nit. uul
!
K • FP • II

Da tabela 9.5, extrai-se o fator de potencia medio (0,95). Para circuitos monofasicos, K = 1 e a
tensao de distribuigao vale 220 V. Logo:

, _ 4 688.6
J
1 -U.95 • 220
I: = 22,43 A
187

Divisao dos circuitos terminals


Circuitos terminais sao circuitos que partem dos disjuntores do quadro de distribuigao e alimentam
pontos de luz e tomadas.
A divisao da instalagao eletrica residencial em circuitos terminais facilita sua manutengao e operagao.
Para cada circuito terminal, e preciso usar um disjuntor, que e um dispositivo de protegao. Os
disjuntores para instalagao de baixa potencia pode ser termomagneticos ou diferenciais residuais.

Criterios para a divisao dos circuitos terminais:

• Limita-se a potencia dos circuitos de iluminagao e de tomadas de uso geral:

- 2200 VA em 220 V.

- 1 270 VA em 127 V
Obs.: I= P/U, entao: 1 = 2 200/220 10 A; I= 1270/127 = 10 A. Logo a corrente fica limitada em 10 A.
• Circuito de iluminagao independente,

• Circuito independente para cada aparelho ou equipamento que consome corrente superior a 10
A. Esses equipamentos aparelhos necessitam de pontos de tomadas de uso especlfico.
• Circuito independente para pontos de tomadas de cozinha, copa, area de servigo, lavanderias e
locais semelhantes.

Em instalagoes bifasicas ou trifasicas, procure distribuir as potencias igualmente entre as fases.

ATIVIDADE RESOLVIDA
Divisao dos circuitos da atividade resolvida anterior (veja dados na atividade resolvida da pagina 177,
na qual se estima a carga ativa total de uma residencia)
al Circuito 1 (iluminagao) - Quarto I, Quarto II, Sala, Cozinha e Banheiro. Potencia aparente 740 VA,
Valor menor que 2 200 VA, portanto apenas um circuito

Tensao(V)220 V

Corrente (I) = 740/220v = 3,36 A.


188

b) Grcuito 2 (TUGs) - Cozinha. Quantidade


de tomadas = quatro.

‘ 35
35
Cozinha
C* Quarto It £

£--
Banheiro C

Sala

Quarto I v--
-1 1- In

Figuru 'i.fi - Planta baixa.

Potencia aparente = 1 900 VA, valor menor que 2 200 VA, portanto apenas um circuito.
Tensao (U) = 220 V.
Corrente (I) = 1 900/220 = 8,64 A.

c) Circuito 3 (TUGs) - quarto I, quarto II, sala e banheiro.


Quantidade de tomadas = 11.
Potencia aparente = 1 600 VA, valor menor que 2 200 VA, portanto apenas um circuito.
Tensao (U) = 220 V.
Corrente (I) = 1 600/220 = 7,27 A.

d) Circuito 4 (TUE) - Quarto I.

Potencia aparente = 2 860 VA (veja tabela 9.4).


Corrente (I) = 2 860/220 = 13 A.
Corrente total por circuito:

Tabela 9.19 - Circuito e corrente calculada

Circuito 12 3 4
Corrento (A) 3,36 8,54 7,27 13,00
189

Disjuntores e condutores Dimensionamento de


disjuntores e condutores
Dimensionamento de disjuntores termomagneticos (DTM) com dados aferidos a
temperatura de 40 °C:
Tabela 9.20 -
Dimensionamento de disjuntores termomagneticos

Dots ou mas circuitos por


Um circuito por eletrodutoeletroduto
1,5 15
10
2.5 20 15
25 20
6 35 25
10 50 40
15 60 50
25 70 70
35 100 70
50 100 100

ATIVIDADE RESOLVIDA

Dimensionamento dos disjuntores do exerclcio anterior

Dados:

Observances:

Circuito de forga e um circuito de tomadas (TUG OU TUE) em circuitos de iluminagao, a


secgao minima do condutor e 1,5 mm 2
Em circuitos de forga, a secgao minima do condutor e 2,5 mm 2

Como sao quatro circuitos, entao eles sao agrupados em dois ou mais circuitos por
eletroduto. Seria possfvel, por exemplo, optar por colocar o circuito do ar-condicionado
exclusivamente em um eletroduto. Em cada eletroduto e conveniente,
190

no maximo, tres circuitos, pois isso facilita a instalagao e, tambem, futuras manutengoes.

a) Circuito 1 - lluminacao.
Corrente: I = 3,36 A.

