Aula 2 - Modelos de Comércio

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Modelos de Comércio

Economia Internacional
Introdução

As teorias sobre por que o comércio ocorre


podem ser agrupadas em três categorias:
• O tamanho dos mercados e a distância entre
eles determinam quanto os países compram e
vendem. Essas transações beneficiam tanto os
compradores quanto os vendedores.
Introdução

• As diferenças em força de trabalho,


qualificações, capital físico, recursos naturais e
tecnologia criam vantagens produtivas para os
países.
• As economias de escala (uma escala maior é
mais eficiente) criam vantagens produtivas
para os países.
Mercantilismo
• Doutrina econômica que caracteriza o
período histórico da Revolução
Comercial (séculos XVI-XVIII) marcado
pela desintegração do feudalismo e
formação dos Estados Nacionais

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Mercantilismo
Na visão mercantilista uma nação seria tanto
mais rica quanto maior fosse sua população
e seu estoque de metais preciosos

– Poder militar para o Estado

– Acúmulo de riquezas (ouro e prata) para a


burguesia (em contraposição à posse de
terras pela Igreja e pela nobreza).
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Mercantilismo
• Princípios básicos da política mercantilista

– O Estado deve incrementar o bem-estar nacional, ainda que


em detrimento dos vizinhos e das colônias (o comércio é uma
atividade de “soma zero”).

A riqueza da economia depende do aumento da população e do


aumento do volume de metais preciosos no país.

– O comércio exterior deve ser estimulado, pois é por meio de


uma balança comercial favorável que se aumenta o estoque de
metais preciosos.

– O comércio e a indústria são mais importantes para a


economia nacional que a agricultura.

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Mercantilismo
• O mercantilismo era mais um doutrina política do que uma teoria
econômica stritu senso, com objetivos não só econômicos como
também político-estrategicos.

• Em resumo advogava:

– Intenso protecionismo estatal


– Ampla intervenção do Estado na Economia

• Sua aplicação variava conforme a situação do país, seus recursos e


modelo de governo.

– Na Holanda, o poder do Estado era subordinado às necessidades


do comércio.
– Na Inglaterra e na França a iniciativa econômica estatal constituía
o outro braço das intenções militares do Estado.
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Mercantilismo
• Os mercantilistas aprofundaram o conhecimento de
questões com as da balança comercial, das taxas de
câmbio e dos movimentos de dinheiro.

• Principais representantes:

– Os ingleses Thomas Mun e Josiah Child

– Os franceses Barthélemy de Laffemas e Antoine de


Montcrestien (ambos seguidores de Colbert na
época de Henrique IV)

– O italiano Antonio Serra


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Teoria das Vantagens Absolutas
• David Hume, em Political Discurses (1752) foi
dos primeiros a atacar a lógica mercantilista.

– O acúmulo de ouro, via superávits


comerciais, afetaria a oferta interna de
moeda, elevando os preços e salários
internos, comprometendo a
competitividade das exportações.

– Mecanismo preço-fluxo-espécie

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Teoria das Vantagens Absolutas
• Adam Smith (1723-1790) em Riqueza das
Nações (1776) estabeleceu as bases do
moderno pensamento econômico a
respeito das vantagens do comércio.

• Para ele, “a riqueza não consiste em


dinheiro, ou ouro e prata, mas naquilo que o
dinheiro pode comprar” (teoria do valor-
trabalho).
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Teoria das Vantagens Absolutas
• Para Adam Smith , a falha dos mercantilistas foi
não perceber que uma troca deve beneficiar as
duas partes envolvidas no negócio, sem que se
registre necessariamente, um déficit para uma das
nações envolvidas.

• Sua teoria das vantagens absolutas atestava que o


comércio seria vantajoso sempre que houvesse
diferenças de custos de produção de bens entre
países.

• O comércio se justificaria apenas quando fosse


mais barato adquirir itens produzidos em outra
economia.
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Teoria das Vantagens Absolutas
• Diz-se que um país tem vantagem absoluta na
produção de um determinado bem ou serviço se
ele for capaz de produzi-lo e oferece-lo a um
preço de custo inferior aos dos concorrentes.

• Na visão de Adam Smith esta vantagem absoluta


decorreria da produtividade do trabalho, que
está relacionada com a especialização.

• No caso de produtos agrícolas, a condição


climática favorável é fundamental.

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Teoria das Vantagens Absolutas
• Hipóteses:

– 2 países no mundo
• B – Brasil
• W – Resto do Mundo

– 2 produtos
• M – Produtos industrializados
• X – Produtos agrícolas

– 1 fator de produção
• L – Trabalho M = f(L) e X = f(L)

– Valor das mercadorias


• Quantidade de trabalho (L)

– Coeficiente técnico de produção


• IM = L/M
• IX = L/X
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Teoria das Vantagens Absolutas
-O país B tem vantagem absoluta na
produção de X
- O país W tem vantagem absoluta na
produção de M

Cada país se especializa na


produção do bem no qual tem
vantagem absoluta

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Teoria das Vantagens Absolutas

• O aumento nas quantidades consumidas


de bens caracteriza o que se denomina
benefícios ou ganhos de comércio

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Teoria das Vantagens Absolutas
• Problemas não resolvidos por Smith:

– a proporção em que seriam feitas as trocas


entre os dois países, ou seja, quais seriam os
termos de troca ou relações de troca entre as
mercadorias X e M.

