UNIVALI Universidade do Vale do Itaja Curso de Arquitetura e Urbanismo Disciplina: Comunicao Visual e Desenho Industrial Complementao de Contedo Acadmica:

: Nathlia Caroline Bogo

Resumo Gestalt do Objeto

Sistema de Leitura Visual da Forma

INTRODUO

De acordo com a Gestalt, a arte se funda no princpio da pregnncia da forma. Ou seja, na formao de imagens, os fatores de equilbrio, clareza e harmonia visual constituem para o ser humano uma necessidade e , por isso, considerados inseparveis. Em consonncia com o exposto, acredita-se que a tarefa de designer, do artista ou de qualquer outro profissional a de conceber e desenvolver objetos que satisfaam as necessidades de adequada estrutura formal, respeitando-se os padres culturais, estilos ou partidos formais relativos e intrnsecos aos diversificados objetos concebidos, desenvolvidos e construdos pelo homem. Pensa-se que este objetivo possa ser alcanado tendo como referncia de embasamento os estudos e experincias realizados pelas Gestalt no campo da percepo visual da forma. A seguir transcreve-se uma sntese da fundamentao terica da gestalt.

TEORIA GERAL DA GESTALT

A Gestalt afirma o princpio que vemos as coisas sempre dentro de um conjunto de relaes. Tal fato, contribui para alterar nossa percepo das coisas. Como nos fenmenos de iluso de ptica, em outros exemplos, baseado em figuras geomtricas. A Gestalt afirma o princpio de que que vemos as coisas sempre vemos as coisas sempre dentro de um conjunto de relaes. Tal fato, contribuem para alterar nossa percepo das coisas percepo das coisas. Como nos fenmenos de iluso de nos fenmenos de iluso de ptica e, em outros exemplos, baseado em figuras geomtricas.

Linhas horizontais: absolutamente paralelas.

As linhas diagonais tm o mesmo comprimento.

TEORIA GERAL DA GESTALT

Foras internas de organizao dada forma: forma:

Linhas inclinadas: absolutamente paralelas

Os dois crculos do meio so do mesmo tamanho

Sensao de Movimento

Leis da Gestalt
Unidade Segregao Unificao Fechamento Continuao Proximidade Semelhana Pregnncia da Forma

UNIDADE
Uma unidade pode ser um elemento ou um grupo de elementos que forma um elemento como um todo. A unidade tambm pode conter vrias sub-unidades. O cubo um exemplo de unidade que no faz parte de nenhum grupo pois est sozinho.

SEGREGAO
a nossa capacidade de separar, identificar, evidenciar ou destacar unidades formais em um todo compositivo ou em partes deste todo. Pode-se segregar uma ou mais unidades, dependendo da desigualdade dos elementos, como forma e cor. Um crculo com um quadrado em cima, por exemplo, far com que nossa percepo separe os elementos, sendo um crculo e outro quadrado.

O grupo de 6 pessoas composto por 6 unidades, a mulher de azul uma unidade. Tambm pode ser considerado como uma unidade o grupo como um todo e cada pessoa do grupo uma subunidade. Outras partes da figura podem ser consideradas subunidades, como o cabelo, terno, gravata, etc.

PROXIMIDADE
O princpio da proximidade basicamente diz que quando vrios itens esto prximos entre si, formam uma unidade visual nica, coesa, e no mais parecero distintos. E mais: esta relao que forma o um sugere que estes elementos so relacionados, de alguma maneira.

SEMELHANA
Objetos similares em forma ou tamanho ou cor so mais facilmente interpretados como um grupo. No desenho abaixo, os circulos brancos e pretos parecem se agrupar, mesmo que a distncia entre as fileiras sejam iguais.

Este quadrado, na verdade no um quadrado, so vrias bolinhas dispostas uma ao lado da outra, mas pelo princpo de proximidade, interpreta-se que isso um quadrado.

As mesmas bolinhas, dessa vez dispostas um pouco diferentes, transformando-se em uma srie de colunas.

