Fios de Sustentação 2019
Fios de Sustentação 2019
Fios de Sustentação 2019
SUSTENTAÇÃO
E SUAS TÉCNICAS
Índice
I Introdução e Histórico
19 II Marcas no Mercado Brasileiro
23 III Marcação de Cada Técnica
25 IV Indicação e Mecanismos de Ação
39 V Anatomia da Face
41 VI Técnicas de Implante
49 VII Marcação
51 VIII Mesa Cirúrgica e Anestesia
63 IX Introdução da Cânula e do Fio
69 X Convergência Temporal – A Técnica
89 XI Fios de Aço
97 XII Correção do Umbigo Triste
103 XIII Curativo – Complicações, Durabilidade
e Conclusão 105
XIV Pré e Pós-Lifting com Fio Russo® 109
Referências Bibliográficas 113
Marcação de Cada
Técnica
II
Fio Aptos
I
Marcação preconizada pelo
Dr. Sulamanidze
Foto 6
26 Fio de Sustentação e suas Técnicas – Arthur dos Santos
Pimentel
Fio Russo®
Lançado em 2002 e criado pelo Dr. José A.
E. Bera- mendi. Registrado oficialmente pela
Anvisa em 12 de setembro de 2005.
De acordo com seu fabricante, o pioneiro Fio
de Dupla Convergência com garras duplas
(DD) e duplas- falhadas (DF) é:
monofilamentodepolipropileno,
comgarras;
inabsorvível;
não biodegradável;
atóxico;
biocompatível;
muito resistente (Foto 7).
Fio Filit
Lançado em novembro de 2004. De acordo
com seu fabricante, ele é:
fio de polipropileno, comgarrastriplas no mesmo plano;
tridimensional;
inabsorvível;
não biodegradável;
atóxico;
biocompatível;
muito resistente (Foto 9).
Essefioéligeiramenteelástico,
vememváriasespes- suras, variando de 00 a
00-06 (Foto 12).
32 Fio de Sustentação e suas Técnicas – Arthur dos Santos
Pimentel
FOTO
13
Marcação de Cada Técnica 33
Convergência temporal
Criada pelo Dr. Arena, coma utilização
deapenas uma porta de entrada, sem sair na
extremidade distal. Ofiopodeserancorado e
em alguns casos, otimizaro trabalho.
Marcação preconizada
pelo Dr. Arena
Foto19
Foto20
Apresentação
Mecanismo de ação
Temos uma reação granulomatosa
composta de histiócitos mononucleares e
fibroblasto em atividade.
Por ser seu material de polipropileno, com
exceção do Búlgaro, que é de policaproamida,
é o que causa menos reações tissulares, que se
traduzem pela forma- ção de um ligamento
tubular de colágeno e elastina, de duração
eterna, tração e alta resistência.
O fio é totalmente envolto por um tecido de
neo- formação colagênica, em torno do seu eixo
principal e de suas garras, por isso que mais
garras, mais depósito desse material, dando
maior resistência ligamentar.
Todos os fios de polipropileno são
inabsorvidos, sendo que aproximadamente
12 meses depois eles setornam um verdadeiro
ligamento. Já o fio elástico (Búlgaro) é
reabsorvido aproximadamente com três anos,
restando sóuma fibrose no seu lugar.
Anatomia da
Face
V
Como sabemos, não são os músculos que
iremos elevar com a metodologia dos fios de
sustentação, e sim os tecidos adiposos (coxins)
que ptosam. A distri- buição das coleções de
tecido adiposo facial é o foco da técnica de
rejuvenescimento. No rosto envelhecido, os
tecidos adiposos, ou seja, as bolsas e os coxins
gor- durosos flácidos, escorregam para dentro
e para baixo acompanhando a ptose das
outras estruturas faciais. Com a implantação
supra-SMAS, transforma-se um rosto
envelhecido em um rosto jovem. Como vamos
trabalhar no subcutâneo profundo, é
importante saber as estruturas que o
circundam.
Músculos da face
São em números de 12 os músculos
mímicos:
1. Músculo levantador do lábio superior e da
asa do nariz
2. Músculo levantador do lábio superior
3. Músculo zigomático menor
4. Músculo zigomático maior
5. Músculo risório
6. Músculo orbicular daboca
7. Músculo depressor do lábio inferior
42 Fio de Sustentação e suas Técnicas – Arthur dos Santos
Pimentel
Fig.
