Transporte de Massa

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SUMRIO

TRANSPORTE DE MASSA
TIPOS DE TRANSFERNCIA DE MASSA
TRANSFERNCIA DE MASSA MOLECULAR
TRANSFERNCIA DE MASSA POR CONVECO
TRANSPORTE DE MASSA EM MATERIAIS
DIFUSO
DIFUSO EM REGIME ESTACIONRIO
DIFUSO EM REGIME NO ESTACIONRIO
FATORES QUE INFLUENCIAM A DIFUSO
TRANSPORTE DE MASSA EM MATERIAIS CERMICOS
TRANSPORTE DE MASSA EM MATERIAIS METLICOS
TRANSPORTE DE MASSA EM MATERIAIS POLIMRICOS

1
TRANSPORTE DE MASSA
Transferncia de massa o transporte de um ou mais componentes dentro de
uma fase ou de uma fase para outra atravs da interface.

Figura 1: Transferncia de massa de uma regio de alta concentrao para uma


de baixa concentrao. Fonte: Unicamp.

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TIPOS DE TRANSFERNCIA DE MASSA
A transferncia de massa, depende da dinmica da mistura no qual ocorre e
pode ser feita por dois modos distintos de transporte:

Transferncia de massa Movimento randmico


molecular de um fluido em repouso
Massa
Transferncia de massa Superfcie de um fluido
por conveco em movimento

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TIPOS DE TRANSFERNCIA DE MASSA
H uma analogia entre os tipos de transferncia de massa e os tipos de transferncia
de calor.

Transferncia Transporte de Transferncia Transporte de


de Massa Calor por de Massa por Calor por
Molecular Conduo Conveco Conveco

Observao!
No Transporte de Calor, geralmente, ambos os mecanismos agem simultaneamente.
No Transporte de Massa, um dos mecanismos podem dominar quantitativamente.
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TRANSFERNCIA DE MASSA MOLECULAR
Um transporte microscpico;

Independe da conveco dentro do sistema;

Mistura contm dois ou mais compostos


moleculares nas diferentes composies relativas
de ponto para ponto;

Processo natural ocorre no sentido de diminuir


as desigualdades das composies at se atingir Figura 2: Esquema demonstrando a difuso. Os solutos (em vermelho)
passam do meio mais concentrado para o menos concentrado, a favor de
o equilbrio. um gradiente de concentrao. Fonte: Blog do Enem.

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TRANSFERNCIA DE MASSA MOLECULAR
Um transporte microscpico;

Independe da conveco dentro do sistema;

Mistura contm dois ou mais compostos


moleculares nas diferentes composies relativas
de ponto para ponto;

Processo natural ocorre no sentido de diminuir


as desigualdades das composies at se atingir
o equilbrio.

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TRANSPORTE DE MASSA POR CONVECO
Existem dois tipos de transferncia convectiva:

Conveco Se o movimento for provocado por


um dispositivo (bomba, rotor, etc.)
Forada

Conveco Se a transferncia for devido a


diferenas de densidade
Natural
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TRANSPORTE DE MASSA EM MATERIAIS
No tratamento de materiais, muitas reaes e
processos importantes dependem da
transferncia de massa tanto no interior de
um slido especfico quanto a partir de um
lquido, um gs ou outra fase slida.

Nos materiais isso ocorre obrigatoriamente


por difuso, ou seja, fenmeno de transporte
de matria por movimento atmico .
Figura 3: Engrenagem de ao endurecida superficialmente, onde o
carbono da atmosfera circundante se difundiu na superfcie. Fonte:
Mercedes-Benz

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DIFUSO
O fenmeno da difuso pode ser demonstrado com o auxlio de um par de difuso, o qual formado
unindo barras de dois metais diferentes, tal que haja um contato intimo entre as duas faces.

INTERDIFUSO

Ocorre em metais

AUTODIFUSO
puros, onde todos
os tomos que
esto mudando de
posio so do
mesmo tipo.

Figura 4: Par de difuso cobre-nquel antes de ser submetido a Figura 5: Par de difuso cobre-nquel aps ser submetido a um
um tratamento trmico. Fonte: Callister (2015) tratamento trmico. Fonte: Callister (2015)

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DIFUSO
DIFUSO POR LACUNAS DIFUSO INTERSTICIAL

Figura 6: Difuso por lacunas. Fonte: Callister (2015) Figura 7: Difuso intersticial. Fonte: Callister (2015)

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DIFUSO EM REGIME ESTACIONRIO
A difuso um processo dependente do tempo, logo s vezes faz-se necessrio saber o quo
rpido ocorre a difuso, ou seja a taxa de transferncia de massa.

Essa taxa pode ser expressa como um fluxo difusional (J), que definido como a massa M, que
se difunde atravs e perpendicularmente a uma seo transversal de rea unitria do slido por
unidade de tempo. Em que A a rea onde a difuso est ocorrendo e t o tempo de difuso
decorrido.

1 M
= = ; J (kg/ms ou tomos/ms )
A t

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DIFUSO EM REGIME ESTACIONRIO
Se o fluxo difusional no varia com o tempo, existe uma condio de regime estacionrio.

