QUESTAO Prova Literatura
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3. (Espcex (Aman) 2013) Leia a estrofe que segue e assinale a alternativa correta, quanto às
suas características.
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e) lírica amorosa marcada pela sensualidade explícita que substitui as virgens inacessíveis por
mulheres reais, lascivas e sedutoras – Naturalismo.
4. (Ufrn 2012) Considere o seguinte trecho do conto “O fisco (conto de Natal)”, publicado em
1921 e integrante do livro Negrinha, de Monteiro Lobato:
Súbito, viu um homem de boné caminhando para o seu lado. Olhou-lhe para as botinas. Sujas.
Viria engraxar, com certeza – e o coração bateu-lhe apressado, no tumulto delicioso da estreia.
Encarou o homem já a cinco passos e sorriu com infinita ternura nos olhos, num agradecimento
antecipado em que havia tesouros de gratidão.
Mas em vez de espichar o pé, o homem rosnou aquela terrível interpelação inicial:
– Então, cachorrinho, que é da licença?
5. (Enem 2012) Desde dezoito anos que o tal patriotismo lhe absorvia e por ele fizera a tolice
de estudar inutilidades. Que lhe importavam os rios? Eram grandes? Pois que fossem... Em
que lhe contribuía para a felicidade saber o nome dos heróis do Brasil? Em nada... O
importante é que ele tivesse sido feliz. Foi? Não. Lembrou-se das coisas do tupi, do folk-lore,
das suas tentativas agrícolas... Restava disso tudo em sua alma uma satisfação? Nenhuma!
Nenhuma!
O tupi encontrou a incredulidade geral, o riso, a mofa, o escárnio; e levou-o à loucura. Uma
decepção. E a agricultura? Nada. As terras não eram ferazes e ela não era fácil como diziam
os livros. Outra decepção. E, quando o seu patriotismo se fizera combatente, o que achara?
Decepções. Onde estava a doçura de nossa gente? Pois ele a viu combater como feras? Pois
não a via matar prisioneiros, inúmeros? Outra decepção. A sua vida era uma decepção, uma
série, melhor, um encadeamento de decepções.
A pátria que quisera ter era um mito; um fantasma criado por ele no silêncio de seu gabinete.
O romance Triste fim de Policarpo Quaresma, de Lima Barreto, foi publicado em 1911. No
fragmento destacado, a reação do personagem aos desdobramentos de suas iniciativas
patrióticas evidencia que
a) A dedicação de Policarpo Quaresma ao conhecimento da natureza brasileira levou-o a
estudar inutilidades, mas possibilitou-lhe uma visão mais ampla do país.
b) A curiosidade em relação aos heróis da pátria levou-o ao ideal de prosperidade e
democracia que o personagem encontra no contexto republicano.
c) A construção de uma pátria a partir de elementos míticos, como a cordialidade do povo, a
riqueza do solo e a pureza linguística, conduz à frustração ideológica.
d) A propensão do brasileiro ao riso, ao escárnio, justifica a reação de decepção e desistência
de Policarpo Quaresma, que prefere resguardar-se em seu gabinete.
e) A certeza da fertilidade da terra e da produção agrícola incondicional faz parte de um projeto
ideológico salvacionista, tal como foi difundido na época do autor.
Canaã
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6. (Unesp 2013) — O que eu vejo é o contrário disto. É antes a venalidade de tudo, a ambição,
que chama a ambição e espraia o instinto da posse.
(TUFANO, Douglas. Estudos de literatura brasileira. 4 ed. rev. e ampl. São Paulo: Moderna,
1988. p. 173.)
Analise a veracidade (V) ou a falsidade (F) das proposições abaixo, sobre o fragmento do
poema.
( ) Nesse fragmento, é possível perceber o estado onírico, uma das características típicas do
período literário em questão.
( ) O sujeito-lírico deseja a liberdade, buscando encontrá-la no mundo das aparências.
