Fios de Sustentação 2019

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FIO DE

SUSTENTAÇÃO
E SUAS TÉCNICAS

Índice
I Introdução e Histórico
19 II Marcas no Mercado Brasileiro
23 III Marcação de Cada Técnica
25 IV Indicação e Mecanismos de Ação
39 V Anatomia da Face
41 VI Técnicas de Implante
49 VII Marcação
51 VIII Mesa Cirúrgica e Anestesia
63 IX Introdução da Cânula e do Fio
69 X Convergência Temporal – A Técnica
89 XI Fios de Aço
97 XII Correção do Umbigo Triste
103 XIII Curativo – Complicações, Durabilidade
e Conclusão 105
XIV Pré e Pós-Lifting com Fio Russo® 109
Referências Bibliográficas 113
Marcação de Cada
Técnica
II
Fio Aptos
I
Marcação preconizada pelo
Dr. Sulamanidze

Na marcação do Dr. Marlen Sulamanidze


(Foto 6) observamos que ele também já
pensava nas linhas de força do rosto.
Foiatravésdesuaspesquisasqueváriosfabrica
ntesde fios fizeram seus estudos e
apresentaram novidades ou
simplesmenteutilizaramasváriastécnicasem
seusfios.

Foto 6
26 Fio de Sustentação e suas Técnicas – Arthur dos Santos
Pimentel

Fio Russo®
Lançado em 2002 e criado pelo Dr. José A.
E. Bera- mendi. Registrado oficialmente pela
Anvisa em 12 de setembro de 2005.
De acordo com seu fabricante, o pioneiro Fio
de Dupla Convergência com garras duplas
(DD) e duplas- falhadas (DF) é:
 monofilamentodepolipropileno,
comgarras;
 inabsorvível;
 não biodegradável;
 atóxico;
 biocompatível;
 muito resistente (Foto 7).

Atualmente, alinhade Fios Russos


Beramendiapre- senta váriostiposdegarras.
Cadanovomodelodefio apresenta diferentes
forças de tração e de sustentação do tecido
mole facial. Ao associar dois ou mais mo-
delosdefios num único procedimento,
eleofereceao médico a possibilidade de
“personalizar” o lifting se- gundo
ascaracterísticas faciais. Assim, afamíliade
fios russoscompreendeosfios de auto-
sustentação:
 Fio de dupla convergência com garras
dupla-dupla e dupla-falhada.
 Fio cônico com garra cônica e dupla-dupla.
 Fio tripla convergência com garra dupla-
dupla e garra ortogonal.
Marcação de Cada Técnica 27

Além dos anteriores, lançou os fios com


placa de su- tura para ancoragem na
aponeurose e/ou gálea:
 Fio mestre 4P com garras dupla-dupla e 4
placas de sutura.
 Fio T nos tamanhos de 7, 9 e 20 cm e com
garras
dupla-dupla mais placa de sutura, com
eixo de sus- tentação.

Marcação preconizada pelo


Dr. Beramendi

Para tratar e corrigir a ptose dos tecidos


moles fa- ciais, ele preconiza a implantação na
camada mais pro- funda do tecido adiposo
superficial (sempre acima do SMA) de 9 a 11
fios em cada hemiface (Fig. 2), segundo os
Vetores de Rejuvenescimento Facial.

No terço médio einferior elerecomenda


aimplan- taçãoemcada hemifacede dois fios,
osquaisdemonina fio mestre de 20 cm (F1 e
F2), e um chamado mestri- nho de 12 cm (F7),
para elevar a estrutura da face e
28 Fio de Sustentação e suas Técnicas – Arthur dos Santos
Pimentel

eliminar a bolsa de gravidade (bochecha de


buldogue), além de recuperar a linha do
contorno da mandíbula. Para erguer o coxim
infra-orbitário (F6) e diminuir a pressão do
tecido adiposo ptosado sobre o sulco naso-
geniano e o bigode-chinês (F3, F4 e F5), ele
recomenda a colocação de quatro fios.
Paraasobrancelha o Dr.
Beramendiapresenta duas técnicas:
 um fio implantado na extremidade distal da cauda da
sobrancelha com a metade para cima e metade lateral
(seguindo a implantação da sobrancelha), com na Figura 9,
ou
 dois fios com a metade para cima e metade lateral, sendo
que em uma forma os fios estão paralelos en- tre si e, na
outra, estão fazendo um formato em U (Fig. 3).

 No pescoço ele recomenda de um a dois fios, depen- dendo da


flacidez (Fig. 4).
Marcação de Cada Técnica 29

Fio Matrix Lift


Lançado em 2004. Saiu do mercado em maio
de 2006, segundo o Diário Oficial. De acordo
com seu fabricante, ele é:
 fio de polipropileno, com garras DD-
simples;
 inabsorvível;
 não biodegradável;
 atóxico;
 biocompatível (Fig. 5).

Marcação preconizada pelo Dr. Marcussi

Ele recomenda principalmente a confecção


do “pei- xinho” (Foto 8).
30 Fio de Sustentação e suas Técnicas – Arthur dos Santos
Pimentel

Fio Filit
Lançado em novembro de 2004. De acordo
com seu fabricante, ele é:
 fio de polipropileno, comgarrastriplas no mesmo plano;
 tridimensional;
 inabsorvível;
 não biodegradável;
 atóxico;
 biocompatível;
 muito resistente (Foto 9).

Marcação preconizada pela Dra. Elizabete

Ela recomenda que seus fios entrem e


saiam pelo mesmoorifícioparafazeruma
ancoragem (Foto 10).
Marcação de Cada Técnica 31

Ela também utiliza o Filit nos braços e nas


ptoses de mama, do glúteo e do umbigo triste.

Fio Búlgaro ou Elástico


Foi criado pelo Dr. Nikolay Serdev entre
1998 e 1999. Vem em um pote esterilizado
com 10 metros de comprimento. Ao puxar o fio
que vamos utilizar, o res- tante permanece
estéril dentro do envelope (Foto 11).

Essa técnica foi apresentada no Brasil pelo


Dr. Ro- berto Tuilli e pelo Dr. Hélio Avelar a
partir de 2004.
De acordo com seu fabricante, ele é:
 100% polycaproamide;
 sintético;
 hipoalergênico;
 possui certa elasticidade;
 altamente flexível e resistente;
 bem tolerado pelo organismo;
 é reabsorvido em média após três anos.