UNIFICAO
a harmonia que um objeto transmite devido a sua forma que produz igualdade nos elementos que o compe, sendo que quanto melhor for a organizao dos objetos mais unificao tendem a obter. O efeito de unificao tambm transmite o equilbrio. Assim como uma roda de bicicleta, harmonizada pela igualdade dos raios lado a lado, dando a sensao de unificao entre eles.

FECHAMENTO
a nossa capacidade de separar, identificar, evidenciar ou destacar unidades formais em um todo compositivo ou em partes deste todo. Pode-se segregar uma ou mais unidades, dependendo da desigualdade dos elementos, como forma e cor. Um crculo com um quadrado em cima, por exemplo, far com que nossa percepo separe os elementos, sendo um crculo e outro quadrado.

PREGNNCIA DA FORMA
Pregnncia equilbrio, clareza e unificao visual. de rpida leitura e interpretao. o mnimo de complicao na organizao dos elementos. Pode ser caracterizada como a organizao visual da forma do objeto em termos de facilidade de compreenso e rapidez de leitura ou interpretao.

CONCEITUAO DA FORMA
Forma Ponto Linha Plano Volume Configurao Real Configurao esquemtica

CONCEITO DA FORMA
Figura ou imagem visvel do contedo, Aparncia externa, configurao, aspecto Para perceber uma forma deve haver variaes diferenas no campo visual. Contrastes dos elementos que constituem o objeto. A forma pode ser um ponto, uma linha, um plano ou um volume. A forma definida como os limites exteriores da matria de que constitudo um corpo e que confere a este um feitio, uma configurao. A percepo da forma o resultado de uma interao entre o objeto fsico e o meio de luz agindo como transmissor de informao, condies e imagens que prevalecem no sistema nervoso do observador que , em parte, determinada pela prpria experincia visual. Para se perceber uma forma, necessrio que existam variaes, ou seja, diferenas no campo visual. As diferenas acontecem por variaes de estmulos visuais, em funo dos contrastes, que podem ser de diferentes tipos, dos elementos que configuram um determinado objeto ou coisa.

PONTO
Unidade mais simples e irredutivelmente mnima de comunicao visual. O ponto qualquer elemento que funcione como forte centro de atrao visual dentro de um esquema estrutural.

LINHA
A linha definida como uma sucesso de pontos. Quando dois pontos esto to prximos entre si, que no podem reconhecer se individualmente, aumenta a sensao de direcionamento, e a cadeia de pontos se converte em outro elemento visual distinto: a linha. A linha pode definir se tambm como um ponto em movimento. A linha conforma, contorna e delimita objetos e coisas de modo geral. Em design, principalmente, o termo linha, no plural, define tambm estilos e qualifica partidos formais como Linhas Modernas, Linhas Orgnicas, Linhas Geomtricas, LinhasAerodinmicas e outros.

PLANO
O plano uma sucesso de linhas. O comprimento e a largura predominam fortemente em relao espessura. Superfcies, fachadas, tecidos, pisos, etc

VOLUME
O volume definido como algo que se expressa nas trs dimenses do espao. Pode ser fsico ou criado por meio de artifcios e efeitos visuais.

CONFIGURAO REAL
Representao real dos objetos. Representao esquemtica dos objetos A representao real dos objetos ou coisas de modo geral so limites reais traduzidos pelos pontos, linha, plano, volumes ou massas.

CONFIGURAO ESQUEMTICA
o registro por meio de representao esquemtica de modo geral e da representao por meio do conceito de esqueleto estrutural, de objetos ou coisas. As configuraes esquemticas so as formas materiais que se originam na nossa percepo, mas que raramente coincidem com elas. Ou seja, quando o esqueleto estrutural pode ser incorporado por umagrande variedade de formas. Nesse sentido, uma configurao esquemtica nem sempre percebida como a forma de uma coisa, em particular, conhecida. Configurao chapada. Abaixo, possvel reconhecer a figura de um elefante, e de um soldado. Entretanto, aqui tambm no possvel identificar especificamente qual o elefante e o soldado.

