APS2 - Fenômenos de Transporte

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Engenharia – Bonsucesso

Fenômenos de Transporte – APS2

INTRODUÇÃO À TRANSFERÊNCIA DE
MASSSA

Professora: Luciene Neves


Turma: ENG0402N

Alunos: Matrículas:
João Vitor Gonçalves 19100040
Josyelen Marinho Pinheiro Mescolin 19100323
Naiara de Oliveira Valentim 19101701
Roberto Lessa Tomaz 19101697
Victor Hugo Pires de Azevedo 19101652

Rio de Janeiro
23/11/2020
João Vitor Gonçalves
Josyelen Marinho Pinheiro Mescolin
Naiara de Oliveira Valentim
Roberto Lessa Tomaz
Victor Hugo Pires de Azevedo

INTRODUÇÃO À
TRANSFERÊNCIA DE MASSA

ORIGENS FÍSICAS
COMPOSIÃO DE MISTURAS
LEI DE FICK DA DIFUSÃO

Atividade Prática Supervisionada elaborada como


exigência para obtenção de nota, bem como
desenvolvida através de pesquisas sob
orientações da Professora Luciene Neves.
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SUMÁRIO

1. Introdução........................................................................................................... 04

2. Difusão VS. convecção mássica........................................................................ 06

3. Concentrações.................................................................................................... 08

4. Definições básicas para uma mistura binária (a + b)......................................... 10

5. Relações adicionais de uma mistura binária (a + b)......................................... 11

6. Lei de Fick.......................................................................................................... 12

7. Conclusão........................................................................................................... 15

8. Bibliografia.......................................................................................................... 16
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1. INTRODUÇÃO

A transferência de massa é o processo de transporte onde existe a migração de


uma ou mais espécies químicas em um dado meio, podendo esse ser sólido líquido
ou gasoso.

O transporte das espécies químicas pode ser feito por dois mecanismos: difusão
e/ou convecção.

A difusão deve-se à diferença de potenciais químicos das espécies, ou seja, à


diferença de concentrações entre dois locais num dado sistema.

A difusão deve-se à diferença de potenciais químicos das espécies, ou seja, à


diferença de concentrações entre dois locais num dado sistema.

A transferência de massa por difusão molecular em consequência de uma diferença


de concentrações espacial é análoga à transferência de calor por condução embora
seja um fenômeno mais complexo pois ocorre numa mistura com pelo menos duas
espécies químicas.
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Começando com o caso dos gases, o estabelecimento da igualdade de


concentrações ao fim de um determinado tempo resulta do movimento molecular
aleatório em todas as direções do espaço (este movimento de natureza estatístico é
explicado pela teoria cinética dos gases a baixas pressões).

A convecção deve-se às condições de escoamento de um sistema, por exemplo,


líquido em movimento sobre uma placa, sendo esta natural (se o movimento for
provocado por diferenças de densidades) ou forçada (se o movimento for provocado
por ação de agentes externos, como uma ventoinha, bomba centrifuga, ou outros).
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Alguns exemplos de aplicação deste fenômeno são processo de solubilização de


açúcar no chá, favorecido pela agitação de uma colher, solubilização de sal em
água, preparação de um chá por infusão, evaporação de água na superfície de uma
piscina , o endurecimento de aços, o tempo total para ocorrer uma dada reação
química em um leito reativo e a operação de filtragem utilizando membranas, entre
outros.

2. DIFUSÃO vs CONVECÇÃO MÁSSICA

De acordo com a segunda lei da termodinâmica (dS ≥ 0), haverá fluxo de matéria
(ou massa ou mols) de uma região de maior a outra de menor concentração de uma
determinada espécie química. Esta espécie que é transferida denomina-se soluto.
As regiões que contêm o soluto podem abrigar população de uma ou mais espécies
químicas distintas do soluto, as quais são denominadas de solvente. O conjunto
soluto/solvente, por sua vez, é conhecido como mistura (para gases) ou solução
(para líquidos). Ambas constituem o meio onde ocorrerá a transferência de massa.
“Transferência de massa é um fenômeno ocasionado pela diferença de
concentração, maior para menor, de um determinado soluto em um certo meio”
Observa-se desse enunciado uma nítida relação de causa e efeito na transferência
de massa. Para causa: diferença de concentração de soluto, existe o efeito da
transferência de massa. Portanto: “A causa gera o fenômeno, provoca a sua
transformação, ocasionando o movimento”

