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Transferncia de Massa

Prof. Gabriel Tarantino


Transferncia de Massa
Definio do Fenmeno
Em um sistema dois ou mais componentes na qual as concentraes variam de
ponto a ponto, h uma tendncia natural da massa ser transferida, minimizando
as diferenas de concentrao entre os sistemas.

O transporte de um constituinte de uma regio de alta concentrao para aquela de


menor concentrao chamado de transferncia de massa.
Transferncia de Massa
Ocorrncias do Fenmeno
1. Remoo de substncias volteis poluentes por adsoro
2. Remoo de gases partir de guas residuais
3. Difuso de partculas adsorvidas no interior dos poros de carvo ativado
(remoo de odor em geladeira e impurezas em gua)
4. Taxa de reao qumica e biolgica catalisada
5. Secagem de madeira
6. Ar condicionado
7. Difuso de nutron em um reator nuclear
8. A remoo de poluente a partir de uma corrente de descarga por absoro
Transferncia de Massa
Tipos de transferncia de massa
A transferncia de massa pode ocorrer pelo movimento molecular ao acaso em
fluidos estagnados ou podem ser transferidos a partir de uma superfcie para um
liquido em movimento, adicionado pelas caractersticas dinmicas do
escoamento.
Transferncia de Massa
Tipos de transferncia de massa
Ambos os tipos de transferncia de massa so anlogos aos da transferncia de
calor
Transferncia de Massa
Difuso Molecular
Parrot, em 1815, analisando uma mistura de gases contendo duas ou mais espcies
moleculares, constatou que:

1. Quando Concentraes relativas variam de ponto a ponto. A mistura tende a


diminuir qualquer desigualdade da composio em um processo aparentemente
natural.

2. A transferncia de massa ou difuso ocorre somente em misturas.


Transferncia de Massa
Transferncia de Massa
Difuso Molecular
Transferncia de Massa
Difuso Molecular
Para temperaturas acima do zero absoluto, molculas individuais esto no estado
do movimento contnuo ainda aleatrio.

Dentro de misturas gasosas diludas, cada molcula comporta-se


independentemente das outras molculas de soluto.

Colises entre molculas de soluto e solvente esto continuamente ocorrendo.

Como resultado das colises, as molculas de soluto movem-se ao longo de um


caminho, atravs de uma regio de alta concentrao para uma regio de baixas
concentraes.
Transferncia de Massa
Nmero de Avogadro
Transferncia de Massa
Lei dos Gases Ideais
Transferncia de Massa
Transferncia de Massa
Concentrao
Concentrao ou densidade mssica total (): massa total do sistema
contido em uma unidade de volume da mistura.

A frao mssica, wA , a concentrao mssica da espcie A dividida pela


densidade mssica total.
Transferncia de Massa
Concentrao
Concentrao molar da espcie A (CA): nmero de moles de A presentes por
unidade de volume da mistura.

Por definio: 1 mol de qualquer espcie contm massa equivalente ao sua massa
molecular.

Relao entre as concentraes mssica (A) e massa molecular (MA)da espcie A


definida por:
Transferncia de Massa
Concentrao
Concentrao molar total (C): nmero de moles total da mistura contida em uma
unidade de volume:

A frao molar para misturas de lquidos ou slidos, definida como a razo entre a
concentrao molar da espcie qumica A e a concentrao molar total.
Transferncia de Massa
Concentrao
Lei de Dalton: Para misturas gasosas que obedecem a lei dos gases ideais, a
frao molar pode ser expressa em funo da presso:
Transferncia de Massa
Velocidade
Num sistema multicomponentes a velocidade de mistura ser a media das
velocidades da cada espcie presente.

Velocidade mssica mdia: para mistura multicomponente, definida em termos


de densidade mssica para todos os componentes.

Pode ser medida por um tudo de Pitot e a mesma velocidade que se aplica nas
equaes de transferncia de movimento.
Transferncia de Massa
Velocidade
Velocidade molar mdia : definida em termos das concentraes molares de todos
os componentes.
Transferncia de Massa
Velocidade
Em uma mistura gasosa multicomponente, cada componente se mover em
diferentes velocidades. Para a avaliao de uma velocidade, necessita-se da mdia
das velocidades para cada espcie presente.

Velocidade de difuso : a velocidade de uma espcie relativa a velocidade


mssica ou molar mdia.
Transferncia de Massa
Fluxo
O Fluxo um vetor quantitativo atribudo quantidade de espcie qumica A que
passa atravs de um plano normal ao vetor em um certo intervalo de tempo.

Contribuio difusiva: transporte de matria devido s interaes moleculares


(Interao soluto/meio).