Essefioéligeiramenteelástico,
vememváriasespes- suras, variando de 00 a
00-06 (Foto 12).
32 Fio de Sustentação e suas Técnicas – Arthur dos Santos
Pimentel

Marcação preconizada pelo Dr. Serdev

Como seu fio é liso, ele sempre tem de ter uma ou duas


ancoragens (Foto 13).
 O fio é trançado, provocando no local onde é co- locado
uma reação do organismo a ele (fibrose), o que mantém
o resultado, mesmo após a absorção do fio.
 O fio é ancorado no periósteo e fixado através de nós.
 Pela tração conferida, obtemos os níveis de dermos-
sustentação desejados.
 Elevar e atenuar flacidez e envelhecimento com
ptose tecidual em supercílios, face, ângulo cérvico
mandibular, pescoço.
 Projeção mentoniana.
 Afinamento e suspensão da cartilagem nasal.
 Aumento daprojeção glútea ecorreção da flacidez.

FOTO
13
Marcação de Cada Técnica 33

Fio Beauty Line


Lançado em 2005. De acordo com seu
fabricante, ele é:
 fio de polipropileno, com garras DD-DD;
 inabsorvível;
 não biodegradável;
 atóxico;
 biocompatível;
 forte resistência (Foto 14).

Fio Francês (Fil Français)


Lançado em final de 2005. De acordo com
seu fabri- cante, ele é:
 fio de polipropileno, com garras em formato
de mãos francesas;
 inabsorvível;
 não biodegradável;
 atóxico;
 biocompatível;
 muito resistente.

Os Fios Franceses®, de acordo com seus


fabricantes, nuncasofrem deformidades, pois
suasgarrassãomaci- ças. Por apresentar maior
número degarrasemrelação aos outros fios, é
maior oseu poder de tração.
34 Fio de Sustentação e suas Técnicas – Arthur dos Santos
Pimentel

Ele tem o dobro de garras por superfície, por isso a


tração é maior e carrega muito mais tecido (Foto 15).

Marcação preconizada pelo


Dr. Bischoff
Ele se modifica no terço inferior, fazendo
um for- mato de “V” que vai da região superior
da orelha até o mento e volta para a região
inferior da orelha, isto é, para realçar o arco
da mandíbula ao elevar a bolsa de gravidade.
No esquema a seguir, os fios F3 e F4 (Foto
16).
Marcação de Cada Técnica 35

No pescoço, ele coloca sempre três fios de


cada lado (Foto 17).

Convergência temporal
Criada pelo Dr. Arena, coma utilização
deapenas uma porta de entrada, sem sair na
extremidade distal. Ofiopodeserancorado e
em alguns casos, otimizaro trabalho.

Marcação preconizada
pelo Dr. Arena

É marcado um ponto acima da implantação


da ore- lha, ondeumaincisão vai de 0,5 a 1 cm.
Introduzem- se os fios no sentido do sulco
nasogeniano, comissura nasolabial ebolsa de
gravidade daface. Elepode ser em
36 Fio de Sustentação e suas Técnicas – Arthur dos Santos
Pimentel

número de três a quatro de cada lado. Eles


não saem na extremidade inferior e podem ser
ancorados na apo- neurose temporal (Foto
18).

Acredito que este seja o próximo passo que


adotarei em meu trabalho.

Cânula Porto Alegre


A cânula de Poá, desenvolvida pelo Dr.
Roberto Arena e pelo Dr. Waldyr Ceciliano
(Foto 19), é usada para fios semelhantes ao do
Dr. Beramendi. Ela tem 02 mm na luz, o
mandril tem 1,5 mm de calibre e não necessita
de guia. Já a cânula usada na técnica da
convergência temporal tem 03 mm na luz, o
mandril tem 1,9 mm e, neste caso, há a
necessidade de guia deintrodução. Ela
podeserusada em vários tiposde fios de
sustentação, os quais são fixados a ela para
sua introdução (Foto 20).
Marcação de Cada Técnica 37

Foto19

Foto20

Apresentação

De acordo com seus fabricantes, eles são


estereliza- dos em óxido de etileno.
 Fio Russo®: atualmente apresenta sete
tipos de fios, com garras dupla-dupla,
dupla-falhada, cônicas, triplas, T e placa
de sutura nos tamanhos de 7 cm, 8 cm, 12
cm, 20 cm (mestre).
 Fio Matrix Lift: 15 cm.
 Fio Filit: 18 cm.
 Fio Búlgaro: 10 m.
 Fio Beauty Line®: 15 cm.
 Fio Fil Français®: 15 cm.
Indicação e Mecanismos
de Ação
IV
Indicações
No seu lançamento era indicado:
 em ptose facial de leve a moderada;
 para melhorar um lifting cirúrgico tradicional;
 a quem não pode ser submetido a uma
cirurgia con- vencional;
 para pacientes na faixa etária entre 35 e 55
anos;
 para pacientes diabéticos.

Hoje em dia, com a evolução das novas


técnicas, passou a ser a primeira escolha antes
de se pensar numa cirurgia convencional. A
cirurgia passou a ser a última alternativa,
pois os implantes dos fios se tornaram um
procedimento simples, sem afastar o paciente
de suas atividades e sem internação.
A idade também foi alterada, pois,
pensando em ci- rurgia, o “recomendado” é
acima de 40 anos.
Hoje em dia, com o fotoenvelhecimento,
podemos, num paciente que já apresente uma
ruga secundária no sulco nasogeniano,
proceder à elevação com dois
fiosemcadahemiface, enãoaguardar aevolução
dessa flacidez facial.
E a técnica não ficou restrita ao lifting,
tendo evolu- ído para levantamento do nariz,
correção do nariz não
40 Fio de Sustentação e suas Técnicas – Arthur dos Santos
Pimentel
caucasiano, elevação de glúteos, do “umbigo
triste”
–que,nomeu ver,aindanãotemum
bomresultado–, na elevação da mama e
flacidez dos braços.