6
•1
•3 •2
•4
•5 •9 •6
•10
•8
•11 •7
•12
Temos ainda:
1. Músculo epicrânio, músculo
occipitofrontal, ventre frontal
2. Músculoepicrânio,
músculotemporoparietal
3. Músculo auricular anterior
4. Músculo auricular superior
5. Músculo auricular posterior
6. Músculo platisma
7. Músculo esternocleidomastóideo
Anatomia da Face 43
Fig.7
•1
•2
•4
•3
•5
•7
•6
•
Fig. Fig.
8 9
•1
•3 •2
Artérias e veias
Principais artérias e veias da região
facial:
3
4
2
5. Veia angular
6. Veia nasofrontal
7. Veia supratroclear
8. Veia maxilar
9. Veia retromandibular
Fig. 11
7•
6•
4 8
•
3• 1
2
Técnicas de Implante
Técnicas de implante
V
Fotografia
Consentimento e contrato
Assepsia e anti-sepsia
I
Marcação
Anestesia
Introdução da cânula
Introdução do fio
Retirada da cânula
Micropore
Fotografia
Afotografiaédegrande importância, pois, ao
mes- mo tempo que veremosadiferença
entreo préeopós- lifting, é um comprovante,
uma vez que com o passar do tempo o paciente,
como sempre olha para o novo rosto,
tematendência deesquecercomoeraantes, e,
ao ob- servar a foto que temos no nosso
arquivo, normalmente
mudadepensamento,elogiandootrabalhofeito.
Consentimento e contrato
Hoje em dia, em medicina estética, não
fazemos nada sem esses termos. É a nossa
garantia.
Marcação
VII
É importante sempre
seguirmos a li- nha de força da
musculatura da região (Foto 22)
.
52 Fio de Sustentação e suas Técnicas – Arthur dos Santos
Pimentel
Terço superior
No terço superior, antigamente, não
tínhamosgran- des alterações da colocação dos
fios, havendo a queda da sobrancelha. A
marcaçãosegue umpadrão, sendoumfio
colocado há mais ou menos 0,5 cm da cauda
do supercí-
lio,formandoumLcomoângulode90%,eumsegu
ndo fioparaolevantamentodo
arcosuperciliar(Foto23).
Terço médio
É nesta região que devemos ter mais
atenção, pois o sucesso do implante do fio de
sustentação fica ou não mais visível. Temos
que avaliar a queda do coxim in- fra-orbitário,
a queda do coxim malar, o sulco nasoge- niano
e a comissura labial.
Normalmente colocamos de três a quatro
fios nessa região.
Oprimeirofioéparaergueresustentaro
coximin- fra-orbitário, retificando o sulco
nasogeniano. Ele vai dafossatriangular
àasadonariz(Foto25).
Foto26
Terço inferior
Nessa região, vamos trabalhar para erguer
a bolsa degravidade, conhecida
como“buldogue”, e ao mes- mo tempo, ao
cruzar com os fios do terço médio, dar maior
sustentação ao coxim infra-orbitário. Normal-
mente colocamos três fios nessa região.
O primeiro fio vai do arco da
man- díbula até a região
temporoparietal (Foto 29).
56 Fio de Sustentação e suas Técnicas – Arthur dos Santos
Pimentel
Pescoço
Nesta região, temos de lembrar que o
músculo pla- tisma, que é bastante delgado,
tem origem na porção látero-superior do tórax
e na cobertura cutânea in- ferior do pescoço,
inserindo-se no bordo inferior da mandíbula e
cobertura cutânea da face inferior e ân- gulo
da boca.
Como ele se insere na mandíbula, sempre
que trata- mos o pescoço, além dos dois fios,
temos de associar os três fios da região do
terço inferior.
O primeiro fio, além dos três da região do
terço infe- rior, vai do ângulo
cervicomandibular até a aponeu- rose
mastóidea. Este fio serve para realçar o
ângulo (Foto 32).
Foto33
Foto35 Foto36
Foto 37
60 Fio de Sustentação e suas Técnicas – Arthur dos Santos
Pimentel
Foto 38 Foto39
Foto 40
Marcação 61
Foto 41 Foto42
Foto 43
Mesa Cirúrgica e
Anestesia
VI
II
Mesa cirúrgica – material necessário
Seringa 10 cce3 cc; agulha 13/03, 27/7
e40/12, mi- crocânula, cânula e guia, pinça
mosquito e tesoura; anestesia; fios e gazes
(Foto 44).