( ) Ao grafar as palavras Espaço e Pureza em maiúsculo, o poeta sugere uma
personificação das ideias contidas nesses vocábulos.
de-rosa ao cabelo e o leque indispensável; eram as baratas casemiras claras dos ternos, [...]
eram as velhas mães, prematuramente envelhecidas com a maternidade frequente, 7a
acompanhar a escadinha dos filhos, ao lado dos maiores, ainda moços, que fumavam os mais
compactos charutos do mercado — era dessa gente que se enchia o bonde e se via pelas
calçadas em direção aos jardins, aos teatros em matiné, aos arrabaldes e às praias.
3Era enfim o povo, o povo variegado da minha terra. 4As napolitanas baixas com seus
vestidos de roda e suas africanas, as portuguesas coradas e fortes, caboclas, mulatas e pretas
— era tudo sim preto, às vezes todos exemplares em bando, às vezes separados, 8que a
viagem de bonde me deu a ver.
E muito me fez meditar o seu semblante alegre, a sua força prolífica, atestada pela
cauda de filhos que arrastavam, a sua despreocupação nas anemias que havia, em nada
significando a preocupação de seu verdadeiro estado — 5e tudo isso muito me obrigou a
pensar sobre o destino daquela gente.
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9. (Uesc 2011) No texto, faz-se presente a adjetivação, que é um traço avaliativo do narrador,
mas que está ausente no fragmento transcrito em
a) “pois o veículo já se enchia do público especial dos domingos.” (ref.1).
b) “Eram meninas do povo envolvidas nos seus vestidos empoados com suas fitinhas cor-de-
rosa ao cabelo” (ref.2).
c) “Era enfim o povo, o povo variegado da minha terra.” (ref.3).
d) “As napolitanas baixas com seus vestidos de roda e suas africanas” (ref.4).
e) “e tudo isso muito me obrigou a pensar sobre o destino daquela gente.” (ref.5).
10. (Uepa 2012) Respirando os ares da modernidade literária, a estética simbolista revela-se
uma reação artística à referencialidade que violentamente restringe a palavra poética ao
mundo das coisas e conceitos. No intuito de libertar a linguagem poética, o Simbolismo explora
diversos recursos sensoriais a fim de sugerir mistérios. Simbolista, Alphonsus de Guimaraens
escreve muitos textos que apelam para o símbolo visual, a imagem, carregado de insinuações
de misticismo e morte.
Marque a alternativa cujos versos se relacionam ao comentário acima.
a) Queimando a carne como brasas,
Venham as tentações daninhas,
Que eu lhes porei, bem sob as asas,
A alma cheia de ladainhas.
b) Quando Ismália enlouqueceu,
Pôs-se na torre a sonhar...
Viu uma lua no céu,
Viu outra lua no mar.
c) Encontrei-te. Era o mês... Que importa o mês? agosto,
Setembro, outubro, maio, abril, janeiro ou março,
Brilhasse o luar, que importa? ou fosse o sol já posto,
No teu olhar todo o meu sonho andava esparso.
d) Lua eterna que não tiveste fases,
Cintilas branca, imaculada brilhas,
E poeiras de astros nas sandálias trazes...
e) Venham as aves agoireiras,
De risada que esfria os ossos...
Minh’alma, cheia de caveiras,
Está branca de padre-nossos.
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“A travessia foi penosamente feita. O terreno inconsistente e móvel fugia sob os passos aos
caminhantes; remorava a tração das carretas absorvendo as rodas até ao meio dos raios;
opunha, salteadamente, flexíveis barreiras de espinheirais, que era forçoso destramar a facão;
e reduplicava, no reverberar intenso das areias, a adustão da canícula. De sorte que ao chegar
à tarde, à “Serra Branca”, a tropa estava exausta.
Exausta e sequiosa. Caminhara oito horas sem parar, em pleno arder do sol bravio do verão.”
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a) I, apenas.
b) II, apenas.
c) III, apenas.
d) I e III, apenas.
e) I, II e III.
– A conquista da América pelos europeus foi uma tragédia sangrenta. A ferro e fogo! Era a
divisa dos cristianizadores. Mataram à vontade, destruíram tudo e levaram todo ouro que havia.