Como os circuitos foram agrupados em dois ou mais por eletroduto, verifica-se que, na tabela 9,20,
na coluna dois ou mais circuitos por eletroduto, o primeiro valor de corrente e 10 A (corrente
maxima admitida), portanto, como 3,36 A < 10 A, encontra-se, na linha horizontal correspondente a
10 A, a secgao do condutor: 1,5 mnv.
Conclusao: disjuntor termomagnetico (DTM) com corrente nominal de 10 A. Condutor de secgao 1,5
mnv.

b) Circuito 2 - Forga (circuito de tomadas).


Corrente: I = 8,64 A.

De maneira similar ao circuito 1, verifica-se na tabela 9.20: S,64 A < 10 A. portanto a secg3o do
condutor seria 1,5 mnv, mas a norma determina que, para circuito de forga, a secgao minima devera
ser 2,5 mnv'. Conclus3o: disjuntor termomagnetico (DTM) com corrente nominal de 10 A. Condutor
de secgao 2,5 mnv.

c) Circuito 3 Forga.
Corrente: I - 7,27 A.
t omo 7,27 A < 10 A, ent.lo a secgao sorla 1,5 mm', mas o circuito d* de forga: socgiio minima 2,5 mm '.
ConclusSo: disjuntor tormomap,m',ti(:o (DTM) com corrente nominal do 10 A. Condutor de secgao 2,5
mm'.

d) Circuito 4 - Forga.
Corrente: I = 13 A.
Como 13 A < 15 A (corrente maxima admitida), ent.io a secg3o do condutor
sera 2,5 mm',
Conclusao: disjuntor termomagnetico (DTM) com corrente nominal de 15 A, Condutor de 2,5 mm'.
191

Equivalencia entre DTM e IDR (interruptor diferencial


residual)
O IDR, que protege as pessoas e o patrimonio, deve ser instalado junto com o disjuntor
termomagnetico (DTM), que protege o circuito contra sobrecarga e curto-circuito. A corrente do IDR
nao deve ser menor que a corrente do DTM.
A norma NBR 5410 estabelece que o IDR seja obrigatorio em circuitos que alimentam pontos de
areas normalmente molhadas ou sujeitas a lavagem: cozinha, copa, garagem, banheiro, area de
servigo e lavanderia. A equivalencia entre DTM e lDR e dada na tabela 9.23:

ATIVIDADES
1)Corresponde a potencia minima de iluminagao de um quarto com dimensoes de 4
m x 3,5 m:

a. 110 VA

b. 160 VA.

C. 180 VA

d. 200 VA.

e. 220 VA.

Figura 9.7 - Quarto.


192

2) Calcule, em VA, a potencia minima de iluminagao de sua sala de aula. Sugestao de material: uma
trena.

3) Dimensionamento do numero minimo de tomadas e a potencia total de uma cozinha de


dimensoes 2,8 m x 3,3 m:

a. Tres tomadas; P = 1 800 VA.

b. Quatro tomadas: P= 1 900 VA.

C. Quatro tomadas; P = 400 VA.

d. Tres tomadas; P = 300 VA.

e. Tres tomadas; P = 1 900 VA.

4) 0 numero minimo de tomadas e a potencia total, em VA, correspondente a uma sala de


dimensoes 7,2 m x 2,3 m sao:

a. Tres tomadas; P = 1800 VA.

b. Tres tomadas; = 300 VA.

c. Quatro tomadas; P 1900 VA.

d. Quatro tomadas, P - 400 VA.

e. Tres tomadas; P = 800 VA.