Fotografia

Ilustraes e pinturas

Esttuas, monumentos, produtos

CATEGORIAS CONCEITUAIS FUNDAMENTAIS

HARMONIA HARMONIA ORDEM ORDEM E REGULARIDADE DESARMONIA DESARMONIA/DESORDE M DESARMONIA/IRREGULA RIEDADE EQULIBRIO EQULIBRIO PESO E DIREO EQULIBRIO SIMETRIA EQULIBRIO ASSIMETRIA EQULIBRIO SIMETRIA &ASSIMETRIA DESEQULIBRIO CONTRASTE CONTRASTE/LUZ E TOM CONTRASTE/COR CONTRASTE VERTICAL & HORIZONTAL CONTRASTE MOVIMENTO CONTRASTE DINAMISMO CONTRASTE RITMO CONTRASTE PASSIVIDADE CONTRASTE PROPORO & ESCALA CONTRASTE PROPORO & ESCALA CONTRASTE AGUDEZA

HARMONIA
A harmonia diz respeito disposio formal bem organizada e proporcional no todo ou entre as partes de um todo. Na harmonia plena, predominam os fatores de equilbrio, de ordem e de regularidade visual inscritos no objeto ou na composio, possibilitando, geralmente, uma leitura simples e clara. E, em sntese, o resultado de uma perfeita articulao visual na integrao e coerncia formal das unidades ou partes daquilo que apresentado, daquilo que visto.

HARMONIA - ORDEM
A harmonia por ordem acontece quando se produz concordncias e uniformidades entre as unidades que compem as partes do objeto ou o prprio objeto como um conjunto. Obtm-seordem pela presena de relaes ordenadas naquilo que visto ou, ainda, por compatibilidade de linguagens formais. Ou seja, quando no existem alteraes ou conflitos formais no adro ou no estilo visual do objeto.

No design da figura do prato, percebe-se o conceito de harmonia por absoluta ordem no desenho de seus elementos informacionais e decorativos. Reforado ainda pelo equilbrio simtrico, com pesos visuais distribudos de modo absolutamente homogneo.

HARMONIA REGULARIDADE
A obteno da harmonia por regularidade consiste basicamente em favorecer a uniformidade de elementos no desenvolvimento de uma ordem tal em que no se permitam desvios,desalinhamentos, despropores e na qual o objeto ou composio alcance um estado absolutamente nivelado em termos de equilbrio visual. O padro de conjunto do objeto permanece inalterado.

DESARMONIA
Discordncias entre unidades dentro de partes ou de um todo. Desproporcionalidades. Incompatibilidades de linguagens formais. Sobreposies aleatrias

As duas figuras abaixo traduzem exatamente o conceito de harmonia por regularidade. A organizao visual encontra-se em equilbrio perfeito. Pode-se, inclusive, observar todas as leis da Gestalt como: boa continuidade, proximidade, semelhana, fechamento e unificao dos seus elementos. Na primeira figura, nota- se o interessante efeito de ambiguidade das setas, que ora nos parecem ser s claras, ora s escuras. Tudo isso redunda em uma leitura com alta pregnncia formal nas duas imagens.

DESARMONIA DESORDEM
A desarmonia por desordem visual acontece quando se produz discordncia entre elementos ou unidades . Se caracteriza tambm pela ausncia de relaes ordenadas naquilo que visto ou por incompatibilidade de linguagem formal ou quando os desvios so bastantes fortes para alterar o padro ou estilo visual do objeto.

Desarticulao na integrao das unidades que constitui o todo. Disposies fragmentadas e aleatrias de unidades tambm podem contribuir para a desarmonia.