Mecanismo de ação
Temos uma reação granulomatosa
composta de histiócitos mononucleares e
fibroblasto em atividade.
Por ser seu material de polipropileno, com
exceção do Búlgaro, que é de policaproamida,
é o que causa menos reações tissulares, que se
traduzem pela forma- ção de um ligamento
tubular de colágeno e elastina, de duração
eterna, tração e alta resistência.
O fio é totalmente envolto por um tecido de
neo- formação colagênica, em torno do seu eixo
principal e de suas garras, por isso que mais
garras, mais depósito desse material, dando
maior resistência ligamentar.
Todos os fios de polipropileno são
inabsorvidos, sendo que aproximadamente
12 meses depois eles setornam um verdadeiro
ligamento. Já o fio elástico (Búlgaro) é
reabsorvido aproximadamente com três anos,
restando sóuma fibrose no seu lugar.
Anatomia da
Face
V
Como sabemos, não são os músculos que
iremos elevar com a metodologia dos fios de
sustentação, e sim os tecidos adiposos (coxins)
que ptosam. A distri- buição das coleções de
tecido adiposo facial é o foco da técnica de
rejuvenescimento. No rosto envelhecido, os
tecidos adiposos, ou seja, as bolsas e os coxins
gor- durosos flácidos, escorregam para dentro
e para baixo acompanhando a ptose das
outras estruturas faciais. Com a implantação
supra-SMAS, transforma-se um rosto
envelhecido em um rosto jovem. Como vamos
trabalhar no subcutâneo profundo, é
importante saber as estruturas que o
circundam.

Músculos da face
São em números de 12 os músculos
mímicos:
1. Músculo levantador do lábio superior e da
asa do nariz
2. Músculo levantador do lábio superior
3. Músculo zigomático menor
4. Músculo zigomático maior
5. Músculo risório
6. Músculo orbicular daboca
7. Músculo depressor do lábio inferior
42 Fio de Sustentação e suas Técnicas – Arthur dos Santos
Pimentel

8. Músculo depressor do ângulo da


boca
10 Músculo
9. Músculo levantador do ângulo da
. bocabucinador
11 Músculo mento
. Músculo
12 transverso do
. mento

Fig.
6

•1
•3 •2
•4
•5 •9 •6
•10

•8
•11 •7
•12

Temos ainda:
1. Músculo epicrânio, músculo
occipitofrontal, ventre frontal
2. Músculoepicrânio,
músculotemporoparietal
3. Músculo auricular anterior
4. Músculo auricular superior
5. Músculo auricular posterior
6. Músculo platisma
7. Músculo esternocleidomastóideo
Anatomia da Face 43

Fig.7
•1

•2
•4
•3

•5

•7

•6

 Músculo levantador do lábio superior e da


asa do nariz. Tem sua origem na massa
muscular do mús- culo orbicular do olho
(maxila, processo frontal). Sua inserção é na
asa do nariz e lábio superior. É um músculo
mímico. É inervado pelo nervo facial.
 Músculo levantador do lábio superior. Tem
sua ori- gem na massa muscular do
músculo orbicular do olho (margem infra-
orbital). Sua inserção é na asa do nariz
elábio superior. Éummúsculo mímico. É
inervado pelo nervo facial.
 Músculo zigomático menor. Tem sua
origem adian- tedomúsculo orbicular.
Suainserçãoé no ângulo da
boca.Éummúsculomímico.Éinervadopelon
ervofa- cial.
 Músculo zigomático maior. Tem sua origem
no osso zigomático, face lateral. Sua
inserção é no ângulo da boca. É um
músculo mímico. É inervado pelo nervo
facial.
44 Fio de Sustentação e suas Técnicas – Arthur dos Santos Pimentel
Anatomia da Face 45

 Músculo risório. Tem sua origem na fáscia masseté- rica.


Sua inserção é no ângulo da boca. É um mús- culo mímico.
É inervado pelo nervo facial.
 Músculo orbicular da boca. Tem sua origem em duas partes:
parte marginal e parte labial. Sua in- serção é na rima
da boca. É um músculo mímico. É inervado pelo nervo
facial.
 Músculo depressor do lábio inferior. Tem sua ori- gem na
base da mandíbula. Sua inserção é no lábio inferior. É um
músculo mímico.
É inervado pelo nervo facial.
 Músculo depressor do ângulo da boca. Tem sua ori- gem na
base da mandíbula. Sua inserção é no lábio inferior. É um
músculo mímico. É inervado pelo nervo facial.
 Músculo levantador do ângulo da boca. Tem sua origem na
maxila e fossa canina. Sua inserção é no angula da boca e
lábio superior. É um músculo mí- mico. É inervado pelo nervo
facial.
 Músculo bucinador. Tem sua origem na mandíbu- la,
maxila e fáscia bucofaríngea. Sua inserção é no angula
da boca. É um músculo mímico. É inervado pelo nervo
facial.
 Músculo masseter. Tem sua origem no arco zigo- mático.
Sua
inserção é na face lateral do ramo da mandíbula. É um
músculo de mastigação. Éinerva- do pelo nervo mandibular.
 Músculo mental. Tem sua origem nas eminências
alveolares dos dentes incisivos laterais inferiores. Sua
inserção é no angula da boca. É um músculo mímico. É
inervado pelo nervo facial.
 Músculo transverso do mento. Tem sua origem na parte
anterior e lateraldamandíbula. Suainserção é no angula
daboca. Éummúsculo mímico. Éiner- vado pelo nervofacial.
 Músculo platisma. Embora situado no pescoço, tam- bém
faz parte do grupo de músculos da expressão fa-

cial. É uma lâmina muscular ampla e delgada, situa-se


natelasubcutânea superficialmenteaos ramoscutâ- neos do
plexo cervical e veia jugular externa.
O músculo platisma estende-se da parte inferior da face à parte
superior do tórax. As fibras anteriores se inserem na margem
inferior do mento e se interdi- gitam com as contralaterais logo
nervo acessório, plexo cervical. Tem a função de
tor- nar a cabeça estável e de endireitá-la e
auxiliá-la du- rante arespiração.

Outras estruturas importantes:


1. Nervo trigêmeo
2. Glândula parótida
3. Glândula parótida acessória – ducto
parotídeo

Fig. Fig.
8 9

•1

•3 •2

46 Fio de Sustentação e suas Técnicas – Arthur dos Santos


Pimentel

Artérias e veias
Principais artérias e veias da região
facial:

Artéria carótida externa e seus ramos:


1. Artéria facial
2. Artéria labial superior
3. Artéria angular
4. Artéria temporalsuperior
Fig. 10
Anatomia da Face 47

3
4
2

Veia jugular interna e suas


afluentes:
1. Veia facial
2. Veia submental
3. Veia labial inferior
4. Veia labial superior

5. Veia angular
6. Veia nasofrontal
7. Veia supratroclear
8. Veia maxilar
9. Veia retromandibular
Fig. 11

7•

6•

4 8

3• 1
2
Técnicas de Implante

Técnicas de implante
V



Fotografia
Consentimento e contrato
Assepsia e anti-sepsia
I
 Marcação
 Anestesia
 Introdução da cânula
 Introdução do fio
 Retirada da cânula
 Micropore

Fotografia
Afotografiaédegrande importância, pois, ao
mes- mo tempo que veremosadiferença
entreo préeopós- lifting, é um comprovante,
uma vez que com o passar do tempo o paciente,
como sempre olha para o novo rosto,
tematendência deesquecercomoeraantes, e,
ao ob- servar a foto que temos no nosso
arquivo, normalmente
mudadepensamento,elogiandootrabalhofeito.