5) Um ferro eletrico de tensao 127 V consome uma corrente de 5 A. Calcule a potencia ativa.

a. 55 W b. 635 W
193

C. 6 350 W d. 6,35 W.

e. 550 W

6)E unidade de potencia ativa: a. Hertz. b. Ampere.

C. Ohm. d. Watt.

e. Volt.
Considere a planta com dimensoes em metro e, entao, identifique a res posta correta das
proximas questoes.

7)Potencia minima de iluminagao da area de servigo:

a. 600 VA.

b. 100 VA.

C. 1 200 VA. d. 200 VA.

e. 300 VA.

8)Numero mlnimo e a potencia total de tomadas na cozinha:

a. Cinco tomadas; P = 1 900 VA.

b. Quatro tomadas; P = 2 400 VA.

C. Cinco tomadas; P = 2 100 VA.


194

d. Tres tomadas; P = 1 800 VA.

e. Quatro tomadas; P = 400 VA.

9) Potencia estimada total de iluminagao do quarto:

a. 220 VA.

b. 110 VA.

c. 300 VA.

d. 180 VA.

e. 160 VA.

10) O numero mlnimo de tomadas da sala e:

a. Um

b. Dois.

c. Tres.

d. Quatro.

e. Cinco

Principios de
Basicos
Automagao
A automagao e um conjunto de tecnicas pelas quais se constroem sistemas automaticos capazes de
atuar com eficiencia e acionados por comandos recebidos do meio sobre o qual atuam, ou seja, e um
sistema de controle por meio do qual os mecanismos verificam o proprio funcionamento, efetuando
medigoes e, quando necessario, inserindo corregoes automaticamente, sem auxllio do homem.
195

A automagao em ediffcios e empresas e bastante comum ha algum tempo. E facil notar os sistemas
automaticos presentes nesses ambientes, como a detecgao e combate a incendios, as centrais de
alarmes, cameras de seguranga, portas giratorias, sensores de presenga, entre outros. O interessante
e que esses sistemas estao mi granado para as residencias, dando origem aos termos: "automagao
residencial", "casa automatica", "demotica", "residencia inteligente e assim por diante.

Dogmatica e um neologismo, cuja raiz do termo domus vem do latim, e significa casa, em
aglutinagao com a palavra robotica. No entanto, e possfvel conceitua-la como uma tecnologia
que permite a gestao de todos os recursos habitacionais ou, ainda, um conjunto de tecnologias
que ajuda na gestao e execugao de tarefas domesticas do cotidiano

A automagao residencial esta relacionada ao uso das tecnologias existentes para facilitar algumas das
principais tarefas, que, em uma casa convencional, ficariam a cargo de seus moradores. Com auxflio
de sensores, temporizadores ou ate de um simples toque em um botao de controle remoto, e
possfvel acionar tarefas pre-programadas, trazendo maior comodidade, seguranga, economia e
conforto para os seus moradores.

Inicialmente desenvolvida nos estados Unidos para atender aos deficientes cos a automagao
residencial, de uma forma elementar, pode ser classificada em
• Sistema de comunicagao> TV por assinatura, telefonia e interfonia.

• Sistema de seguranga: alarmes, monitoramento e controle de acesso

• Sistema de instalagao eletrica: gerenciamento de energia, automatizagao das cortinas de


persianas e de iluminagao.
• Sistema multimidia video, audio e jogos.

• Sistema utilitario: climatizagao e irrigagao de jardins.

Os sistemas de automagao e silencia proporcionam ao sus- rio um conforto nunca antes imaginado e
sao facilmente adaptados a qualquer unidade domestica. Ha,
196

portanto, uma tecnologia expansive! e flexlvei por meio da qual o proprio habitante designa como
quer ser beneficiado. Entre as principais vantagens da casa inteligente, destacam-se: conforto,
otimizagao do tempo (agilizagao de tarefas), economia e seguranga.