DESARMONIA IRREGULARIDADE

EQUILBRIO
O equilbrio o estado no qual as foras, agindo sobre um corpo, compensam se mutuamente. Ele conseguido, na sua maneira mais simples, por meio de duas foras de igual resistncia que puxam ou atuam em direes opostas. Esta definio fsica aplicvel tambm ao equilbrio visual. O sentido da viso experimenta equilbrio quando as foras fisiolgicas cor respondentes no sistema nervoso se distribuem de tal modo que se compensam mutuamente. O equilbrio, tanto fsico como visual, o estado de distribuio no qual toda a ao chegou a uma pausa. Por exemplo, em uma composio equilibrada, todos os fatores como configurao, direo e localizao determinam se mutuamente de tal modo que nenhuma alterao parece possvel, e o todo assume o carter de "necessidade" de todas as partes. O crculo expressa o conceito de equilbrio absoluto. Para isto, concorre o fator de simetria axial, presente em todos os eixos, pela distribuio equitativa dos pesos e pelas elipses gravitando em torno do ponto central, que origina forte apelo e atrao visual na imagem. A harmonia, por sua vez, regular e bem ordenada.

PESO E DIREO
O peso visual exerce influncia particular sobre o equilbrio e, sempre, possui um efeito dinmico (fora e movimento). O peso sofre influncia da direo (rumo) e da localizao da ou das unidades formais que constituem o objeto. Cada uma das direes tem um forte significado associativo, denotativo ou conotativo. A direo indica o sentido do movimento ou das foras visuais. Ou, ainda, de um ponto de atrao visual O conceito de direo uma valiosa ferramenta para solues projetuais.

SIMETRIA
A simetria um equilbrio axial. Eixos: horizontal, vertical e diagonal. D origem a duas ou mais formulaes visuais, opostas e iguais. Resultados podem ser enfadonhos, chatos, estticos.

ASSIMETRIA
Assimetria ausncia de simetria axial. Lados desiguais. Complicado conseguir equilbrio visual. Requer, geralmente, o ajuste de muitas foras visuais. Cria e valoriza efeitos plsticos. Composies interessantes. Produz instigao psicolgica.

DESEQUILBRIO
o oposto do equilbrio, quando as foras que agem sobre os corpo no consegue equilibrar-se. Este estado pode trazer uma certa ateno ao observador, chamando a ateno ou at o inquietando.

CONTRASTE
O contraste tem uma grande importncia, onde atravs da luz ou de sua ausncia, traz as formas dos objetos. A partir de diferentes cores tambm pode se notar o contraste realando ou no diversos elementos. O contraste tambm pode ser vertical ou horizontal, pode ser a partir de movimentos e dinamismo. .

LUZ E TOM
Agua o significado da forma. Excita, emociona, estimula e atrai visualmente. Sucessivos contrastes de claro/escuro reproduz o efeito da luz sobre os objetos e a noo de volume, com a presena ou ausncia da cor. Um mesmo tom muda de valor conforme outro que se lhe associe. Permite criar todo tipo de sensao: delicadeza, refinamento, austeridade, descontrao, sensualidade, contentamento, tristeza, drama...

COR
Contexto Cultural: Presente na natureza, nas pessoas, nos objetos e nos ambientes de modo geral. Caractersticas: brilho, matiz, tonalidade Comportamental Reaes biolgicas e psicolgicas : Sensao de agitao Tenso nervosa, excitao Calma, tranquilidade, Monotonia. Sensao de peso e de calor.

VERTICAL HORIZONTAL
Direes horizontais > sensao de solidez estabilidade. Direes verticais > Sensao de leveza. tendncia a subir, se elevar.

MOVIMENTO
A sensao de movimento funo de velocidade e direo. Acontecimentos que se do em seqncia criando sensao de mobilidade e rapidez, por meio de estimulaes momentneas. Formas oblquas, de cunha, sombreadas, etc, so qualidades que concorrem para a percepo da sensao de movimento.

DINAMISMO
Movimento mais violento, mais forte, mais veloz, mais rpido. Movimento intenso Muita ao, energia, ritmo.

RITMO
Apresenta um conjunto de sensaes de movimentos encadeados ou de conexes visuais ininterruptas. Conexes visuais na maior parte das vezes uniformemente contnuas ou sequenciais ou semelhantes.

PASSIVIDADE
Ausncia de movimento. Em qualquer composio que apresente um equilbrio absoluto na qual as foras visuais se encontrem em repouso. Algo passivo, parado, esttico.