Contribuio difusiva Molar:

Contribuio difusiva Mssica:


Transferncia de Massa
Fluxo
Contribuio convectiva: auxlio ao transporte de matria como consequncia do
movimento do meio (Interao soluto/meio + ao externa).

Contribuio convectiva Molar:


c
Contribuio convectiva Mssica:
c
Fluxo total Molar:

Fluxo total Mssico:


Transferncia de Massa
A Teoria Cintica dos Gases
O entendimento do conceito de velocidade em escala atmica parte da
aplicao da mecnica newtoniana para a determinao de posio e velocidade de
partculas de um gs. As hipteses fundamentais utilizadas foram:

1. Um gs ideal puro constitudo por um grande nmero de molculas iguais de


massa m.
2. As molculas so esferas rgidas de dimetro d.
3. Todas as molculas so dotadas da mesma velocidade.
4. Todas as molculas movem-se paralelas entre si no seu eixo de coordenadas.
Transferncia de Massa
Presso e Velocidade Mdia
Quadrtica
Transferncia de Massa
Energia Cintica de Translao
Transferncia de Massa
Distribuio de Velocidade Molecular
Transferncia de Massa
Distribuio de Velocidade Molecular
Transferncia de Massa
Distribuio de Velocidade Molecular
Transferncia de Massa
Velocidade Relativa
Transferncia de Massa
Frequncia de Colises
Transferncia de Massa
Caminho Livre Mdio

Perceba que o percurso livre mdio compe a definio de meio contnuo.

Considere um sistema gasoso onde gradativamente retirada matria.


possvel perceber um decrscimo proporcional na presso do sistema. Haver um
momento em que a queda de presso no ocorrer de forma proporcional. Este
fenmeno ocorrer quando o comprimento nominal do sistema for menor ou igual
ao livre percurso mdio.
Transferncia de Massa
Difuso em Gases
Supondo que ocorram choques elsticos entre duas molculas, estas tomaro
rumos aleatrios, porm tendero a ocupar novos espaos onde a populao
menor.
Transferncia de Massa
Autodifuso em Gases
Supondo que ocorram choques elsticos entre duas molculas, estas tomaro
rumos aleatrios, porm tendero a ocupar novos espaos onde a populao
menor.
Transferncia de Massa
Fluxo
Se tratando de uma populao molecular de uma mesma espcie, podemos
considerar iguais:
1. Os tamanhos;
2. As massas;
3. As velocidades mdias ().

Fluxo lquido da espcie A atravs de um plano i na direo z (J)

Fluxo lquido = (fluxo que entra) (fluxo que sai) do volume de controle
Transferncia de Massa
Difusividade

Coeficiente de difuso (DAA):


Transferncia de Massa
Primeira Lei de Fick
Primeira Lei de Fick (JA,Z): O sinal negativo indica o decrscimo da concentrao
da espcie A com o sentido do fluxo.
Transferncia de Massa
Difuso binria em gases apolares
Coeficiente de difuso (DAB): O coeficiente de difuso binrio definido como a
mobilidade do soluto (A) no meio (B), explicitando a interao soluto-meio. Este
coeficiente de difuso mtua, A difunde em B, bem como B difunde em A.
Transferncia de Massa
O potencial de Lennard-Jones
Devemos lembrar de que molculas detm cargas eltricas, que acarretam foras
atrativa e repulsiva entre o par soluto/solvente, governando, sob esse enfoque, o
Fenmeno de Colises Moleculares.
AB : a distncia limite de coliso entre as molculas A e B.
Transferncia de Massa
O potencial de Lennard-Jones
Para misturas binrias formadas por pares moleculares no polares e no reativos,
os parmetros de Lennard-Jones de componentes puros podem ser combinados
pelas seguintes relaes :
Transferncia de Massa
Na ausncia destes dados, os valores dos componentes puros so estimados pelas
seguintes relaes empricas:

w: Fator acntrico
Transferncia de Massa
Transferncia de Massa
O volume de Le Bas
Nos casos de no se encontrar o valor tabelado de Vb, pode-se utilizar o calculo do
volume de Le Bas a partir dos volumes atmicos das espcies que compem a
molcula em questo.
O volume de Le Bas consiste na soma das contribuies dos tomos proporcionais
a sua quantidade presente na frmula molecular.