Dispositivos de automagao residencial mais comuns Sensor


de presenga
O sensor de presenga e um circuito inteligente de comando que se destina ao acionamento de cargas
temporizadas, ou seja, acionamento de um dispositivo por um tempo predeterminado. Ele aciona um
alarme ou uma lampada ao detectar a movimentagao de fontes de calor (pessoas, carros, etc.) por
melo do uso de um sensor infravermelho. De acordo com o tempo programado, ele e desligado apos
a ausencia da fonte de calor. Esse tipo de circuito e ideal para controlar iluminagao de garagens,
entradas de acesso, recepgoes, corredores, depositos, almoxarifado escritorios, condomlnios,
industrias, hoteis, orgaos publicos, entre outros.
Os sensores de presenga foram desenvolvidos para substituir interruptores convencionais e
minutarias - dispositivos que acionam lampadas, mantendo-as acesas por pre-programado, ou seja,
ligam e desligam lampadas automaticamente. Existem diversos tipos e modelos de sensores de
presenga, com sensor simples de parede, sensor conjugado de teto-parede sensor simples de teto.
197

O modelo de sensor de parede possui um interruptor para manobra manual do acionamento da


lampada, e, tambem, o modo temporizado automaticamente. Ele e acionado a uma distancia maxima
de detecgao de 8 metros, cobrindo um angulo de agao de 180°; os modelos de teto-parede tem
distancia maxima de detecgao de 6 metros, cobrindo um angulo de agao de 180° e os modelos de
teto atuam a uma distancia de detecgao maxima de 6 metros, cobrindo um angulo de agao de 360°

Sensor

Rede eletrica
127 V ou 220 V

Ajuste
Ajuste da de
fotocdlula tempo
dia/nolte__

Vprmelho,
Rede eldtrica
127 Vou220

Rcdc cictrlcn
Sensor 127 Vou 220 V

de^ensores de presenga: (a) parede;


^Bsquemase^arede;(c)tcto
l0
Flgura

Rele fotoeletrico
Rele e um dispositivo eletromecanico que funciona quando uma corrente eletrica percorre sua
bobina e, portanto, cria um campo magnetico que atrai uma armadura responsavel pelo fechamento,
por meio de contatos, do circuito.
O rele fotoeletrico e um dispositivo automatico usado no acionamento de pontos luminosos e outras
cargas. Na ausencia de luz natural, mantem luminarias acesas e e insensfvel a variagoes bruscas de
luminosidade, como relampagos e farois pode ser instalado em qualquer tipo de lampada.
Basicamente, esse dispositivo e um interruptor automatico: liga a lampada a noite e, durante o dia,
desliga-a. Os rales fotoeletricos sao bastante usados em iluminagao publica, comercial, residencial
etc.
198

O circuito do foto resistor e construldo a base de um resistor senslvel a luz seja, um resistor
dependente de luz, do termo em ingles light dependent resistor, ou simplesmente, LDR. O LDR e um
dispositivo construldo com um tragado sinuoso, a base de sulfeto de cadmio, em sua face plana. Essa
parte do elemento e responsavel pela absorgao de luz
Classificagao dos reles quanto aos princlpios elementares de acionamento:

• Rele termico - Possui uma lamina bimetalica (chapa composta por dois metais de diferentes
coeficientes de dilatagao), que, de acordo com a variagao de temperatura do foto resistor, sofre uma
curvatura e aciona um contato eletrico
• Rele eletromagnetico - o foto resistor e ligado em serie com uma bobina conectada ao circuito de
comando. A variagao do fluxo luminoso no foto resistor e responsavel pelo aumento da intensidade
da corrente eletrica que percorre a bobina e, portanto, gera um campo eletromagnetico que aciona a
sistema,
• Rele eletronico - Circuitos eletronicos sao acionados em fungao da intensidade de luz que incide
sobre o foto resistor, e energizam a bobina do rele
Em fungao da resistencia aos transientes de rede e as intemperies naturais, 05 reles termicos e
eletromagneticos sao os mais utilizados.

Rgura 10.4 - (a) LDR; (b) slmbolo do LDR.

Na figura 10.5, e apresentada a aparencia ffsica de uma foto celula, sensor ou rele fotoeletrico.

Na figura 10.6, sao apresentados os diagramas de ligagao fotocelulas, sensor ou rele fotoeletrico:
199

220/2+0V 223 V
110/127V 22'. V

Carca (vcrmrlho) Cargs (vtnwiho)

Seutro (branco)

Figura 10.6 - Diagrams de ligafio do rol£ fotoelctrico.