PROPORO E ESCALA
Um elemento grande ou pequeno, pesado ou leve, claro ou escuro,quente ou frio etc. sempre comparativamente a outro elemento. Essa relao chama-se escala. A escala estabelece as medidas proporcionais dessas relaes.

AGUDEZA

Clareza e a acuidade visual. Nitidez de expresso da forma. Contornos retos e precisos, Formas pontiagudas, rgida, cortantes. Clareza e acuidade visual. Nitidez de expresso da forma. Contornos retos. Contornos precisos. Tenso. Agressividade. Impacto visual.

Categorias Conceituais
Tcnicas Visuais Aplicadas

Fornecem subsdios para o procedimento criativo com relao a concepo de trabalhos e desenvolvimento de projeto de qualquer natureza. Auxilia a leitura visual da forma No tem nenhuma relao com efeitos visuais (fotoshop)

CLAREZA
Manifestao visual bem organizada e unificada, portanto , harmoniosa e equilibrada. Pode se manifestar em uma estrutura formal simples com poucas unidades, ou complexas com unidades compositivas.

SIMPLICIDADE
inerente a natureza humana; Formas simples so mais harmoniosas e unificadas; Minimiza a leitura e torna mais clara a mensagem; A tcnica apresenta poucas informaes proporcionadas pela forma e rpida compreenso e ou interpretao.

Ordenao de planos: terra, gua e ar; Ordenao de cores: tons de preto, tons de azul e violeta, tons de amarelo e vermelho Muitas unidades compositivas: cores quentes, a gua e as pranchas sugerem o local, a idia de temperatura e as silhuetas indicam o sexo dos indivduos.

Elementos compositivos bem organizados; A impresso em uma cor permite identificar as formas;

COMPLEXIDADE
Construo oposta ao conceito de simplicidade; Muitas unidades formais na construo do objeto tanto em relao as partes como na relao com o todo que a forma representa.

MINIMIDADE
Tcnica econmica de organizao visual; Clareza e simplicidade esto implcitas na tcnica; Torna mais ntida essa clareza e simplicidade com uso de unidades e elementos informacionais. Pode-se definir como o uso do essencial.

No fluxograma h categorias diversas que influenciam a anlise de um sistema: meio ambiente cultural, organizao social, patrimnio gentico; Na imagem da cidade sintetiza a complexidade no crescimento desordenado de uma cidade

EstaS imageNS sintetizaM o conceito de minimidade formal, muito simples, claro e econmico

PROFUSO
Apresenta complexidade pela apresentao de vrias unidades informacionais na elaborao do objeto ou da composio; Recurso de ornamentao: so carregadas na sua apresentao por apresentarem elementos adicionais, por vezes suprfluos, que enfatizam a criao (obra, composio ou objeto); Associa-se a Profuso como poder, riqueza, imponncia apresentadas nos estilos gticos, arte deco, barroco. Esses estilos se manifestam em vrios setores como arte, arquitetura, publicidade, produtos.

COERNCIA
A ideia de coerncia caracterizada pela organizao visual, pela viso integrada e harmoniosa do todo; Compatibilidade de estilo e linguagem; Equilbrio.

Esta paisagem demonstra a coerncia no seu todo, por estar tudo em um mesmo tom

Esta imagem sintetiza o excesso de unidades formais e ainda percebe-se a riqueza de detalhes inseridos nesta obra.

Nesta imagem a coerncia se manifesta na forma de compatibilidade e estilo de linguagem, compreendendo assim as vrias informaes do site.

INCOERNCIA
Linguagens distintas e conflitivas na composio das partes ou do todo. Os objetos tem leitura desarmnica, sem articulao ou integrao para a composio do todo.

Percebe-se que a base do aeroflio est totalmente em desacordo com o conjunto criando a incoerncia.

A incoerncia est presente na total mistura de objetos para formar o todo (motor).

EXAGERAO
A tcnica recorre a extravagncia; Intensidade e amplificao de certos aspectos de um objeto; Em muitos casos, a tcnica de exagerao predispe utilizao tambm de elementos de profuso que, quando bem utilizados, podem conferir um carter de riqueza visual e de chamamento da ateno mensagem ou ao objeto.