Consentimento e contrato
Hoje em dia, em medicina estética, não
fazemos nada sem esses termos. É a nossa
garantia.

50 Fio de Sustentação e suas Técnicas – Arthur dos Santos


Pimentel
Assepsia e anti-sepsia

Mesmosendoum ato simplesdeambulatório, de- vemos ter todo o


cuidado de um ato cirúrgico. Após a marcação, fazemos a
assepsia da região a ser tratada, que pode ser com anti-séptico
como o hamamélis, pol- vidine tópico ou álcool a 70%.

Marcação

VII

A marcação é, no meu pensar,


o ato mais importante, que nos
mostrará se realmente teremos
ou não o sucesso do erguimento
da face. Minhas marcações
seguem a técnica do Dr.
Beramendi em mais de 90%; só
não utilizo tantos fios (Foto 21).

É importante sempre
seguirmos a li- nha de força da
musculatura da região (Foto 22)

.
52 Fio de Sustentação e suas Técnicas – Arthur dos Santos
Pimentel

Terço superior
No terço superior, antigamente, não
tínhamosgran- des alterações da colocação dos
fios, havendo a queda da sobrancelha. A
marcaçãosegue umpadrão, sendoumfio
colocado há mais ou menos 0,5 cm da cauda
do supercí-
lio,formandoumLcomoângulode90%,eumsegu
ndo fioparaolevantamentodo
arcosuperciliar(Foto23).

Hoje em dia já fazemos outras variações na


colo- cação dos fios da sobrancelha. Podemos
substituir o segundo fio (em azul) pelo
primeiro ou segundo em vermelho (Foto 24).
Marcação 53

Terço médio
É nesta região que devemos ter mais
atenção, pois o sucesso do implante do fio de
sustentação fica ou não mais visível. Temos
que avaliar a queda do coxim in- fra-orbitário,
a queda do coxim malar, o sulco nasoge- niano
e a comissura labial.
Normalmente colocamos de três a quatro
fios nessa região.
 Oprimeirofioéparaergueresustentaro
coximin- fra-orbitário, retificando o sulco
nasogeniano. Ele vai dafossatriangular
àasadonariz(Foto25).

 Osegundo fio épara sustentar o terço


médio edar o formato à região zigomática,
elevando o coxim infra-orbitário. Ele vai do
lóbulo auricular ao terço médio nasal.
Normalmente, com estes dois fios, já
resolvemos no mínimo 50% do
envelhecimento fa- cial (Foto 26).
54 Fio de Sustentação e suas Técnicas – Arthur dos Santos
Pimentel

Foto26

 O terceiro fio é usado no caso de uma queda mais


acentuada do coxim malar, projetando mais o sul- co
nasogeniano. Sua função é erguer e sustentar o coxim
malar. Vai do tragus à metade da linha labial superior (Foto
27).

 O quarto fio é para erguer a comissura bucal e la- teralizar


osulco nasolabial. Esse quarto fiojáé no
Marcação 55

limite do terço médio para o terço inferior.


Ele vai da comissura labial ao lóbulo
auricular. Serve para acabarcom
oconhecido “bigodechinês” (Foto 28).

Terço inferior
Nessa região, vamos trabalhar para erguer
a bolsa degravidade, conhecida
como“buldogue”, e ao mes- mo tempo, ao
cruzar com os fios do terço médio, dar maior
sustentação ao coxim infra-orbitário. Normal-
mente colocamos três fios nessa região.
 O primeiro fio vai do arco da
man- díbula até a região
temporoparietal (Foto 29).
56 Fio de Sustentação e suas Técnicas – Arthur dos Santos
Pimentel

 O segundo fio é para dar o formato do arco da man- díbula.


Serve para erguer e sustentar, e vai da meta- de (mais ou
menos do ângulo) da mandibular atéo implante capilar, na
região temporal (Foto 30).

 O terceiro fio é o mesmo do quarto da região ter- ço médio,


que vai da comissura labial ao lóbulo auricular. É o que
vai atenuar o “bigode chinês” (Foto 31).
Marcação 57

Pescoço
Nesta região, temos de lembrar que o
músculo pla- tisma, que é bastante delgado,
tem origem na porção látero-superior do tórax
e na cobertura cutânea in- ferior do pescoço,
inserindo-se no bordo inferior da mandíbula e
cobertura cutânea da face inferior e ân- gulo
da boca.
Como ele se insere na mandíbula, sempre
que trata- mos o pescoço, além dos dois fios,
temos de associar os três fios da região do
terço inferior.
 O primeiro fio, além dos três da região do
terço infe- rior, vai do ângulo
cervicomandibular até a aponeu- rose
mastóidea. Este fio serve para realçar o
ângulo (Foto 32).

 O segundo fio tem a finalidade de erguer e


latera- lizar os tecidos moles cervicais. Ele
vai da altura do osso hióide à aponeurose
mastóidea (Foto 33).
58 Fio de Sustentação e suas Técnicas – Arthur dos Santos
Pimentel

Foto33

Quantidade de fios para colocar


Não existe uma quantidade certa de fios
que deve- mos colocar. Fazemos o estudo do
rosto do paciente e, com nossos dedos,
seguindo a linha de força, decidi- mos a
quantidade que vamos colocar (Foto 34).

Todas as marcações a seguir (Fotos 35 a 37)


são as que eu pessoalmente utilizo, também
preconizadas pelo Dr. Beramendi, com
pequenas variações.
Marcação 59

Foto35 Foto36

Foto 37
60 Fio de Sustentação e suas Técnicas – Arthur dos Santos
Pimentel

Foto 38 Foto39

Foto 40
Marcação 61

Foto 41 Foto42

Foto 43
Mesa Cirúrgica e
Anestesia

VI
II
Mesa cirúrgica – material necessário
Seringa 10 cce3 cc; agulha 13/03, 27/7
e40/12, mi- crocânula, cânula e guia, pinça
mosquito e tesoura; anestesia; fios e gazes
(Foto 44).