Minuteria (temporizador)
A minuteria e um dispositivo eletrico que permite manter uma ou mais lampadas acesas por um
tempo predefinido. Tal dispositivo e bastante utilizado em escadarias, garagens, ediffcios e em locais
amplos.
Ela pode se assemelhar a um disjuntor, mas com uma diferenga externa: uma chave seletora usada
para selecionar o tempo que a lampada devera permanecer ligada; ou, entao, um interruptor cuja
tecla e substitulda por um botao, conforme o modelo.

As minuterias sao acionadas por puladores, que e um interruptor normalmente aberto. Quando a
tecla do pulsador e pressionada, a minuteria e ativada. O pulsador apresenta-se diretamente
acoplado a minuteria ou individual mente, e cada tipo e utilizado de acordo com a necessidade do
projeto.

1
Figura
10.8 -
Modelo
de
pulsad
or.
200

Diagrama funcional de um pulsador e minuteria acionando uma lampada:

Lampada

~9 >

ATIVIDADE RESOLVIDA
Uma minuteria coletiva de 15 A pode controlar no maximo quantas lampadas de 100 W quando
utilizada em uma instalagao de 127V?

ie passo: calculo da corrente consumida por cada lampada.

P=U•I

p 100
I =-= - - = 0,7874 A
U 127

2p passo: a corrente maxima da minuteria 6 de 15 A, entao, usando uma regra de


tres simples e direta, obtem-se:

0.7S74 A-1 Lampada

15 A-N

N = ——— = 19,05 lampadas.


0,7874

Condusao: a minuteria podera comandarate 19 lampadas de 100 W cada.

Segunda selugao:

12 passo: calculo da potencia total.

P = U-1 = 127-15 = 1 905 W

2e passo: como cada lampada tern potencia de 100 W, entao:

100 W —-1 Lampada

1 905 W-N
N = * = 19,05 lampadas
201

Conclusao: a minuteria podera comandar ate 19 lampadas de 100 W cada.

Dimmer
O dimmer e um dispositivo usado para variar a intensidade luminosa de uma lampada. E utilizado em
lampadas incandescentes e fluorescentes com pastas com reator de intensidade varia vel. Esse
dispositivo permite o aumento ou diminuigao da corrente do circuito e, portanto, uma variagao de
potencia, controlando, assim, a intensidade da luz produzida por uma lampada, por exemplo. O
aumento ou diminuigao da intensidade luminosa e feito por meio de um potenciometro, que e um
resistor ajustavel. Para isso acontecer, basta girar o botao do dimmer manualmente ou pelo controle
remoto. A figura 10.10 mostra um modelo de dimmer.

I
j

Instalagao de um dimmer e semelhante a de um interruptor simples. 0 diagrama funcional da


instalagao de um dimmer acionado uma lampada e mostrado na figura 10.11.
202

Porteiro eletronico
O porteiro eletronico e um controle automatico de acesso a residencia depois de uma comunicagao
previa entre morador e visitante,
E composto por modulo externo com interfone viva voz mono fone interno e fechadura. O visitante,
por meio do interfone externo, comunica-se com o morador, que utiliza o monofone interno. O mono
fone interno tem um botao que, ao ser pressionado, aciona a fechadura da porta e, assim ela se abre,
liberando a passagem do visitante; em seguida, fecha-se novamente.

Figure 10.12 - InstalafSo de um porteiro com fechadura eletrdnica.

A secgao transversal do fio para instalagao do porteiro eletronico e 1,5 mm'. E preciso observar,
tambem, no manual do fabricante, a distancia maxima permitida entre o interfone e o monofone.

Automagao de cortinas e persianas


Automatizar ja foi conceito de tecnologia de ponta; no entanto, atualmente, solugoes engenhosas e
acessfveis estao se tornando familiares e sendo incorporadas naturalmente no estilo de vida das
pessoas, em fungao do conforto e praticidade.