CORREES PARA ESTRUTURAS CCLICAS:


- PARA UM ANEL CONSTITUDO DE 3 MEMBROS: - 6;
- PARA UM ANEL CONSTITUDO DE 4 MEMBROS: - 8,5;
- PARA UM ANEL CONSTITUDO DE 5 MEMBROS: - 11,5;
- PARA UM ANEL BENZNICO: - 15;
- PARA UM ANEL NAFTALNICO: -30;
- PARA UM ANEL ATRACENO: - 47,5.
Transferncia de Massa
O efeito da polaridade na difuso
Brokaw (1969) sugeriu um mtodo para estimar o coeficiente de difuso para
misturas binrias gasosas contendo compostos polares.
A equao de Chapman e Enskog (1949) utilizada com as seguintes alteraes:
Transferncia de Massa
O efeito da polaridade na difuso
Brokaw (1969) sugeriu um mtodo para estimar o coeficiente de difuso para
misturas binrias gasosas contendo compostos polares.
A equao de Chapman e Enskog alm de Willke e Lee so utilizadas. Entretanto, a
integral de coliso avaliada por:
Transferncia de Massa
DAB a partir de um outro conhecido
Utilizando a equao de Chapman e Enskog:

Utilizando a equao de Fuller, Schettler e Giddings:


Transferncia de Massa
Difuso Multicomponente
A transferncia de massa em misturas gasosas de vrios componentes pode ser
descrita por equaes tericas envolvendo coeficientes de difuso para vrios
pares binrios envolvendo misturas.
A expresso foi apresentada por Wilke (1950) para misturas gasosas no caso de
uma espcie se difundir em um meio estagnado composto de n espcies
qumicas.
Transferncia de Massa
Difuso Em Lquidos
Abordagens tericas existentes:
Teoria Hidrodinmica
Teoria do Salto Energtico (Teoria de Eyring)
Modelos provenientes da Mecnica Estatstica
Modelos provenientes da Termodinmica de Processos Irreversveis

Teoria Hidrodinmica
O coeficiente de difuso est relacionado com a mobilidade do soluto molecular,
sendo a velocidade lquida da molcula sob ao de fora motriz;
A teoria prev relaes entre a fora e velocidade; A relao fundamental dessa
teoria est fundamentada na equao de Stokes-Einstein.
Transferncia de Massa
Difuso Em Lquidos
O coeficiente de difuso em lquidos muito menor que o coeficiente de difuso em
gases e depende fortemente do grau de idealidade da soluo;

No-Eletrlitos: So solutos que difundem como molculas e no influenciam a


condutividade do solvente;
Eletrlitos: So solutos, designados como inicos eletrolticos, que se dissolvem em
solventes fornecendo ons soluo; soluo esta que conduz eletricidade
melhor que o solvente puro.
Transferncia de Massa
Difuso de no-eletrlitos em solues
lquidas diludas
Soluo diluda:

A = potencial qumico
A* = potencial qumico em diluio infinita
aA = atividade
A = coeficiente de atividade
xA = frao molar
F = fora motriz

Transporte do soluto por arraste provocado pelas colises com as partculas do


meio (teoria hidrodinmica):
Transferncia de Massa
Difuso de no-eletrlitos em solues
lquidas diludas

Equao de Stoke-Einstein: Descreve a difuso de partculas coloidais ou molculas


grandes arredondadas atravs de um solvente
Transferncia de Massa
Difuso de no-eletrlitos em solues
lquidas diludas

Como rA VA1/3 devemos obter VA atravs de Vb, volume de Le Bas ou pela


correlao de Tyn e Calus:
Transferncia de Massa
Difuso de no-eletrlitos em solues
lquidas diludas

Em ambas a presena do soluto insignificante;


Pode-se, ento, afirmar que a resistncia ao transporte governada pelas
caractersticas do solvente.
Transferncia de Massa
Difuso de no-eletrlitos em solues
lquidas diludas
Wilke e Chang (1955):
Transferncia de Massa
Difuso de no-eletrlitos em solues
lquidas concentradas
Quando a concentrao do soluto aumenta, o meio passa a ser a mistura de
soluto e solvente, ou seja, tornam-se mais importantes os efeitos de mistura.

Sendo o soluto e o solvente quimicamente bem diferentes, a mistura formada ser


no-ideal, A 1.

Por se tratar, a princpio, de uma soluo binria lquida concentrada, tem-se:


Transferncia de Massa
Difuso de no-eletrlitos em solues
lquidas concentradas
Transferncia de Massa
Difuso de no-eletrlitos em solues
lquidas concentradas
Transferncia de Massa
Difuso de eletrlitos em solues
lquidas diludas
Eletrlitos dissociam-se em ons e entre estes existem interaes
Coulmbianas de grande alcance, implicando em comportamento no-ideal
mesmo em solues diludas

As partculas soluto so ons, portanto no se movem independentemente uns dos


outros

ui: Mobilidade do on
zi: valncia do on
Transferncia de Massa
Transferncia de Massa
Difuso de eletrlitos em solues
lquidas diludas
O princpio da eletro-neutralidade: Um sal, ao dissociar-se, ir gerar quantidades de
ons proporcionais ao mdulo da sua valncia.
Transferncia de Massa
Difuso de eletrlitos em solues
lquidas diludas
Transferncia de Massa
Transferncia de Massa
Difuso de eletrlitos em solues
lquidas diludas
A mobilidade de um on (ui) depende da condutividade equivalente inica limite (i).
i o valor da condutividade molar no limite no qual a concentrao to
baixa que os ons no interagem mais entre si, ou seja sua interao
podem ser desprezada.