Anestesia
Inúmeros ossos da face têm importância
especial para a anestesia:
Osso zigomático
Osso maxilar
Osso nasal
Osso mandíbula
Osso frontal
64 Fio de Sustentação e suas Técnicas – Arthur dos Santos
Pimentel
A inervação é sensitiva:
V par craniano
Plexo cervical
Foto45
2 frontais
2 maxilares
2
mandibulares
Fig.
12
Preparo
Soro
fisiológico ............160 ml
Lidocaína a 2% S/V ....... 20
ml Bic. sódio a
8,4% ............. 2 ml
Adrenalina .....................
1 ml
IX
Introdução da cânula
É de grande importância a introdução da
cânula.
Sigo a orientação do Dr. Beramendi.
Primeiro ela não pode ser muito grossa
porqueo fio ficarásemapoio, ou seja, sem se
fixar no subcutâneo.
Depois, deverá ser introduzida no
subcutâneo pro- fundo (no tecido adiposo
profundo supra-SMAS) para não
superficializar o fio.
Sua ponta é discretamente cortante.
Sempre a introduzimos de cima para baixo.
Introdução do fio
Sempre no sentido de baixo para cima. Isso
é muito importante para que, aotirarmos a
cânula, ela possa se manter presa à
extremidade do fio.
Retirada da cânula
Retiramos a cânula torcendo-a para que o
fio seja incluído na posição helicoidal,
aumentando a tração e sustentação da região
tratada.
70 Fio de Sustentação e suas Técnicas – Arthur dos Santos
Pimentel
Marcação e anestesia
Nesta paciente o necessário para fazer lifting com o fio (em
todos os pacientes a seguir foram utilizados o Fio Russo® ou
Fio Beramendi) é erguer o terço médio para melhora do
sulco nasogeniano e sulco nasolabial (“bigode chinês”).
Passaremos então três fios de cada lado (Fotos 52, 53 e 54).
Introdução da Cânula e do Fio 71
Introdução da cânula
Após a anestesia dos dois lados, vamos passar a câ- nula.
Eu utilizo sempre a cânula de 20 cm de tama- nho por 2 mm
de espessura e com uma guia, pois ao passar a cânula ela se
enche de gordura, dificultando a passagem do fio (Foto 58).
Introdução da Cânula e do Fio 73
Passagem do fio
Retirada da cânula
Após passar o Fio Russo®, retiramos a cânula man- tendo a
ponta dele presa pelo nosso dedo indicador, e com o polegar
fazemos uma tração para encolher a área onde estamos
passando o fio. Ao tirar a cânula, o fio já estará fixado (Foto
61).
Curativo
Não há necessidade de colocar o micropore
na re- gião. No entanto, continuo seguindo
a escola do Dr. Beramendi, pois o curativo,
além de lembrar ao paciente que não deve
apertar ou comprimir a região onde
colocamos os fios, ao mesmo tempo
disfarçaoedemapós-lifting. Mantenho por 2
dias (Foto 64).
76 Fio de Sustentação e suas Técnicas – Arthur dos Santos
Pimentel
Foto 65
Foto66
Foto 67
Introdução da Cânula e do Fio 77
Foto
68
Foto
69
Foto70
78 Fio de Sustentação e suas Técnicas – Arthur dos Santos
Pimentel
Sobrancelha
Na sobrancelha, após vários pacientes em
que passei o fio com garras, gostei mais do fio
comum de prolene® (polipropileno) ou
goretex® (PTFE). Passei a utilizar minha
técnica, que lancei no III Congresso Mundial de
Medicina Estética no Rio em março de 2006,
a qual de- nominei lifting manequim reduzido
ASP. No futuro, com a legalização do Fio
Elástico, poderemos trocar o goretex® por ele.
Eleconsiste em três marcações, sendo o
ponto (A) no início do implante do couro
cabeludo em direção do ponto S, mais ou
menos 2 cm da cauda da sobran- celha, e
oterceiro ponto (P) noterço externo da so-
brancelha (Foto 71).
Foto75
Foto76
Foto77
Puxamos ofiodegoretexcomagulha de
Reverdan (Foto 81).
Foto 88
Foto 89 Foto 90
86 Fio de Sustentação e suas Técnicas – Arthur dos Santos
Pimentel
EntramoscomaagulhadeReverdan,napontan
asal, e seguimos justoperiósteo pela cartilagem
nasal até a raiznasal, ondesaímoscomaagulha.
