Conceitos
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PINHEIRO
MESTRE E DOUTORANDA EM PSICANÁLISE
CONCEITOS DA
PSICANÁLISE
**Inconsciente, pré-consciente e consciente
**ID, Ego e Superego
INCONSCIENTE
O que é Inconsciente Freudiano
Por isso afasta do consciente qualquer conteúdo que leve a uma dor
profunda, que coloque em risco a vida do indivíduo. Esses conteúdos, no
entanto, não podem ser mantidos completamente reprimidos, se
expressando por meio daquelas ações já citadas, algo escapa, algo vaza.
A importância é incontestável
Entender o que é o inconsciente sempre foi um desafio na
psicanálise. Cada autor e grande psicanalista
contribuíram para essa questão com suas teorias e
pensamentos.
De certo, existem algumas divergências, entre os
principais teóricos, nos seus modos de entender e
estudar esse elemento. Porém, é correto afirmar que o
entendimento do inconsciente, e seus desdobramentos,
são a base inicial do estudo psicanalítico.
O mundo por trás do inconsciente
Nosso conhecimento sobre nossos próprios
inconscientes é muito vago. Apesar dele ser capaz de
influenciar e determinar ações, pensamentos e outras
atitudes.
Tudo, ou boa parte, do que fica armazenado nessa parte a
qual não temos acesso, nesse mundo secreto, pode ser
alcançado através da psicanálise e do estudo do mesmo.
Movido pelo princípio do prazer, o id é a parte da mente que quer gratificação imediata de todos os seus
desejos e necessidades. Imagine-se vivendo uma eterna primeira infância, quando você chorava se tinha
fome, arrancava um boneco das mãos do amigo porque queria o brinquedo, dava um pontapé no gatinho
da sua avó só porque achou o miado dele engraçado.
Bebês estão sempre com o id no controle, já que é a única instância psíquica que, segundo Freud, está
presente desde o nascimento.
Freud apresentou o id como a única parte da nossa personalidade que é totalmente inconsciente, onde se
escondem nossos pensamentos mais ogros. Assim como um vilão de história em quadrinhos, o id não o id
não conhece freios morais nem dá bola para a ética da sociedade. Só quer buscar satisfação. Não à toa
Freud comenta que “não somos senhores de nossa própria morada”.
EGO
Enquanto o id é guiado pelo princípio do prazer, o ego se baseia no princípio da
realidade.
É uma espécie de mediador entre a impulsividade do id e as condições externas,
fazendo a interação entre a sua personalidade e as leis do seu país, a cultura do seu
tempo, as regras de etiqueta e as normas do bom convívio.
Dependendo do livro de Freud que você encontrar, o ego pode ser traduzido por
“Eu”, o que dá bem a ideia de que essa instância, adequando as suas vontades ao
mundo em volta, acaba sendo quem você é de fato aos olhos das outras pessoas.
Nessa condução do cavalo selvagem que existe dentro de cada um, o ego pesa os
custos e benefícios dos desejos do id antes de liberar este ou aquele
comportamento.
SUPEREGO
Já vimos as instâncias guiadas pelos princípios do prazer e da realidade. Agora vamos tratar
daquela que segue o que poderíamos chamar de “princípio do dever”.
O superego se baseia nos valores da sociedade e nas regras de conduta que herdamos dos nossos
pais para agir como um juiz das nossas intenções – um tipo de árbitro de futebol cheio de
cartões vermelho.
Essa é a parte moral da nossa personalidade, a fonte dos nossos pensamentos de autocontrole
que vão servir para empatar o jogo contra os impulsos “vamos que vamos” do id.
Digamos que seja o aporte norteador daquilo que pode ou não pode que deve ou não deve.
Diferentemente do ego, que tenta adiar a gratificação do id para momentos e locais mais
adequados, o superego tenta barrar mesmo qualquer satisfação, tal como um freio, uma instância
castradora.
o surgimento dessa instância repressora tem tudo a ver com o complexo de Édipo. Num primeiro
momento da nossa infância, quando esse complexo está a todo vapor, nossos impulsos são contidos
pela autoridade dos pais que estão sempre alternando suas provas de amor com advertências e
punições –
Quando, então, a criança supera o complexo de Édipo – e seu universo passa a se estender para além
da relação com os pais –, essas proibições são internalizadas.
Você mesmo assume os “não pode”, “não deve”, “para com isso”, que antes vinham só da boca do
papai e da mamãe –
“O superego conservará o caráter do pai, e quanto mais forte foi o complexo de Édipo, tanto mais
rapidamente (sob influência de autoridade, ensino religioso, escola, leituras) ocorreu sua repressão,
tanto mais severamente o superego terá domínio sobre o ego como consciência moral, talvez como
inconsciente sentimento de culpa.”
Sim, o conflito entre essas três instâncias é um verdadeira
batalha no nosso ringue psíquico. E quem toma porrada é
sempre o ego. De um lado, precisa dar uma chave de braço no
id para conter seus desejos mas não com tanta força que o
impeça de aliviar a tensão que um desejo impõe.
MUITO OBRIGADA!!!