Equao de Nerst
Transferncia de Massa
Transferncia de Massa
Efeito da temperatura
Transferncia de Massa
Difuso de eletrlitos em solues
lquidas concentradas
No h uma teoria completa capaz de descrever o fenmeno. Valores
experimentais mostram haver aumento dos coeficientes de difuso para
valores altos de normalidade.
Transferncia de Massa
Difuso de eletrlitos em solues
lquidas concentradas
Correo da Idealidade:

Efeito da temperatura:
Transferncia de Massa
Difuso de eletrlitos em solues
lquidas concentradas
Transferncia de Massa
Difuso em slidos
Os valores tpicos de DAB em meios slidos so milhares de vezes mais
baixos do que os observados em meios lquidos;
Os valores de DAB variam bastante com a temperatura e com as diferentes
caractersticas dos slidos (cristalinos, porosos, polimricos etc);
A falta de preciso na estimativa de DAB muito acentuada, de forma que se
recorre geralmente a dados experimentais.

Existem, fundamentalmente, dois tipos de processos de transporte em slidos:

1. difuso de um fluido atravs dos poros de um slido aquele comumente


encontrado em processos catalticos da Engenharia Qumica.
2. difuso de constituintes do slido atravs de movimentos atmicos - tomos
dentro dos slidos.
Transferncia de Massa
Difuso em slidos cristalinos
Na tentativa de descrever o processo de difuso em slidos, pesquisadores tem
proposto uma variedade de mecanismos que dependem da estrutura dos slidos
e da natureza do processo.
Transferncia de Massa
Difuso em slidos cristalinos
Difuso por Lacuna

Todos os cristais, no equilbrio trmico, com temperaturas acima do zero absoluto,


possuem alguns locais de rede no ocupados.
Um tomo pode saltar de uma posio de lacuna dentro de uma vizinhana
disponvel, conforme figura abaixo :
Transferncia de Massa
Difuso em slidos cristalinos
Difuso Intersticial

O tomo move-se pelo salto de um stio intersticial para uma vizinhana, podendo
dilatar ou distorcer a rede;
O tratamento matemtico envolvendo a teoria da taxa unimolecular de Eyring
tambm usado para definir a difusividade intersticial.
Transferncia de Massa
Difuso em slidos cristalinos
Difuso Substitucional

Empurrando uma vizinhana da rede de tomos dentro de um stio intersticial


adjacente, o tomo intersticial pode mover para a superfcie de um stio de rede
normal.
Transferncia de Massa
Difuso em slidos cristalinos
Difuso por Troca de Molculas Adjacentes
Este mecanismo proposto para explicar a prpria difuso de metais e ligas,
envolvendo a troca direta de mais tomos.
O mecanismo do anel no ocorre em qualquer metal ou liga, mas tem sido sugerido
como um mecanismo na qual pode explicar algumas anomalias aparentes dos
coeficientes de difuso para metais com anomalias aparentes dos coeficientes
de difuso para metais com redes em corpos centrados.
Transferncia de Massa
Difuso em slidos cristalinos
Os arranjos so na forma de redes cristalinas;
A penetrao de tomos muito mais difcil que em gases ou lquidos;
O movimento do soluto consiste em ocupar vazios.

Teoria do Salto Energtico


O lquido ideal tratado como um modelo de rede homognea que contm espaos
vazios ou poros;
O fenmeno de transporte descrito por um processo de taxa uni molecular
envolvendo o salto das molculas de soluto nos poros da matriz;
Os saltos so empiricamente relacionados pela teoria de Eyring da taxa de reao

Do: COEF. DIF. SEM SALTO ENERGTICO (cm2/s);


R: CONSTANTE UNIVERSAL DOS GASES (1,987 cal/mol.K);
Q: ENERGIA DE ATIVAO DIFUSIONAL (cal/mol);
T: TEMPERATURA ABSOLUTA (K).
Transferncia de Massa
Difuso em slidos cristalinos
Transferncia de Massa
Difuso em slidos porosos
Presente em diversos processos da indstria qumica: purificao de gases,
processos catalticos, processos cuja cintica controlada por difuso
intraparticular.

