ANALISE CRITICA-Isa
ANALISE CRITICA-Isa
ANALISE CRITICA-Isa
Dalton Afonso Ernesto; Isaura Gomes Renato; Isac Mendonça; Papaito Basílio João
Nhampa
A inclusão de alunos com NEE, incluindo aqueles com TDAH, ganhou força nas últimas
décadas, especialmente com o advento de legislações e diretrizes que visam a igualdade de
direitos. Historicamente, alunos com TDAH eram frequentemente excluídos ou marginalizados
do sistema educacional, muitas vezes sendo enviados a escolas especiais ou permanecendo
em salas de aula regulares, mas sem o devido suporte pedagógico. No entanto, nas últimas
décadas, uma mudança de paradigma foi ocorrendo, impulsionada por uma maior
compreensão sobre as condições neuropsicológicas e pela adoção de políticas públicas que
garantem o acesso universal à educação.
A inclusão de alunos com TDAH nas escolas regulares visa garantir que esses estudantes
tenham acesso ao mesmo currículo e às mesmas oportunidades de aprendizagem que os seus
pares. Isso é crucial para a construção de uma sociedade justa, na qual todos têm os mesmos
direitos, independentemente de suas condições ou dificuldades. A prática inclusiva fortalece o
direito de cada aluno a um ensino de qualidade, assegurando uma educação que respeita a
diversidade e promove a igualdade de oportunidades.
Ao interagir com colegas que apresentam desafios relacionados ao TDAH, os alunos sem NEE
desenvolvem habilidades essenciais para a convivência em sociedade, como empatia, respeito
e solidariedade. Eles aprendem a compreender e a lidar com as diferenças, o que contribui
para a formação de uma geração mais colaborativa e sensível às questões sociais. Essa
convivência também prepara os estudantes para atuar em uma sociedade plural, respeitando
e valorizando a diversidade.
A necessidade de lidar com a diversidade de alunos, incluindo aqueles com TDAH, impulsiona a
formação contínua dos professores. O desenvolvimento de habilidades para trabalhar com
alunos hiperativos e com outras necessidades educativas especiais resulta em um corpo
docente mais capacitado, que sabe como aplicar estratégias diferenciadas, utilizar tecnologias
assistivas e adotar metodologias inclusivas. Isso não só beneficia os alunos com TDAH, mas
também contribui para o aprimoramento da prática pedagógica no geral.
Apesar dos avanços, ainda há uma falta de formação específica dos educadores sobre o TDAH.
Muitos professores não possuem o conhecimento necessário sobre as características do
transtorno, o que pode resultar em abordagens inadequadas que não favorecem a
aprendizagem dos alunos. A falta de preparo para lidar com comportamentos disruptivos e a
escassez de treinamentos pedagógicos inclusivos muitas vezes resultam em frustração tanto
para os educadores quanto para os alunos, comprometendo o sucesso da inclusão.
Outro desafio importante para a inclusão de alunos com TDAH é a escassez de recursos
pedagógicos e apoio especializado. Em muitas escolas, principalmente em áreas menos
favorecidas, a falta de materiais adaptados, como tecnologias assistivas, e a ausência de
profissionais como psicopedagogos, terapeutas ocupacionais e psicólogos, tornam o processo
de inclusão mais difícil. A sobrecarga dos professores, que precisam gerenciar uma sala de aula
cada vez mais diversa, também é um fator limitante.
O comportamento dos alunos com TDAH pode gerar desafios significativos no ambiente
escolar. Impulsividade, hiperatividade e distração constante podem interferir na dinâmica de
ensino e aprendizagem. Sem estratégias eficazes para gerenciar a sala de aula e lidar com
comportamentos disruptivos, esses alunos podem acabar se tornando uma distração para os
outros, o que prejudica tanto a sua aprendizagem quanto a dos colegas.
4. Exclusão Social e Estigmatização
Uma escola verdadeiramente inclusiva deve ajustar seus métodos de ensino para atender às
necessidades dos alunos com TDAH. Isso pode incluir a implementação de adaptações
curriculares, como o uso de materiais visuais, métodos de avaliação diferenciados, e a criação
de atividades mais dinâmicas que favoreçam a concentração e o foco. As tecnologias assistivas,
como softwares educativos e aplicativos de gestão de tarefas, também são recursos
importantes para ajudar esses alunos a organizar seus pensamentos e melhorar seu
desempenho.
A inclusão de alunos com TDAH deve ser acompanhada por uma equipe multidisciplinar,
composta por psicopedagogos, terapeutas ocupacionais, psicólogos e outros profissionais
especializados. Esses profissionais podem auxiliar no desenvolvimento de planos de
intervenção individualizados, adaptando o ensino e o ambiente de aprendizagem às
necessidades de cada aluno. A colaboração entre os professores e esses profissionais é
essencial para um atendimento eficiente.