Perfil de concentraes a curva resultante quando a concentrao C, representada em funo da


posio no interior do slido x. E a inclinao em um ponto particular dessa curva o gradiente de
concentrao:


= = =

Primeira lei de Fick, o fluxo proporcional ao gradiente de concentrao e D a constante de


proporcionalidade chamada de coeficiente de difuso:

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DIFUSO EM REGIME ESTACIONRIO
Ex. Difuso dos tomos de um gs, em regime estacionrio, atravs de uma placa metlica para a
qual as concentraes (ou presses) do componente em difuso sobre ambas as placas so
mantidas constantes.

Figura 8: Difuso em regime estacionrio dos tomos de um Figura 9: Perfil de concentraes linear para a difuso
gs atravs de uma placa fina metlica. Fonte: Callister (2015) representada na Figura 8. Fonte: Callister (2015)

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DIFUSO EM REGIME NO ESTACIONRIO
O fluxo difusional e o gradiente de concentrao em um ponto especfico no interior de um
slido variam com o tempo, havendo um acmulo ou esgotamento lquido do componente que
est se difundindo.

Ocorre na maioria das situaes prticas.

Segunda lei de Fick:

2
= 2

Figura 10: Perfis de concentrao para a
difuso em regime estacionrio, tomados em
trs tempos diferentes Fonte: Callister (2015)

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FATORES QUE INFLUENCIAM A DIFUSO
Espcie em difuso: coeficiente de difuso D depende do tipo de material que est em
difuso e do tipo de material chamado hospedeiro.

Temperatura: tem influncia profunda sobre o coeficiente de difuso, de acordo com a


equao do coeficiente de difuso:

Onde a energia de ativao(Qd) para a
= 0
difuso pode ser considerada como a
Onde:
energia necessria para produzir o
D0 = fator exponencial independente da temperatura (m/s); movimento difusivo de um mol de
Qd = energia de ativao da difuso (J/mol e eV/tomo); tomos.
R = constante dos gases (8,314 J/mol ou 8,6210-5 eV/tomo); Quanto maior o coeficiente de difuso,
menor a energia de ativao .
T = temperatura absoluta (K).

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TRANSPORTE DE MASSA EM MATERIAIS CERMICOS
Cermicas so compostos formados por elementos metlicos e no metlicos com ligaes
covalente-inicas, sendo que o grau de natura inica depende da eletronegatividade do tomo.

So materiais com estrutura cristalina estvel, pois os nions que envolvem um ction, esto
todos em contato com o ction.

Figura 11 - Configuraes de coordenao nion-ction. Crculos maiores


representam os nions e os menores representam os ctions. Fonte: Callister.

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TRANSPORTE DE MASSA EM MATERIAIS CERMICOS
O processamento das cermicas envolve as seguintes etapas:
Preparao da massa ou p;
Conformao;
Secagem;
Sinterizao.

Figura 12 Processamento dos materiais cermicos. Fonte: Boch e Nipe.

Para que a sinterizao ocorra em materiais cermicos, alm da condio termodinmica ser
cumprida, a sua velocidade deve ser suficiente para que ocorra o processo. Porm, o transporte de
um slido lento em comparao com um lquido ou um gs.

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TRANSPORTE DE MASSA EM MATERIAIS CERMICOS
O transporte pode vir da deformao plstica, fludo viscoso de partes vtreas, difuso atmica
do cristal, transporte em fase de vapor (evaporao e condensao) e em fase lquida
(dissoluo e precipitao).

Figura 13 Sinterizao via fase lquida. Fonte: Boch e Nipe. Figura 14 Sinterizao via fase slida. Fonte: Boch e Nipe.

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TRANSPORTE DE MASSA EM MATERIAIS CERMICOS
O transporte de matria decorre de reas com alta energia para as de baixa energia.

Em materiais cermicos isto ocorre principalmente na formao do pescoo entre partculas na


sinterizao.
Existem quatro formas de difuso para a sinterizao
em fase slida:
difuso superficial;
difuso de volume ou difuso em rede
transporte em fase de vapor e difuso do limite de gro.

Para a sinterizao em fase lquida deve-se adicionar


os efeitos da dissoluo e reprecipitao ou fluxo
Figura 15 Transporte de massa durante a sinterizao via
vtreo. fase slida. Fonte: Boch e Nipe.

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TRANSPORTE DE MASSA EM MATERIAIS CERMICOS
Mecanismo - Caminho da Fonte da Eixo da Resultado
Figura 2 difuso matria matria

1 Difuso Superfcie Sinterizao Gro


superficial do pescoo grosseiro

2 Difuso de Superfcie Sinterizao Gro


volume do pescoo grosseiro

3 Evaporao e Superfcie Sinterizao Gro


condensao do pescoo grosseiro

4 Difuso do Contorno de Sinterizao Densificao


contorno de gro do pescoo na
gro sinterizao

5 Volume de Contorno de Sinterizao Densificao


difuso gro do pescoo na
sinterizao
6 Volume de Defeitos, Sinterizao Densificao
difuso como do pescoo na
deslocament sinterizao Figura 15 Transporte de massa durante a
os sinterizao via fase slida. Fonte: Boch e Nipe.