A difuso nestes meios se caracteriza por a configurao geomtrica da


matriz (estrutura dos poros) determinante para o fenmeno difusivo.
Transferncia de Massa
Difuso em slidos porosos
Um slido poroso pode apresentar ou no distribuio de tamanho dos poros
e geometria peculiar que determina a mobilidade do difundente.
Transferncia de Massa
Difuso de Fick ou Ordinria
Observada quando um gs denso escoa atravs e um slido com poros
relativamente grandes, maiores que (caminho livre mdio do soluto).

: tortuosidade = 4,0
: porosidade = 0,5
Transferncia de Massa
Difuso de Knudsen
Observada quando um gs leve, se a presso for baixa e/ou se os poros forem
estreitos (da ordem de - caminho livre mdio do soluto).
O soluto colide preferencialmente com as paredes dos poros ao invs de
colidir com outras molculas, as espcies difundem independentemente das
demais presentes.

rP: Raio mdio de poros (cm)


S: rea superficial da matriz porosa
VP: Volume especfico do poro da matriz
b: Massa especfica do da matriz
Transferncia de Massa
Difuso configuracional
Observada quando o dimetro dos poros da mesma ordem do dimetro do
difundente, consequentemente, coeficientes de difuso muito menores que os
anteriores.

OCORRE EM MATERIAIS CONHECIDOS COMO zelitas QUE SO MATERIAIS


CONSTITUDOS POR UMA REDE REGULAR DE MICROPOROS COM DIMETRO
INFERIOR A 1 nm.
MOLCULAS DE DIFERENTES TAMANHOS PODEM SER SEPARADAS ATRAVS DOS
MICROPOROS, EM UM PROCESSO QUE PODERIA SER DESCRITO COMO UM
PENEIRAMENTO MOLECULAR.
Transferncia de Massa
Difuso configuracional
Transferncia de Massa
Difuso em membranas
As membranas so utilizadas em diversos processos de separao como osmose
reversa, ultra filtrao, dilise, pervaporao, perpectrao.
As membranas podem ser: Inorgnicas (cermicas);Orgnicas (polimricas).

As membranas polimricas mais conhecidas so as isotrpicas densas. Estas so


isentas de poros e o fenmeno de difuso ocorre pela iterao soluto-polmero.
Esta difuso ocorre por um processo de estado ativado, via saltos energticos, onde
o soluto ocupa vazios na estrutura polimrica. Estes vazios so decorrentes do
entrelaamento dos segmentos da cadeia molecular.
Transferncia de Massa
Difuso em membranas
Transferncia de Massa
Velocidade
Num sistema multicomponentes a velocidade de mistura ser a media das
velocidades da cada espcie presente.

Velocidade mssica mdia: para mistura multicomponente, definida em termos


de densidade mssica para todos os componentes.

Pode ser medida por um tudo de Pitot e a mesma velocidade que se aplica nas
equaes de transferncia de movimento.
Transferncia de Massa
Velocidade
Velocidade molar mdia : definida em termos das concentraes molares de todos
os componentes.
Transferncia de Massa
Velocidade
Em uma mistura gasosa multicomponente, cada componente se mover em
diferentes velocidades. Para a avaliao de uma velocidade, necessita-se da mdia
das velocidades para cada espcie presente.

Velocidade de difuso : a velocidade de uma espcie relativa a velocidade


mssica ou molar mdia.
Transferncia de Massa
Fluxo
O Fluxo um vetor quantitativo atribudo quantidade de espcie qumica A que
passa atravs de um plano normal ao vetor em um certo intervalo de tempo.

Contribuio difusiva: transporte de matria devido s interaes moleculares


(Interao soluto/meio).

Contribuio difusiva Molar:

Contribuio difusiva Mssica:


Transferncia de Massa
Fluxo
Contribuio convectiva: auxlio ao transporte de matria como consequncia do
movimento do meio (Interao soluto/meio + ao externa).

Contribuio convectiva Molar:


c
Contribuio convectiva Mssica:
c
Fluxo total Molar:

Fluxo total Mssico:


Transferncia de Massa
Fluxo molar em misturas
Transferncia de Massa
Fluxo mssico em misturas
Transferncia de Massa
Fluxo mssico em misturas
Transferncia de Massa
Equao de Stefan-Maxwell
Transferncia de Massa
Equao de Stefan-Maxwell
Transferncia de Massa
Equao de Stefan-Maxwell

Em um meio estacionrio N = 0
Transferncia de Massa
Coeficiente convectivo de
transferncia de massa
A transferncia de massa devido a conveco envolve a transferncia:
a. entre um movimento de fluido e uma superfcie;
b. entre dois fluidos imiscveis.