A diferença de concentração do soluto, enquanto causa, traduz-se em força motriz


necessária ao movimento da espécie considerada de uma região a outra; como a:

movimento da matéria    força motriz

O teor da resposta de reação desse movimento, em virtude da ação da força motriz,


está associado à resistência oferecida pelo meio ao transporte do soluto como:
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A resistência presente na equação anterior está relacionada com:

 interação soluto/meio
 interação soluto/meio + ação externa

A transferência de massa pode ocorrer em nível macroscópico, cuja força motriz é a


diferença de concentração e a resistência ao transporte está associada à interação
soluto/meio + ação externa.

Essa ação externa relaciona-se com as características dinâmicas do meio e


geometria do lugar onde ele se encontra. Esse fenômeno é conhecido como
convecção mássica. Por outro lado, o movimento das espécies (soluto) no meio, é
conhecido como difusão.

Existem diversos mecanismos de transferência de massa. A classificação dada por


R. B. Bird abrange oito tipos:

1. Difusão molecular (ordinária), resultante de um gradiente de


concentração.
2. Difusão térmica, resultante de um gradiente de temperatura;
3. Difusão devido à pressão, que ocorre em virtude de um gradiente de
pressão;
4. Difusão forçada, que resulta de outras forças externas além das
gravitacionais;
5. Transferência de massa por convecção forçada;
6. Transferência de massa por convecção natural;
7. Transferência de massa turbulenta, resultante das correntes de
redemoinho existente num fluido;
8. Transferência de massa entre as fases que ocorre em virtude do não
equilíbrio através da interface.

Os quatro primeiros tipos ocorrem com transferência de massa molecular, os quatro


últimos ocorrem com transferência de massa por conveçcão.
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3. CONCENTRAÇÕES

Concentração mássica:

massa da espécie i por unidade de volume da solução

Concentração molar:

número de mols da espécie i por unidade de volume da solução

Fração mássica:

concentração mássica da espécie i dividida pela concentração mássica


total.

Onde:

concentração molar da espécie i dividida pela concentração molar total da


solução.

Onde:

A notação para gases de fração molar será:


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Quando relacionado com a fase gasosa em condições ideais, as concentrações


molares são expressas em termos de pressões parciais, isto é:

Onde Pi é a pressão parcial do componente i na fase gasosa e R é a constante


universal dos gases. Para uma mistura gasosa ideal temos:

Onde P é a pressão total da mistura gasosa.

Quando relacionado com a fase gasosa em condições ideais, as frações molares yi


são expressas em termos de pressões parciais, isto é:
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4. DEFINIÇÕES BÁSICAS PARA UMA MISTURA BINÁRIA (A + B)


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5. RELAÇÕES ADICIONAIS DE UMA MISTURA BINÁRIA (A + B)


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6. LEI DE FICK

É uma lei quantitativa na forma de equação diferencial que descreve diversos casos
de difusão de matéria ou energia em um meio no qual inicialmente não existe
equilíbrio químico ou térmico. Recebe seu nome de Adolf Eugen Fick, que as
derivou em 1855.

Em situações nas quais existem gradientes de concentração de uma substância, ou


de temperatura, se produz um fluxo de partículas ou de calor que tende a
homogeneizar a dissolução e uniformizar a concentração ou a temperatura. O fluxo
homogeneizador é uma conseqüência estatística do movimento aleatório das
partículas que dá lugar ao segundo princípio da termodinâmica, conhecido também
como movimento térmico casual das partículas.

Assim, os processos físicos de difusão podem ser vistos como processos físicos ou
termodinâmicos irreversíveis. Vale lembrar que a difusão de partículas, por
exemplo, não necessariamente ocorre de um meio mais concentrado para um meio
menos concentrado, e sim devido a uma diferença no Potencial químico da solução.

