Formacao Manejo de Casos Nampula 08 20202
Formacao Manejo de Casos Nampula 08 20202
Formacao Manejo de Casos Nampula 08 20202
Marcela Tommasi
Nampula, Agosto 2020
Conteudos
• Novas definições de caso (OMS-Agosto 2020)
• Manifestações clínicas do COVID-19
• Sintomas mais comuns associados ao COVID-19
• Factores de risco associados à severidade do COVID-19
• Classificação de gravidade do COVID-19 (OMS)
• Tipos de testes laboratoriais para diagnóstico do COVID-19
• Colheita de esfregaço nasofaríngeo e orofaríngeo
• Manejo de pacientes com doença leve
• Manejo de pacientes com doença moderada
• Manejo de pacientes com doença severa e crítica
• Escores de aviso precoce em pacientes com COVID-19 adulto e pediátrico(MEWS e PEWS)
• Consideracoes para mulheres grávidas, lactantes e recém nascidos
Novas definições de caso da OMS (Agosto
2020)
• Duas definições de caso suspeito A ou B
• Caso provável
• Caso confirmado
• Contacto
Definição de caso suspeito A
Criterios Clínicos Criterios epidemiológicos
1. Um início agudo de febre E de 1. Residir ou trabalhar numa área com
tosse; elevado risco de transmissão do vírus: por
exemplo, locais residenciais fechados e locais
OU humanitários (acampamentos para pessoas
2. Início agudo da combinação de deslocadas), nos 14 dias anteriores ao
TRÊS ou MAIS dos seguintes sinais aparecimento dos sintomas;
ou sintomas: febre, tosse, OU
fraqueza/fadiga geral, dor de • 2. Residir ou viajar para uma área com
cabeça, mialgia, dor de garganta, transmissão comunitária nos 14 dias
coriza, dispneia, anteriores ao início dos sintomas; OU
anorexia/náuseas/vómitos, diarreia, • 3. Trabalhar no sector da saúde, incluindo
alteração do estado mental. nas unidades sanitárias e nos agregados
familiares, nos 14 dias anteriores ao
aparecimento dos sintomas
Definição de caso suspeito B
B. Um paciente com Infecção respiratória aguda
grave (IRAG) com febre ≥ 38°C e tosse; de início
nos últimos 10 dias; e que requer hospitalização.
Caso Provável de COVID-19 (A-B-C-D)
A. Um caso suspeito (descrito acima) E é um contacto de um caso provável
ou confirmado, ou epidemiologicamente ligado a um grupo de casos que
teve pelo menos um caso confirmado identificado dentro desse grupo.
B. Um caso suspeito (descrito acima) com imagens do tórax com achados
sugestivos de COVID-19 (Radiografia de tórax, TAC torácica, Ultra-som
pulmonar).
C. Uma pessoa com um início recente de anosmia (perda do olfacto) ou
ageusia (perda do paladar) na ausência de qualquer outra causa
identificada.
D. Morte, não explicada de outra forma, num adulto com dificuldade
respiratória anterior à morte E que foi um contacto de um caso provável ou
confirmado ou epidemiologicamente ligado a um grupo que teve pelo
menos um caso confirmado identificado dentro desse grupo.
Achados sugestivos de COVID-19 em
Raio-X de torax
Opacidades
nebulosas,
frequentemente
arredondadas em
morfologia, com
distribuição
periférica e
pulmonar inferior
Achados sugestivos de COVID-19 em TAC
torácica
Múltiplas opacidades
bilaterais de vidro
moído,
frequentemente
arredondadas em
morfologia, com
distribuição periférica
e pulmonar inferior
Achados sugestivos de COVID-19 em
Ultra-som pulmonar
Linhas pleurais espessas,
linhas B (multifocais,
discretas, ou confluentes),
padrões consolidados com
ou sem broncogramas
aéreos
Linhas B (Pneumonía temprana)
Caso confirmado
Indivíduo com confirmação laboratorial de infecção por
Covid-19 independemente dos sinais ou sintomas
clínicos.
Contacto
• Qualquer pessoa que foi exposta a qualquer uma das seguintes situações, durante os 2
dias anteriores e/ou 14 dias após o início dos sintomas de um caso provável ou
confirmado:
• Contacto cara a cara com um caso provável ou confirmado a distância de 1 metro e por
mais de 15 minutos;
• Esfregaços nasofaríngeos
• Aspirados nasofaríngeos: boa sensibilidade,
• Esfregaços orofaríngeos: baixa sensibilidade. Recomenda-se que sejam
combinados com esfregaços nasofaríngeos e acondicionados no mesmo meio
de transporte viral.
• Expectoração: Boa sensibilidade. Difícil obter (tosse não é produtiva). Se é
necessária para testar tuberculose colher a expectoração em área bem
ventilada (sem indução / nebulização para minimizar o risco de
aerossolização).
• Lavado broncoalveolar: alta sensibilidade (exige técnicos altamente
qualificados, risco biológico)
Colheita de esfregaço nasofaríngeo e orofaríngeo
Fazer teste da caminhada: SpO2 em repouso e logo de dar 30 pasos. No caso de pneumonia Covid-19, é
possível ter dessaturação após um esforço mínimo, apesar de uma aparência clinica e SpO2 repouso boa.
Oxigenoterapia (2)
Outras Indicacoes de oxigenoterapia:
Como alternativa, se o conector Y não estiver disponível, dois concentradores de oxigênio ainda poderão
ser usados para um único paciente hipóxico ou em caso de que o reservatório da máscara estiver em
colapso:
• o conjunto mãe e o bebê devem poder permanecer juntos durante o dia e noite e
praticar o contato pele a pele, incluindo cuidados como a mãe canguru, especialmente
imediatamente após o nascimento e durante o estabelecimento da amamentação (aplica-
se também a bebês nascidos prematuros ou com baixo peso).
• a mãe com COVID-19 grave que não consegue amamentar a seu bebê, pode ser usado
leite materno exprimido (com medidas apropriadas de PCI) ou doadora de leite humana
(ou banco de leite humano), outra mulher que amamente a criança (prévio teste de HIV
negativo) ou substitutos adequados do leite materno.
Cuidados ao recém nascido com COVID-
19
• Manifestações clínicas inespecíficas (sobreponíveis às outras como a
sépsis neonatal). Apresentação mais frequente: Instabilidade térmica,
sucção fraca, letargia e sintomas respiratórios: taquipnéia, adejo nasal,
gemido, apneia, tosse, tiragem. Os sintomas gastrointestinais são menos
frequentes (diarreia, vômito, distensão abdominal); podendo levar a um
quadro de enterocolite necrosante (ECN).