Este modo de transferncia depende:


a. propriedades de transporte;
b. caractersticas dinmicas do escoamento do fluido.
Transferncia de Massa
Coeficiente convectivo de
transferncia de massa

Kc Equivale mobilidade necessria para vencer a resistncia ao transporte


durante a conveco mssica. um coeficiente fenomenolgico que depende
de fenmenos moleculares, da geometria e do tipo de escoamento do meio.
Transferncia de Massa
Equao da Continuidade Mssica
Anlise pontual do fenmeno de T.M. por intermdio do conhecimento da
distribuio da quantidade de matria de um determinado soluto no tempo e no
espao.
Isto possvel atravs do balano de massa, onde a matria flui atravs das
fronteiras de um volume de controle inserido no meio contnuo:
Transferncia de Massa
Equao da Continuidade Mssica
Transferncia de Massa
Equao da Continuidade Mssica
Transferncia de Massa
Equao da Continuidade Mssica
Transferncia de Massa
Equao da Continuidade
Transferncia de Massa
Coordenadas Retangulares
Transferncia de Massa
Coordenadas Cilndricas
Transferncia de Massa
Coordenadas Esfricas
Transferncia de Massa
Equao da Continuidade em Termos
da Lei de Fick
Transferncia de Massa
Equao da Continuidade Para uma
Mistura Binria
Transferncia de Massa
Equao da Continuidade Molar Para
uma Mistura Binria
Transferncia de Massa
Equaes Fundamentais
Equaes Mssicas:

Equaes Molares:
Transferncia de Massa
Condies de Contorno
O processo de T.M. pode ser descrito resolvendo uma das equaes diferenciais,
usando as condies limites ou iniciais apropriadas ou ambas para determinao
das constantes de integrao.

Condies iniciais
Condies de contorno

A condio inicial em processos de T .M. diz respeito a concentrao mssica ou


molar.
Transferncia de Massa
Condies de Contorno
A condio de contorno em processos envolve uma medida da concentrao do
soluto em posies especficas ou nas fronteiras do Volume de Controle.

Condies numa dada fronteira (Condio de Dirichlet);


Condies de fluxo (Condio de Neumann);
Reao numa dada superfcie.

Condies numa dada fronteira (Condio de Dirichlet)


Transferncia de Massa
Condies de Contorno
Fase Gasosa Ideal:

Fase Lquida Ideal:

Pvap em mmHg
T em K
Transferncia de Massa
Condio de Fronteira
Fase Lquida Ideal Diluida (x0):
Transferncia de Massa
Condio de Fronteira
Equilbrio Lquido-Vapor:

Equilbrio Lquido-Vapor Soluo Diluida (x0):


Transferncia de Massa
Condio de Fronteira
Equilbrio Slido-Fluido:
Transferncia de Massa
Regime Permanente sem Reao
Na T.M. de um sistema simples em estado estacionrio, a concentrao e o fluxo
so funes das coordenadas espaciais.

O fluxo global de matria governado pela contribuio difusiva, porm a


contribuio convectiva existir pelo fato da difuso induzir o movimento da mistura.
Tal efeito ser cada vez mais pronunciado quanto maior for a presso de vapor
do soluto.
Transferncia de Massa
Regime Permanente sem Reao
Na T.M. de um sistema simples em estado estacionrio, a concentrao e o fluxo
so funes das coordenadas espaciais. Considere o V.C. = S.z, onde S a rea
de seo.

Coordenadas Retangulares:
Transferncia de Massa
Regime Permanente sem Reao
Coordenadas Cilndricas:

Coordenadas Esfricas:
Transferncia de Massa
Regime Permanente sem Reao
Difuso atravs de um Filme Gasoso Estagnante (Clula de Arnold ).

Lquido mantido constante, z = z1 (alimentao contnua de A no sistema)


Gs B tem solubilidade desprezvel no lquido A e quimicamente inerte A.
Prximo a interface L/G, na fase gasosa, a concentrao de A, corresponde ao
equilbrio termodinmico entre as fases.
A mistura dos gases A e B tem um comportamento ideal.
Transferncia de Massa
Regime Permanente sem Reao
Difuso atravs de um Filme Gasoso Estagnante (Clula de Arnold ).