ARREDONDAMENTO
A tcnica informa suavidade, naturalidade e maciez proporcionadas por formas orgnicas; A leitura de um objeto construdo pela tcnica do arredondamento mais fcil, porque encontramos suas formas na natureza. Formas arredondadas proporcionam a ideia de continuidade. A leitura do objeto no apresenta quebras, sobressaltos ou rupturas visuais na leitura. Exemplo: linhas automotivas, eletrnicos, cosmticos, tipologia.

valorizou os ps e mos grandes e desvalorizou a cabea, deixando-a pequena na obra, na poca davase maior importncia aos braos e ps

Esta imagem mostra claramente a suavidade do desenho orgnico, remetendo tambm a natureza.

TRANSPARNCIA FSICA
A transparncia definida pela fsica tica como a caracterstica do objeto ter mais refrao de luz do que reflexo. Dessa maneira possvel que a luz passe pelo objeto permitindo refletir o objeto sobreposto a ele; Em termos mais simples caracterstica do objeto permitir a leitura de outro objeto que tenha sido colocado atrs ou no interior de outro objeto; A tcnica usada de forma funcional. Exemplo permitir a visualizao do contedo da embalagem. O uso da tcnica de transparncia transmite leveza, delicadeza

TRANSPARNCIA SENSORIAL de tcnicas de Percepo de transparncia por meio

pintura ou digitais (softwares) muito prximas da realidade visual dos objetos. Variam o grau de transparncia: do mnimo at o mximo.

Estas imagens representam claramente a percepo atravs de softwares.

OPACIDADE
Opacidade a capacidade que o objeto tem em refletir a luz que incide sobre ele. Ou seja, maior reflexo e menor refrao de luz. A tcnica implica a ideia de bloqueio, ocultao de elementos visuais na composio do todo. A opacidade pode ser usada de forma informacional, funcional ao objeto. Opacidade nesta imagem refere-se ao texto em branco sob a garrafa transparente

REDUNDNCIA
Caracterizada pela repetio ou por excesso de elementos iguais; So usados como atrao visual; Enfatizam a mensagem; Chamam a ateno para o objeto ou para composio; O uso da tcnica de Redundncia se justificam pelo reforo e fixao da ideia/conceito, mas preciso muito cuidado para no tirar o foco.

Nesta imagem j se refere ao livro que est tampando a imagem do homem.

AMBIGUIDADE
Ambiguidade definido como a caracterstica que permite interpretaes distintas de ideias a partir do mesmo objeto observado, seja ele verbal, visual ou verbo-visual; Gera a indefinio geomtrica e orgnica da forma; Produz efeitos curiosos, instigantes do ponto de vista psicolgico. Causam percepes visuais interessantes.

ESPONTANEIDADE
Tcnica voluntria, ou seja, no apresenta um planejamento visual visvel; Possuem grande carga emotiva e impulsividade Possuem ordem de composio apesar dessa impulsividade A organizao formal do objeto dificilmente est associada a essa tcnica de composio.

ALEATORIEDADE
Os elementos que compem a composio obedecem a um esquema rtmico, de modo no sequencial; Transmitem uma falta de planejamento mais explcita, desorganizao aparente, acidental; Tcnica muito criativa, mas que exige muito controle visual para manter a composio.

FRAGMENTAO
Tcnica de organizao formal que geralmente est associada decomposio dos elementos ou de unidades em peas separadas que se relacionam entre si. Causam excitao e variedade; Agressividade visual em algumas composies; Exige controle visual para realizar a composio.

SUTILEZA
Esta tcnica proporciona ao objeto aspecto elegante; Comunica refinamento visual ao todo ou parte da composio; Sugere bom gosto

DIFUSIDADE
Recurso utilizada que abordam muito as sensaes que variam com sua composio; No possui formas definidas. No h clareza e ou explicitao de linhas, planos e volumes; Podem transmitir ideia de calor, sonho, iluso. O grau de difuso varivel em intensidade e elemento e pode definir a percepo da construo do objeto

DISTORO
Propsito visual forte, impactante; Essa tcnica precisa de bom manejo, conhecimento; Traz dramaticidade, torna o conceito proposto mais intenso por desviar o olhar do formal, dos controles regulares.

