A Linguagem Da Arte (Luana)

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2.6.

3 Emilio Garroni e a estética neokantiana


• Emilio Garroni (1925-2005), filósofo e escritor italiano.
• Exerceu notável influência tanto sobre a vertente da construção de
uma estética semiótica, quanto sobre a de uma teoria da arte de
bases comunicativas.
• Omar Calabrese destaca três períodos teóricos diferentes do autor:
• 1 – possibilidade de se construir uma “estética semântica”
• 2 – construção de um modelo teórico de interpretação semiótica das
linguagens não-verbais
• 3 – autocrítica em relação a suas tentativas precedentes
1º Período – Emilio Garroni
• A crise semântica das artes, 1964
• Discussão estética tradicional sobre o problema da
semanticidade da arte:
• Artes semânticas (pintura, escultura etc.)
• Artes não-semânticas (música, arquitetura etc.)
• Garroni: recusa de uma concepção “semântica” das
artes como categoria absoluta.
• Relatividade do conceito de “semanticidade” da
arte:
• A arte é construída pela análise semântica, que construirá
o próprio objeto como semântico
• Experiências artísticas voltadas para a eliminação da
semanticidade da obra
2º Período – Emilio Garroni
• Dedicado à construção de um modelo teórico
de interpretação semiótica das linguagens não-
verbais e visuais
• Semiótica e estética, 1968
• O autor mostra como a semiótica de origem
linguística não é capaz de oferecer instrumentos
eficazes para a análise do fenômeno
cinematográfico
• Projeto de semiótica, 1972
• O exame do problema da “linguagem”
cinematográfica se completa com a análise da
“linguagem” arquitetônica, da qual se destaca a
substancial metaforicidade.
3º Período – Emilio Garroni
• Reconhecimento da semiótica, 1977
• Percebe-se uma cautela do autor e o afastamento da
semiótica como perspectiva abrangente e geral de
análise.
• Autocrítica em relação a suas tentativas precedentes,
até chegar a um ceticismo parcial.
• “A proposta de uma semiótica como ciência meta-
operativa, de fato, se de um lado garante-lhe a
coerência e a salva da contraditoriedade, ao mesmo
tempo mina-lhe a confiança no valor de ciência
interpretativa e a rebaixa para o nível de
metalinguagem científica em relação a conceitos já
amplamente expressos no âmbito filosóficos e, em
particular, na doutrina das categorias de Kant” (p. 104).
2.6.4 Renato Barilli e a “culturologia”
• Renato Barilli (1935-), crítico de arte, crítico
literária e acadêmico italiano.
• http://www.renatobarilli.it/blog

• Entre presença e ausência, 1974


• Modelo da presença: ligado às filosofias
“mundanas”, como a fenomenologia e o
pragmatismo, todas de caráter sintético.
• Modelo da ausência: de caráter analítico,
racionalista, confiante nos procedimentos de
dedução.
Modelo da presença
• Foi retomado por dois dos mais prestigiosos autores em moda nos
anos 60: Marshall McLuhan e Herbert Marcuse.
• Tecnologia contemporânea baseada na eletrônica
• Desenvolvimento da psicanálise freudiana: diminuição do trabalho pela
tecnologia > maior espaço para a libido, voltada para fins criativos
• Modelo ligado à fenomenologia e o pragmatismo, de caráter sintético.
• Maior frequência nas artes visuais
Happenning

Arte povera

Land Art
Modelo da ausência
• Baseados em critérios opostos ao da presença
• Análise, procedimentos dedutivos, rigor das ciências lógico-
matemáticas
• Menor influência nas artes visuais
• “Se propõe a executar um trabalho cultural não sobre a experiência
do mundo, mas sobre a reescritura e reformulação do já dito, do já
ocorrido, do já culturalizado”
• Nouveau roman, Ítalo Calvino e Arbasino
2.7 A favor e contra a semiótica: pós-
moderno e desconstrução
• Ideias “anti-semióticas” de Jean-François Lyotard e Jacques Derrida
• Analogia: idêntica crítica à chamada “tradição logocêntrica” do pensamento
ocidental
• Diferença: modo pelo qual as práticas interpretativas desconstrutivas são
entendidas pelos autores

“As polêmicas dos dois autores com os semiólogos dizem respeito sobretudo à
teoria dos signos enquanto disciplina racionalisticamente confiante na existência
de sistemas universais de interpretação da natureza eminentemente linguística;
mas, por outro lado, eles aceitam e utilizam, embora de maneira original e às
vezes imprópria, noções recentes de semiótica, como a de texto” (p. 114)
Jean-François Lyotard
• Lyotard elaborou uma teoria pessoal que tenta
superar as visões ainda humanístico-metafísicas
de Marx e Freud.
• Desejo e libido
• Libido como pulsão de morte: energia que não
psicanalisa os códigos, que não se estrutura, mas
que desestrutura os próprios códigos.
• Paul Cézanne: artista que melhor representa a
tendência de fim da representação e da liberação
do valor de troca da obra de seu valor de uso.
Jacques Derrida
• Método para compreensão da pintura:
1 – Compreensão da filosofia que domina o discurso sobre a pintura
2 – Decifração das analogias entre linguagem e forma artísticas
3 – Análise dos sistemas de apropriação e reprodução da obra
4 – Análise da hermenêutica da obra

• Polêmica entre Shappiro e Heidegger: os sapatos de


Van Gogh e René de Magritte
• Toda leitura é possível, aberta, infinita
• As teorias derridianas influenciaram os críticos
americanos, tornaram-se uma prática literária que
se enraizou profundamente na cultura americana:
“destrucionismo”, “paracrítica”, “genealogismo” etc.

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