O conjunto para automagao de cortinas e persianas e de facil instalagao, basicamente,


e composto por:

motor eletrico;

suportes;

controle remoto,
203

O motor e silencioso e fica discretamente instalado de forma que nao prejudica a estetica do
ambiente, mesmo que a residencia ja tenha toda a infraestrutura pronta

Por meio de suportes, fixa-se o conjunto no local desejado. A figura 10.14 mostra a montagem de um
modelo de cortina

Portao automatico
Portao e uma porta de rua que da acesso a um ambiente isolado por paredes e cercas 0 sistema de
Automagao do portao envolve motor, engrenagens e placa de controle
De acordo com a instalagao, o portao pode ser aberto de diversas formas: corrediga ou deslizante,
basculante e pivotante

Corrediga ou deslizante
204

O portao faz um movimento horizontal alternativo de vaivem sobre um trilho fixado no chao.

Basculante
O portao movimenta-se como uma janela basculante.

Pivotante
O portao movimenta-se para dentro ou para fora da area residencial
205

Instalagao
Entre as formas de instalagao do portao automatico citadas, a mais simples e a deslizante. Nesse caso
o motor pode ser fixado na parte superior ou inferior do portao. De acordo com a situagao, o
Instalador verificara cada caso e determinara a localizagao do motor com base na estrutura existente.
Se optar pela instalagao do motor na parte inferior do portao, ou seja, no chao ou piso e de forma
deslizante. entao sera necessario construir uma base de concreto ou de metal de 15 cm x 15 cm de
base e de 20 cm a 30 cm de altura, no piso, conforme figura 10.18.

Apos a fixagao do motor na estrutura, solda-se ou parafusa-se ou, entao, rebita se a base metalica da
engrenagem linear (cremalheira) no portao. A cremalheira, acoplada na engrenagem do motor, fara
o movimento do portao

Para determinar o fim de curso do portao, sao instalados imas nas extremidades da base que contem
a cremalheira. Existe um sensor integrado ao motor que o perceber o campo magnetico do Ima,
desliga-o.

• A cremalheira devera ser, no minima, 0,5 m maior que a abertura do vao do portao. Por
exemplo, para um portao de 3 m de comprirnenio, a cremalheira tera, no rninimo, i,5 rn,
• Deve-se fazer, com disjuntor e interrupior residual, um circuito independents para a
automacao do portao.
206

Cerca eletrica
Cerca eletrica sao fios de ago conectados a uma central de choque, fixados em hastes metalicas
engastadas em muros, com a finalidade de impedir a invasao da area protegida.
Neste topico usaremos como ilustragao um exemplo de instalagao de uma cerca eletrica em uma
regiao de 70 metros de perfmetro. Nesse projeto, os materiais podem ser calculados
proporcionalmente. Os itens necessarios a instalagao da cerca eletrica sao:
Uma central de choque de 8 000 V a 12 000 V, para aterramento com alarme eletronico e barra

Uma pega de cabo de alta tensao. Uma

sirene simples.

Uma bateria 12 V

Um rolo de fio de ago inoxidavel com 300 metros.

24 hastes de quatro isoladores tipo estrela.

14 placas de advertencia
Inicialmente, observa-se a altura do muro, que deve ter em torno de 2,10 m ou mais. Em uma
residencia com terreno de 70 m de perfmetro, sao necessarias 23 hastes, levando em consideragao a
distancia-padrao de 3 entre elas, mas ha casos em que o proprietario exige uma distancia intercalada
de 2 m. Para uma malha de quatro fios, tem-se um total de 280 m de fio de ago.
A fixagao das hastes pode ser feita com concreto ou por meio de parafusos com buchas. O
importante e que fiquem bem firmes, pois sustentarao os fios de ago inox

Para fazer a instalagao da malha, de duas voltas com o fio sobre o Isolador da haste e, em seguida,
estique-o para a proxima haste. Um modelo de instalagao de cerca eletrica residencial e
representado na figura 10.21.

5 mclros entre placas 2 metros entre hastes


___ Ido de
Cabo de alta f « ? Inox 'V,'
isolate X * { 110 cm
U--T--
EB

I
EB
BE
Central de
choque r~ 1
-r T -T
1
"P
JZ xz 3

cerca eldtrica instalada.