Anestesia
Inúmeros ossos da face têm importância
especial para a anestesia:
 Osso zigomático
 Osso maxilar
 Osso nasal
 Osso mandíbula
 Osso frontal
64 Fio de Sustentação e suas Técnicas – Arthur dos Santos
Pimentel

A inervação é sensitiva:
 V par craniano
 Plexo cervical

De acordo com a Foto 45, região de efeito do


nervo oftálmico, do nervo malar e do nervo
mandibular.

Foto45

São de grande importância os forames


localizados nos ossos:
Mesa Cirúrgica e 65
Anestesia

 2 frontais

 2 maxilares

 2
mandibulares

Fig.
12

Na região da face, temoscomorecurso os


bloqueios nervosos, que são: o nervo supra-
orbital, que sai do fora- mefrontal;o infra-
orbital,quesai do foramemaxilar;e o mentual,
que sai do forame mandibular, e que, depen-
dendo da região em que vamos implantar o fio,
nos dará grande ajuda, pois o seu bloqueio
fará com que a pacien- te
nãosintaodesconforto da penetração da
cânula.
Locais onde podemos fazer os bloqueios
 Nervo supra-orbital (Fotos 46 e 47).
66 Fio de Sustentação e suas Técnicas – Arthur dos Santos
Pimentel

 Nervo infra-orbital. Neste caso, podemos fazer o blo-


queiotantoexterno comointerno(Fotos 48 e 49).
Mesa Cirúrgica e 67
Anestesia

 Nervo mentual. Também neste caso


podemos fazer o
bloqueiotantoexternocomointerno(Fotos50e
51).
68 Fio de Sustentação e suas Técnicas – Arthur dos Santos
Pimentel

Não querendo fazerobloqueio, podemos


utilizar o preparo a seguir e fazer a anestesia
nas áreas pelas quais vamos passar a cânula.

Preparo

Soro
fisiológico ............160 ml
Lidocaína a 2% S/V ....... 20
ml Bic. sódio a
8,4% ............. 2 ml
Adrenalina .....................
1 ml

Normalmente, paracolocarmostodos os fiosdes- critos


anteriormente, utilizamos uma média de 30 ml por cada
hemiface, ou seja, utilizamos o máximo de 60 ml para a
colocação total dos fios. Dependendo da quantidade de fios,
não há necessidade de preparar essa quantidade citada antes;
basta dividir os valores por 2 ou 3.
Fazemos um botão anestésico no local onde será a entrada e a
saída da cânula. Com uma agulha 40/12 fazemos a
abertura e com uma microcânula de infiltra- ção injetamos o
anestésico no percurso em que passa- remos a cânula.
Introdução da Cânula e do Fio

IX
Introdução da cânula
É de grande importância a introdução da
cânula.
Sigo a orientação do Dr. Beramendi.
 Primeiro ela não pode ser muito grossa
porqueo fio ficarásemapoio, ou seja, sem se
fixar no subcutâneo.
 Depois, deverá ser introduzida no
subcutâneo pro- fundo (no tecido adiposo
profundo supra-SMAS) para não
superficializar o fio.
 Sua ponta é discretamente cortante.
 Sempre a introduzimos de cima para baixo.

Introdução do fio
Sempre no sentido de baixo para cima. Isso
é muito importante para que, aotirarmos a
cânula, ela possa se manter presa à
extremidade do fio.

Retirada da cânula
Retiramos a cânula torcendo-a para que o
fio seja incluído na posição helicoidal,
aumentando a tração e sustentação da região
tratada.
70 Fio de Sustentação e suas Técnicas – Arthur dos Santos
Pimentel

Seqüência do fio de sustentação


Vamos fazer uma seqüência da marcação,
aneste- sia, introdução da cânula, do fio, da
retirada do fio, do curativo e dos pré e pós-
operatórios.

Marcação e anestesia
 Nesta paciente o necessário para fazer lifting com o fio (em
todos os pacientes a seguir foram utilizados o Fio Russo® ou
Fio Beramendi) é erguer o terço médio para melhora do
sulco nasogeniano e sulco nasolabial (“bigode chinês”).
Passaremos então três fios de cada lado (Fotos 52, 53 e 54).
Introdução da Cânula e do Fio 71

 Após a marcação, fazemos o botão


anestésico (Foto 55).

 Após o botão anestésico com a agulha


40x12, faze- mosaportadeentradapara
passara cânulaeo fio (Foto 56).
72 Fio de Sustentação e suas Técnicas – Arthur dos Santos
Pimentel

 Com uma cânula de infiltração, fazemos a anestesia da


área onde vamos passar o fio, só no seu trajeto, uma
média de 3 a 5 ml da soluçãoemcadamarca- ção (Foto 57).

Introdução da cânula
 Após a anestesia dos dois lados, vamos passar a câ- nula.
Eu utilizo sempre a cânula de 20 cm de tama- nho por 2 mm
de espessura e com uma guia, pois ao passar a cânula ela se
enche de gordura, dificultando a passagem do fio (Foto 58).
Introdução da Cânula e do Fio 73

 Passamos a cânula no subcutâneo


profundo pelo trajeto marcado e saímos no
final da marcação, nes- te caso, no sulco
nasogeniano (Foto 59).

Passagem do fio

 Retiramos a guia e passamos o Fio Russo®


de baixo para cima (Foto 60).
74 Fio de Sustentação e suas Técnicas – Arthur dos Santos
Pimentel

Retirada da cânula
 Após passar o Fio Russo®, retiramos a cânula man- tendo a
ponta dele presa pelo nosso dedo indicador, e com o polegar
fazemos uma tração para encolher a área onde estamos
passando o fio. Ao tirar a cânula, o fio já estará fixado (Foto
61).

 Ao retirar a cânula, colocamos uma pinça mosquito


fixando a extremidade superior e, na extremidade
inferior do Fio Russo®, fazemos uma tração para avançar
de 2 a 3 garras; cortamos o fio (Foto 62).
Introdução da Cânula e do Fio 75

 Passamos todos os Fios Russos® de uma


hemiface e no final é que
tracionamostodososfios da extre- midade
superior e cortamos. Após, passamos para
outro lado (Foto 63).