Emseguida, com uma agulha curva cortante,
transfixamos o periósteo,
àsvezesatéoossonasal, esaímosnaoutra
extremidade
Introdução da Cânula e do Fio 87
Foto 93
Foto 99
Apóstiraracânula,restam-
nosaguiaeofioqueim- plantamos. Pinçamos o
fio e retiramos a guia (Foto 104).
Aqui
jáestãoostrêsfiospassadossemanecessidade
dos orifícios de saída (Foto 105).
Foto 108
X
I
Para tratar o rosto vincado pelo sulco nasogeniano,
fazemos a ressecção subcutânea com o fio de aço, cons-
tituído de 14 fios monofilamentados, traçados entre si,
fazendo o descolamento da camada profunda da der- me
à área superficial do bigode chinês. Assim, a pele em torno
do sulco fica livre para ser erguida no lifting com o fio de
sustentação. O descolamento é num plano único,
subcutâneo, para não provocar hematoma nem hemosiderose.
Ele libera (apaga/minimiza) a cicatriz natural (Fig. 13).
98 Fio de Sustentação e suas Técnicas – Arthur dos Santos
Pimentel
Pelomesmoorifíciodesaída dofiodeaço,
introdu- zimos a agulha no subcutâneo,
margeando agora a parteexterna do sulco
nasogeniano (Foto 112).
Foto 113
Correção do
Umbigo Triste
Fio no umbigo
O Dr. Beramendi criou essa técnica para combater a
flacidez do abdome, principalmente pós-parto, pós-
lipoplastia ou pós-regime, que leva ao fechamento do
umbigo, o que é conhecido como “umbigo triste”. Ele não
serve para elevar ou esconder gordura, e sim para “abrir”
o umbigo (Fig. 14).
104 Fio de Sustentação e suas Técnicas – Arthur dos Santos
Pimentel
Foto 121
Curativo - Complicações, Durabilidade
e
Conclusão
Curativo XIII
Sempre coloco bandagem com micropore
cor-da- pele por 48 horas. Isso é para evitar que
o paciente fi- que tocando a região e desloque o
fio.
Complicações
Técnica
Colocação do fio com cânula muito grossa.
Implante
Muito superficial, podendo ser visualizado quando a
paciente sorrir ou se o local for apalpado.
Tracionamento
Fazer tração demais no fio, formando um sulco ou depressão
na área de entrada do fio.
Quebra
O fio pode ser rompido ou quebrado devido a uma força
maior ao tracioná-lo.
Extrusão
Se a ponta do fio ficar na derme, mesmo profunda, ele
ficará incomodando a paciente até que ele saia (Foto 122).
106 Fio de Sustentação e suas Técnicas – Arthur dos Santos
Pimentel
Foto 122
Durabilidade
Ultra-som Já foi demonstrado por ultra-som que após 12 me-
ses os fios mantinham-se nolocaletinham dobrado de tamanho.
Cirurgia de ritidoplastia Em vários pacientes, após anos de
implante, ao serem submetidos à cirurgia de ritidoplastia, visu-
alizamos os fios, que formavam um verdadeiro liga- mento.
Curativ 107
o
Fatores biológicos
Continuamos a envelhecer, e o tempo não perdoa, só o que
ganhamos permanece. Se após a colocação do fio tivemos um
rejuvenescimento de oito anos, sempre teremos essa
vantagem. Exemplo, uma pes- soa com 40 anos ficou com
idade biológica de 32 anos, e, se não fizer mais nada, ao
chegar aos 48 anos, terá idade biológica de 40 anos.
Fatores externos
Fumo, poluição e sol são os fatores
externos que também influem no
envelhecimento.
Conclusão
Ato cirúrgico simples, levando de 10 a
30 minutos.
Pós-operatórios reduzidos; em dois dias o paciente volta
a suas atividades normais.
Em termos financeiros, para o paciente é melhor,
pois evita o centro cirúrgico, internação e
afasta- mento de suas atividades diárias.
Você pode sempre colocar outros fios para
manter o rejuvenescimento do seu
paciente.
Pré e Pós-
com FioRusso®
lifting
XIV
Follow de três anos e quatro meses da colocação do Fio
Beramendi. Podemos observar rejuvenescimento grande no
quinto dia após a colocação dos fios (Fotos 124 e 125). Três
anos e quatro meses após o pós-im- plante a paciente
apresentou sinais de envelhecimen- to, porém, aparenta estar
mais jovem do que antes do implante.
Foto 128
Antes
Foto
129
Após
dois anos e um mês
Pré e Pós-lifting com Fio 111
Russo®