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TRANSPORTE DE MASSA EM MATERIAIS METLICOS
Os materiais metlicos so compostos por um ou mais elementos metlicos, podendo ter em
quantidades relativamente pequenas elementos no metlicos.

Como a ligao atmica metlica, sua natureza no direcional, o que leva a mnimas
restries em relao quantidade e posio dos tomos vizinhos mais prximos.

Sua estrutura cristalina mais ordenada em comparao a materiais cermicos e polimricos.

Em um liga metlica binria, os tomos dos elementos podem apresentar movimentos de


difuso na rede cristalina, atravs do mecanismo de vazios com diferentes velocidades.

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TRANSPORTE DE MASSA EM MATERIAIS METLICOS
Experimento de Kirkendall
Um bloco de cobre soldado com um bloco de
lato;
Com fios de molibdnio funcionando como
marcadores;
Elevada temperatura, em que haja completa
solubilidade do zinco na rede cristalina do cobre;
por um longo tempo.

Kirkendall observou que devido difuso


mais rpida do zinco no cobre, os marcadores
moveram se na direo do lato.

Figura 16 Representao esquemtica da experincia de


Kirkendall. Fonte: Santos.

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TRANSPORTE DE MASSA EM MATERIAIS METLICOS
A difuso tambm pode ocorrer na superfcie
do sistema ou nos contornos de gros em
policristalinos.

As energias necessrias nesses modos de


difuso so menores que para a difuso no
interior da rede cristalina.

Um exemplo de difuso em superfcie em


metais a cementao, introduo de carbono
na superfcie do ao.

Figura 17 Difuso de um soluto B em um material A: (a) atravs


da superfcie e (b) atravs de contornos de gros. Fonte: Santos.

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TRANSPORTE DE MASSA EM MATERIAIS POLIMRICOS
Um polmero uma macromolcula composta por muitas unidades
de repetio (meros), ligadas por ligao covalente.

Par a produo de um polmero a matria prima uma molcula


com uma unidade de repetio, ou seja, o monmero.

So materiais essencialmente amorfos, ou com certo grau de


cristalinidade.

Figura 18 Polmeros lineares. Fonte: Callister. Figura 19 Estrutura cristalina dos polmeros.
Fonte: Tudo em polmeros.

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TRANSPORTE DE MASSA EM MATERIAIS POLIMRICOS
Ao fbrico de polmeros, necessria a remoo de volteis dissolvidos, como:
Solventes;

Monmeros no tratados; Polmero com as


Antes da etapa da
propriedades
Umidade; moldagem
desejadas.
Impurezas do produto.

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TRANSPORTE DE MASSA EM MATERIAIS POLIMRICOS
Na polimerizao por condensao a remoo de
volteis essencial para impulsionar a reao de
polimerizao e atingir pesos moleculares
elevados.

As molculas dos componentes volteis


dissolvidos na matriz da massa fundida polimrica
devem difundir para as interfaces lquido-vapor e
Figura 20: Representao esquemtica do processo de
depois serem removidas e coletadas. devolatilizao. Fonte: Tadmor e Gogos.
= 0

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REFERNCIAS
BENTEZ, J Princpios e aplicaes modernas das operaes de transferncia de massa. 2 Ed., John Wiley & Sons, Inc, 2012.
BOCH, Philippe; NIPE, Jean-Claude. Ceramic Materials: Processes, Properties and Applications. France: Hermes Science Publications,
2001.
CALLISTER, William D.; RETHWISH, David G. Cincia e engenharia de materiais: uma introduo. 8 ed. Reimpresso, Rio de Janeiro: LTC,
2015.
CANEVAROLO JR., Sebastio V. Cincia dos polmeros: um texto bsico para tecnlogos e engenheiros. So Paulo: Artliber Editora, 2013.
CALLISTER Jr., William D. Ciencia e Engenharia de Materiais Uma introduo, 9. Ed. Reimpresso, Rio de Janeiro: LTC, 2016.
GIROTTO, Emerson M.; DE PAOLI, Marco-A. Transporte de massa em polmeros intrinsecamente condutores: importncia, tcnicas e
modelos tericos. Qumica Nova, So Paulo, v. 22, n. 3, p. 358-368, 1999.
GRISKEY, R.G. Fenmenos de transporte e operaes unitrias. Wiley-Interscience, 2002.
HAMBORG, E. S., KERSTEN, S. R. A., VERSTEEG, G. F. Taxas de transferncia de massa de absoro e dessoro em sistemas no-reativos.
Chemical Engineering Journal, 2010.
SANTOS, Rezende G. Transformao de fases em materiais metlicos. Campinas, SP: Editora da Unicamp, 2006.
TADMOR, Zehev; GOGOS, Costas G. Principles of polymer processing. 2 ed. New Jersey: Wiley, 2006

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FIM
OBRIGADA!

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