Curativo
 Não há necessidade de colocar o micropore
na re- gião. No entanto, continuo seguindo
a escola do Dr. Beramendi, pois o curativo,
além de lembrar ao paciente que não deve
apertar ou comprimir a região onde
colocamos os fios, ao mesmo tempo
disfarçaoedemapós-lifting. Mantenho por 2
dias (Foto 64).
76 Fio de Sustentação e suas Técnicas – Arthur dos Santos
Pimentel

Pré-lifting e com 33 dias


pós-implante dos fios
 Observar que nas fotos pré-lifting a paciente apre- sentava
queda do coxim infra-orbitário (Foto 65), acentuado “bigode
chinês” (Foto 66) e sem defini- ção do limite entre o terço
inferior e pescoço, isto é, sem definição da mandíbula (Foto
67).

Foto 65

Foto66

Foto 67
Introdução da Cânula e do Fio 77

 Trinta e três dias após, o coxim infra-


orbitário está no local (Foto 68), o sulco
nasolabial, “bigode chi- nês”, bem reduzido
(Foto 69) ecom uma definição da
mandíbula (Foto 70), isto só com três fios
de cada lado.

Foto
68

Foto

69

Foto70
78 Fio de Sustentação e suas Técnicas – Arthur dos Santos
Pimentel

Sobrancelha
Na sobrancelha, após vários pacientes em
que passei o fio com garras, gostei mais do fio
comum de prolene® (polipropileno) ou
goretex® (PTFE). Passei a utilizar minha
técnica, que lancei no III Congresso Mundial de
Medicina Estética no Rio em março de 2006,
a qual de- nominei lifting manequim reduzido
ASP. No futuro, com a legalização do Fio
Elástico, poderemos trocar o goretex® por ele.
Eleconsiste em três marcações, sendo o
ponto (A) no início do implante do couro
cabeludo em direção do ponto S, mais ou
menos 2 cm da cauda da sobran- celha, e
oterceiro ponto (P) noterço externo da so-
brancelha (Foto 71).

Fazemos uma pequena incisão nos pontos


ASP de aproximadamente 0,5 cm de
comprimento. Passamos a agulha de
Reverdan (modificada) pelo ponto (A) num
ângulo de 90° até atingir o periósteo (essa será
nossa primeira ancoragem) e subimos a agulha,
atin- gindo o plano subcutâneo profundo até
o ponto (P), onde externamos o Fio Elástico.
Introdução da Cânula e do Fio 79

Neste local, com uma agulha curva


pequena, pe- gamos o músculo orbicular para
fazer a segunda an- coragem e voltamos pelo
subcutâneo em outro plano diferente do
primeiro, saindo no ponto (A), onde da- mos de
3 a 4 nós (Foto 72).

Comessemesmofiopreso no ponto (A),


passamos com a agulha de Reverdan para o
ponto (S); no subcu- tâneo profundo, fazemos
o ponto de ancoragem igual ao ponto (P) e
voltamos para o ponto (A) por outro plano, e
damos de 3 a 4 nós (Foto 73).
80 Fio de Sustentação e suas Técnicas – Arthur dos Santos
Pimentel

Este plano entre o ponto A e S é para


eliminar as rugas periorbiculares (pé-de-
galinha).
O Dr. Arena gosta do Fio de Goretex® (CV).
O Dr. Helio adaptou essa técnica utilizando o
Fio Búlgaro com grandes resultados.
Atualmente na sobrancelha estou fazendo
o fio de goretexepara
oterçomédioeinferiordafacepasseia utilizar
atécnica Convergência Temporal (Foto 74).

Começamos com a paciente em pé para


fazer a marcação.
Após, com a paciente semideitada, fazemos
a anes- tesia. Eu particularmente gosto de
fazer para esta re- gião a anestesia troncular
no nervo supra-orbital, pois só comumponto
de cadaladoanestesiotodaaregião frontal
(Fotos 75 e 76).
Introdução da Cânula e do Fio 81

Foto75

Foto76

Com a agulha de Revardan modificada


(Foto 77) passamos pelo ponto(A) num ângulo
de 90° até atin- gir o periósteo para fazer a
nossa primeira ancoragem e subimos a agulha
ao plano subcutâneo profundo até o ponto (S),
onde externamos a agulha (Foto 78).

Foto77

Fixamosofiodegoretex na ponta da agulha


de Re- verdan (Fotos 79 e 80).
82 Fio de Sustentação e suas Técnicas – Arthur dos Santos
Pimentel

Puxamos ofiodegoretexcomagulha de
Reverdan (Foto 81).

Neste local, com uma agulha curva pequena,


pega- mos o músculo orbicular para fazer a
segunda ancora- gem e saímos a mais ou
menos meio centímetro acima do ponto S (Foto
82).

Voltamospelo mesmo orifício para o ponto


(S). De- pois, com a agulha de Reverdan de
cima para baixo, pe- gamos a extremidade do
fio e pelo subcutâneo em outro plano diferente
do primeiro puxamos e saímos no ponto
(A) onde damos de três a quatro nós (Foto
83).
Introdução da Cânula e do Fio 83

Pronto, já elevamos a sobrancelha


internamente. Agora com o mesmo fio, sem
cortar, fazemos o pro- cedimento doponto (A)
paraoponto (P) evoltamos paraoponto (A),
onde damosmais trêsa quatro pon- tos e
cortamos o Fio. O mesmo procedimento
fazemos dooutro lado. Simples, fácil e
rápido(Foto 84).

Podemos observar, apenasdois dias


apósdoimplan- te do Fio de Goretex, a evolução
da subida das sobran- celhas, mesmo com o
edema (Fotos 85 e 86).
84 Fio de Sustentação e suas Técnicas – Arthur dos Santos
Pimentel

Outro local onde uso o Fio de Goretex®


(CV-03) com excelente resultado é na correção
do nariz não caucasiano, conhecido como
“nariz negróide”. Tam- bém pode ser usado o
Fio Elástico.
Começamos com anestesia troncular infra-
orbital, para pegar o ramo nasal, superior da
bochecha e ramo labial, e no nariz o nervo
infratroclear. Após aneste- sia, com o Fio
Goretex, passamos pela asa do nariz em
profundidade, pegando o músculo depressor
do septo com orbicular da boca, e saímos na
raiz da outra asa nasal (Foto 87).