Este fluxo irá ao sentido oposto do gradiente e, se este é débil, poderá aproximar-se
pelo primeiro termo da série de Taylor, resultando a lei de Fick

Sendo o coeficiente de difusão da espécie de concentração . No caso particular do


calor, a lei de Fick se conhece como lei de Fourier e se escreve como

Sendo a condutividade térmica.


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O Coeficiente de difusão pode ser calculado teoricamente para gases com erros
não muito significativos, mas para líquidos e sólidos somente dados experimentais
devem ser usados uma vez que a difusão de gases, líquidos e sólidos é
extremamente complicada e as teorias não abrangem totalmente os seus
mecanismos.

O dispositivo utilizado para fazer a medição experimental do coeficiente difusivo


mássico de gases é a célula de Arnold.

Combinando a lei de Fick com a lei de conservação para a espécie c

Resulta a equação de difusão ou segunda lei de Fick:

Se existe produção ou destruição da espécie (por uma reação química), a esta


equação deve adicionar-se um termo de fonte, descrito pela variável s na
formulação abaixo:

Quando trabalhamos em regime estacionário a primeira derivada da equação acima


é zero, pois como estamos em regime estacionário às concentrações não podem
variam com o tempo; da mesma forma, em regime estacionário não há acúmulo.
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Quando há reação química existem duas possibilidades: reação química


homogênea e reação química heterogênea. Na reação química homogênea a
reação ocorre ao longo do caminho de difusão, ou seja, ao passo que o
componente migra na solução ele vai reagindo e sendo consumido; desta forma,
reação química e difusão ocorrem concomitantemente.

Quando a reação química é dita heterogênea a reação ocorre somente na fronteira


e neste caso a reação e difusão são independentes uma da outra.

A lei de Fick possui duas contribuições, a primeira refere-se à difusão do


componente na solução, por exemplo, ao movimento das partículas devido a uma
diferença de potencial químico do sistema.

A segunda parte da equação à chamada parcela advectiva, ela origina-se do


movimento global do fluido.

A segunda parcela da equação (a parcela advectiva) pode muitas vezes ser


desprezadas para líquidos e sempre ser desconsiderada para sólidos uma vez que
o movimento macroscópico de sólidos e quase nulo.

Quando esta simplificação é feita estamos fazendo uma aproximação de meio


estacionário. Para o caso particular da temperatura, se aplica se a energia interna é
proporcional à temperatura, o resultado é a equação do calor.

com a capacidade calorífica e a massa específica.


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7. CONCLUSÃO

Podemos entender por meio dos estudos realizado em que o fenômeno


denominado de difusão molecular de massa é quando há diferença de
concentração de uma substância, onde ocorre o transporte desta massa, esse
fluxo pode ocorrer por meio das indústrias, laboratórios, cozinha e até mesmo no
corpo humano, ou seja, em todo o lugar em que haja esse evento. Além disto seus
diversos mecanismo de transferência se dá por difusão molecular, térmica, por
pressão, forçada, convecção forçada, natural ou turbulenta. Suas concentrações
podem ser mássica ou molar. Para entendermos este processo usamos a Lei de
Fick, uma forma de equação diferencial que descreve casos diversos de difusão da
matéria ou até mesmo da energia onde não há equilíbrio seja ele químico ou
térmico. Contudo estas aplicações podem ser usadas para projetos de aeronaves
e carros de fórmula 1, velocidade, chaminé e a onda do mar, bem como
bombeamento, filtração etc. Com isto concluímos a importância do seu mecanismo
para aplicarmos a solução correspondente.
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8. BIBLIOGRAFIA

http://labvirtual.eq.uc.pt/siteJoomla/index.php?option=com_content&task=view&id=2
49&Itemid=423

http://labvirtual.eq.uc.pt/siteJoomla/index.php?option=com_content&task=view&id=2
49&Itemid

https://pt.wikipedia.org/wiki/Transfer%C3%AAncia_de_massa

http://sistemas.eel.usp.br/docentes/arquivos/5840921/LOQ4077/9%20-
%20Aula%209%20-%20FFT.pdf

https://pt.wikipedia.org/wiki/Lei_de_Fick

http://eaulas.usp.br/portal/video.action?idItem=11627

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