– O que aconteceria se um país não produzisse


nenhuma mercadoria a custos menores que
seus possíveis parceiros comerciais? Estaria
essa nação condenada a ficar excluída dos
benefícios da especialização e das trocas?

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Modelo Ricardiano
Os paises participam do comercio internacional
por dois motivos basicos, e cada um deles
contribui para seu ganho do comercio.
Primeiro, eles comercializam entre si porque
diferem uns dos outros. As nacoes, como
individuos, podem se beneficiar de suas
diferencas. Chegando a um arranjo em que
cada uma produza as coisas que faz melhor
em relacao aos demais.
Cont.
Segundo, os países fazem comercio para obter
economias de escala na produção. Isto é, se
cada um produz somente uma gama limitada
de bens, pode produzir cada um desses bens
em uma escala maior e, portanto, mais
eficientemente do que se tentasse produzir
tudo. No mundo real, os padrões do comercio
internacional refletem a interação de ambos
motivos.
Conceito de Vantagem Comparativa

O comercio internacional produz esse


aumento da produção porque permite que
cada pais se especialize em produzir o bem no
qual possui uma vantagem comparativa. Um
pais possui vantagem comparativa se o custo
de oportunidade desse bem em relação aos
demais é mais baixo nesse país do que em
outros países.
Vantagem comparativa e custo de
oportunidade
O modelo ricardiano usa os conceitos de custo
de oportunidade e vantagem comparativa.
• O custo de oportunidade de produzir alguma
coisa mede o custo de não ser capaz de
produzir outra coisa porque os recursos já
foram utilizados.
Vantagem comparativa e custo de
oportunidade
Um país enfrenta os custos de oportunidade
quando emprega recursos para produzir bens e
serviços.
• Por exemplo, um número limitado de
trabalhadores pode ser empregado para
produzir rosas ou computadores.
• O custo de oportunidade de fabricar
computadores equivale à quantidade de rosas
não produzidas.
Vantagem comparativa e custo de
oportunidade
• O custo de oportunidade de produzir rosas
equivale à quantidade de computadores não
fabricados.
• Um país enfrenta um dilema: quantos
computadores ou rosas deve produzir com os
recursos limitados que possui?
Vantagem comparativa e custo de
oportunidade
• Suponhamos que nos Estados Unidos 10
milhões de rosas pudessem ser produzidas
com os mesmos recursos para fabricar
100.000 computadores.
• Suponhamos que no Equador 10 milhões de
rosas pudessem ser produzidas com os
mesmos recursos para fabricar 30.000
computadores.
Vantagem comparativa e custo de
oportunidade
Os trabalhadores equatorianos seriam menos
produtivos do que os norte‐americanos na
fabricação de computadores.
• Pergunta rápida: qual é o custo de
oportunidade para o Equador, se o país decidir
produzir rosas?
Vantagem comparativa e custo de
oportunidade
O Equador possui um custo de oportunidade
mais baixo para produzir rosas.
• O Equador pode produzir 10 milhões de rosas
em comparação com 30.000 computadores,
utilizando os mesmos recursos.
• Os Estados Unidos podem produzir 10 milhões
de rosas em comparação com 100.000
computadores, utilizando os mesmos recursos.
Vantagem comparativa e custo de
oportunidade
Os Estados Unidos possuem um custo de
oportunidade mais baixo para fabricar
computadores.
• O Equador pode produzir 30.000
computadores em comparação com de 10
milhões de rosas, utilizando os mesmos
recursos.
Vantagem comparativa e custo de
oportunidade
• Os Estados Unidos podem produzir 30.000
computadores em comparação com 10
milhões de rosas, utilizando os mesmos
recursos.
• Os Estados Unidos podem produzir 30.000
computadores em comparação com 3,3
milhões de rosas, utilizando os mesmos
recursos.
Vantagem comparativa e custo de
oportunidade
Um país possui uma vantagem comparativa na
produção de um bem, se o custo de
oportunidade desse bem é inferior no país do
que em outros países.
• Um país com vantagem comparativa na
produção de um bem usa seus recursos com
mais eficiência, ao produzir esse bem em
comparação com a produção de outros bens.
Vantagem comparativa e custo de
oportunidade
• Os Estados Unidos possuem vantagem
comparativa na fabricação de computadores: o
país utiliza seus recursos com mais eficiência
para fabricar computadores em comparação
com outros usos.
• O Equador possui vantagem comparativa na
produção de rosas: o país utiliza seus recursos
com mais eficiência para produzir rosas em
comparação com outros usos.
Vantagem comparativa e custo de
oportunidade
• Suponhamos que inicialmente o Equador
fabrique computadores enquanto os Estados
Unidos produzam rosas, e que ambos os
países desejem consumir tanto computadores
quanto rosas.
• Podem ambos os países se darem melhor?
Mudanças Hipotéticas na produção
Rosas (em Computadores
milhões ( em mil)
E.U.A -10 +100
América do
Sul +10 -30
Total 0 +100
Nesse exemplo simples, constatamos que, quando os países
se especializam na produção em que detêm vantagem
comparativa, mais bens e serviços podem ser produzidos e
consumidos.
Cont.
• Inicialmente ambos os países só poderiam
consumir 10 milhões de rosas e 30 mil
computadores.
• Se produzirem os bens em que possuem
vantagem comparativa, eles continuariam
consumindo 10 milhões de rosas, mas podem
consumir 100.000 – 30.000 = 70.000 mais
computadores
Obrigado pela atenção

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