Voltamos coma agulha


pelomesmoorifíciodesa- ída e por outro plano
profundo retornamos também pelo mesmo
orifício de entrada (Foto 88).
Com as duas extremidades damos de 3 a 4
nós, comprimindo a asa nasal no tamanho que
desejamos (Foto 89).
No final, cortamos rentes as duas pontas do
Fiode Goretex (Foto 90).
Introdução da Cânula e do Fio 85

Foto 88

Foto 89 Foto 90
86 Fio de Sustentação e suas Técnicas – Arthur dos Santos
Pimentel

Além da correção do nariz negróide, ou do


nariz globoso, outra aplicação com excelente
resultado do Fio de Goretex ou do Fio Elástico
é na correção da que- da da ponta nasal e seu
encurtamento.
Começamos com a marcação do local onde
o fio elásticoirá entrar esair. Oprimeiro ponto
é na ponta nasal,o segundo
eoterceiropontossãona raiz dona- riz, nas
duas laterais (Foto 91).

EntramoscomaagulhadeReverdan,napontan
asal, e seguimos justoperiósteo pela cartilagem
nasal até a raiznasal, ondesaímoscomaagulha.
Emseguida, com uma agulha curva cortante,
transfixamos o periósteo,
àsvezesatéoossonasal, esaímosnaoutra
extremidade
Introdução da Cânula e do Fio 87

da raiz nasal. Voltamos com a agulha de


Reverdan da ponta até a raiz nasal deste lado e
pescamos o Fio Elás- tico, trazendo-o
paraaponta, onde, com 3 a 4 nós, fa- zemos
uma hipercorreção nasal, encurtando o nariz e
elevando a ponta nasal. Essa hipercorreção
cederá após 7 a 10 dias.
Cuidado com a hipercorreção para
evitarmos “nariz em tomada” ou “de porco”
(Foto 92).
Convergênci
a Temporal – A
Técnica
X
Esta técnica foi lançada no início do ano pelo Dr. Roberto
Arena. A princípio quando ele demonstrou a técnica, cheguei a
pensar: será que vai darcerto?
Após alguns meses, comecei a gostar da técnica, e hoje ela já faz
parte do meu arsenal de técnica. Adorei.
Como descrito em seu livro Cirurgia Cosmética, edi- ção 2006,
juntamente com o Dr. Carlos Garcez e co- laboradores, os fios de
sustentação necessitam de dois orifícios, de entrada e saída da
cânula.
Na sua técnica só temos o orifício de entrada e ao mesmo
tempo, ao fazermos a ancoragem, damos uma maior sustentação.
Como já descrevemos no início, o autor propõe uma forma
alternativa de inclusão de fios, ou seja, só uma pequena lesão. É
uma técnica diferente de aplicação de fios, os quais podem ser
qualquer um dos que eu descre- vi
anteriormente,comexceçãodo BúlgaroeGoretex.
Esta técnica utiliza a cânula de Porto Alegre modi- ficada,
desenvolvida pelo Dr. Arena e Dr. Waldyr. A marcação é feita
mais ou menos três centímetros acima da implantação superior
da orelha, por onde entraram todos os fios que podem ser de três
a cinco. Daí eles vão ao sentido do sulco nasogeniano, comissura
labial ou ruga labiogeniana (bigode chinês) e para a bolsa de
gravidade (buldogue).
90 Fio de Sustentação e suas Técnicas – Arthur dos Santos
Pimentel

Para entendermos melhor, passaremos ao


“Passo a Passo” da técnica.
Começamos com a marcação (Foto 93):
1. Marcação do ponto de incisão três
centímetros aci- ma da implantação
superior da orelha (1).
2. Daí sai uma linha até o sulco nasogeniano
(2). Como gosto de ressaltar a região
zigomática (maçã
do rosto), dou uma pequena virada para
cima ao aproximar do sulco nasogeniano.
3. Asegundalinha(3)vaidiretoparaacomissura
labial.
4. A terceira linha (4) para a bolsa de
gravidade.

Foto 93

Fazemos o botão anestésico no local da


entrada dos
fios (Foto 94).
Convergência Temporal – A 91
Técnica

O próximo passo é fazer a infiltração no


trajeto onde vamos implantar os fios (Foto
95).

Este é o mandril modificado com uma


haste para dar o apoio e a ponta não biselada
para não traumati- zar (Foto 96).

O mandril vai dentro da cânula, e também


prefiro
que aponta não sejabiseladaesimromba(Foto
97).
92 Fio de Sustentação e suas Técnicas – Arthur dos Santos
Pimentel

Colocamosa ponta do fio dentro da guia


(Foto 98).

Edepoiscolocamos dentrocânula (Foto 99).


Istoé sódemonstração, pois
aindanãopassamosacânulano paciente. Neste
paciente utilizei o Fio Beramendi.

Foto 99

Com a agulha 40x12, fazemos a porta de


entrada (Foto 100).
Convergência Temporal – A 93
Técnica

Passamos a cânula com o mandril por


dentro (Foto 101).

Tiramos o mandril e deixamos a cânula (Foto


102).

Introduzimos dentro da cânula o fio com


sua ponta presa na guia e fazemos um
discreto avançamento da guia para fixar a
ponta (Foto 103).
94 Fio de Sustentação e suas Técnicas – Arthur dos Santos
Pimentel

Apóstiraracânula,restam-
nosaguiaeofioqueim- plantamos. Pinçamos o
fio e retiramos a guia (Foto 104).

Aqui
jáestãoostrêsfiospassadossemanecessidade
dos orifícios de saída (Foto 105).

Nesta horafazemos umatração dos


fiosesuturamos com nylon 5-0 na aponeurose
temporal. Observe como o sulco nasogeniano
já está retificado (Foto 106).
Convergência Temporal – A 95
Técnica

As pontas dos fios de sustentação são


introduzidas na aponeurose (Foto107).

Terminamos com a sutura do couro


cabeludo.

Foto 108

Depois desta nova técnica, o implante, além


de ficar mais fácil, nosdará um resultado
melhor, jáque não temos mais as perfurações
no centro do rosto.
Fios de Aço

X
I
Para tratar o rosto vincado pelo sulco nasogeniano,
fazemos a ressecção subcutânea com o fio de aço, cons-
tituído de 14 fios monofilamentados, traçados entre si,
fazendo o descolamento da camada profunda da der- me
à área superficial do bigode chinês. Assim, a pele em torno
do sulco fica livre para ser erguida no lifting com o fio de
sustentação. O descolamento é num plano único,
subcutâneo, para não provocar hematoma nem hemosiderose.
Ele libera (apaga/minimiza) a cicatriz natural (Fig. 13).
98 Fio de Sustentação e suas Técnicas – Arthur dos Santos
Pimentel

Para facilitar, a seguir demonstraremos os passos para o


deslocamento do sulco nasogeniano com o fio de aço.
Acredito que, depois do Fio Russo®, essa foi, a grande invenção
do Dr. Beramendi, que vem nos aju- dar muito na liberação do
SNG.
 Começamos com a infiltração da região. Utilizamos a
solução anestésicaque preparamos para ainfiltra- ção e
colocação dos fios (Foto 109).