BB-j
Figura 10.21 - Modelo de nturo com
207

A central de choque e conectada aos cabos de alta isolagao e de alta tensao, Se houver, por qualquer
motivo, curto-circuito, contato de algum corpo condutor ou corte nos fios da cerca, ocorrera uma
interrupgao no fluxo de corrente eletrica e, por tanto, essa informagao sera percebida pela central de
choque, que alarmara imediatamente,
As placas de advertencia podem ser de plastico ou alumlnio. As de plasticos podem ser fixadas na
malha, ou seja, nos proprios fios da cerca eletrica enquanto as placas de alumlnio sao presas nas
hastes, pois em contato com os fios, podem interferir no funcionamento do circuito, provocando
curto-circuito.
A instalagao da central de choque deve ser feita em local fora do alcance de criangas e,
preferencialmente, na area de servigo, pois gera um som que incomoda bastante Conselho Regional

A instalagao de cerca eletrica deve ser feita por empresas registradas no Conselho Regional de
Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CREA)

Instalagao de campainhas

A campainha ou cigarra e um dispositivo que serve para informar ao proprietario de uma residencia a
presenga de alguem a porta ou portao. As campainhas sao instala das, tambem, em colegios e
fabricas como alerta de horarios. Elas funcionam por meio de um interruptor especial que ao ser
acionado energiza, instantaneamente, o circuito, fazendo com que a campainha emita um sinal
sonoro. A campainha ou cigarra deve ser acionada apenas por um curto intervalo de tempo, por isso
os interruptores utilizados para o seu acionamento sao providos de um mecanismo com mola que
forga a abertura dos contatos imediatamente apos cessar a pressao de acionamento do botao (tecla).

Etapas de instalagao de campainhas e cigarras:

1. Com o auxllio da chave teste, verifique se o circuito esta energizado em casa negativo, lava a
instalagao em caso positivo, desenergizar o circuito, desligando seu disjuntor.
2. Com o auxllio de um cabo-guia, passe a fiagao dentro do eletroduto.

3. Faga as ligagoes da campainha ou cigarra ao interruptor, de acordo com o diagrama multifilar


apresentado na figura 10.22. Energize o circuito acionado o disjuntor pressionando o botao do
interruptor, teste o circuito
F
N
208

ATIVIDADES
1) Uma minuteria coletiva de 10 A pode controlar no maximo quantas lampadas de 100 W ou de 60
W ou de 40 W ou de 30 W, quando ligada em uma rede de 220 V sem funcionar sobrecarregada?

2) O que sao sensores de presenga? Quais os tipos de sensores existentes no merca do? De que forma
o objeto e detectado?
3) Uma garagem subterranea contendo 20 vagas e iluminada por meio de 15 lampadas
incandescentes de 60 watts sem automagao; elas funcionam 12 horas por dia, no periodo noturno de
18h as 6h. Com o passar do tempo, o sindico do predio instalou sensores de presenga e, portanto,
verificou que o consumo da garagem foi reduzido em 60% ao mes. Determine o consumo, em kWh,
antes e depois da automagao.
4) Qual a vantagem de usar minuteria para iluminagao de halls e corredores de um hotel?
5) Qual a fungao do dimmer?

6) No projeto de uma cerca eletrica para uma residencia de 100 m de perfmetro, cal cule quantos
metros de fio inoxidavel serao necessarios para construi-la com uma malha de seis fios. Quantas
hastes metalicas serao necessarias, considerando 3 m de distancia entre elas?
7) De acordo com a instalagao, como pode ser aberto um portao automatico? Como funciona o
sensor de fim de curso utilizado em portoes automaticos para indicar que o portao abriu ou fechou
completamente?
Conceitue rele.

10) Antigamente, o sistema de iluminagao publica era acionado diariamente por uma pessoa, a partir
de uma chave ou disjuntor. Hoje, esse sistema foi automatizado e sao usados circuitos eletricos a
base de sensores. Que tipo de sensor e utilizado para acionamento de um sistema de iluminagao
publica?

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