Submodulo 11 Suturas

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ENFERMAGEM

MÉDICO-CIRÚRGICA

SUBMÓDULO 11:
ATENÇÃO À PEQUENAS CIRURGIAS
Curso de Enfermagem Geral
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Cursos de Enfermagem Geral e Enfermagem de Saude Materno-Infantil
COMPETÊNCIAS
No fim da aula o estudante deve ser capaz de :
ƒ Conceitua suturas, abcessos e corpos estranhos.

ƒ Descreve os sinais e sintomas das patologias,

ƒ Menciona o material e o EPI necessario para as tecnicas

ƒ Executa as tecnicas de acordo com os procedimentos

ƒ Prestar cuidados de Enfermagem humanizados ao utente


durante a execussão da técnica.

ƒ Prestar cuidados de urgência e emergência médico-cirúrgica,


bem como aplicar medidas preventivas das complicações.
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Cont. das compentências

ƒ Aplicar os conhecimentos adquiridos ao


planificar,executar e avaliar os cuidados de
Enfermagem, baseados no diagnóstico
realizado,visando a satisfação das necessidades do
utente do fóro médico-cirúrgico

ƒ Orientar os utentes e a família sobre os cuidados a


prestar no pré e pós operatório e prevenção das
complicações.

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SUTURAS

ƒ SUTURA-É a aplicação de qualquer material com o fim


de aproximar os tecidos, mantendo-os cosidos até que a
cicatrização se conclua.

ƒ Fio de sutura e um material flexivel incerrido atraves dos


tecidos (com o uso de uma agulha) para aproximar as
suas extremidades e diminuir o espaco morto. (Sorensen
e Luckmann, 1998)

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CONT. DAS SUTURAS

TIPOS DE SUTURAS

Existem dois tipos de suturas:

ƒ 1-Suturas contínuas-São aquelas em que o fio é


consecutivo sem sofrer nenhum corte, desde a primeira
extremidade até à outra

ƒ 2-Suturas separadas-São aquelas em que os pontos são


separados um do outro, com o corte constante do fio

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A ESCOLHA DO FIO

Os factores que influenciam a escolha do fio são:

ƒ Tempo desejado para que os fios permaneçam no


organismo e se serão ou não absorvidos.

ƒ Tipo de tecido a ser suturado. Alguns tecidos absorvem o


fio mais rapidamente que outros.

ƒ Estado nutricional do paciente (Mal nutridos, anémicos


mais obesos) e Idade (mais idosos) absorvem com
dificuldades os tecidos.

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CONT. DA ESCOLHA DO FIO

ƒ Os fios são também absorvidos com dificuldade onde


houver:

1-Infecção.

2-Muitas secreções.

3-Muita humidade.

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CLASSIFICAÇÃO DOS FIOS

Os fios podem ser classificados em:

ƒ 1- Quanto à sua origem.

ƒ 2- Quanto à sua absorção.

1- Quanto à sua origem podem ser divididos em:

a) Origem animal.

-como por exemplo a seda, tendões de animais,


crinas,catgut etc.

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CONT. DA CLASSIFICAÇÃO DOS FIOS

b) Origem Vegetal

Por exemplo: Nylon, poliester.

c) Origem Mineral

ƒ Por exemplo: fios de aço, de alumínio, de prata, de


platina, de cobre etc.

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CONT. DA CLASSIFICAÇÃO DOS FIOS

2- Quanto à absorção.

Quanto à absorção os fios podem se:

a) Absorvíveis- São os que podem ser digeridos pelas


células do organismo durante ou após a cicatrização dos
tecidos. Ex: Catgut (Simples ou plain, cromado).

Colagéno ( Simples,cromado e extracromado).

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CONT. DA CLASSIFICAÇÃO DOS FIOS

b) Não absorvíveis- São aqueles que as células do


organismo não conseguem digerir, portanto estes fios
devem ser tirados depois da cicatrização.

Este tipo fios geralmente é usada para suturas


superficiais.

Ex: Seda cirúrgica, algodão cirúrgico, as metálicase as


sintéticas etc.

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Apresentação dos fios

Os fios poderão apresentar-se em:

9 A) Embalagem de pequenas carteiras duplas,


estando a pequena dentro da grande.

9 B)Rolos como de linha de costura, podendo serem


pequenos, portanto individuais ou maiores.

9 C) Tubos de vidro semelhantes aos tubos de colheita


de sangue ( mergulhados em solução alcoolica )

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CONT DA APRESENTAÇÃO DOS FIOS

ƒ Os fios também se podem apresentar com agulha já


adaptada ou não, sendo assim classificados de:

ƒ A) Traumáticos-Aquelas que não possuem a agulha


adaptada (Agulha não embutida). Razão porque
traumatizam mais.

ƒ B) Atraumáticas-Aquelas que se apresentam com agulha


já adaptada da fábrica (Agulha embutida).

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CLASSIFICAÇÃO DAS AGULHAS
ƒ A função das agulhas é facilitar a passagem da linha
pelos tecido.
TIPOS DE AGULHAS
As agulhas podem ser:

9 Rectas.

9 Curvas,

9 1/4 do círculo

9 1/2 do círculo

9 3/8 do círculo
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CONT. DA CLASSIFICAÇÃO DAS
AGULHAS
De acordo com o seu formato as agulhas podem ser
classificadas em:

1-Cortantes ou triangulares-Este tipo de agulhas origina um


pequeno corte no tecido e o fio tem tendência de
aumentar o corte.
São mais usadas para suturar os tendões.
2-Não cortantes ou redondas-Este tipo de agulhas
apresenta o corpo arredondado e são usadas em tecidos
pouco resistentes.
Ex: Fígado, rins etc.