 Após a infiltração, começamos a introdução da agu- lha reta


que vem junto com o fio de aço, indo no subcutâneo e
margeando o lado interno do sulco nasogeniano (Foto 110).
Fios de 99
Aço

 Saindo na extremidade superior do sulco


nasoge- niano ao lado da asa do nariz (Foto
111).

 Pelomesmoorifíciodesaída dofiodeaço,
introdu- zimos a agulha no subcutâneo,
margeando agora a parteexterna do sulco
nasogeniano (Foto 112).

 Saindo na extremidade inferior do sulco


nasogenia- no, no mesmo orifício de
entrada. Neste momento, ajeitamos o fio de
aço para podermos tracioná-lo (Foto 113).
100 Fio de Sustentação e suas Técnicas – Arthur dos Santos
Pimentel

Foto 113

 Fazemos a tração do fio e observamos o descola- mento do


sulco nasogeniano (Foto 114).

 Em seguida passamos para o outro lado e começa- mos o


processo. Introdução da agulha reta indo no subcutâneo e
margeando o lado interno do sulco nasogeniano (Foto 115).
Fios de 101
Aço

 Saindo na extremidade superior do sulco


nasoge- niano ao lado da asa do nariz (Foto
116).

 Pelomesmo orifício de saída do fio de


açointrodu- zimos a agulha no subcutâneo,
margeando agora a parteexterna do sulco
nasogeniano (Foto 117).

 Saindo na extremidade inferior do sulco


nasogenia- no, no mesmo orifício de
entrada. Fazemos a tração do fio e
observamos o descolamento do sulco naso-
geniano (Foto 118).
102 Fio de Sustentação e suas Técnicas – Arthur dos Santos
Pimentel

 Terminamos com uma lavagem com soro fisioló- gico ou a


própria solução anestésica dos dois lados descolados e
verificamos a região (Foto 119).

Correção do
Umbigo Triste

Fio no umbigo
O Dr. Beramendi criou essa técnica para combater a
flacidez do abdome, principalmente pós-parto, pós-
lipoplastia ou pós-regime, que leva ao fechamento do
umbigo, o que é conhecido como “umbigo triste”. Ele não
serve para elevar ou esconder gordura, e sim para “abrir”
o umbigo (Fig. 14).
104 Fio de Sustentação e suas Técnicas – Arthur dos Santos
Pimentel

A técnica consiste em colocar de 3 a 5 fios


(sem- pre em número ímpar) para erguer a
queda provocada pelaflacidez do abdome, que
provoca o“umbigo tris- te”. Foto pré com
marcação (Foto 120) e foto pós-co- locação do
fio (Foto 121).

Foto 121
Curativo - Complicações, Durabilidade
e
Conclusão

Curativo XIII
Sempre coloco bandagem com micropore
cor-da- pele por 48 horas. Isso é para evitar que
o paciente fi- que tocando a região e desloque o
fio.

Complicações
 Técnica
Colocação do fio com cânula muito grossa.
 Implante
Muito superficial, podendo ser visualizado quando a
paciente sorrir ou se o local for apalpado.
 Tracionamento
Fazer tração demais no fio, formando um sulco ou depressão
na área de entrada do fio.
 Quebra
O fio pode ser rompido ou quebrado devido a uma força
maior ao tracioná-lo.
 Extrusão
Se a ponta do fio ficar na derme, mesmo profunda, ele
ficará incomodando a paciente até que ele saia (Foto 122).
106 Fio de Sustentação e suas Técnicas – Arthur dos Santos
Pimentel

Foto 122

 Isso deve ser evitado, mas caso ocorra, o


procedi- mento é pinçar a extremidade do
Fio e, fazer uma tração e cortar (Foto 123).

Durabilidade
 Ultra-som Já foi demonstrado por ultra-som que após 12 me-
ses os fios mantinham-se nolocaletinham dobrado de tamanho.
 Cirurgia de ritidoplastia Em vários pacientes, após anos de
implante, ao serem submetidos à cirurgia de ritidoplastia, visu-
alizamos os fios, que formavam um verdadeiro liga- mento.
Curativ 107
o

 Fatores biológicos
Continuamos a envelhecer, e o tempo não perdoa, só o que
ganhamos permanece. Se após a colocação do fio tivemos um
rejuvenescimento de oito anos, sempre teremos essa
vantagem. Exemplo, uma pes- soa com 40 anos ficou com
idade biológica de 32 anos, e, se não fizer mais nada, ao
chegar aos 48 anos, terá idade biológica de 40 anos.
 Fatores externos
Fumo, poluição e sol são os fatores
externos que também influem no
envelhecimento.

Conclusão
 Ato cirúrgico simples, levando de 10 a
30 minutos.
 Pós-operatórios reduzidos; em dois dias o paciente volta
a suas atividades normais.
 Em termos financeiros, para o paciente é melhor,
pois evita o centro cirúrgico, internação e
afasta- mento de suas atividades diárias.
 Você pode sempre colocar outros fios para
manter o rejuvenescimento do seu
paciente.
Pré e Pós-
com FioRusso®
lifting
XIV
Follow de três anos e quatro meses da colocação do Fio
Beramendi. Podemos observar rejuvenescimento grande no
quinto dia após a colocação dos fios (Fotos 124 e 125). Três
anos e quatro meses após o pós-im- plante a paciente
apresentou sinais de envelhecimen- to, porém, aparenta estar
mais jovem do que antes do implante.

Foto 124 Foto 125


110 Fio de Sustentação e suas Técnicas – Arthur dos Santos
Pimentel

Foto 126 Foto 127


Dois anos Três anos e quatro
edoismeses meses

Foto 128
Antes
Foto
129
Após
dois anos e um mês
Pré e Pós-lifting com Fio 111
Russo®

Foto 130 Foto 131


Antes Após dois anos e quatro
meses

Foto Foto 133


132 Depois
Ante
s

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