Outro espanhol, de nome Pizarro, fez no Peru coisa idêntica com os incas, um povo de
civilização muito adiantada que lá existia. Pizarro chegou e disse ao imperador inca que o papa
havia dado aquele país aos espanhóis e ele viera tomar conta. O imperador inca, que não
sabia quem era o papa, ficou de boca aberta, e muito naturalmente não se submeteu. Então
Pizarro, bem armado de canhões conquistou e saqueou o Peru.
– Mas que diferença há, vovó, entre estes homens e aquele Átila ou aquele Gengis-Cã que
marchou para o ocidente com os terríveis tártaros, matando, arrasando e saqueando tudo?
– A diferença única é que a história é escrita pelos ocidentais e por isso torcida a nosso favor.
Vem daí considerarmos como feras aos tártaros de Gengis-Cã e como heróis com
monumentos em toda parte, aos célebres “conquistadores” brancos. A verdade, porém, manda
dizer que tanto uns como outros nunca passaram de monstros feitos da mesmíssima massa,
na mesmíssima forma. Gengis-Cã construiu pirâmides enormes com cabeças cortadas aos
prisioneiros. Vasco da Gama encontrou na Índia vários navios árabes carregados de arroz,
aprisionou-os, cortou as orelhas e as mãos de oitocentos homens da equipagem e depois
queimou os pobres mutilados dentro dos seus navios.
Monteiro Lobato narra a história das civilizações sob um ponto de vista crítico contrário à
tradição ocidental, evidenciando as diferenças de comportamento entre as civilizações.
Assinale a opção que exemplifica a disparidade das visões no encontro histórico de civilizações
diferentes.
a) Para os que chegavam, o mundo em que entravam era a arena de seus ganhos, em ouro e
glórias. Para os índios que ali estavam, nus na praia, o mundo era um luxo de se viver. Este
foi o efeito do encontro fatal que ali se dera. Ao longo das praias brasileiras de 1500, se
defrontaram, pasmos de se verem uns aos outros tais quais eram, a selvageria e a
civilização. Suas concepções, não só diferentes mas opostas, do mundo, da vida, da morte,
do amor, se chocaram cruamente.
(Darcy Ribeiro, O povo brasileiro)
b) – Cá no asfalto, lixam-se para os índios. Tem tudo a ver. Aquele sujeito de bigode, sentado
ali, tem tudo a ver. Pois se não conseguimos respeitar a integridade deles, estamos
ameaçados. Ninguém exerce, impunemente, a violência. É como cuspir para cima. Se
estamos destruindo os índios, é porque nossa brutalidade chegou a um nível perigoso para
nós próprios.
(Noel Nutels, apud Hélio Pellegrino, Lucidez embriagada)
c) Deitado na esteira, de boca para cima, o sacerdote Jaguar de Yucatán escutou a mensagem
dos deuses. Eles falaram através do telhado, montados sobre sua casa, em um idioma que
ninguém entendia.
Chilan Balam, que era boca dos deuses, recordou o que ainda não tinha acontecido:
- Dispersados serão pelo mundo as mulheres que cantam e os homens que cantam e todos
os que cantam...
(Eduardo Galeano, Nascimentos)
d) Pioneiros da conquista do trópico para a civilização, tiveram os portugueses, nessa proeza,
sua maior missão histórica. E sem embargo de tudo quanto se possa alegar contra sua obra,
forçoso é reconhecer que foram não somente os portadores efetivos como os portadores
naturais dessa missão.
