1) O documento descreve o período pré-modernista no Brasil no final do século XIX e início do século XX, caracterizado por inovações linguísticas e abordagens sociais e regionais na literatura.
2) Os principais autores deste período incluem Euclides da Cunha, Monteiro Lobato, Lima Barreto e Augusto dos Anjos, cujas obras criticavam aspectos sociais do Brasil e exploravam novos estilos literários.
3) A obra "Os Sertões" de Euclides da C
1) O documento descreve o período pré-modernista no Brasil no final do século XIX e início do século XX, caracterizado por inovações linguísticas e abordagens sociais e regionais na literatura.
2) Os principais autores deste período incluem Euclides da Cunha, Monteiro Lobato, Lima Barreto e Augusto dos Anjos, cujas obras criticavam aspectos sociais do Brasil e exploravam novos estilos literários.
3) A obra "Os Sertões" de Euclides da C
1) O documento descreve o período pré-modernista no Brasil no final do século XIX e início do século XX, caracterizado por inovações linguísticas e abordagens sociais e regionais na literatura.
2) Os principais autores deste período incluem Euclides da Cunha, Monteiro Lobato, Lima Barreto e Augusto dos Anjos, cujas obras criticavam aspectos sociais do Brasil e exploravam novos estilos literários.
3) A obra "Os Sertões" de Euclides da C
1) O documento descreve o período pré-modernista no Brasil no final do século XIX e início do século XX, caracterizado por inovações linguísticas e abordagens sociais e regionais na literatura.
2) Os principais autores deste período incluem Euclides da Cunha, Monteiro Lobato, Lima Barreto e Augusto dos Anjos, cujas obras criticavam aspectos sociais do Brasil e exploravam novos estilos literários.
3) A obra "Os Sertões" de Euclides da C
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PRÉ-MODERNISMO
By: Jean Liberato
Contexto histórico • Final do século XIX e início do século XX • República Velha (da espada + café com leite) • Revoltas populares • Reconstrução do nacionalismo Características:
•Não é uma escola literária
• Inovações no plano da linguagem • Regionalismo • Abordagem social • Contemporaneidade Principais autores / obras • Euclides da Cunha – “Os Sertões” • Lima Barreto – “Triste fim de Policarpo Quaresma” • Monteiro Lobato – “Urupês”; “Cidades Mortas” • Graça Aranha – “Canaã” • Augusto dos Anjos – “Eu” 1- “Os Sertões” – Euclides da Cunha • Retrato literário do conflito de Canudos (1897) • Norte da BA • Rigor científico • Panorama histórico • Linguagem literária • 4 investidas militares • Obra dividida em três partes: - “A terra” - “O homem” - “A luta” Os sertões - fragmentos "Ao sobrevir das chuvas, a terra, como vimos, transfigura-se em mutações fantásticas, contrastando com a desolação anterior. Os vales secos fazem-se rios. Insulam-se os cômoros escalvados, repentinamente verdejantes. A vegetação recama de flores, cobrindo-os, os grotões escancelados, e disfarça a dureza das barrancas, e arredonda em colinas os acervos de blocos disjungidos -de sorte que as chapadas grandes, entremeadas de convales, se ligam em curvas mais suaves aos tabuleiros altos. Cai a temperatura. Com o desaparecer das soalheiras anula-se a secura anormal dos ares. Novos tons na paisagem: a transparência do espaço salienta as linhas mais ligeiras, em todas as variantes da forma e da cor. Dilatam-se os horizontes. O firmamento, sem o azul carregado dos desertos, alteia- se, mais profundo, ante o expandir revivescente da terra. E o sertão é um vale fértil. É um pomar vastíssimo, sem dono. Depois tudo isto se acaba. Voltam os dias torturantes; a atmosfera asfixiadora; o empedramento do solo; a nudez da flora; e nas ocasiões em que os estios se ligam sem a intermitência das chuvas -o espasmo assombrador da seca.“ Cunha, Euclides da. Os sertões. São Paulo, Editora Três, 1984 “O sertanejo é, antes de tudo, um forte. Não tem o raquitismo exaustivo dos mestiços neurastênicos do litoral. A sua aparência, entretanto, ao primeiro lance de vista, revela o contrário. Falta-lhe a plástica impecável, o desempeno, a estrutura corretíssima das organizações atléticas. (...) Este contraste impõe-se ao mais leve exame. Revela-se a todo o momento, em todos os pormenores da vida sertaneja — caracterizado sempre pela intercadência impressionadora entre extremos impulsos e apatias longas.”