Evaporao de um lquido A em um gs B.
O gs B deve ser considerado um filme de gs estacionrio.
Haver um gradiente de concentrao do gs A ao longo do tubo.
No deve haver fluxos de massa nas direes x e y,
Transferncia de Massa
Regime Permanente sem Reao
Perfil de concentrao de transferncia de massa.
Transferncia de Massa
Regime Permanente sem Reao
Fluxo de transferncia de massa.
Transferncia de Massa
Regime Permanente sem Reao
Problema 14.2 Incropera
Transferncia de Massa
Regime Permanente sem Reao
Problema 14.2 Incropera

T(K) DAB C Psat Naz(com adveco) Naz(sem adveco) (%)

2,98E+02 2,60E-05 4,09E+01 3,17E-02 13,36 13,04 2,34%

3,00E+02 2,63E-05 4,06E+01 3,53E-02 14,99 14,60 2,62%

3,10E+02 2,76E-05 3,93E+01 6,22E-02 27,41 26,15 4,61%

3,20E+02 2,89E-05 3,81E+01 1,05E-01 48,78 44,97 7,82%

3,30E+02 3,03E-05 3,69E+01 1,72E-01 85,48 74,55 12,79%

3,40E+02 3,17E-05 3,58E+01 2,71E-01 149,78 119,42 20,27%

3,50E+02 3,31E-05 3,48E+01 4,16E-01 270,73 185,93 31,32%

3,60E+02 3,45E-05 3,39E+01 6,21E-01 535,04 281,24 47,44%


Transferncia de Massa
Regime Permanente sem Reao
Transferncia de Massa
Regime Permanente sem Reao
Meio slido estacionrio

Perfil de concentrao

Fluxo de transferncia de massa


Transferncia de Massa
Regime Permanente sem Reao
Coordenadas cilndricas

Perfil de concentrao

Fluxo de transferncia de massa


Transferncia de Massa
Regime Permanente sem Reao
Coordenadas esfricas

Perfil de concentrao

Fluxo de transferncia de massa


Transferncia de Massa
Transferncia de Massa
Regime Permanente sem Reao
Membranas fickianas:
1- Adsoro do gs na superfcie da membrana;
2- difuso do gs atravs da matriz polimrica;
3- dessoro do soluto na outra face da membrana

S = solubilidade do difundente na membrana


Transferncia de Massa
Regime Pseudo-permanente
A difuso ocorre com a variao lenta da superfcie de contorno,
caracterizando o modelo como pseudo-estacionrio.
O fluxo global tambm pode ser determinado devido variao temporria da
fronteira da regio difusiva.
Transferncia de Massa
Regime Pseudo-permanente
Transferncia de Massa
Contradifuso Equimolar
Este fenmeno ocorre na simultaneidade da condensao e evaporao de
espcies qumicas distintas, mas de caractersticas fsico-qumicas semelhantes.
Transferncia de Massa
Contradifuso Equimolar
Dois reservatrios interligados por um tubo. Nesses reservatrios esto contidas
misturas binrias de A e B. o reservatrio 2.
Transferncia de Massa
Contradifuso Equimolar
Fluxo de transferncia de massa

Perfil de concentrao
Transferncia de Massa
Regime Permanente com Reao
1. Difuso com Reao Qumica Heterognea
2. Difuso com Reao Qumica Homognea
Transferncia de Massa
Reao Heterognea
1. Difuso com Reao Qumica Heterognea
1. Reao qumica heterognea na superfcie de uma partcula no-porosa
1. Partcula cataltica
2. Partcula no cataltica
2. Reao qumica nos stios ativos de uma partcula porosa (pseudo-
homogneo)
Transferncia de Massa
Reao Heterognea em superfcie
cataltica no porosa
Consideraes: As partculas estaro envoltos por uma camada gasosa
estagnada, na qual existe o fluxo de matria. A reao qumica ocorre na interface
gs-slido.

Etapas do processo segundo o modelo de Lewis:


1. Difuso do soluto A atravs da camada gasosa at a superfcie cataltica;
2. Contato de A com a superfcie cataltica, acompanhada de reao;
3. Difuso dos produtos da reao a partir da superfcie de contorno atravs
da camada gasosa.

Consideraes: Sistema binrio, constitudo por A e B. Reao irreversvel e de


pseudo primeira ordem: aA bB.
Transferncia de Massa
Reao Heterognea em superfcie
cataltica no porosa
Transferncia de Massa
Reao Heterognea em superfcie
cataltica no porosa
Transferncia de Massa
Reao Heterognea em superfcie
cataltica no porosa
Fluxo global:
Transferncia de Massa
Reao Heterognea em superfcie
cataltica no porosa
Para a reao aAbB:
Transferncia de Massa
Reao Heterognea em superfcie
cataltica no porosa
Reao qumica na superfcie muito rpida e a difuso do soluto controla o
fluxo:

Fluxo global:

Fluxo molar fruto da transferncia de massa (difuso) do soluto


Transferncia de Massa
Reao Heterognea em superfcie
cataltica no porosa
Reao qumica na superfcie muito lenta e a reao do soluto controla o
fluxo:

Fluxo global:

Fluxo molar fruto da reao qumica na superfcie do catalisador


Transferncia de Massa
Reao Heterognea em superfcie
no cataltica no porosa
Em vrias plantas de gerao de energia, partculas de carvo so fluidizadas
dentro de uma cmara de combusto, onde o oxignio, a partir do ar, reage com o
carvo para produzir CO ou CO2.