(Sérgio Buarque de Holanda, Raízes do Brasil)
e) Neste final de século fala-se muito em crise de identidade do sujeito. O homem da
sociedade moderna tinha uma identidade bem definida e localizada no mundo social e
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14. (Pucpr 2009) Assinale o que for INCORRETO a respeito da estética simbolista e da poesia
de Cruz e Sousa.
a) Os poetas simbolistas se opunham ao objetivismo cientificista dos realistas/naturalistas.
b) Cruz e Sousa é o maior representante da estética simbolista no país. Porém, nas primeiras
décadas do século XX, observa-se uma grande expansão do Simbolismo no Sul do Brasil,
sendo o Paraná um dos estados com maior número de manifestações poéticas dessa
escola, seja pelas revistas que foram criadas, seja pelos poetas que foram revelados.
c) Verifica-se na estética simbolista o culto à musicalidade do poema, em sintonia com a busca
pela espiritualidade, um dos temas predominantes na poesia de Cruz e Sousa.
d) O Simbolismo brasileiro recupera de modo inequívoco os procedimentos e os temas do
Romantismo, valorizando o sentimento nacionalista e as ideias abolicionistas.
e) Para os simbolistas, a poesia, experiência transcendente, é uma forma pela qual se alcança
o sentido oculto das coisas e das vivências.
TODAS AS VIDAS
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[...]
Vive dentro de mim
a lavadeira do Rio Vermelho.
Seu cheiro gostoso
d'água e sabão.
[...]
Vive dentro de mim
a mulher do povo.
Bem proletária.
[...]
Vive dentro de mim
a mulher da vida.
Minha irmãzinha...
[...]
Todas as vidas dentro de mim.
Na minha vida -
a vida mera das obscuras.
CORALINA, Cora. "Melhores poemas"., Seleção de Darcy França Denófrio. São Paulo:
Global, 2004. p. 253-255. (Coleção melhores poemas).
AFRA
Vocabulário:
silfos: espíritos elementares do ar
assomos: ímpeto, impulso
casquinantes: relativo à gargalhada, risada de escárnio
momos: ator que representa comédia
incúria: falta de cuidado
delíquios: desfalecimento, desmaio
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O Morcego
Texto 2
18. (Pucrs 2008) Mesmo os nomes índios, como já foi observado, se apagam, vão se
apagando, para dar lugar a nomes banais de figurões ainda mais banais, de forma que essa
pequena antiguidade de quatro séculos desaparecerá em breve, e as novas denominações
talvez não durem tanto.
Nenhum testemunho, dentro em pouco, haverá das almas que eles representam,
dessas consciências tamoias que tentaram, com tais apelidos, macular a virgindade da
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I. Lima Barreto é um dos autores brasileiros que, em sua produção de contos, crônicas e
romances, preocupou-se em revelar as condições de vida na periferia urbana do Rio de
Janeiro.
II. Em “O moleque”, o narrador chama a atenção para o descuido das autoridades em relação à
memória da cidade, revelado no apagamento dos nomes primitivos dos lugares que são
testemunhos dos antigos habitantes da região.
III. A simplicidade da linguagem utilizada no fragmento acima – inclusive com o uso de
expressões coloquiais – contraria as propostas estéticas defendidas pelo Modernismo
brasileiro.
IV. Afora a constatação da pobreza do subúrbio, o narrador, em “O moleque”, condena a
população por seu descuido com a manutenção das casas e das hortas.
BARRETO, Lima. Triste fim de Policarpo Quaresma. São Paulo: Penguin & Companhia das
Letras. p.175.
19. (Ueg 2013) Com relação ao tempo narrativo, nota-se que a utilização do pretérito
imperfeito
a) aproxima o material narrado do universo contemporâneo do leitor.
b) confere ao texto um caráter dual, que oscila entre o lírico e o metafórico.
c) faz com que o tempo da narrativa se distancie, até certo ponto, do tempo do leitor.
d) torna o texto mais denso de significação, na medida em que institui lacunas temporais.
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Gabarito:
Resposta da questão 1:
[B]
[A] os versos apresentam rima, vocabulário pouco usual no cotidiano e perfeito encadeamento
lógico;
[C] os versos são decassilábicos e têm conteúdo lírico, pois o enunciador fala de seus
sentimentos e emoções;
[D] e [E] enquanto que os versos livres são autônomos em relação a esquemas métricos, as do
poema de Augusto dos Anjos são rimados, com esquema ABBA ABBA CCD EED.
Assim, é correta a opção [B], pois, além de métrica rígida, o poeta usa aliterações
(“Diafragmas, decompondo-se”, “ flâmeo fogo efêmero”) e rimas raras (“rosto”, “sol-posto”).