Cunha, Euclides da. Os sertões. São Paulo, Editora Três, 1984 . “Decididamente era indispensável que a campanha de Canudos tivesse objetivo superior à função estúpida e bem pouco gloriosa de destruir um povoado dos sertões. Havia um inimigo mais sério a combater, em guerra mais demorada e digna. Toda aquela campanha seria um crime inútil e bárbaro, se não se aproveitassem os caminhos abertos à artilharia para uma propaganda tenaz, continua e persistente, visando trazer para o nosso tempo e incorporar à nossa existência aqueles rudes compatriotas retardatários.” Cunha, Euclides da. Os sertões. São Paulo, Editora Três, 1984 2- Monteiro Lobato – “Urupês”, “Cidades Mortas” • SP – Vale do Paraíba • Decadência do café • Personagem: caipira preguiçoso/ignorante • Transgressão ortográfica • Jeca Tatu • Brasil arcaico: vícios e vermes • Contos • Histórias infantis (sucesso e preconceito) “Urupês” - fragmentos Jeca Tatu é um piraquara do Paraíba, maravilhoso epítome de carne onde se resumem todas as características da espécie. [...] De pé ou sentado as idéias se lhe entramam, a língua emperra e não há de dizer coisa com coisa. De noite, na choça de palha, acocora-se em frente ao fogo para “aquentá-lo”, imitado da mulher e da prole. Para comer, negociar uma barganha, ingerir um café, tostar um cabo de foice, fazê-lo noutra posição será desastre infalível. Há de ser de cócoras. [...] Pobre Jeca Tatu! Como és bonito no romance e feio na realidade! [...] Quando comparece às feiras, todo mundo logo adivinha o que ele traz: sempre coisas que a natureza derrama pelo mato e ao homem só custa o gesto de espichar a mão e colher – cocos de tucum ou jissara, guarirobas, bacuparis, maracujás, jataís, pinhões, orquídeas. [...] Seu grande cuidado é espremer todas as consequências da lei do menor esforço – e nisto vai longe. Começa na morada. Sua casa de sapé e lama faz sorrir aos bichos que moram em toca e gargalhar ao joãode-barro. [...] Mobília, nenhuma. [...] Nenhum talher. Não é a munheca um talher completo – colher, garfo e faca a um tempo? [...] Nada de armários ou baús. A roupa, guarda-a no corpo. [...] Se pelotas de barro caem, abrindo seteiras na parede, Jeca não se move para repô-las. Ficam pelo resto da vida os buracos abertos, a entremostrarem nesgas de céu. Quanto à palha do teto, apodrecida, greta em fendas por onde pinga a chuva, Jeca, em vez de remendar a tortura, limita-se, cada vez que chove, a aparar numa gamelinha a água gotejante... Remendo... Para quê? Se uma casa dura dez anos e faltam “apenas” nove para que ele abandone aquela? Esta filosofia economiza reparos. [...] De qualquer jeito se vive. Literatura infantil – polêmicas – revisionismo histórico – Cale a boca! – berrou Emília. – Você só entende de cebolas e alhos e vinagres e toicinhos. Está claro que não poderia nunca ter visto fada porque elas não aparecem para gente preta. Eu, se fosse Peter Pan, enganava Wendy dizendo que uma fada morre sempre que vê uma negra beiçuda… – Mais respeito com os velhos, Emília! – advertiu Dona Benta. – Não quero que trate Nastácia desse modo. Todos aqui sabem que ela é preta só por fora.
(LOBATO, 2012, p. 22)
Monteiro Lobato e a publicidade 3- Lima Barreto – “Triste fim de Policarpo Quaresma” • RJ – Urbano • Linguagem: traços de oralidade • Questão racial • Abusos por parte dos militares (República da Espada) • Crítica ao Nacionalismo Ufanista • Policarpo – três projetos para o Brasil: -Língua(Tupi) -Economia (Agricultura) - Política (Revolta Armada) “Triste fim de Policarpo Quaresma” Fragmentos “Desde dezoito anos que o tal patriotismo lhe absorvia e por ele fizera a tolice de estudar inutilidades. Que lhe importavam os rios? Eram grandes? Pois que fossem... Em que lhe contribuiria para a felicidade saber o nome dos heróis do Brasil? Em nada... O importante é que ele tivesse sido feliz. Foi? Não. Lembrou-se das coisas do tupi, do folk-lore, das suas tentativas agrícolas... Restava disso tudo em sua alma uma satisfação? Nenhuma! Nenhuma! O tupi encontrou a incredulidade geral, o riso, a mofa, o escárnio; e levou- o à loucura. Uma decepção. E a agricultura? Nada. As terras não eram ferazes e ela não era fácil como diziam os livros. Outra decepção. E, quando o seu patriotismo se fizera combatente, o que achara? Decepções. Onde estava a doçura de nossa gente? Pois ele não a viu combater como feras? Pois não a via matar prisioneiros, inúmeros? Outra decepção. A sua vida era uma decepção, uma série, melhor, um encadeamento de decepções. 4- Augusto dos Anjos – “Eu” • Originalidade • Poesia • Forma: tradicional • Vocabulário científico • Temática antilírica • Agressividade • Pessimismo • Angústias existenciais Versos Íntimos
Vês! Ninguém assistiu ao formidável
Enterro de tua última quimera. Somente a Ingratidão - esta pantera - Foi tua companheira inseparável!
Acostuma-te à lama que te espera!
O Homem, que, nesta terra miserável, Mora, entre feras, sente inevitável Necessidade de também ser fera.
Toma um fósforo. Acende teu cigarro!
O beijo, amigo, é a véspera do escarro, A mão que afaga é a mesma que apedreja.
Se a alguém causa inda pena a tua chaga,
Apedreja essa mão vil que te afaga, Escarra nessa boca que te beija! Psicologia de um vencido
Eu, filho do carbono e do amoníaco,
Monstro de escuridão e rutilância, Sofro, desde a epigênesis da infância, A influência má dos signos do zodíaco.
Profundíssimamente hipocondríaco, Este ambiente me causa repugnância… Sobe-me à boca uma ânsia análoga à ânsia Que se escapa da boca de um cardíaco.
Já o verme — este operário das ruínas —
Que o sangue podre das carnificinas Come, e à vida em geral declara guerra,
Anda a espreitar meus olhos para roê-los,
E há de deixar-me apenas os cabelos, Na frialdade inorgânica da terra! Ideia
De onde ela vem?! De que matéria bruta
Vem essa luz que sobre as nebulosas Cai de incógnitas criptas misteriosas Como as estalactites duma gruta?!
Vem da psicogenética e alta luta Do feixe de moléculas nervosas, Que, em desintegrações maravilhosas, Delibera, e depois, quer e executa!
Vem do encéfalo absconso que a constringe, Chega em seguida às cordas do laringe,[1] Tísica, tênue, mínima, raquítica...
Quebra a força centrípeta que a amarra, Mas, de repente, e quase morta, esbarra No molambo da língua paralítica!