Consideraes:
1. A superfcie slida participante de reao, sendo consumida ao longo do
processo difusivo em regime pseudo-estacionrio;
2. Reao heterognea apenas na superfcie do slido;
3. Fluxos radiais de A e B predominantes em uma partcula esfrica.

Etapas do processo:
1. O soluto reagente A difunde por uma camada gasosa inerte I, e reage
quando atinge a superfcie slida.
2. O produto da reao contra difunde em relao ao fluxo do reagente.
Transferncia de Massa
Reao Heterognea em superfcie
no cataltica no porosa
Transferncia de Massa
Reao Heterognea em superfcie
no cataltica no porosa
Supondo reao irreversvel de 1 ordem:
Transferncia de Massa
Reao Heterognea em superfcie
no cataltica no porosa
Fluxo global:
Transferncia de Massa
Reao Heterognea em superfcie
no cataltica no porosa
Reao qumica na superfcie muito rpida e a difuso do soluto controla o
fluxo:

Fluxo global:

Fluxo molar fruto da transferncia de massa (difuso) do soluto


Transferncia de Massa
Reao Heterognea em superfcie
no cataltica no porosa
Reao qumica na superfcie muito lenta e a reao do soluto controla o
fluxo:

Fluxo global:

Fluxo molar fruto da reao qumica na superfcie do catalisador


Transferncia de Massa
Reao Pseudo-homognea
(Intraparticular)
Uma partcula de catalisador tem uma grande rea superficial interna. Quando a
rea interna maior ou da mesma magnitude de sua rea externa, considera-se que
o soluto, depois de atingir a superfcie da partcula, difunda no interior desta para
depois ser adsorvido e sofrer transformao por reao qumica nas paredes dos
stios ativos do catalisador .
Transferncia de Massa
Reao Pseudo-homognea
(Intraparticular)
Consideraes:
1. Reao qumica (irreversvel): A B;
2. Difusividade efetiva no interior da partcula, Daef (meio poroso);
3. Fluxos radiais de A e B predominantes em uma partcula esfrica.

Desta forma, considera-se que a difuso intraparticular ocorre em um regime


pseudo-homogneo, onde a o parmetro que fornece a superfcie do poro por
unidade de volume da matriz porosa.
Transferncia de Massa
Reao Pseudo-homognea
(Intraparticular)
Transferncia de Massa
Reao Pseudo-homognea
(Intraparticular)
Fluxo Global:

A medida que A penetra no interior da partcula de catalisador, ele reage, e


acaba formando um perfil de concentrao.
Transferncia de Massa
Reao Pseudo-homognea
(Intraparticular)
conveniente definir um fator de eficincia de reao para poder analisar o efeito
da difuso nos poros do catalisador.

Fator Efetividade: Razo entre a taxa real de reao qumica, e a taxa de reao
baseada nas condies da superfcie externa.
Transferncia de Massa
Reao Pseudo-homognea
(Intraparticular)
Transferncia de Massa
Reao Pseudo-homognea
(Intraparticular)
Mdulo de Thiele (): Razo entre a taxa de reao qumica de primeira
ordem e a taxa de transferncia de massa por difuso.
Transferncia de Massa
Reao Pseudo-homognea
(Intraparticular)
Transferncia de Massa
Reao Homognea
Em operaes de absoro, um dos constituintes de uma mistura gasosa
preferencialmente dissolvido no contato com um lquido.
Quando h produo ou desaparecimento do componente difusivo, temos:

Consideraes:
1. A espcie A difunde desde a interface gs-lquido at o seu
desaparecimento total na fase lquida;
2. Reao qumica (irreversvel): A+B L sendo L altamente solvel no lquido e
no interfere no processo difusivo de A;
3. A concentrao do gs A dissolvido pequena comparada do lquido B e a
contribuio convectiva desprezvel frente difusiva.
Transferncia de Massa
Reao Homognea
Transferncia de Massa
Reao Homognea

Reao qumica lenta k 0, 0


Transferncia de Massa
Reao Homognea
Transferncia de Massa
Reao Homognea
Concentrao mdia:

Reao qumica lenta k 0, 0


Transferncia de Massa
Reao Homognea
Fluxo global:
Transferncia de Massa
Reao Homognea
Fluxo global na interface gs-liquido (z=0):

Reao qumica lenta k 0, 0

Nmero de Hatta
Reao qumica rpida

Reao qumica rpida no importa, pois a reao qumica to rpida que A


no chega at o final do filme.

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