Resposta da questão 2:
[E]
Resposta da questão 3:
[C]
É correta a opção [C], pois uma das características mais marcantes da estética simbolista é a
musicalidade, transmitida ao verso através do uso de figuras sonoras como a aliteração,
repetição sistemática de um mesmo fonema consonantal. Na estrofe transcrita, são recorrentes
as aliterações: em “s” (salmos e cânticos serenos / Surdinas de órgãos flébeis, soluçantes) e
em “v” (volúpicos venenos / Sutis e suaves).
Resposta da questão 4:
[D]
Resposta da questão 5:
[C]
Resposta da questão 6:
Milkau e Lentz representam duas ideologias opostas: o universalismo e o divisionismo,
respectivamente. Lentz profetiza a vitória dos arianos sobre o povo brasileiro, fraco e indolente,
seguindo os princípios filosóficos de Nietzsche e o evolucionismo de Darwin. No diálogo
transcrito, a personagem defende a ideia de que a ambição pela posse da terra favorece a
emancipação do colono, pois a aquisição da propriedade lhe trará prestígio, riqueza e poder:
“Porque só pela riqueza ou pela força nos emanciparemos da servidão”.
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Resposta da questão 7:
[D]
É incorreta a segunda afirmação, pois o eu lírico busca a liberdade no mundo das essências e
não das aparências. Segundo a ontologia platônica, existe uma divisão do mundo: o sensível,
da aparência e o inteligível, da essência verdadeira.
Resposta da questão 8:
[E]
O texto reproduz, além da realidade da cidade, a preocupação do autor com o homem, o que
pode ser observado no último parágrafo (“E muito me fez meditar… tudo isso muito me obrigou
a pensar sobre o destino daquela gente”).
Resposta da questão 9:
[E]
Nas opções a), b), c) e d) existe adjetivação, o que imprime subjetividade à descrição ( público
especial”, meninas do povo” , “povo variegado”, “napolitanas baixas”). Apenas em e) a
caracterização está ausente.
Os versos são altamente visuais, com imagens que aludem ao misticismo e a morte (as “aves
agoirentas”, a alma “cheia de caveiras”). O uso das cores é outro recurso típico da estética
simbolista que está explícito nos versos em questão, em que se sobressai a cor branca
(“ossos”, “caveira”, “branca”).
Em relação à afirmativa I, não está correta, pois a linguagem utilizada não é coloquial. Em
relação à afirmativa III, não está correta por não haver, na obra, reiteração de expressões
regionais.
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Vê-se um refinamento estético pela construção formal, ora caracterizada pelo soneto, uma
forma fixa que remonta aos padrões clássicos. A temática reflete a ideologia simbolista,
representando a crise de consciência do ser humano, levada às últimas consequências em
função do contexto histórico pertencente à era em voga.
No fragmento (texto 2) de teoria literária, o autor faz uma análise sobre a obra de Augusto dos
Anjos, apontando um engano do leitor, ao reduzir sua poética a textos conhecidos como
macabros e doentios, mostra que a frieza, a impessoalidade e o comportamento analítico,
típico dos cientistas, está presente em seus poemas. O texto 1 expressa o encontro do sujeito
poético com a consciência, simbolizada na forma do morcego. Embora essa figura nos remeta
às estórias de terror, não está presente no poema, para conseguir a atenção do leitor. Assim,
como o morcego pode entrar em nosso quarto sorrateiramente, a consciência pode adentrar
nosso ser. A alternativa correta é a letra D.
O romance “Triste fim de Policarpo Quaresma” é narrado em terceira pessoa, conta as agruras
da vida de Policarpo no período que se segue à Proclamação da República no Brasil, com
detalhes descritivos que permitem analisar sociologicamente esse momento. O tempo da
narrativa é cronológico, pois os fatos são apresentados em sua sequência temporal e as
descrições são permeadas de subjetividade de maneira a refletir a hipocrisia social que Lima
Barreto pretendia criticar, como se refere na opção [D].
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