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USO DE CADA TIPO DE AGULHA
O uso das agulhas depende do tipo.
1-Agulhas Curvas-São mais utilizadas para suturar tecidos
profundos e a pele.

2-Agulhas Semi-rectas-São utilizadas para suturar a pele.

3-Agulhas rectas-São utilizadas para algumas suturas


gastro-intestinais.

Definir a utilidade das agulhas circulares.

As agulhas variam em tamanho e calibre

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CONSTITUIÇÃO DAS AGULHAS

As agulhas são constituidas da seguinte forma:

1- Fenda-orifício onde se mete o fio.

2-Corpo-É a parte que constitue a verdadeira peça da


agulha.
Geralmente é feita de aço inoxdável.

3-Ponta- È a parte terminal da agulha.

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A ESCOLHA DE AGULHA
ƒ Existem alguns factores que influenciam a escolha da
agulha:

ƒ Tamanho.

ƒ Tipo de tecido a suturar.

ƒ Capacidade de sensibilidade da área a suturar.

ƒ Preferência do Cirurgião

ƒ Rotina da Sala de Operações.

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MATERIAL E EPI NECESSÁRIOS

EPI: Luvas cirurgicas, máscara,avental


plástico,barrete e óculos de protecção.

MATERIAL
ƒ Kit de sutura ( couvete, tesoura pequena, pinça
porta-agulha, pinça de Kocher, pinça de
dissecção com dente, compressas
esterelizadas).
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CONT. DE MATERIAL

CONT. DE MATERIAL NECESSÁRIO :

ƒ Solução fisiológica 0,9 % ; adesivo.

ƒ Baldes com sacos plásticos para o lixo


comum e lixo infeccioso

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PROCEDIMENTOS

ƒ Leve o material para junto do paciente

ƒ Cumprimente o paciente e apresente-se;

ƒ Explique o procedimento ao utente e peça a sua


colaboração; posicione-o de modo a facilitar a
realização do procedimento; mantenha a sua
privacidade.

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CONT. DO PROCEDIMENTO

ƒ Lave as mãos com água e sabão ou freccione-as


com álcool glicerinado, se não estiverem
visivelmente sujas;

ƒ Abra o kit de suturas pela parte externa

ƒ Retire a pinça de Kocher segurando-a com ajuda


do papel do campo e coloque-a no bordo do
campo estéril;

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CONT.DO PROCEDIMENTO

ƒ Calce as luvas cirurgicas;


ƒ Retire a pinça de dissecção com ajuda da
primeira;
ƒ Retire uma compressa e dobre-a em 4 partes
fixando-a na pinça de Kocher com ajuda da pinça
de dissecção;

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CONT. DO PROCEDIMENTO

ƒ Embeba a compressa com a solução fisiológica e


desinfecte a ferida; repetir esta operação até a
ferida ficar limpa mudando sempre a compressa.

ƒ Coloque o campo aberto por cima da ferida;

ƒ Abra a carteira da linha de sutura e deixe cair a


linha no tabuleiro

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CONT. DO PROCEDIMENTO

ƒ Pegue na pinça de Kocher com a mão direita;


fixe a agulha e pegue a pinça de Dissecção com
a mão esquerda.

ƒ Com a pinça de Dissecção fixe o bordo direito da


ferida, puncione-o com agulha e puxe a linha até
ficar 1cm.

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CONT. DO PROCEDIMENTO

ƒ Enrola a linha na pinça porta-agulha;com a


mesma pinça pega na ponta inicial da linha e
faça o nó ;corte a linha deixando cerca de 0,5cm.

ƒ Faça a mesma técnica noutro bordo e assim


sucessivamente até terminar a sutura.

ƒ Desinfecte e seque a ferida.

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CONT. DE PROCEDIMENTO

ƒ Faça o penso simples

ƒ Retire as luvas de procedimento e deite-as em


recipiente com saco plástico para lixo infeccioso.

ƒ Lave as mãos com água e sabão.

ƒ Rgiste o procedimento no Diário de Enfermagem

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CUIDADOS DE ENFERMAGEM

ƒ Se usar agulha embutida, ter o cuidado de não apertar


com a pinça porta-agulhas a extremidade da agulha onde
o fio funde porque é zona oca, porque pode-se partir.

ƒ Sempre que se quebrar uma agulha deve-se certificar se


todos os pedaços foram retirados.

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BIBLIOGRAFIA

ƒ Manual de Cirurgia para Técnico de Cirurgia.

Autor : Vaz,Fernando. Moçambique.

ƒ Manual de Enfermagem Cirúrgica.

Autor: Instituto de Ciências de Saúde de


Maputo.Moçambique.

ƒ Tratado de Enfermagem Médico-Cirúrgica.

Autor: Brunner Suddarth. Brasil

ƒ Sorensen e Luckmann, Enfermagem Fundamental, 3ª


edicao, Editora Lusodidactica, Lisboa, 1998. 29
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