PROFUNDIDADE
A tcnica de profundidade possvel com manipulao de imagens retilneas e gradientes de cor de estimulao ordinal. As impresses sensoriais que acompanham as percepes de profundidade de perspectiva. Geralmente, apresenta sucesses de figuras consubstanciadas em elementos diversos como linhas, volumes, cores, brilhos, sombras e outros.

SUPERFICIALIDADE
Tcnica de representaes formais chapadas ou bidimensionais (largura e altura); Utiliza configuraes planas, rgidas. Ausncia de efeitos de perspectiva no elemento ou na composio.

SEQUENCIALIDADE
Baseada na ordenao de unidades e elementos de maneira contnua e lgica, em qualquer disposio visual; A sequncia ocorre por linhas, planos, volumes, cores, texturas. Podem ser dispostas ainda por profundidade, justaposio, sobreposio, alinhadas lado a lado.

SOBREPOSIO
Sobreposio definida como a organizao de elementos colocados uns em cima de outros. A composio de elementos sobrepostos so alcanadas por recursos de ordenao por posicionamento, tamanho, proporo, escala e densidade.

CORREO PTICA
Tcnica de controle visual ou correo de composio do objeto para obter ajustes e propores mais harmnicas; para garantir o equilbrio e a harmonia visual da composio

RUDO VISUAL
So interferncias ou distores da comunicao visual; Perturbaes ou anomalias na harmonia, ordem ou composio do objeto de maneira parcial ou total; O rudo visual pode ser utilizado de maneira criativa, a fim de criar centros ou ponto de interesse numa determinada manifestao visual (inclusive do ponto de vista operacional, para facilitar o uso de controle de algum tipo de recurso tcnico num objeto por exemplo) atravs dos mais diversos recursos: pela forma, pela cor, pela localizao, por ambiguidade, por redundncia, por sutileza e assim por diante.

SISTEMA DE LEITURA VISUAL DA FORMA DO OBJETO

A apresentao rpido do sistema e a maior facilidade para proceder a leitura visual da forma do objeto, vo depender da sua maior ou menor sensibilidade, de seu repertorio cultural, tcnico e profissional. Entretanto, as dificuldades iniciais devero desaparecer a medida que o leitor estudar e assimilar o contedo deste mesmo sistema e, igualmente, se dispuser a realizar diversos exerccios prticos de leitura. Podemos considerar o sistema de leitura visual da forma, consubstanciado em dois passos bsicos que devero orientar a pessoa nesta iniciao. Estes dois passos bsicos so, pela ordem, os seguintes: LEITURA VISUAL DO OBJETO PELAS LEIS DA GESTALT Esta leitura aborda as seguintes leis da Gestalt, abaixo recapituladas: Unidades: que so os elementos que configuram a forma. Segregao: que o ato de separar, perceber ou identificar as unidades. Unificao: a coeso visual da forma em funo do maior equilbrio e harmonia da configurao da forma. Fechamento: que apresenta caractersticas espaciais que do a sensao de fechamento visual dos elementos constituintes da forma. Boa continuao: padro visual originado por configuraes que apresentam sequencias ou fluidez de formas. Semelhana e/ou Proximidade: se consubstanciam em padres de unidades, pela sua prpria e intrnseca organizao e que tambm colaboram poderosamente para a unificao formal. Pregnncia da Forma: as foras de organizao da forma tendem a se dirigir tanto quanto o permitam as condies dadas, no sentido da harmonia, da ordem e do equilbrio visual. Este primeiro passo consiste nas seguintes etapas bsicas: 1. Examinar o objeto e segreg-lo em suas partes ou unidades principais 2. Descompor e suas outras unidades compositivas, at o nvel considerado satisfatrio 3. Identificar, analisar e interpretar cada uma das leis em cada unidade, e descrev-las caracterizando-as 4. Concluir a leitura visual, interpretando a organizao formal do objeto como um todo, atribuindo a qualidade para a pregnancia da forma.

SISTEMA DE LEITURA VISUAL DA FORMA DO OBJETO

LEITURA VISUAL DO OBJETO PELAS CATEGORIAS CONCEITUAIS Neste segundo passo, entram novamente a sensibilidade e o repertrio do leitor. Aqui o leitor dever se valer do contedo explicitado nas categorias conceituais fundamentais e nas categorias conceituais fundamentais e categorias conceituais/tcnicas visuais aplicadas. ANLISE DA ESTRUTURA PESCEPTIVA DO: OBJETO E INTERPRETAO CONCLUSIVA 1. Analisar a estrutura perceptiva do objeto em funo do seu nvel qualitativo. 1.1 listar as categorias conceituais que esto explcitas ou inscritas na configurao das unidades e/ou do objeto como um todo. 1.2 apontar e articular intelectualmente as diversas categorias conceituais em textos descritivos. 2. Interpretao conclusiva/pregnncia da forma: nesta etapa final, o leitor dever julgar se a imagem do objeto reflete padres de harmonia e equilbrio no seu todo e nas suas partes constitutivas; se existe coerncia, clareza, regularidade, etc. Esta interpretao va conferir um ndice de avaliao em termos de qualidade formal apresentada pelo objeto. EXEMPLOS PRTICOS LEITURA VISUAL DA FORMA DO OBJETO Os exemplos a seguir colocados, objetivam demonstrar o sistema da leitura visual aplicada na prtica. Dependendo do tipo de objeto e em funo de sua maior ou menor complexidade, pode-se estender a leitura quase que interminavelmente em funo dos seus inmeros desdobramentos. Os exemplos se dividem em duas etapas: A primeira identifica as leis da Gestalt. A segunda identificada por Categorias Conceituais

LEITURA VISUAL DA FORMA DO OBJETO LEIS DA GESTALT

Anlise da Estrutura Perceptiva do Objeto
Unidades principais: 2 unidades, sendo o circulo e a estrela de 3 pontas Boa continuidade presente nas formas. A estrela representa uma unificao dos pesos visuais homogeneamente distribuidos e a harmonia absolutamente ordenada . O smbolo est em perfeito fechamento.

Interpretao conclusiva pregnncia da forma

O smbolo da Mercedes Bens est em perfeita pergnncia da forma alta por apresentar atributos de equilibrio e harmonia muito bem resolvidos, resultando em fcil e rpida leitura visual.

LEITURA VISUAL DA FORMA DO OBJETO CATEGORIAS CONCEITUAIS

Interpretao conclusiva pregnncia da forma
A pregnncia da imagem alta em todos os planos, o que resulta em uma fcil absoro da leitura visual do veculo.

Anlise da Estrutura Perceptiva do Objeto

O automvel estilo Hot de linhas orgnicas e geomtrica, visto como primeiro plano da imagem, situado sobre piso homogneo e limpo, apresenta caractersticas de simplicidade, minimidade, arredondamento, profundidade e correo ptica de unidades formais em sua organizao visual como um todo. A sua cor predominantemente amarela, mais suas partes translcidas e a externa coerncia visual de sua linguagem formal, criando uma sutileza em sua forma, embora pouco prejudicada em sua unificao por alguns rudos visuais, configurados pela lanterna frontal, espelho retrovisor lateral e rodas que no se integra de forma coerente. Conferem ao veculo uma aparncias leve e refora sua clareza visual. O cenrio de fundo que est representado por um galpo de concreto com portas de metal apresenta configurao simtrica em funo da simplicidade, minimidade e coerncia. A imagem como um todo apresenta uma configurao simtrica de forma equilibrada, com uma sutileza necessria e claramente mostra-se uma profundidade, o todo mostra-se ordenador com cores predominantes quentes e fundo de cor fria realam a sensao de sutileza visual.